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A ZZINE É E SEMPRE SERÁ GRATUITA

CONFIRA AS NOVIDA DES DA ÚLTIMA EDIÇÃO DO ANO ! É QUENT E!

Sexo Como evitar a gravidez Educação Com que escola você sonha? Religião Jovens de batina Periguetes Aprenda com elas

INVERSÃO

DE PAPÉIS

Elas enfrentaram a correria do dia a dia, suas dificuldades de aprendizado, o orgulho – para entender que nem sempre são as donas da verdade - e voltaram a estudar. Conheça histórias de mães que aprenderam a ler e de filhas que aprenderam a ensinar


editorial

ESTA EDIÇÃO DO ZZINE foi fechada debaixo de muita chuva. E enquanto eu, Nina, andava pelas ruas molhadas, pensando neste texto – de calça de moletom, tênis e meu guarda-chuva – observei um senhor de cabelos brancos, terno cinza, gravata azul marinho e sapatos lustrosos, andando apressado. Eram onze horas da manhã e ele parecia atrasado para uma reunião importante. Isso me deu um clique. Eu, que tenho 27 anos, aqui no meu moletom, e ele, que a essa altura já poderia estar aposentado, na estica e correndo. Percebi o quanto o mundo mudou. Carrego meu trabalho na mochila: um computador e um acesso à internet bastam. E não sou só eu. É um reflexo da minha geração – que já está sendo substituída pela sua, inclusive com trabalhos, ideias e atitudes completamente diferentes. Conviver com todas essas mudanças ambulantes – eu, você e o senhor apressado – está afetando e transformando as relações. Conflitos e desentendimentos nascem daí. Mas é desse mesmo lugar que, se soubermos ouvir uns aos outros, nascem trocas riquíssimas. Aprendemos isso em 2009, quando

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Amanda e eu escolhemos conviver com a turma toda que produz essa revista – que tem 17 anos em média. Não por acaso, essa turma também aprendeu com outras gerações! Esta edição é um reflexo disso. Nas próximas páginas, você verá histórias lindas de três jovens jornalistas que descobriram, na fraqueza de suas mães analfabetas, fortalezas de mulheres que voltaram a estudar depois de terem seus filhos criados (pg. 12). Descobrimos também que, ao crescermos, percebemos que nem tudo é lá mil maravilhas. Tipo a escola. Nenhum sonho de consumo, né? Mas é fato que a gente pode, e deve, sonhar com uma escola melhor, mais divertida, mais a nossa cara – e quem sabe não tão presa nas cabeças do século 19 (cola lá na pg. 18). Nos deparamos, por exemplo, com um número grande de jovens – diferente de seus pais – querendo se preparar melhor para o mercado de trabalho, antes de sair por aí pegando qualquer bico (pg. 17). E reconhecemos – sem olhos preconceituosos – que sempre podemos aprender com pessoas diferentes (Missão Periguete, pg. 23). Tudo isso para dizer que nós, Zziners, cres-

cemos. E, a cada vez que isso acontece – que sentimos uma dorzinha na canela ao acordar –, é porque na noite anterior, enquanto sonhávamos, nosso corpo estava se transformando. Realizamos um sonho ao tornarmos real esse projeto que você tem em mãos. Falamos sobre como o jornalismo transforma nosso olhar quando nos questiona. Famintos, devoramos o mundo novo à nossa frente. Rompemos a bolha. Buscamos nossa identidade e colocamos a nossa cara pra bater (vou te dizer, ela apanhou bastante). Agora, um ciclo de aprendizados se encerra. Esta é a última edição do Zzine. Estamos muito orgulhosos de tudo o que produzimos. Daqui, vamos alçar maiores vôos. Alguns terminarão o ano matriculados em faculdades, outros buscarão um emprego, outros ainda vão dar uma pensada no que querem fazer da vida. Não há certeza. Há apenas um desejo de que, como nossos pais, sejamos melhores pessoas a cada dia. Porque sabemos que dessa experiência levamos apenas o que aprendemos com os outros. Obrigada, família Zzine! E boa leitura pra você.

Foto de capa: Jenyssis Windenen

BATEMOS A CABEÇA NO TETO


sumário

CONSELHO EDITORIAL Angela Dannemann, Beatriz Mendes, Levi Mendes Jr. e Saulo Garroux COORDENADORAS DO PROJETO Amanda Rahra e Nina Weingrill EDUCADOR DE FORMAÇÃO Mauricio Monteiro Filho EDUCADORA DE TEXTO Ana Aranha e Paula Takada EDUCADOR DE FOTOGRAFIA Lucas Albin EDUCADORES DE ARTE André Rodrigues e Juliana Mota ESTAGIÁRIOS Jenyssis Windenen, Kayam Mendes, Mayara Paula, e Vanessa Ribeiro VOLUNTÁRIA Jawanne Rodrigues EQUIPE Ariana Moraes, Carol Ventura, Carolyne de Freitas, Diogo dos Santos, Francisco Santos, Giovanna Encarnação, Graciela Reis, Jenyffer Stephany, Jessica Jesus, Jessica Novais, José Victor, Marcela Abilio, Matheus Oliveira, Michael Douglas, Natalia Barbosa, Rafael Rocha, Rafaela Andrade, Stephany da Silva, Talitha Gomes AGRADECIMENTOS Tia Dag, Corina Macedo, Gilson Martins, Maria Célia Gonçalves, Tia Bia, Agenor Mendes, Luis Otávio, Rodolfo Lopes, Pedro Gama, Felipe Ventura (mascote), Daniela Silva, Pedro Markun, Caju, Revista Capricho, Rodrigo Machado, Érica Teruel, Giovanni Di Sarno, Marinho, Fabiana, Carlota e toda equipe Ideafix, Mariza Tavares, Neide Antunes de Souza e toda equipe Antena CBN, Bar (de Responsa) do Seu Antonio, todos os entrevistados, familiares e amigos dos Zziners, tios, tias e funcionários da Casa do Zezinho, professores e gestores de todas as escolas da região

ZZINE É UMA PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL E ASSISTENCIAL CASA DO ZEZINHO Rua Anália Dolácio Albino, 30 – Parque Maria Helena CEP 05854-020 – São Paulo/SP – Fone (11) 5818.0878 DISTRIBUÍDA GRATUITAMENTE EM ESCOLAS PÚBLICAS E COMUNIDADE PRÓXIMA

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saúde

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fala sério

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relaciomentos

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Teste

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capa

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estilo

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Arquivo Z

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educação

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Perfil

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comportamento

Nada de gravidez indesejada: conheça os principais métodos contraceptivos.

Siga as dicas do nosso manual de sobrevivência no transporte público e escape dos maiores perrengues.

Meninas, podem acreditar: homens românticos existem. E valem a pena.

Faça nosso teste e descubra qual seu perfil em relação à política. Só não vale ser corrupto nas respostas.

Na contramão: as filhas é que ajudam as mães a estudar. E quem não faz a lição de casa leva bronca!

Acima do peso com autoestima! Descubra como ficar na moda usando tamanho GG.

Um passo-a-passo para você se preparar bem para a entrevista de emprego.

Ainda bem que sonhar é de graça. Investigamos o que deve ter e como é a escola dos sonhos dos jovens.

Entenda o que faz um jovem abrir mão de muitos prazeres para ser padre.

Às vezes, mal vistas. Sempre admiradas. Descubra as artimanhas das periguetes.

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saúde

faça sexo, Sexo é gostoso. Faz bem para o coração e para a relação amorosa - além de ser um super aliado para manter a saúde e o corpo em forma. Mas como tudo que é bom, requer cuidado. texto Vanessa Ribeiro foto Jawanne Rodrigues design e ilustração Mayara Paula ALGUNS TRATAM COMO ALGO ESPECIAL, já outros como curtição. Quase todo mundo faz, mas não é todo mundo que se protege. E é aí que mora o perigo. Pegar uma doença, se tornar pai ou mãe ainda na adolescência, é complicado e pode inclusive fazer você parar de fazer sexo. Para evitar tudo isso, existem vários métodos diferentes, basta você escolher o que te deixa mais confortável.

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camisinha masculina camisinha feminina Mais famosa e acessível entre os métodos de prevenção à gravidez e às DSTs, a camisinha é o único método que protege contra as duas coisas. A grande maioria é feita de látex, um tipo de borracha, mas também existem as de poliuretano, para quem tem alergia. Garantir sexo seguro é fácil: basta ir a um posto de saúde e pedir quantas precisar (das tradicionais), no guichê de medicamentos. Já nos pontos de venda (farmácias, drogarias, mini -mercados), há uma enorme diversidade de tamanhos, cores e sabores. Recentemente surgiram as muito finas, que garantem total prazer e segurança para quem está usando. Agora não tem mais desculpa para não usar camisinha, hein?

DIU É um pequeno objeto de plástico recoberto de hormônios ou cobre. Deve ser colocado por um profissional de saúde treinado, pois precisa estar posicionado dentro do útero. Libera uma substância que dificulta a passagem dos espermatozóides. Pode ficar por anos dentro da mulher, desde que seja monitorado por um médico. Tem eficácia semelhante a da pílula. Logo após a retirada do DIU, a mulher recupera a capacidade de engravidar.

Diafragma Feito de borracha ou silicone, tem uma borda em formato de anel e é introduzido na vagina, cobrindo o colo do útero. Existem em diversos tamanhos, por isso é necessário ir ao médico para saber qual é o adequado para cada mulher. Pode ser usado com ou sem o espermicida - um líquido que tem a função de matar espermatozóides. Deve ser colocado minutos ou horas antes da relação sexual e retirado, no mínimo, seis horas depois - tempo necessário para ação do espermicida. O diafragma pode ser usado mais de uma vez, por isso, depois do sexo, é preciso lavar direitinho e guardar em um estojo próprio.

Bem maiores que as masculinas, são feitas de poliuretano e bem mais difíceis de encontrar - não é qualquer posto de saúde ou estabelecimento comercial que tem camisinhas femininas disponíveis. Ela possui duas extremidades: uma deve ser introduzida na vagina em formato de oito e depois ser ajustada para que fique bem confortável . A outra, fica do lado de fora do corpo para evitar que o pênis ultrapasse a barreira feita pela própria camisinha. Pode ser colocada na hora da penetração ou até oito horas antes da relação sexual. Assim como a masculina, ela também previne gravidez e DSTs. Atenção: a camisinha feminina deve ser muito bem colocada para evitar incômodos e diminuição do prazer sexual.

Pílula Elas também são feitas com hormônios parecidos com os que a mulher produz e que agem impedindo a ovulação. O método é muito eficaz, desde que cumprido corretamente. Na maioria das vezes, é indicado que a mulher tome 21 pílulas por mês - uma por dia - e sempre no mesmo horário. Após esse período deve parar sete dias para continuar com o ciclo menstrual. Depois recomeça o processo. Há possibilidade de diminuição de fluxo menstrual.

PÍLULA DO DIA SEGUINTE A pílula de emergência, mais conhecida como pílula do dia seguinte, serve para evitar a gravidez indesejada após relação sexual. Mas não é uma boa usar sempre, não, porque ela contém uma dose extra de hormônios e pode bagunçar o ciclo menstrual das mulheres. E muita atenção: a pílula deve ser tomada (existem as de uma ou duas doses) em até 72 horas depois da relação, senão ela deixa de fazer efeito. Recentemente, a pílula do dia seguinte passou a ser distribuída nos postos de saúde, mas ainda é meio difícil de encontrar.

ADESIVO É um autocolante, como sugere o nome. Vem numa embalagem com três – que devem ser utilizados em semanas diferentes. Cada um, rigorosamente, por sete dias na pele. Pode ser colado no braço, abdômen, costas e também acima dos glúteos. Após esse período deve ser retirado por sete dias para não atrapalhar o ciclo menstrual. A aderência é segura e não sai com facilidade. Mas é preciso ter cuidado, pois pode enroscar na roupa e acabar descolando.

As injeções são de hormônios parecidos com os que o ovário da mulher já reproduz naturalmente. Existem as de periodicidade mensal e trimestral. As duas agem impedindo a ovulação e dificultam a passagem dos espermatozóides para dentro do útero feminino. A trimestral impede a gravidez por até quatro meses, mas depois desse período, tudo volta ao normal e pode haver fecundação. Fique ligada! No começo do uso, há uma fase de adaptação do organismo. Em algumas mulheres, por exemplo, pode causar enjôo, vômitos e sangramentos. Por isso é importante ter um acompanhamento médico.

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fala sério

Keep Calm e vá de

busão

Se você anda de ônibus em São Paulo, é um sobrevivente. Confira nossas dicas para resistir ao perrengue do coletivo na hora do “rush” texto Marcela Abilio, com colaboração de Jessica Jesus design e ilustração Giovanna Encarnação

MÚSICAS E CONVERSAS ALTAS Para evitar se irritar, leve fones de ouvido para escutar uma musiquinha melhor do que a do vizinho barulhento.

COMO FUGIR DO CC No fim do dia, quando o desodorante da galera já venceu, vale pedir para uma pessoa mais próxima da janela abri-la. Isso também pesa na hora de escolher seu lugar.

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ESCOLHA UM LUGAR BACANA Se a viagem for longa, sente-se depois da catraca. Se for rápida, prefira os bancos do fundo. Agora, se for super rápida, melhor ir em pé mesmo.

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SAIA DO TÉDIO Em viagens longas e cansativas, leve um livro para sair do tédio. Eles ajudam muito a se expressar melhor e a errar menos o português.

OPA, SEGURA! Quando você entra no ônibus sempre tem aquela arrancada monstra que faz com que você quase leve um tombo. Por isso, segure nas barras de apoio. Se tiver que largar, espere o farol.

ATENÇÃO AOS LUGARES RESERVADOS! Se pra você uma viagem longa em pé é cansativa, imagine para uma grávida ou um idoso. Se estiver sentado num banco reservado, ceda seu lugar.


ESCAPANDO DAS ENCOXADAS Garotas, não se incomodem em pedir um pouco mais de espaço. Se continuar, não tenha receio em passar pelo meio da muvuca para encontrar um lugar melhor. Você merece ser respeitada!

ACORDA! Sempre tem aquela galera que adora um cochilo. Ninguém é de ferro, mas cuidado para não perder o ponto. Dependendo do tempo da sua viagem, coloque o celular para despertar de 10 em 10 minutos – com o fone de ouvido conectado, ou você vai incomodar os outros!

Se liga! Carregar a mochila nas costas atrapalha Se toca!!! a circulação dos Carregar a mochila nas demais passageiros. costasatrapalha a circulaçao dos demais passageiros.

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Na real, fingir que Naestá realdormindo fingir quee esta dormindo, deixar o idoso em e deixar o idoso pépé não é legal! em nao, é legal !!!

MOCHILAS E BOLSAS Pra galera que vai de ônibus lotado pra escola, a dica é colocar a mochila virada pra frente, sem incomodar quem está em pé ou sentado. Se estiver sentado, coloque-a no colo ou nos pés.

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relacionamentos

texto Matheus Oliveira design Kayam Mendes ilustração Michael Douglas

É sĂł prestar um pouquinho mais de atenção no mundo ao seu redor para descobrir que ele estĂĄ mais prĂłximo do que vocĂŞ imagina. SIM, ELE EXISTE! É, ĂŠ difĂ­cil de acreditar que aquele cara sensĂ­vel, que manda flores, que escreve poesia, que se preocupa com sevocĂŞ e que com certeza vai te ligar no dia se guinte, exista. Mas ele nĂŁo ĂŠ uma lenda. Os românticos sĂŁo praticamente uma espĂŠcie em extinção e, num mundo onde a aparĂŞncia e o dinheiro estĂŁo se tornando cada vez mais importantes, eles estĂŁo perdendo espaço na realidade das garotas. No entanto, muitas vezes o problema estĂĄ na prĂłpria garota que nĂŁo consegue ver o romântico que estĂĄ a apenas duas mesas a sua frente na escola. românMas, afinal de contas, o que ĂŠ o român tico dos dias de hoje? Os românticos nĂŁo costumam ser os pegadores. Eles quase sentisempre agem de acordo com os seus senti mentos, arriscando todas as suas fichas em garoapenas uma garota, que, para eles, ĂŠ a garo ta certa. O romântico nem sempre ĂŠ aquele cara que tem uma declaração na ponta da mĂşlĂ­ngua, geralmente retirada de alguma mĂş sica da moda, mas ĂŠ o cara que realmente se importa em conhecer uma pessoa legal e se esforça para fazer a vida dela mais feliz.

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É, eles ouvem mĂşsica romântica, pensam na garota que os conquistou a todo tempo, mesmo que ainda nĂŁo tenham coragem de falar nada para ela. Eles sĂŁo capazes de ir atĂŠ o fim do mundo pela garota que eles amam e nĂŁo desistem dela por causa do primeiro obstĂĄculo que surge Ă sua frente. Sim, eles ainda escrevem poesias e acreditam que dizer eu te amo ĂŠ o ponto alto, o ĂĄpice, de qualquer relacionamento. O romântico nĂŁo ĂŠ assim sĂł para conquistar uma garota, ser romântico ĂŠ algo natural, nĂŁo ĂŠ forçado ou planejado, ĂŠ algo que simplesmente nasce junto com o cara. O problema ĂŠ que muitas vezes o romântico ĂŠ o cara que mais sofre. Incompreendido pelos amigos e por muitas garotas, taxado incorretamente como homossexual ou afeminado, ele ĂŠ discriminado por nĂŁo ser o tipo “muleque-piranhaâ€? de garoto. Esses sĂŁo alguns dos motivos que levam a maioria dos meninos a abandonarem o seu lado romântico e se tornarem mais um na multidĂŁo. Mas nĂŁo se engane: o lado romântico dele continua ali, escondido, protegido, apenas esperando a garota certa para acender aquela chama dentro dele. EntĂŁo, garotas, se vocĂŞs tiverem a sorte de encontrar um romântico por aĂ­, valorizem esse cara e tenham certeza de uma coisa: nĂŁo importa quando, onde, nem como, ele vai fazer vocĂŞ se sentir como uma princesa dos contos de fadas.

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teste

QUAL O SEU PERFIL

POLĂ?TICO?

texto Kayam Mendes design e ilustração Michael Douglas 1) O que você faz quando vê um estudante sentado no assento reservado do ônibus? A- Peço que dê o lugar para alguÊm mais velho. B- Espero alguÊm começar a discutir com ele para depois reclamar baixinho. C- Faço um escândalo, afinal, o ônibus estå lotado e eu estou cansado. D- Não tenho nada a ver com aquilo.

4) Qual sua opinião sobre os grêmios estudantis? A- Acho importante, afinal, o grêmio representa a vontade dos alunos na escola. B- Voto na chapa que meu amigo concorre. C- Acho inútil. O pessoal do grêmio se acha e eles nem são tão importantes assim. D- Eu não ligo. Aliås, faltei na última eleição.

2) Como vocĂŞ se sente quando alguĂŠm com o carrinho lotado de compras entra na fila do caixa rĂĄpido? A- Redireciono a pessoa para a fila correta. B- SĂł reclamo se alguĂŠm estiver reclamando. Sozinho, eu tenho vergonha. C- Furo fila da pessoa, se ela reclamar, eu xingo. D- Me chateio, deixo ela lĂĄ e mudo de fila.

5) Como Ê o seu dia na data da eleição? A- Acordo cedo, tomo cafÊ e sou o primeiro da fila de votação. B- Vou votar junto com meus amigos e no candidato que eles votaram. C- Då muita raiva, tenho que acordar cedo, pegar o busão lotado e tudo isso só pra votar nulo. D- Acordo tarde, chego faltando cinco minutos para acabar a votação e voto no canditado que estå no folheto que peguei no chão.

3) Como você se prepara para a eleição? A- Pesquiso os candidatos, seus projetos e assisto a todos os debates. B- Pergunto para meus pais e amigos em quem eles vão votar e sigo os conselhos deles. C- Não me preparo, afinal meu voto Ê nulo. Políticos são sempre a mesma coisa, são eleitos apenas para nos roubar. D- Que dia foi a eleição mesmo?

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Se vocĂŞ acha que polĂ­tica sĂł tem a ver com partidos, eleiçþes e candidatos, estĂĄ bem enganado. Brigar para resolver um buraco na rua ou dar o assento do Ă´nibus para alguĂŠm mais velho sĂŁo atos polĂ­ticos. Faça o teste abaixo e descubra qual o seu “partidoâ€?:

6) Quando vai atravessar a rua e o sinal fica vermelho para pedestre, você: A- Aguarda na calçada atÊ que o sinal abra. B- Atravessa se todo mundo da calçada tambÊm atravessar. C- Atravesso! O motorista que espere. D- Putz, nem me liguei que tinha fechado...

7) Como vocĂŞ ĂŠ em relação aos seus trabalhos de escola? A- Começo a fazer no dia que o professor passou, para entregar antes. B- Copio do meu amigo e entrego junto com ele. C- NĂŁo faço os trabalhos. Estudar ĂŠ na escola. D- Faço na sala, no Ăşltimo minuto. 8) Quando te empurram na balada, enquanto dança, vocĂŞ: A- Entende que o salĂŁo estĂĄ lotado e atĂŠ dança “agarradinhoâ€? com a galera. B- Conta pro seu amigo mais forte e observa pra ver se ele te defende. C- NĂŁo deixa barato e discute com quem te empurrou, se ele ficar “forgandoâ€?, vai pra cima. D- O quĂŞ? AlguĂŠm me empurrou? Nem percebi. 9) O que vocĂŞ faz quando estĂĄ passeando com seu cachorro e ele “sujaâ€? a calçada do seu vizinho? A- Ando sempre com um saco de lixo no bolso. B- Ah, a calçada jĂĄ tĂĄ toda minada, nĂŠ... C- Se o vizinho se incomodar, ele que limpe a calçada. E se reclamar, eu xingo ele! D- SĂł percebo o cocĂ´ do cachorro quando sinto um cheiro forte, vou olhar e ĂŠ do meu tĂŞnis.

MAIS A

MAIS B

MAIS C

MAIS D

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INFORME PUBLICITÁRIO

ChurrasCo perfeito

sem álCool! Entre nessa festa sem álcool e se divirta muito mais!

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Seja o campeão da rodada... no dominó.

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Álcool aqui só na churrasqueira

Encha a cara de comida boa.

Embriague-se de amor

Curtição prolongada com outro combustível.

Cante para espantar os seus problemas.

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CAPA

MÃE, FEZ

A LIÇÃO DE CASA?

Tem as que vivem incentivando. Outras perdem rapidinho a paciência. E há também as que se enchem de esperança e sonham com um futuro melhor. Nossas mães? Não, esses são os depoimentos de filhas de mães que voltaram a estudar texto e design Equipe Zzine foto Jenyssis Windenen

Para nossa mãe, parece que o filho do vizinho é perfeito. A gente poderia ser sempre melhor, né? A casa nunca está arrumada do jeito certo, a comida é uó... Namorado, então, é só encosto. Nem adianta ir bem na escola: nove e meio não é dez. Mas toda essa implicância talvez seja porque, aos olhos delas, a gente não tem limites. Podemos sempre mais. Acontece que, algumas vezes, os papeis se invertem e a gente é que se pega cobrando que elas sejam melhores: que cuidem da saúde, fiquem bonitas para a festa e sejam mais inteligentes. E quando elas decidem voltar para a escola? Aí, é nossa vez de cobrar a lição de casa. Temos que ensinar que é preciso passar por cima do prórpio orgulho e reconhecer que não sabem o suficiente. Que tem que correr contra o tempo e persistir, porque aprender dá muuuito trabalho e o Brasil é um país complicado nesse sentido - são mais de 30 milhões de analfabetos funcionais, que sabem ler e escrever, mas não conseguem interpretar um texto, e uma em cada 12 pessoas são analfabetas de fato, segundo o Censo 2010. A porcentagem de brasileiros acima de 15 anos que não sabem ler ou escrever até caiu, de 9,7% em 2009 para 8,6% em 2011, mas o número ainda é enorme, quase 13 milhões de pessoas. As filhas de Rosa, Marinalva e Suely contam como é ter uma mãe estudante e mostram que é preciso incentivar, cobrar e sonhar com elas – assim como elas vivem fazendo com a gente.


MÃE ESTUDANTE: ROSA VENTURA, 54 ANOS FILHA REPÓRTER: CAROL VENTURA, 20 ANOS AOS 48 ANOS, MINHA MÃE terminou o ensino fundamental junto comigo, no mesmo dia e na mesma escola. A formatura foi um dos momentos mais lindos das nossas vidas, pois a diretora e os professores homenagearam mãe e filha que, lado a lado, receberam seus diplomas. Acho que foi a partir daí que realmente comecei a dar valor ao esforço que ela sempre fez para me dar tudo aquilo que não havia tido. Realizou dois sonhos em um mesmo dia. Quando ela me disse que queria voltar a estudar, eu logo incentivei. Eu a levei para falar com a diretora da escola. Fez uma prova, passou e logo se matriculou. Trabalhava em uma empresa de decoração artesanal, enchendo peso de porta de areia. Como era um serviço pesado, estava sempre muito cansada. Várias vezes, pensou em desistir. Mas algo a diferenciava dos outros alunos. Talvez por sua infância sofrida, encarava a escola como algo que ela sempre quis fazer, então, seguia em frente. Parecia uma criança em seus primeiros dias de aula, admirando e aproveitando tudo ao máximo. Estudávamos em uma escola municipal e no começo do ano houve distribuição dos uniformes. Os alunos da EJA (Educação para Jovens e Adultos) não precisavam, mas depois de chorar para a diretora, minha mãe ganhou o seu. Mesmo sem a obrigatoriedade, quase todos os dias lá estava ela: uniformizada na escola. Eu achava aquilo ridículo, mas dava para

“MÃE E FILHA, LADO A LADO, RECEBERAM SEUS DIPLOMAS NO MESMO DIA”

Rosa nem se importava com a desaprovação de Carol: batalhou para poder usar uniforme para ir à escola, mesmo não sendo obrigatório

ver sua realização de bermudinha verde e camiseta branca. A duras penas, por causa do cansaço, minha mãe estudou. E estudou muito. Eu ficava besta com a quantidade de textos que ela tinha no caderno. Usava caneta colorida e fazia anotações do que os professores comentavam. Era bonito de se ver. Depois da conclusão do ensino fundamental, fez o médio com o mesmo entusiasmo. Concluiu com êxito, em um ano e meio. Hoje, aos 54 anos, pensa em fazer curso profissionalizante, só espera que eu me forme na faculdade de Marketing para conciliar os horários. O que posso dizer da minha mãe? Que mesmo me dando trabalho com suas dúvidas na lição de casa, orgulho-me muito de onde ela chegou e ainda vai chegar.

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“AGORA É A HORA DE EU TER PACIÊNCIA E RETRIBUIR TUDO ISSO”

Para Jéssica, a volta da mãe aos estudos gerou mais responsabilidade: ela tem que arrumar a casa e ajudar a mãe Marinalva com as lições

MÃE ESTUDANTE: MARINALVA SANTOS, 36 ANOS FILHA REPÓRTER: JESSICA JESUS, 17 ANOS O QUE DEVERIA SER MOTIVO de orgulho para mim, acabou se tornando uma responsabilidade extra. As funções se inverteram: hoje sou eu quem ajudo minha mãe na lição de casa. Depois de velha, ela tentou inúmeras vezes terminar os estudos, mas nunca conseguia, por vários motivos. Era sempre aquela vida corrida: trabalhava fora para ajudar nas contas, cuidava das coisas da nossa casa e ainda tinha os dois filhos pequenos. Além de tudo, tinha que se concentrar para estudar. A primeira vez que desistiu foi na 8a série. Alguns anos depois, voltou para a escola, retomando na 5a série. Foi aí que um sério problema de coluna começou a atrapalhar. E ela teve que abandonar novamente. Minha mãe repetiu esse processo de começar e parar de estudar várias vezes, sempre voltando para séries inferiores àquela em que havia parado. No início deste ano - 2012 -, voltou a estudar mais uma vez. Eu e meu irmão já não dávamos tanto trabalho... Eu? Confesso que não gostei muito, pois ganhei mais uma responsabilidade. Antes, eu só tinha que fazer a minha lição e cuidar da casa, agora tenho que ajudar minha mãe nas lições de casa dela. Mas o pior não é isso. O pior é que se eu deixar de arrumar a casa para ajudá-la, ou deixar de ajudá-la com os estudos para arrumar a casa, tenho que ouvir muito - ela fica reclamando até eu não querer mais. Sim, eu fico muito triste, mas às vezes paro para pensar e chego à conclusão de que, quando era pequena, eu a fiz passar poucas e boas, e ela cuidava de mim com todo o carinho. Agora é a hora de eu ter muita paciência e retribuir tudo isso.

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Carol não perde a esperança de voltar a ajudar Suely com os estudos para, assim, poderem compartilhar livros e conhecimento

“COMO A LETRA ‘H’ NÃO TEM SOM? VOCÊ QUE NÃO SABE ENSINAR!” MÃE (EX) ESTUDANTE: SUELY PEREIRA, 43 ANOS

FILHA REPÓRTER: CAROL FREITAS, 17 ANOS

UM DIA ESTAVA tentando ensinar a letra “H”. - Mãe, a letra “H” não tem som. - Como não tem som? É você que não sabe ensinar! Daquele dia em diante eu não consegui mais estudar com ela. Sempre que tento ela me diz que está cheia de tarefas. Amo ler, sou jornalista e um dos meus maiores sonhos é chegar em casa e compartilhar com ela o livro que acabei de ler. É entregar a Zzine e vê-la ler a minha matéria! Acho que estava na segunda série quando vi minha mãe estudando pela primeira vez. Quem a ensinava era uma amiga, a Joyce. Na mão da minha mãe havia uma apostila laranja e, em suas páginas, desenhos e palavras curtas. Em uma dessas aulas, a Joyce perguntou o que estava escrito (era a palavra queijo). Minha mãe estava super aflita por não conseguir decodificar aquela pequena palavra. Vendo ela naquela situação, por impulso perguntei: Mãe, ainda tem queijo na geladeira?. A amiga-professora me olhou e disse que não podia interferir no aprendizado dela. Joyce se casou e mudou de cidade. Minha mãe que sabia a maioria das letras do alfabeto, aprendeu as famílias das sílabas. Nessa fase, ficou muito mais dependente de mim para ler orações, letreiro dos ônibus, a receita do bolo… Quando criança no Rio Grande do Norte, em uma pequenina cidade chamada Caicó, ela ia à escola, mas não conseguia aprender. Com dez anos se dividia entre o trabalho doméstico e o estudo, mas, pela amargura da situação, preferiu trabalhar e nas horas vagas enfeitava bonecas de pano, imaginando que eram Barbies. Quando eu tinha quatorze anos, ela se matriculou no CIEJA (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos). Era diarista e trabalhava uma vez por semana numa casa longe daqui. Precisava reconhecer o ônibus. Passei a faltar toda sexta-feira, na escola. Isso durou pouco, pois a prioridade da casa era o meu estudo e o dos meus irmãos mais novos. Quando saiu do CIEJA, porque não conseguiu conciliar trabalho e estudo, comecei a tentar ensiná-la. Logo percebi que, apesar da vontade, não sabia como fazer. Ainda não desisti do meu sonho, mas ele não depende só de mim.

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estilo

pira! SEGUNDO UMA PESQUISA feita pelo IBGE em 2011, 48,5% da população brasileira está acima do peso – dessa parcela, 21,7% são jovens e mais de 50% deles são meninos. De homem para homem, sejamos sinceros, ser gordo é um saco. Dificuldade de encontrar roupas do tamanho certo, falta de diversidade e atendimento ruim são só alguns dos perrengues que os caras grandes têm de enfrentar. O próprio conceito de moda não ajuda em nada. Por conta disso, a maior parte dos gordinhos tem um trabalho imenso (desculpem o trocadilho) em se vestir adequadamente e se sentir bem com as roupas. Além de tudo isso, tem de aguentar toda a zoação por parte dos conhecidos e sofrer com os assentos pequenos nos ônibus. Estar acima do peso é algo extremamente aborrecedor. Aquilo que alguns chamam de moda, na maioria da vezes, só favorece os magros. Mas isso não significa que você deve andar desarrumado por aí. Como saber se aquela camisa social vai cair bem com uma calça jeans? E as bermudas, são amigas ou inimigas? E as listras: verticais ou horizontais? Para ajudar os caras que estão acima do peso a não ficarem perdidos na hora de fazer compras, a Zzine te dá dicas. Não apenas uma ajuda de como se vestir, mas de como se sentir bem com aquilo que você é.

Só porque você está acima do peso não significa que precisa andar por aí parecendo um saco de batata. Cuidar do visual é essencial pra resgatar a autoestima e se sentir confiante. texto Matheus Oliveira foto Jenyssis Windenen design Mayara Paula ilustração Juliana Mota

Está pErdido com o quE cai bEm ou não? aqui vão algumas dicas. Prefira camisas polo. Elas te deixam elegante e ajudam a esconder um pouco a barriga. As listras verticais também. Não use agasalho só para esconder a barriga. Use camiseta de manga cumprida. Elas diminuem qualquer volume extra que apareça na roupa. Bermudas são uma boa. Grandes e confortáveis, elas são fáceis de encontrar e valorizam as suas panturrilhas #asminapira! Evite roupas apertadas ou muito curtas. Não valorizam o corpo, além de serem desconfortáveis. Aquele Converse rasteiro? Pode usar sem medo. Ser grande não significa ter que usar uma bota gigante nos pés. CONFIRA ALGUNS BONS LUGARES ONDE VOCÊ PODE ENCONTRAR PLUS SIZE CALÇAS E BERMUDAS – Santo Amaro é o lugar. No Largo 13, seis ruas acima do shopping, você vai encontrar uma avenida com diversas lojas. Lá, tem peças de vários tamanhos, modelos e cores. CAMISETAS E BLUSAS – Se quiser diversidade e preço camarada sugerimos o Brás. BONÉ - Na Galeria do Rock, no centro.

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modelo: Matheus Oliveira

as mina


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PreParar, aPontar, trabalhar!

Você já está pronto para participar de uma entrevista de emprego? Pois saiba que se preparar para ela é a melhor forma de não sofrer palpitações. Confira dicas que podem te ajudar na hora de conseguir um trampo, assim como já ajudaram a repórter que vos fala. texto Carol Ventura

ilustração Juliana Mota

antes

Durante

Depois

BUSQUE UMA VAGA Antes de ser chamado para uma entrevista, você precisa se inscrever para uma vaga de emprego, certo? Para isso, busque oportunidades em sites como o do CIEE, Futura Estágios, Nube Estágios e o Vagas.com.

PASSOU A CAMISA? No dia da entrevista, escolha uma roupa que se enquadra ao perfil da empresa, respeitando o seu estilo. Se estiver em dúvida, vá de roupa social (uma camisa bem passada resolve).

VOLTE PRO ESPELHO Se auto-avalie: você se contrataria? O que disse de legal? Qual foi o tiro que saiu pela culatra?

MISSÃO CV O currículo é sua carta de entrada, CAPRICHE! Coloque bicos, trabalhos voluntários e cursos que você já fez. Nunca use adjetivos para se qualificar – como sou bom nisso ou ótimo naquilo. E nunca, NUNCA minta. FALE COM O ESPELHO Treine como irá se apresentar no espelho: nome, idade, escolaridade, onde vive e o que já fez de legal na vida. Se perguntado sobre um ponto fraco, nada de responder: sou perfeccionista. Isto não é bom e já virou clichê. Seja honesto, com moderação. DÊ UM GOOGLE (E UM GOOGLE MAPS) Pesquise a empresa, seus produtos, serviços e sua concorrência. Certifique-se também de que sabe como chegar ao local da entrevista - o Google Maps e o site da SPTrans podem ajudar.

INFORME-SE Leia o jornal do dia. Informação nunca é demais.

SEGURA A PERUCA Ligar no dia seguinte pode transparecer seu desespero. E não adianta abrir o e-mail de 5 em 5 minutos – a resposta não vem por refresh. Processos seletivos demoram dias e até semanas. Se ninguém retornar até o prazo estipulado, aí sim, entre em contato para saber o que rolou.

ADIANTE O RELÓGIO Marque o tempo que vai levar para chegar à entrevista e acrescente 40 minutos para imprevistos. É melhor chegar cedo do que não chegar. MEDITE Respire fundo. Se tiver um tempo estipulado para falar, vá com calma para não se atropelar. Comece pelo mais importante e seja claro.

UHUL – OU NÃO. Se deu certo, parabéns! Uma nova fase vai começar para você. E se não deu, tudo bem. Essa não vai ser a sua última oportunidade. Siga em frente de cabeça erguida e se empenhe cada vez mais nas próximas entrevistas.

RA DEPOIS?

PA POSSO DEIXAR O TRABALHO

15 e 17 anos o número de pessoas entre Claro que sim. Caiu em 27% indica que os E). Segundo a pesquisa, isso buscando emprego no país (IBG o mercado de dar mais antes de entrar para jovens estão escolhendo estu as opções ;) parar, melhores serão também trabalho. Quanto melhor se pre

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educação

escola dos sonhos OK, as coisas não estão muito boas para as escolas. Mas, em vez de reclamar, que tal pensar no que faria do colégio um lugar legal, tanto para aprender como para se divertir? Sonhe com a gente.

texto Vanessa Ribeiro foto Jawanne Rodrigues design Mayara Paula ilustração Diogo Santos, Giovanna Encarnação, Jenyssis Windenen, Juliana Mota O SINAL BATE e tudo escurece. Começa uma mega balada. Alguns vão para a pista, outros correm para a os brinquedos do parque de diversão. Um helicóptero pousa e uma banda de rock levanta a galera. A piscina está lotada. A próxima aula, para quem quiser, é de futebol de sabão. Já pensou se a escola fosse assim? A gente sabe que é impossível, mas, se pararmos de sonhar com o incrível, talvez nem cheguemos no bom. Por isso, a Zzine fez uma pesquisa, ao mesmo tempo séria e divertida, perguntando a alunos do ensino médio o que eles queriam de suas escolas. Aqui você confere os resultados.

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MENOS BAGUNÇA, MAIS ESPORTE “A escola dos meus sonhos deveria ter computadores no lugar de cadernos, tocaria música no intervalo e seriam separados os alunos mais dedicados dos mais bagunceiros. Além disso, teria incentivo ao esporte, com instalações para ginástica olímpica, tênis e baseball”. Felipe Matos, 17


SONHOS COM OS PÉS NO CHÃO Para Erica de Oliveira, de 15 anos, a escola perfeita “teria funcionários educados, lanche de qualidade, muitas excursões e ensino melhor”. Entre todos os entrevistados, o top five dos desejos é: armários nos corredores, wi-fi grátis, laboratório, computadores com internet e sala de jogos.

PROFESSOR IDEAL Segundo a pesquisa feita pela Zzine, para ser campeão de audiência, um professor precisa ser, nessa ordem: Paciente Competente Dinâmico Compreensivo Incentivador Criativo Bonito Tá fácil, vai?

MELHORES E PIORES De acordo com o nosso levantamento, as coisas mais legais da escola são amigos e depois professores. Direção, coordenação e banheiros lideram as reclamações

SONHOS FORA DA CASINHA A galera pirou nas coisas surreais que fariam da escola um lugar melhor. A Kátia Costa, 25, queria uma visita da presidente, uma vez por ano. Na linha celebridades, a Gabriele Soares, 17, adoraria um show da Beyoncé na escola onde estuda. Teve até gente sonhando que não existisse escola.

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Monte voce a escola

dos seus sonhos!



perfil

jovens de

DEUS Eles estudam, sentem, pensam e desejam como você. Mas escolheram o caminho da religião

texto Carol Freitas ilustração Jenyssis Windenen design Diogo Santos

BERNARDES TOMA SORVETE e até vai à balada. Essa seria parte da rotina de um jovem de 16 anos, estudante do segundo ano do ensino médio, totalmente comum. Não fosse por um detalhe: Bernardes é seminarista, isto é, está se preparando para se tornar padre. “Ser seminarista é sair de um mundo ruim, para entrar em um com rotina, disciplina e organização”, define ele. O interesse por religião é de família. Bruno, seu irmão gêmeo, é vocacionado, alguém que tem inclinação religiosa, mas ainda está experimentando a Igreja, sem o compromisso de virar sacerdote. No futuro, ele vai entrar no mesmo seminário que seu irmão, a Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula, que fica na cidade de Guarapuava, no Paraná. No primeiro dia no seminário, Bernardes sentia o coração palpitando.“Me perguntava: ‘Será que vou conseguir, mano?’ Mas foi normal”, conta. Na nova casa, encontrou cobranças como em sua família original. “O padre pega no pé com os estudos. Quando tirei nota vermelha, ele ficou muito bravo”, diz. Para Renê, 26 anos, estudante de pedagogia, que deixou o seminário, mas ainda é acólito – uma espécie de coroinha mais velho – o mais difícil foi se acostumar a ter horário para tudo, ficar longe da família e viver sem celular. Mas a transformação permaneceu mesmo após o seminário. “A experiência me fez amadurecer. Aprendi o sentido da oração diária, que faço até hoje, e a viver em comunidade. Já havia aprendido com a minha mãe, mas lá me aperfeiçoei”, revela. A família de Renê não aceitou bem sua escolha. “Meu pai disse que não queria um filho padre, que não era vida de gente, que não tem salário”. No fim, se acostumaram e acabaram apoiando o filho, que dei-

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xou o seminário após perceber que já não estava mais 100% lá dentro e queria viver algo novo. E, claro, esse “algo novo” também tem a ver com instinto sexual. Afinal, estamos falando de jovens. Sobre isso, Bruno diz: “A gente tenta não pensar nessas coisas. Tentamos esquecer este mundo”. “Aprendi a transferir minhas vontades sexuais, para que, através dos trabalhos, conseguisse desviar o foco. Mas te confesso: não é fácil, pois somos humanos e temos necessidades”, conta Renê. Dos três, só ele teve um relacionamento, que terminou para entrar no seminário. “Rompi com um namoro de dois anos para ir ao seminário. Ela quase me matou, mas eu queria muito ir e ter essa experiência”. Quando for a vez de Bruno vivenciar essa experiência, ele pretende se aproximar justamente de pessoas como ele, seu irmão e Renê: jovens. “Estamos em um tempo em que os jovens estão conquistando o mundo. Eles são o nosso futuro e, sem eles, a Igreja acaba. Então, como padre, vou buscar a juventude.”

“SEM OS JOVENS, A IGREJA ACABA. ELES SÃO O NOSSO FUTURO”


comportamento

MISSÃO PERIGUETE Por onde quer que passem, elas atraem olhares. Seja dos homens, hipnotizados, seja das mulheres, que sempre têm um pouquinho de dor de cotovelo. Mas será que elas tem algo a ensinar para as outras meninas? Para descobrir, fizemos uma garota tímida passar um dia de periguete. Confira aqui o babado. texto José Victor foto Jawanne Rodrigues design André Rodrigues e Juliana Mota “QUANDO ELA ME VÊ, ELA MEXE. Piri piri piri piri piriguete”. Depois desse sucesso de 2009, muitas garotas aderiram ao estilo periguete, aquela que gosta de ser notada e supreender. Pensando nisso, nós, Zziners, resolvemos desafiar uma garota supertímida a se tornar uma descolada e divertida periguete. Izamara Lima, 17 anos, topou nosso desafio. Tudo começou com uma seção de fotos, com roupa curtíssima e make fortíssimo. Ela fez biquinhos e poses para a câmera, visivelmente desconfortável com a situação. Ao se olhar no espelho, só disse: “Irreconhecível“. Depois, fomos ao Shopping SP Market. Iza não acreditava que estava vestida daquele jeito. Ao entrarmos no ônibus, os olhares, tanto masculinos como femininos, se voltaram para ela. Mas não foi só isso, não. Moleza zero para a nossa modelo. Selecionamos algumas missões para a Iza se adaptar ao estilo e sentir na pele o que é ser periguete, mesmo que por um dia.

1a missão: Chegar perto de um casal para ver a reação dos dois. Resultado: Duas brigas de casal e uma garota mais solta e sorridente. Iza, super constrangida, passou ao lado de dois casais. Um dos rapazes não tirava os olhos da nossa periguete, até que sua namorada reparou nos fortes olhares e disse, muito brava: “Você é meu namorado, e não dessa garota! Presta atenção em mim!” 2a missão: Periguete que se preze sempre tira fotos no espelho de qualquer banheiro. Então, pedimos para a Iza tirar fotos... mas em público, no meio do shopping. Resultado: Senhoras passando e falando, escandalizadas: “Que pouca vergonha!“, “Que garota assanhada!“ e coisas do gênero. Já os rapazes que passaram por ali até pararam ou viraram pra trás, para poder admirar melhor a beleza de Iza. 3a Missão : Iza foi desafiada a se aproximar das pessoas para pedir informações sobre o lugar . Resultado: Algumas pessoas ajudaram, outras olharam de cara feia e, por fim, um bom rapaz se dispôs a ajudar nossa candidata a periguete e levou-a até o lugar desejado. Cumpridas todas as missões, Iza conseguiu deixar a timidez de lado e se divertir um pouco. “Por um tempo, até esqueci que estava usando roupa curta”, diz ela. “Foi bem interessante. Eu gostei da experiência e consegui quebrar mais essa timidez”, completa .

E VOCÊ? SERIA UMA PERIGUETE POR UM DIA? Quer saber como a Yzza se sentiu? Então, siga as dicas abaixo e se torne o babado da festa Make: Delineador preto, sombra preta e lápis são o kit salvavidas de uma periguete durante o dia. Na balada, sombras chamativas e batons fortes.

Uniforme: Roupa curta SEMPRE! Conquista: A maior arma de sedução de uma periguete é a autoconfiança

Vivendo como periguete: Periguetes não são todas iguais.Cada uma é ÚNICA. Não pode ser preconceituosa. E mais: periguete não sofre. Se vinga!

Periguete Amiga: Tristeza, baixo-astral e melancolia NUNCA! Se alguém estiver mal, a amiga periguete vai fazer de tudo para animar.

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