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Vocação e Missão
Muitas de nossas Regiões não conseguiram realizar os pós-EACREs, os retiros do primeiro semestre, encontros de formação, em função da situação atual do país. E por isso pensamos em fazer esse artigo para ajudá-los a compreender como podem assumir as propostas feitas pelo Movimento para esse ano, apesar da condição em que nos encontramos, de distanciamento social. O Movimento nos propõe através das orientações do ano que são oriundas da grande orientação, não tenham medo, saiamos, que marcará a vida do Movimento pelos 6 anos a partir de Fátima. Continuaremos com as mesmas linhas de ações do ano passado, mas com a ênfase: chamado a ser santos, vivenciando o tema de Estudo: Casal Santo Alegria da Igreja Testemunho para o mundo, experimentando os pontos concretos com ardor e assiduidade e difundindo o documento Vocação e Missão. Temos o objetivo de ajudar todos a entender que conseguiremos vivenciar tudo isso mesmo sem poder sair de nossas casas. O Padre Caffarel, ao longo de toda sua vida, não cessou de repetir que um Movimento para se manter vivo tem de evoluir. Para ele, um Movimento vivo é um Movimento que se constrói a cada dia, graças à ação dos seus membros.
(Introdução do documento Vocação e Missão). Por essa razão, a Equipe Responsável Internacional anterior decidiu fazer uma pausa no caminho e, depois de um longo discernimento, propôs ao Movimento, como elemento de reflexão, o documento Vocação e Missão no Limiar do Terceiro Milênio. Toda mudança desperta temor, promove interrogações e questões que, no nosso discernimento cristão, é saudável considerar, não para nos tornarmos opositores, mas para esclarecer as dúvidas que ainda nos amarram à segurança dos portos conhecidos. A proposta de olhar além da nossa zona de conforto não é nova, vem sendo preparada há muitos anos e ultimamente ganhou força no encorajamento da Igreja ao convidar um pastor, como o Papa Francisco. E é impressionante como tudo isso caminha em comunhão com as propostas da CNBB através das Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) 2019-2023, que constituem uma das expressões mais significativas da colegialidade e da missionariedade da Igreja no Brasil. Essas diretrizes foram estruturadas a partir da concepção da Igreja como “Comunidade Eclesial Missionária”, apresentada com a imagem da “casa”,
“construção de Deus” (1Cor 3,9). Voltando às origens, lembrando as primeiras comunidades cristãs do Ato dos Apóstolos, essa Igreja que começa nas casas, nas famílias, uma igreja doméstica. O que vem muito ao encontro do que estamos vivendo nos dias de hoje, de isolamento social, de retiro. Já na quarta parte do documento DGAE, ele nos apresenta o Agir: indica como essa igreja pode estar presente no mundo totalmente urbano, dos grandes centros, que são realidades bem desafiadoras, e que vai exigir de nós uma nova postura. Justamente o que o documento Vocação e Missão do Movimento também vem nos propor - Que saiamos da nossa zona de conforto. Mas as pessoas podem estar se perguntando, como vamos fazer isso se não podemos sair de casa? Muitas vezes sair não significa sair de nossas casas, mas sairmos de nós mesmos, do nosso egoísmo e egocentrismo e ir ao encontro do outro. E neste momento passamos por uma situação até então nunca experimentada por todos nós. Existem pessoas que estão solitárias, agoniadas, com carência afetiva, econômica, etc. Às vezes, necessitam apenas de um telefonema, de uma palavra, de carinho e atenção, ouvir mensagens positivas. Isso é sair da nossa zona de conforto e oferecer ao outro aquilo que o deixa carente neste momento e que antes não víamos. Que Deus ajude a todos nós a discernir e a compreender as necessidades dos que estão em nossa volta. Que Deus nos ajude a identificar problemas e sugerir mudanças. Um grande abraço a todos, estamos unidos pelo coração e pelas orações. Para unir não precisa reunir! Tudo isso logo vai passar.