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Tema do ano: Capítulo VII

Em um Dever de Sentar-se, conversávamos sobre o quanto éramos sonhadores na adolescência. Participávamos de grupo de jovens juntos e sonhávamos com um mundo utópico em que tínhamos papel protagonista na transformação de uma sociedade mais justa e humana. A idade veio, e com ela o amadurecimento e o descobrimento de nossas limitações... Foi um pouco frustrante perceber que o mundo é maior, e bem mais complexo, do que imaginávamos. Aos poucos, nossos sonhos pareciam ser desidratados por uma realidade humana, por vezes egoístas. Contudo, duas adesões, ou melhor dois sim (ao Matrimônio e ao Movimento) fizeram-nos olhar o mundo de forma diferente. Pois nos levaram ao encontro diário com Deus, através da Palavra e do convívio com os irmãos. Essa dualidade, Palavra e comunidade, sempre tem um efeito transformador. Deus é amor! O amor está em sua essência, e nós, feitos à Sua imagem e semelhança, somos fragmentos desse amor. Fomos gerados, salvos, perdoados e convidados a fazer parte desse amor. “A palavra participação vem do latim participatio (tomar parte na ação), que significa aderir, ‘entrar dentro’. Somos uma parte, um pedaço, um membro, uma peça de um todo bem maior e harmônico. Não existimos separados dos outros. Precisamos e dependemos uns dos outros, vivemos e sobrevivemos uns nos outros, uns para os outros. Somos seres em relação, em constante movimento: nos integrando, nos ferindo, nos acolhendo, nos excluindo,

Tema do ano: Capítulo VII Uma sociedade fundada no amor

nos promovendo, nos destruindo. Relações novas e antigas, inesperadas e abençoadas, que geram novas relações, que trazem alegria, vontade de amar, de se doar, de servir, de se comprometer.” D. Carlos Verzeletti, Bispo de Castanhal (Editorial em COMdigital, jan/fev-2022) Deus é comunitário e seu amor não é excludente, ao contrário, amar a Deus, inevitavelmente, nos impulsiona a amar o outro e toda a criação. O processo de mudança da sociedade, tornando-a mais fraterna, começa pela mudança do coração de cada um, quebrando a barreira da indiferença, do egocentrismo, do comodismo, por vezes presentes. O outro não é problema, é meu irmão! Precisamos caminhar em direção ao próximo, sempre a partir de Deus, em direção às fragilidades do outro, as carências espirituais e materiais. “Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” (1Jo 4,7-8) Não podemos deixar morrer em nós o sonho de um mundo mais fraterno, construído com amor, de forma gradual: por mim, meu cônjuge, família, comunidade, sociedade... Que movidos pelo amor de Deus sejamos construtores de um mundo mais fraterno!

Edna e Sebastião CRP Norte

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