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Intercessores
Intercessores Ser fecundo na vida cristã
“Era muito comum no Antigo Testamento comparar o povo infiel a uma árvore estéril, onde ser cortado significava ser rejeitado por Deus. Em Lucas 13,69, diante de uma figueira que não produziu frutos, o agricultor faz uma tentativa, esperar ainda um ano, com o propósito de cortá-la, se suas esperanças fossem frustradas. O relato da maldição da figueira revela-nos o poder extraordinário da fé e da súplica. É preciso crer com firmeza e suplicar com abandono confiante. A figueira representa o povo incrédulo, que tem folhagem de aparências e não dá frutos. A fecundidade precisa ser autêntica e não aparente. Sem desculpas ou justificativas, mas com a verdade da vida. O fruto não deve ser de temporada, mas permanente; não escasso, mas abundante; não para alguns, mas para todos e quando precisarem. A figueira só tem valor dando frutos. “Realizar uma avaliação da vida cristã a partir dessa verdade do Evangelho nos ajuda certamente a viver um cristianismo valoroso e frutífero. A poda tem por função o crescimento, o desenvolvimento da planta, sua fecundidade. O ramo frutífero é podado e o estéril é queimado. Nunca mais enganes a ninguém com tua aparência frondosa nas folhas e vazia nos frutos. Na verdade, a figueira já estava maldita e seca no seu interior. Portanto, devemos entender e refletir que a mera aparência é maldição, uma secura oculta ou sustentação de inverdades”. Pe. Eliano Luiz Gonçalves * Papa Francisco no Regina Coeli do V Domingo de Páscoa, em 2021, disse: “A fecundidade da nossa vida depende da oração. Podemos pedir para pensar como Ele, agir como Ele, ver o mundo e as coisas com os olhos de Jesus. E assim amar os nossos irmãos e irmãs, começando pelos mais pobres e sofredores, como Ele fez, e amá-los com o seu coração e levar ao mundo frutos de bondade, frutos de caridade, frutos de paz”. Recordou que não podemos viver como cristãos sem permanecer unidos ao Senhor. Ao falar sobre o Evangelho onde se lê: “Não há videira sem ramos” e que “os ramos não são autossuficientes, mas dependem totalmente da videira, que é a fonte de sua existência”, analisou o verbo “permanecer”. “Permanecei em mim como eu em vós”, disse Jesus aos apóstolos antes de ir junto ao Pai. Esta permanência não é uma permanência passiva, um “adormentar-se” no Senhor, deixando-se acomodar pela vida. O permanecer n’Ele que Jesus nos propõe é um permanecer ativo, e também recíproco. Porque os ramos sem a videira não podem fazer nada, eles precisam da seiva para crescer e dar frutos. Do mesmo modo a videira precisa dos ramos, “é uma necessidade mútua, é um permanecer recíproco para dar frutos”. Atendendo ao Papa Francisco vamos nos tornar cada vez mais fecundos pela nossa oração e sermos ativos permanecendo com Jesus.
Sônia e Eyiti CR Intercessores
* Vice-reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora Mãe dos Sacerdotes, Vigário Paroquial da Paróquia Cristo Rei em Lorena (SP) e Vigário Paroquial no Santuário Santa Cabeça em Cachoeira Paulista (SP).