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A Assunção de Nossa Senhora ao Céu e a nossa esperança

“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.” Ap 12,1 Em cada 15 de agosto, celebramos a Solenidade da Assunção de Maria ao céu, em corpo e alma, dogma este proclamado a 1º de novembro de 1950 pelo Papa Pio XII. A Mulher “vestida de sol” por graça de Deus tem seu destino nos braços do Criador. A Igreja não fala da morte de Maria, talvez por isso que entre os orientais fala-se a “dormição” de Maria. O que é dogma? É uma verdade de fé, acreditada antes e proclamada depois oficialmente pela Igreja. É isso mesmo! Antes se crê, depois é definido solenemente pelo Papa. Os cristãos sempre acreditaram neste dogma mariano (Sensus fidei – Senso dos fiéis). A Igreja proclama um dogma ouvindo os fiéis, iluminada e conduzida pelo Espírito Santo. Pio XII, após consultar os bispos do mundo todo, proclama e define como verdade de fé o coroamento da vida de Maria Santíssima. O que nos diz o dogma da Assunção de Maria? Sobre o fim da vida de Maria não sabemos ao certo, mas isso não importa, pois cremos que depois de uma vida de doação e amor, foi assunta ao céu em corpo e alma. Deus Nosso Senhor a preservou da corrupção do sepulcro. O dogma da Assunção não diz respeito exclusivamente ao fim da vida terrestre de Maria, mas sim ao início, pois com seu corpo na glória dos céus está em um novo modo de existência. O dogma da Assunção de Maria hoje nos diz o quê? Esse dogma mariano nos convida a refletir sobre nosso futuro existencial junto de Deus, nosso desejo de eternidade, a valorizar nosso corpo humano que é “Templo do Espírito Santo”, como bem recordou o Apóstolo São Paulo. Também somos chamados à santidade, numa vida íntima com o Senhor, de doação e desprendimento da matéria, para depois sermos assumidos pelo Criador. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que Maria é ícone escatológico da Igreja, ou seja, o que nela já aconteceu – de forma antecipada – é um sinal para que a Igreja contemple e deseje chegar aonde ela chegou. Daí dizer que Maria é espelho para a Igreja. Mas, diante de tudo isso, alguém pode dizer que Maria, Nossa Senhora, está distante de nós por todas essas prerrogativas. Mas vos asseguro que não, pois o próprio Papa Pio XII afirmou que ela continua a interceder mais ainda pela Igreja que caminha rumo ao céu. Crer na Assunção de Maria é crer na esperança que vem unicamente de Deus, que nossa vida terrena não é meramente um peregrinar sem sentido, mas sim uma vida voltada a cumprir a vontade de Deus e que a nossa verdadeira morada é a glória do céu. A esperança nos faz crer no amanhã. Pe. Ramon Aparecido Ramos SCE Setor C - Jaú Região SP Leste Prov. Sul II

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