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Viver com fé e esperança
Na época de solteiros eu e Romeu participávamos de movimentos da Igreja e das nossas comunidades paroquiais. Chegada uma certa idade, queríamos muito encontrar alguém que partilhasse a mesma fé para casar e formar uma família. Então, quando eu tinha 27 anos e ele 37, nos conhecemos no movimento de que participávamos. Ele vinha de um final de relacionamento sério e apesar de um início meio cambaleante acabamos vendo que tínhamos muito em comum, partilhávamos de uma mesma visão de vida e o ideal de formar uma família cristã. Então, depois de um ano e meio estávamos casados. Poucos meses antes do casamento, o Romeu tinha recebido um diagnóstico de infertilidade, o que nos trouxe muita tristeza, pois eu queria muito ser mãe! Foram muitas orações, desabafos diante do SS. Sacramento: eu reclamava com Jesus, pois quando ele finalmente me fez encontrar alguém com a mesma fé e ideais, frustrava meu sonho de ser mãe. O Romeu começou uma novena da Divina Misericórdia, depois de ouvir o testemunho de uma pessoa próxima a nós. Mas, passado o momento de tristeza, decidi, em oração, que eu queria realmente casar com ele, mesmo se não pudéssemos ter filhos biológicos, pois eu o amava verdadeiramente. E assim aconteceu. Depois de alguns meses de casados, engravidamos! Eu não cabia em mim de alegria! Não podíamos acreditar! Deus nos fez férteis e nos deu a graça de dar à luz nossa linda Gabi. Depois de pouco mais de três anos eu novamente engravidei da nossa Julia, completando nossa alegria e nosso sonho de família. Alguns anos depois recebemos um convite de um casal amigo para participar das Equipes de Nossa Senhora, Movimento do qual nunca tínhamos ouvido falar. Eu, logo de cara, fiquei muito interessada, mas o Romeu ficou meio desconfiado. Com o tempo, fomos nos identificando mais e mais com as propostas do Movimento e com sua seriedade. Foi graças às Equipes que conseguimos superar muitas dificuldades no relacionamento e nos manter firmes no nosso propósito inicial. Através do serviço fomos conhecendo e amando mais as ENS. E cá estamos há 16 anos. Nossa filha mais velha recebeu e desenvolveu a fé que lhe transmitimos e hoje participa das Equipes Jovens de Nossa Senhora. A Ju, entretanto, tem requerido muito da nossa atenção, pois desenvolveu uma depressão séria e, para nossa tristeza, se diz agnóstica. Desde os 12 anos não queria mais à missa conosco e nem que lhe falássemos de Deus. Contudo, nos irmãos de caminhada das equipes temos encontrado apoio e ajuda para seguirmos em frente com esperança! Lembremos sempre: Sem Jesus nossa vida não tem sentido, sem Ele não temos forças, sem Ele nada podemos fazer de bom!
Daniela e Romeu CRR SP Capital II Prov. Sul I