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Regra de Vida, o PCE da ascese cristã

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Ser criança

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Fazer parte de um Movimento que oferece ferramentas concretas para lidar com as adversidades que, a todo instante, tentam nos tirar do caminho da salvação, é um PRIVILÉGIO! E, sinceramente, deveríamos sentir-nos assim, privilegiados, ao pensarmos na inspiração que Pe. Caffarel teve ao nos propor a Regra de Vida como um Ponto Concreto de Esforço. Uma REGRA pensada para eliminar progressivamente tudo que cria obstáculos à nossa capacidade de amar. Uma exigência inspirada e praticada historicamente por santos da nossa Igreja. Um ato de humildade que nos põe de frente com os nossos maiores defeitos, que tantas vezes preferimos “varrer para debaixo do tapete”. Esta é, portanto, uma oportunidade de ascese cristã baseada no apelo à consciência pessoal. É preciso um questionamento honesto em relação a Deus, a nós mesmos e aos outros. Que rica oportunidade de olhar para a nossa pobreza espiritual! A Regra de Vida é uma escolha individual, discernida sob a ação do Espírito Santo e deve contar com nossa lucidez, humildade e coragem. Após o Dever de Sentar-se, durante um Retiro ou em momentos de Escuta da Palavra e Meditação são ótimas oportunidades para se estipular uma Regra. É importante termos em mente os objetivos que desejamos alcançar de forma realista, e a consciência que o ritmo deve ser pessoal, adaptando-se ao caminhar de cada um ou de cada casal. Ela deve ser gradual, a passos pequenos e conscientes. Uma dica é a regra dos “3P”: pequena, precisa e prática! Por fim, vale lembrar que a Regra de Vida deve ser revista regularmente para avaliar os progressos e, se necessário, ter a rota corrigida. Há 15 anos deixamos nossa família no Paraná por conta de trabalho e viemos para São Paulo. Aqui, o Senhor nos deu muitos novos “irmãos”, mas sentíamos a distância física sempre muito dolorosa para nossos pais, já com idades avançadas. Numa meditação, conversando sobre “honrar pai e mãe”, percebemos nossa ausência em relação a eles. Era um “defeito” a ser corrigido! Implantamos como regra de vida, de ligações de vídeo diárias para permitir que eles fizessem novamente parte da nossa vida em família. A Regra que era aparentemente fácil exigiu muito esforço, disciplina e paciência. Chegar em casa depois de um dia exaustivo e ligar com um sorriso para os pais nem sempre é prazeroso, mas sabíamos que além de estarmos honrando nossos pais, estávamos sendo exemplo para nossos filhos. Há 2 anos isto já passou a ser um hábito e como é bom tê-los por perto, pedir a bênção, mesmo estando a 800 km de distância. A cada “Deus te abençoe, filho(a)”, sentimos o céu um pouquinho mais perto da gente.

Érica e Wilson Costacurta Eq. 07A - N. S. do Bom Conselho Jundiaí-SP Prov. Sul I

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