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Rezar ou orar?
Os discípulos entre muitas coisas que poderiam ter pedido a Jesus, como aprenderem a fazer milagres, certa vez pediram: “ensina-nos a rezar” e Jesus os ensinou a rezar o Pai Nosso. Muitas vezes nos questionamos se existe diferença entre “orar” e “rezar”. Rezar tem sua origem no latim (recito), significa “recitar, dizer”, daí dizemos que vamos rezar (recitar) uma oração: o Pai Nosso, a Ave Maria, o Magnificat. Orar também de origem latina (oro) significa “falar, dizer”, trata-se de um ato pessoal, “eu vou orar (falar) com alguém: com Deus”. Falarei com Ele sobre meus desejos, meus agradecimentos, meus anseios, e por que não, falarei com Deus sobre meu cônjuge. E se ao invés de fazer essa oração sozinho(a), fizermos com o nosso cônjuge: “Já nãos sois dois, mas uma só carne”. Sabemos que “onde dois ou mais estiverem reunidos, Eu (Deus) estarei no meio de vós”. Em nosso Movimento o casal é convidado a experimentar, a desfrutar dessa riqueza todos os dias através da Oração Conjugal. Muitos casais nos momentos da Partilha, na reunião formal, comentam ser difícil a prática desse Ponto Concreto de Esforço, que ambos ou um deles sentem-se envergonhados em orar junto com seu cônjuge. Conosco não era diferente, até que em um Retiro o pregador, Pe. Quinha, falando sobre a Oração Conjugal, sugeriu que o casal começasse a “quebrar o gelo” recitando juntos uma Ave Maria, apenas uma Ave Maria. Logo depois da palestra, fomos convidados a sair para praticar, ou pelo menos tentar, a Oração Conjugal. No local do Retiro, um sítio muito bonito, com vários locais próximos à natureza; um pouco sem graça, um diante do outro, recitamos a Ave Maria um tanto envergonhados. Parecia até conversa de início de namoro, mas demos nosso primeiro passo. Ao voltarmos para casa, como Regra de Vida em casal, estabelecemos a oração antes de dormirmos como sendo a Ave Maria. Logo na segunda noite, combinamos que rezaríamos o Magnificat também, já que é a oração diária de todo equipista. Passado algum tempo, depois de rezarmos a Ave Maria e o Magnificat sempre lembrávamos de algum amigo(a) que estava doente e que nos havia pedido oração. Não demorou muito tempo, um dia eu, Cláudia, comentei com Fernando que havia lido em algum lugar que quando rezamos devemos primeiro agradecer a Deus pelo dia que Ele nos concedeu, pelas coisas boas e não tão boas que vivemos, e incorporamos esse momento em nossa oração noturna. E assim, hoje, antes de dormir, (que para nós é o horário que encontramos para melhor orarmos juntos), nossa oração Conjugal é um momento de estarmos juntos entre nós e com Deus. Assim, a partir de uma Ave Maria, com persistência, fomos deixando Deus agir em nós e fomos nos abrindo a escutar o outro. Já não existe mais a timidez do início. É um momento de estarmos juntos e de podermos colocar nossas alegrias e anseios a Deus junto com aquele(a) que o próprio Senhor nos deu como companheiro para todas as horas: inclusive no momento da oração. Se ainda existe alguma barreira entre vocês na prática da Oração Conjugal, comece agora: Ave Maria, cheia de graça o Senhor é convosco... Claudia e Fernando Eq. 04 - N. S. Imaculada Conceição Setor Teresópolis Região Rio VI Prov. Leste I