em foco/
Synésio Batista da Costa
INDÚSTRIA NACIONAL
de brinquedos Bons e reais motivos para comemorar!
A
indústria nacional de brinquedos tem motivos para comemorar 2021 e boas expectativas para 2022, apesar de ainda estarmos vivendo em meio a uma pandemia e com todos os seus reflexos negativos. As dificuldades para importar matérias-primas, que afetaram negativamente diversos setores da economia brasileira, acabaram sendo um propulsor para a indústria nacional de brinquedos. Diante de prazos longos e fretes nas alturas, as fábricas locais conseguiram avançar sobre os importados. “Nossos 400 fabricantes brasileiros estavam preparados para atender o mercado. Tínhamos capacidade ociosa. Com a produção maior, foi possível diluir o impacto do custo maior de matéria-prima, como foi o caso da resina plástica, que chegou a ficar 170% mais cara. Em 2021, contratamos mais 2.100 pessoas e contabilizamos crescimento de 11% em cima de R$ 7,7 bilhões, de 2020”, contabiliza Synésio Batista da Costa, presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). De acordo com o dirigente, as importações caíram 49% e a indústria nacional recuperou mais mercado dos importados, atingindo perto de 75% – lembrando que o setor tem cerca de 1.600 pontos de venda especializados e algo em torno de 15 mil varejistas. O Natal, que representa 30% das vendas do ano e teve um crescimento em relação a 2020 de 15%, contou com mais 400 brinquedos lançados. Além disso, o ticket médio em 2021 alcançou R$ 100. “O setor só não está melhor porque convive com um ambiente de sonegação no mercado interno, associado ao subfaturamento das importações e a importações fraudulentas. Ainda assim, para 2022, a projeção da indústria nacional é atingir um crescimento na ordem entre 6% e 8%”, prevê Synésio.
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ESPAÇO BRINQUEDO REVISTA
Além do esforço para a indústria brasileira manter o ganho de mercado, a capacidade de abastecer o varejo é outra frente a ser trabalhada