O Pátio - Edição 40

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ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE

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CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA

10 contos ANO VI

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NÚMERO 40

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Os Anos da EPM-CELP

NOVEMBRO 2006

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JORNAL MENSAL

SAÚDE

Uma preocupação de todos...

... e de cada um de nós!

DESTAQUES 10 de Novembro, Dia de Maputo 2 Clube do Ambiente 3 Fotoreportagem 10/11 Dia Mundial do Não Fumador 12 Formação Interna 14 Olimpíadas de Português 18 e 20 Filosofia para Crianças 19


EDITORIAL Recordar 7 anos! Este é o mês em que a EPM-CELP comemora o seu sétimo aniversário. Sete anos representam ainda uma curta vida na história de uma instituição. No entanto, acreditamos que há já sementes lançadas à terra, pois a Escola ocupa um lugar de referência indiscutível, no panorama da cooperação bilateral na área da educação. A nossa principal preocupação é, sem dúvida, a qualidade pedagógica do nosso ensino, o que só se alcança com professores qualificados. Foi com essa preocupação, que, há três anos atrás, oferecemos a muitos dos nossos docentes a possibilidade de se profissionalizarem e que, actualmente, lhes possibilitamos a frequência de uma Pós-graduação em Desenvolvimento Pessoal e Social. Para além de conhecimentos científicos, procuramos oferecer aos nossos alunos outros tipos de formação. Basta olhar para as actividades de complemento curricular e extracurricular, para perceber que há várias outras componentes que nos preocupam: a componente cívica desenvolvida no clube do ambiente, no clube de jornalismo, na filosofia para crianças; a componente artística integrada na Escrita Criativa e nas várias actividades musicais. Para além de tudo isto, há ainda a componente humana, que está sempre presente na praxis de cada elemento da nossa equipa, quer seja ele Docente ou Auxiliares de Educação. Para estes últimos se dirige também a nossa preocupação, bem visível nas várias Acções de Formação que lhe temos proporcionado, a última das quais decorreu no corrente mês, como se poderá ver ler nesta edição. Esta dinâmica formativa, que a escola adquiriu já, é bem visível nas várias actividades que se desenvolvem regularmente e que os redactores do nosso Pátio das Laranjeiras vão procurando realçar. Com a ajuda de todos, a EPMCELP continuará esta sua caminhada em anos vindouros. Bem hajam a todos os que a ela se dedicam e oferecem o seu esforço!

A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas

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10 de Novembro, Dia da Cidade

As duas capitais de Moçambique – uma abordagem urbanística e paisagística”, proferida pela arquitecta Judite Santos. Foi mais uma iniciativa com vista à formação de cidadãos autónomos e interventivos, capazes de uma postura crítica e proactiva relativamente à cidade onde vivem.

Para pequenos… Como já vem sendo habitual, os mais pequenos fizeram sentir a sua presença nas comemorações das datas festivas assinaladas na nossa Escola. Desta feita, na véspera do 10 de Novembro, Dia da cidade de Maputo, as nossas crianças puderam assistir a uma projecção de slides sobre a cidade de Maputo e a um diálogo de apresentação que lhes proporcionaram novas formas de aprendizagem e diferentes perspectivas sobre a cidade que nos acolhe.

…e grandes Para os mais velhos, os professores da Área Disciplinar de História prepararam também actividades para assinalar a efeméride. Assim, para além de uma exposição na sala de História subordinada ao tema “A evolução da Cidade de Maputo – Urbanismo, Paisagismo e Arquitectura”, os alunos puderam ainda participar numa palestra que teve lugar no Auditório Carlos Paredes sobre “

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EM

Passeio Pedestre No intuito de promover hábitos de vida saudável e de sã convivência no seio da comunidade escolar, realizou-se no sábado, dia 25 de Novembro, um passeio pedestre aberto a todos aqueles que, de mochila às costas e boa disposição, se apresentassem na Escola às 7.30, hora prevista para a concentração. Organizada pela Área Disciplinar de Educação Física, esta actividade pretendia pôr toda a escola a mexer. Nem mesmo o sol faltou, brindando os participantes com céu limpo e temperatura amena, ideais para actividades desta natureza. O ponto de partida deu-se às 8 horas em ponto, conforme o que estava programado. Os nossos atletas dirigiram-se para a praia pela Avenida do Palmar e seguiram pela areia até à Costa do Sol, regressando depois em sentido inverso pelo mesmo itinerário. O percurso durou cerca de hora e meia e, apesar da fraca adesão que teve por parte da comunidade escolar, os participantes deram por bem empregue o seu tempo e fazem votos para que este evento se repita por mais vezes. Iniciativas como esta são sempre uma forma louvável de contribuir para um bom ambiente na Escola e para uma vida pessoal mais dinâmica e saudável. EM


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Visita ao Centro de Investigação da Manhiça

Clube do Ambiente

LOGÓTIPO Clube do Ambiente

No dia 17 de Novembro, os alunos do 12º A, Antuia, Diane, Eurídice, Karem, Pedro, Raj e Shámila, acompanhados pela professora de Biologia Ana Besteiro, foram visitar o Centro de Investigação da Manhiça. A visita enquadra-se no âmbito da Área de Projecto, em que os alunos estão a desenvolver o tema: a Malária. O Centro dedica-se sobretudo ao estudo da Malária, visto que esta é uma doença endémica não só na área circundante a este centro, mas também em todo o território moçambicano e em muitos países de clima tropical e sub-tropical. O Centro dedica-se também a outras investigações como o estudo a pneumonia, da tuberculose e de outras doenças infecciosas. O Centro recebe apoio da Cooperação Espanhola e enquadrase num grupo de centros de investigação dos países pertencentes à INDEPTHCE que também estudam estas doenças, com os mesmos objectivos. O Centro possui cinco laboratórios muito sofisticados, quatro dos quais servem de apoio ao Hospital da Manhiça. AB

O Clube do Ambiente e da Ciência integra-se nas actividades de complemento curricular organizadas pela EPM-CELP, e tem como objectivo sensibilizar os alunos e a comunidade escolar em geral para aspectos ligados ao ambiente e à ecologia. Funciona às 3ª feiras, das 15:45 às 16:30 e é orientado pelos monitores Ana Catarina (professora de Ciências) e Pedro Malheiro (professor de Físico-Química) Os alunos do Clube pretendem dar a conhecer o seu trabalho e, para isso, escreveram os seguintes textos: “Os alunos das aulas do Clube do Ambiente e da Ciência ajudam o Ambiente, porque a Terra pode desaparecer por causa da poluição. Nós fazemos muitas experiências. Eu gosto muito de estar neste Clube. É muito divertido.” Manita e Inês (4º A) “Gosto muito. Aqui nós aprendemos a fazer experiências com os nossos professores ”(Anissala,4º D) “Nós, os guardiães do ambiente, todas as terças-feiras às 15:45, nos reunimos no laboratório de Biologia e Geologia. Com a ajuda dos nossos professores Ana Catarina e Pedro Malheiro realizamos experiências e trabalhos ecológicos como a reciclagem e a reutilização de certos materiais de plástico e de papel. Tudo isto serve para demonstrar que somos amigos do ambiente e que queremos preserválo. Nós os guardiães do ambiente adoramos partilhar momentos científicos, no Clube do Ambiente e da Ciência, realizando experiências diversas” (Francisco e Yanick, 6º A)

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ACC

No sentido de encontrar uma identidade gráfica, o Clube do Ambiente, promoveu um concurso intitulado “À PROCURA DE UM LOGÓTIPO”. Houve pouca participação, mas a turma do 6º Ano-” A “ foi uma excepção, pois contrubui com muitos desenhos. No final, prodedeu-se a uma votação, tendo o aluno Francisco Novela sido o vencedor. O logótipo escolhido representa o Planeta Terra a ser protegido por um cordão humano de meninos de todos os continentes e raças, que assim impedem a poluição do planeta. Parabéns! O Efeito gráfico é muito bonito! A direcção do “Clube do Ambiente! agradece a todos os participantes e espera uma maior adesão em futuros concursos. ACC


A EPM-CELP EM FOCO SAÚDE.. UMA PREOCUP AÇÃO DE TODOS ... PREOCUPAÇÃO ODOS... 1 de Dezembro Dia Inter nacional da SID A SIDA

Passaram já 26 anos desde que se diagnosticaram os primeiros casos de SIDA no Mundo. Na década de 80 este era um diagnóstico dramático, quase equivalendo a uma sentença de morte. Muito se estudou e investigou ao longo deste quarto de século, tornando mais leve o estigma da doença. Contudo, deve ser dito que ainda não se descobriu cura nem vacina para a evitar. Estima-se em 40 milhões o total no mundo inteiro de casos com HIVSIDA, dos quais mais de 90% vive nos chamados Países “em vias de desenvolvimento”. Milhões de doentes já morreram e continuam a morrer, principalmente nestas nações onde as condições de vida são tão precárias. Moçambique é um destes países. A EPM-CELP tem vindo ao longo dos últimos anos a assinalar este dia através de várias acções que envolvem alunos, professores, funcionários e mesmo a comunidade. E não é só neste dia. Ao longo de todo o ano, desenvolvem-se actividades que mantêm viva a luta contra o sida e educam toda a comunidade escolar. Cada um de nós é sujeito e objecto nesta cadeia de divulgação e informação. A EPM-CELP tem promovido debates, palestras, filmes, peças de teatro, inquéritos alusivos ao HIV-

SIDA, em que todos participam. Há um programa de Educação Sexual em que este tema também é abordado desde cedo com os alunos. Os próprios alunos fazem trabalhos e debates entre eles sobre esta doença. A Escola tem recebido e oferecido escolaridade a crianças órfãs de pais vítimas de Sida, e promove também educação para a saúde a membros da Comunidade nesta área, no âmbito de um protocolo celebrado com a NESON. PS

Despistagem do vír us HIV na EPMvírus CELP

Realizou-se no dia 29 de Novembro uma acção de despistagem do vírus do HIV na população escolar, coordenada pelo Gabinete Médico Escolar e com ligação com o Laboratório UNIV. Esta acção abrangeu cerca de 60 trabalhadores da nossa Esco-la, uma percentagem bem grande dos funcionários. De salientar que foi garantida a confidencialidade dos resultados : a colheita do sangue para análise foi feita na Escola, no Gabinete Médico, por uma Técnica do Laboratório. Os resultados foram entregues individualmente e em envelope selado a cada um dos trabalhadores. Esta acção reveste-se da maior importância num momento em que a SIDA em Moçambique atinge cerca de 16,2% da população adulta. A tendência desta epidemia é continuar a crescer se medidas drásticas não forem tomadas para a contenção da mesma, o que passa

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não só pela prevenção, como também pelo tratamento das pessoas infectadas com o vírus. É sabido que a SIDA não é por si uma doença mas um síndrome que provoca uma deficiência a nível do sistema imunológico, tornando o organismo vulnerável ao ataque de doenças oportunistas tais como a tuberculose, a malária e outras, o que o vai debilitando progressivamente. A detecção inicial do vírus em fases precoces da infecção possibilita uma intervenção que, não sendo curativa, permite manter o organismo numa situação de equilíbrio entre a carga viral e os mecanismos imunitários. Os medicamentos que permitem a manutenção do estado de saúde do organismo, mesmo na presença do vírus HIV são chamados antiretrovirais e actuam por inibição da replicação do vírus no corpo humano. Embora em Moçambique o tratamento com antiretrovirais não seja muito abrangente – apenas 20000 pessoas infectadas têm acesso aos medicamentos – quando existe esta possibilidade a pessoa com HIV pode manter-se saudável e com uma vida activa normal durante muitas décadas. É por esta razão e pela oportunidade daqueles que quiserem de terem acesso ao tratamento, que por amor a si próprio e por respeito aqueles que connosco convivem, temos o dever e obrigação de fazer o teste. Outra razão para fazer o teste prende-se com a prevenção: o conhecimento da nossa situação relativamente ao vírus determina o tipo de comportamento que devemos ter no exercício da nossa sexualidade: o uso do preservativo é hoje em dia uma necessidade imperiosa devido às proporções que a epidemia atingiu em Moçambique.

TN/PS


A A EPM-CELP EPM-CELP EM EM FOCO FOCO ...E DE CAD A UM DE NÓS CADA Dia Mundial da diabetes Assinalou-se, no passado dia 14 de Novembro, o dia Mundial da Diabetes. A aluna Denise Reis, do 12º C, quis deixar-nos o tesmunho da sua “convivência” com esta doença. No auditório Carlos Paredes deu-nos uma pequena palestra sobre a diabetes e as suas implicações, cujo texto passamos a transcrever.

A diabetes é uma doença do Pancreas

A diabetes é um problema no metabolismo do açúcar no organismo, em que o açúcar do sangue é eliminado na urina, em vez de ser usado como nutriente. Existem, no entanto, diferenças na causa e na gravidade deste problema, razão pela qual é habitual referir os diferentes tipos de diabetes. Os dois mais comuns são a diabetes tipo 1 e a diabetes tipo 2. Distingui-las uma da outra nem sempre é fácil. A diabetes do tipo 1 é também chamada diabetes insulinodependente, porque aqueles que a têm dependem da insulina para sobreviver. Geralmente afecta as pessoas mais jovens.

A diabetes do tipo 2 ou diabetes não-insulino-dependente, geralmente afecta idosos. Pode surgir com diferentes graus de gravidade que pode mudar com o tempo. A diabetes do tipo 2 pode, pois, não requerer tratamento com insulina nas fases iniciais, mas a insulina pode eventualmente tornar-se a melhor escolha, simplesmente porque outros tipos de tratamento se tornam gradualmente inadequados. Escolhi este tema para o meu trabalho da Área de Projecto porque sou portadora da doença e acho que ela não tem merecido a importância devida. Muitas são ainda as pessoas que pensam que a diabetes se contrai pelo contacto directo com uma pessoa infectada e na verdade as coisas não são assim. Desde os dois anos que tenho este pequeno “monstro” a apertarme o pâncreas e, de tudo o que me lembro, o que mais me marcou foi sem dúvida o olhar de pena das pessoas sempre que sabiam que eu tinha diabetes. Até hoje isso ainda me machuca por dentro. Não gostava de ir às festas de anos dos meus amiguinhos de infantário, porque sabia que tinha sempre a mãe deles em cima de mim para me dar uma palmadinha na mão, se eu resolvesse levar à boca um bolito. Como não percebia o porquê daquilo tudo, chorava, revoltava-me e vingava-me quando chegava a casa, trincando o queijo com toda a força que os meus dentes permitiam. Recordo-me com nitidez de ter perguntado variadas vezes à minha mãe porque é que eu tinha de ser diferente. Porque razão tinha de ser constantemente picada e porque é que às vezes doía tanto. Com o tempo, aprendi que nenhuma das minhas

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perguntas tinha resposta e que este monstro só iria morrer comigo. “És diabética? Nunca pude imaginar, pareces tão saudável!”. Sou diabética SIM mas também

posso correr, saltar, rir e brincar. Tenho tanto direito à vida como qualquer um de vós. Cuido com muito carinho e respeito dos meus amiguinhos, faço exercício quase diariamente, evito o açúcar e controlo a glicemia de manhã e à noite para poder dormir com os anjinhos. É claro que esta doença não é tão negra como a pintam, de facto se isto for bem controlado até podemos beber uma Coca-Cola (que o professor Victor tanto gosta) ou comer um chupa-chupa para nos adoçar a boca e o espírito. Se tivermos tudo sob controlo podemos fazer umas asneiras de vez em quando. Claro que se fizer isso terei que me injectar mais uma ou duas vezes, mas o que é que isso importa para quem se injecta há 16 anos?! Sim, mais uma vez vos digo: “Tenho diabetes e sou igual a vocês.”. Hoje em dia faço de tudo para não ficar sem os olhos ou sem os dedinhos dos pés e, apesar de saber que um dia isso pode eventualmente acontecer, vivo um dia de cada vez, com a certeza de que neste momento sou bastante feliz. Se sou diabética?! NÃO. Estou diabética!

Denise Reis


A EPM-CELP EM FOCO Integrada nas comemorações do VII aniversário da EPM-CELP, realizou-se no dia 23 de Novembro, quinta-feira, uma sessão solene que contou com a presença do sr. Embaixador de Portugal, de convidados, encarregados de educação, docentes, funcionários e alunos desta escola. Às 9:30 começaram a chegar os convidados que foram recebidos na entrada principal da Escola pelos alunos finalistas. No átrio principal da escola os alunos da Educação Pré-Escolar actuaram, cantando o hino da Escola. Os convidados foram conduzidos ao auditório por volta das 10:00, onde o grupo dos “Pequenos Violinos” tocou duas músicas a simbolizar a aliança entre Portugal e Moçambique, presente na nossa Escola: “Sintome Orgulhoso de ser africano” e “A casa portuguesa”. A actuação dos pequenos violinos continuou com a execução da obra “Over the Rainbow de H. Arnold e Perpetual Motion, de Susuki. Cerca das 10:30 o Dr. Calane da Silva proferiu uma oração de sapiência subordinada ao tema “Instrução e Pedagogia da Amorosidade num contexto

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Os Anos da EPM-CELP Sessão Solene

Intercultural”, onde sublinhou a importância dos valores ligados ao Ser que devem reger qualquer projecto educativo. Referiu a importância da educação na história da humanidade e os valores que foram sendo veiculados ao longo dos tempos. A prelecção culminou com um momento comovente em que foi lançado um juramento ético que deverá ser de todo aquele que pretende ser veículo de uma nova pedagogia centrada no ser e nos valores humanos. Seguiu-se a entrega de diplomas aos alunos finalistas pela coordenadora do ensino secundário. O presidente da comissão de finalistas agradeceu

soltando um “grito académico” que foi secundado pelos restantes alunos finalistas. A sessão continuou com a entrega dos diplomas do quadro de excelência relativas ao ano lectivo 2005/2006 pelas coordenadoras do 1º, 2º e 3ºs ciclos que entregaram os diplomas aos alunos respectivos. Também foram entregues bolsas de mérito a alunos e

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diplomas de dedicação aos docentes e funcionários que se distinguiram pelo seu empenho e dedicação ao trabalho na EPMCELP.

Seguiram-se os discursos da Presidente do Conselho Directivo Dra. Albina Santos Silva, do Presidente da Associação de Pais e o discurso do Dr. José Freitas Ferraz, que fechou a sessão no auditório.

Inangurou-se em seguida uma exposição de pintura e desenho cujos trabalhos foram realizados pelos nossos alunos e pelos alunos da escola nacional de artes visuais, num workshop orientado pelo mestre Shikhany, conhecido pintor moçambicano.


A EPM-CELP EM FOCO

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Os Anos da EPM-CELP Magusto Ao longo das semanas que antecederam o dia 24, os preparativos foram-se intensificando à medida que o dia da festa se aproximava: os alunos requisitavam aparelhos para ensaiarem as músicas e as danças que iriam apresentar, a equipa encarregada da organização da festa desdobrava-se entre o embelezamento da Escola, os contactos com os fornecedores da comida, a aquisição de material, a elaboração de convites, os ensaios com os alunos…com tanta azáfama era impossível ficar alheio ao que se iria passar. No dia 24, muito antes da hora marcada, os ânimos já estavam ao rubro, a ansiedade era muita. No palco, preparado para o efeito, faziam-se os últimos testes de som. As actuações começaram pouco depois das 17:00 e prolongaram-se até depois das 20:00, com um programa intenso que se repartiu em três partes: a primeira hora foi dedicada aos alunos do Pré-Escolar e do 1º ciclo. A Tuninha do Sol e Dó abriu a festa com as canções “A Pinguim vaidosa” e “O Castanheiro”. Seguiram-se duas canções entoadas pelos alunos do Pré-escolar e 1º ano, acompanhados dos respectivos professores. O Grupo folclórico infantil da EPM dos alunos do 2º ano actuou de seguida, tendo o 3º ano representado uma peça de teatro em torno da lenda de S. Martinho. Os alunos do 2º e 4º anos fecharam a 1ª parte com uma canção “A Borboleta linda”. A segunda parte esteve a cargo do 2º ciclo – o grupo de artes marciais, um grupo instrumental, uma dança moderna, uma canção e uma dança folclórica abrilhantaram a segunda hora do espectáculo. A partir das 19 foi a vez do 3º ciclo, do secundário, dos funcionários e dos professores mostrarem os seus dotes. Os pais e convidados, espalhados pelo recinto, assistiam às actuações dos seus filhos. A noite de Verão – bem mais quente que o Verão de S. Martinho – convidava a “ir estando”, entre uma conversa, uma bifana, um pedaço de entremeada ou de chouriço e umas castanhas assadas. Os gulosos viram-se na obrigação de quebrar o regime (e não se fizeram rogados!) e provar algumas das tantas (segundo apuramos eram cerca de 90 sobremesas diferentes) e tão boas sobremesas gentilmente oferecidas pelos alunos, com a finalidade de angariar receitas para os finalistas. Ficaramnos os olhos naquelas que não conseguimos comer. Um fim de tarde bem agradável que honrou todos os que nele se empenharam… TN

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A EPM-CELP EM FOCO

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Os Anos da EPM-CELP As comemorações do 7º aniversário da EPM-CELP envolveram toda a comunidade escolar durante aproximadamente um mês. Em jeito de balanço, deixamos aqui alguns depoimentos de algumas pessoas que contribuíram para levar este evento a bom porto.

Judite Santos Coordenadora do Grupo de Trabalho Pátio das Laranjeiras – Como coordenadora do grupo de trabalho criado para a organização da festa de aniversário da Escola, fale-nos um pouco da metodologia seguida. Judite Santos – Inicialmente fizemos uma reunião em que definimos um programa base e a partir daí criámos vários grupos de trabalho, aos quais foram atribuídas tarefas. A professora Adilene responsabilizou-se pela parte da decoração, o professor Azevedo e a Dra. Alda Faria, sob a supervisão da Professora Margarida Vaz, trataram da parte da alimentação, o espectáculo ficou a cargo da professora Cláudia e a parte da logística da Sessão solene, da professora Ana Castanheira. Houve sempre a preocupação de adequar as tarefas às características das pessoas. Depois íamos fazendo reuniões para fazer o ponto da situação. PL – Numa festa deste género, há sempre necessidade de estabelecer contactos com a comunidade, a vários níveis. JS– Sim, coube ao grupo responsável pela sessão solene e pela logística contactar com os fornecedores, fazer encomendas, fazer inventariações, tratar das rifas… PL – O dinheiro das rifas revertia a favor dos alunos finalistas. JS – Sim, e a Escola ofereceu os prémios, pelo que foi necessário averiguar quais seriam os prémios mais adequados, enfim, uma série de coisas que exigiram vários procedimentos que foi preciso levar em conta. Mas a maior parte das actividades era transversal, pelo que implicava a participação integrada de várias pessoas. PL – E nem só das pessoas que faziam parte da comissão. JS – Exacto, este ano houve a preocupação de implicar o maior número de pessoas possível, desde o primeiro ciclo, professores, funcionários, alunos e depois, no magusto, professores e funcionários. PL – A organização de um evento desta natureza é uma tarefa de muita responsabilidade.

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JS – De facto, mas felizmente contámos com a colaboração de todos e em particular dos coordenadores de ciclo, do Centro de Recursos e do Centro de Formação e claro, com uma supervisão muito especial da Dra. Albina que esteve presente sempre que julgou oportuno.

Ana Castanheira Responsável pela Logística e Preparação da Sessão Solene Pátio das Laranjeiras – Como responsável pela logística e preparação da sessão solene, teve em mãos uma grande responsabilidade. Ana Castanheira – Sim, há pouco tempo que estou na Escola e foi a primeira vez que estive na organização de um evento desta dimensão. Foi uma prova de fogo. Mas, apesar da minha inexperiência, a avaliação global é bastante positiva. PL – Mas sentiu-se apoiada. AC – Sim, houve ajuda por parte de algumas pessoas que tinham estado ligadas à organização da festa em anos anteriores. E os alunos do 12º ano colaboraram imenso a nível do protocolo, na sessão solene. PL – Globalmente, como avaliaria esta participação? AC – Foi muito enriquecedora. A nível da organização, a divisão de tarefas resultou muito bem porque a responsabilidade foi descentralizada. E o número de pessoas que aderiu às comemorações superou em muito as minhas expectativas.

Fátima Monteiro Sector de Alimentação Pátio das Laranjeiras – A D. Fátima teve uma participação activa na festa. Fátima Monteiro – Sim, estive na parte das comidas, a assar frangos e castanhas. PL – Pôde acompanhar a festa bem de perto. FM – Estivemos das 16.30 às 20:00. As pessoas procuram muito sobretudo as castanhas, que é uma


EPM-CELP EM FOCO coisa que não se encontra muito por cá. É muito bom que a Escola faça este Magusto... É uma oportunidade para que as pessoas as possam comprar! PL – Foi, então, uma área muito concorrida. FM – É verdade, havia sempre muita gente. E nós éramos 7 ou 8 pessoas a assar. Mas fomo-nos ajudando uns aos outros para que tudo corresse bem e para que as pessoas não tivessem que esperar. PL – Gostaria de acrescentar alguma coisa, para terminar? FM – Gostava de dizer que estas festas são sempre bem-vindas, para podermos conviver com os pais e com os nossos alunos. É sempre muito agradável.

Cláudia Costa Sector de Animação Cultural Pátio das Laranjeiras – Coube-lhe coordenar o grupo responsável pelo espectáculo e pelas actividades dos alunos. Era uma grande equipa? Cláudia Costa – Sim, trabalhámos em conjunto: eu, a professora Odete, a professora Mariana e a educadora Célia. Mas houve ainda outras pessoas que colaboraram, como as pessoas ligadas ao som e à música, e ainda os professores cujos alunos participaram no espectáculo. PL – E como foi feita a selecção dos alunos ou grupos participantes? CC – Alguns alunos auto-propuseram-se em grupo ou individualmente, mas houve casos, especialmente a nível do pré-escolar e do 1º ciclo, em que foram os professores que seleccionaram os seus alunos. Depois desta primeira fase, houve todo um acompanhamento, por parte dos professores de música e dos professores que acompanhavam os seus alunos, no sentido de garantir alguma qualidade. Mas houve sempre o cuidado de evitar que o aluno se sentisse desmotivado ou desvalorizado, por isso, mais do que impedir que participassem, estimulou-se a progressão e o aperfeiçoamento. PL – Foi um processo cuidadosamente preparado. CC – De facto, começámos mais ou menos três semanas antes e, para o final, o ritmo tornou-se mais intenso. Mas houve ensaios que começaram muito antes disso. PL – E em jeito de balanço? CC – Foi positivo. O espectáculo correu bem, houve uma boa organização e uma boa gestão do tempo e, apesar de haver aspectos a melhorar, pode-se dizer que houve progressão relativamente aos anos anteriores.

Adilene Gudo Sector de Decoração de Espaços Pátio das Laranjeiras – De que modo participou na organização da festa? Adilene Gudo – Participei como responsável pela decoração, quer da sessão solene no Auditório, quer do Átrio e da parte exterior. PT – Começaram os preparativos com quanto tempo de antecedência? AG - Começámos mais ou menos um mês antes, com os alunos do 5º, 7º e 8º anos, na pintura de galos de Barcelos, castanhas e flores. Tivemos também um grande apoio por parte dos professores do 1º ciclo que trabalharam com os alunos nos enfeites de papel. No dia da festa, contámos ainda com a colaboração de vários professores e alunos. PT – E como avalia os resultados? AG – Correu tudo muito bem, as tarefas foram bem distribuídas e conseguimos terminar tudo antes da hora prevista. PT – Satisfeita? AG – Muito, as pessoas gostaram dos resultados e foi uma experiência muito gratificante.

Frederico Costa Pinto Presidente da Comissão de Finalistas Pátio das Laranjeiras - Qual foi o papel dos finalistas nas comemorações do 7º aniversário da Escola? Frederico Pinto - Os finalistas estiveram envolvidos tanto na sessão solene como no magusto. Em relação à sessão solene, foi-nos dada a tarefa de fazer o protocolo, receber os convidados e os pais e encaminhá-los para os respectivos lugares no auditório. Ao longo da sessão recebemos também os nossos diplomas de finalistas e lançámos o nosso grito académico que ensaiámos durante duas semanas. Estávamos entre o nervoso e o muito excitados, mas felizmente correu tudo bem… PL - Em relação ao Magusto, fale-nos do que fizeram. FP - Estivemos no parrot a vender as sobremesas que foram oferecidas pelos encarregados de educação de alguns alunos e vendemos rifas. PL - Como conseguiram os prémios que rifaram? FP - Quase todos os prémios nos foram oferecidos pela Escola e assim tivemos um lucro muito grande. PL - Em números isso representou…? FP - Dezasseis milhões foi o que conseguimos entre as sobremesas e as rifas... Foi o melhor ano de sempre, estamos muito satisfeitos. EM e TN

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FOTOREPORTAGEM OS SETE ANOS DA EPM-CELP Sessão solene...

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FOTOREPORTAGEM OS SETE ANOS DA EPM-CELP Magusto

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EPM-CELP EM FOCO Dia Mundial do Não Fumador

Núc leo de Primeir os Núcleo Primeiros Socor r os

Tendo em conta a investigação feita por José Precioso, Investigador da Universidade do Minho, em torno da temática “Adolescência e Tabaco”, em que refere que a Escola é o terreno eleito para 60% dos adolescentes iniciarem o consumo do tabaco, o Grupo de Ciências Naturais e o Gabinete Médico Escolar, no âmbito da promoção da saúde e da prevenção do consumo de tabaco entre os adolescentes, desenvolveu diversas actividades: produção de cartazes, distribuição de panfletos pelos alunos do 9ºC, projecção de Power Points no átrio e palestra proferida pelos alunos do 9ºC e dirigida aos alunos do 6ºC. MV

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No seguimento da formação realizada no ano anterior e após a acção de reciclagem feita já este ano para garantir a permanente actualização, o recém-criado Núcleo de Primeiros Socorros, actividade da Área Disciplinar de Ciências no âmbito do Programa de Saúde Escolar, é presença assídua em todas as actividades da Escola passíveis de implicar algum risco. Desta feita, como não podia deixar de ser, a sua presença fez-se sentir nas comemorações do 7º aniversário da Escola pois, onde há animação e alegria, há sempre pequenos percalços que requerem uma mãozinha sábia da parte dos nossos socorristas. Pequenas quedas, joelhos esmurrados e dores de cabeça foram as ocorrências mais registadas nesse dia de festa e brincadeira. E para isso, trajados a preceito, lá estavam de plantão a professora Teresa Murta, a Eliana N’Zalo, a Malitsa Francisco, a Lara Fraga, o Oswaldo Noronha, o Ricardo Rendeiro, o Sr. Novidade Mulhanga e o Sr. Rungo Ngoca, sob o olhar atento da Dra. Patrícia Silva e da professora Cecília Noronha. No entanto, nas palavras da professora Cecília, a actividade de mais valia, durante o arraial, foi mesmo o acompanhamento dos alunos que, na tentativa de verem melhor o espectáculo que decorria no átrio, se posicionavam em lugares nem sempre muito seguros. Também no dia 25, durante o Passeio Pedestre até à Costa do Sol, foi destacado outro grupo de socorristas, para acompanhar a actividade e dar resposta a eventuais ocorrências que, felizmente, não chegaram a acontecer. EM


EPM-CELP EM FOCO O 7º Aniversário da EPM-CELP

pintado nas cores de um workshop de desenho e pintura A EPM-CELP aposta no desenvolvimento da Educação Artística, como vertente fundamental da formação dos alunos pois, para além desta se revelar essencial na formação do cidadão, desempenha um papel importante na aquisição e no desenvolvimento das restantes competências Neste quadro, a Área Disciplinar de Educação Visual e Tecnológica organizou um workshop de desenho e pintura, que decorreu nos dias 20 e 21 de Novembro e que foi orientado pelo Mestre Shikhany e pelos professores Gumatsy e Calisto Namburete. O evento contou com a participação de 30 alunos e 8 docentes e teve como finalidade a produção de obras de pintura e de desenho, que foram expostas entre os dias 23 de Novembro e 06 de Dezembro no átrio principal da Escola. O workshop teve ainda como objectivo maior estimular o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade estética e da capacidade de análise e de intervenção crítica, proporcionando um convívio envolvente e estimulante, do ponto de vista artístico, entre os alunos da Escola Nacional de Artes Visuais – cursos de Artes Visuais e de Artes Gráficas – e da Escola Portuguesa de Moçambique (curso de Artes Visuais do 12.º ano e alunos de Desenho A do 11.º ano). Durante os dois dias de actividade plástica, foram produzidas 15 obras de desenho a grafite ou carvão sobre papel de desenho e 15 obras de pintura em acrílico sobre tela. Essas obras serão a curto trecho emolduradas e expostas no espaço interior da nossa Escola. JS

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CENTRO DE FORMAÇÃO Terceira Formação Contínua para o Pessoal Auxiliar Dando cumprimento ao programa de Formação Contínua da EPM-CELP para 2006, decorreu, nos dias 18 e 19 de Novembro, nas instalações da Escola, a III Formação Contínua para o Pessoal Auxiliar. De entre as várias intervenções que se fizeram ouvir, numa sessão cujo índice de participação rondou os cem por cento, destacamos a intervenção na Sessão de Abertura proferida pelo Dr. António Aresta, Coordenador do Centro de Formação, que passamos a transcrever.

Estamos aqui reunidos no Auditório Carlos Paredes para dar início à III Formação Contínua para o Pessoal Auxiliar. Permitam-me que agradeça o esforço pessoal de todos quantos se voluntariaram para estarem presentes, com sacrifício da vida privada. Também não posso esquecer todo o esforço institucional, porque esta Formação não é uma obrigação, é mais uma prova de cultura e de maturidade organizacionais. A Escola Portuguesa de Moçambique não é uma instituição qualquer. Tem sete anos, mas carrega uma história antiga. Tem uma cultura própria. Tem um modo de SER e de PENSAR. Tem um modo de SENTIR e de AGIR. Segundo o cânone português, é certo, mas praticando uma liturgia da multiculturalidade, valorizando as diferenças em busca da excelência. Se repararem no nosso símbolo, verificam que nas raízes dessa bela árvore que é a Acácia Rubra, se encontram dois versos do grande Poeta Luís de Camões: Nem me falta na vida honesto estudo Com longa experiência misturado É indiscutivelmente um belo emblema de vida, e permitam-me a inconfidência, foi minha a iniciativa de o inscrever no símbolo da Escola Portuguesa. Se analisarmos bem estes dois versos, encontramos neles a essência de uma comunidade escolar.

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Poderemos associar ao honesto estudo o SABER SER e à experiência a RESPONSABILIDADE e a MOTIVAÇÃO. O tema de estudo e de reflexão que nos congrega aqui é exactamente este: SABER SER, RESPONSABILIDADE E MOTIVAÇÃO: A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NA EPM-CELP. A Escola Portuguesa é evidentemente uma organização complexa, porque aqui trabalham 166 Pessoas nas mais diversificadas funções a que correspondem responsabilidades naturalmente diferenciadas. Toda esta gente está ao serviço de 1250 alunos oriundos de 24 nacionalidades. E cada um destes 1250 Alunos tem Irmãos, Pai, Mãe, Avó, Tia ou Prima, que por um motivo ou por outro se interessam pela vida escolar ou visitam a Escola. Quer dizer, de uma comunidade aparentemente fechada passamos a ser uma comunidade com paredes de vidro, transparente, porque estamos em contínua ligação com a sociedade. Uma sociedade que demanda qualidade, eficiência, excelência, sucesso, com economia de meios e prontidão na actuação. Uma sociedade que nos pede contas, nos interpela, nos aplaude, nos critica. Por outras palavras, sob a alçada da organização escolar, académica e administrativa da Escola Portuguesa vive muita gente diferente. Diferente na raça e na cor, diferente nos hábitos alimentares, nas religiões, nas culturas, nas ideias políticas, nos gostos, nas expectativas de vida ou carreira profissional, porque cada pessoa é um caso próprio. Tudo isto sem grandes problemas ou inquietações. O nosso Regulamento Interno, a par de outros instrumentos, vai sendo a bússola para nos orientarmos por entre a diversidade de situações. Mas não é fácil gerir este turbilhão de vidas. Por isso é muito importante SABER SER, respeitar e fazer-se respeitar no meio de um grupo de adolescentes, ás vezes generosos e outras vezes impertinentes ou malcriados, às vezes rebeldes e outras vezes obedientes. E o mesmo se poderia dizer dos Pais e Encarregados de Educação. É preciso firmeza, humanidade e bom senso para se lidar com jovens em crescimento físico e em desenvolvimento intelectual, emocional, mental ou moral. As relações humanas, para não se transformarem em RALAÇÕES, devem ser pautadas por critérios de justiça, de honestidade e de lealdade. Trabalhando para o bem comum, a cada um a sua responsabilidade e a cada um a sua posição ou estatuto. A hierarquia e a cadeia de comando devem ser eficazes na manutenção dos comportamentos, no


CENTRO DE FORMAÇÃO quadro da ordem de valores definidos. Há regras básicas, regras basilares, que não se devem esquecer. Um simples exemplo. Para se poder entrar numa sala de aula é necessário, sempre, bater à porta e pedir autorização para entrar. Ninguém pode entrar numa sala de aula sem a autorização do Professor. Para o bem e para o mal, o nosso comportamento diário traduz e reflecte exemplos de valores éticos e de valores morais. Temos, pois, o dever de Saber Ouvir e o dever de Saber Falar. É um trabalho de grande RESPONSABILIDADE, porque a vida escolar nas suas diferentes fases e estruturas está dependente do vosso LABOR, da vossa MOTIVAÇÃO, da vossa SENSIBILIDADE. A Escola Portuguesa tem proporcionado uma melhoria qualitativa nas condições de trabalho, respeitando todos e cada um, almejando atingir novas metas de satisfação e bem-estar. A Formação procura ensinar a pensar bem para se trabalhar melhor. Com menos esforço e mais qualidade. Em seguida, passo a apresentar os nossos Formadores e os respectivos assuntos que irão abordar. Dr. Raimundo Tembe: O USO DE INDICADORES NA AVALIAÇÃO DAS ACTIVIDADES DA EPM-CELP Dr. Jeremias Correia: A EDUCAÇÃO DE ADULTOS E AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO Dr. João Figueiredo: A EDUCAÇÃO FÍSICA E O DESPORTO NA VIDA QUOTIDIANA Dr. Armindo Bernardo: A PREVENÇÃO E A SEGURANÇA NA ESCOLA Drª. Patrícia Silva: A SAÚDE NO TRABALHO Drª. Manuela Frias: O TRABALHO RESPONSÁVEL Drª. Alexandra Melo e o Dr. Mauro Nankin, nosso Formador convidado: A EXCELÊNCIA NO TRABALHO Os nossos Formadores, a quem agradeço a generosa disponibilidade, são conhecidos pelas suas qualidades humanas e profissionais pelo que será certamente um momento gratificante para todos nós, de aprendizagens, de troca e partilha de saberes e de experiências. Ninguém sabe tudo e frequentemente somos surpreendidos com novas abordagens ou por inovadores pontos de vista. Todos os temas que serão apresentados são uma mais valia de enriquecimento cultural, para todos e para cada um de nós. Estou seguro de que muita coisa que aqui será dita, vai ser um ensinamento com utilidade na nossa vida quotidiana.

No limite, o objectivo desta Formação pode ser sintetizado de acordo com este provérbio tradicional português, que diz o seguinte: QUATRO VIRTUDES ENGRANDECEM O HOMEM: DELICADEZA SABEDORIA HONESTIDADE FIDELIDADE Juntar todas estas quatro qualidades numa pessoa é o objectivo da Educação. Exorto todos os presentes a participarem activamente em todos os momentos desta Formação, sugerindo, perguntando, esclarecendo, afirmando ou contradizendo. Todas as intervenções serão bem acolhidas. Agradeço, por fim, ao Conselho Directivo a persistente militância na Formação Profissional do Pessoal Auxiliar. Investir na Qualificação Profissional do Pessoal Auxiliar é investir no futuro da EPM-CELP. Para finalizar, uma pergunta: qual é o segredo de um bom (o que não é o caso) orador? É parar de falar antes que o auditório pare de ouvir!! Muito obrigado pela vossa atenção.

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AA


ESCOLHAS DA BIBLIOTECA A Metamorfose de F af ka Frr anz K Kaf afka

Escrito em apenas três semanas, nos finais de 1912, quando Franz Kafka tinha 29 anos, é hoje, quase um século depois, o mais conhecido romance do autor e um dos grandes marcos da literatura universal dos nossos dias. Isto apesar do autor não ter gostado do resultado, que considerou imperfeito e com um final ilegível. Se a sua vontade tivesse sido respeitada por Max Brod, o amigo a quem confiou os seus manuscritos, este e os demais livros deste escritor checo como “O Processo”, “O Castelo”, “Amerika”, nunca teriam visto a luz do dia. Kafka pedira que após a sua morte todos os seus escritos fossem queimados, dizendo “a literatura só existe pela necessidade de ser escrita, não existe para ser lida”. O tempo se encarregaria de o contrariar, imortalizando a sua obra. O que faz o fascínio e a perenidade deste romance? Será o facto de um acontecimento tão estranho como a metamorfose de um homem em insecto assumir dimensões tão reais que nos identificamos imediatamente com o sentir do personagem que vivencia esta transmutação? Será porque este estranho, este estrangeiro, materializado por um enorme insecto repelido por toda a sociedade e pela própria família a partir do momento em que deixa de lhes ser útil, encarna o mal-estar do nosso tempo? Franz Kafka alérgico à escrita biográfica não deixou por isso de inscrever uma marca sua bem forte nos personagens que povoam os seus escritos. Judeu de Praga, de língua alemã, representa – tal como Gregor Samsa ao acordar certa manhã no corpo de um enorme insecto – o estrangeiro por excelência. Kafka por dentro de todo o seu próprio ser experimentava o sentimento de exclusão: estranho a si mesmo, o seu corpo não encontrava assimilação nas distintas sociedades em que se encontrava. Franz Kafka – e consequentemente Gregor Samsa – personifica o desequilíbrio da nossa época. A sua obra é inaugural deste sentimento de mal-estar moderno, e antecede a maioria dos escritores da contemporaneidade.

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O livro “A Metamorfose” não podia começar de forma mais estranha e perturbadora “Uma manhã, ao despertar de sonhos inquietantes Gregor Samsa deu por si na cama, transformado num gigantesco insecto”. Esta metamorfose de Gregor, caixeiro-viajante, parasitado pelo trabalho e pela família – a ponto de sentir esta condenação à condição de insecto como uma quase libertação – irá alterar profundamente a relações deste com o mundo que o rodeia. De membro útil passará a constituir um estorvo cada vez mais pesado, o que acabará por ser sentido como um perigo. Gregor Samsa será morto pelo próprio pai, e o seu desaparecimento restituirá a harmonia familiar. Neste livro, representativo do universo kafkaniano, o personagem perdeu o rumo e acabará só, diante de uma situação que não planeara, pois todos os acontecimentos se virarão contra si, não lhes oferecendo a oportunidade de tirar vantagem da situação e, muitas vezes, nem mesmo de sair desta. No fundo, este protagonista, tal como outros de outros romances de Kafka não passa de uma projecção do próprio Kafka, onde ele expõe os seus medos, a sua angústia perante o mundo, a sua solidão interior. É esta solidão, esta falta de saídas para os dilemas da existência, estas portas que se fecham diante de nós, esta estranheza que sentimos em relação ao mundo e a nós próprios que nos faz sentir tantas vezes tão próximos de Kafka/Gregor Samsa, o gigantesco insecto trepando pelas paredes sufocantes da vida moderna. É nisto que reside o carácter universal da obra de Kafka. TN Franz Kafka nasceu a 3 de Julho de 1883, em Praga. Filho de um abastado comerciante judeu, Kafka cresceu sob as influências de três culturas: a judaica, a checa e a alemã. Formado em direito, trabalhou sempre em cargos burocráticos. Solitário, com a vida afectiva marcada por irresoluções e frustrações, Kafka nunca atingiu fama ou fortuna com os seus livros, na maioria editados postumamente. Em 1913 publicou o seu primeiro livro Meditações . No entanto, o livro passou despercebido; os que se seguiram também não obtiveram êxito, fora de um círculo íntimo de amigos e admiradores incondicionais. O despoletar da Primeira Guerra Mundial marca o início de uma nova etapa criativa prolífica. Entre 1913 e 1919 Franz Kafka escreveu os seus livros mais reputados: O Processo, A metamorfose e A Condenação. Para além destes livros, publicou a avassaladora Carta ao Pai (1919) e centenas de páginas de diários. Morreu a 3 de Junho de 1924, num sanatório perto de Viena, com tuberculose. Desde então, o seu legado – resgatado pelo amigo Max Brod – exerce enorme influência na literatura mundial.


NO REINO DA(S) ESCRITA(S)

CENTRO DE RECURSOS

RUI NOGAR

Servir a EPM-CELP

RUI NOGAR é o pseudónimo de Francisco Rui Moniz Barreto, nascido em Lourenço Marques a 2 de Fevereiro de 1935. Rui Nogar foi poeta, contista e declamador e possui colaboração dispersa em vários jornais e revistas como O Brado Africano, Caliban, África, Tempo, Notícias, entre muitos outros, quer nacionais, quer internacionais. Foi o primeiro Secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos e possui um único livro de poemas publicado em vida (1982), intitulado Silêncio Escancarado. Morreu em Lisboa em 1994, vítima de malária.

Da última ceia Faltou Jesus nessa noite agoirenta Embora as iguarias e demais apóstolos Sem os trinta dinheiros e o beijo fatal ninguém se atreveu a tocar no pão Não se podia alimentar a lenda sem as pupilas incandescentes do tal judas o traidor Judas bode expiatório da sacrossanta impunidade Judas pólo de irrevogável inclemência do ideário cristãlizado Judas será Judas Quer ele queira quer não e a essência das coisas dogmatizadas deve aspergir sobre o medo inteiro dos que aprenderam a soletrar assim

No âmbito das funções que estão cometidas à Oficina Didáctica do CRE, no mês de Novembro foram concretizados os seguintes produtos gráficos: c o n c e p ç ã o , tratamento digital de imagem, edição e impressão do Jornal Pátio das Laranjeiras n.º 39, concepção e impressão de 3 cartazes, edição e impressão da publicação n.º 8 da Colecção Escola de Sol, cujo título é “Mundo & Vida”, com poemas das alunas Eliana, Nádia e Natacha, concepção gráfica, impressão e acabamento de outros produtos gráficos (convites, capas, faixas para exposições, certificados, entre outro). No que se refere ao Sector de Fotografia e Vídeo, foram efectuados mais de 1400 registos fotográficos, correspondentes a 13 eventos realizados na Escola. JS

A nossa gente! Rui Nogar, o 1º a contar da direita!

Gerson Sérgio Saifodine Borges nasceu em Inhambane a 11 de Julho de 1983. Iniciou a escola primária na Escola 3 de Fevereiro, em Maputo, tendo concluído este ciclo de estudos na Austrália, onde viveu durante 3 anos com a sua família. Fez o ensino secundário na Escola Secundária da Polana, na

E há depois também as conveniências dos que pintam dos que vendem dos que sobretudo compram últimas ceias pelo mundo fora Ah judas traiu mais uma vez eis o que sobra na mesa posta não haverá ceia por esta noite e Cristo apesar de Cristo e milagreiro passará fome como um simples mortal

Escola Josina Machel e no Colégio Kitabu. Frequentou o primeiro ano da Universidade do curso de Informática na UEM, tendo transitado para o ISCTEM onde actualmente frequenta o 4º ano do curso de Engenharia Informática. Leccionou a cadeira de Sistemas Operativos nesse estabelecimento de ensino, no início do ano corrente. Actualmente, trabalha na área de administração de redes e assistência técnica no Centro de Recursos da EPM-CELP.

Como um desses milhões de famintos que dão de comer a quem não tem fome E assim chagados ámen para todos os pacientes Porque nós dizendo não alimentaremos a revolução OP

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PSICOLOGANDO Psicologia com os mais pequenos

Olimpíadas de Português

Muitas foram as actividades do SPO ao longo deste período! Desde a formação destinada a Professores, a atendimentos individuais a alunos, intervenções em turmas e atendimentos a grupos com actividades psicopedagógicas, diversas foram as acções desenvolvidas. Gostava de dar realce aos alunos com apoio psicopedagógico no seu processo de aprendizagem. Com eles é suficientemente clarificada a razão que os leva a estarem juntos a trabalhar com a Psicóloga e diversas são as suas curiosidades: Porque estamos juntos? Porquê com este grupo e não com outro? Nós vamos ficar “bons”? Se não se soubesse que temos estas dificuldades, e se não houvesse ninguém para nos ajudar, será que iríamos melhorar? …? Nas actividades normalmente desenvolvidas com o intuito de melhorar o seu desempenho, é importante marcar o entusiasmo com que estes alunos participam neste espaço, o empenho que demonstram em vencer as suas dificuldades e a força de vontade que os motiva a tornarem-se melhores. E mais! Há que realçar o espírito de inter-ajuda que se desenvolve dentro do grupo, porque todos sabem o que significa a dificuldade e como é gratificante conseguir vencê-la!!! Assim, cada vitória individual representa uma vitória para o grupo! Parabéns aos grandes alunos!!! AM

Na semana de 13 a 17 do mês de Novembro teve início a 1ª eliminatória do concurso Olimpíadas de Português, que decorrerá em três fases e que terá por objectivo motivar os alunos para o domínio do funcionamento da língua, ou seja, para o uso correcto das regras gramaticais. As duas primeiras eliminatórias decorrerão em contexto de sala de aula e nelas poderão participar todos os alunos interessados desde o 3º ano até ao 12º ano de escolaridade. Em cada eliminatória serão seleccionadas as três melhores provas de cada nível: 1º ciclo (3º e 4º anos de escolaridade), 2º e 3º ciclos e ensino secundário. Em caso de empate, entrarão em conta factores como a caligrafia, a apresentação e a correcção linguística, sendo o júri constituído pelos professores que, em cada ciclo, leccionam a disciplina de Português. Na segunda eliminatória, a realizar na semana de 05 a 09 de Março de 2007, poderão participar todos os alunos, mesmo aqueles que já o tenham feito na primeira, à excepção dos doze seleccionados (três por cada ciclo). Os nomes dos alunos vencedores serão divulgados e afixados na semana posterior à realização das provas, através de cartazes e no jornal da escola “Pátio das Laranjeiras”. A grande final realizar-se-á na semana de 07 a 11 de Maio, em local a indicar na altura, e nela participarão os dezoito finalistas relativos aos quatro ciclos. Para cada nível será atribuído um prémio aos primeiros três classificados, a serem entregues na festa de fim de ano da Escola. AB

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FILOSOFIA PARA CRIANÇAS Aventura do pensar

A metodologia do Programa de Filosofia para Crianças assenta no diálogo, que transforma o grupo, alunos e professor, numa verdadeira “comunidade de investigação”. Nela os participantes expõem as suas ideias, escutam-se uns aos outros, questionam-se mutuamente, comparam os seus pontos de vista, completando-os e eventualmente, corrigindo-os. Tratase de um verdadeiro processo de cooperação intelectual, afectiva e criativa, onde todos embarcam nesta aventura do pensar por si mesmo. No final da década de 60, Matthew Lipman ao conceber o Programa de Filosofia para Crianças, inaugura um novo paradigma educacional, assente na ideia de que a filosofia é a disciplina capaz de favorecer o desenvolvimento cognitivo, nomeadamente ao nível da formulação de juízos logicamente correctos e na estimulação de atitudes éticas e críticas. Preocupado em tornar o conteúdo filosófico compreensível e significativo para as crianças, Lipman escreve uma série de histórias, cujas personagens procuram compreender e resolver os problemas da vida quotidiana. Tais personagens não são os grandes pensadores situados num passado longínquo, mas sim crianças e jovens intrigados com as questões essenciais da vida humana. “PIMPA” é o nome da menina, e também do livro, que nos tem acompanhado ao longo deste percurso de problematização e de procura de soluções que, às vezes, pensamos nós, são difíceis de encontrar e que ocorrem rapidamente nas cabeças dos mais pequenos, com uma espontaneidade e perspicácia verdadeiramente espantosa. O início é assim: «Vou começar por lhes dizer o meu nome. O meu nome é Pimpa, mas este não é o meu nome verdadeiro. O meu nome verdadeiro é o que os meus pais me deram. Pimpa é o nome que eu dei a mim própria.» (M. Lipman, Pimpa) A partir daqui partimos para a discussão. Afinal, podemos ter mais do que um nome? Podemos ter nomes verdadeiros e nomes falsos? Para que servem os nomes? A importância do nome é imediatamente reconhecida por todos. O nome é o que identifica, individualiza e torna conhecida aquela pessoa. Assim, «Se não houvesse nome, diz a Letícia (4º A) ninguém sabia quem é quem.»

O Miguel Padrão (4º C) salienta «O nome faz parte da nossa identidade, sem nome as pessoas não se podiam identificar.» Pois, «Os nomes servem para sabermos quem somos», refere a Lissa (4ºD). Nas aulas, «se não tivesse nome, diz a Sónia (4º B), como é que sabia que a pergunta que a professora fazia era para mim.» De facto, «se não tivéssemos nome, haveriam de nos chamar: ‘você, menino, baixinho, puto’», disse o Felipe (4º A). Mas, que baixinho? Somos tantos? Todos sabemos que, diz o Guilherme (4º C) «há pessoas que têm mais do que um nome, mesmo sem contar com o apelido». Mas, «o primeiro apelido, diz a Andrea (4º A) deve ser o da mãe, porque é ela que toma conta de nós, o segundo deve ser o do pai.» Quando surgiu a questão: Os nomes revelam alguma coisa sobre personalidade? Para a Ariana (4º B), «O nome não diz nada sobre mim, eu sou eu e o nome é o nome.» A Gabriela (4º C), por sua vez, acha que «o nome não tem nada a ver com a personalidade, é que as pessoas nem sempre gostam do nome que têm, mas não podem mudar». O Pedro (4º B) tem uma opinião contrária, «o nome diz alguma coisa sobre a personalidade. Quando a minha mãe escolheu o meu nome, disseram-lhe logo que as pessoas com esse nome eram muito traquinas». A “investigação” e reflexão continuam. Podemos mudar o nome às coisas? «Mudar o nome a tudo? Agora? Seria uma confusão! Tinham de ser feitos dicionários com os nomes antigos e os nomes novos!», disse a Iva (4º B). Afinal, «os nomes existem para uma pessoa não ficar confusa», diz a Barbara (4º A). Foi curta esta viagem em torno do “nome”, mas chegámos todos convictos de que, «quando viajamos as pessoas têm que saber o nosso nome», relembrou a Lwana (4º A). Para assinalar a nossa chegada fomos poetizar e desenhar sobre o nosso nome. Aqui estão os nossos trabalhos. GP

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ÚLTIMA PÁGINA Resultados das Olimpíadas de Português Nesta 1ª eliminatória participaram 602 alunos, sendo 216 alunos do 1º ciclo, 154 alunos do 2º ciclo, 107 alunos do 3º ciclo e 125 alunos do ensino secundário. Foram apurados os seguintes alunos: 1º Ciclo Pedro de Oliveira – 4º B Iva Gonçalves – 4º B Lea Arone – 4º D 2º Ciclo Mateus de Lima – 5º C Gabriela Ferreira – 6º C Rita Gomes – 5º C 3º Ciclo Bruno Pepe – 8º C Robyn Sargento – 8º C Vânia Ferreira – 8º A

Países e Povos na Nossa Escola Nome Oficial: Estados Unidos da América Superfície: 9.826.630 Km 2 Capital: Washington Língua Oficial: Inglês Regime político: República Federal Constituição em vigor: 17 Setembro de 1787 Dia Nacional: 4 de Julho (proclamação da declaração de independência 1716) Moeda: Dólar Americano (USD) Principais cidades: Nova Iorque, Los Angeles, Chicago, Houston, Filadélfia População Total: 293.027.570 hab. (2004) Taxa de Crescimento da População: 0,92% População Urbana: 78 % População Rural: 22 % Esperança Média de Vida: 77 anos Taxa de Alfabetização: 99,5 % Taxa de Mortalidade Infantil: 0,7 %

Produto Interno Bruto (PIB): 10.383 biliões de USD (2002) PIB per capita: 36.010 USD (2002) Exportações: Equipamentos de transportes, vestuário, matériasprimas, bens de consumo, carburantes, produtos químicos, papel, têxteis, metais, produtos agrícolas, material científico. Importações: Petróleo bruto, produtos petrolíferos, matériasprimas, máquinas e equipamentos, automóveis, bens de consumo, produtos químicos, produtos alimentares e vestuário. Adaptado de Microsoft Encarta 2006

Secundário Prital Maganlal – 10º B João Peixe – 12º C Denise Reis – 12º C Continuem a participar em prol da descoberta, desenvolvimento e projecção da Língua Portuguesa. VAMOS TODOS PARTICIPAR!!! AB

Pátio das Laranjeiras, n.º 40 Directora: Albina Santos Silva . Coordenação Editorial: Vítor Roque . Coordenação Executiva: António Aresta, Jorge Pereira . Redacção: Teresa Noronha, Vítor Roque, Eugénia Marques . Concepção Gráfica e Paginação: Judite Santos e Vítor Roque. Fotografia: Vítor Roque e Filipe Mabjaia . Colaboração: Alexandra Melo, Armindo Bernardo, Ana Besteiro, Patrícia Silva, Margarida Vasconcelos, Judite Santos, Eugénia Marques, Graça Pinto, Olga Pires, António Aresta, Denise Reis, Ana Catarina Carvalho . Revisão: António Aresta . Produção: Centro de Recursos Educativos, Novembro de 2006 Propriedade: Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa, Av. do Palmar, 562 . Caixa Postal 2940 . Maputo . Moçambique . Telefone: 00 258 21 481300 . Telefax: 00 258 21 481343 , www.edu-port.ac.mz . E-mail: patiodaslaranjeiras@edu-port.ac.mz . epm-celp@edu-port.ac.mz

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