Revista Cidade Verde 116

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Índice Capa

A hora e a vez do Nordeste

12

Páginas Verdes Antônio Neto

5. Editorial

MERCADO

8. Opinião

40. Automóveis Condutores eficientes

12. Páginas Verdes Antônio Neto concede entrevista à jornalista Dina Magalhães

26

O valor do sol e do vento

30. Ponto de Vista Elivaldo Barbosa

ESPECIAL

62. Tecnologia Marcos Sávio

64. Dia dos Pais Que venham as férias! 72. Retratos da Vida Dídimo de Castro: na trajetória dos 90

22. Indústria

ESPORTE

SAÚDE

76. Futebol Os hinos do futebol

Articulistas

09

Jeane Melo

A história contada pelos mortos

24. Economia e Negócios da Redação

21. É a lei OAB-PI reforça cobrança por concursos públicos no Judiciário

36. Atendimento A “Via-Crúcis” após uma cirurgia ortopédica

32

COLUNAS

48

84. Passeio Cultural Eneas Barros 80. Play List Rayldo Pereira 86. Perfil Péricles Mendel

44

Zózimo Tavares

79

Cecília Mendes


foto Manuel Soares

Nordeste e Piauí: a hora de crescer. A matéria de capa mostra que o Nordeste é hoje a região que mais cresce em todo o país. Este crescimento é apontado pelo Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central (IBCR), que mostrou o Produto Interno Bruto (PIB) nacional com crescimento de 0,1% em 2014, enquanto o Nordeste obteve elevação da economia de 3,7%. Para chamar atenção do Brasil e em busca de mais investimentos, principalmente agora que é evidente o crescimento da região, os nove governadores dos estados nordestinos vêm realizando encontros para debater a pauta Nordeste. A mais recente rodada de reunião ocorreu em Teresina. Só pra se ter uma ideia, de janeiro a março deste ano, a região Sudeste retrocedeu 0,10% nas exportações, enquanto na região Nordeste foi registrada uma alta de 5,42%, contabilizando US$ 1.072,044 milhões. O Piauí tem se destacado no Nordeste do Brasil, vislumbrando um crescimento muito importante. O Governo espera, nos próximos dez anos, dobrar o Produto Interno Bruto – PIB do Piauí, saindo dos atuais R$ 33 milhões para R$ 70 milhões. É o que revela o secretário de Planejamento, Antônio Neto, na entrevista que concedeu para as Páginas Verdes. O PIB do Piauí hoje é maior que o da média nacional. Enquanto o Brasil registra algo em torno de 3 a 3,5 nos últimos dez anos, no Piauí, o PIB chega a 5,6. Na contramão do país, o Estado do Piauí segue com saldo positivo na geração de empregos e registra a

abertura de novas empresas. Em todo o Brasil, mais de 115 mil trabalhadores foram desligados de seus postos de trabalho, deixando o país com a pior taxa de emprego no mês de maio, em 23 anos; enquanto o Piauí gerou empregos e foi um dos quatro únicos estados a apresentar mais admissões do que demissões. E tem mais. Nesta edição, apresentamos uma matéria sobre o potencial do Estado para geração de energias limpas. O Estado pode vir a ser destaque na produção das energias solar e eólica. O início da operação do Complexo Eólico da Chapada Piauí I, no último dia 18 julho, mesmo que em fase de testes, é considerado um passo concreto para tornar o Piauí o quinto estado brasileiro em produção de energias limpas. Ainda nesta edição, apresentamos uma descoberta histórica na cidade de União (a 59 quilômetros de Teresina). Ao participarem da reforma do piso da Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, os operários encontraram lápides de 151 anos enterradas no local. A Igreja Matriz da cidade foi inaugurada em 1853 e esta é a segunda grande reforma no local. A primeira ocorreu em 1964. A revista está recheada de informações importantes para quem pesquisa o Estado, estuda e quer saber mais sobre o Piauí.

Dina Magalhães Editora-chefe

REVISTA CIDADE VERDE | 26 DE JULHO, 2015 | 5


PRESIDENTE Jesus Tajra Filho Conselho Editorial: Jesus Tajra (presidente) José Tajra Sobrinho (vice-presidente) Conselheiros: Amadeu Campos, Dina Magalhães, Fonseca Neto, Jeane Melo, Nadja Rodrigues e Yala Sena Diretoria da Editora Cidade Verde: Elisa Tajra Diretoria de Assinaturas e Circulação: Clayton Nobre Riedel Filho e Valdinar Lima Júnior Diretoria Comercial: Cristina Melo Medeiros e Marina Lima Diretoria de Publicidade e Marketing: Jeane Melo, Caroline Silveira, Rafael Solano, Itallo Holanda e Airlon Pereira Editora-Chefe: Dina Magalhães - DRT/RJ 174.12/97 Chefe de redação: Arlinda Monteiro Repórteres: Caroline Oliveira, Jordana Cury, Marta Alencar, Severino Filho e Ubiracy Sabóia Repórteres fotográficos: Thiago Amaral e Wilson Filho Redação (articulistas): Cecília Mendes, Cineas Santos, Élida de Sá, Eli Lopes, Eneas Barros, Elivaldo Barbosa, Fonseca Neto, Jeane Melo, Marcos Sávio, Péricles Mendel, Pe. Tony Batista, Rayldo Pereira e Zózimo Tavares Colaboradores desta edição: Ascom Fiepi / Sesc / Senac Editores de Arte/Diagramadores: Cicero Willison e Magnaldo Júnior Ilustrador: Izânio Façanha Revisão: Joca Nettu (Joaquim Lopes da Silva Neto) Foto de capa: Thiago Amaral Impressão: Halley S.A. Gráfica e Editora

Revista Cidade Verde e Editora Cidade Verde Ltda Rua Godofredo Freire, nº 1642 / sala 35 / Monte Castelo Teresina, Piauí CEP: 64.016-830 CNPJ - 13284727/0001-90 email: revista@cidadeverde.com fone: (86) 3131.1750

6 | 26 DE JULHO, 2015 | REVISTA CIDADE VERDE

Revista Cidade Verde vence etapa Nordeste do Prêmio de MPT de Jornalismo A edição 108, do dia 05 de abril de 2015, contou na capa a história de mulheres que trabalham como quebradeiras de coco no município de Esperantina. Atuando em uma das atividades mais tradicionais do Piauí, elas se unem em busca de melhores condições de trabalho assim como de uma vida mais digna. Com essa reportagem, a Revista Cidade Verde venceu a etapa regional do 2º Prêmio Ministério Público do Trabalho de Jornalismo, categoria “Revista Impressa”. A matéria é assinada pelas repórteres Arlinda Monteiro e Caroline Oliveira, com fotos de Thiago Amaral e direção de arte de Magnaldo Junior. Este é o 15º prêmio da Revista desde que foi criada, há quatro anos, e o segundo no mesmo concurso. Ano passado, a revista

Foto: Thiago Amaral

A Revista Cidade Verde é um periódico quinzenal da Editora Cidade Verde Ltda. A Cidade Verde, não necessariamente, se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes. É proibida a reprodução total ou parcial desta obra através de qualquer meio, seja ele eletrônico, mecânico, fotografado ou gravado sem a permissão da Editora Cidade Verde.

também foi a vencedora da região Nordeste. A premiação nacional ocorre no mês de agosto em Brasília. Com a reportagem, o Ministério Público do Trabalho foi provocado a ajudar as quebradeiras de coco quanto à melhoria de suas condições de trabalho.


YalaSena

yalasena@cidadeverde.com

Encontros e reencontros A TV Cidade Verde prepara o especial “Encontros e Reencontros” para celebrar o aniversário de 163 anos de Teresina. Foi lançado um hotsite onde o internauta participará ativamente. A proposta é que o espaço seja produzido pelo próprio teresinense, com fotos marcantes e histórias de gerações. Um mapa foi disponibilizado com os principais pontos de encontro da capital, desde a década de 50 até os dias atuais. Se você faz parte dessa história ou reconhece locais da cidade, acesse: www.cidadeverde. com/teresina163anos.

Virada em Teresina

Foto: arquivo pessoal

O “Virada Geek”, evento que integra a programação de aniversário de Teresina está previsto para o dia 08 de agosto, sábado, na Ponte Estaiada, começando às 20h e seguindo até meio-dia de domingo. No encontro, os apaixonados por tecnologia poderão compartilhar experiências, trocar ideias e conhecer um pouco mais do que está sendo produzido no campo tecnológico da capital. Além disso, será um espaço também para exposições e palestras. O prefeito Firmino Filho, que é bastante ligado às novas tecnologias, estará presente para conhecer as ideias e projetos apresentados na Virada.

Campanha da Fraternidade

O vigário geral de Teresina, Pe. Tony Batista, o fotógrafo Wilson Filho e o Arcebispo Dom Jacinto.

O fotógrafo da Revista e Portal Cidade Verde, Wilson Filho, faturou o primeiro lugar no 13º Concurso de Reportagem “Dom Avelar Brandão Vilela” que premia as melhores reportagens sobre a Caminhada da Fraternidade 2015. Wilson Filho já emplacou foto na capa do jornal Folha de São Paulo e outros periódicos do Nordeste, e é um apaixonado pela profissão. Há um ano na Revista e Portal Cidade Verde, ele também faz ensaios de casamentos e fotografa o cotidiano da cidade. REVISTA CIDADE VERDE | 26 DE JULHO, 2015 | 7


Opinião @cidadeverde

revista@cidadeverde.com

/cidadeverde /cidadeverde

Capa Ano 05 Edição 115

Magnífica, para dizer o mínimo, a crônica de Zózimo Tavares sobre Abdias Silva. Tive o privilégio de conhecê-lo em Brasília, pois era parente do meu pai e frequentava a nossa casa lá. Era uma pessoa simples, educada, de riso alegre e de grande formação cultural. Como eu era uma adolescente, não mensurava a importância dele dentro do cenário jornalístico da época. No ano passado, tive a oportunidade de receber, enviadas por uma prima querida, cartas trocadas entre ele e um tio também muito estimado. Naquele ano, Abdias estava a trabalho na Europa. Em uma linguagem informal, mas marcada por inteligente elegância no estilo. Ele falava de fatos do cotidiano de lá e principalmente da saudade de sua querida Campo Maior. Guardo essas cartas comigo e sempre as releio com a mesma emoção da primeira vez.

Muito boa a valorização de profissionais que se dedicam com responsabilidades e profissionalismo. Isso é fundamental para o desenvolvimento da ética e dos valores culturais do ser humano, que busca o sucesso com base em princípios morais. Parabéns, Anno Zero e parabéns à revista por sua iniciativa. Parabéns ao profissionalismo dos demais citados na matéria!

Maria Lúcia do Vale Martins

Renata Sousa

Eu não sabia muito sobre bikes e marcas de bicicletas. Mas, depois dessa reportagem, fiquei sabendo da Audax. Achei interessante o fato de uma indústria nacional estar concorrendo com indústrias internacionais. Pedro Pires

Muito legal a matéria sobre música autoral no Piauí em destaque na última edição da Revista Cidade Verde, citando o Anno Zero, Danilo Rudah, V-Road, Conjunto Roque Moreira, Teófilo Lima e outros amigos/companheiros de jornada. Obrigado a Marta Alencar, Dina Magalhães e toda a equipe da Revista! André Lima Melo

8 | 26 DE JULHO, 2015 | REVISTA CIDADE VERDE

O fato da família do garoto Eduardo de Jesus Ferreira ser beneficiada, não irá reparar a perda e amenizar a dor e o sofrimentos dos pais, muito menos trazer o garoto de volta. Mas, isso é o mínimo a ser feito. Tal fato também demonstra a deficiência policial, que, ao invés de estar prestando seus serviços à população, causa tragédia. O assunto relatado pela Revista é bem interessante, pois alerta para a violência que está “tomando conta”. Cisisnandes Morais e Anderson Felício de Sousa

A reportagem “Amor sem Barreiras” é muito interessante. Muitas vezes esse assunto não é publicado, justamente por causa do preconceito de muitas pessoas. Um amor como esse não pode ser interrompido por causa do preconceito e merece total apoio. Cecillya Pires e Michelle Araújo-Alunas da rede municipal

NOTA DA REDAÇÃO Na matéria “Amor sem barreiras”, da edição 114 (28 de junho), o casal que aparece na foto trata-se, na verdade, do pai e da mãe da noiva, Odair e Daniela de Sousa, e não do noivo, como foi informado.


Jeane Melo A cor da coragem

A

cho incrível o quanto uma pessoa pode mudar com o passar dos anos até se firmar por meio das convicções fortalecidas pelas experiências. Vão-se as inseguranças e as dúvidas mais significativas e perturbadoras – pelo menos é o que se espera – e fica uma personalidade mais dona de si, uma vida com mais sentido, mesmo que o rumo certo seja ainda uma incógnita. Está tudo ali no lugar, firme, mas uma fresta fica aberta para deixar arejar posicionamentos, sentimentos, atitudes, gostos. Esta fresta é fundamental.

Maturidade para mim é isso aí. Você sabe o que quer, quem é, aprende a relativizar um monte de coisas e segue consciente de que pode se permitir a melhorar, especialmente por dentro. Mas é incrível como o que mais desafia – ou o que mais incomoda no começo da imaginada “descida da ladeira” – é o espelho e o nosso olhar meticuloso refletido, assombrado diante da morte, inclusive das células dos melanócitos responsáveis pela produção da melanina castanha, pretinha ou loirinha que realçam franjas e topetes e que ajudam a nos diferenciar ou a nos identificar como jovens. Ninguém fica livre disso. Uma hora ganhamos cabelos albinos pelo avanço da idade, por herança genética ou por puro susto. (Sim, alguns traumas

Artigo de primeira

deixam marcas visíveis.) Eles – os albinos – entram na categoria beleza? Para mim, sim! (Nem venha com essa de que só os homens ficam lindos grisalhos!). Para falar a verdade, prefiro um olhar bem vivo e travesso em um rosto emoldurado por uma cabeleira prateada, a uma carinha sufocada tentando se encaixar em uma moldura nada a ver. Nem sempre a cor rejuvenesce, mas ressalta a ne-

O branco é você segura, firme, serena, de peito aberto, atenta a outros valores. cessidade de negar o tempo em uma luta permanente, como se o processo de envelhecimento não estivesse incluído no ciclo normal da vida. Alguém deveria nos trabalhar para este momento, já que fazemos parte de uma sociedade em crescente longevidade. Mas, enfim, fazemos parte de um mundo que supervaloriza a juventude. Aí passo a compreender muitas mulheres lindas de 40, 50, 60, 70, 80 anos que tentam esconder o que o tempo faz questão de mostrar. (Neste momento sou uma dessas mulheres.)

jeane@cidadeverde.com

Enquanto marco mais uma ida ao salão com o objetivo de driblar o tempo, também nutro a vontade de ser prateada no futuro. Sim, quero ser prateada quando eu crescer. Tipo a Meryl Streep quando fez Miranda Priestly no filme “O Diabo Veste Prada”. (Todo poder do mundo coube naquela cabeleira branca-ousada-impecável-linda.) Tipo uma “tia postiça”, Conceição Pires, que descobriu a magia do prateado depois de ver a cabeleira cair todinha e renascer após uma longa luta pela vida. Olho para a tia Ceiça e a vejo tão melhor, tão linda, tão outra! Tudo depois dos brancos. Também me inspiro em minha sogra, Iolanda Sá, que também renasceu lindamente com seus brancos depois de alguns sustos. Não a imagino de outra cor. Resumindo: é da coragem que esta cor brota, entendeu? É por isso que ela é tão incompreendida. O branco nega o preconceito, o machismo, não é previsível e nem desleixado. O branco revela atitude e a vontade de viver mais livre. O branco é você segura, firme, serena, de peito aberto, atenta a outros valores. Não à toa, eu vejo muito brilho nos brancos. Aliás, não é esta a cor que reflete todas as cores? Inclusive da alma! Adoro ver o prateado com outros olhos. REVISTA CIDADE VERDE | 26 DE JULHO, 2015 | 9


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