Índice Capa Morando nas alturas
5. Editorial
08
Páginas Verdes Joelson Giordani
18
22
Médicos virtuais
Revisões de perícias do INSS
COLUNAS
48
58. ESPECIAL Novo conceito de moradia
13. Cidadeverde.com Yala Sena
62. ESPECIAL Convite ao mergulho
26. Ponto de Vista Elivaldo Barbosa
15. Palavra do leitor
68. ESPECIAL Uma casa em harmonia
28. ECONOMIA Novidades na 66ª edição da Expoapi
32. Economia e Negócios Por Jordana Cury
76. COMPORTAMENTO Exercício em ritmo de festa
66. Tecnologia Marcos Sávio
84. INDÚSTRIA
80. Passeio Cultural Eneas Barros
8. Páginas Verdes Joelson Giordani concede entrevista à jornalista Cláudia Brandão
34. ESPECIAL Esqueletos de obras 42. ESPECIAL Horta nas alturas
90. POESIA SEMPRE Por Paulo Tabatinga
86. Perfil Péricles Mendel
Articulistas 14
Jeane Melo
55
Cecília Mendes
72
Zózimo Tavares
foto Manuel Soares
Uma edição para comemorar Estamos comemorando a edição de número 150 da Revista Cidade Verde, um marco na história do jornalismo desta categoria de impresso no Piauí. O número é motivo de alegria e, ao mesmo tempo, de muita responsabilidade para todos nós que fazemos a Revista chegar quinzenalmente às mãos dos nossos leitores, com informação de qualidade, credibilidade e sempre buscando assuntos relevantes para a vida dos piauienses.
E nesta procura por residências mais práticas e seguras, começa a surgir por aqui também um tipo de moradia que se tornou bastante comum na década de 70 em Nova York, nos Estados Unidos. São os lofts, apartamentos de dimensões reduzidas, com espaço integrado e pé-direito alto, para proporcionar sensação de amplitude. É o estilo de vida se adaptando aos novos tempos, que reclamam praticidade, sem abrir mão do conforto.
A principal matéria-prima do nosso trabalho é o respeito dispensado ao público que consome nossa informação. Da seleção das pautas à apuração das matérias, passando pela arte da diagramação, fotografias, definição de capas e escolha dos nossos entrevistados, tudo é feito com o rigor necessário ao bom jornalismo, aliado a uma grande dose de paixão pelo trabalho realizado.
Em outra reportagem, especialistas alertam para o perigo causado pelo diagnóstico e automedicação realizados a partir de informações veiculadas na internet, nem sempre confiáveis. A rede mundial de informações tem muitas utilidades, mas a avaliação clínica feita por um médico especializado é indispensável para diagnosticar o problema do paciente e fazer a prescrição adequada, de acordo com seu quadro de saúde, história familiar, hábitos de vida, reações químicas e uma série de outras variáveis que não são analisadas em uma pesquisa feita no computador.
A reportagem de capa desta edição detalha um fenômeno que vem se acelerando em Teresina e modificando a paisagem urbana da capital. É a verticalização da cidade, que vem crescendo cada vez mais para o alto. Motivados, principalmente, pelo medo da violência, os moradores estão migrando das casas para os apartamentos, fazendo com que este tipo de habitação se torne mais valorizado no mercado imobiliário. Prédios residenciais de diferentes tamanhos e padrões arquitetônicos são erguidos com frequência em todas as regiões da cidade.
A equipe da Revista Cidade Verde deseja a você uma boa leitura e se compromete a continuar trabalhando para aprimorar ainda mais o material que você recebe, com reportagens que revelam uma nova face do Piauí e dos piauienses. Cláudia Brandão Editora-chefe
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Entrevista POR CLÁUDIA BRANDÃO
Joelson Giordani
claudiabrandao@cidadeverde.com
A voz que comanda o meio-dia Foto: Wilson Filho
Depois de anos de experiência como repórter na televisão piauiense, o jornalista Joelson Giordani assumiu a responsabilidade de comandar o Jornal do Piauí, na TV Cidade Verde.
Joelson Giordani, 36 anos, cresceu no meio jornalístico. Filho do conhecido radialista Joel Silva, desde menino frequentava os estúdios da Rádio Pioneira de Teresina, onde o pai trabalha até hoje. Ainda lá, conheceu alguns dos seus futuros colegas de trabalho, como Dídimo de Castro, Carlos Said e Galego. E foi lá também que teve o primeiro contato com o microfone, que se tornaria, anos depois, seu instru-
mento de trabalho. A influência do pai acabou sendo decisiva na hora de Joelson escolher a profissão. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Piauí, com pós-graduação em telejornalismo, Joelson Giordani é agora âncora do Jornal do Piauí, de onde comanda um programa de mais de duas horas de duração com muita notícia, entrevis-
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tas e comentários. Nesta entrevista à Revista Cidade Verde, ele fala sobre o trabalho e sua visão do telejornalismo em um tempo marcado por grandes e velozes transformações.
RCV – Como é a sua rotina na preparação do Jornal do Piauí? JG – A preparação do Jornal do Piauí, ao contrário do que muita gente imagina, começa bem cedo. A
rigor, ela é uma coisa constante. Já na tarde do dia anterior, a gente começa a pensar naquele que poderia ser um assunto de repercussão pro jornal do dia seguinte. E a rotina do dia começa por volta das 8h, quando a gente organiza as equipes de reportagem que vão à rua para a edição daquele dia. Entre 8h30 e 9h, acontece a reunião de pauta, quando a gente fecha mesmo a ideia do que vai ser o jornal daquele dia. Mas muita gente imagina que a gente chega aqui ao meio-dia só para apresentar o jornal. E não é. O Jornal do Piauí exige muito de nós. Para você ter uma ideia, algumas das pautas que serão apresentadas no jornal são concebidas e marcadas, com orientação e direcionamento, no dia anterior. São as reportagens mais trabalhadas. É como se o jornal nos consumisse durante quase 24h por dia, porque todo tempo a gente tem que estar pensando, observando, e tudo que a gente vê no nosso dia a dia, procura adaptar a uma reportagem. É muito trabalhoso, mas extremamente gratificante.
RCV – E qual o critério de seleção das notícias que vão ao ar? JG – O Jornal do Piauí é um jornal
“quente”. Então tem duas coisas que eu acho que pesam muito. Primeiro: assuntos que fazem parte do cotidiano das pessoas, aquilo que afeta a vida delas, no que diz respeito ao seu bem-estar, ao seu estilo de vida, aos seus hábitos de consumo, enfim, contar histórias que possam ajudá-las no seu dia a dia. E os assuntos quentes, que são também uma marca: as coberturas policiais, as investigações, os acontecimentos de maior reper-
Quando você fala ao vivo, você mostra aquilo que está acontecendo no instante exato em que o telespectador está assistindo. E é por isso que a gente tem apostado tanto nessa ferramenta.
traz um risco de você ter um jornal que poderia ser, digamos, pensado e executado horas antes de ele entrar no ar. Quando você fala ao vivo, você mostra aquilo que está acontecendo no instante exato em que o telespectador está assistindo. E é por isso que a gente tem apostado tanto nessa ferramenta. O telespectador que se posiciona em frente à TV para assistir ao Jornal do Piauí tem a certeza de que os acontecimentos que estão ali retratados são os acontecimentos que estão se desenrolando enquanto ele está vendo o jornal.
cussão. São coisas que a gente sempre leva em consideração na hora de definir aquilo que vai estar presente no nosso telejornal. A gente tem tentado, cada vez mais, fazer com que o jornal seja ágil, rápido e atraente para quem está em casa e que conhece a marca Cidade Verde.
RCV – As participações “ao vivo” são muito frequentes no Jornal do Piauí. Essa é uma tendência que deve crescer ainda mais, com maior presença dos repórteres entrando no ar no momento exato em que as notícias acontecem? JG – A tendência é que a gente conte aquilo que acontece no momento em que o jornal está no ar. O grande objetivo de você ter muitas participações ao vivo, é colocar ali, naquele momento, o que está acontecendo enquanto o telespectador está diante da TV. A televisão exige de nós um trabalho de produção que antecede as exibições da reportagem e isso
RCV – Como é que o telejornal está se reinventando para conviver com a realidade da internet? JG – Primeiro, buscando a agilidade
que a internet possui. A gente tem que ser tão veloz quanto as notícias que estão circulando na rede. Segundo, trazendo para as reportagens do Jornal do Piauí assuntos que não foram contemplados nesse universo da internet. A gente gosta muito de acompanhar as redes sociais e percebe que, embora lá a gente fale de tudo, as coisas são faladas de maneira superficial ou sem a credibilidade que o assunto exige. E aí a gente preenche essa lacuna, aprofundando, discutindo e colocando um carimbo que é muito valioso nesse processo de tratamento da informação, que é o carimbo da Cidade Verde. Quando uma informação recebe este selo da Cidade Verde, as pessoas atrelam àquela informação a credibilidade que a internet não dá. As fontes da internet são muito difusas e, muitas vezes, pouco críveis. E no nosso jornalismo, não. Nosso jornalismo tem
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Quando uma informação recebe este selo da Cidade Verde, as pessoas atrelam àquela informação a credibilidade que a internet não dá.
uma história por trás dessa marca, que faz com que o assunto tratado ali tenha uma credibilidade que a internet não tem.
RCV – De que forma as redes sociais ajudam vocês no Jornal do Piauí? De que forma vocês fazem esse acompanhamento? JG – As redes sociais resolveram um problema antigo da televisão. Antes, a televisão apresentava um assunto e a gente não verificava o impacto que isso tinha na audiência. Ou então, a verificação era muito tardia ou por ferramentas que não davam um feedback em tempo real, digamos assim. Hoje, as redes sociais nos dão essa resposta quase que imediatamente. Elas nos permitem saber de que maneira estamos atingindo a nossa audiência. Esse é um ponto que eu considero muito importante. Fora isso, como as pessoas estão manifestando seus desejos instantaneamente através das redes sociais, isso nos ajuda a garimpar ou a interpretar qual é o perfil dos piauienses, quais os assuntos que eles mais gostam de tratar ou que gostariam de ver retratados pela TV Cidade Verde. Além, é claro, de possibilitar aquele contato mais direto, mais rápido, que ainda é muito comum na TV, tipo: “manda um abraço para mim”.
RCV – Vocês fazem, então, esse monitoramento em tempo real, enquanto estão apresentando o programa? JG – Sim, inclusive enquanto estamos apresentando o programa. O monitoramento é a todo instante. Assim que termina o jornal, a gente vê como foi a repercussão. E uma
meta nossa é movimentar cada vez mais as redes sociais. A gente observa como foi a resposta do telespectador àqueles assuntos que foram apresentados. Não é que tudo que fazemos seja pautado pelas redes sociais, mas elas nos ajudam muito a perceber como nós estamos chegando à nossa audiência.
RCV – Qual a importância da sua experiência como repórter de rua para transformá-lo em um âncora de telejornal? JG – Muito grande. Nossa missão
é contar histórias. Evidentemente que são tarefas completamente diferentes, mas viver as experiências na rua me trouxe muita bagagem, principalmente no que diz respeito às expectativas das pessoas. Do ponto de vista do gerenciamento, se não fosse a reportagem, eu não teria como avaliar a quantidade de matérias que teríamos condições de produzir por dia, a abordagem que nós faríamos em torno de cada uma delas, as nossas limitações
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e vantagens técnicas. Só é possível medir tudo isso por causa da experiência que eu vivi no período em que trabalhei como repórter na rua. Minha grande tarefa é continuar contando histórias, por isso tenho também a intenção de continuar sendo repórter, inclusive dentro do Jornal do Piauí. Fora isso, acredito que ninguém chega a ser um âncora a partir do nada. Ele tem que ter uma história e essa história precisa ser acompanhada pelo telespectador, até finalmente chegar à posição de âncora. Se não for assim, dificilmente a população reconhecerá aquela pessoa como apta à função de apresentador.
RCV – No papel de âncora, muitas vezes, você comenta ou opina sobre determinado assunto. Esses comentários são previamente elaborados ou eles surgem espontaneamente na hora em que vão ao ar? JG – Normalmente, quando a
gente pensa em fazer uma reportagem, a gente já tem uma ideia do nosso pensamento sobre determinado assunto, mas eu gosto de opinar somente depois que o repórter chega com o material da rua. Eu sempre gosto de fechar a opinião depois que a matéria é assistida. Não sei se você sabe, mas boa parte do jornal é feita enquanto o jornal está no ar. Muito do material que a gente exibe é editado com o jornal já em andamento, porque ele é longo, é um jornal de duas horas e quinze minutos. Então, parte das matérias só é vista quando a gente já está no estúdio apresentando o jornal. Por isso,