Revista Cidade Verde 115

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CAPA


HOUS

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SE D1

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Índice Capa

O santeiro do Piauí 5. Editorial 8. Opinião

12

Páginas Verdes

Nelson Nery Costa

64

A galeria da discórdia

Política 34. Eleições As regras do jogo

22. Economia e Negócios Da redação

COMPORTAMENTO 40. Trânsito Campeão em imprudências

19. É a lei OAB-PI colhe sugestão para nova tabela de honorários 20. Indústria

ECONOMIA 58. Turismo Rota das Emoções. É pra lá que eu vou!

ECONOMIA 24. Impostos Arrecadar para crescer

ESPORTE 72. Futebol Porta da esperança

32. Ponto de Vista Elivaldo Barbosa

Articulistas

69. Chão Batido Cineas Santos

75. Nos Vagões da história Fonseca Neto 76. Tecnologia Marcos Sávio

28. Empreendedorismo

86. Perfil Péricles Mendel

Jeane Melo

Talento mande in Pi

07. Cidadeverde.com Yala Sena

12. Páginas Verdes Nelson Nery Costa concede entrevista à jornalista Dina Magalhães

09

78

75

COLUNAS

48

Fonseca Neto

90

Tony Batista


foto Manuel Soares

Todas as letras das notícias A matéria de capa da Revista Cidade Verde retrata o grande santeiro Expedito Antonino dos Santos, o Mestre Expedito que, com 82 anos de idade e 52 de carreira, é considerado um dos mais importantes nomes da arte sacra e da pintura Naïf do Piauí, do Brasil e do mundo. O santeiro teve sua vida e obra celebrada na Fenearte (maior feira da América Latina) realizada em Pernambuco, por meio de uma exposição especial que ocorreu entre os dias 2 a 12 de julho.

drama da zona Leste de Teresina, a mais nobre da cidade e com o IPTU mais elevado, que convive há anos com problemas de escoamento das águas durante as chuvas. A construção de uma galeria pluvial de 7,5 km na região se arrasta, e a demora revolta a população dos bairros atingidos. A obra iniciada em 2012, orçada em R$ 37,5 milhões, ficou parada durante um ano e foi retomada em 2014. Enquanto isso, os moradores aguardam a sua conclusão prevista para 2016.

Além da arte santeira, esta edição da Revista Cidade Verde também enaltece a música do Piauí, revelando o trabalho de músicos e bandas piauienses que desenvolvem um trabalho autoral no Estado. Exemplos desses artistas e grupos musicais têm de sobra: Edvaldo Nascimento, Teófilo Lima, Megahertz, Roque Moreira, Validuaté, Danilo Rudah e Anno Zero, entre outros. Com anos de estrada, CDs lançados e público conquistado, estes artistas não se contentam apenas em interpretar canções consagradas, eles compõem sucessos, contribuindo para a riqueza musical piauiense.

Nesta edição, apresentamos aos leitores uma matéria sobre a violência no trânsito. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, os piauienses lideram em infrações de trânsito no país. As diferenças entre os estados são alarmantes. Enquanto em São Paulo 93% usam cinto no banco da frente, no Piauí apenas 47,2% se lembram de utilizá-lo.

Nosso periódico aborda, na editoria de Esportes, a luta e a garra de 275 garotos, na faixa etária de 17 a 19 anos, que disputam o Campeonato Piauiense Sub-19. Todos em busca de uma oportunidade que os conduzam para um grande clube do futebol brasileiro. Mas, o papel da Imprensa é ainda tratar das questões que afligem a população. Neste sentido, mostramos o

Estes e outros assuntos estão ao longo das 90 páginas de conteúdo desta edição 115. Como diz o nosso slogan, a ideia é mostrar aos leitores o “Piauí com todas as letras”. Boa leitura!

Dina Magalhães Editora-chefe

REVISTA CIDADE VERDE | 14 DE JULHO, 2015 | 5


A Revista Cidade Verde é um periódico quinzenal da Editora Cidade Verde Ltda. A Cidade Verde, não necessariamente, se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes. É proibida a reprodução total ou parcial desta obra através de qualquer meio, seja ele eletrônico, mecânico, fotografado ou gravado sem a permissão da Editora Cidade Verde.

PRESIDENTE Jesus Tajra Filho Conselho Editorial: Jesus Tajra (presidente) José Tajra Sobrinho (vice-presidente) Conselheiros: Amadeu Campos, Dina Magalhães, Fonseca Neto, Jeane Melo, Nadja Rodrigues e Yala Sena Diretoria da Editora Cidade Verde: Elisa Tajra Diretoria de Assinaturas e Circulação: Clayton Nobre Riedel Filho e Valdinar Lima Júnior Diretoria Comercial: Cristina Melo Medeiros e Marina Lima Diretoria de Publicidade e Marketing: Jeane Melo, Caroline Silveira, Rafael Solano, Itallo Holanda e Airlon Pereira Editora-Chefe: Dina Magalhães - DRT/RJ 174.12/97 Chefe de redação: Arlinda Monteiro Repórteres: Caroline Oliveira, Jordana Cury, Marta Alencar, Severino Filho e Ubiracy Sabóia Repórteres fotográficos: Thiago Amaral e Wilson Filho Redação (articulistas): Cecília Mendes, Cineas Santos, Élida de Sá, Eli Lopes, Eneas Barros, Elivaldo Barbosa, Fonseca Neto, Jeane Melo, Marcos Sávio, Péricles Mendel, Pe. Tony Batista, Rayldo Pereira e Zózimo Tavares Colaboradores desta edição: Antônia Pessoa e Ascom Fiepi Editores de Arte/Diagramadores: Cicero Willison e Magnaldo Júnior Ilustrador: Izânio Façanha Revisão: Joca Nettu (Joaquim Lopes da Silva Neto) Foto de capa: Wilson Filho Impressão: Halley S.A. Gráfica e Editora

Revista Cidade Verde e Editora Cidade Verde Ltda Rua Godofredo Freire, nº 1642 / sala 35 / Monte Castelo Teresina, Piauí CEP: 64.016-830 CNPJ - 13284727/0001-90 email: revista@cidadeverde.com fone: (86) 3131.1750

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Cajuína do Piauí é destaque em feira A cajuína do Piauí foi destaque na feira Hortifruti & Foods Brasil Show, evento que aconteceu no início do mês em Curitiba (PR). O evento reúne compradores de todo o país. Esta foi a primeira vez que a bebida foi apresentada aos empresários como um produto tipicamente piauiense, após a conquista do selo de Indicação Geográfica e do reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan. A participação dos empresários piauienses produtores da cajuína foi viabilizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí. O presidente da Procajuina, José Ribamar Rodrigues, os empresários Josenilto Vasconcelos e Bruna Alencar, além do analista do Sebrae, Robert Ferreira, estiveram no evento.

Durante o evento, os empresários participaram ainda de rodadas de negócios e palestras, sobre diversos temas relacionados ao segmento do agronegócio. No Brasil, existem, atualmente, mais de 40 IG. No Piauí, a cajuína é a pioneira na conquista desse selo, o que foi um importante passo para o desenvolvimento e melhoria da qualidade dessa bebida, envolvendo, inicialmente, seis marcas de cajuína do Estado.


YalaSena

yalasena@cidadeverde.com

Jovens preferem Facebook Em Teresina, 74% dos jovens entrevistados em pesquisa apontam que o Facebook é a rede social preferida para se comunicar. A amostra foi feita pela Secretaria Municipal da Juventude. O levantamento aponta ainda que 14% preferem o WhatsApp, 4% o Twitter e 3% disseram que a sua rede favorita é o YouTube. Foi constatado também que maioria dos jovens de 13 a 20 anos na capital piauiense se comunica através do aparelho celular.

Universo acessível Único blog de cadeirante no Piauí, “Universo Acessível” está de volta no Cidadeverde.com. As blogueiras Amparo Sousa e Carla Cleia, que trabalham pelos direitos da pessoa com deficiência, vão divulgar ações e novidades do setor. O blog é voltado à inclusão de pessoas com deficiência em seus diversos segmentos, bem como acessibilidade, políticas públicas, ciência e cotidiano. Sugestão de pautas e para falar com as blogueiras é só enviar mensagem para: universoacessivel@cidadeverde.com

Prótese de mão Reportagens do site e da TV Cidade Verde ajudaram um laboratório comunitário de Teresina a encontrar apoio financeiro para desenvolver uma prótese de mão. Após assistir matérias, a senadora Regina Sousa (PT) se interessou pelo projeto e anunciou apoio. O aparelho ajudará pessoas com braços amputados e que têm dificuldades de comprar uma prótese. O modelo produzido no Piauí irá baratear o custo da prótese.

Os mais vistos no Youtube Katy Perry passa a ser a primeira mulher a atingir um bilhão de visualizações no Youtube. A cantora fez história após seu clipe “Dark Horse” atingir a marca de 1.002.129.230 bilhão de acessos. Com isso, Katy passa a ser a terceira artista com mais visualizações na plataforma, atrás apenas do rapper sul-coreano Psy, que chegou a 2.360 bilhões com “Gangnam Style”, e do cantor canadense Justin Bieber com “Baby”, com 1.181 bilhão de views. Para os artistas, estar na lista não significa apenas popularidade, mas estratégia de mídia.

TOP FIVE Mulher morre com um tiro no pescoço, quando saía de loja falando ao celular - http://bit.ly/1HbOQdN Empresário morre após levar tiro na cabeça em tentativa de assalto no Dirceu - http://bit.ly/1TjfoSF Estudante da Uespi morre em acidente ao sair para buscar a namorada - http://bit.ly/1JMCsHY Estudante se revolta ao encontrar assaltante em delegacia - http://bit.ly/1dKmEHe Fábio Abreu revela afastamento do cargo e critica redução da maioridade penal - http://bit.ly/1J2EAFN REVISTA CIDADE VERDE | 14 DE JULHO, 2015 | 7


Opinião @rcidadeverde

revista@cidadeverde.com

/cidadeverde /cidadeverde

Capa Ano 05 Edição 114

Parabéns, Jeane! Você se superou dessa vez. Li, reli e tirei cópia do seu artigo (realmente de primeira) com o título “Observo e absorvo”. A falta de humildade está presente hoje em todos os lugares e essa ausência faz muita diferença mesmo.

Venho destacar que a Revista Cidade Verde é de grande importância para nós piauienses, pois a mesma nos mostra a realidade, a cultura e a política do nosso Estado. Sempre trazendo, com seriedade os assuntos distintos de grande interesse; sejam eles quais forem e sobre todas as classes sociais. O Piauí só tem a ganhar com essa revista, por se tratar de um meio de informação de fácil acesso e por ser realmente nossa, levando a cada cidadão atualidades do nosso estado. Só tenho a agradecer à Cidade Verde por essa iniciativa e dar parabéns por cada exemplar publicado.

Artanhã Matos de Araújo

Antônio Luiz Cruz B. Junior

Eu estou aqui pensando sobre a capa da Revista Cidade Verde, onde vão abarrotar mais uns 40 a 50.000 presos num sistema penitenciário que, supostamente, seria para 250.000 e já tem mais de 600.000 enjaulados. É mais barato dar educação de qualidade do que sustentar esse povo todo. Será que tem gente interessada em construir presídios? Deviam dar mais dinheiro que construir escolas. E essa turma que está presa, como será quando sair? Todos nós sabemos que presídio é universidade do crime. E estes vão sair com mestrado e doutorado. A não ser que o “cristão”, golpista, Eduardo Cunha, já tenha na sua diabólica mente também a ideia de copiar dos EUA, o que eles têm de mais retrógrado: a prisão perpétua e o assassinato legalizado! Não defendo bandido, só não compartilho que nos igualemos por baixo. A linha que diferencia o bem do mal, não passa entre duas pessoas, e sim no meio do coração de cada um. Poliana Sepúlveda

Ontem eu li a 114ª edição da Revista Cidade Verde. A excelente foto de capa é de Thiago Amaral. A matéria principal tem um tema bastante relevante e de ótima qualidade. Agradeço a Arlinda Monteiro por indicar o Projeto Capoeira na Praça para participar dessa edição e a Caroline Oliveira por ter escrito sobre o projeto. Dina Magalhães, nossa equipe agradece o espaço. Nós precisamos dessa repercussão para mostrar a sociedade que não precisamos esperar pelo poder público para fazer algo por nossas crianças. A toda equipe, parabéns! Fernanda Gil Nogueira

Só vejo uma saída sobre o tema da capa: motivar os alunos dar reais condições para os professores, para a escola integral e responsabilizar os pais ou responsáveis pela educação dos menores e também incentivar as empresas a contratar maiores de 16 anos.

Sou fã. Adoro o que Jeane escreve. Muito bom! Precisamos de mais pessoas assim no mundo.

Valdeci Pereira

Lia Rakel

8 | 14 DE JULHO, 2015 | REVISTA CIDADE VERDE


JeaneMelo

Artigo de primeira

jeane@cidadeverde.com

O que restou de nós?

O

s produtos têm olhos, pernas, braços e coração (todos têm?). Estão por aí em prateleiras móveis. Alguns prometem dizer “eu te amo” se alguém der corda. Outros, mesmo se alguém der corda, não dizem nunca. Provável defeito de fábrica. Alguns olham, mas não enxergam. Caminham, mas não avançam. Sentem, mas não reagem. Acordam, mas não sonham enquanto dormem. Vivem, mas não respiram direito. (Ansiedade no limite.) Integram-se, mas não se entregam. Falam, mas não se expressam. Aí ouço com espanto alguém comentar que esses produtos são da Geração X, Z ou Alfa e reajo preferindo pensar de uma forma menos segmentada. (Por que tudo precisa gerar dados organizados hoje em dia?) O produto-tema é “gente” e eu não vou tentar dividi-lo em uma pizza de resultados. Aliás, é bom que se diga que esta página foi programada, desde a primeira edição da revista, a entregar um pouco de afeto, de emoção, desejando não ficar só no rótulo, ou melhor, no título. E se a intenção é refletir um pouco mais hoje, sem dar respostas prontas, porque aqui não é aquele “fast food nervoso” que ajuda a otimizar o nosso tempo entregando tudo na mão rapidinho, pergunto: o que restou de nós?

Somos inteligentes e pronto! Pena que estamos com preguiça. (Vamos atrofiar, então?) Não somos mais o macaco da vez, nem a formiguinha, mas o bicho que não quer mais ter trabalho, especialmente para pensar. Acompanhamos tendências. A

Só desejamos resolver as coisas de forma prática, instantânea, enquanto baixamos mais um aplicativo no celular. moda da vez é apoiar o quê? Indignar-se com o quê? Ser autêntico e verdadeiro é o que menos importa porque o politicamente correto é a “bola da vez”. Em determinados assuntos, não se pode simplesmente ter uma opinião mais honesta, porque ela em algum momento vai esbarrar em interpretações aromatizadas e coloridas artificialmente, portanto bem atrativas e aceitáveis pelo senso comum. Seria inteligente “se fingir de burro” por aí? (Esse outro bicho tão estigmatizado). A resposta tem o tamanho da sua disposição. Um “sim” para quem quer se ver livre de um provável debate e um “não” para

quem não “abre mão” de defender aquilo que acredita. E seguimos no rasinho. Mesmo quando sabemos nadar, colocamos boias nos braços para não correr riscos. Só desejamos resolver as coisas de forma prática, instantânea, enquanto baixamos mais um aplicativo no celular. Aquele, por exemplo, que lembra que já é hora de beber mais um copo d’água. (Nossos aplicativos estão mais humanos do que nós.) Assim, concluo que infelizmente estamos ficando insensíveis diante da sede ou da fome. O que nos alimenta, afinal, como pessoas? Para muitos, é mais inteligente consumir resumos, manchetes, cutucadas e curtidas, “bizus” para todo tipo de coisa e muitas espertezas. O que nos atrai afinal – de verdade – ,são as 10 dicas para passar no concurso, os 15 minutos de treino que ajudam a chapar a barriga, as 5 orientações infalíveis para atrair um grande amor ou o emprego dos sonhos. Tudo assim, bem “delivery”. Como disse a escritora Gabriela Rachini em seu texto “E se desconsumíssemos o mundo?”: “há muitos doutores de causas minúsculas”. Tudo porque é mais simples não conectar causa e efeito. Tudo é efeito e ponto final. E por falar em efeito, já deu para pensar na resposta da pergunta do título? Complexo, não? Da minha prateleira aqui, continuo a refletir. REVISTA CIDADE VERDE | 14 DE JULHO, 2015 | 9


UNINOV

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