Nยบ32 Dezembro 2013
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Índice
Pág.
Editorial
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Informações Culturais
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No Meu tempo de Carolina Cordeiro
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Ups! Engoli uma Estrela II de Adoa Coelho
8
O Terceiro Bispo de Frederico Duarte Carvalho
10
O Último Grande Prócere de Manuel João Galante
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Textos de participantes
19
Não
20
Preso irei voar
22
Carta para a minha mãe
23
Lágrimas vazias…
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Hoje acordei para ti
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Sobre o Tapete
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Sem título
33
A tua Lolita
34
Regras para Textos Enviados
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Sonho de Escrever
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Editorial E assim, de repente, já estamos no natal, não é verdade? Este mês estamos muito contentes porque além de no top vendas de Portugal e do Brasil se encontrarem autores lusófonos em primeiro lugar, temos também muitos livros lusófonos para divulgar. Um deles, O terceiro Bispo, está no top do New York Times. Como sempre temos a Revista cheia de textos e alguns novos autores. É sempre bom ler novos textos e conhecer novos autores, não é? Além disso, temos textos dos autores dos livros que divulgamos, o que sempre dá para os conhecer melhor e quem sabe para despertar o interesse. Estamos também a divulgar o evento Jazz´n´Poesia. Tem os contactos para ter este evento no seu espaço. Gostava de ter uma noite mágica com este evento de música e poesia no seu bar ou no seu estabelecimento? Então não perca esta oportunidade. A partir do mês de dezembro pode votar no seu texto favorito no nosso Blog(http://revistaescritacriativa.blogspot. pt/). E não deixe de enviar as suas opiniões ou os textos que tem na gaveta para o email asnossashistorias@hotmail.com. Boas Festas! Marta Sousa Sonho de Escrever
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Sonho de Escrever
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Sonho de Escrever
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No meu Tempo Carolina Cordeiro No Meu Tempo é um romance
De um lado, temos um
histórico, que tem por mote
jovem britânico, atraente e
a obra Orgulho e Preconceito
rico, mas cujo ar soturno e
de Jane Austen. A história
de superioridade, mantém-no
decorre em meados do século
à
XIX, na ilha de S. Miguel,
micaelense. Do outro, temos
no
uma jovem charmosa, inocente
concelho
de
Ponta
Delgada.
distância
da
sociedade
mas espirituosa, que acaba
Com vocabulário rico
por não ser indiferente ao
e divertido, a obra envolve-
jovem rico. Desde o momento
nos
em que os seus olhares se
num
ambiente
insular
outrora áureo da exportação
cruzam,
de laranjas e o nascer de
galopante desse romance que
novas actividades económicas
terá
da
obstáculos
próprios
época,
idade
região.
incerto,
Neste
somos
ambiente
testemunhas
do brotar de um amor sincero
as
a
privações
da
emoção
e
os da
e
de
ser
uma
terceiros sentimentos.
entre dois jovens de mundos opostos.
sente-se
Sem lição
Sonho de Escrever
de
querer
história,
este
7 romance leva-nos a um tempo
Dezembro
não
Biblioteca
muito
longínquo
da
às
21horas Tomaz
na Borba
história dos Açores; leva-
Vieira (antigo Convento dos
nos a viajar na emoção, na
Franciscanos
pureza dos sentimentos e nas
A
palavras
cargo da Profª. Dra. Susana
vividas
personagens –
pelas
que existem
só nesta obra.
apresentação
Goulart presente Carreiro,
A não perder a apresentação deste
livro
no
dia
7
--
e
Lagoa). estará
também
a
Dra.
a
estará Patrícia
representante
da
editora Pastelaria Studios.
de
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O Terceiro Bispo Frederico Duarte Carvalho Sobre a Obra:
mistério, emoção e grandes
E se a história dos Milagres
revelações.
de Fátima não aconteceu exactamente assim como nos
Luís Miguel Rocha considera-
contaram?
o «Oportuno e revelador.
E se tudo não passou de uma
A primeira ficção mundial a
encenação teatral
atar as pontas de um Segredo
protagonizada por uma jovem
por resolver: João Paulo II
actriz que viria a ser
não morreu no atentado de
famosa?
1981, e portanto o Terceiro
Entre Lisboa e Roma, há um
Segredo de Fátima está por
plano para matar o Papa e
cumprir.
cumprir o Terceiro Segredo de Fátima.
Uma história de acção, um
Uma história de grande
thriller emocionante na
fôlego do jornalista
melhor tradição do género,
Frederico Duarte Carvalho.
que vai levar os leitores
Um romance cheio de
por uma Lisboa recheada de Sonho de Escrever
12 símbolos e segredos, ao
o Papa Francisco...
encontro de organizações invisíveis e de uma conjura
Entre Lisboa e Roma, há um
maquiavélica.
plano para matar o papa e
Enquanto se desenrola a
cumprir o Terceiro Segredo
história, vamos acompanhando
de Fátima. As profecias de
a «verdadeira» história dos
São Malaquias anunciam que
Milagres de Fátima.
este é tempo do último papa
Portugal, 1917: uma jovem
antes da destruição da
actriz que viria a ser
Igreja. O Papa Francisco
famosa - Amélia Rey Colaço -
seria o “Último Papa”
e um poeta famoso que
antes da destruição da
escreveu a letra do «A 13 de
Igreja de Roma. O monge de
Maio, na Cova de Iria» -
Pádua previu um papa vindo
Afonso Lopes Vieira – e uma
de longe para morrer O
aparição foram as peças
Terceiro Segredo de Fátima
fundamentais para a
revela o assassinato do
construção de um dos maiores
bispo vestido de branco.
mitos religiosos do século
Mas, em Roma, existem hoje
XX, cheio de segredos por
dois papas, dois bispos
cumprir...
vestidos de branco. Qual
O número 13 parece perseguir
deles será o escolhido de
Sonho de Escrever
13 Deus para morrer pela
encomendada por uma loira
salvação? Será o Papa Bento
misteriosa, e descobre
XVI? Ou o Papa Francisco?
ligações que não deixam dúvida a um plano para
E como se vê um jornalista
assassinar o papa Francisco
português desempregado
no dia 13 de Outubro de
envolvido num plano que vai
2013, em Roma, na recepção à
de Fátima ao Vaticano e
imagem de Nossa Senhora de
parece querer transformá-lo
Fátima.
na «mão de Deus» para
Assim se cumpririam todas as
cumprir as profecias.
profecias que apontam para
Revelador, este livro é um
que seja este o último papa
thriller cuja acção decorre
e para a sua morte em
em Lisboa e tudo começa com
circunstâncias trágicas. Mas
três sem-abrigo que
o plano parece ser demasiado
apareceram assassinados na
humano para se tratar de um
Baixa lisboeta, com
desígnio divino...Quem está
estranhas mensagens escritas
a fazer o papel de Deus para
no peito. Joaquim Barata, um
que as profecias se cumpram?
jornalista no desemprego,
O segundo papa, Bento XVI?
vê-se envolvido na
Nada aconteceu ao papa
investigação deste caso
Francisco no passado dia 13, Sonho de Escrever
14 pois não?
Maior; Capitão Roby; Eu Sei
Pois não. Tentem perguntar a
Que Você Sabe; Abril
Joaquim Barata porquê.
Sangrento; Poeta & Espião; A Mensagem Brown; O Enigma da
Sobre o autor:
Praia da Luz; Estados de
É jornalista e nasceu no
Segredos; Cavaco Versus
Porto a 27 de Agosto de
Cavaco; e, na Planeta,
1972. Trabalhou como
Camarate - Sá Carneiro e as
jornalista no diário O
Armas para o Irão. O
Primeiro de Janeiro e no
Terceiro Bispo é o seu
semanário Tal & Qual e foi
primeiro romance de grande
editor de política na
fôlego.
revista Focus. É autor dos livros Vítor Batista - O
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O Último Grande Prócere JOÃO GALANTE SINOPSE BIOBIBLIOGRÁFICA Vai desenvolvendo o seu João Galante é pianista,
percurso
poético
cantor e compositor.
paralelo
Nasce em Luanda no ano de
actividade de pedagogo e
1962.
crooner
com
a
em sua
carismático,
acrescentando
laivos
de
Começa a escrever os seus
erotismo às palavras que
primeiros
se
poemas
na
adolescência,
torrenciais
influenciado precoces
pelas
incursões
de
em
acordes
de
lascívia e paixão.
pelo
existencialismo niilismo
completam
e alguns
Desenvolve,
ainda,
regularidade
o
com
projecto
autores contemporâneos e
“Jazz’n’Poesia”
logo
parceria com a poeta Isa
se
concepção
aventura das
na suas
Fontes.
primeiras canções.
Sonho de Escrever
em
17
Escreve
regularmente
no
para breve, participou na
seu blogue “ Vertigens
antologia
da Alma” e na página de
Entre o Sono e o Sonho –
poesia facebook,
que
de
no
volume
“Poesia
de
Editora, em Março de 2013 e
na
-
“
detém
João Galante”.
IV”
poesia
Chiado
colectânea
“
Janelas do Uni-Verso” Com dois livros no prelo,
Editorial Minerva em Maio
um dos quais com edição
de 2013.
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Não Como se na realidade andasse feito jato em terra batida corre o som do quase arrebentar motor feito coração em queda livre sonoro quanto o grito do desespero terrível feito o dia que o sol não nasceu.
Como se na realidade andasse a correr feito menino baldio, sem curar de se por em cuidado, como se num apartamento sentisse viver queria ele viver no fugir do som rugido à moda de águia rugindo do leão o seu nome de homem, deitado nas alagadiças areias do tempo.
Como se na realidade ele corresse, e corresse como se corre dos tempos sem perdão, tão vagarosos quanto o nosso pensar, grita ele ao mundo o seu não:
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Não! Nâo! Não quero o tempo a passar o eu a mingar sem tempo para ver a vida passar. Não! Não! Não quero o correr sem saber que gritarei tão forte quanto o tempo me deixar amarga idade de nada fazer sentir apenas as dores do real. Não! Não e não!
Carolina Cordeiro
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Preso irei voar Preso irei voar Libertar-me das correntes Que me parecem permanentes Conseguirei respirar?
Preso irei voar Erguer as asas Enquanto me ultrapassas Continuarei a caminhar.
Preso irei voar Fortalecer o meu ser Observando o teu perder Odiar ou perdoar?
Preso irei voar Duvidando da verdade Resistindo Ă saudade De te voltar a amar. Tiago Paquete Sonho de Escrever
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CARTA PARA A MINHA MÃE Mãe quanta saudade de ti ainda guardo, Quanto mais o tempo passa Mais a ansiedade se intensifica. Tanta coisa gostaria ainda de te dizer Que mais por falta de tempo do que jeito não disse.
Mãe, quem me dera ter tido tempo para te acompanhar Nos dias em que ao centro da cidade vinhas lanchar. Quantas gargalhadas gostaria ainda de dar contigo Quantas danças, quantas romarias…. Quantos segredos tínhamos ainda para partilhar….
Mãe todos os dias agora falo contigo Porque todos os dias tenho algo de ti para partilhar Tantas lembranças tantas historias Que só no livro do coração se podem guardar.
Mãe, agora quando há festejos em família Tu estás sempre presente
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Nos sorrisos dos filhos Nas brincadeiras dos netos Vejo sempre a minha mãe á nossa frente!
Mãe, todos os dias ao deitar Agradeço a deus por mais um dia E antes de os olhos fechar Rezo por ti querida Maria! Ana Maria Teixeira
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Lágrimas vazias... Debruçado sob o topo das minhas sobrancelhas, revejo a história ardente de uma vida fraudulenta. O julgamento de um poeta esquecido no cimo da escuridão estava
prestes
a
começar.
A
sentença
ainda
era
indecifrável, mas, mais tarde ou mais cedo, o resultado de
uma
vida
de
flagelo
seria
conhecido.
Um
poeta
dedicado a tempo inteiro ao sofrimento, à sua dor e à dor dos outros. O significado de uma vida era isso? Como poderia um poeta cético acreditar, agora, na palavra protegido
do
divino? pela
Um
farça
poeta das
vestido
palavras
de
dos
angústia, outros
e,
certamente, muito despido de alegria. Como tal pode acontecer
num
mundo,
metaforicamente,
todo
igual?
Palavras cruéis na escrita de um poeta livre! Tão verdade para mim! Tanto significado têm estas amigas na minha vida. Mas do que vale viver na ficção se aprecio a natureza da verdade tal como ela é: nua e crua! Dói, é verdade. Mas já dizem os antigos que antes levar um bofetada sem mão da verdade do que levar um beijo de
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falsidade.
Prefiro
tropeçar
no
meu
passado
do
que
prosseguir uma viagem que levará a mais um paraiso de infelicidade. Serei, eu, uma serpente sem saber? Um ser que só atrai veneno?! Um vidente de um futuro que só se avizinha imperfeito! No tribunal da infelicidade, estava eu sentado. Portador de uma tristeza tremenda. Era acolhedor de um olhar cheio de uma soberba invulgar. Eu era imperfeito! As minhas roupas, o meu calçado, o pão que não me entrava pela boca! Eu vivia de saudades. Sempre aquela saudade implacável. Saudades da minha paixão do passado. Saudades daquela cara! Saudades daquela árvore que dava apenas
fruto
para
consumo
próprio!
Tinha
saudades
daquele cabelo que era como que um portador de uma identidade. Uma identidade vergonhosa, sei agora! Mas eras a minha vida. Era por ti que me despedia da vida. Por ti, dava uma bofetada na escravidão do meu amor e me julgava perante a palavra deste ser superior. Por ti, ia até ao fim do mundo. Prometi que te amaria até ao fim da minha vida. Porque tu eras a minha luz. Eras o meu candeeiro na estrada sinuosa. Eras o livro mais vendido
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em
todas
as
redondezas.
Mas
com
tantos
e
tantos
defeitos, era de ti que ainda queria para a minha vida. Tão
estranho.
Maltrataste-me.
Vangloriaste
a
tua
verdade. Impuseste a tua superioridade! E, mesmo assim, o que me aconteceu? Continuei caído aos teus pés. Infelizmente, naquela altura, ainda estava a terminar um livro, com um final infeliz. Agora, estou a continuar a história noutro capítulo. Apanhei um autocarro e segui viagem. Noutra paragem, desci e cruzei-me com o passado. Fui forte, mesmo estando a ser julgado por isso, e segui em frente. Apreciei os teus olhos. O teu à vontade. A tua, aparente, simplicidade, apesar de saber que neste pacote de superioridade, existia uma pontinha de vontade de recuar ao passado! Impossível! Jamais queria para mim uma pessoa tão vazia e oca como tu. Infelizmente, a vida é feita de altos e baixos e, sinceramente, ainda continuo em baixo, mas sei que estou perto da tona! Eu sou um sol escondido debaixo da chuva. Um sol quente e radioso. Mas ao mesmo tempo sou um ferida entreberta. Vai fechar, tenho a certeza. Usarei
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toda a minha força para que as minhas feridas do passado se fechem. No banco dos réus, apenas pedi para ser eu o meu próprio juiz. Apenas eu poderia condenar-me. Apenas eu saberia a sentença a atribuir-me. Será que seria eu, apenas eu, a querer castigar-me? O meu maldito vício foi apenas alimentar a esperança de um dia ter-te de volta. O quanto me magoei, mas tanto que cresci. Tanto que vivenciei que agora sei o que é a realidade. Agora, sei que não podemos estar juntos. Mas um dia, num dia em que estejas com o teu coração nublado e faça um tempestade por aí, lembra-te de quem te quis bem. De quem um dia quis dar a vida por ti. Lembra daquele abraço que te dei quando a história da tua vida estava perto do fim. E lembra-te
de
quem,
numa
certa
manhã,
possívelmente
vazia, se acordou para esboçar um sorriso só para ti. Tínhamos um tela perfeita, mas um fogo tão viajante. Agora, não vale a pena mais nada. Decidi continuar a saltar de autocarro em autocarro, de paragem em paragem, até que, num dia em que esteja despercebido, alguém me dê um toque na costas e, quando me virar,
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espero que me dê um abraço daqueles que um dia fui capaz de
te
dar.
Um
abraço
sem
palavras,
mas
cheio
de
significado. Agora, sim, estou pronto a cumprir com o resultado da minha sentença: vou esquecer-te. Estou disponível para conquistar o mundo. E mais: até sei que sou capaz de ir à nossa praia e fazer as pazes com o passado.
No
passado,
amei-te!
No
presente,
amo-te,
porque foste a peça que um dia encaixou comigo. No futuro, recordo a importância que tiveste no passado, mas minimizo qualquer hipótese de me escravizares, no futuro! Diogo Cabral
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Hoje acordei para ti Hoje acordei para ti, amor Tomei-te em pleno num amplexo Misturei-me em ti e por longos momentos Voamos no manto tântrico do mais puro desejo Beijei-te cada poro, lambi o suor Que fiz brotar frenético dessas axilas Exaustas de sustentar o peso do meu corpo Colado nas tuas coxas rotundas e lânguidas Gozei em jorros desabridos de prazer O banho quente que sempre quiseste tomar Os seios túrgidos, a boca seca, todos os recantos Se dessedentando numa avidez irisada de loucura E caí sem força para me enrolar num novelo Trémulo e aturdido, como quem saltou do infinito E num ato de coragem se esquece das próprias asas Eu quis morrer mergulhando em ti amor Mas tu abriste-te num vale de algodão doce E a vida tomou-se de nós para te servir de mim João Galante
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SOBRE
O TAPETE
Debruámos a noite de palavras quase acesas e trémulas na penumbra dos olhos deslumbrados
E ficamos aí onde a lucidez começa a esvair-se em entregas vaporosas sobre os dedos
Ao silêncio instalado na curvatura dos olhos fizemos contornar a mesa e suspender-se sozinho e recatado na abertura angular da noite que sobre nós derramava um fruto apetecido
Pouco depois as bocas em fogo e línguas e ondas soltas desfolham pétala a pétala a rosa bravia dos mamilos à flor dos lábios da ternura
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E tudo o mais deixamos na mem贸ria por conta dessa noite que nos escorria dos corpos coroados de cheiros e flu铆dos frios sobre um tapete de sede e de loucura
Fernando Campos de Castro
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Sem título tento o segredo da memória quando morrem os músculos
mas o mistério do infinito marca-o no rosto dos afogados
não consintas ao silêncio a mais simples das marcas:
profanar a face branca da imobilidade, provar as longas fronteiras do murmúrio e roubar segredos às ondas é tudo o que as dunas sabem
Luís Abreu
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A tua Lolita
Nua no meio do quarto, Roupa rasgada e largada. Deitado na cama, Esperavas por mim. O teu corpo estava possesso, Como um animal com o cio. Tremias de desejo, Alimentavas o teu fervor. Puxaste-me para a cama, Deitaste-te sobre mim. As m찾os n찾o servem s처 para tocar piano, Servem para medir o meu corpo. Sou o teu alimento preferido, A tua mata sede. Quero ser a tua menina, A tua Lolita. Isabel Fontes
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Regras para textos enviados para a Revista Sonho de
Escrever: - A Sonho de Escrever não se responsabiliza pelo conteúdo que é publicado, a responsabilidade é única e exclusivamente dos seus autores. - A Sonho de Escrever publica os trabalhos dos autores tendo como o limite a capacidade da revista, caso haja demasiados trabalhos enviados alguns poderão não ser publicados ou poderão ser publicados no número seguinte. - O limite de tamanho dos textos recebidos é de 1200 palavras se os textos não respeitarem estas indicações poderão não ser aceites. Os textos enviados deverão ser de ficção, poemas, crónicas ou críticas exclui-se textos informativos ou de utilidade documental. - A Sonho de Escrever não aceita textos com conteúdo sexual explícito. - Por norma só será publicado um texto por pessoa em cada número, podendo haver exceções por falta de trabalhos. - A Revista será publicada mensalmente mas apenas se forem recebidos pelo menos 5 textos de autores
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diferentes, senão será publicada apenas quando tiver o número de participações suficientes. - A Sonho de Escrever não corrige erros ortográficos nem faz alterações às obras enviadas, se for enviado algum trabalho poderá não ser aceite. - A Sonho de Escrever só aceita trabalhos escritos em português. - Trabalhos com expressões noutras línguas deverão ter uma nota no fim a dizer o seu significado, caso não esteja incluída poderão não ser aceites. - Trabalhos com direitos de autor registados na Sociedade Portuguesa de Autores deverão informar a SPA antes de enviar os seus textos para a Revista Sonho de
Escrever. - A Revista Sonho de Escrever publica somente textos autorizados pelos autores. Ficha Técnica: Mês de Dezembro 2013 n.º32 via internet Editora: Marta Sousa Redacção: Marta Sousa, Ana Maria Teixeira, Diogo Cabral, Isabel Fontes, .João Galante, Luís Abreu, Carolina Cordeiro, Fernando Campos e Castro, Tiago Paquete Grafismo: Paula Salgado (logótipo e contracapa). As imagens dos textos na secção de textos dos participantes foram enviadas pelos respetivos autores. A imagem de capa foi retirada da internet (http://ocaocomeuolivro.blogspot.pt/2010/12/pai-natal-leitor-santa-likes-to-read.html)
Interdita a reprodução para fins lucrativos ou comerciais dos textos e de Escrever interdita a reprodução semSonho a indicação do respectivo nome do autor.
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