Nยบ40 Agosto 2014
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Índice
Pág.
Editorial
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Informações Culturais
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Top de vendas de Ficção em Portugal
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Top de vendas no Brasil
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Coração Peludo
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Textos de participantes
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Hospital sem rosas, mas com espinhos...
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A Lenda do Senhor da Pedra
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Vem-me buscar...
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Pedido
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Quebram as ondas na areia da praia
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Espero-te
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Feridas
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Regras para Textos Enviados
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Sonho de Escrever
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Editorial As nuvens que pairam no nosso céu dão luz ao lirismo que temos dentro nós. Talvez por esta razão este mês a Sonho de Escrever está recheada de textos muito introspectivos e líricos. No dia 23 do mês passado houve o lançamento do livro de Plínio Camillo para quem não tem a oportunidade de ir poderá saber mais sobre o seu novo livro ‚Coração Peludo‛ nesta edição.Como sempre temos o top Portugal e Brasil com a ajuda do Portal de Literatura, agradecemos a colaboração. Volto a informar aos nossos leitores e participantes que se tiverem algum livro publicado e queiram divulgar na Revista basta enviar a imagem da capa e a sinopse que podemos divulgar na rubrica ‚Informações Culturais‛. Esperemos que gostem deste número e não deixem de dizer a vossa opinião e enviar os vossos textos para o email asnossashistorias@hotmail.com Marta Sousa
Sonho de Escrever
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Sonho de Escrever
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Top de vendas de Portugal
Top de vendas retirado do site Portal da Literatura (http://www.portaldaliteratura.co m/top10.php?pais=portugal )
Sonho de Escrever
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Top de vendas no Brasil
Top de vendas retirado do site Portal da Literatura (http://www.portaldaliteratura.co m/top10.php?pais=brasil )
Sonho de Escrever
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Coração Peludo De Plínio Camillo
Sonho de Escrever
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O escritor Plínio Camillo lançou o seu mais novo livro, a coletânea de contos ‚Coração Peludo‛ no dia 23 de julho de 2014. Nesta obra, Plínio Camillo descreve situações marcantes em formas curtas. Seu protagonista (cujo nome não nos é revelado) compartilha com o leitor momentos diversos e decisivos da sua experiência de vida, tão surpreendente quanto a linguagem do escritor. Em poucas, mas certeiras palavras, Camillo dá o tom das circunstâncias, descreve personagens e conclui as passagens que seu narrador escolhe para relatar. A escrita do autor é povoada de citações que definem diferentes épocas. São bordões de publicidade, desenhos animados e trechos de música que ficaram na memória popular e dos quais Camillo se apropria concedendo personalidade ao texto. Sua narrativa se inscreve numa estética
de
contextualizar
escrita as
naturalista,
vivências
de
seu
comrecursos
para
personagemcrível
justamente por ser humanamente contraditório. Como bem descreve
seu
prefaciador,
o
escritor
Sonho de Escrever
e
jornalista
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Gláuber
Soares:
literatura
‚Numa
época
brasileira
em
se
que
boa
encontra
parte
da
asséptica,
indevidamente pasteurizada, Plínio Camillo rasga o peito do seu personagem principal, fio condutor entre todos os contos‛. E complementa: ‚Sem pudor e, sobretudo, sem desperdiçar
palavras
com
descrições
enfadonhas
ou
explicações desnecessárias, o autor, no vigor do seu estilo, parece ter encontrado um antídoto contra a chatice‛. Contra capa
‚Devassa na promoção, Marlboro do Paraguai e uma donzela. — Vem sempre aqui? Uma dose dupla de rapariga. Explico a todos a diferença entre o realismo e o simbolismo. Ligo para o Edgard, não atende. — Japinhas me deixam louco, sabia? Sabem fazer um
yakissoba
de afundar
Tóquio... — Uma amarelinha, por favor! — Que tal em casa? Mostro a minha coleção de mangás e os DVDs do Nacional Kid. Gostei do seu bigode‛.
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Assim começa mais um capítulo na trajetória do nosso herói. Cínico, faminto, visceral, sem nenhum medo de errar – um corajoso ou um inconseqüente? Nem ele mesmo sabe. Aliás, nunca parou para pensar nisso. Ele só sabe que, na dúvida, só resta agir.
Não, este não é um mais um livro de contos. É uma sequência de fragmentos que contam uma ótima história. Mas cada fragmento/conto tem começo, meio, fim e muito recheio saboroso.
‚Encaixo o soco. Empurro forte. Dou um braço e meio de distância do meu pai. Mostro os dentes, misto de sorriso com raiva. Jeito bom de se sofrer. ‘Nem vem que não tem/ Nem vem de garfo/ Que hoje é dia de sopa’. Ele vem como um polvo maluco. Saio de lado e aplico uma gravata. — Ela falou que meu pau é muito maior!‛
Sonho de Escrever
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Plínio Camillo nasceu em Ribeirão Preto em 1960, reside em São Paulo desde 1984, tendo vivido em Campinas entre 1998 a 2001.Publicou seu primeiro livro ‚O Namorado do
Papai Ronca‛ em 2012, selecionado pelo Concurso de Apoio a Projetos de Primeira Publicação de Livro no Estado de São Paulo do ano de 2011 (ProAC Edital nº 32/2011), e lançado pela Prólogo Selo Editorial em parceria com o Instituto Cultural Mundomundano, chamando a atenção pela inovação na língua-gem, apropriando-se do modo de expressão usual nas redes sociais.
Estimulado pela literatura de autores como Marcelino Freire,
Dalton
Hammett,
o
Trevisan,
autor
Lima
encontra
Barreto
referências
e
Dashiell
também
na
dramaturgia e na tradição teatral, área em que tem uma vasta
experiência.
Participou
do
Curso
de
Extensão
Cultural em Teatro na Unicamp, atuando como autor, diretor, ator, iluminador e assistente de produção nessa área. ‚Produzi, ao longo de meus primeiros quarenta e
nove anos, alguns roteiros de vídeo, historietas e peças curtas. Escondi tudo!‚
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Camillo reconhece em sua construção narrativa o aporte dessa vivência teatral. Possivelmente, por também ser educador,
sua
escrita
demonstra
relação
com
o
contemporâneo na linguagem e nas temáticas tratadas.
Mantém os Blogs: O Namorado do papai ronca: http://pliniocamillo.wordpress.com/ Outras Vozes: http://negrosoutrasvozes.wordpress.com/ Bombons Sortidos: http://contosbombonsortidos.wordpress.com/ Contatos: Endereços
eletrônicos:
pcamillo60@uol.com.br,
pliniocamillo@hotmail.com Telefones: 11 99627-9640 / 11 5908-2044
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Hospital sem rosas, mas com espinhos... Enfermaria lotada Do teto sobressai um raio de luz Os velhos assistem À queda De chuva de pétalas de rosas Sobre as suas camas Sobre o manto que os cobrem Repleto de pegadas Espinhos entrelaçados no seu caminho... Os seus cabelos grisalhos Idênticos à noite fria de Inverno Que chegou!
Em cada rosto uma história Em cada história uma vida Em cada vida dois sentidos Recheados de sonhos, odisséias. O tempo passou As memórias são confusas
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Anacrônicas Momentos de glória Momentos de dor Heroísmos e bravuras Estampadas no mar da vida... Cruzando o rosto em forma de rugas.
Nostalgia ou medo do futuro? Parece-me tão distante, mas tão perto Nada é certo Tudo é vivido. Não tarda nada Num piscar de olhos A morte chega Vem à minha procura Chegou a minha vez!
Barnabé Sousa
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A lenda do Senhor da pedra Corre a lenda veloz como o vento... que algures em outro tempo . . . a um penedo de Miramar, ia o povo rezar . . .
Era o povo pagão, que deu lugar ao povo cristão, pois em plena penedia . . . um lugar sagrado existia.
Nascia o sol gaiato na alvorada de meados do mês de Junho de 1686, sobre justos e injustos, lugares santos ou inóspitos, como é próprio da lei da Bondade Universal daquele astro Rei. O penedo de Miramar, tido como sagrado, era alvo de culto e peregrinação desde tempos imemoriais do culto pagão naquela região. peregrinos
em
Estava pelo meio dia um grupo de
oração,
quando
a
pequenada
fica
surpreendida com o aparecimento sobre a penedia de um
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novo brinquedo. Era um enorme monte de algas, verdes e escorregadias, em forma de cruz. E logo houve quem considerasse natural e próprio daquele lugar santo, as próprias algas ali, tomarem a forma de cruz. Aquilo parecia um enorme monte de algas, e nada mais do que isso, mas a pequenada brincando com o inesperado achado, começou a separar e afastar as algas, cada uma por sua vez. Já todos tinham desviado a atenção do grande monte de algas, quando se começa a adivinhar no seu interior um enorme pau. Seria um crucifixo ?
Mas tinha marfinite também no
interior! Seria O Crucificado ? Mas como, O Crucificado vindo do mar ? Então a pequenada em meio de gritos e de grande alarido, começou a cantar: «O penedo é Santo, achamos lá a Cristo Senhor; o penedo é Santo, passou por aqui O Redentor.» repetidas vezes . . .
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A despeito do que dizem para aí do gosto das crianças de muito fantasiar a realidade, o povo de Gulpilhares deu crédito às vozes infantis, até porque tinham debaixo dos olhos, no penedo, uma deslumbrante e enorme imagem de Cristo Crucificado. Logo se lembraram de construir uma capela onde se prestasse o devido culto a tão bela imagem. E meu dito meu feito, iniciaram a construção em pleno terreiro do povoado, onde havia sempre grande arraial. Estavam em meio da construção, quando à tardinha, a pequenada
em
grande
gritaria,
diz
que
há
uma
luz
misteriosa sobre a penedia. Mais uma vez, constatam os adultos, que ao entardecer, misturando-se
com
uma
vaga
luz
crepuscular,
uma
misteriosa luminosidade se erguia no ar, fixando-se ali mesmo junto ao mar, sobre a penedia. E todos os dias há gritaria da pequenada, que vê luz sobre a penedia, inesperada. Deveriam construir a capela sobre o penedo ? Mas havia quem tivesse medo.
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Sim, havia quem se opusesse, à construção da ermida sobre o penedo, alegando que o mar nas suas fúrias invernosas, acabaria alagando a construção. Mas a gritaria continuava... há luz sobre a penedia. E o povo pasmava! ______ As crianças têm razão. Sentenciou alguém. A imagem foi encontrada na penedia. É lá que o seu culto verá a luz do dia. Ninguém se opõe. Ninguém. Ninguém se opunha, porque a força do Alto era maior ... mas o povo entendia, que o mar, o crucifixo de novo levaria, em seus poderosos braços ... provavelmente partindo-o em pedaços, ou simplesmente levando a sagrada imagem... para outra paragem. Logo alvitrou o padre: _______
O
povo
fará
romaria,
pedindo
à
Santíssima
Trindade, proteção para a capela da penedia. Teremos construção para a eternidade. A romaria repete-se há cinco séculos. Há cinco séculos é preservada a capela da penedia, da fúria do mar.
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Quem disse que Deus não ouve o povo a rezar? O clamor do povo, é incenso no ar. Mas não terminam aqui as maravilhas da penedia. Com
jovialidade
e
alegria,
a
Santíssima
Trindade
inscreveu na penedia a pegada do boi bento. Tudo para que seja lembrada através do tempo, a bondade do sagrado animal. Para que se saiba que toda a bondade deve ser objeto de gratidão geral. Até mesmo a bondade dos animais. Só a bondade é respeitável. Objeto de gratidão amável, e nada mais.
Conta-se que foi a partir de então... que os humanos passaram a usufruir da benéfica companhia dos animais de estimação.
Lucília Guimarães
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Vem-me buscar… (Será que estou acordado? Ou estou a fingir que não penso em nada, que nada penso?)
Posso até não te dizer o que receio, mas nem eu próprio sei o que meu coração sente… Talvez seja um mentiroso, um mentiroso compulsivo. Contudo tenho medo… Tenho medo de voltar a morrer, de ser um humano, de ser desumano, de ser um demente, de nada ser. Bem sei que o passado não regressa… E eu oiço ecos, ecos de um enredo em que sou personagem ou apenas figurante. Ecos que me prendem, mesmo que não o tenham que fazer. Pois eu entrego-me. Entrego-me como criminoso arrependido. E percebo que nunca estive numa cela, e que nada foi maravilhoso…
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Por mais que te diga que não sei o que meu coração sente, a minha cabeça sabe. Por mais que avance e recue, apenas tenho receio de ti. Que tudo isto acabe… É bom estar vivo… Contigo, sei que teria uma vida de que nunca iria esquecer. E eu preciso mesmo dela! Chama-me de egoísta, mas preciso de alguém por quem morrer…
Por mais força que mostre, nem coragem tenho para te dizer o quanto te amo. Apenas preciso de voltar a respirar, mas nem me levantar consigo… Apenas…. dá-me a mão, e toca-me nos lábios (Por favor, toca-me nos lábios!!) E, simplesmente…Vem-me buscar.
Diogo Canudo Foto: http://payload15.cargocollective.com/1/2/68962/2608103/000034s mall.JPG
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PEDIDO Bertinho trabalhador Te escrevo hoje Com muito mais carinho Com muito mais amor!
É com base neste grande amor Que te peço, luta por favor! Luta por nós, por ti, Pela tua ‚chinezinha‛ Que te dá imenso valor!
Eu quero que tu queiras Voltar de novo a ser aquele Alberto Que passou de menino envergonhado A homem desperto.
Quero que olhes para a tua Ana E te lembres que a ela deves Essa transformação
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E que por isso ela merece Que trabalhes com afinco Na tua recuperação.
Por isso quando os terapeutas Estiverem a trabalhar contigo Tenta lembrar-te do nosso convívio Vai dar-te força e vontade de lutar.
Sei que os médicos já te informaram Usando uma linguagem popular Que o teu AVC danificou Os comandos da tua máquina E que ela agora tem de ser reparada.
Quem melhor do que tu o poderá fazer? Se a máquina é tua! Tu que reparavas máquinas Tão grandes e complexas
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As montavas e viravas às avessas.
Tens de virar essa locomotiva Que é feita de massa cinzenta E dizer-lhe que és o mecânico Que lhe vai dar de novo a vida!
Nós estamos aqui para te apoiar Os terapeutas dão-te as ferramentas De que vais necessitar Por isso repara depressa essa máquina. Mostra-nos que és feito da mesma massa Que fez a Maria da fonte!
Ana Maria Teixeira
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Quebram as ondas na Areia da Praia
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Espero-te... Esperava eu por ti, sentada num banco de jardim naquele fim de tarde de Verão, sentada no mesmo banco onde eu te conheci, eu te esperava no mesmo jardim. Enquanto eu te esperava, olhava em volta para as pessoas que como eu talvez também esperassem por algo, talvez por dias mais felizes ou simplesmente pelo pôr-do-sol. Eu esperava-te e olhava os casais enamorados que se olhavam sentados no jardim e eu simplesmente pensava em ti. A brisa da tarde refrescava o meu rosto que desejava ser acariciado por ti, como eu te esperava...como ansiava pela tua chegada, para com um simples olhar eu dizer que te amava, o tempo esse passava e eu por ti esperava sem sinal da tua chegada, olhava o relógio vezes sem conta e a ansiedade aumentava na esperança de não tardar o nosso reencontro e eu por ti esperava. A tarde passara e eu sem saber de ti, mas mesmo assim eu esperava, pensava no que te ia dizer, de como te iria abraçar depois de dizer que te desejava e por ti dava a
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minha vida, o meu sangue para te ter trocava todos os meu sonhos, o tempo passava e eu desesperava por te ter perto de mim, beijar-te... acariciar-te e dizer-te enfim AMO-TE sem ter medo do que esteja para vir. Após tanto esperar por ti, eu vi-te passar no outro lado do jardim, meu coração pulava e eu ria sem saber porque, sentia um formigueiro na barriga como se fossem mil borboletas a baterem as asas, o quanto eu esperei por ti e tu estavas ali, do outro lado do jardim. Levantei-me do banco para ir ao teu encontro e qual o meu espanto quando reparei que não estavas só, a teu lado de braço dado caminhava outro alguém, que te beijava e acariciava esse teu rosto que eu pensava ser "meu", o meu mundo, o mundo que criei para nós acabara de cair de ficar em pó, dos meus olhos caiam lágrimas de dor, com a minha mão apertava meu peito que doía de tanta tristeza e da tua frieza pelo meu amor. Não podia, não queria acreditar que com outra te fazias passear, que te rias, que noutros olhos tu olhavas, sem sequer em mim tu pensares. Neste fim de tarde que eu te esperava sem imaginar o que ia acontecer, no jardim em que eu te conheci, eu te vi
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passear com outra no meu lugar, no banco do jardim onde eu te esperava e onde te conheci, ali tudo começara e num fim de tarde terminara. Não te posso desejar felicidade, nem mesmo sorte, simplesmente quero que um dia sintas tudo o que eu naquela tarde senti, esperar por alguém que não esperou por mim... Se um dia por ti esperei, já me arrependi se um dia eu te desejei, não podia estar em mim se um dia te beijei foi porque não o sabia que me fazias sofrer... sem um dia eu te esperei, foi porque eu não via como era o teu ser se um dia eu por ti chorei, foi por raiva de não saber se um dia eu te esperei, foi porque eu ainda
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me estava a conhecer...
Texto e poema escrito por : Rute Luz
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Feridas Estou sem forças. Olho para ti, crispo os membros e espero. (Não há melhor que possa fazer senão esperar...) Arrepio-me, sinto-me com frio. Mas todo eu sou frio. Por isso, fere-me. Fere-me como nunca ninguém o fez. Não tenho sangue. Por mais que me magoes, nada deito, nada tenho. Posso ter fome, mas nada como. Beber? Só bebo arrependimentos. E continuo aqui, firme. Porque, mesmo sem te ter, sei que isto não é o inferno. O amor não me basta. Preciso de agarrar o mundo com as minhas mãos. E rir-me dele. Da desgraça em que ele se tornou. E sussurro, exagero. Amores proibidos? Sempre os tive, nunca os aproveitei. Por isso, sinto-me vazio.
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Respiro ar impuro. Caio em mim, tento pegar em facas: é a minha vez. Mas é a minha vez de quê? Eu não sou um boneco, não sou um desenho. Sofro, com desdém, todas as feridas abertas. Ostento impurezas, sofrimentos.
O meu coração, lentamente, dá sinais de vida. Estou vivo, mas não sou eterno. Não aguento mais apunhalares. Não consigo chorar mais. Apenas amar-te, paixão.
Diogo Canudo
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Regras para textos enviados para a Revista Sonho de
Escrever: - A Sonho de Escrever não se responsabiliza pelo conteúdo que é publicado, a responsabilidade é única e exclusivamente dos seus autores. - A Sonho de Escrever publica os trabalhos dos autores tendo como o limite a capacidade da revista, caso haja demasiados trabalhos enviados alguns poderão não ser publicados ou poderão ser publicados no número seguinte. - O limite de tamanho dos textos recebidos é de 1200 palavras se os textos não respeitarem estas indicações poderão não ser aceites. Os textos enviados deverão ser de ficção, poemas, crónicas ou críticas exclui-se textos informativos ou de utilidade documental. - A Sonho de Escrever não aceita textos com conteúdo sexual explícito. - Por norma só será publicado um texto por pessoa em cada número, podendo haver exceções por falta de trabalhos. - A Revista será publicada mensalmente mas apenas se forem recebidos pelo menos 5 textos de autores
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diferentes, senão será publicada apenas quando tiver o número de participações suficientes. - A Sonho de Escrever não corrige erros ortográficos nem faz alterações às obras enviadas, se for enviado algum trabalho poderá não ser aceite. - A Sonho de Escrever só aceita trabalhos escritos em português. - Trabalhos com expressões noutras línguas deverão ter uma nota no fim a dizer o seu significado, caso não esteja incluída poderão não ser aceites. - Trabalhos com direitos de autor registados na Sociedade Portuguesa de Autores deverão informar a SPA antes de enviar os seus textos para a Revista Sonho de
Escrever. - A Revista Sonho de Escrever publica somente textos autorizados pelos autores. Ficha Técnica: Mês de Agosto 2014 n.º40 via Internet Editora: Marta Sousa Redacção: Marta Sousa, Lucilia Guimarães, Diogo Canudo, Ana Maria Texteira, Rute Luz, Barnabé Sousa Grafismo: Paula Salgado (logótipo e contracapa). As imagens dos textos na secção de textos dos participantes foram enviadas pelos respetivos autores. A imagem de capa foi retirada da Internet. Interdita a reprodução para fins lucrativos ou comerciais dos textos (excepto pelo autor do texto) e interdita a reprodução sem a indicação do respectivo nome do autor.
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