Sonho de Escrever nº35

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Nยบ35 Marรงo 2014


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Índice

Pág.

Editorial

3

Informações Culturais

5

O Grito do Silêncio

6

Escreve um Poema com a Sonho de Escrever

10

Top de vendas de Ficção em Portugal

12

Top de vendas no Brasil

13

Jazz´n´Poesia

14

Rádio Sintra Clube

15

Textos de participantes

16

Besta Solitária

17

Lenda do Rio Tejo

21

Lenda de Lisboa

23

Sobre a Solidão

25

A Madrinha

27

Nosso Amor

29

Ânsia de Prazer

31

São minhas, todas as dores

34

Aos tontos que pensam que me enganam

36

Regras para Textos Enviados

37

Sonho de Escrever


3

Editorial O mês de Março promete ser emocionante e cheio de eventos. A Revista vai sair à rua para pedir poemas no dia da poesia na Quinzena de Juventude do Barreiro. Vamos estar no dia 21 de Março na Biblioteca Municipal do Barreiro (a partir das 10 horas) e no Espaço J (a partir das 15 horas). E em Abril os nossos leitores vão ter duas edições da Sonho de Escrever, sendo o número normal e mais uma edição especial da Quinzena da Juventude. Nesta edição especial serão publicados todos os poemas pedidos na Biblioteca Municipal do Barreiro e no Espaço J e de todos que queiram participar e que tenham menos de 30 anos. Esperamos a vossa presença e participação. No dia da poesia também Jazz´n´Poesia vai ter lugar em Oliveira de Azeméis. Nas Informações Culturais estão os contactos para quem queira saber mais sobre este evento. Divulgamos uma Antologia “O Grito do Silêncio “ e contamos com um poema de Paula Oz que entra nesta Coletânea. Divulgamos esta coletânea com a colaboração de Isabel Fontes. E como sempre, não deixamos de partilhar o top de livros mais vendidos no Portugal e Brasil. Sonho de Escrever


4 Este mês além de ser cheio de eventos também temos muitos textos muito criativos. Com a aproximação do dia da poesia os nossos participantes enchem-nos de textos líricos cheios de sentimento. Se tiverem algum livro publicado e queiram divulgar na Revista basta enviar a imagem da capa e a sinopse que podemos divulgar na rubrica “Informações Culturais”. Esperemos que gostem deste número e não deixem de dizer a vossa opinião e enviar os vossos textos para o email asnossashistorias@hotmail.com

Marta Sousa

Sonho de Escrever


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6

Sonho de Escrever


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O Grito do Silêncio - Antologia Paula Oz e os 15 co-autores

coração

deste livro, tem o prazer de o convidar para o lançamento

O sagrado do poder divino, a

do livro, que terá lugar no

viagem desejada, oculta, o

dia 1 de Março, pelas 15:30

despertar dos sonhos

na Livraria Bulhosa em

inacabados, o cosmos, o

Entrecampos, Lisboa

poder da mente Um eco do passado ou o som

O livro que desafiou o

do futuro

sentir da alma, que desafiou

O grito do silêncio, é o

o mais profundo grito do

desafio do nosso EU

espírito Palavras viajantes no tempo,

Paula OZ

sem limites do espaço, em todo o lugar da Terra

Na mesa de honra os poetas

O grande mistério da

: José António

existência, o poderoso

Ribeiro, Emanuel

enigma da vida e da morte, a

Lomelino , José Carlos

procura do mistério e o

Cardoso e Paula Oz

sonho do amor guardado no

A escritora Manuela

Sonho de Escrever


8 Passarinho, prefaciadora

e que será surpresa...

desta obra

Fotografia de Patrícia

Serão entre os convidados

Guerra

dois exemplares do livro,

Momentos surpreendentes e

sorteados e oferecidos

musicais, com a presença do

Com a colaboração da

cantor, musico e poeta JG

jornalista Fátima Rodrigues

João Galante

A presença da Rádio Sessão especial fotográfica Poesia ergue-se e impõe-se Extrato do Prefácio:

como uma balança, cujo

O Grito Do Silêncio

ponteiro fugindo do Silêncio, grita equilíbrio,

Extrato do prefácio

sonho e sensatez!

(...) «Um Grito no Silêncio

Este Livro mostra-nos o

" em Tempos conturbados como

Poder da Poesia em que 15

estes que estamos a viver, a

Poetas

através da Palavra

Passam para o Papel, a Alma,

expõem-se em Sentimentos

o Coração, em que a Caneta é

Múltiplos e Díspares!

a responsável desta travessia de Emoções, das Sonho de Escrever


9 quais somos moldados! Manuela Passarinho Ao ler estes Poetas fiquei

Actriz, Autora, Encenadora,

mais Lúcida, com o

Directora de Actores,

Discernimento e Consciência

Cenógrafa e fundadora da

apurados, para o Sonho que

Compª FOREVER MESMO TEATRO

com Perseverança pode e é capaz de se tornar

Lisboa, 1 de Março de 2014

Realidade. (...)

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Sonho de Escrever


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Escreve um poema com a Sonho de Escrever Vamos estar na Quinzena da

textos e poemas de jovens

Juventude 2014 no Barreiro

até aos 30 anos.

no dia da Poesia (21 de Março) a pedir poemas ou

Não deixem de participar e

textos líricos na Biblioteca

de ler o que os novíssimos

Municipal do Barreiro e no

talentos têm para nos

Espaço J. Estas

oferecer!

participações farão parte de uma edição especial sobre a

Venham conhecer a Editora da

Quinzena da Juventude. Esta

Sonho de Escrever e poderá

edição vai aceitar apenas

haver outras surpresas!

Sonho de Escrever


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Top de vendas de Ficção em Portugal

Top de vendas retirado do site Portal da Literatura (http://www.portaldaliteratura.com/top 10.php?pais=portugal ) Sonho de Escrever


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Top de vendas no Brasil

Top de vendas retirado do site Portal da Literatura (http://www.portaldaliteratura.com/top 10.php?pais=portugal )

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Jazz´n´Poesia vai estar em Oliveira de Azeméis dia 21 de Março

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15

Sonho de Escrever


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(dia da Poesia)

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Besta Solitária A escuridão trovejou num relâmpago impiedoso. O odor pestilento percorreu o ar num movimento em espiral, e o fumo que emergia, assemelhava-se ao espectro de um fantasma. Os meus olhos cintilantes engoliam o cenário umbrático. Brilhavam como anéis dourados enquanto me habituava à minha nova forma humana. Antes de remoer o silêncio com veemência, uma silhueta emergiu num estranho fenómeno luminoso. O homem perscrutou a escuridão com olhos trémulos e indecisos. Observei-o com petulância e proclamei numa voz que se elevava daquilo que me rodeava. - Vem meu caro servo! Enche-me o espirito com a tua aurora. O ambiente lúgubre pesava sobre os seus ombros. - Lorde Beemote - disse o homem enfraquecido. Derrotámos Leviatã. O monstro não é mais do que fuligem negra. Podeis finalmente descansar.

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Ri-me com escárnio perante a proclamação enquanto fechava a mão em punho. As unhas espetavam-se na minha pele, como espinhos quando cravam a carne tenra de uma criança. Não poderá ser? A criatura era minha. Deus ordenou-me que a enfrentasse - pensei para mim próprio. A minha pele ardia, tornando o calor quase palpável. Os meus lábios rachados fumegavam, e o ar preenchido era pesado. Num gesto vagaroso, esbocei o meu melhor sorriso de simpatia. - Aproxima-te caro servo. Vem sentir o meu fogo. As chamas do meu corpo subiram numa dança fervorosa e o calor por ele emanado esbofeteava qualquer ser que se aproximasse. -Mas Senhor… Manteve o rosto cabisbaixo, e antes que pudesse terminar as suas palavras, contorceu-se numa máscara de angústia. O seu desconforto era gritante. Tartamudeou algo entre os dentes, e tudo o que conseguiu dizer, limitou-se a um mero gemido gutural. O bater do seu coração era pesado

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no seu peito, e misturava-se com o som produzido do crepitar das chamas. O sorriso escarlate que soltei foi suficiente para o imobilizar. Colocando o meu braço flamejante sobre o seu pescoço, libertei um bafo quente, e puxei o seu cabelo de âmbar. A minha mão envolveu-se no seu pescoço como uma serpente venenosa, e tocando com um dedo cálido na sua testa, aproximei-me, sussurrando suave no seu ouvido. - Sabes o que vai acontecer agora? A resposta não veio em palavras. E não vos direi qual foi a expressão que a sua face deixou transparecer quando viu o meu corpo adquirir uma forma animalesca. O meu olhar era cortante e afiado como um punhal. O grito que o homem deu, embebedou-me de prazer, e antes que o meu corno o trespassasse, vi os seus olhos a fumegar. - Quem me dera que o destino nos unisse numa longa batalha, eterno Leviatã – murmurei enquanto a alma do homem desvanecia.

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A noite voltara a cair e com ela caminhava uma besta resignada. Tinha a sua força no lombo, e poder nos músculos do ventre. O som que produzia enquanto andava era profundo. Era o som de uma criatura que sabia em demasia. O som de um ser que não pertencia àquele mundo. Era o som agudo e pesado de um demónio que esperava a morte. João Ribeiro http://portal-dos-mitos.blogspot.pt/2012/09/behemoth.html

Imagem: ADM Sleipnir

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Lenda do rio Tejo

Costumavam dois jovens enamorados conversar sobre o seu idílico enlevo, nas margens do rio que banha a cidade de Lisboa. Conta-se que ele adorava a imagem d’ ela espelhada nas águas do rio e lhe dizia. _______

Te

vejo

deslumbrante

na

correnteza

nas

vibrações

d’água... Te

vejo

trémula

d’água... Te vejo cintilante na luz que se reflecte pel’ água... E as águas ao correrem iam dizendo às margens e às pedras do leito ... _______ Te vejo, te vejo, te vejo ... Os peixes do rio, ouvindo aquele suave murmúrio, acrescentavam também a sua voz em coro, e iam dizendo pelo rio fora... _______ Te vejo, te vejo, te vejo.... Sonho de Escrever


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Chegou

ao

ouvido

dos

alfacinhas

aquele estranho canto do rio. Eles, habituados como estavam ao ruído da cidade, não tinham o ouvido preparado para escutar a música da natureza, e não entenderam bem!... Pensando compreender a linguagem do rio, que corria rumo à sua cidade, para repousar no mar, eles cognominaram para sempre aquele rio com o nome de Tejo.

Lucília Guimarães http://poesiareligiosacatolicaprom.blogspot.pt/

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Lenda de Lisboa Em tempos imemoriais habitavam na cidade das sete colinas, seis princesas, metade serpente, metade mulher, senhoras de um olhar feiticeiro e de uma voz muito meiga. Elas cantavam ao vento elegias sem fim, à morte da sua rainha, habitante da sétima colina, em parte para dar largas às suas lamentações e saudades, e em parte para eleger uma nova rainha, entre aquela princesa que mais conseguisse emocionar o vento, seu irmão. O vento aprendeu aquelas cantigas cantadas ao desafio, e passou a cantar através dos tempos, as elegias das serpentes. As serpentes alimentavam-se de grilos, que passaram a rarear, o que ocasionou a proliferação de alfaces por todo o território. Aquelas paragens pertenciam às serpentes, sendo que elas não permitiam a entrada de qualquer habitante humano. Aquela

terra

parecia

fadada

a

ser

terra

de

serpentes, para sempre, até que atracou naquela costa o Sonho de Escrever


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navegador Ulisses, famoso por ser valente guerreiro. Chegou, e decepou as serpentes povoando o território. Mas o vento continuou a cantar o lamento das serpentes, e as gentes que povoaram o território, ouvindo aquele canto, principiaram a cantar também. Inventaram então a guitarra, para acompanhar o lamento do vento, e surgiu assim o fado. Porque povoaram um território cheio de alfaces, eles começaram a comê-las e a cultivá-las, sendo por isso cognominados de «alfacinhas». E

aquela

cidade

passou

a

ser

conhecida

como

«Ulisseia» ou o que é o mesmo em latim que «A boa cidade de Ulisses» ou «Ulisboa». O «U» inicial foi interpretado como artigo, e transformado em «A». Então ficou « A Lisboa». Por isso esta lenda é a mais antiga história de Lisboa, a maravilhosa cidade das sete colinas, a capital do mundo ! Lucília Guimarães http://poesiareligiosacatolicaprom.blogspot.pt/

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SOBRE A SOLIDÃO

Abre os olhos e vê Um rouxinol que canta no silvado E um pardal traquina que agradece A litania do sol no telhado

Vês o rio que passa? Hoje ainda mais cheio do que ontem A desenhar paisagens E foi porque choveu a noite inteira Que acabou a cavalgar as margens

Esta dália cresceu um pouco mais E além o medronho está maduro Repara como estão os animais Já acordaram os grilos matinais E a trepadeira floriu para enfeitar o muro

Estende as mãos e sente

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Esta brisa que passa como um beijo E que faz dançar as folhas e as flores Que se abrem aos insectos em desejo De lhe sugarem néctares e fulgores

Não sentes que a terra cheira e é diferente? E que as árvores crescem e a erva dança E respira a água calmamente? Dizes-te sozinho só porque não passa gente Quanto um mundo inteiro ao pé de ti avança

Olha à tua volta … Vê e sente e cheira E nunca mais digas que esta vida é triste Nem peças à vida que a morte aconteça Porque a solidão que tu tens não existe Ela apenas mora na tua cabeça

Fernando Campos de Castro

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A

MADRINHA

Há madrinhas, fadas madrinhas e a nossa madrinha! Ela é a que está sempre presente, Quando nós precisamos ela dá o passo à frente. Ela é a que está sempre disponível A da linguagem acessível.

Nunca deu á luz Mas é a luz que nos conduz É a mãe, a amiga, a companheira, A boa vizinha, a enfermeira.

Como um confessor Que a nossa dor atende. Dá-nos o seu amor Num abraço nos prende.

Chegou à idade de aposentação Mas nunca se pôde ausentar. Há sempre uma Cinderela

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Ou um pequeno Lorde Que dos seus serviços pode precisar.

Como uma fada madrinha Mas sem varinha de condão Pois dela não precisa É natural o seu dom.

Ana Maria Teixeira

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Nosso Amor Amor, macio, suave, tocado com mãos, feitas de pétalas macias Cheirando fresco, como o ar da manhã Um amor compartilhado por dois

Com a rosa plantada na neve em Janeiro e sentimento certeiro de que este amor venceria Adubado e regado apesar da terra ser fria e por vezes machucado

Tu e eu fazemos de cada dia o raiar do sol como um começo

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De noite... Dançamos com nossos espíritos a nossa dança ensaiada á luz da lua enamorada Tudo se torna quente ao nosso redor e como as estrelas vivemos no mais brilhante amor

Somos como duas luzes brilhando como uma só... de manhã raios de sol... á noite calor do luar... e assim será sempre porque, nem tempo nem vento. nada irá mudar este nosso amor sem idade para o nosso amar

M.M.M

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Ânsia de prazer Quero-te, Apesar de resistires. Estás sempre no meu pensamento, E tentas fugir. Quanto mais foges, Mais quero que me dês. O amanhã está a chegar, Um novo dia virá mas sem ti.

Tento dormir, Mesmo forçando a porta abre-se. Vou encarar um novo dia, Sem o meu prazer anunciado.

Que venha o dia do teu regresso, Da tua vontade e batalhemos nos sonhos. Tudo continua a girar, Enrolada no lençol de cetim branco da minha cama. Vejo sombras,

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Mas não queres entrar ficas na porta. Quando a inocência faz faísca, É deixar os corpos colarem-se e...Oh

Quero-te... Olho para a porta e não queres entrar, Deixa o sonho percorrer o teu mais íntimo desejo Vem...

Fechas a porta e deixas-me de avesso, O teu coração continua a bater mas não voltas atrás. Respiro e repito o teu nome, Na esperança de ouvires e te tentares. O meu corpo arde de desejo, Anseia pelo toque do teu. Na esperança de que voltarás, Entrarás pela porta e ficas para mim.

Quero-te... O meu corpo não nega, Deixa o teu sair dessa prisão.

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Vem e chega-te bem perto, A minha pele quer saber o nome da tua. Sim, podes beijar, Estou preparada para avanรงar nesta luta.

Quero-te... Vou ficar aqui a sonhar, A lembrar-me de ti. A sonhar...

Mas...Quero-te.

Isabel Fontes

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São minhas, todas as dores São tantas estas sombras, quem liberta a minha dor? (prisão e desalento nas trevas de um amor)

O barco sem leme a chuva que cai, em prantos, perdida vai gota a gota, o destino geme

Escondida na escuridão, lamento por chorar a palavra esquecida no vento de um adeus não dito o coração dorido, na lentidão das horas, por te amar

Quem ampara as minhas lágrimas? (vagueio na noite deserta sem estar alerta)

Espero, pela alma que tenta renascer são caminhos, labirintos e tantos espinhos vivo, vivo, a sorrir, sorrio sem morrer

São minhas as desilusões

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a frieza que machuca, fere, mata zumbido das mágoas sem estações o corpo seco da folha morta

E nada faz sentido penso no que sou e no sonho que acabou

A noite adormeceu as flores e eu, alma nua, apaguei milagres

Ficaram as saudades...

Paula OZ

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Aos tontos que pensam que me enganam Posso não ser muito letrado, Ter dificuldade para compreender, Mas não gosto de ser enganado Por quem tem muito a aprender.

Posso até parecer um provinciano, Não usar fato nem gravata, Mas já cá ando há muito ano, Tenho escola que a muitos falta.

Posso ter as mãos calejadas, De tanto trabalho árduo e duro, Mas ando com elas bem lavadas.

À noite durmo bem descansado, Isso, eu aqui vos juro. Só não gosto é de ser enganado.

Francis Raposo Ferreira

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Regras para textos enviados para a Revista Sonho de

Escrever: - A Sonho de Escrever não se responsabiliza pelo conteúdo que é publicado, a responsabilidade é única e exclusivamente dos seus autores. - A Sonho de Escrever publica os trabalhos dos autores tendo como o limite a capacidade da revista, caso haja demasiados trabalhos enviados alguns poderão não ser publicados ou poderão ser publicados no número seguinte. - O limite de tamanho dos textos recebidos é de 1200 palavras se os textos não respeitarem estas indicações poderão não ser aceites. Os textos enviados deverão ser de ficção, poemas, crónicas ou críticas exclui-se textos informativos ou de utilidade documental. - A Sonho de Escrever não aceita textos com conteúdo sexual explícito. - Por norma só será publicado um texto por pessoa em cada número, podendo haver exceções por falta de trabalhos. - A Revista será publicada mensalmente mas apenas se forem recebidos pelo menos 5 textos de autores

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diferentes, senão será publicada apenas quando tiver o número de participações suficientes. - A Sonho de Escrever não corrige erros ortográficos nem faz alterações às obras enviadas, se for enviado algum trabalho poderá não ser aceite. - A Sonho de Escrever só aceita trabalhos escritos em português. - Trabalhos com expressões noutras línguas deverão ter uma nota no fim a dizer o seu significado, caso não esteja incluída poderão não ser aceites. - Trabalhos com direitos de autor registados na Sociedade Portuguesa de Autores deverão informar a SPA antes de enviar os seus textos para a Revista Sonho de

Escrever. - A Revista Sonho de Escrever publica somente textos autorizados pelos autores. Ficha Técnica: Mês de Março 2014 n.º35 via Internet Editora: Marta Sousa Redacção: Marta Sousa, Ana Maria Teixeira, Maria Manuela Macedo, João Ribeiro, Lucilia Guimarães, Francis Raposo Ferreira, Isabel Fontes, Paula Oz, Fernando Campos de Castro. Grafismo: Paula Salgado (logótipo e contracapa). As imagens dos textos na secção de textos dos participantes foram enviadas pelos respetivos autores. A imagem de capa foi retirada da Internet. Interdita a reprodução para fins lucrativos ou comerciais dos textos (excepto pelo autor do texto) e interdita a reprodução sem a indicação do Sonho de Escrever respectivo nome do autor.


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