Infografs Dezembro 2015

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Boletim Informativo da ASSINGRAFS e SINGRAFS

DEZEMBRO 2015

Ano 15

Número 74

Um balanço necessário pág.2

Realização da 2ª cerimônia de entrega de placas pág.3

22ª Confraternização pág.4

Utilização de tecnologias de forma indiscriminada pode acarretar demissão por justa causa pág.5

SINGRAFS reivindica para vice-prefeita de Santo André rapidez em licenciamento ambiental pág.7

Presidente da ASSINGRAFS encerra mandato e fala de sua experiência à frente da entidade pág.8


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INFOGRAFS

Expediente

Artigo

Um balanço necessário

Presidente José Hamilton Ferreira

António José Simões Vieira Gameiro, Tonzé

1º Vice-Presidente Aníbal João Ultramari 1º Secretário Wagner Pereira Carvalho Jr. 1º Tesoureiro Jurandir Marchioretto 2º Tesoureiro Antonio Ferreira

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Presidente António José Simões Vieira Gameiro 1º Vice-Presidente Adriano José de Souza Assis

Caros (as) Colegas: No encerramento desse meu mandato, após três anos à frente do SINGRAFS, gostaria de agradecer do fundo do coração a todos os associados que acreditaram e continuam apoiando o SINGRAFS durante a maior crise já vivida pela indústria gráfica brasileira. Aqueles que arregaçam as mangas, ajudam-nos com suas sugestões e ideias para que continue dando certo o nosso projeto de sindicato, que defende os interesses dos empresários gráficos no Grande ABC e da Baixada Santista. Gostaria de agradecer, também, à minha diretoria, ao Hamilton, presidente da ASSINGRAFS e sua diretoria, bem como a nossa equipe, que tem despendido horas de muito trabalho para que o sindicato funcione diariamente, atendendo àqueles que nos procuram para resolver dúvidas pontuais ou tenham necessidade de uma assessoria mais técnica e específica. Nem sempre conseguimos fazer tudo que havíamos planejado, mas encerramos esse ciclo com a certeza de que houve avanços consideráveis. O mais recente foi a ampliação de nossos canais de comunicação com o associado.

o visitante que estiver no Facebook pode, por exemplo, acessar o nosso site, clicando no botão disponibilizado para esse fim. Não é do meu estilo esconder a poeira debaixo do tapete. Por isso, não posso deixar de falar sobre um tema que nos causou incômodo. Compreendo que, durante a fase de negociações, haja ansiedade, que conduz a conversas paralelas. Só que essa “bola nas costas” atrapalha e muito. Às vezes, estávamos prestes a avançar em um ponto que mostramos ser inviável ceder e descobrimos que já haviam atendido descabida reivindicação. Toda nossa argumentação, que leva em consideração os anseios dos empresários, cai por terra. Por esse motivo, faço um pedido para que, no futuro, isso seja evitado. Conto com a compreensão e o bom senso dos meus colegas gráficos. Enfim, aproxima-se o fim do ano e continuaremos sobrevivendo à turbulência da política econômica. Como dizia aquele político de antigamente, “com fé em Deus e pé na tábua”, mesmo porque essa tem sido sempre a opção para quem empreende no Brasil.

1º Secretário José Hamilton Ferreira 1º Tesoureiro Antonio Ferreira 2º Tesoureiro Oscar César Hansen Conselho Fiscal Titulares José Alberto Silva Filho Mateus Petricelli Sérgio Valdomiro de Mesquita Suplentes João Luiz Junqueira Caires Laércio Feiteira Roberto Cortez Diretor Superintendente Fuad Sayar Assessora de Comunicação Paula Franco Rua Gonçalo Fernandes, 153 - 10º andar Conj. 101/102 - CEP 09041-410 Santo André - SP Telefone: (11) 4438-8922 e-mail:sindicato@singrafs.org.br site: www.singrafs.org.br

Grande abraço e um excelente 2016. Assessoria de Comunicação

Telefone: 11 4123-8159

O objetivo foi estreitar nossos laços, intensificando os meios para interagirmos, para ouvirmos tudo o que os associados têm a nos dizer e para podermos divulgar tudo o que promovemos. Para tanto, o SINGRAFS renovou o seu portal (www.singrafs.org.br), criou página no Facebook (www.facebook.com/singrafs) e criou grupo no Whatsapp (envie seu telefone para o sindicato que fazemos a sua inclusão). Essas mídias estão integradas, de forma que

Jornalistas Responsáveis Danilo Angrimani (MTB 8.130) James Capelli (MTB 15.680) Diagramação: Francis Lima

António José Simões Vieira Gameiro, Tonzé Presidente do SINGRAFS

Impressão:

No Brasil, 100% das ÁRVORES destinadas à produção de PAPEL provêm de florestas PLANTADAS.


INFOGRAFS

Homenagem

ASSINGRAFS/SINGRAFS realizam 2ª cerimônia de entrega de placas de homenagem à associadas Por seus quinquênios, as gráficas receberam placas comemorativas para celebrar a data; evento foi realizado no dia 5 de outubro, na Pizzaria San Marco, em Santo André

Representantes das gráficas homenageadas: Lightprint, Avaron, Master´s, Luel e Chiovatto

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ASSINGRAFS e o SINGRAFS homenagearam as empresas associadas que completaram 30, 25, 20, 15 e 10 anos atuando no setor gráfico do Grande ABC e da Baixada Santista. Por seus quinquênios, as gráficas receberam placas comemorativas para celebrar a data. A cerimônia foi realizada na noite de 05 de outubro, na Pizzaria San Marco, em Santo André. Em clima de descontração, os empresários e empresárias gráficas receberam as placas das mãos de diretores da ASSINGRAFS e do SINGRAFS, sob os aplausos da equipe de colaboradores das duas entidades. Estiveram no evento: Edson e Eliane Chiovatto, da Gráfica Chiovatto (10 anos); Luiz França, da Luel Encadernação Empresarial (25 anos); Aníbal Ultramari e Rosangela Ferreira de Andrade, da Lightprint Indústria e Comércio de Embalagens (25 anos); João Luiz Junqueira Caires, da Avaron Inforgraf (30 anos); e Pedro Talarico, da Master´s Gráfica e Editora (30 anos). Além da entrega das placas, esta foi a oportunidade para quem não conhecia o dia a

dia das entidades tirar dúvidas e ver de per- As homenagens às associadas e seus quinquênios continuarão em 2016. Algumas to uma de suas ações. empresas, inclusive, completarão 50 anos, As celebrações aos quinquênios de 2015 um marco no setor gráfico de nossa região começaram em junho, com a entrega de e do País. placas para a Gráfica Amazonas (45 anos) e Sindigraf Indústria Gráfica (40 anos). As ho- A ASSINGRAFS e o SINGRAFS parabemenagens aconteceram durante o Jantar nizam as empresárias e os empresários em Comemoração ao Dia do Empresário gráficos que, mesmo em meio à crise, persistem, empreendem e continuam gerando Gráfico, realizado no dia 26 daquele mês. emprego e renda. As associadas que também celebraram 30, QUINQUÊNIOS: as entregas de placas de 25, 20, 15 e 10 anos em 2015 foram: homenagem aos quinquênios de associa• Originis Gráfica e Editora; das foram idealizadas pela ASSINGRAFS • Formag´s Gráfica e Editora; como forma de demonstrar admiração e • Hawaii Gráfica e Editora; respeito pelo trabalho construído ao longo • Pigma Gráfica e Editora; dos anos pelas gráficas de sua base territo• Contpel Indústria Gráfica e Comércio; rial (Grande ABC e Baixada Santista). • Studio A Fotolito, Gráfica e Editora; • Alkgraf Gráfica; As idades são calculadas de acordo com a • Hansen Bureau Arte e Comunicação; data de inscrição do número de CNPJ (Ca• Gráfica Danimar; dastro Nacional de Pessoa Jurídica), que • Hawaii Soluções Digitais; oficializa o registro da empresa no País. • FranmetalSinart Comunicação Visual; • WCarvalho Gráfica e Editora; • Gráfica e Editora Matsunaga; • F. Franchin Gráfica e Editora; • MF Soluções em Cartões e Crachás.

50 quilos de papel reciclado evitam o corte de uma árvore e o consumo da água é 50% menor.

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Festa

22ª Confraternização ASSINGRAFS/SINGRAFS leva associados para uma viagem ao País das Maravilhas Empresários gráficos colaboraram com a Campanha Solidária ao Gaavi e participaram de sorteio de prêmios exclusivos

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mergir no universo do escritor Lewis Carroll não é apenas um privilégio de Alice. O tema Festa no País das Maravilhas foi escolhido pela ASSINGRAFS e pelo SINGRAFS para a realização da festa de fim de ano e trouxe elementos da literatura inglesa ao sítio São Jorge, em São Bernardo do Campo. Foi uma homenagem ao escritor Lewis Caroll, autor da obra Alice no País da Maravilhas, e também uma forma de destacar a importância da literatura impressa e da indústria gráfica. Os empresários, amigos e familiares se surpreenderam com a decoração impecável feita em papel com recortes cirúrgicos e colagem manual. Algumas peças tinham mais de 10 colagens, transformando cada item em verdadeira obra de arte. Foram duas semanas de trabalho que levaram as decoradoras Jéssica e Sueli Dutra a mergulharem na história dos personagens para reproduzir com perfeição um cenário de desenho animado, mas sem parecer infantil. “Este é o segundo ano que fazemos uma referência às histórias de ficção para compor o ambiente da festa. No ano passado utilizamos o tema rústico, que destacou a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Decidimos fazer o evento neste espaço porque o local foi muito elogiado, então conseguimos agendar uma data com quase um ano de antecedência”, lembrou o presidente da ASSINGRAFS, José Hamilton Ferreira. O presidente do SINGRAFS, António José Simões Vieira Gameiro, o Tonzé, fez uma alusão ao contraste do título País das Maravilhas à atual situação brasileira. “Os problemas existem e precisamos passar por eles. Esta festa tem o intuito de descontrair, mas também de trocar experiências sobre o mercado para tentar reverter este quadro.” No início da festa, os convidados foram recepcionados com uma mesa de frutas e doces caseiros que dariam inveja ao Chapeleiro Maluco, mesmo com sua grande coleção de xícaras e guloseimas. Cachor-

ros quentes e lanches de pernil ficaram à disposição ao longo do dia, além das bebidas frias e quentes, como as caipirinhas de saquê, vodca e cachaça. Como é de costume, os empresários gráficos contribuíram com mantimentos para uma entidade. Este ano, foram arrecadados 456 litros de leite e 944 fraldas geriátricas para o Gaavi (Grupo de Apoio Amor à Vida), que cuida de homens portadores do vírus HIV. O hospitaleiro da Loja Maçônica Tomaz Idineu Galera, João Paganelo Neto, é o responsável por levar a doação aos 23 internos. “Esta é a primeira vez que fazemos uma parceria com ASSINGRAFS e SINGRAFS, e somos muito agradecidos pela ajuda”, disse. O almoço foi animado com samba de raiz. Ao som de Saudosa Maloca, Tiro ao Álvaro e Samba do Arnesto, os presentes comeram salada, arroz e churrasco, que também foi servido de mesa em mesa. A banda Garoa Paulista deixou um gostinho de quero mais na hora dos intervalos e recebeu pedidos de música como Trem das Onze e Não Deixe o Samba Morrer, “as mais solicitadas ao longo dos 15 anos do grupo”, garantiu o violinista Ricardo Jakson. Wagner Pereira de Carvalho Júnior, da gráfica W.Carvalho, apontou a banda como sendo um dos principais acertos da festa. “Eu conheço os músicos há um bom tempo e quando soube que eles tocariam na confraternização, fiquei muito feliz. Eles sempre trazem alegria e harmonia ao ambiente”. Não foram apenas os adultos que se diver-

tiram: cinco atores, vestidos de personagens do mundo encantado de Lewis Carroll, fizeram atividades recreativas com as crianças. Alice, Chapeleiro Maluco, Gato de Cheshire, Coelho Branco e a malvada Rainha de Copas animaram a festa e ainda distribuíram brinquedos. Pais e filhos se divertiram a valer. Uma das partes mais aguardadas foi o sorteio de prêmios. Quem fez doações ao Gaavi teve a chance de ganhar duas bicicletas de uma só vez. O contemplado foi o auxiliar de produção da WOW! Gráfica, Robson Almeida de Souza. “Foi emocionante, não esperava ganhar. Trouxe as fraldas para ajudar sem ter a intenção de receber nada em troca, mas agora vou conseguir sair daqui pedalando”, brincou. Outros prêmios, como uma televisão de 32 polegadas, um micro-ondas e um jogo de panelas também geraram grande expectativa. Das 163 pessoas presentes, a empresária Sônia Maria Nascimento, da gráfica DZ9 Criações, foi a vencedora e levou a TV para casa. “Assim que cheguei, tinha certeza que ganharia a televisão, não sei o motivo. Fiquei comovida e parabenizo a direção por ter escolhido este espaço maravilhoso.” Como lembrança, os homens receberam uma caixa com dois baralhos e as mulheres levaram quatro imãs de geladeira com os personagens temáticos da festa. Canecas com gel também foram distribuídas. Não poderia faltar o cafezinho, com biscoitos amanteigados para encerrar o dia e fazer a alegria também do Chapeleiro Maluco.

No Brasil, 100% das ÁRVORES destinadas à produção de PAPEL provêm de florestas PLANTADAS.


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Artigo

Utilização de tecnologias de forma indiscriminada pode acarretar demissão por justa causa Marcelo Fonseca Boaventura

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disseminação do uso de tecnologias e sua presença intensa no cotidiano se refletem, também, nas relações de trabalho. O que começa a descrever novos padrões de conduta e de regulamentação por parte das empresas, para evitar abusos. Com a gama de redes sociais e aplicativos disponíveis (Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, dentre outros), fica muito atrativo ao trabalhador não realizar suas atividades profissionais para interagir com esses canais de comunicação. A empresa, para evitar excessos, deve ter um manual de conduta claro e objetivo sobre esse tema, e no exercício do seu poder de comando pode utilizar as medidas de punição descritas em nosso ordenamento jurídico para coibir o seu uso indiscriminado. O Brasil é o segundo país com mais acessos a redes sociais, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Esse fato reflete também nas relações de trabalho. Segundo uma pesquisa feita pela DEEP (Desenvolvimento e Envolvimento Estratégico de Pessoas e Clientes), os profissionais gastam, em média, 1 hora e 15 minutos por dia acessando redes sociais e aplicativos, o que, considerando uma carga horária de trabalho normal, equivale a pessoa deixar de trabalhar por três dias a cada mês. A pesquisa destaca que muitos trabalhadores interrompem suas atividades profissionais para responder, atender e olhar mensagens, o que provoca a falta de produtividade, perda de foco, erros em processos de trabalho, que, em alguns casos, podem ser fatais. No poder judiciário trabalhista existem exemplos da má utilização desses canais que podem acarretar punição ao trabalhador. Um exemplo é a utilização da internet no horário de trabalho para lazer em detrimento do serviço desempenhado. Foi o que aconteceu com uma assistente administrativa de uma empresa de tecnologia demitida por justa causa, por uso indevido da internet. O Poder Judiciário confirmou a justa causa, pois entendeu inadequado o fato de enquanto se dedicava ao contato virtual com o namorado para tratar de recordações vividas ao seu lado, em momentos íntimos, não atendeu por

volta de seis ligações da empresa sob sua responsabilidade. O mesmo pode ocorrer com as publicações na internet que agridem a honra e a boa fama do empregador ou de superior hierárquico. A demissão por justa causa nestas hipóteses é possível, como demonstra decisão do Tribunal Superior do Trabalho ao narrar o fato de uma enfermeira que postou fotos da equipe de trabalho tiradas durante o expediente, com comentários de mau gosto não apenas da trabalhadora demitida, mas também de terceiros que acessavam a rede social. A utilização de e-mail profissional para finalidades particulares também pode acarretar demissão por justa causa e seu monitoramento não representa violação de correspondência pessoal, por se tratar de equipamento e tecnologia fornecidos pela empresa para utilização no trabalho. Outra faceta das redes sociais é provar a má fé na conduta do trabalhador. Em recente decisão, a Justiça do Trabalho convalidou a demissão por justa causa de um rapaz que estava em licença médica, mas que postou fotos na internet em que aparecia se divertindo. O mau uso do celular no ambiente de trabalho pode provocar acidentes. Em locais com perigo de dano a integridade física do trabalhador, imperioso que o empregador proíba a utilização do celular. Desde que provado que o acidente decorreu do uso indevido desse aparelho, a Justiça do Trabalho vem se posicionando pela isenção da empresa na indenização do empregado. Em recente decisão, a 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho reformou uma decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho que reconhecia o direito à indenização a uma trabalhadora por danos morais, materiais e estéticos em decorrência de acidente ocorrido no interior da empresa. Os ministros do TST entenderam que a culpa pelo acidente foi exclusivamente da vítima, que agiu com negligência ao tentar pegar o seu aparelho celular que havia caído na prensa, isentando a empresa de qualquer indenização. As leis trabalhistas não impedem que as empresas estipulem no contrato de traba-

lho condutas e posturas relativas ao uso de tecnologias. Para evitar transtornos decorrentes de sua utilização indiscriminada, imperioso que a empresa adote um manual de conduta ou ainda descreva de forma clara e objetiva as regras quanto a sua utilização. A empresa pode estabelecer a total vedação aos meios eletrônicos ou destinar horários a sua utilização, se aquele tipo de canal pode ser acessado, qual ferramenta e como, dentre outros itens. Quando essas regras forem descumpridas, a empresa poderá adotar, diante da gravidade, umas das penalidades previstas em nosso ordenamento jurídico trabalhista: advertência, suspenção ou demissão por justa causa. Em caso de sofrer difamação ou injúria, deverá registrar a ocorrência em uma delegacia para que o crime seja devidamente apurado. A utilização indiscriminada das tecnologias pode ser prejudicial à empresa, que deve adotar regras claras sobre seu uso. O aperfeiçoamento de regras objetivas, mediante manual ou mesmo no contrato de trabalho, possibilita, de modo mais eficiente, a adoção de penalidades, bem como possibilita a interação dos colaboradores com as redes sociais de forma responsável, o que contribuirá para a satisfação do trabalhador e do empresário com o aumento da produtividade.

Marcelo Fonseca Boaventura é advogado e presta assessoria jurídica tributária ao SINGRAFS

50 quilos de papel reciclado evitam o corte de uma árvore e o consumo da água é 50% menor.

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Artigo

A verdade sobre o futuro dos livros Manoel Manteigas de Oliveira

O livro certamente é o produto mais emblemático da indústria gráfica. Talvez por causa da profunda transformação que o advento do livro impresso provocou nos destinos da humanidade, algo comparável ao controle do fogo e à invenção da roda. Se um dia o livro impresso acabar, será um fato histórico muito mais importante que o fim das notas fiscais impressas, ou das listas telefônicas ou dos guias de rua (embora muitos observarão que listas e guias também podem ser considerados livros...). Por isso, os debates em torno do futuro do livro acabam emocionando os envolvidos. E é com alguma emoção que uma matéria publicada em 22 de setembro no New York Times tem sido interpretada e comentada em todo o mundo. Segundo a matéria de Alexandra Alter, as vendas de e-books caíram 10,5% nos EUA nos primeiros cinco meses de 2015. A fonte dos dados é a Association of American Publishers (APP). Trata-se de uma queda contínua, o que pode indicar uma tendência e não um fato isolado. Além disso, mesmo em anos anteriores, o crescimento das vendas dos e-books já estava aquém das expectativas ou mesmo mostrava declínio em diferentes mercados. A jornalista conclui que a queda nas vendas de livros digitais poderia indicar que parte dos leitores de livros eletrônicos estaria voltando suas preferências novamente para o impresso ou, pelo menos, se tornando leitores híbridos. Por sua vez, Michael Cader, fundador da Publishers Lunch - newsletter sobre o mercado editorial norte-americano -, publicou uma aprofundada crítica às análises do NYT, mostrando que as vendas de livros impressos também teriam caído no mesmo período e que, portanto, seria prematuro se falar de uma reversão de tendências. O artigo de Cader pode ser encontrado em português em www.publishnews.com.br. Em artigo anterior ao do NYT, João Varella afirma, também com base em dados estatísticos, que “os livros digitais dão sinais de perda de fôlego nos países desenvolvidos e ainda não têm relevância nos negócios das editoras brasileiras” (www.istoedinheiro.com.br). Em janeiro de 2015, o Financial Times publicou a informação de que as vendas de livros impressos contrariaram as expectativas de mercado e subiram em 2014 nas principais livrarias dos EUA, Rei-

no Unido e Austrália. Só para citar mais uma notícia interessante, também do FT e publicada no início de novembro: a Amazon, que domina a venda de e-books, inaugurou sua primeira loja de livros físicos. A mesma matéria fala de uma dramática desaceleração no crescimento dos e-books. Quem fizer uma pesquisa na internet vai encontrar muitos artigos sobre o tema. Trata-se então de se examinar os números com muito cuidado, observando a competência das fontes e evitando-se interpretações apaixonadas. De qualquer modo, o que podemos afirmar com certeza é que o apocalipse dos livros impressos de fato não aconteceu. Independentemente de quais estatísticas adotamos e como as interpretamos, o fato é que o livro impresso continua firme, 22 anos após o aparecimento do primeiro e-book e 18 anos após o advento do primeiro e-reader. Aliás, convêm relembrarmos a diferença entre esses dois termos. E-book (livro eletrônico) é um arquivo digital preparado para ser lido em telas - seja de computadores, tablets, smartphones ou de... e-readers! Estes são dispositivos especialmente projetados para leitura de livros eletrônicos. A diferença entre eles e os tablets é que a tela do e-reader é mais adequada para a leitura, tornando essa experiência bem mais próxima da leitura em papel, mais agradável e menos cansativa. Outra diferença muito importante é que o e-reader serve apenas para ler, enquanto o tablet permite navegar na internet, fotografar, filmar e mesmo realizar algumas tarefas normalmente feitas em computadores. Na análise dos dados de mercado, é importante considerar essa distinção.

revolução tecnológica que alavancaria o negócio dos livros eletrônicos já aconteceu e o apocalipse dos livros impressos não veio. Nem mesmo no primeiro mundo, muito pelo contrário. O que mais pode aparecer que mude esse cenário? Um novo dispositivo de leitura muito melhor que os atuais? Melhor em quê? Tablets muito mais baratos? Smartphones com as telas tão grandes que tornem a leitura nelas um hábito? Telas flexíveis? Não acho que tais avanços mudariam radicalmente os hábitos dos leitores. Continuo acreditando que a grande ameaça ao mercado de livros no Brasil - sejam os eletrônicos ou os físicos - é o baixo nível educacional da nossa população, que lê muito pouco.

Muitos têm ficado espantados com essa sobrevivência do livro impresso porque acreditavam que a digitalização iria fazer, no mercado editorial, a mesma revolução que provocou um terremoto no mercado fonográfico. Volto a defender neste espaço a tese de que o futuro dos livros será compartilhado entre o eletrônico e o impresso. Eu me confesso um apaixonado pela mídia impressa, portanto minha opinião também deve ser vista com cuidado, mas até aqui os fatos indicam essa direção. Avalio que a grande

Manoel Manteigas de Oliveira é diretor das Escolas Senai Theobaldo De Nigris, Felício Lanzara e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica; e diretor de tecnologia da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica)

No Brasil, 100% das ÁRVORES destinadas à produção de PAPEL provêm de florestas PLANTADAS.


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Festa

SINGRAFS reivindica para vice-prefeita de Santo André rapidez em licenciamento ambiental Comitiva do SINGRAFS reuniu-se com Oswana Famelli, que pediu esclarecimentos ao diretor do Semasa

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ma comitiva do SINGRAFS reuniu-se no dia 10 de novembro com a vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Econômico de Santo André, Oswana Famelli, para reivindicar mais rapidez nos processos de licenciamento ambiental emitidos pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental). Carla Colosso, responsável pelo Suporte Técnico do SINGRAFS, disse que são vários os casos de empresas gráficas que aguardam há anos a emissão de licenças, mas esbarram na burocracia do órgão ambiental de Santo André. “Os empresários querem cumprir a lei, fazer o que é certo. No entanto, são muitos os procedimentos, o que acaba emperrando as emissões de licenças”, afirmou Carla. O diretor superintendente do SINGRAFS, Fuad Sayar, comentou que, “além da burocracia, os valores das taxas, cobradas pelo Semasa são exorbitantes”. A vice-prefeita afirmou que “o grande problema hoje no Brasil é a falta de incentivo para quem produz e cria empregos”. Oswana solicitou ao diretor de Gestão Ambiental do Semana, Carlos Pedro Bastos, que esta-

Italo Dal’Mas, Fuad Sayar, Oswana Famelli e Carla Colosso: menos burocracia va presente na reunião, que providenciasse esclarecimentos sobre os procedimentos aos empresários gráficos de Santo André. “Sabemos que o licenciamento não é um procedimento simples, mas estamos abertos para esclarecer todas as dúvidas”, afirmou Bastos.

Também participaram da reunião no gabinete da vice-prefeita: a diretora do Departamento de Fomento ao Comércio, Rosemar Ficher; o assistente da Diretoria de Fomento ao Comércio, Gerson Luiz da Silva; e Italo Dal’Mas Neto, da Renova Ambiental, empresa que presta consultoria ao SINGRAFS.

O encontro entre técnicos do Semasa e empresários gráficos acontecerá na sede do SINGRAFS, em data ainda a ser determinada.

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Entrevista

Presidente da ASSINGRAFS encerra mandato e fala de sua experiência à frente da entidade Em entrevista ao Infografs, José Hamilton Ferreira faz um balanço dos três anos comandando a Associação O presidente da ASSINGRAFS, José Hamilton Ferreira, conclui em dezembro seu primeiro mandato. Foram três anos no comando da Associação. Em entrevista ao Infografs, Hamilton fala de sua experiência e das realizações. Leia: Como foram esses três anos à frente da ASSINGRAFS? JOSÉ HAMILTON FERREIRA – Quando a atual diretoria assumiu, nos reunimos e fizemos um planejamento estratégico que visava nortear nosso trabalho nesse mandato. Logo depois, e como primeira ação, realizamos uma pesquisa entre os associados. Com base nesses resultados, iniciamos os trabalhos. Desde o começo, fizemos com que todas as ações fossem voltadas para o associado. Buscamos também maior aproximação, para entender as necessidades e os problemas dos associados. Qual foi o momento mais complicado? HAMILTON - Acredito que a maior emergência ocorreu quando a polícia ambiental visitou um de nossos associados, em relação ao descarte de produtos químicos. Rapidamente, tomamos as providências cabíveis. Avaliamos o problema, alertamos os gráficos para seus direitos e deveres. Hoje, não se registrou mais notícias dessa ação da polícia. Nesse momento, elaboramos uma cartilha (com supervisão do Senai Theobaldo de Nigris) para melhor orientação dos empresários. Esta ação foi muito bem recebida por todos.

público, tanto nos eventos do Ciclo do Conhecimento, como nas festas de confraternização. Como isso foi obtido? HAMILTON – Nosso intuito ao realizar uma festa não é vender o evento simplesmente. Não se trata disso, mas de fazer algo que possa nos reunir, para estarmos juntos. Todas as ações que fizemos foram mais abrangentes, tinham um objetivo maior: satisfazer a necessidade do associado. O associado tem um problema técnico. O que ele tem de fazer? Procurar o sindicato. Vamos dar todo o respaldo possível. Informar o associado sobre assuntos pertinentes ao seu negócio, à forma de sua gestão, seus deveres, seus direitos e, principalmente, ser um facilitador para suas questões, mostrar ao associado que estamos ali para ajudá-lo. Da mesma maneira, é importante lembrar as datas significativas. Quando a gráfica completa um quinquênio, vamos homenageá-la. São formas de aproximação, que demonstram o carinho da entidade pelo associado. Acredito que esse conjunto de ações motivou mais o associado a participar de nossos eventos. O que o Sr. gostaria de ter feito, mas não realizou? HAMILTON – Queria ter montado uma Cartilha da Sustentabilidade, mas não deu tempo. Talvez, no futuro, isso acabe sendo produzido. A atuação na sustentabilidade é muito ampla. Não é apenas reciclar papel, mas todo um conjunto de ações, que revelam a preocupação da empresa gráfica com o social.

Qual foi a maior conquista?

Como foi sua relação com o SINGRAFS?

HAMILTON – Não foi uma conquista única da ASSINGRAFS, foi junto com SINGRAFS, Abigraf e APL, ou seja um conjunto de entidades. A reivindicação de compra do papel comercial com o Cartão BNDES era antiga, muito importante para os empresários gráficos. Era algo que brigávamos há muito tempo e não conseguíamos. Felizmente, com o apoio da Abigraf e do então secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo do Campo, Jefferson José da Conceição, conseguimos nosso objetivo. Para nós, foi muito significativo.

HAMILTON - O SINGRAFS é o provedor financeiro da ASSINGRAFS. Todas as decisões da ASSINGRAFS foram tomadas em reuniões da diretoria. Se algo precisasse ser discutido com o SINGRAFS, eu conversava com o Tonzé e sempre chegávamos a um acordo. Houve muita adequação e concordância. Aproveito o espaço aqui para agradecer à diretoria da ASSINGRAFS, ao Conselho Fiscal e à diretoria do SINGRAFS, que sempre me apoiaram. E em especial ao Tonzé, ao Sr. Fuad e ao estafe. Todos eles nos ajudaram bastante, nos deram a tranquilidade de que as coisas estavam sendo feitas e evoluindo.

O Sr. conseguiu quebrar vários recordes de

Aconteceu

O presidente da ASSINGRAFS, José Hamilton Ferreira, foi homenageado e escolhido como paraninfo da turma de formandos do 1º semestre de 2015 dos cursos de Aprendizagem Industrial – Auxiliar de Produção Gráfica – da Escola Senai Felício Lanzara, e dos cursos técnicos gráficos da Escola Senai Theobaldo de Nigris. A cerimônia de entrega dos diplomas aconteceu em 28 de agosto.

No Brasil, 100% das ÁRVORES destinadas à produção de PAPEL provêm de florestas PLANTADAS.


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