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A cessação do sonho

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O um

O um

Embora sua mente esteja dissolvida em Brahman, ele está plenamente desperto, livre da ignorância da vida no estado de vigília. Está plenamente cônscio, mas livre de qualquer desejo. Tal homem é considerado livre mesmo nesta vida.

Para ele, as tristezas deste mundo terminaram. Embora possua um corpo Finito, ele permanece unido com o Infinito. Seu coração não conhece a ansiedade. Esse homem é considerado livre já nesta vida.

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Embora viva no corpo, este lhe parece uma simples sombra que o acompanha. Já não está perturbado pelo pensamento do "eu" e do “meu”. Tais são as características do homem que é livre já nesta vida.

Ele não se preocupa em investigar o passado. Não está interessado em esquadrinhar o futuro. É indiferente ao presente. É assim que podes reconhecer o homem que é livre já nesta vida.

O bem e o mal parecem existir no mundo. Pessoas e objetos parecem distinguir-se entre si. No entanto ele encara tudo do ponto de vista da igualdade, porque vê Brahman em todas as coisas. É assim que podes reconhecer o homem que é livre já nesta vida.

A boa e má fortuna podem advir. Ele encara a ambas com indiferença e permanece insensível a elas. É assim que podes reconhecer o homem que é livre já nesta vida.

Como sua mente está continuamente absorta na bem-aventurança de Brahman, ele é incapaz de distinguir entre o interior e o exterior. É assim que podes reconhecer o homem que é livre já nesta vida.

A vida passa: ele a vê como um espectador desinteressado. Não se identifica com o corpo, os órgãos sensoriais, etc. Está acima da idéia do dever. É assim que podes reconhecer o homem que é livre já nesta vida.

Pela ajuda das vívidas palavras das Escrituras, ele realizou sua unidade com Brahman. Ele não anseia por renascer. Assim é que podes reconhecer o homem que está livre já nesta vida.

Ele nunca se identifica com o corpo ou com os órgãos dos sentidos. Ele não tem o sentido de posse. Assim é que podes reconhecer o homem que está livre já nesta vida.

Através de sua visão transcendental, ele compreendeu que não há diferença entre o homem e Brahman ou entre Brahman e o universo - pois ele vê que Brahman é tudo. Assim é que podes reconhecer o homem que está livre já nesta vida.

O homem santo pode honrá-lo, o homem mau pode insultá-lo suas reações são as mesmas. Assim é que podes reconhecer o homem que é livre já nesta vida.

Rios deslizam para o oceano, mas o oceano não é perturbado. Os objetos sensoriais fluem pela sua mente, mas ele não sente reação, pois vive na consciência da Realidade una. Ele é verdadeiramente livre, já nesta vida.

A cessação do sonho

Aquele que conheceu a realidade de Brahman não pode continuar apegado a este mundo. Aquele que sente esse apego não conheceu Brahman: continua iludido e limitado pelos sentidos.

De um homem que conheceu Brahman não se pode dizer que ainda está apegado aos objetos sensoriais por causa das fortes impressões e dos velhos hábitos de seus desejos passados. Não - seus desejos e tendências foram varridos porque ele compreendeu sua identidade com Brahman.

Mesmo um homem muito luxurioso não sente desejo algum quando está na presença de sua mãe. Do mesmo modo, o homem se liberta da mundanidade quando compreende Brahman, a infinita bemaventurança.

As escrituras declaram que mesmo, o homem absorto na meditação está cônscio do mundo exterior, devido às tendências criadas por seu modo de vida anterior. Diz-se que essas tendências continuam a operar nele.

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