(…)mas que me saiba cumprir com coerência nos limites decentes da demência nos limites dementes da decência e cumpramo-nos todos, já agora, até ao fim, no que fazemos, na diferença do que formos e dissermos e perguntando, criando rebeldias, conferindo aquilo que acreditamos e que ainda formos capazes de sonhar… …e se aquilo, aquilo que nos dão todos os dias não for coisa que se cheire ou nos deslumbre que pelo menos nunca abdiquemos de pensar com direito à ironia, ao sonho, ao ser diferente e será talvez uma forma inteligente de afinal, nunca nunca nunca ser tarde demais para viver nunca ser tarde demais para perceber nunca ser tarde demais para exigir nunca ser tarde demais para acordar In Agora não é tarde de Pedro Barroso no álbum Navegador do Futuro
Sabemos como, por vezes, parece difícil acreditar na mudança. Permita-se contactar com essa dificuldade… sem se julgar, sem se avaliar… E recorde a quantidade de experiências que já viveu que já conseguiu resolver na sua vida.. O seu primeiro brinquedo. A falar. A ler. A escrever. A nadar. A andar de bicicleta. A confessar o amor a alguém. Isso, permita que surjam todos esses momentos marcantes… mais antigos ou mais recentes… deixe-os surgir livremente… lutar pela qualidade do trabalho, conseguir comprar uma casa, viajar para um local distante…todas essas vivências que fazem parte de quem é…
Convide, pois, a sua memória a vaguear por esses espaços imensos…uns mais longínquos…outros mais próximos… cheios de tantas aventuras… em que aprender a ser e a fazer foram objectivos concretizados com sucesso… recorde cada acontecimento… lentamente…reviva cada etapa conseguida… cada desejo tornado realidade… focando no que foi necessário para chegar lá, foi fácil, difícil, o que perdeu e o que ganhou ao longo deste caminho. Repare agora como está o seu corpo… respire fundo e observe as sensações aqui e agora… será que têm algum significado novo? …será que o seu corpo lhe quer dizer algo? Repare nos seus recursos internos e externos que lhe permitiram vencer, aprender, ultrapassar e conquistar… sabendo que sempre que for necessário pode aceder a este reportório de conquistas que fazem de si um ser único… e cheio de valor… Deixe-se activar por todas essas memórias... disfrutar de todas essas memórias…em paz…sem pressa… observa-as sem julgamento ou crítica…
Procure novamente uma posição confortável e … deixe que os seus olhos se fechem… suavemente… permita-se ficar de olhos fechados …confortavelmente… de modo a aumentar a sua concentração e procure contactar consigo próprio, com o que é hoje em dia no seu presente. Questione-se “quem sou eu?... O que é que me move?... Do que é que eu gosto e do que é que não gosto?... Quais são as minhas qualidades? Quais são as minhas forças?... Onde é que eu estou hoje na minha vida? Estou onde quero estar?... Como é que eu estou a viver a minha vida?... Como é que eu a quero viver?...
Agora, recolha dentro de si as suas próprias sensações e quando estiver preparado para retornar, vai activando os músculos, movendo suavemente os pés, movendo suavemente os dedos das mãos, espreguiçando-se tranquilamente, sentindo-se tranquilo, seguro, bem-disposto e revigorado. E ao seu ritmo pode abrir os olhos e retornar a esta sala, ao aqui e agora, para recriar na sua folha o seu presente.
Sabemos como pode ser difícil projectarmo-nos no futuro vivenciando por vezes o sentimento de dúvida... Convidamo-lo a uma pequena viagem... Imagine um baú que contem dentro recursos valiosos, um verdadeiro tesouro... perceba de que material é feito esse baú... que forma tem... e bem devagar abra-0 e vasculhe o que por lá está guardado e que irá ser útil para o seu futuro... este é um baú que contem muito potencial... nele poderá encontrar confiança... segurança... clareza... criatividade... energia... luz... calma... tranquilidade... sabedoria... Dedique algum tempo na recolha de todos os ingredientes que precisam para um futuro, harmonioso, repleto de conquistas e concretização de objectivos... E pense um pouco “como é que eu imagino o meu futuro?... Quais são os meus projectos? Quais são as minhas ambições?... De que é que eu preciso? O que é que eu procuro?”... Observe se existem alguns obstáculos na caminhada de alcançar o que procura. Continue esta procura por algum tempo... descubra mais a este respeito e veja como pode aproximar-se do seu objectivo... “Que recursos meus posso aproveitar e o que é que ainda preciso desenvolver?.”.. qualquer que seja a situação com que se depare, tente descobrir mais sobre o objectivo a alcançar... sabemos que muitas vezes parece tão difícil alcançar o que precisamos, mas nesses momentos é importante considerarmos várias alternativas... Explore várias alternativas e clarifique como é que pode alcançar o que aspira para o seu futuro. Como é que se pode realizar a si próprio?... …mantenha estas ideias e estes recursos na sua consciência e explore o material à sua volta para recriar o seu futuro.
Volte a encontrar uma posição confortável, mas desta vez não feche os olhos, desta vez olhe para as suas 3 criações e deixe-se invadir pelas sensações que elas lhe transmitem… Como é a sua história? Há um fio condutor? Há pontas soltas?... Quais são os marcos verdadeiramente importantes?... Quais são recursos a manter e quais os aspectos a dificultar o seu crescimento?... O que é que está a transportar do seu passado para o seu presente e para o seu futuro?... O que é que está a ser um peso que precisa aliviar, deixar para trás?... E o que é que quer que continue a estar presente no seu futuro? O que é risonho, leve, o que são recursos a potenciar?... Pense um bocadinho: “como é que eu quero que seja a minha história, como é que eu a quero contar?” E se precisar, procure novamente material que ajude a ligar as pontas soltas, que represente os recursos que tem e os que quere desenvolver para que a sua história seja aquela que quer contar e que quer viver.
Tivemos o privilégio de contar com a imensa simpatia e arte de Rita Ventura e Gonçalo Faro que vieram apoiar os participantes deste evento “Histórias de Vida”, desbloqueando criatividades com a sua própria reflexão pessoal Ao longo da tarde, os dois produziram, em simultâneo com os participantes, um fantástico mural Siga, connosco, a forma como foram contando a sua vida
No início…
À Rita Ventura e ao Gonçalo Faro, pelo apoio precioso e pela partilha da sua arte À Fábrica Braço de Prata, por nos ter gentilmente cedido a sala A todos os nossos visitantes Facebookianos que passaram palavra e nos incentivaram E, sobretudo, a todos os que participaram, dando-nos a honra da sua companhia e permitindo-nos uma espreitadela à sua história de vida reconstruída