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Editorial Enfim, chega a primavera! A estação das flores celebra o fim do inverno e mais uma edição da Revista Espaço Saúde. Este mês e o próximo – setembro e outubro – são marcados com várias datas criadas para que sejam enfatizados a prevenção e tratamento de diversos tipos de enfermidades além de sensibilizar a sociedade para a condição dos enfermos. Entre todos, a Revista Espaço Saúde traz um destaque especial ao Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, no dia 21 de setembro e ao Dia Mundial do Coração, no dia 30 de setembro. E, em outubro, são comemorados os dias mundial e nacional do dentista, portanto, a Revista Espaço Saúde abre espaço para dois dentistas de nossa cidade, Dra. Mariana e Dr. Marcelo Porciúncula, para tratar de um assunto que está bastante em voga: lentes de contato odontológicas. Seguindo a atenção especial que damos em todas as edições à terceira idade, numa ótima parceria com os professores e pesquisadores do curso de Gerontologia da UFSCar, aproveitamos o Dia Internacional da Terceira Idade para publicar informações importantes sobre a qualidade e as características do sono nessa fase da vida apresentadas pela Profa. Denise Cuoghi de Carvalho Veríssimo Freitas, além do texto da profa. Thays Martins Vital e da matéria realizada com o Dr. Pietro Bordini de Santis sobre a Doença de Alzheimer. Ainda pensando na terceira idade, realizamos uma esclarecedora entrevista com o Dr. Rodrigo Bezerra de Menezes Reiff sobre osteoporose, doença que atinge aproximadamente 10 milhões de brasileiros. Com a ajuda do Dr. Aldo Ruggiero, trazemos dicas para manter a saúde do coração. As Profas. Dras. Isabela de Oliveira Lussi, Maria Fernanda Barboza Cid, Taís Quevedo Marcolino e Thelma Simões Matsukura, todas do Departamen-
to de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos, escreveram um artigo bastante esclarecedor sobre Terapia Ocupacional e Saúde Mental. Ainda nesta edição, outros artigos e matérias, que mesmo sem data no calendário, não são menos importantes e que nós, da Revista Espaço Saúde, destacamos da mesma forma: Na seção Pesquisa, em que, a cada edição, destacamos os trabalhos realizados por pesquisadores das universidades na área da saúde, um artigo da Profa. Dra. Ana Plepis trata do trabalho realizado pelo Grupo de Biomateriais do Instituto de Química de São Carlos (USP). Na seção Nutrição, um artigo sobre Alimentação Vegetariana da Dra. Zilda Rafael Abbud aponta as principais características, vantages e cuidados a respeito dessa dieta que exclui a carne do cardápio. E, por fim, artigos sobre diabetes mellitus, escrito pela Profa. Daniela Bassi Dutra, sobre varizes, escrito pela Dra. Carolina Díaz Pedrazzani Lemos e ainda um artigo sobre disfagia escrito pelas Dras. Mariana Zerbetto Fabrício, Maria Grazia Guillen Mayer e Mônica Roberta da Silva Gonçalves e duas matérias sobre gestão hospitalar com o Dr. Fernando Augusto de Luca, Gestor Hospitalar e atual Diretor Superintendente da Casa de Saúde e com Antônio Valério Morillas, provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos. Para abrir a edição apresentamos um artigo intitulado “Flora que te quero Vida” de autoria da escritora e jornalista Nicete Campos sobre o uso de plantas medicinais. A todos que tão gentilmente se dispuseram a escrever os textos ou mesmo nos receber, queremos agradecer. Aos nossos anunciantes um agradecimento mais que especial: sem vocês nada seria possível. E aos nossos leitores, para quem fazemos todo esse trabalho: BOA LEITURA!
O QUE VOCÊ ENCONTRA NA REVISTA ESPAÇO SAÚDE
CAPA
OUTROS TEMAS
8 Alzheimer Doença de alzheimer: Sinais, sintomas e tratamento
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Medicina alternativa Flora que te quero vida!
10 Diabetes Um mal silencioso
12 Odontologia Lentes de contato odontológicas
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18 Nutrição Dieta vegetariana
Terapia ocupacional Terapia ocupacional e a saúde mental
20 Entrevista Osteoporose 22 Alzheimer A importância do apoio às pessoas com a doença de alzheimer 23 Disfagia Dificuldade em engolir?
Terceira idadera idade Sono e envelhecimento
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Gestão hospitalar Compromisso e seriedade
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Gestão hospitalar Os cuidados com a Casa
28 Pesquisa Biomateriais 30 31
Dicas de saúde Indicador Profissional
26 Varizes Causas, sintomas, tratamento e prevenção Revista Espaço Saúde • Ano I | Número 5 | Setembro, 2012.
A Revista Espaço Saúde tem como objetivo aproximar o público de São Carlos e região de temas relevantes nas áreas de saúde, bem-estar, sustentabilidade e meio-ambiente. Na revista são publicados artigos de profissionais da área de saúde e matérias jornalísticas. Também divulgamos artigos de pesquisadores, buscando, dessa forma, levar ao conhecimento do público o que de mais avançado está sendo feito dentro dos centros de pesquisa. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores. Esta publicação foi idealizada por Marcos Jacobovitz e Diagrama Editorial. Jornalista Responsável MTb 33.863. Tiragem: 5 mil exemplares. A Revista Espaço Saúde é publicada pela Diagrama Editorial, R. XV de Novembro, 2190, Sala 8, CEP 13564-220, São Carlos. Para publicação de artigos ou anúncios: Fale Conosco (16) 3413-9142 | espacosaude@diagramaeditorial.com.br. Site www.revistaespacosaude.com.br.
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ESPAÇO SAÚDE
ESPAÇO DO LEITOR Bom dia!! Escrevo este e-mail para parabenizar toda equipe da Revista Espaço Saúde pela última edição. Confesso não imaginar que fosse tão bem aceita e comentada pelos leitores.
Escreva para Revista Espaço Saúde! espacosaude@diagramaeditorial.com.br Boa tarde, ... Gostaria de parabenizá-los pela excelente revista que publicaram. ... Abraço a todos.
Achei ótimo também a enorme distribuição que fizeram. Recebi a revista até no local onde moro.
Zilda F. Rafael Abbud
Por isso fiz questão de elogiá-los, pois jamais isso chegaria a mim se não fosse pelo excelente trabalho de vocês. Abraço,
Bom dia!!! Estou muito feliz pela oportunidade dada por vocês aos profissionais da saúde. Fiquei muito satisfeita com o trabalho de vocês e muito feliz por poder participar da revista.
Sérgio Thiago Albertin
Sâmara Hermenegildo
eventos
calendário
SETEMBRO ▶ Semana Nacional do Trânsito 2012 22/09: Dia Mundial Sem Carro Atividade: Vaga Viva (ação buscando a discussão sobre o uso do espaço público) e oficina de condução segura e mecânica básica de bicicleta, além de distribuição de panfleto sobre leis de trânsito com foco no uso da bicicleta como meio de transporte. Horário: 8h às 14h (Vaga Viva) e das 8h às 12h (oficina de condução segura) Local: Em frente ao Mercado Municipal ▶ Semana Nacional do Trânsito 2012 23/09: Passeio Ciclístico Percurso de 10 km: Saída em frente ao clube da Electrolux (Vila Isabel), parada no Parque do Kartódromo e chegada ao clube da Tecumseh (Jockey Clube), com sorteio de bicicletas, brindes, premiações e simulações de resgate com o Corpo de Bombeiros e SAMU Horário: 9h
setembro/outubro ▶ Setembro 7/9 - Dia do recuperado alcoólatra 18/9 - Semana nacional do trânsito (18 - 25) 21/9 - Início da primavera (1h03min) 22/9 - Semana do coração saúdavel (22 - 28) 27/9 - Dia internacional do idoso 29/9 - Dia mundial do coração ▶ Outubro 8/10 - Dia pelo direito à vida 10/10 - Dia mundial da saúde mental 11/10 - Dia do deficiente físico 13/10 - Dia do fisioterapeuta 16/10 - Dia mundial da alimentação 18/10 - Dia do médico 20/10 - Dia nacional e mundial de osteoporose 24/10 - Dia mundial de controle da tuberculose 25/10 - Dia nacional da saúde bucal 27/10 - Dia nacional de controle à obesidade
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ESPAÇO SAÚDE
medicina alternativa
FLORA QUE TE QUERO VIDA!
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s vegetais constituem uma grande riqueza em potencial para a saúde humana, mas várias espécies estão desaparecendo do planeta num ritmo acelerado, principalmente devido aos desmatamentos, para cederem espaço à agricultura extensiva (grandes plantações de eucaliptos, cana de açúcar, por exemplo), criação de gado, extração de madeira em áreas de vegetação nativa e urbanização por conta do crescimento populacional. Soma-se a insensatez do homem, o alto nível de poluição das águas, solos e ar, e fica patente saber o motivo de tantas catástrofes que estão ocorrendo. As plantas medicinais, aromáticas e condimentares são como um pote cheio de vários tipos de remédios que auxiliam nas variadas enfermidades que acometem os animais e os seres humanos. Muitas delas produzem substâncias químicas capazes de interagir no organismo desses, ajudando a manter o equilíbrio necessário para a manutenção da saúde. É necessário ressaltar que muitas substâncias encontradas em vários tipos de vegetais causam efeitos indesejados e/ou tóxicos. Portanto, a tarefa de manipular essas plantas para consumo, deve ficar a cargo de “experts” no assunto. Tem sido divulgado, muitas vezes, que as plantas medicinais e os produtos fitoterápicos são um recurso terapêutico alternativo isento de efeitos indesejáveis e até mesmo desprovido de qualquer toxicidade ou contra indicação. No entanto, tanto o conhecimento popular, quanto o científico, negam essas informações. Ao contrário, muitas delas
podem até matar! Gestantes devem redobrar sua atenção com os “chazinhos” receitados por curiosos (avós, vizinhos, amigos, comadres, leigos plantonistas), pois existem plantas que podem causar sérios problemas ao bebê e à mãe. Remédios, industrializados ou não, só podem ser receitados por profissionais da saúde (médicos homeopatas ou alopatas, dentistas e veterinários). Alguns aconselhamentos a respeito do uso de plantas medicinais, aromáticas e condimentares podem ser dados por pessoas de reconhecido saber e de ética extremada, assim mesmo, por conta e risco das duas partes. O MITO de que o que é NATURAL não faz mal, é, portanto, uma INVERDADE. Antes de se utilizar um produto natural é preciso, acima de tudo, conhecer o seu verdadeiro efeito no organismo, para que uma planta aparentemente inofensiva, não retire o que o ser humano possui de mais precioso: A VIDA! Nota: Este texto baseou-se no livro “Aprendendo com a Mãe Terra” da mesma autora. Nicete Campos Jornalista - MTB 36.191. Cursos de Extensão em Jornalismo na USP/ SP nas áreas da Saúde, Meio Ambiente e Científica
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8 ESPAÇO SAÚDE
alzheimer
DOENÇA DE ALZHEIMER Sinais, sintomas e tratamento
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doença de Alzheimer é uma doença neuro- trumentais, tais como atender ao telefone, dirigir, degenerativa e progressiva que acomete o fazer compras, tomar medicamentos, lidar com cérebro e ocorre principalmente na popu- dinheiro. De acordo com a progressão da doenlação idosa. Estima-se que, no ano de 2030, 65,7 ça ocorre um prejuízo nas atividades básicas da milhões de pessoas poderão apresentar diagnós- vida diária como se alimentar, na higiene pessoal, tico desta doença. Os primeiros sintomas são dis- continência urinária e fecal, vestir-se, entre outras. cretos e a sua prevalência aumenta com o avanço Assim, como podemos observar, o idoso com doença de Alzheimer se torna da idade. Essa doença atinge hocada vez mais dependente, mens e mulheres, porém, é mais A doença provoca o necessitando da presença de frequente em mulheres. declínio das funções um cuidador, que na maioria Entre os fatores de risco para intelectuais. das vezes é algum familiar ou o desenvolvimento da doença De início, o paciente um cuidador formal que é de Alzheimer estão: genética, escomeça a perder sua contratado pela família para tilo de vida, escolaridade, gênero, etc. Essa doença se inicia com memória mais recente. acompanhá-lo. Além dessas característipequenos esquecimentos e de acordo com o seu avanço, outras funções são com- cas, os distúrbios de comportamento são muito prometidas, tais como: linguagem, planejamento e frequentes em idosos com essa doença e causam realização de alguma ação, organização, abstração, uma enorme sobrecarga e aumento dos níveis de estresse em cuidadores e familiares. Os distúrbios reconhecimento, orientação temporal e espacial. Outra característica marcante da doença de mais comuns são a depressão, apatia, distúrbios Alzheimer e que pode auxiliar no diagnóstico, é do sono e agitação. As alterações motoras apareo comprometimento das atividades de vida di- cem na fase leve da doença, o que aumenta em ária. Inicialmente são afetadas as atividades ins- três vezes o risco de quedas nesta população
A doença causa um grande impacto no cotidiano do paciente. Afeta a capacidade de aprendizado, de atenção, de orientação, de compreensão e de linguagem. quando comparados com idosos neurologicamente saudáveis. Com o avanço da doença o comprometimento na capacidade motora, incluindo dificuldade na própria locomoção, aumenta. A doença de Alzheimer pode ser tratada por meio do uso de medicamentos e, também, por intervenções não medicamentosas, como a prática regular de atividade física, estimulação cognitiva, atividades recreativas, atividades musicais, grupos de convívio, dentre outras inúmeras atividades. A associação destes dois tipos de tratamento (medicamentoso e não medicamentoso) tem evidenciado resultados bastante positivos. Quanto antes a família identificar esses sinais e sintomas da doença de Alzheimer, mais efetivo poderá ser o tratamento. Além disso, durante toda a vida devemos manter hábitos de vida saudáveis, tais como uma boa alimentação, estimulação cognitiva, prática de exercícios físicos e muitos outros para auxiliar na prevenção dessa e de outras doenças.
Dr. Regynaldo Zavaglia Neto CROSP 58314 Especialista em Ortodontia Mestre e Doutor
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O dia 21 do mês de setembro é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. Essa data tem como principal objetivo divulgar e conscientizar a população em relação a essa doença.
Thays Martins Vital Docente do Curso de Graduação em Gerontologia da UFSCar. Doutoranda em Ciências da Motricidade pela UNESP – campus Rio Claro. Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP – campus Rio Claro. Graduada em Educação Física pela Universidade Federal de Uberlândia.
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ESPAÇO SAÚDE
diabetes
Diabetes
Um mal silencioso
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Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica com alta morbi-mortalidade e elevado custo social. As principais formas clínicas do DM são: DM tipo 1 (DM1), resultado de um processo auto-imune e o DM tipo 2 (DM2), causado pela produção deficiente da insulina e/ou resposta ineficiente dos tecidos sensíveis a ela, estas respondem por 90 a 95% dos casos, e, finalmente a DM gestacional e outros tipos específicos de DM que perfazem um percentual reduzido de casos. Em muitos casos, devido ao tempo que a doença leva para dar seus primeiros sinais, as pessoas demoram a serem diagnosticadas. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (FID), a doença atinge hoje mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo e custou à economia DIABETES EM 1980 – População Brasileira
global US$ 376 bilhões em 2010, ou seja, 11,6% da despesa mundial com saúde. É previsto pela FID que até 2030 um total de 438 milhões de pessoas desenvolvam DM, com custos projetados podendo ultrapassar US$ 490 bilhões. No Brasil, no final da década de 1980, estimou-se a prevalência de DM na população adulta em 7,6%, porém dados recentes trazem taxas de 5 a 6 pontos percentuais mais elevadas, como 12,1 em estudo de Ribeirão Preto e de 13,5% em São Carlos (ambas no estado de São Paulo). A obesidade e sedentarismo são grandes responsáveis pelo aumento da prevalência do DM no mundo. O DM caracteriza-se como um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos apresentando DADOS ATUAIS EM SÃO CARLOS
7,6%
13,5%
da população
da população
em comum à hiperglicemia, ou seja, alta taxa de açúcar no sangue, que resulta de defeitos na ação da insulina, secreção da insulina ou de ambos. A expectativa de vida é reduzida em média em 5 a 7 anos para a pessoa com DM tipo 2; e os adultos com diabetes têm risco de 2 a 4 vezes maior de aterosclerose, doença cardiovascular e acidente vascular cerebral. Um estudo que está sendo desenvolvido no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar necessita de voluntários (homens e mulheres) com Diabetes Mellitus tipo 2, que tenham entre 30 e 65 anos, de São Carlos e região, que nunca tenham sido tabagistas, que não usem insulina e que não tenham problemas respiratórios como asma ou brônquite. O trabalho pretende avaliar respostas da glicemia, de toda função cardíaca e pulmonar. Adicionalmente, iremos avaliar um gene ligado ao desempenho físico buscando relações desse gene com o Diabetes. Os voluntários serão selecionados para participar de exercícios físicos sob orientação profissional e personalizada. Todos passarão por avaliações médica e fisioterapêutica que permitem avaliar as condições do coração e descartar patologias cardiovasculares que contra-indiquem a participação no estudo. Também serão realizados exames laboratoriais (como glicemia de jejum, hemoglobina glicada, perfil lipídico etc.). A pesquisa está sendo realizada sob orientação da professora Audrey Borghi e Silva, do Departamento de Fisioterapia.
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ESPAÇO SAÚDE
odontologia
Lentes de Contato Odontológicas Uma moderna alternativa para mudar seu sorriso
O
brasileiro é um dos povos mais exigentes no que diz respeito à aparência. A mídia, por sua vez, contribui intensamente para que a estética seja cada vez mais alvo de consumo nos mais diversos setores. Na Odontologia não é diferente. Com o desejo de se ter sorrisos cada vez mais “perfeitos”, os pacientes, agora mais exigentes, buscam cuidados estéticos satisfatórios no consultório odontológico. Para suprir as exigências sempre crescentes, os materiais evoluíram muito e, principalmente, as técnicas que se tornaram cada vez mais conservadoras em relação ao desgaste de estrutura dentária. É por meio da odontologia minimamente invasiva que se pode conseguir uma condição estética desejável com mínimos desgastes. As “lentes de contato” odontológicas vieram justamente para preencher essa necessidade de sorrisos harmoniosos com o máximo possível de
conservação da estrutura dentária. São finíssimas peças confeccionadas em cerâmica, possuindo espessura de cerca de 0,2 a 0,3 mm. As lentes de contato são indicadas para fechamento de espaços entre os dentes (diastemas), pequenas correções no alinhamento dos dentes e também correção de forma dos dentes. Apesar de serem muito finas e, por isso, não ser necessário praticamente nenhum desgaste, as lentes de contato se tornam extremamente resistentes após a cimentação no dente. Além disso, por serem feitas de cerâmica, possuem a vantagem de não mancharem ao longo do tempo. Entretanto, é extremamente importante que o planejamento do caso seja feito por um profissional habilitado e em conjunto com o paciente e com o técnico ceramista. Após confecção de um molde dos dentes e um enceramento feito pelo técnico sobre os modelos
Centro de Tratamento a Laser
Fotos foram gentilmente cedidas pelo prof. Luis Rafael Calixto.
de gesso, é possível que o paciente experimente o resultado final antes que qualquer intervenção seja realizada em sua boca. Isso é possível graças a uma resina especial que permite ao paciente visualizar em sua própria boca como será o resultado depois de pronto. Nessa fase, é perfeitamente possível fazer quaisquer alterações necessárias ou desejadas. O paciente pode, portanto, opinar sobre como gostaria do resultado final. Por essa razão é uma técnica segura e previsível, desde que bem planejada e indicada pelo profissional.
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ESPAÇO SAÚDE
terceira idade
Sono e Envelhecimento
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sono é considerado uma das necessidades apresentam problemas médicos. básicas do ser humano, isto é, se permaneNo envelhecimento o padrão típico de sono cer sem dormir e sem repousar poderá ha- tende a ser substituído por um padrão mais fragver prejuízo para sua saúde e bem-estar. Os seres mentado, com episódios de sono ocorrendo duvivos se organizam por meio de pistas temporais rante o dia, conhecidos como “sestas” ou “cochilos” provenientes do ambiente em que vivem, chama- intencionais ou não. das de ritmo pelos cronobiologistas. O ciclo vigíOs fatores que levam os idosos a apresentar lia–sono é um ritmo circadiano(do latim circa diem, queixas de alterações com o sono são: a diminuiem torno de um dia), com pistas ção da capacidade de dormir; Não existem “receitas temporais (o claro durante o dia aumento dos problemas rese o escuro durante a noite) conpiratórios durante o sono; aude como dormir tribuindo, entre outros aspectos, mento da atividade mioclônica melhor” que sejam para a organização do padrão noturna (contrações musculainfalíveis para do sono. O ritmo do sono de res involuntárias e repentinas); todos os idosos. É cada ser humano em cada fase mudanças da fase do sono; preciso respeitar as de vida tem características próperturbações neuropsiquiátriprias. A quantidade de horas de cas como depressão e demênparticularidades de sono que uma pessoa precisa cias; hábitos errados de sono, cada um. ter varia com a idade: os bebês dor, limitação de mobilidade; dormem cerca de 18 horas por dia, os adultos dor- refluxo gastroesofágico; causas iatrogênicas; caumem cerca de oito horas por noite e os idosos dor- sas ambientais diversas. Ocorrendo mudanças mem cerca de 6 horas principalmente os que não quantitativas e qualitativas do sono.
ESPAÇO SAÚDE Morpheus – Deus grego do sono.
Referências Geib, L.T.C., Neto, A.C; Wainberg, R., Nunes, M.L. Sono e envelhecimen-
As pesquisas apontam que o idoso demora mais para adormecer, acorda várias vezes durante a noite, tem uma percepção de sono mais leve e menos satisfatório, apresenta despertar precoce e tem maior tendência a dormir durante o dia, intencionalmente ou não. Quanto ao tratamento com objetivo de melhorar a eficácia do sono, existem o farmacológico (prescrito pelo médico) e o não farmacológico. As modificações metabólicas e funcionais próprias da idade tornam o idoso mais vulnerável aos efeitos colaterais dos medicamentos, bem como a uma indesejável manutenção da sonolência durante o dia, aumentando a possibilidade de risco de queda, lentidão nas atividades de vida diária, lentidão no tempo de resposta aos estímulos psicomotor e cognitivo. A literatura especializada traz a recomendação de que a utilização de sedativos e hipnóticos não seja a primeira a ser considerada para o tratamento dos distúrbios do sono. A prescrição deve ser feita com cautela. Os idosos podem melhorar a qualidade do sono utilizando algumas estratégias simples como manter uma rotina para se deitar e despertar sempre no mesmo horário, realizar atividade física regular, evitar ruídos, verificar se colchão e travesseiros são adequados, evitar alimentos próximos ao horário de deitar, ingerir alimentos leves e cuidar para não dormir com fome, tomar um banho com temperatura adequada à estação do ano, ouvir música suave e relaxante, fazer uma leitura respeitando o sono quando ele chegar. Essas orientações são chamadas pelos especialistas em medicina do sono de higiene do sono utilizado como um dos recursos de tratamento não farmacológico dos problemas de sono.
to. Revista Psiquiatr. RS, 25’(3): 453-465, set./dez. 2003. Sá, R.M.B., Motta, L.B., Oliveira, F.J. Insônia: prevalência e fatores de risco relacionados em população de idosos acompanhados em ambulatório. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. v.10 n.2 Rio de Janeiro 2007. Carvalho, F.C.R., Carvalho, D.C.C. Sono. In: Neri, AL; Palavras-chave em gerontologia, pp-194-197; Editora Alínea, 2005. Campinas/SP (Coleção Velhice e sociedade) 2ª edição. Freitas, D.C.C.V. Sono e repouso. In: Guariento, M.E., Neri, A.L. (orgs.); Assistência ambulatorial ao idoso, pp-327-334. Editora Alínea, 2010. Campinas/SP. (Coleção Velhice e sociedade). Camara,V.D.; Camara,W.S. Distúrbios do Sono no Idoso, Tratado de Geriatria e Gerontologia,Ed. Guanabara Koogan AS: cap22, pg 192195,2002. Lima, M.G.; Francisco, P.M.S.B.; Barros, M.B.A. Sleep duration pattern and chronic diseases in Brazilian adults (ISACAMP, 2008/09). Sleep Medicine 13 (2012) 139–144
Denise Cuoghi de Carvalho Verissimo Freitas Fisioterapeuta. Docente do Curso de Graduação em Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos/UFSCar. Mestre em Gerontologia pela Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP. Doutoranda em Ciências da Saúde/Unicamp.
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ESPAÇO SAÚDE
terapia ocupacional
Terapia Ocupacional e a Saúde Mental
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esde sua criação, no início do século passado, a Terapia Ocupacional esteve voltada a promover a inserção social de pessoas hospitalizadas ou que apresentem doenças crônicas, por meio do desenvolvimento e manutenção de hábitos saudáveis apesar de suas doenças ou deficiências. Essa compreensão de que a doença cria maus hábitos de vida pode ser atualizada e estendida se compreendermos o impacto da vivência de situações desgastantes e estressantes (emocionais, sociais, de violência), no cotidiano das pessoas. As situações de sofrimento psíquico têm grande impacto no dia-a-dia, podendo levar o indivíduo a se afastar das coisas que costumava fazer, do convívio social e, aos poucos, a se isolar do mundo. Nesse cenário, a Terapia Ocupacional é uma possibilidade terapêutica importante. Por meio das atividades realizadas com o terapeuta ocupacional, a pessoa pode começar a expressar o que está se passando em seu mundo, a compreender o que está acontecendo consigo, a se permitir experimentar novas possibilidades de fazer e de aprender coisas novas, a se interessar novamente pelas coisas da vida e, com o tempo, a construir um novo cotidiano com projetos de vida que sejam possíveis e desejados. Certa vez, o psicanalista inglês D. W. Winnicott
disse que a primeira função da Terapia Ocupacional é a de afastar a pessoa de si mesma. Essa frase pode ser perigosa se for mal compreendida mas o significado dessa missão é o de possibilitar que a pessoa, ao fazer atividades, se afaste aos poucos do universo da doença e do sofrimento e comece a voltar sua atenção para a realidade que a cerca, possibilitando-lhe reconstruir o olhar sobre si e sua interação com o mundo. O trabalho do terapeuta ocupacional é centrado na pessoa e em suas necessidades, mas, como também é necessário amenizar ou eliminar os “fatores de risco” e reforçar os “fatores protetivos” presentes no contexto de vida das pessoas, é necessário que o terapeuta se aproxime das pessoas (familiares, amigos) e instituições (outros serviços, escolas, trabalho) com as quais o indivíduo convive. Em especial com a população infanto-juvenil que vivencia situações de risco que podem resultar em prejuízos importantes ao seu crescimento, deflagrando problemas relacionados à saúde mental. Assim, frente a situações de doença, de dificuldades emocionais ou outras situações que interferem dificultando o fazer do dia-a-dia, o terapeuta ocupacional vai auxiliar o indivíduo a alcançar o que chamamos de “saúde mental”. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a saúde mental pode
ser compreendida como : “(...) um estado de bem-estar no qual o indivíduo percebe as suas capacidades, pode lidar com o stress normal da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de contribuir positivamente para sua comunidade” No panorama dos cuidados às pessoas com transtornos mentais/sofrimentos psíquicos, terapeutas ocupacionais têm estado à frente de diferentes possibilidades psicossociais. Aqui, no município de São Carlos, a rede de atenção em saúde mental conta com terapeutas ocupacionais nos Centros de Atenção Psicossocial para pessoas que apresentam transtorno mental grave e para dependentes de álcool e outras drogas; na Atenção Primária em Saúde, contando com sete profissionais distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família; em projetos de inserção de pessoas com transtorno mental no trabalho e na Unidade Saúde-Escola da UFSCar, com um ambulatório infanto-juvenil e outro para adultos e idosos; além de alguns consultórios na rede particular. Parafraseando a terapeuta ocupacional Daniella de Oliveira Melo1, aos leitores que podem ainda pensar que a terapia ocupacional é uma forma de ocupação do tempo, oferecemos, para finalizar, uma das mais belas definições vindas de uma de suas pacientes, “a terapia ocupacional não é para eu ocupar o meu tempo, é para eu ocupar o meu espaço”.
Profas. Dras: Isabela A. de Oliveira Lussi, Maria Fernanda Barboza Cid, Taís Quevedo Marcolino e Thelma Simões Matsukura – Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos. 1 MELO, D. O. De lagarta a borboleta: um processo de terapia ocupacional. Revista CETO, n. 10, 2007, p. 33-39. Organização Mundial da Saúde. Strengthening mental health promotion. Geneva, World Health Organization (Fact sheet no.220). 2001
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ESPAÇO SAÚDE
nutrição
Dieta Vegetariana
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o ouvir que alguém é vegetariano, a primeira coisa que muitas pessoas pensam é que esse indivíduo come muita salada! Como conceito, o vegetariano é uma pessoa que não come nenhum alimento oriundo da morte de um ser do reino animal. O uso ou não dos derivados animais (ovo e laticínios) não impede o individuo de receber essa denominação. Em decorrência dos diferentes padrões de dieta vegetariana adotada, foram criados 3 termos: ovolactovegetarianos, lactovegetarianos e veganos ou vegetarianos estritos. Esses três tipos são os mais comuns, mas existem outras formas de vegetariano dentro do pa-
Ovolactovegetarianos indivíduos vegetarianos que consomem ovos e laticínios.
Lactovegetarianos Vegetarianos que consomem laticínios.
Veganos ou Vegetarianos Estritos Não consomem nenhum alimento de origem animal e não utilizam roupas e produtos que incluam componentes animais e/ou testado em animais.
drão do vegetarianismo estrito, como o crudivorismo e o frugivorismo. O crudivorismo é o uso de alimentos crus ou aquecidos no máximo até 24 °C. Seu principal prato são frutas germinadas (cereais integrais, leguminosas e frutas oleaginosas). O frugivorismo utiliza frutos, porém de acordo com o conceito da botânica, e não da nutrição. A macrobiótica, outra forma de alimentação, que pode ser ou não ser vegetariana, a dieta clássica, ao contrario da vegetariana, apresenta indicações especificas das proporções a serem utilizadas de cada grupo alimentar. Dentro do semivegetarianismo são consumidas carnes brancas (piscovegetarianos incluem o peixe e os polovegetarianos incluem ave em sua dieta). Porém, esses indivíduos, não são considerados vegetarianos, pois não excluem a carne da sua alimentação. O que é importante ressaltar que essas nomenclaturas não devem ser utilizadas em hipótese alguma para determinar o estado nutricional do individuo, pois, exceto pela macrobiótica, nenhuma delas especifica a quantidade ou frequência de ingestão de cada grupo de alimento. A nomenclatura na pratica clínica serve apenas para avaliação e orientação, no sentido de saber o que o individuo vai aceitar ou não no cardápio. Segundo a Organização Mundial de Saúde a saúde é definida como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. Há vários estudos populacionais que avaliaram a saúde dos vegetarianos com
amostragens bastantes significativas. Quando comparados com os onívoros: redução de doenças cardiovasculares e colesterol sanguíneo, pressão arterial, obesidade, diabetes melitos, câncer de próstata, intestino grosso, colón e reto. A dieta vegetariana, assim como a onívora, não é um método de alimentação com regras estabelecidas. Podem ocorrer erros alimentares em ambos os grupos, mas o fato é que as populações vegetarianas, quando usufruem de uma dieta balanceada, apresentam menor prevalência de doenças crônico-degenerativas quando comparados às onívoras. As bases da dieta vegetariana são cientificamente comprovadas e podem ser seguidas em todas as fases da vida. A suplementação de vitaminas e minerais na forma de: cápsulas, comprimidos, pós ou outra formulação, têm indicações individuais e especificas. Os exames bioquímicos dos indivíduos vegetarianos podem apresentar alterações em algumas taxas e devem serem avaliados por profissionais nutricionistas. A população que adere à dieta vegetariana sem conhecimento é conhecido como “junkoréxico”: termo proveniente de junk (“lixo”,” sucata”) e” orexis” (“apetite”). A pessoa junkoréxica exclui total ou parcialmente a carne da dieta e adota o hábito de consumir fast-food e outros alimentos refinados, processados e gordurosos levando o organismo a um déficit nutricional facilitando a instalação de diversas patologias relacionadas à herança genética e a fatores ainda desconhecidos. Porém, não devemos nos enganar, vegetarianos adoecem sim! Por isso a importância da dieta ser programada e balanceada.
Zilda F. Rafael Abbud Nutricionista graduada pelo Centro Universitário Central Paulista. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/Divisão Ensino e Pesquisa. Pós-graduanda em Nutrição Esportiva Funcional pela VP Consultoria Nutricional/Divisão Ensino e Pesquisa. Nutricionista com conhecimento e prática em nutrição vegetariana.
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ESPAÇO SAÚDE
entrevista
OSTEOPOROSE Revista Espaço Saúde A osteoporose dói? Dr. Rodrigo Reiff Não. Este é o ponto de partida para entendermos esta patologia, uma condição caracterizada pela diminuição da massa óssea que acomete em torno de dez milhões de brasileiros. Mas então, qual é o grande problema relacionado à osteoporose? A resposta: fragilidade óssea. Em outras palavras, na medida em que o osso apresenta uma deterioração de sua microarquitetura, ocorre uma diminuição de sua resistência mecânica, aumentando o risco de fraturas. Mas, diante deste quadro, o osso pode fraturar espontaneamente? Não é a situação mais comum, mas pode ocorrer. O mais usual, no entanto, é que o indivíduo portador apresente fraturas após sofrer uma queda. Neste caso, os locais mais acometidos são o punho (radio distal), o ombro (úmero proximal), o quadril (fêmur proximal) e a coluna (vértebras da transição tóraco-lombar). RES Como a osteoporose se desenvolve? Dr. Rodrigo Reiff Supostamente, recrutamos todo o nosso estoque de cálcio no osso até os trinta anos de idade, quando então passamos a apresentar uma taxa de diminuição de sua concentração na ordem de menos de 1% ao ano. É possível supor, portanto, que com o passar dos anos os indivíduos apresentem uma diminuição da concentração Sintomas • Em geral, o mal é assintomático até a pessoa ter alguma fratura • Dores nos tendões, articulações e musculatura • Redução do tamanho das vértebras, que também sofrem pequenas fraturas não dolorosas e acabam deixando o paciente corcunda
de cálcio nos ossos. Após a menopausa, a perda da massa óssea se torna mais evidente. O hormônio estrógeno, como se sabe, tem seus níveis diminuídos após a menopausa. Seu efeito protetor, portanto, estará diminuído. Sua deficiência também causa um aumento do PTH, ou hormônio da paratireóide. O PTH é responsável por manter níveis sustentados de cálcio no sangue, muitas vezes sacrificando o cálcio do osso para cumprir sua função. A retirada de cálcio do osso também é aumentada pela ação do cortisol, um hormônio corticosteróide produzido pela glândula supra-renal. Sua forma sintética é utilizada para o tratamento de doenças reumáticas, asma e outras condições. Atenção especial com relação a certos hábitos de vida. Alimentos como café, chá escuro e bebidas alcoólicas diminuem o aproveitamento do cálcio quando consumidos de forma exagerada. Gorduras na dieta formam complexos insolúveis aumentando a eliminação de cálcio pelas fezes. Refrigerantes do tipo “cola” possuem o acido fosfórico que prejudica a formação óssea. Dietas ricas em sal aumentam a excreção de cálcio pela urina. RES Todas as pessoas estão sujeitas a desenvolver osteoporose? Dr. Rodrigo Reiff Na verdade, existem indivíduos com maiores fatores de risco para o desenvol-
Prevenção • A prevenção começa na infância, com a ingestão de leite e derivados, além de alimentos ricos em cálcio • Exposição ao sol em horários saudáveis • Prática de exercícios físicos • Evitar o fumo e a ingestão exagerada de bebidas alcoólicas e refrigerantes
Tratamento • Medicamentos que repõem o cálcio e outras substâncias importantes para os ossos • Exercícios físicos • Dieta rica em cálcio • Vitamina D • Terapia de reposição hormonal (TRH), já que a redução de estrogênio na menopausa acelera a perda óssea
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vimento da osteoporose, como mulheres no período pós-menopausa, pacientes com doenças da tireoide, com história familiar de fratura ou de osteoporose, fumantes, sedentários, etilistas, pacientes com doenças reumáticas ou com histórico de uso prolongado de corticóides. Desde 1994, a Organização Mundial da Saúde adotou a densitometria óssea como padrão-ouro para o diagnóstico da osteoporose. Constatações recentes demonstram que o risco de desenvolvimento de fratura está mais diretamente relacionado à deterioração do colágeno ósseo do que à baixa densidade mineral de cálcio. Ao utilizarmos apenas a densitometria óssea, estaríamos fazendo uma análise muito restrita do tecido ósseo.
ma ativa da vitamina D, requerendo suplementação. A vitamina D estimula a absorção sanguínea do cálcio ingerido pela alimentação ao nível do trato gastro-intestinal. O protocolo atualmente sugerido para a prevenção da osteoporose é relatado a seguir. Dieta que englobe alimentos ricos em cálcio (peixes e crustáceos, leite e derivados, verduras escuras). Recomenda-se que a ingestão de cálcio para um adulto seja de 1.200 mg/dia e para uma mulher no período pós-menopausa de 1.500 mg/ dia. Exposição ao sol por 15 minutos diários em horários seguros (até as 10h e após as 16h). Caminhadas por 30 minutos, três vezes por semana. Quando necessário, a osteoporose pode (e deve) ser tratada com o auxílio de medicamentos.
RES Podemos supor que a prevenção da osteoporose se faça pela ingestão de alimentos ricos em cálcio em grande quantidade, certo? Dr. Rodrigo Reiff Errado. Mais importante do que isto é fazer com que o cálcio ingerido seja incorporado ao osso. A maneira mais eficiente de se obter este efeito é através da atividade física regular, envolvendo exercícios que requeiram sustentação do esqueleto no plano vertical. O fortalecimento muscular, através de seu fenômeno compressivo sobre os ossos, também estimula a permanência do cálcio no interior dos ossos. Atualmente, o papel da vitamina D tem recebido grande destaque no meio científico. Exames laboratoriais têm demonstrado que os indivíduos apresentam carência da for-
RES Alguma dica final para os leitores? Dr. Rodrigo Reiff Um guia de orientação para a prevenção de quedas é parte integrante de uma discussão sobre osteoporose. Seguem-se dicas preciosas: Não deixar fios de telefone e televisão expostos ou soltos no chão. Não deixar objetos de decoração no chão. Evitar tapetes soltos e escorregadios. Cuidados com animais de estimação para não tropeçar. Usar calcados com solado anti-derrapante. Ao acordar à noite, aguardar alguns segundos antes de se levantar da cama para evitar tontura. Manter um abajur de fácil alcance para iluminar o ambiente à noite. Medicamentos anti-hipertensivos ou calmantes podem causar tontura. Utilizar sempre corrimãos e barras de apoio.
Rodrigo B. M. Reiff Médico Ortopedista. CRM: SP85358 Doutorado em Ciências (Ortopedia e Traumatologia) pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
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Alzheimer
A importância do apoio às pessoas com a Doença de Alzheimer Por Rosane D’Andréa
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ualquer pessoa que conheça a Doença de Alzheimer percebe a força de seu impacto sobre a família, principalmente sobre o cuidador principal. O recebimento do diagnóstico gera muita angustia no familiar que se sente desamparado e perdido quanto ao caminho a seguir. Para ajudar as pessoas que convivem com a doença, foi criada a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), uma organização não governamental sem fins lucrativos formada por familiares de pessoas com a Doença de Alzheimer (DA) e profissionais da área de saúde. O médico Pietro Bordini De Santis psiquiatra e psicogeriatra é o coordenador da sub-regional de São Carlos e explica que a finalidade da entidade é fornecer informações sobre a doença como diagnóstico, tratamento, orientações corretas sobre os cuidados com o paciente e com o cuidador. É um trabalho voluntário e conta com a participação da Vânia Varotto especialista em gerontologia e Francine De Groote, fisioterapeuta, que além de suas habilidades, também demonstram disposição e amor. Como resultado, espetaculares formas de atingir a população, despertando-a para o diagnóstico precoce, a prevenção de problemas, o manejo de cuidados com o doente e o cuidado com a saúde do familiar/cuidador. A missão da ABRAz é buscar integração dos diversos setores da sociedade para representar e defender os direitos da pessoa com a Doença de Alzheimer (DA) e seus familiares por meio do desenvolvimento de ações educativas e de apoio, incentivando a informação científica de alta qualidade para a construção do conhecimento na área da doença. Um importante instrumento para auxiliar a família é a informação. Para De Santis a troca de experiências entre os familiares, o apoio mútuo ao “cuidador” esposo, esposa, filhos são fundamen-
tais. A troca de experiências permite que as pessoas busquem novas soluções, motivações e se fortaleçam para enfrentar os sintomas, as perdas e o sofrimento de acompanhar a progressão da doença. “Lidamos com o estresse do cuidador, que deixa sua vida de lado para cuidar do doente. Isso gera estresse, irritação e ansiedade. É difícil, mas pode ser gratificante e nossa função é abrir os horizontes dos cuidadores”, afirma De Santis. Alguns pacientes necessitam de medicação, mas o que as pessoas não sabem é que podem conseguir os remédios gratuitamente. De Santis incentiva as pessoas a participarem das reuniões da ABRAz porque é o tipo de ação que vale a pena. “É preciso se envolver mais e é possível ver que o tratamento não é sofrido. O que existe é muito preconceito, mas é uma doença como qualquer outra. O importante é a busca pelo tratamento”. As reuniões são mensais, realizadas na segunda terça-feira de cada mês às 19h30 com palestras de advogados, médicos e troca de experiência entre as famílias. O local é na Rua Serafim Vieira de Almeida, 793. Mais informações pelo telefone (16) 3415-1936.
Dr. Pietro Bordini De Santis
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Disfagia
Dificuldade em engolir? A disfagia pode ser sintoma de doenças: • Neurológicas (acidente vascular cerebral, traumatismo cranioencefálico, paralisia cerebral, doença de parkinson); • Mecânicas (câncer, mal- formações e ferimentos); • Psicogênicas (emocionais); • Senilidade (envelhecimento) e outras.
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uem nunca conheceu uma pessoa que tem dificuldade de se alimentar pela boca? Essas pessoas podem ser idosas, crianças que nasceram com problemas neurológicos, pessoas que sofreram acidente e muitos outros casos. Engolir (deglutir) pode, em um primeiro momento, parecer simples a todos nós. Mas alguém já parou e prestou atenção na maneira que deglutimos? Os atos que parecem simples a olho nu são em geral complexos quando olhamos com óculos apropriados. A disfagia, é um distúrbio de deglutição e, normalmente, é um sintoma de uma doença já existente que pode acometer qualquer parte do trato digestório, desde a boca até o estômago. Essa dificuldade está associada à interrupção do prazer da alimentação, afetando a rotina e a vida diária do indivíduo, além de impedir a manutenção das condições nutricionais e de hidratação. O fonoaudiólogo é o profissional responsável pelo diagnóstico e reabilitação desse distúrbio. Procura restabelecer a função normal, adaptando ou compensando a deglutição com exercícios e técnicas apropriadas a cada caso, após avaliação, fazendo com que o paciente consiga se alimentar com segurança e prazer, reduzindo, o máximo possível, complicações como desidratação, infecções pulmonares e subnutrição, além de melhorar a qualidade de vida do indivíduo.
Atenção a alguns sinais/sintomas associados à disfagia • • • • • • • • •
Dificuldade de mastigação; Restos de alimento na boca; Cansaço durante as refeições; Dificuldade de engolir saliva e/ou alimentos; Tosse antes, durante ou após deglutição; Engasgos; Alterações respiratórias durante a alimentação; Sensação de alimento parado na “garganta”; Dificuldade em engolir alguns tipos de alimento; • Retorno do alimento para boca e/ou nariz; • Dor ao deglutir.
Mariana Zerbetto Fabrício Fonoaudióloga clínica graduada pela USP Ribeirão Preto. Aprimoramento e Aperfeiçoamento em Fonoaudiologia Hospitalar pelo Hospital de Base de São José de Rio Preto. Maria Grazia Guillen Mayer Fonoaudióloga graduada pela USP Bauru Mestre e Doutoranda em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos. Mônica Roberta da Silva Gonçalves Fonoaudióloga clínica graduada pela UNIARA. Aprimoramento em Motricidade Orofacial pelo Cefac.
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GESTÃO HOSPITALAR
Gestão hospitalar Compromisso e seriedade
Por Rosane D’Andréa
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uando se fala em Gestão Hospitalar é preciso saber o que faz o gestor. De acordo com Antônio Valério Morillas, provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, um dos maiores e mais completos hospitais do interior paulista, o gestor é o provedor e tem a função de administrar e atuar no planejamento, organização e gerenciamento de um hospital. Como tem conhecimentos na área de políticas públicas de saúde, pode trabalhar para manter a infraestrutura, determinar o melhor uso para o espaço físico e ainda definir o número de médicos, enfermeiros e especialidades que o local poderá atender. É de sua responsabilidade
Antônio Valério Morillas
o planejamento das manutenções preventivas dos equipamentos médicos, o controle dos estoques de materiais, a limpeza e até a destinação dos resíduos hospitalares. Segundo Morillas, o gestor presta contas com transparência e é o responsável pelas licitações de preços. Tudo justificado e comprovado no Conselho Municipal de Saúde. “A Santa Casa passa por uma reestruturação com a profissionalização. Com a parceria da Escola Trevisam de Negócios, irá oferecer MBA em gestão de saúde”. Com mais de 900 funcionários, 330 leitos, sendo que 210 para o SUS, a Santa Casa passa por grandes dificuldades e está renegociando com bancos cerca de R$ 15 milhões. “Deste montante, 4,8 milhões são para os fornecedores do hospital. Também estamos negociando com a Prefeitura a complementação da tabela do SUS na área de cirurgias eletivas, não com a urgência”, afirma. Para quem não sabe, a diretoria da Santa Casa é formada por pessoas da sociedade sem remuneração. “É um trabalho voluntário. Esse grupo de voluntários também organiza bazares de artesanato, bingos e noites da pizza para arrecadação de verbas”, conta. Segundo ele, enquanto não houver vontade política, os problemas não serão resolvidos. Antônio Valério Morillas é provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos.
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Gestão Hospitalar Os cuidados com a Casa
Por Rosane D’Andréa
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ssim como no setor público, o Gestor de Saúde do âmbito privado busca otimizar os recursos para atender da melhor forma as necessidades da população. Neste sentido, o setor de saúde busca saídas sustentáveis que permitam oferecer à clientela soluções com eficácia, humanização dos serviços e forte vínculo de acolhimento aos usuários. Tais ações constituem-se em marcas evidentes deste novo momento de gestão que a Casa de Saúde – Hospital e Maternidade – está implementando ao longo dos últimos anos. No contexto atual a palavra de ordem na conjuntura administrativa é gestão. Sendo assim, aos olhos de quem atua no Setor hospitalar no dia-a-dia, gestão significa, em termos práticos, cuidar e ter ciência de todas as formas possíveis de receitas e despesas. É assim que define Dr. Fernando de Luca, que é o atual Gestor Hospitalar da Casa de Saúde. Ele ainda acrescenta que “gestão é mais do que isso, é dimensionar esses itens seja de forma financeira (tangível) ou até mesmo através de itens intangíveis e sustentáveis”. Em paralelo a este dimensionamento, considera-se grande a missão de gerenciar os aspectos humanos, sendo praticamente impossível alcançar o êxito sozinho ou com pessoal não qualificado. Por essa razão, desde 2010 vêm sendo desenvolvido
Dr. Fernando Augusto de Luca
um programa de Educação Continuada aos gestores de setor da Casa de Saúde. No início de 2012 a Casa de Saúde procurou pela Escola de Negócios Trevisan para dar início à formação da primeira turma de MBA Corporativo em Gestão de Saúde, de São Carlos. Amparando todas essas ações, torna-se essencial encontrar uma ferramenta de gestão pertinente ao ramo da saúde para que se possa de forma rápida e eficiente conhecer os dados e interpretá-los para tomada de decisão assertiva e preventiva. Agindo dessa forma, o gestor garante a execução do que planejou e evita tomadas de decisão desesperadoras que possam colocar em risco a solidez da empresa. Fernando Augusto de Luca é médico oftalmologista há mais de 20 anos, Gestor Hospitalar e é o atual Diretor Superintendente da Casa de Saúde.
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Varizes
VARIZES
Causas, sintomas, tratamento e prevenção
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o processo da circulação sanguínea, dentro de padrões fisiológicos, o sangue retorna dos pés em direção ao coração por uma rede de veias, e isso acontece contra a força da gravidade. Para facilitar o retorno venoso, o organismo utiliza válvulas, que são estruturas dentro das veias que facilitam essa volta. Em pleno funcionamento, as válvulas se abrem para a passagem do sangue em direção ao coração, e fecham-se para impedir que o sangue reflua no sentido oposto. Quando estas estruturas sofrem alterações anátomo-patológicas, o sangue flui para o lado “errado” e, em parte, fica estacionado nas veias provocando o aumento da pressão interna, dilatação anormal, formando as indesejáveis varizes. Causas
rona, que altera as veias. As variações hormonais na menstruação, gestação e menopausa também aumentam o risco da doença. Na gravidez, a quantidade de sangue circulante chega a aumentar em até 50% no terceiro trimestre e o trabalho das veias também. O útero, por sua vez, cresce e passa a pressionar a região pélvica e as veias abdominais, dificultando o retorno do sangue. O uso de hormônios femininos, como anticoncepcionais ou reposição hormonal durante a menopausa, é uma das principais causas do aparecimento de varizes. O ideal, para as mulheres com tendência a ter varizes, é não utilizar hormônios. A obesidade e o sedentarismo dificultam o retorno venoso, especialmente quando há concentração de gordura região abdominal e a falta de exercícios físicos pode diminuir a eficiência dos músculos da panturrilha, que favoreceria o retorno sanguíneo.
Hereditariedade: se há grande incidência da doença na família, o risco é maior. Mas não significa que todos de uma mesma família terão varizes. Outros fatores podem desencadear ou agravar o problema também. As mulheres apresentam três vezes mais varizes do que os homens, devido à presença de hormônios femininos, principalmente a progeste-
Uma das queixas mais comuns diz respeito à estética, quanto mais visíveis, mais os vasos e varizes parecem incomodar. Já, entre os sintomas podemos citar a sensação de peso e cansaço nas pernas; a dor nas pernas; o inchaço (especialmente
Varizes
Vasinhos (telangiectasias)
Sintomas
nos tornozelos) ao final do dia; a coceira; as cãibras; a descamação ou o escurecimento da pele. Tratamento: Varizes de implicação estética Apesar de visíveis e desagradáveis, esse tipo de varizes não traz sintomas como dor ou inchaço. Telangiectasias são os “vasinhos” avermelhados ou arroxeados, dilatados na superfície da pele, agrupados ou isolados. Normalmente, nas pernas, os vasinhos estão associados às veias responsáveis pela sua nutrição. Ao terem suas válvulas comprometidas, as veias nutridoras aumentam a pressão e a quantidade de sangue enviada para outros vasos da região, provocando sua dilatação. Por isso, para que o tratamento dos vasinhos seja satisfatório, é preciso verificar se existe a presença destes tipos de veia e tratá-las, caso contrário elas continuarão “alimentando” antigas e recidivando novas telangiectasias. Tratamento: Varizes de implicação funcional Os pacientes costumam relatar sintomas como dor, inchaço, cansaço e queimação nas pernas. As varizes funcionais estão ligadas ao mau funcionamento das válvulas venosas. No retorno venoso em direção ao coração, ocorre refluxo e estagnação de sangue nas veias safenas e ou perfurantes. Seu tratamento implica em cirurgia convencional ou a laser. Prevenção Praticar exercícios regularmente. Repousar algumas vezes ao dia com as pernas elevadas. Evitar ficar em pé ou sentado por tempo prolongado. Movimentar as pernas, com pequenas caminhadas, a cada meia hora. Perder os quilos extras e manter o peso estável. Usar meias elásticas diariamente. Dra. Carolina Díaz Pedrazzani Lemos CRM 107779 Médica Cirurgiã Vascular graduada e especializada pela Universidade Estadual Paulista - UNESP Botucatu. Título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira.
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pesquisa
Biomateriais
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iomateriais podem ser definidos como substâncias naturais ou sintéticas que são toleradas de forma transitória ou permanente, pelos diversos tecidos que constituem o corpo humano. O principal objetivo do uso de biomateriais é a restauração de funções dos tecidos e órgãos do corpo humano. Quando se trabalha com biomateriais, é importante o entendimento da correlação entre propriedades, funções e estruturas dos materiais biológicos, dos materiais sintéticos e da interação entre eles. As aplicações de biomateriais se estendem a diversas áreas, que incluem a cardiovascular (valvas cardíacas e vasos), odontologia (membranas e biocerâmicas), oftalmologia (membranas protetoras e cicatrizantes), ortopedia e traumatologia (membranas, biocerâmicas e próteses),entre outras. O uso cada vez mais constante de materiais artificiais para restaurar partes do corpo humano tem exigido o desenvolvimento de tecnologias diferenciadas na fabricação de produtos que atendam às solicitações de materiais implantáveis. Atualmente, se busca desenvolver materiais específicos para aplicações nas diversas áreas da medicina. A necessidade de desenvolvimento de novos materiais e adaptação de materiais já existentes para o uso médico/odontológico levou ao desenvolvimento de uma nova área de pesquisa em tecnologia e ciência dos materiais e dos biomateriais, incluindo os materiais cerâmicos, metálicos, poliméricos e compósitos. Para o desenvolvimento de um dispositivo implantável, é necessário um intercâmbio entre profissionais da área tecnológica (engenheiros, físicos, químicos) e os da área biológica (médicos, dentistas, biólogos). O grupo de Biomateriais do Instituto de Química de São Carlos/USP se caracteriza pela sua atividade em desenvolvimento tecnológico na área de biomateriais, com o objetivo geral de desenvolvimento de biomateriais tendo como matéria prima básica o colágeno e/ou quitosana associados à biocerâmicas, voltados para as áreas de odonto-
logia, ortopedia e traumatologia, e suportes para liberação programada, dentro do princípio do estudo das correlações de estrutura/propriedade/ resposta biológica. O objetivo é gerar novas rotas de síntese e procedimentos para o desenvolvimento de novos produtos na área de biomateriais, caracterizados por alta performance e baixo custo. As atividades do grupo envolvem a transformação química de tecidos naturais ricos em colágeno, materiais de colágeno reconstituído, géis de colágeno, associações de colágeno com biocerâmicas (hidroxiapatita), polissacarídeos (quitosana), antibióticos e polímeros sintéticos, visando: • materiais para reconstrução de tecidos moles, à base de tecidos desvitalizados; • materiais para reconstrução de tecido ósseo a partir de associações colágeno, hidroxiapatita e quitosana • materiais para reconstrução de tecido ósseo a partir da biomineralização in vitro de tecidos desvitalizados. • desenvolvimento de suportes biodegradáveis para liberação controlada de fármacos à base de colágeno, quitosana e/ou biocerâmicas.
Os materiais utilizados para a preparação dos biomateriais são:
• Colágeno – obtido a partir de tecidos como serosa porcina ou tendão bovino, por tratamento alcalino, na presença de sais de metais alcalinos e alcalinos terrosos, conforme procedimento desenvolvido pelo grupo. • Quitosana – obtida por desacetilação de quitina obtida a partir de gládios de lula ou cascas de camarão. • Tecidos desvitalizados – Tecidos como serosa e pele de suínos ou tendão e pericárdio bovino, que passam por tratamento alcalino.
CRÂNIO, OSSOS E MEMBROS - É possível utilizar placas e parafusos de aço inoxidável ou titânio para fixação de fraturas. Além dos metais, podem ser confeccionados parafusos e placas bioabsorvíveis usando ácido polilático. OLHOS - Lentes de acrílico intraoculares podem ser implantadas para acabar com a catarata. ROSTO E CORPO - É possível usar injeção de peças de acrílico para tirar rugas, fazer preenchimento facial e moldar as formas do rosto. Em outras partes do corpo, como braços, nádegas e pernas, o produto é utilizado para aumentar o volume da região. BOCA, DENTES E FACE - Feitos em hidroxiapatia, óxido de alumínio, polietileno ou cerâmica, os implantes dentários são resistentes a desgaste e podem substituir dentes (ou partes deles) e ossos da mandíbula. Também há técnicas de regeneracão de dentes e ossos da face a partir de celulose bacteriana. CORAÇÃO - Desenvovimento de corações artificiais, marcapassos e válvulas cardíacas, que podem ser orgânicas ou artificiais (liga de titânio ou poliacetato). SEIOS, PANTURRILHA E NÁDEGAS - O silicone pode ser usado de maneira estética. COLUNA VERTEBRAL - É possível injetar porções de acrílico na coluna em caso de ruptura de vértebras. DEDOS - Implante de juntas são feitos em silicone. PELE - Fios de nylon podem ser utilizados, externa ou internamente, para realizar pontos e sutura em cirurgias. VASOS SANGUÍNEOS - Feitos a partir de polímeros, pequenos tubos substituem artérias e veias. OSSOS - Podem ser feitas próteses para substituição de ossos ou articulações usando materiais como aço inoxidável, titânio, cromo, cobralto ou biovidro, uma composição rica em cálcio e fósforo. CARTILAGENS - A partir de polímeros, são desenvolvidas cartilagens artificiais para substituir tecidos danificados. Também é possível empregar hidrogel para preencher falhas em orelhas, joelhos e outras articulações.
A situação dos biomateriais no Brasil, exceto pela existência de pontos isolados (área cardiovascular, materiais para próteses ortopédicas, como exemplos), tem desenvolvimento deficiente. Como consequência, biomateriais de última geração aqui empregados são, na sua maioria, importados a custos elevados limitando assim, significativamente, o seu uso. O aspecto mais significativo desta deficiência tecnológica no país está relacionado mais com a criação de um vazio entre ciência básica e geração de tecnologia. Entretanto acreditamos que o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas voltadas para a produção de biomateriais no Brasil é viável pois seu desenvolvimento depende de conhecimentos básicos necessários que além de estarem disponíveis na literatura científica, são preenchidos pela boa qualidade dos profissionais existentes no país, e que estão ligados ‘a utilização de biomateriais; da necessidade de interação profissional multidisciplinar em virtude das caraterísticas da área; de infra-estrutura adequa-
da que pode ser alcançada pela interação multi-institucional; da interação coordenada entre os segmentos de desenvolvimento e os segmentos de aplicação para que os materiais desenvolvidos possam efetivamente atingir seu objetivo final que é a solução de problemas da área da saúde. Portanto, para o desenvolvimento eficiente deste tipo de atividade há a necessidade da aglutinação de instituições de pesquisa, setor produtivo e usuários (médicos, dentistas, por ex.) para definição de áreas de pesquisa prioritárias para solução de problemas na área da saúde, dentro da realidade brasileira. Ana Plepis Possui graduação em Química pela Universidade Federal de São Carlos, mestrado em Química pela Universidade de São Paulo , doutorado em Química pela Universidade de São Paulo e pos-doutorado pela University College of North Wales.
Dicas de Saúde
Essas dicas foram elaboradas por: Dr. Aldo Ruggiero
Dicas para Saúde do
Coração Cresce na atualidade a preocupação com a obesidade, sobretudo a infantil, assim como a hipertensão precoce e também alterações dos níveis de colesterol em crianças. Portanto, os cuidados abaixo listados podem prevenir e/ou diminuir este quadro alarmante:
Limitar a ingestão de bebidas alcoólicas e energéticos.
Alimentação saudável, pobre em sódio, gorduras, frituras e um aumento de ingestão de fibras, frutas e vegetais.
Prática regular de atividade física.
Reduzir carga de trabalho e evitar situações de estresse.
Controle da pressão arterial, glicemia (glicose no sangue) e perfil de gorduras (colesterol e triglicérides), uma ou mais vezes ao ano.
Manter o equilíbrio entre corpo e mente e não esqueçer de sorrir, amar e brincar mais que geram como produto final o prazer, qualidade de vida e a sobrevida de nosso coração.
Parar de fumar.
Indicador profissional CIRURGIA PLÁSTICA
Fisioterapia
ODONTOLOGIA
Tiago Alves Barbosa CRM 97598 Cirurgião Plástico R. Dona Alexandrina, 1887 Tel: 3371-2282/3371-0698 tabarbosa@hotmail.com
Jean Volland CREFITO SP 13058 Abrahão João, 895 - Jd Bandeirantes Tel: 16 8148-7688 jmvolland@yahoo.com.br
Marcos Jacobovitz CROSP 42225 Endodontia, Cirurgia Parendodôntica, Tratamento de Traumatismos Dentais R. Maestro João Seppe, 900. Sala 164. Ed. Medical Center. Tel: 3364-3310/8132-0505
CIRURGIA VASCULAR Carolina D. Pedrazzani Lemos CRM 107779 Cirurgiã Vascular R. Dona Alexandrina, 1887 Tel: 3371-2282/ 3371-0698 carolpedra@hotmail.com DERMATOLOGIA Moysés Costa Lemos CRM 97578 Dermatologista R. Dona Alexandrina, 1887 Tel: 3371-2282/3371-0698 mdclemos@hotmail.com ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Sâmara Geovanine S. Hermenegildo CRF 150998-F Fisioterapia aplicada à Estética R. São Sebastião 2319 Tel: 3371-11-88 3372-88-69 samara.giovanine@hotmail.com FISIOTERAPIA Regina Schultz Crefito 16.164-F Fisio-Dermato Funcional Estética Rua Maestro João Sepe, 900. Sala 81 Tel: 3116-9646/3411-3861
NUTRICIONISTA Marita Mecca CRN 19382 Nutricionista R. Capitão Adão P. S. Cabral, 488 Tel: 3413-6830/33728652/9217-6931 NUTRICIONISTA Zilda F. Rafael Abbud CRN 23732 Nutrição clínica funcional Nutrição esportiva funcional R. Sete de Setembro, 2275. Tel: 3371-5943 zildanutricao@yahoo.com.br Odontologia
Odontologia Fernanda Karina Paulino CROSP 61709 Clínica Geral R. General Osório, 1372 Tel: 3372-0483 fkpaulino@hotmail.com ORTODONTIA Regynaldo Zavaglia Crosp 58.314 Ortodontista R. Conde do Pinhal, 2380 Tel: 3372-1459 zavaglia@terra.com.br
André Ferreira Baccarin CROSP 89817 Cirurgião Dentista/Especialista em Endodontia (tratamento de canal) R. General Osório, 1372 Tel: 3372-0483 andrebaccarin@hotmail.com
Rodrigo B. M. Reiff CRM SP85358 Médico Ortopedista R. XV de Novembro, 1032 Tel: 3371-0190
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Augusto Sousa Silva CROSP 86059 Dentista - Cirurgias - Implantes Osteointegrados Rua Nove de Julho, 2130 Tel: 3371-0251/ 9112-5383 drsousa@santaapolonia.com www.santaapolonia.com
Sergio Thiago Albertin CRM 104489 – SP Otorrinolaringologista Avenida São Carlos, 2505 - Sala 1 Tel: 3413-8079/3201-3006
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Cléber Racy Abbud CROSP 25976 Próteses, implantes e cirurgias. Sedação com óxido nitroso R. Major José Inácio, 1738 Tel: 3371-3467 emaildoabbud@gmail.com
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