Revista Espaco Saude

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Editorial

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ão Carlos a capital da tecnologia, Atenas paulista, campeã nacional da relação doutores per capita. Com tantos títulos a cidade segue sua tendência, prestes a tornar-se também uma forte referência nacional na área da saúde. O panorama está aí para ser comprovado, e não apenas devido aos excelentes profissionais da saúde que atuam na cidade nem também à relação ótima entre médicos/pacientes preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de um profissional para cada 1000 habitantes. Aqui temos um para cada 956. Afora também os detalhes otimistas acerca da política municipal de saúde que poderão ser lidos nesta edição, temos motivos adicionais para nos orgulhar. Abaixo alguns dados significativos que reforçam a assertiva: O recém-regulamentado curso de graduação em Medicina da Universidade Federal de São Carlos-UFSCar, por meio de Portaria publicada em janeiro de 2012, alavanca expressivamente o nível de nossos profissionais de saúde frente à exigência da contratação de docentes altamente qualificados que incrementam o ensino e reciclagem profissional, o atendimento ao público e também a pesquisa na área. Dentro desta mesma universidade encontram-se: o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS– UFSCar), que abrange cursos em áreas médicas e paramédicas e o Departamento de Engenharia de Materias (DeMa-UFScar), com estudos de materiais cerâmicos, metálicos e poliméricos, voltados também à saúde, além de seu renomado Laboratório de Caracterização Estrutural (LCE-DeMa-UFSCar), que incrementa investigações também na área de pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Em um giro pelos campi da USP São Carlos, vamos encontrar estruturas surpreendentes: no IFSC– USP destacam-se: o inédito curso multidisciplinar de Ciências Físicas e Biomoleculares, com ênfase em biotecnologia; o Grupo de Cristalografia que realiza pesquisas em áreas aplicadas a doenças infecciosas tropicais e patologias humanas como câncer e osteoporose; o Centro de Pesquisa em Ótica e Fotônica de São Carlos (Cepof) é referência em estudos do uso de feixes de luz para uso odonto-

lógico, dermatológico e para o tratamento de pacientes com câncer. Na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC–USP), o programa de Bioengenharia da EESC–USP se dedica a pesquisas relacionadas ao aparelho músculo-esquelético e reparação tecidual. Já no Instituto de Química de São Carlos (IQSC–USP), avançadas investigações acerca de biomarcadores tumorais, biomateriais e fármacos são destacadas. De fato, o que se faz dentro destas duas universidades é ensino e pesquisa de excelência: ilhas de projeção internacional. Com significativo volume de produção científica, há que viabilizar a inovação de produtos e tecnologias que favoreçam a população: o Centro de Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde de São Carlos (Citesc) se destaca pela busca e aceleração da transferência de resultados de pesquisa científica em áreas médicas e farmacêuticas gerando inovação, leia-se: produtos inéditos. Vale saber que das dezenas de indústrias instaladas na cidade, muitas são as que manufaturam produtos voltados à saúde, gerando empregos e divisas. Com tamanha riqueza de dados relacionados ao tema, é amplamente justificada a circulação de um veículo que nos mantenha informados sobre saúde e bem estar em São Carlos. A Revista Espaço Saúde, já em sua 3ª edição cumpre este objetivo, compilando assuntos de interesse, com linguagem voltada ao público geral. A concepção da Revista visa a publicação de artigos de qualidade dentro de uma política editorial, sem quaisquer ônus a autores que aqui expõem seus artigos, o que se traduz em credibilidade. Profissionais, docentes, pesquisadores, gestores da área de saúde: este é o espaço de divulgação de seu trabalho. Artigos na RES serão sempre bem vindos! Dr. Marcos Jacobovitz Cirurgião Dentista Crosp 42225 Corpo Editorial da Revista Espaço Saúde.


O QUE VOCÊ ENCONTRA NA REVISTA ESPAÇO SAÚDE CAPA

OUTROS TEMAS

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O que está acontecendo com as mulheres? Por que o parto natural tem sido deixado de lado no Brasil?

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Direito à visão. A prevenção é uma arma poderosa para se evitar a cegueira.

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A Rede Municipal de Saúde. Conheça melhor a rede de atendimento em São Carlos.

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Cuidados com a saúde ocular do idoso Uma consulta de rotina anual pode diagnosticar doenças precocemente e evitar a cegueira.

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Totem de autoatendimento verifica a proteção UV de óculos de sol. Equipamento desenvolvido na USP/São Carlos fornece o serviço.

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Equoterapia: O que é isso? Método com auxílio de cavalos alcança excelentes resultados em tratamentos de saúde. Analgesia ou sedação inalatória consciente. Técnica de administração de óxido nitroso e oxigênio já é uma realidade na odontologia brasileira. A enfermagem e a segurança do paciente. Ações promovem mais segurança na enfermagem.

Doenças típicas de outono/ inverno. Tossiu? Espirrou? Cuidado com as doenças da temporada fria!

Aplicação estética da Terapia Fotodinâmica para uma aparência mais jovem e atraente.

28 Envelhecimento populacional, políticas públicas e o risco de quedas. Dados importantes e dicas para se previnir os acidentes com idosos.

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Dicas de saúde Indicador Profissional

Revista Espaço Saúde • Ano I | Número 3 | maio, 2012.

A Revista Espaço Saúde tem como objetivo aproximar o público de São Carlos e região de temas relevantes nas áreas de saúde, bem-estar, sustentabilidade e meio-ambiente. Na revista são publicados artigos de profissionais da área de saúde e matérias jornalísticas. Também divulgamos artigos de pesquisadores, buscando, dessa forma, levar ao conhecimento do público o que de mais avançado está sendo feito dentro dos centros de pesquisa. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores. Esta publicação foi idealizada por Marcos Jacobovitz e Diagrama Editorial. Jornalista Responsável MTb 33.863. Tiragem: 5 mil exemplares. A Revista Espaço Saúde é publicada pela Diagrama Editorial, R. XV de Novembro, 2190, Sala 8, CEP 13564-220, São Carlos. Para publicação de artigos ou anúncios: Fale Conosco (16) 3413-9142 | espacosaude@diagramaeditorial.com.br. Site www.revistaespacosaude.com.br.



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A Revista Espaço Saúde é distribuída gratuitamente na cidade de São Carlos mas estamos disponibilizando o envio, para qualquer lugar do Brasil, ao custo de R$20,00 por edição.

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eRRATA O Editorial “Ética médica e Publicidade”, publicado na edição de Março, não contem algumas informações que foram inseridas pelo autor, que são: As denúncias são cada vez mais frequentes com o aumento significativo do uso de propaganda agressiva e ilegal, tanto que a Justiça proíbe sites de compras coletivas de anunciar tratamentos odontológicos. Em novembro de 2011 a 4ª. CONEO do Conselho Federal de Odontologia debateu a atu-

alização de Código de ética Odontológica que está em vigência há 10 anos. Teremos um novo Código de Ética mais atual adaptado ao crescimento tecnológico e novas características sociais. A versão online do editorial está completa, com todas as informações que o autor do editorial solicitou. Para visualizar a versão online do editorial acesse: http://www.revistaespacosaude.com.br/?p=640

eventos maio/JUNHO

maio/JUNHO

▶ IV Jogos Municipais da Melhor Idade de São Carlos: 24/05 - 19h - Abertura. Local: Ginásio Milton Olaio Filho de São Carlos. 27/05 - Rua de Lazer - SESC 28/05 - 29/05 - Jogos - Competição 30/05 - Caminhada da Melhor Idade. 01/02/03/06 - Jogos - Competições. 04/06 - encerramento - baile.

▶ Campanha contra a Gripe. Acontece entre 5 e 25/5, em São Carlos, a vacinação contra gripe. Ela será realizada em todas as Unidades Básicas e de Saúde da Família (UBS E USF). Haverá, ainda, postos extras das 8h às 17h. ▶ 2ª Semana do Bebê de São Carlos. De 11 a 16 de Junho/2012 Acompanhe a Programação e Participe: www.semanadobebe.saocarlos.sp.gov.br


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saúde

Doenças típicas de outono/inverno Tossiu? Espirrou? Cuidado com as doenças da temporada fria! Por Rosane D’Andréa

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os meses de outono e inverno, as temperaturas caem. O frio começa a chegar e com ele aquela vontade de se enrolar no edredom para ler um livro ou assistir a um filme. Quanto mais frio, menor a vontade de sair de casa. A estação fria deixa o organismo um pouco mais frágil por causa das variações climáticas, da umidade relativa do ar, da inversão térmica (responsável pelo acúmulo maior de poluentes na atmosfera); da maior concentração de pessoas em locais fechados e pouco arejados e também do uso de casacos de lã e cobertores, que ficam guardados no armário por longos períodos e acumulam poeira. Com isso ficamos mais suscetíveis a doenças. Tudo começa com o próprio frio, que funciona como um irritante para as vias aéreas de algumas pessoas. Para o otorrinolaringologista Fernando Alves Pinto, nesse período, devido às temperaturas mais baixas e ao clima mais seco, a via aérea é afetada com muito mais frequência, principalmente a via

superior (narinas, seios da face, faringe e laringe). “Gripes e resfriados são muito frequentes, assim como as patologias alérgicas, como rinites e bron-

Dr. Fernando Alves Pinto


quites, que aparecem com mais facilidade”, explica. As mais comuns são as patologias virais das vias respiratórias que aparecem com sintomas de obstrução nasal, coriza, febre baixa e dores pelo corpo. São geralmente autolimitadas e não necessitam de medicação especial, no máximo analgésicos e antitérmicos. “São gripes e resfriados. Uma parte delas acaba evoluindo para sinusites e faringites, às vezes bacterianas, necessitando tratamento médico. Além disso, a parte pulmonar pode ser afetada”, descreve. Ele afirma que crianças e idosos são os que mais sofrem com a baixa umidade do ar. Não há uma maneira totalmente eficaz de prevenção, pois as crianças têm que continuar nas escolas, creches, etc. Uma medida que funciona muito bem é o uso de soro fisiológico. Deve ser usado em lavagem nasal, sem contra indicação, prevenindo acúmulo de secreção nasal, que pode acarretar sinusites e faringites. Além disso, a hidratação é muito importante. Tomar bastante água, sucos naturais e água de coco. O médico também destaca o uso de agasalhos para evitar o “choque térmico”. Uma boa dica é manter a higiene doméstica em dia. Evite o acúmulo de poeira, que é um dos grandes responsáveis pelos problemas alérgicos. Evite o sereno e chuvas e evite ficar exposto por longos períodos ao frio, sem a devida proteção. Não saia de lugares muito aquecidos para lugares frios com frequência e evite tomar bebidas geladas por um longo período. Enfim, aproveite o inverno e cuide da sua saúde.

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Dias frios e cinzentos A psicóloga Maria Eugênia Silveira Brandão, analista do comportamento, com especialização em terapia por contingências de reforçamento, formada pelo Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento (ITCR) de Campinas, SP, conta que estudos neurocientíficos procuram demonstrar a relação entre os dias curtos e cinzentos do inverno e o Transtorno Afetivo Sazonal (TAS) – também conhecido como Depressão Sazonal ou depressão “de inverno”. Os pesquisadores sugerem que a diminuição do tempo de exposição à luz solar pode causar um desequilíbrio bioquímico no organismo

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afetando a produção de dois neurotransmissores: serotonina (regulador de humor e apetite) e melatonina (regulador do sono). Com isso, a pessoa sente-se fatigada, sonolenta e apresenta aumento de apetite. Embora este tipo de depressão tenha maior incidência em países com invernos mais rigorosos, aqui no Brasil também ocorrem casos, principalmente nas regiões onde o inverno é mais acentuado. A Psicologia Comportamental vê o homem como produto do meio em que vive. O meio ambiente é a soma do ambiente físico com os organismos que nele vivem, portanto, ele influencia, mas também é influenciado. As ações do homem podem ser discriminadas e, uma vez compreendidas, pode-se até antecipá-las, determiná-las e alterá-las, para que se possa ter uma melhor qualidade de vida. “Não há como negar que os dias ensolarados e mais quentes influenciam o meio ambiente de maneira mais positiva do que os dias cinzentos e frios, ou seja, a incidência da luz solar e o clima quente fazem com que o meio ambiente – incluindo-se, então, o homem – conduza a ações

Dra. Maria Eugênia Silveira Brandão

e comportamentos agradáveis. As pessoas saem mais de suas casas e, com isso, relacionam-se mais. Esses encontros, além de manterem o indivíduo próximo às outras pessoas, normalmente geram situações que o colocam em contato com atividades que lhe são prazerosas (praticar esportes, passear com animais em praças, frequentar bares e restaurantes, etc.)”, conta.

Dicas da especialista: • aproveitar os momentos ensolarados para mantermos o equilíbrio bioquímico de nossos organismos; • praticar exercícios físicos – o frio não pode ser um motivo para deixá-los de lado, e, caso haja necessidade, mude o tipo de exercício ou de ambiente para criar um novo estímulo, o importante é não ficar parado; • criar oportunidades para reunir pessoas a nossa volta (assistir a filmes ou jogar cartas) já que, nos dias de inverno, geralmente passamos mais tempo dentro de casa; • para quem vive sozinho é sempre interessante exercitar a leitura – sugiro livros de ação e aventura, nada de ficar debruçado(a) sobre livros com temáticas que possam levar a sentimentos de tristeza como, por exemplo, sobre amores não correspondidos; • evitar reuniões regadas a comidas muito calóricas, pois corre-se o risco de engordar, e isto pode aumentar a probabilidade de se ter depressão sazonal; • e por fim, evitar cochilos durante o dia, pois podem levar a duas situações indesejáveis: ficar sonolento por muito mais tempo ou perder o sono durante a noite.


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saúde

A Rede Municipal de Saúde Conheça melhor a rede de atendimento em São Carlos.

Por Rosane D’Andréa

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ão Carlos é referência regional na saúde. A cidade atende, além da população local, as cidades de Descalvado, Dourado, Ibaté, Porto Ferreira e Ribeirão Bonito. A média de atendimento da cidade e microrregião é de mais de 400 mil pessoas e a mortalidade infantil do município é a terceira menor do Estado, segundo a Fundação Seade. Para o secretário de saúde Dr. Marcus Vinicius Franzin Bizzarro a atenção básica na cidade é bem constituída e, graças ao Hospital Escola, existe uma ótima cobertura do Programa Saúde da Família. A Rede Municipal de Saúde é composta por 12 Unidades Básicas de Saúde, 17 Equipes de Saúde da Família, um Ambulatório Médico de Especialidades (CEME), um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), um Centro de Atenção Psicossocial – Saúde Mental (CAPS), um CAPS AD (Álcool e Drogas) e duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). As Unidades de Saúde da Família (USF) contam com uma equipe formada por médico, enfermeira, dentista, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários. “Os agentes comunitários são pessoas do bairro, conhecem os moradores e os problemas do dia-a-dia. O número é fixo: mil famílias ou quatro mil pessoas e a atenção é mais direcionada”, explica o secretário. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) têm

modelo convencional com uma equipe de médicos: clínico, pediatra, ginecologista, enfermeira, auxiliar de enfermagem e dentista. O objetivo é a prevenção e tratamento de pequenas patologias. A pessoa marca consulta ou vai por encaminhamento do médico da USF. Nas Unidades Básicas e de Saúde da Família e Centro Municipal de Especialidades são atendidas diariamente cerca de três mil pessoas. São 14 Unidades de Saúde da Família em funcionamento e 18 equipes. O Centro Municipal de Especialidades (CEME) é um ambulatório de referência em 24 especialidades em saúde da cidade de São Carlos e microrregião. Os agendamentos são feitos diretamente nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família. Os retornos são marcados no CEME após a consulta. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em cinco anos realizou mais de 133 mil atendimentos. Segundo o secretário, o SAMU segue o sistema canadense com as seguintes classificações: vermelho quando o paciente tem risco de morte como nos casos de enfarte, derrame ou acidentes e deve ser atendido na hora; amarelo, quando o atendimento é feito em até meia hora como diabetes alto; verde quando o atendimento pode ser feito de 2 a 3 horas, como os casos de crianças com febre e o azul, que pode ser feito em até 24 horas, como os casos de queixas crônicas.


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O Hospital Escola de São Carlos O Hospital Escola, inaugurado em 3 de novembro de 2007, em seu primeiro módulo já realizou mais de 670 mil procedimentos de saúde (14 mil/ mês), sendo 267 mil consultas (adultas e pediátricas), 147 mil exames de imagem, 91 mil exames laboratoriais, 3 mil internações e 185 mil outros procedimentos como curativos, aferição de pressão arterial e administração de medicamentos. O segundo módulo deverá contar com mais de 200 leitos e a previsão de inauguração é para o final de 2012 com início de funcionamento em 2013. Santa Casa de Misericórdia de São Carlos

Secretário de Saúde Dr. Marcus Vinicius Franzin Bizzarro

Das onze unidades prestadoras de serviços contratadas para complementar o SUS, a mais importante é a Santa Casa, com 337 leitos, sendo 210 disponibilizados para o SUS. Dentre eles, 20 leitos de UTI Adulto (15 SUS), sete UTI Neonatal (cinco SUS) e sete UTI Pediátrica (cinco SUS). A estrutura de saúde do município possui 443 leitos, o que indica 1,95 leitos por mil habitantes. O atendimento é feito por quatro hospitais: Santa Casa com 337 leitos (210 SUS), Hospital Escola com 31 leitos SUS no 1o módulo, Casa de Saúde com 56 leitos e Hospital da Unimed com 31 leitos. O Programa de Saúde da Família atende 76,5 mil pessoas, o que corresponde a 35% da população. A meta é chegar em 50% de cobertura até o final de 2012 com a contratação de 12 novas equipes. A Prefeitura conta com 208 médicos (89 atuam em UBS, 13 em USF, 39 no CEME e 67 em urgência e emergência, como UPA e SAMU). Na área odontológica são 36 equipes de saúde bucal, 48 consultórios odontológicos, 85 cirurgiões dentistas, 55 auxiliares e três técnicas de saúde bucal.

Inaugurada em 1o de novembro de 1899, a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos conta com Centro Cirúrgico constituído de um conjunto de instalações que permite efetuar cirurgias nas melhores condições de segurança para o paciente e de conforto para a equipe que o assiste. As principais finalidades são realizar procedimentos cirúrgicos e devolver os pacientes às suas unidades de origem nas melhores condições possíveis de integridade e realizar procedimentos em pacientes não cirúrgicos que necessitam utilizar suas dependências. A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos é referência para os tratamentos de alta complexidade em: gestação de alto risco, UTI, neurocirurgia, UTI neonatal, infantil, nefrologia, cardiologia, radioterapia e ortopedia (credenciado somente para tratamento de ombro, quadril, joelho e tumor ósseo), além de outros serviços como cirurgias ambulatoriais, oftalmo, otorrino, tratamento de dor crônica e serviços de urgência e emergência. A Santa Casa conta, também, com ambulatório de cirurgias cardíacas, banco de sangue, enfermaria, recepção, provedoria e maternidade A Maternidade Dona Francisca Cintra Silva da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, foi inaugurada em 28 de outubro de 1952. A unidade oferece 56 leitos (34 SUS, três particulares e 19 UNIMED) e possui setores para gestantes em tratamento clínico, pré-parto, alojamento conjunto, centro obstétrico, berçário e banco de leite humano. Realiza atendimento especializado de maneira hu-


manizada e atende cidades da região como Porto Ferreira, Descalvado, Ibaté, Ribeirão Bonito e Dourado, atingindo uma média de 250 partos por mês. A função principal do banco de leite humano é atender às necessidades nutritivas dos recém-nascidos que permanecem internados na UTI neonatal mas também atua na promoção do aleitamento materno realizando coleta, processamento e distribuição do leite e atendendo mães com dificuldades e dúvidas com relação ao aleitamento. Casa de Saúde – Hospital e Maternidade Com mais de 40 anos, a Casa de Saúde (também chamada de “Hospital Novo” pelos cidadãos sãocarlenses) possui, em uma estrutura ampla e moderna, ambulatório, central de exames, UTI adulto, centro cirúrgico e maternidade com centro obstétrico, sala de parto humanizado e UTI neonatal e pediátrica. Atualmente há quatro pavimentos, sendo que o terceiro e parte do segundo foram reestruturados e estão totalmente destinados à maternidade. Em breve, toda a estrutura estará renovada. A finalidade é oferecer um centro de excelência na recuperação do bem estar biopsicossocial do paciente. As instalações oferecem facilidade de acesso e um ambiente confortável e acolhedor. São mais de 5 mil m² de área construída onde o público pode contar com acomodações com leitos individuais, equipadas com TV, ar condicionado, frigobar e poltrona reclinável e acomodações coletivas com apenas 2 leitos por quarto. A cozinha é coordenada por nutricionistas e equipe de gastronomia. A casa de saúde também oferece leitos de UTI, ambulatório completo com consultórios equipados para atendimento de várias especialidades, salas de procedimentos ambulatoriais (curativos, gesso e inalação), centro de exames (raio x, tomografia, endoscopia, colonoscopia, eletrocardiograma, esteira ergométrica, laboratório de análises clínicas e medicina nuclear), banco de sangue (responsável pela captação em bancos externos e distribuição interna) e farmácia. O quadro de colaboradores conta com mais de 260 integrantes e o corpo clínico completo tem mais de 150 médicos atuantes. O hospital dispõe de 30 leitos e na UTI 9 leitos para adultos, 8 neonatal e 1 pediátrico.

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entrevista

CUIDADOS COM A SAÚDE OCULAR DO IDOSO Uma consulta de rotina anual pode diagnosticar doenças precocemente e evitar a cegueira Revista Espaço Saúde  Quais são os problemas oculares que mais aparecem nos consultórios? Dr. Dorival Gualtieri Jr.  Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, alguns problemas oculares antes pouco diagnosticados estão cada vez mais frequentes. Tais problemas vão desde disfunções nas pálpebras, passando por aumento na incidência de catarata, de glaucoma (aumento da pressão do olho) e de alterações na retina. Entretanto, com o avanço da medicina, muitos dos problemas são tratáveis ou, no mínimo, controláveis. Mas, para isto, o diagnóstico precoce é necessário. Uma visita regular ao oftalmologista pode diagnosticar doenças em fases iniciais que

podem ser controladas e evitar uma possível cegueira no futuro. Proteger os olhos do sol também é uma medida saudável. RES  O que é a catarata? Dr. Gustavo Paro  Dentre as alterações oculares no idoso, a catarata é a mais comum. Trata-se da opacificação do cristalino (lente natural que temos dentro do olho, atrás da pupila), não permitindo a entrada de luz e provocando borramento da visão. A cirurgia de catarata consiste na retirada desta lente opaca e a colocação de uma lente artificial de acrílico dentro do olho, fazendo com que este órgão receba mais luz e haja melhora da visão. A


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maioria das cirurgias realizadas atualmente são executadas com colírios anestésicos (não precisa injeção) e sem a necessidade de dar ponto no final. Além disso, com as lentes intra-oculares mais modernas, é possível corrigir não só a miopia ou a hipermetropia, mas também o astigmatismo. Mas, para o sucesso da cirurgia e para atingir a melhora visual esperada, é necessário que o restante do olho, como a retina, por exemplo, esteja saudável. RES  Que problemas podem aparecer na retina? Dr. Leonardo Castro  Na retina (última camada do olho) o idoso pode apresentar uma maior incidência de descolamento espontâneo, além de alterações conhecidas como degeneração macular relacionada à idade que ocorrem na região central da retina chamada mácula. No caso do descolamento de retina, se for diagnosticado logo no início, pode-se tratá-lo com uma cirurgia a laser feita no próprio consultório, sem necessidade de uma cirurgia maior. Já nos casos de degeneração da mácula, dependendo da gravidade do caso, o tratamento é feito com vitaminas específicas para o olho ou com injeções de medicamentos dentro do olho para combater a doença. Alterações na retina

devido a doenças sistêmicas, como o diabetes e a hipertensão arterial, também são muito frequentes no idoso. Mas para um bom resultado no tratamento de todas estas alterações é necessário o diagnóstico precoce com a realização do exame de mapeamento da retina, comumente chamado de “exame do fundo do olho”. RES  E o que é o glaucoma? Dra. Dinorah Castro  Dentre as doenças no olho que podem surgir com o envelhecimento está o glaucoma, que é uma doença que acomete o nervo óptico, geralmente associada ao aumento da pressão intra-ocular (comumente chamada de “pressão do olho”). Ocorre uma morte lenta e progressiva das fibras que formam o nervo óptico (estrutura que leva as informações do olho para o cérebro). Com isso, ocorre uma perda irreversível e gradativa do campo visual, levando à cegueira se não realizado tratamento. A simples medida da pressão intra-ocular uma vez ao ano pode diagnosticar precocemente o glaucoma e prevenir a cegueira. Caso a pressão intra-ocular esteja elevada, exames mais específicos são necessários para a confirmação do diagnóstico e acompanhamento da doença. Com


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Dra. Dinorah Piacentini Engel Castro Formada pela UNIFESP-Escola Paulista de Medicina. Residência em Oftalmologia pela UNIFESP-Escola Paulista de Medicina. Especialização em Glaucoma pela UNIFESP- Escola Paulista de Medicina. Doutorado em andamento pela UNIFESP-Escola Paulista de Medicina. Dr. Gustavo Paro Formado pela UNESP- Faculdade de Medicina, Campus de Botucatu. Especialização em Cirurgia de Catarata e Cirurgia Refrativa no Dep. de Oftalmologia da UNIFESP-Escola Paulista de Medicina. Membro da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato e Córnea.

o diagnóstico precoce, muitas vezes o uso de colírios para reduzir a pressão intra-ocular evita a evolução do glaucoma. Já em casos com diagnóstico em fases avançadas, uma cirurgia para reduzir a pressão intra-ocular pode ser necessária. RES   Qual é a queixa mais comum entre os idosos? Dr. Antonio Carlos Baldin Uma queixa muito comum do idoso é o aumento do lacrimejamento. Apesar de, em alguns casos, estar relacionado à obstrução do canal lacrimal, muitas vezes o problema está na frouxidão das pálpebras. Ocorre uma frouxidão natural dos músculos e da pele ao redor do olho com a idade, o que causa uma alteração no piscar e o acúmulo de lágrima nos olhos, aumentando o lacrimejamento e a sensação de que os olhos estão sempre cheios de lágrimas. Nestes casos, é necessária uma pequena cirurgia plástica para refixação da pálpebra, solucionando o problema”.

Dr .Antonio Carlos Baldin Formado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí. Residência em Oftalmologia pela Faculdade de Medicina do ABC. Especialização em Cirurgia Plástica Ocular pela Faculdade de medicina do ABC.

Dr. Dorival Gualtieri Jr. Formado pela Faculdade de Medicina de Marilia em 1983. Residência e especialização em Oftalmologia na Faculdade de Medicina de Marilia em 1984, 1985 e 1986.

Dr. Leonardo Castro Formado pela Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Especialista em Doenças da Retina pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. Membro Internacional da Academia Americana de Oftalmologia.


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Revista Espaço Saúde

Parto Natural

O que está acontecendo com as mulheres? Como se decide o nascimento dos nossos filhos.

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tualmente muito se tem discutido sobre a diminuição das taxas de cesárea desnecessárias, e o estímulo aos partos naturais, uma vez que esta diminuição repercutirá na sociedade. Segundo Michel Odent (2002), obstetra francês, refletir sobre o parto é pensar no futuro pois, “para mudarmos o mundo precisamos mudar a forma de nascer”. Uma pesquisa realizada pela Escola Nacional de Saúde Pública, com colaboração da FIOCRUZ, mostrou que mais de 70% das brasileiras gostariam de tentar o parto normal, mas somente 10% conseguem. Nosso país é campeão em partos cirúrgicos, com índices que atingem 43% do total de nascimentos e chegam a 80% nos hospitais particulares. Em certas maternidades, a taxa ultrapassa 98%. Estes índices muito se distanciam do recomendado pela Organização Mundial da Saúde que é de 15%. Na Holanda, por exemplo, país que tem as menores taxas de mortes de mulheres e bebês relacionadas à gestação e parto, as taxas de cesárea atingem somente 8% dos partos, e um fato curioso: 40% dos partos acontecem em domicílio. Muitos devem estar se perguntando: “o que tem de tão diferente nascer de parto natural?” O parto natural é uma poderosa ferramenta de transformação e é por meio dele que alcançamos um nível de conhecimento que jamais acontecerá em uma cesárea. Ao dar à luz de forma simples, a mãe tem a chance de se perceber por inteiro e de participar ativamente de cada segundo do nascimento do seu bebê. A mulher possui uma força superior e infinita e nada nem

ninguém tem o direito de diminuir isso. Hoje em dia, o ritmo de vida e a comodidade fazem com que essa energia fique reprimida. A mulher pensa (e é encorajada a pensar) que não é capaz de parir. Sim! Somos capazes! O nascimento é uma das poucas oportunidades em que vivenciamos uma emoção arrebatadora em que há a transição do status de “mulher” para o de “mãe”. Mesmo não sendo o nascimento do primeiro filho, viveremos uma alegria que inunda a alma. Neste sentido, nascer com simplicidade é um ato puro, mágico. Então, por que o parto se transformou em algo marcado, com um roteiro a ser seguido? E o que está acontecendo com nós mulheres? Perdemos a capacidade de parir? Chegamos ao auge da medicalização do parto e não melhoramos os resultados perinatais, uma vez que as cesáreas sem indicações médicas (as “desnecesáreas”) ocorrem de forma desenfreada. Não podemos negar que a cesárea foi um dos principais acontecimentos para a melhoria da assistência ao parto, porém ao ser utilizada


de forma abusiva, tem proporcionado o aumento de complicações clínicas, comportamentais e psicológicas, além da elevação do custo da assistência ao parto. Mas e a dor? A maioria das mulheres alega medo da dor do parto, mas devemos esclarecer que uma boa parte da dor está relacionada às intervenções desnecessárias incorporadas ao parto ao longo da história e pelo MEDO. Com o desenvolvimento tecnológico, o parto passou de um processo natural para um evento controlado, em que as mulheres foram retiradas do ambiente domiciliar e levadas ao hospital para parir. Saíram do protagonismo do processo, foram isoladas de seus familiares, foram deitadas e passaram a ser comandadas pelos profissionais da saúde. Estudos demonstram que em um parto natural, em que a mulher conheça o processo e conte com a presença de um acompanhante, a dor será percebida de forma diferente, sem o desespero. Além disso, atualmente existem muitos métodos de alívio da dor não farmacológicos, como a presença de uma doula (profissional que acompanha o parto), um ambiente tranquilo em que a mulher sinta-se segura e em privacidade, acreditando que é capaz de lidar com a contração, que tenha liberdade de posição durante o trabalho de parto, ou ainda que alguém que lhe faça uma massagem e com a possibilidade da utilização da água (banho de chuveiro ou banheira). Assim, para mudarmos a forma de nascer, precisamos recuperar nosso poder feminino na sabedoria da maternagem. Faz-se necessário que as mulheres se levantem em busca da informação e de profissionais e instituições de saúde que sejam adeptos das suas escolhas. Jamile Claro de Castro Bussadori Formada em Enfermagem pela UFSCar, Especialista em Enfermagem Obstétrica. Mestre e Doutora pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Denomina-se “parteira”, pela sua atuação em partos domiciliares e acompanhamentos de partos hospitalares.

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Revista Espaço Saúde

Oftalmologia

O direito à visão

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visão é um dos mais importantes meios de comunicação com o ambiente externo, pois, cerca de 80% das informações que recebemos são obtidas por seu intermédio. Por isso, os olhos merecem atenção especial, o que inclui visitas regulares ao oftalmologista para detecção precoce de quaisquer alterações que requeiram tratamento médico. O reconhecimento precoce dos sinais e sintomas de problemas oculares é fundamental, haja vista que 80% dos casos de cegueira e dos distúrbios visuais existentes poderiam ter sido evitados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu cegueira como a acuidade visual menor do que 3/60 (menor que 20/400) no melhor olho, com a melhor correção óptica. Verifica-se estatisticamente o aumento progressivo da cegueira e deficiência visual no mundo, que pode ser atribuído, em especial, ao crescimento populacional, ao aumento da expectativa de vida, à escassez de serviços especializados, às dificuldades de acesso da população à assistência oftalmo-

lógica, às dificuldades econômicas e à ausência/insuficiência de esforços educativos que promovam a adoção de comportamentos preventivos. Tomando por base dados populacionais de 1993, a OMS destacou a catarata como a principal causa de cegueira nos países em desenvolvimento. A perda da visão acarreta graves prejuízos às atividades escolares, intelectuais, profissionais e sociais, restringindo fortemente a produção e a capacidade de trabalho das pessoas afetadas. Desta forma, a prevenção de patologias oculares relaciona-se estreitamente à qualidade de vida das pessoas. Atuando na prevenção de patologias oculares Ainda na sala de parto, ocorre a primeira ação de saúde ocular no ser humano: logo após o nascimento, é pingada uma gota de nitrato de prata nos olhos do recém-nascido, que previne uma doença ocular grave, a oftalmia neonatal gonocócica.


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A criança começa a desenvolver sua visão efetivamente por volta dos 6 a 8 meses, porém, somente aos cinco ou seis anos ocorre a maturação visual completa. Rotineiramente, devem ser procurados sinais e sintomas comuns como dor de cabeça frequente, personalidade dispersiva ou desastrada, quedas corriqueiras, dificuldade em acompanhar as brincadeiras dos colegas, fazer caretas, piscar muito, apertar os olhos, aproximar-se demais da televisão ou das páginas de revista e livros. Esses sinais e sintomas podem indicar que a criança sofre de baixa acuidade visual e devem alertar os pais a procurarem o oftalmologista para avaliação. Em caso de dúvida, o teste de acuidade visual é sempre recomendável, pois permite a detecção de problemas oculares ainda não manifestos. Os adultos devem periodicamente submeter-se ao exame de avaliação dos olhos e da visão. Geralmente após os 40 anos, os adultos começam a observar o aparecimento dos sintomas como dificuldade para a leitura das letras menores – é o início da presbiopia. É nesta fase da vida em que patologias como catarata e glaucoma tornam-se mais frequentes e devem ser excluídas a cada visita ao médico oftalmologista. Doenças como hipertensão arterial e diabetes podem provocar o aparecimento de alterações oculares mesmo na ausência de sintomas e assim, requerem acompanhamento constante. É na faixa acima de 65 anos que ocorre a maioria dos casos de baixa acuidade visual e cegueira. Estes problemas não devem ser considerados como resultantes do processo normal de envelhecimento, porque, se bem utilizados os recursos clínicos e cirúrgicos existentes, a visão do idoso pode ser recuperada. O programa Visão 2020 VISÃO 2020 é um programa conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB), com uma adesão de ONGs internacionais, associações profissionais, atendimento oftalmológico e corporações. Propõe a eliminação da cegueira evitável devida a cinco doenças: catarata, tracoma, onco-

cercose, avitaminose A e erros de refração. Se a proposta VISÃO 2020 for bem sucedida, estima-se reduzir para 24 milhões o número de cegos no mundo e atingir 429 milhões de indivíduos que tiveram sua visão preservada (casos de cegueira evitados). Conclusão Ter saúde ocular é dever de todos e, para isso, devemos atuar principalmente na prevenção das doenças e buscar o acesso a todos os recursos curativos disponíveis.

Dra. Cássia Yukari Kurogi Formada na Faculdade de Medicina de Ribeirao Preto - USP. Título de Especialista em Oftalmologia reconhecido pelo MEC e CBO Sub-especialidade em Glaucoma Clinico e Cirúrgico. Dr. José Afonso Ribeiro Ramos Filho Formado na Faculdade de Medicina de Blumenau. Título de Especialista em Oftalmologia reconhecido pelo MEC e CBO Sub-especialidade em Retina e Vítreo Clinico e Cirúrgico. Medico contratado do setor de Retina e Vítreo do Hospital das Clinicas de Ribeirao Preto. Pós graduando junto ao Departamento de Oftalmologia do Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto. Dra. Neusa Yossico Kurimori Graduada pela Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro - FFMTM. Ex Residente no Instituto Penido Burnier - Campinas - SP. Titulo de Especialista em Oftalmologia reconhecido pelo CBO e MEC . Membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Conselho Brasileiro de Oftalmologia e American Academy of Ophthalmology. Atua em São Carlos desde 1981 (31 anos).


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ESTÉTICA&SAÚDE

Aplicação estética da Terapia Fotodinâmica para uma aparência mais jovem e atraente

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Terapia Fotodinâmica é um novo e revo- venescimento, como os de Medicina Estética. lucionário método de tratamento médico, Na Terapia Fotodinâmica uma reação fotoquíaprovado pelo Food and Drugs Administra- mica acontece na pele promovendo a eliminação tion (FDA), para prevenção e tratamento de alguns das células alteradas e manchas, resultando numa tumores de pele, além de ser melhora da saúde e dos asuma poderosa arma rejuve- Na Terapia Fotodinâmica pectos estéticos da pele. O nescedora da pele envelheuma reação fotoquímica tratamento é indicado princida pelo sol. Essa técnica cipalmente para eliminar acontece na pele enfrentou diversos desafios ceratoses actínicas, que são promovendo uma até assumir uma posição de aquelas manchas marrons e melhora da saúde e dos vanguarda na medicina atual, ásperas localizadas normalelevada à categoria de tema aspectos estéticos da pele. mente na face, mas também obrigatório nas reuniões e no colo, nos antebraços e no congressos médicos mais importantes, especial- dorso das mãos. Devido à sua origem vir, em parmente aos ligados ao embelezamento e ao reju- te, da radiação do sol, essas ceratoses devem estar


sempre em acompanhamento por um especialista, pelo risco de um câncer de pele. O procedimento é simples e envolve a aplicação de uma medicação fotossensibilizadora na pele; a medicação mais utilizada atualmente para fins estéticos é o ALA (Ácido Aminolevulínico), e é seguida da aplicação de luz. Há uma pequena ardência local durante a aplicação e o uso do filtro solar é obrigatório após o tratamento. As grandes vantagens dessa aplicação sobre os métodos mais antigos são: o rápido retorno às atividades diárias e ótimos resultados estético visíveis logo na primeira sessão. Dentre as principais indicações da Terapia Fotodinâmica em Medicina Estética, destacam-se para a atenuação de rugas finas, ceratoses, a acne e suas cicatrizes, rosácea, diminuição da oleosidade da pele, hiperplasia sebáceas e fechamento de poros, entre outras indicações. O conjunto de resultados dessa técnica, por atenuar a ação do tempo na pele e melhorar significativamente sua qualidade, também é conhecido com fotorrejuvenescimento. Nos últimos tempos, a publicação de diversos trabalhos científicos deu o apoio técnico e embasamento científico suficientes para o sucesso da técnica, repercutindo de forma dramática na sua dinâmica. Encontrando, enfim, o caminho das pedras que tornou esse tratamento cada vez mais eficiente, superaram-se, assim, os obstáculos para sua adoção definitiva pela Medicina Estética.

Leia mais sobre Terapia Fotodinâmica na Revista Espaço Saúde - Ano 1, número 2. Ou acesse pelo site da Revista: http://www.revistaespacosaude.com.br/?p=583 Dr. Daniel Bonini Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Mestre em química pelo IQSC/USP, Doutor em medicina pela FMRP/ USP e Colaborador do Laboratório de Biofotônica do IFSC/USP.

Dr. Regynaldo Zavaglia Neto CROSP 58314 Especialista em Ortodontia Mestre e Doutor

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Pesquisa

Totem de autoatendimento verifica a proteção ultravioleta de Óculos de Sol

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A interação da radiação ultravioleta com o olho humano é sempre um tema de discussões entre cientistas, médicos e a população em geral. A interação da luz ultravioleta com o olho pode tanto ser benéfica, quanto maléfica. Os benefícios desta radiação incluem procedimentos cirúrgicos e clínicos para a correção da visão – como a cirurgia foto-refrativa; ou para frear o avanço de doenças – como o procedimento de “crosslinking” do colágeno corneano aplicado, entre outras coisas, para ceratocones em estágio inicial (patologia em que a córnea torna-se cônica, gerando alto astigmatismo, que distorce a imagem, sendo muitas vezes necessário o transplante da córnea). Os malefícios incluem danos aos olhos provenientes de fontes artificiais, como soldadores que usam a radiação ultravioleta C (comprimento de onda entre 100–280 nm), e de fontes naturais, como o Sol, para o qual o uso de óculos de sol com proteção ultravioleta A e B (radiação de comprimento de onda entre 280 nm–400 nm) é amplamente divulgado. Um dos alvos do estudo é a proteção ultravioleta em óculos de sol. Em 1996 foi fundado um laboratório de pesquisas na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, e lá se iniciaram as pesquisas da área de Engenharia aplicada à oftalmologia. Em

2001 o laboratório foi transferido para a Engenharia Elétrica da USP de São Carlos e denomina-se Laboratório de Instrumentação Oftálmica. Neste laboratório são realizadas pesquisas multidisciplinares tanto na área de desenvolvimento de técnicas e equipamentos oftalmológicos, como no desenvolvimento de equipamentos para análise de óculos de sol. Recentemente foi inaugurado o Totem de Auto Atendimento para Verificação da Proteção Ultravioleta de Óculos de Sol, até 400 nm, financiado pelas FAPESP e pró-reitoria de cultura e extensão da USP. A ideia nasceu em 2001, a partir de medições de proteção ultravioleta em óculos de sol, voltada à solicitação do INMETRO em 1999 e reforçada pela revisão da norma brasileira sobre proteção de óculos solares, da ABNT. A proposta deste totem objetiva a disponibilização ao público de uma forma simples para conferir a proteção ultravioleta nas lentes de seus óculos e informar se os óculos estão protegidos. Tradicionalmente estas medidas são realizadas em aparelhos de uso científico, denominados espectrofotômetros, por pessoas especializadas, tornando as medidas inacessíveis ao público. O equipamento é o primeiro sistema de auto-


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escura que, ao serem usados, levam a pupila do olho a não se contrair ou até dilatar-se ao sair ao sol, o que obriga que a proteção das lentes, neste caso, deva ser bem maior do que nas de categorias 0 – 2. Mas tudo isso está traduzido de uma forma simples e intuitiva no aparelho, que faz com que o usuário entenda a que categoria seus óculos testados pertencem, em que situações podem ser usados, qual a proteção ultravioleta que eles possuem e se esta proteção está adequada para a categoria medida de seus óculos. Assim, o equipamento identifica a categoria a que os óculos testados pertencem – de 0 a 4 – e fornece a porcentagem de ultravioleta que está passando por suas lentes, apontando ao final se os óculos estão protegidos para uso e em que situações ele pode ser usado. O equipamento “chama a atenção” da pessoa que por ele passa, através vozes diferentes que dizem: “Os seus óculos de sol têm proteção ultravioleta? Venha testar aqui.” Ele está disponível para uso gratuito do público nas dependências do Departamento de Engenharia Elétrica da EESC/USP, no Campus 1 da USP, em São Carlos - SP.

atendimento nacional e mundial, para verificar se os óculos de sol têm a proteção ultravioleta adequada para sua categoria. Para maiores informações, acessem o site: A categoria dos óculos de sol, que se classifica www.sel.eesc.usp.br/lio e naveguem pelos protóentre 0 e 4, refere-se ao grau de escurecimento tipos desenvolvidos no laboratório. das lentes dos óculos e, para cada categoria de Profa. Dra. Liliane Ventura óculos, existe uma proteção adequada à radiação Docente do Departamento de ultravioleta. Engenharia Elétrica e Coordenadora Por exemplo, a categoria de óculos 0 (zero) do Laboratório de Instrumentação refere-se a lentes que são incolores ou levemente Oftálmica escurecidas. Quando uma pessoa usa óculos desta Bacharelado, Mestrado e Doutorado categoria ao sol, entre outros fatores fisiológicos, em Física no IFSC-USP. a pupila de seu olho se contrai, o que protege do Pós-Doutorado em Oftalmologia na sol o interior do olho; portanto, para esta categoFMRP-USP. ria, a proteção de UVA necessária é menor do que Pós-Doutorado em Engenharia Elétrica na EESC-USP. para um óculos de categoria 3, por exemplo. Esta Livre Docência em Engenharia Elétrica na EESC-USP. última categoria refere-se aos óculos de coloração A conta é simples: 0% Glúten 0% Leite de Vaca + 0% Conservantes Artificiais

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Revista Espaço Saúde

Equoterapia

Equoterapia: O que é isso?

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egundo a Associação Nacional de Equote- Em 30 minutos de trabalho o cavaleiro executa cerrapia (ANDE-Brasil), a Equoterapia é “um ca de 20.000 ajustes tônicos, que são, na verdade, método terapêutico e educacional que uti- contrações musculares. A esse grande número de ajustes tônicos soliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, mam-se as informações exteroceptivas, que são buscando o desenvolvimento biopsicossocial de aquelas provenientes dos nossos sentidos, principessoas portadoras de deficiência e/ou com ne- palmente tato, olfato, visão e audição. Elas se dão graças ao contato dos glúteos e faces internas das cessidades especiais.” A primeira manifestação que acontece em uma coxas com o animal, das mãos em contato com as rédeas e com o pêlo; os sons pessoa montada a cavalo é o A Equoterapia não é vêm das batidas dos cascos ajuste tônico, que é um ajuste apenas um momento do cavalo, da voz do terapeuno comportamento muscular para se trabalhar o ta, do vento passando pelas do cavaleiro, a fim de responequilíbrio, a força folhas das árvores; sente-se o der aos desequilíbrios provocados pela movimentação do muscular, o raciocínio... cheiro característico do cavalo e do ambiente, que pode ser cavalo. A andadura ao passo É também uma forma um picadeiro fechado ou um do animal gera um movimende convivência, bosque; a visão do praticante to tridimensional: para frente de socialização e de é bastante diferente daquee para trás, para a direita e inclusão. la de um pedestre ou da sua para a esquerda, para cima e para baixo, além de uma rotação de 8 graus para própria, quando está no chão. Seu olhar vai mais um lado e para o outro. Toda essa movimentação é longe, ele literalmente olha por cima e, sobretudo, transmitida à pessoa montada no dorso do animal. ele domina o cavalo.


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Esse último fato é bastante importante para o aspecto psicossocial do nosso paciente/cavaleiro: ele tem outra visão de mundo. Sente-se maior, não precisa olhar para cima quando quer ver o rosto de alguém e percebe que é capaz de comandar ou participar do comando de um animal grande, forte e imponente como o cavalo. O contato com o animal traz, então, um impacto muito positivo sobre a auto-estima, autoconfiança e autonomia do praticante de Equoterapia. Muitos praticantes vão à Equoterapia para aprender a segurar a própria cabeça, pois não têm o controle neuro-motor necessário para isso. Muitos estão aprendendo ou re-aprendendo a andar, ou aprendendo a manter seu corpo em uma postura correta. Mas esse tratamento não traz apenas benefícios físicos. O cavalo e todo o cenário hípico que envolve a Equoterapia são instrumentos valiosos para os processos de aprendizado. Praticantes com deficiências mentais, déficits cognitivos, distúrbios de aprendizagem, distúrbios comportamentais e sociais, transtornos invasivos, como o autismo, são amplamente beneficiados pela equoterapia. O sentimento de empatia e afetividade que inevitavelmente acaba sendo despertado pelo praticante em relação ao cavalo, aliado ao fato de se praticar uma atividade física/ esportiva, lúdica e divertida ao ar livre e em contato com a natureza, despertam um sentimento extremamente poderoso: o prazer. O prazer provoca mudanças biológicas e favorece o armazenamento de quaisquer informações, pois elas estão sendo adquiridas em momentos extremamente agradáveis. Isso nos impulsiona a tentar repetir, sempre que possível, estas boas sensações carregadas de novas informações, e o produto final de tudo isso é o aprendizado. A Equoterapia, graças à gentileza incondicional desse animal incrível que é o cavalo, é uma excelente oportunidade para a realização de atividades e jogos com objetivos pedagógicos, os quais trabalham as habilidades cognitivas que estão na base da aprendizagem, tais como atenção, memória, percepção, raciocínio, linguagem, inteligência emocional, noção temporal e noção espacial nos aspectos do esquema corporal e dominância lateral.

O programa pré-esportivo da Equoterapia dá oportunidade a pessoas com diversos tipos de deficiências a se tornarem para-atletas. Há praticantes com paralisia cerebral, síndrome de Down, mielo-meningocele que são capazes de trotar, saltar e fazer vários exercícios de hipismo de forma totalmente independente. Eles aprendem que são plenamente capazes de dominar um animal imponente como o cavalo e de estabelecer com ele um vínculo afetivo e social. Totalmente capazes de se inserir na sociedade e participar de atividades como todas as pessoas e com todas as pessoas. A Equoterapia não é apenas um momento para se trabalhar o equilíbrio, a força muscular, o raciocínio... É também uma forma de convivência, de socialização e de inclusão.

Rita Hammoud Fisioterapeuta formada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Especialista em equoterapia pela Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil). Instrutora de equitação para equoterapia formada pela ANDE-Brasil. Coord. da Equipe de Equoterapia - Crescendo a Cavalo. Amazona com experiência nas modalidades de salto e adestramento equestre. Presidente da Associação para o Fomento de Atividades Equestres Adaptadas.


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ODONTOLOGIA

Analgesia ou sedação inalatória consciente Técnica de administração de óxido nitroso e oxigênio já é uma realidade na odontologia brasileira.

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imagem da Odontologia sempre esteve com todos os avanços, muitos pacientes ainda associada à dor e ao desconforto pois não têm medo de ir ao dentista. havia nenhum método A Analgesia Inalatória consTécnica utilizada rotineiro para tratar o medo e ciente é uma técnica em que se há mais de 100 anos ansiedade dos pacientes frente utiliza a administração de dois ao tratamento odontológico. gases medicinais: o óxido ninos Estados Unidos, Tanto que as gerações anteriotroso e o oxigênio. Quando utiregulamentada res à atual têm o maior número lizado sem associação a outros também em países de pessoas odontofóbicas, ou fármacos, esses gases producomo Japão, França, seja, pessoas que apresentam zem um estado de leve sedação Dinamarca, Suécia e um medo incontrolável de ir ao em que o paciente permanece Suíça, agora também consciente, de olhos abertos, dentista, só o fazendo em caso de dor aguda, emergências ou pode conversar com o profissiono Brasil. quando não conseguem mais nal, porém está relaxado e tranmastigar. E o pior é que, sem saber, passam esse quilo. O paciente ainda apresenta a diminuição da medo para os filhos. capacidade de sentir dor o que torna a adminisA Odontologia é uma das profissões que mais tração da anestesia odontológica praticamente tem evoluído em tecnologia, entretanto, mesmo imperceptível e indolor.


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Esta técnica é regulamentada nos Estados Unidos, Japão e em vários países da Europa para o uso em consultório, não existindo na literatura mundial nenhum caso de acidentes com seu uso rotineiro. Porém, o profissional que utiliza a técnica deve estar devidamente habilitado e é importante que faça corretamente os exames iniciais e eleja os casos em poderá utilizá-la, que são os pacientes saudáveis, sem doenças graves. O aparelho usado, ou seja, o misturador de gases, é fabricado especialmente para a odontologia e administra sempre uma quantidade de oxigênio maior que a do óxido nitroso. E, aqui no Brasil, para tornar a rotina ainda mais segura, os pacientes são monitorizados pelo oxímetro de pulso, um aparelho que mede a dosagem de oxigênio no sangue e pressão arterial. Além disso, sob anestesia, o paciente cardíaco estará menos ansioso e tenso, respirando mais oxigênio do que no ar normal, o diabético estará mais relaxado e menos apto a sofrer uma hipoglicemia, o epilético estará menos apto a sofrer um ataque, e, além disso, o óxido nitroso possui propriedades físicas e químicas inertes, não provocando efeitos colaterais adversos, conferindo à técnica um altíssimo grau de segurança. Os pacientes adultos relatam sentir-se confortáveis sem a sensação de medo, não ficando na expectativa da dor, durante a anestesia local ou o uso do motor de alta ou baixa rotação. Outra grande vantagem da Analgesia Inalatória é a rápida

reversibilidade da ação analgesiante, ao contrario de medicamentos como ansiolíticos, que tem ação prolongada. As crianças relatam adorar a sensação e a apelidaram de "Gás do Astronauta" pois parecem flutuar enquanto tratam os dentes. Inclusive nos Estados Unidos essa técnica á mais aplicada em crianças do que em adultos.

A Sedação consciente com Oxido Nitroso/Oxigênio está contra-indicada para: • Pacientes com obstrução das vias aéreas superiores, como infecções respiratórias, aumento das amídalas e/ ou adenóides. • Pacientes psiquiátricos, paranóicos, esquizofrênicos e psicóticos agudos. • Pacientes com doença pulmonares crônicas obstrutivas, como enfisema, asma e bronquite crônica.

A utilização da Analgesia Inalatória Consciente é altamente benéfica aos pacientes odontofóbicos, adultos e crianças, revolucionando as cirurgias até então bastante desconfortáveis como: remoção de dentes inclusos (cisos), enxertos ósseos, implantes, etc. Como também deixará mais confortável os tratamentos mais simples e em pacientes emocionalmente mais equilibrados, sendo considerada uma técnica de altíssimo grau de segurança quando utilizada em pacientes selecionados por profissionais treinados e habilitados, com equipamentos de boa procedência. Cléber Racy Abbud Formado pela UNESP Especialista em Periodontia e Implantes. Atua como clinico geral e cirurgias menores.


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terceira idade

Envelhecimento Populacional, Políticas Públicas e o Risco de Quedas

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o Brasil, conforme os dados do IBGE de que a ocorrência de quedas é um evento incapa2010, a população com mais de 60 anos citante, de dependência da família, de prejuízo à é maior que 21 milhões de pessoas. É es- qualidade de vida e responsável por ocorrência perado que em 2050, exista 32 milhões de idosos, de fraturas, principalmente as de fêmur, além de ultrapassando o número de crianças na popula- grandes gastos para a Saúde Pública. O indicador ção. Deste modo, a Política Nacional de Saúde do de internações por fratura de fêmur foi escolhido Idoso (PNSI) é importante para que o país se or- como avaliador da PNSI. A queda é definida como ganize para a assistência à saúde É importante que o o deslocamento não intendo idoso por meio da promoção idoso e a sua família cional do corpo para um nível do envelhecimento saudável, a saibam que após inferior à posição inicial com manutenção e a melhoria, ao a incapacidade de correção máximo, da capacidade funcioa queda é preciso em tempo hábil, determinanal, a prevenção de doenças, a procurar a equipe do por circunstâncias multirecuperação da saúde dos que de saúde para que fatoriais que comprometem a adoecem e a reabilitação daquese evitem novas estabilidade. les que venham a ter sua capaocorrências Atualmente, no Brasil o cidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes a permanência no meio em número de quedas de idosos tem sido consideraque vivem, exercendo de forma independente do com uma epidemia. Os gastos da Saúde Pública com idosos que sofrem este tipo de acidente, atinsuas funções na sociedade. Nesse contexto, valoriza-se a manutenção giu 81 milhões de reais. É observado que muitos da independência e da funcionalidade do idoso idosos não conseguem retornar ao mesmo nível para as atividades do dia-a-dia. Estudos mostram funcional após a fratura. Além da funcionalidade,


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a preocupação é o índice de mortalidade pós-cirúrgico. Somente em 2005, foram 1.304 óbitos por fraturas de fêmur; e em 2009 esse número subiu para 1.478 óbitos em todo o país. Esse problema de saúde pública tem sido encarado pelo Ministério da Saúde com oficinas para discutir estratégias de prevenção de quedas, juntamente com as secretarias estaduais e municipais, além de ações para a prática de atividades físicas e de cuidado na área domiciliar com o Programa Casa Segura. É importante que o idoso e a sua família saibam que após a queda é preciso procurar a equipe de saúde para que se evitem novas ocorrências, pois mais de dois terços dos idosos que relatam uma queda cairão novamente nos próximos seis meses. A caderneta do idoso, que pode ser feita

na unidade de saúde mais próxima, auxilia a equipe a identificar fatores de risco a quedas. É importante reconhecer que, além dos fatores físicos de risco a quedas, é importante avaliar o medo de cair que limita a independência do idoso e sua participação na comunidade. Cerca de 70% das quedas ocorrem dentro do próprio domicílio, portanto é preciso tomar alguns cuidados para a prevenção de quedas (veja quadro abaixo). São medidas simples mas será dessa forma, com a atuação conjunta do governo, qualificação da equipe de saúde, do próprio idoso, família, cuidadores e sociedade monitorando os fatores de risco, o cuidado pós-queda, a qualidade de vida e rede social que garantiremos um incremento para o envelhecimento saudável.

Comece já! • Evitar tapetes de tecidos, substitua-os por tapetes emborrachados antiderrapantes; • Não deixar fios de eletrodomésticos ou qualquer objeto no trajeto de passagem entre os cômodos; • Não utilizar vasos sanitários baixos: instalar barras de apoio laterais paralelas ao lado do vaso sanitário e no chuveiro; • Se durante o banho o idoso tem dificuldades em abaixar-se, providenciar uma cadeira firme e resistente;

• Iluminar bem os ambientes com lâmpadas fluorescentes e cortinas claras; • Utilizar colchão mais firme e uma luz próxima para auxiliar o idoso durante a noite; • Não utilizar armários altos que precisem de escadas e cadeiras, dar preferência a armários mais baixos e fixos à parede; • A escada deve ter corrimão dos dois lados, ser bem iluminada e ter interruptores no piso inferior e superior.

Referências Brasil. Ministério da Saúde. Portaria no 1.395 de 9 de dezembro de 1999. Aprova a Política Nacional de Saúde do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União 1999; 13 dez. São Paulo(Estado). Secretaria da Saúde. Vigilância e prevenção de quedas em idosos . Editores: Marilia C. P. Louvison e Tereza Etsuko da Costa Rosa -- São Paulo: SES/SP, 2010. Perracini MR. Desafios da prevenção e do manejo de quedas. Envelhecimento & Saúde.Boletim Instituto de Saúde. 2009;47:45-48. Centro de Estudos Ortopédicos HSPE. Manual de prevenção de quedas. Gestão de Comunicação Corporativa - www.iamspe.sp.gov.br www.ibge.gov.br http://portal.saude.gov.br/portal/saude/

Karina Gramani Say Docente do Curso de Graduação em Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos/UFSCar. Mestrado e Doutorado em Fisioterapia pela UFSCar. Aprimoramento em Fisioterapia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto/FAMERP-SP, Pós-doutorado CNPq.


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enfermagem

A ENFERMAGEM E A SEGURANÇA DO PACIENTE

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segurança do paciente envolve todos os O enfermeiro é o profissional responsável pelo profissionais da área de saúde e tem rele- planejamento das ações de enfermagem no que vância significativa na área de assistência diz respeito à disponibilização de recursos maà saúde, tornando-se um requisito fundamental teriais adequados e seguros, como também na na gestão de qualidade, e, portanto, relacionada capacitação da equipe e promoção de condições aos processos desenvolvidos nas instituições para tanto ambientais como de trabalho adequadas o atendimento ao paciente. para a realização do cuidado, garantindo seguranPacientes em todo o mundo, inclusive no Brasil, ça para o paciente (Bohomol, 2002). estão sujeitos a erros de assisA segurança do pacienO Pólo de Segurança do tência na saúde. A Organizate vem recebendo grandes Paciente São Carlos tem destaques em pesquisas por ção Mundial da Saúde (OMS) estima que um em cada dez estar diretamente associada o objetivo de viabilizar pacientes possa ser vítima à assistência dos profissioações que envolvam a de erros e eventos adversos nais de saúde. O relatório “To segurança do paciente, durante a prestação de assiserr is human: building a safer tornando o cuidado em tência à saúde no mundo e ­health system” do Institute saúde e em enfermagem que medidas de prevenção of Medicine (EUA) publicado precisam ser adotadas para em 1999, com base em estumais seguro. reverter esse panorama. dos realizados no Colorado, Florence Nightingale, precursora da enferma- Utah e Nova York, aponta que das 33,6 milhões de gem, dizia ser dever do hospital “não causar mal internações realizadas no ano de 1997, em hospiao paciente”. Em 1863 essa importante enfermeira tais dos Estados Unidos, por volta de 44 mil a 98 mil já tinha a visão de que podiam ocorrer erros na as- americanos morreram devido a problemas causasistência ao paciente. Percebe-se que a segurança dos por erros na medicação (Kohn et al., 2000). do paciente sempre foi uma tônica integrante da A partir deste estudo surgiu a Era da Seguranprofissão de enfermagem e, na atualidade, a preo- ça do Paciente, mobilizando diversas instituições cupação com este tema volta à tona. internacionais, para tornar o processo de assistên-


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cia na saúde mais seguro. Em 2004, a OMS lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente e identificou seis metas para atuação, entre elas, o desenvolvimento de “Soluções para a Segurança do Paciente”. Ainda naquele ano, a The Joint Commission, importante organização de certificação de qualidade em assistência médico-hospitalar, foi designada como o Centro Colaborador da OMS em “Soluções para a Segurança do Paciente”, tendo como papel a formulação de metas. No Brasil, a preocupação com esse tema teve início em 1999, tendo sido criado, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o programa de segurança sanitária dos produtos e serviços com a finalidade de proteção e promoção da saúde. Após isto, graças à necessidade da ANVISA de obter informação qualificada sobre o desempenho dos produtos de saúde, criou-se a Rede Brasileira de Hospitais Sentinela As metas internacionais para a Segurança do Paciente identificadas foram:

sistência e, principalmente, buscar soluções para que não aconteça novamente. A punição leva a omissão do erro propiciando novas ocorrências, sem melhorar a assistência. No Brasil, a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (Rebraensp), criada em 2006, está presente em todo o país por meio dos Pólos de Enfermagem e Segurança do Paciente. O Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (gestão 2008–2011) criou o Programa de Segurança do paciente. O desenvolvimento do programa ocorreu com a participação de enfermeiros assessores da Câmara de Apoio Técnico (CAT) e conselheiros e em parceria com a Rebraensp e com diversas lideranças na área, como docentes das Escolas de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo, da Universidade de São Paulo, enfermeiros da gestão e da assistência. As metas estabelecidas foram as seguintes:

• Identificação correta dos pacientes • Comunicação efetiva entre os membros da equipe de saúde • Segurança dos medicamentos • Prevenção de erros em cirurgias • Redução do risco de infecção associado aos cuidados de saúde • Redução do risco de lesões ao paciente em decorrência de queda.

• Identificação do paciente • Cuidado limpo e cuidado seguro – higienização das mãos • Cateteres e sondas – conexões corretas • Cirurgia segura • Sangue e hemocomponentes – administração segura • Paciente envolvido com sua própria segurança • Comunicação efetiva • Prevenção de queda • Prevenção de úlcera por pressão • Segurança na utilização de tecnologia.

Dessa forma, por estar diretamente oferecendo assistência ao paciente, a Enfermagem, deve oferecer um cuidado seguro, livre de qualquer dano ou evento adverso durante seus cuidados, identificando no sistema de saúde as possíveis falhas, tornando-se uma busca contínua de soluções que visem um cuidado efetivo e seguro. Em pesquisas realizadas nos Estados Unidos foi identificado que o erro na área da saúde é a oitava causa de morte entre os norte-americanos. Estima-se que essa situação no sistema de saúde seja semelhante em todo o mundo. O erro acontece devido a uma falha no sistema. Quando o erro ocorre é preciso verificar quais são as causas, o funcionamento do processo na as-

Devido à necessidade em nível nacional de formar instituições preocupadas com a Segurança do Paciente, as pesquisas tornam-se uma grande tarefa para os profissionais de Enfermagem. Estes, como membros da equipe de saúde, estão em uma busca sólida para identificar as falhas no sistema e criar novas estratégias efetivas para solucionar os problemas que colocam em risco a saúde do paciente. O Pólo de Segurança do Paciente São Carlos, foi criado em outubro de 2010, sob a coordenação da Profª Drª Sílvia Helena Zem-Mascarenhas e outros membros, com o objetivo de esclarecer


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e disseminar os conceitos voltados para a segurança do paciente, identificando estratégias para viabilizar a concretização de ações que envolvam a segurança do paciente, tornando o cuidado em saúde e em enfermagem mais seguro. Com a formação do Pólo de Segurança do Paciente São Carlos-SP são realizadas reuniões mensais que ocorrem alternadamente nas instituições de atuação dos membros do Pólo. Nessas reuniões são discutidos assuntos referentes à segurança do paciente, com o intuito de auxiliar na capacitação de enfermeiros de instituições de saúde e de ensino de São Carlos e região para a promoção da segurança do paciente seguindo as recomendações da OMS e da REBRAENSP e as metas internacionais para a segurança do paciente. Os encontros e as atividades desenvolvidas têm como meta reunir profissionais e acadêmicos para atualização de conhecimentos e reflexão sobre as experiências e situações vivenciadas na prática da assistência de enfermagem e da saúde, com o intuito de promover acesso equitativo e universal às fontes de informação técnico-científico sobre o tema. Também é um espaço de troca de experiências sobre as iniciativas que estão sendo instituídas para a segurança do paciente nas instituições e de desenvolvimento de ações estratégicas para a promoção da segurança no cuidado e para a criação de comissões de segurança do paciente nos serviços de saúde. Pretendemos potencializar, desta forma, o desenvolvimento de investigações multicêntricas, proporcionando visibilidade à situação e à ocorrência de danos que comprometam a segurança do paciente, e, também, compartilhar o conhecimento com a divulgação sobre o tema pelo Pólo de Segurança em Enfermagem São Carlos-SP.

Aline Natália Domingues Aluna do Curso de Enfermagem da UFSCar Voluntária/Polo São Carlos de Enfermagem para Segurança do Paciente/ REBRAENSP.

Thais Cristina Lurenti Aluna do Curso de Enfermagem da UFSCar. Bolsista ProEx/Polo São Carlos de Enfermagem para Segurança do Paciente/REBRAENSP

Profª Drª Eliane S. Grazziano Coord. do Curso de Enfermagem da UFSCar. Membro do Polo São Carlos de Enfermagem para Segurança do Paciente/ REBRAENSP.

Profª Drª Silvia Helena Zem-Mascarenhas Chefe do Dep. de Enfermagem da UFSCar. Coordenadora do Polo São Carlos de Enfermagem para Segurança do Paciente/REBRAENSP.

Referências BOHOMOL, E. Erros de Medicação: causas e fatores desencadeantes sob a ótica da equipe de enfermagem. [Dissertação]. São Paulo: Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo; 2002. COREN-SP. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo. Programa Segurança do Paciente do COREN-SP. Disponível em: http:// inter.corensp. gov.br/node/4908. Acesso 12 fevereiro 2012. KONH, L.T.; CORRIGAN, J.M.; DONALDSON, M.S. A comprehensive approach to improving patient safety. In: Konh LT, Corrigan JM, Donaldson MS. To err is human: building a safer health care system. Washington (DC): Institute of Medicine, 2000. p:17-25.


Dicas de Saúde

Oferecimento:

Dicas para cuidar dos

olhos

oticascarol.com.br

Evite ler livros e jornais mal impressos ou de letras excessivamente pequenas.

Procure consumir linhaça (semente ou óleo), frutas oleaginosas (nozes e castanhas), azeite de oliva extravirgem e frutas como abacate e avocado. Tudo isso contém o ácido graxo ômega-3, rico em gorduras monoinsaturadas, que combatem a síndrome do olho seco, distúrbio que reduz a fabricação de lágrimas e acomete pessoas de todas as faixas etárias.

Nunca esfregue os olhos com a mão, toalha ou lenço, que não estejam absolutamente limpos.

Tenha o livro a uma distância de trinta centímetros dos seus olhos e a TV a uma distância de três a quatro metros.

Use óculos de sol com proteção contra os raios UVA/UVB. A radiação solar pode provocar catarata e também uma lesão na córnea, a ceratite, que danifica a mácula.

Não leia nunca na penumbra, num carro em movimento ou deitado. Procure sempre que a luz seja clara e boa. Mantenha a cabeça erguida, quando estiver lendo.

Não leia quando a luz do sol incidir diretamente no livro. Não receba a luz de frente quando estiver lendo. A luz deve vir detrás ou por cima do ombro esquerdo. Fonte: http://novotempo.com


Medical Center José Luiz Lopes Sanchez Crosp 58.751

sala 161 Mestre e Doutor pela Unicamp Prótese/Implante Fone 3368-6989 Marcos Jacobovitz Crosp 42.225

sala 164 Tratamento de Canal Fone 3364-3310 Oswaldo Spina Neto Crosp 92.470

sala 144 Implantodontia/Prótese Fone 3307-7743 Regina Schultz CreFito 16.164-F

sala 81 Fisio-Dermato Funcional Estética Fone 3116-9646 Fone 3411-3861 Vera Lúcia Endo CrM 53380

sala 83 Dermatologista tel: 3374-4558 Andressa M. Martins

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Crosp 88.267

Crosp 80.353

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CrN 3:20670

sala 62 Prótese Estética Fone 3361-7900

sala 62 Implantodontia Fone 3361-7900

sala 161 Ortodontia Atendimento à criança Fone 3368-6989

sala 152 Nuticionista tel 3116-2787

Rua Maestro João Sepe, 900 (próximo à Santa Casa)


Indicador profissional

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Tiago Alves Barbosa CRM 97598 Cirurgião Plástico R. Dona Alexandrina, 1887 Tel: 3371-2282/3371-0698 tabarbosa@hotmail.com

Daniel Bonini CRM 105461 Medicina Estética R. XV de Novembro, 1781 Tel: 3364-2505 dbonini@usp.br www.anovalaserclinic.com.br

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CIRURGIA VASCULAR Carolina D. Pedrazzani Lemos CRM 107779 Cirurgiã Vascular R. Dona Alexandrina, 1887 Tel: 3371-2282/ 3371-0698 carolpedra@hotmail.com Dermatologia Moysés Costa Lemos CRM 97578 Dermatologista R. Dona Alexandrina, 1887 Tel: 3371-2282/3371-0698 mdclemos@hotmail.com Fisioterapeuta Lívia Salvador Rossit Crefito 41291 Fisioterapeuta/Hidroterapia/ RPG e Pilates R. Paulino Botelho, 1040 Tel: 3372-2166/9131-9958 Fisioterapeuta Thiago Cintra Crefito 56833-F Especialista no tratamento de doenças da coluna R. Paulino Botelho, 1040 Tel: 3372-2166

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Profa. Rosemary Ap. Quintino de Souza Cref 8947-G-SP Personal Trainer R. Dom Pedro II, 852 Tel: 3116-7501/9788-5877 msn: rosemay.raqs@hotmail.com.br

OFTALMOLOGISTA Dinorah Piacentini E. Castro CRM 103.969 Especialista em Glaucoma R. Cap. Adão Pereira Souza Cabral, 597 Tel: 2107-2020 mediclin@terra.com.br OFTALMOLOGISTA Dorival Gualtieri Jr CRM 48.350 Oftalmologista R. Cap. Adão Pereira Souza Cabral, 597 Tel: 2107-2020 mediclin@terra.com.br OFTALMOLOGISTA Gustavo Paro CRM 79.907 Oftalmologista/Especialista em Cirurgia de Catarata e Cirurgia Refrativa R. Cap. Adão Pereira Souza Cabral, 597 Tel: 2107-2020 mediclin@terra.com.br

OFTALMOLOGISTA Leonardo Castro CRM 107.719 Especialista em Doenças da Retina R Cap Adão Pereira Souza Cabral, 597 Tel: 2107-2020 mediclin@terra.com.br OFTALMOLOGISTA Neusa Yossico Kurimori CRM 34.723 Oftalmologista R. XV de Novembro, 1652 Tel: 3372-8544 clinica.neusakurimori@hotmail.com Ortodontia Regynaldo Zavaglia Crosp 58.314 R. Conde do Pinhal, 2380 Tel: 3372-1459 zavaglia@terra.com.br

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