Ano 02
São Paulo - Março de 2014
O Novo Reitor Por Departamento de Política
Número 04
Marta e Eu
No dia 25 de Janeiro, teve início o mandato do novo reitor Marco Antônio Zago, Prof. Titular da Faculdade de Medicina de Atlética Ribeirão Preto, ex presidente do CNPq (2007-2010) e pró-reitor de Pesquisa da USP (2010-2013). A chapa de Zago foi a primeira colocada na eleição oficial, realizada no dia 19 de Dezembro, e EJAV também a que recebeu maior número de votos na consulta feita à comunidade universitária, tanto entre alunos e funcionários, como entre docentes. Reforma Curricular O Seu nome foi enviado ao governador Geraldo Alckmin, juntamente com os nomes dos outros dois candidatos mais votados, formando a lista tríplice. O governador escolheu nomear Agenda o primeiro colocado, ao contrário do que ocorrera na eleição anterior, na qual o escolhido fora o 2º colocado, João Grandino Rodas, gerando na época um grande desconforto entre a comunidade USP e levantando inúmeras questões sobre os Dica do Mês métodos pouco democráticos empregados na escolha dos reitores, bem como na pouca voz que alguns setores da Universidade, especialmente alunos e funcionários, têm nas decisões tomadas na USP. Zago inicia seu mandato num momento bastante delicado. Além de um grande desequilíbrio financeiro deixado pela última gestão, que segundo o novo reitor, será corrigido com uma gestão comedida dos recursos e alguns cortes de gastos, há um grande clima de desconforto entre alunos e funcionários. Nos últimos quatro anos, ocorreram duas greves bastante significativas com episódios extremamente violentos. Será difícil apagar da lembrança a reintegração de posse da reitoria em 2011, com direito a helicópteros, tropa de choque e mais de 70 estudantes detidos. A falta de abertura ao diálogo por parte da reitoria e a forma truculenta com que os movimentos políticos dentro da USP foram tratados, certamente foram marcas que a gestão Rodas deixou e que consistem em um desafio a ser superado pelo novo reitor. Marco Antônio Zago garante que essa será uma das principais mudanças em seu mandato. No seu discurso de posse afirmou que “assume o compromisso de repactuar as relações no âmbito da Universidade, de forma a aumentar a agregação interna, trazendo o diálogo, e não mais o confronto, para o centro da vida universitária, numa forma de democratização que avance muito além do simples mecanismo de escolha do reitor”. Esperamos que ele seja vitorioso em seus projetos e que a USP, além de um polo de excelência em ensino e pesquisa, possa também tornar-se um lugar mais democrático, em todos os sentidos.
1
p. 02
p. 05
p. 05
p. 06
p. 07
p. 08