BOPP BRILHO
Com a globalização, ei-nos projetados para o “pós-cidade”, para o “pós-urbano”. Na Europa, estávamos habituados a ver a cidade como um espaço circunscrito no qual se desenvolve uma vida cultural, social, política, tornando possível uma integração cívica dos indivíduos... Somos agora confrontados de um
As cidades do escritor e do engenheiro urbanista • Antagonismos de Paris e Londres • Nova York, ou a arte do intervalo • A cidade como libertação • A cidade palimpsesto (as Tóquios de Claude Lévi-Strauss) • O transeunte, a mulher e o estranho • O spleen do flâneur: entre solidão e multidão (Baudelaire e Edgar Allan Poe) • O homem suspenso em Chicago: uma exterioridade carente de interioridade (Theodore Dreiser e Saul Bellow) • A polis, teatro do verbo e da ação gloriosa • A república cívica do Renascimento • Uma dinâmica de privatização e de separação • Genealogias do urbanismo (Françoise Choay) • Alberti, Haussmann, Cerdà • Urbanismo e arquitetura: de Thomas More aos CIAM • O arquiteto e as máquinas celibatárias • Roturas do tecido urbano e inversões da relação privadopúblico • A cidade genérica e a apologia do caos (Rem Koolhaas) • A multiplicação das megacidades • A Europa à margem • A indiferença generalizada (Karachi e Calcutá) • Autodestruição e dejeção (Los Angeles e a favela) • O Cairo, uma metrópole sem classe média? • Buenos Aires, a classe média ao abandono •
A CONDIÇÃO URBANA
nasceu em Paris em 1951. Estudou letras e antropologia na Universidade Paris VII e história e filosofia na Sorbonne, nesta última empreendendo o primeiro estudo universitário sobre Lévinas na França. Diretor da revista Esprit desde 1988, é autor de uma trilogia sobre as paixões democráticas: La Peur du vide (1991), La Violence des images (1997) e Éclats de rire (2002), e ainda de Face au scepticisme: Les Mutations du paysage intellectuel (1998), entre vários outros. olivier mongin
Reinstituir a cidade, recriar limites • A refundação megapolitana • A utopia urbana
OLIVIER MONGIN
A CONDIÇÃO URBANA
como enredo coletivo (Alberto Magnaghi)
OLIVIER MONGIN
A cidade na era da globalização
Tradução
Letícia Martins de Andrade
lado com metrópoles gigantescas e sem limites, e de outro com o surgimento de entidades globais, em rede, cortadas de seu ambiente. A reconfiguração que ora ocorre suscita inquietação: iremos assistir ao declínio irremediável dos valores urbanos que acompanharam a história ocidental? Prevalecerão inelutavelmente a fragmentação e o estiramento caótico? Estaremos condenados a lamentar a polis grega, a cidade do Renascimento, a Paris das Luzes, as grandes cidades industriais do século XIX?
Natanael
Relembrando os elementos distintivos que compõem a experiência da urbe, Olivier Mongin assenta os fundamentos de uma reflexão atual sobre a condição urbana. Vivemos numa época na qual a informação se troca de forma imaterial, mais de acordo com os fluxos do que com os lugares: como, nessas condições, refundar e reformular espaços urbanos de acordo com nosso tempo?
ISBN 978-85-7448-174-6
9 788574 481746
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