Hotel Casino da Ponte

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Hotel

Casino da Ponte PROJECTO DE RECONVERSÃO E AMPLIAÇÃO DE EDIFÍCIOS



Hotel

Casino da Ponte PROJECTO DE RECONVERSÃO E AMPLIAÇÃO DE EDIFÍCIOS

Localização: Rua Casino da Ponte / Rua Cabo Simão - Vila Nova de Gaia

Requerente: Oporto Player – Investimentos Lda


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índice

01

PRINCÍPIOS CONCEPTUAIS

5

02

ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E FUNCIONAL

7

02.1

Considerações gerais

7

02.2

Distribuição do programa

9

03

INSERÇÃO URBANA E PAISAGÍSTICA

13

04

CONCEPÇÃO CONSTRUTIVA

15

05

IMAGEM DIURNA

16

06

PROJECTO

18

07

IMAGEM NOTURNA

32

08

IMAGENS INTERIORES

34

09

JOSÉ GIGANTE – NOTA BIOGRÁFICA

36

3


4


01 PRINCÍPIOS CONCEPTUAIS

Trata-se do projecto de reconversão e ampliação

Após o fecho do Casino, o conjunto foi adquirido

próprio tabuleiro inferior rodoviário da ponte que

pela firma Barros & Almeida, ligada à produção

Casino da Ponte e a Rua Cabo Simão, em Vila

e comércio de vinho do Porto, que em 1939 fez

Nova de Gaia, no sentido de aí criar uma unidade

obras nos edifícios dando-lhes genericamente a

veis do conjunto construído em que se inserem,

escalonados que sobem em cascata desde a margem

hoteleira de quatro estrelas designada por Hotel

sua configuração actual. Restam ainda sinais dessa

os volumes integrantes do terreno objecto do

do rio, sabendo que nenhum deles, por si só, é

Casino da Ponte.

ocupação, tanto nas cubas de vinho existentes

presente projecto constituem, pela sua dimensão

suficientemente interessante do ponto de vista

O conjunto preexistente é constituído por uma

como no curioso pináculo em forma de garrafa que

e posicionamento, uma parcela determinante na

arquitectónico e que a sua forte presença urbana

série de três volumes de antigos armazéns escalo-

encima um dos mirantes dispostos na reduzida área

identidade urbana do lugar, pelo que qualquer

decorre fundamentalmente da coesão do conjunto

nados, construídos com paredes de alvenaria de

exterior da encosta.

projecto para a sua revitalização deverá estar atento

onde se integram.

granito ao longo da escarpa que, descendo da Serra

O local apresenta condições excepcionais

une as duas margens do Rio Douro.

envolvente que lhe dá sentido.

de um conjunto de edifícios situados entre a Rua

Sendo embora arquitectonicamente indissociá-

a essa especificidade.

do Pilar, se estende com abrupta pendente entre as

tanto do ponto de vista paisagístico como da sua

duas ruas atrás referidas. E ainda por um edifício

articulação com as duas margens do Rio Douro,

naturalmente apetecível para a implantação de uma

à cota superior onde até à década de 20 do século

sendo urgente que surjam oportunidades capazes de

unidade hoteleira, por outro lado convida, em nossa

passado funcionou o denominado Casino da Ponte,

viabilizarem a reabilitação do tecido edificado que

opinião, a um conceito de inserção urbana assente

um espaço de jogo clandestino servido por um

lhe dá forma.

num relativo despojamento da sua imagem capaz

restaurante panorâmico e uma sala de espectáculos. Terá sido a construção da ponte Luís I, nos finais

O presente desígnio de aí situar um Hotel de quatro estrelas com 80 quartos enquadra-se nessa

Por isso, se por um lado o local se torna

Nesse sentido, torna-se tema dominante a consolidação da imagem dos longos volumes

É nessa perspectiva que foi desenvolvido o presente projecto de arquitectura.

de manter tensa a interdependência com toda a sua envolvente edificada.

do século XIX, que proporcionou as condições para

perspectiva, reconhecendo as condições vantajosas

a criação de melhores acessos e, por essa via, o de-

da sua localização, entre o Mosteiro da Serra do

do futuro hotel decorra essencialmente da sua

Assim, é nosso propósito que o carácter singular

senvolvimento deste núcleo edificado sob a escarpa

Pilar e a ponte Luís I, dispondo de meios de acesso

própria diluição na atmosfera do Lugar, preser-

do mosteiro da Serra do Pilar.

muito próximos (metro, teleférico, funicular e o

vando e aprofundando a sua pertença ao conjunto

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02 ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E FUNCIONAL 02.1 Considerações gerais

No sentido da sua adequação à utilização como

as unidades no sentido do Rio Douro (se bem que

Hotel, o projecto procura distribuir os espaços

as dos pisos inferiores não possam beneficiar do

o restaurante e bar requerem um outro enquadra-

no edifício preexistente que integra as antigas cubas

integrados no programa de modo a preservar e até

melhor enquadramento visual).

mento na perspectiva da criação de espaços amplos

de vinho, as quais serão demolidas, permitindo a

com uma franca articulação com as áreas exteriores

criação de dois pisos de estacionamento graças à

no edifício de entrada (antigo Casino) situado à cota

e, por isso, com maior apetência para se situarem

grande dimensão do actual pé-direito. A adequação

mais alta, neste caso usufruindo de uma magnífica

em volumes novos de ampliação construídos com

da garagem a este corpo justifica-se pelo facto de o

vista sobre a cidade do Porto.

estruturas que permitam menos constrangimentos

volume existente não dispor de aberturas sobre o

espaciais. Também a sala de reuniões e o ginásio se

Rio, uma vez que o seu limite norte confina com o lote adjacente.

a acentuar a identidade arquitectónica dos vários corpos que compõem o conjunto edificado. Assim, colocaram-se quase todos os quartos nos três volumes escalonados dos antigos armazéns, tendo sido possível integrar aí um total de 76 (se-

Apenas os restantes 4 (quatro) quartos se situam

Deste modo, os quartos em geral ficam alojados

Pelo contrário, as áreas comuns e particularmente

tenta e seis) unidades, todos com área superior aos

em áreas mais recatadas, resguardando a necessária

situam num novo corpo, proporcionando áreas mais

valores mínimos regulamentares para um hotel de

privacidade e permitindo manter a integridade

amplas de apropriação.

quatro estrelas (14,5 m2 para quartos individuais e

da forma dos actuais edifícios já que é suficiente

19,5 m2 para quartos duplos), integrando instalação

manter o ritmo dos vãos preexistentes, complemen-

ampliação (restaurante-bar / cozinha e sala poliva-

sanitária própria. Esta distribuição torna-se mais

tados por novas aberturas, verticalmente alinhadas

lente / ginásio) desenvolve-se o esguio volume dos

rentável e apropriada, já que possibilita criar um

com os mesmos, a executar com configuração e

elevadores situados fora dos edifícios preexistentes.

tipo de ordenamento repetitivo e orientar todas

dimensão idênticas.

Por seu lado, a garagem (20 lugares) dispõe-se

Unindo verticalmente estes dois corpos de

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02 ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E FUNCIONAL 02.2 Distribuição do programa

Átrio / Recepção / Administração

Restaurante / Bar / Cozinha / Espaços exteriores

Sala de Reuniões / Ginásio / Sauna

Situa-se no corpo principal do edifício do antigo

O Restaurante /Bar dispõe-se num amplo espaço

A Cozinha e a Área de Pessoal situam-se no piso

Junto à Rua Cabo Simão, o novo conjunto de

casino, no amplo espaço existente de pé-direito

envidraçado em toda a sua fachada norte, voltada

sobre o Restaurante / Bar, dispondo de vãos envi-

ampliação remata num corpo que acompanha a

duplo, com um magnífico enquadramento visual do

ao Rio Douro, dispondo de uma extensa varanda

draçados mas sem visibilidade a partir do exterior,

frente de rua, no qual se insere uma grande Sala de

rio. Trata-se duma óptima localização, à cota alta,

exterior que poderá funcionar como esplanada.

já que se localizam por detrás da pala frontal situada

Reuniões de pé-direito duplo, privativa do Hotel,

no alinhamento do limite da esplanada.

destinada a reuniões / eventos, a qual dispõe de uma

junto à ponte Luís I e à estação do Metro, perto do teleférico e do miradouro da Serra do Pilar. O espaço privado exterior que antecede a entrada

A partir do Restaurante é possível aceder às plataformas exteriores do terreno, que serão objecto

As cargas e descargas para a Cozinha processam-

frente envidraçada para o exterior.

de um arranjo paisagístico adequado, com novos

-se directamente a partir da Rua do Casino da

No piso superior deste volume situa-se um

permite o estacionamento temporário de viaturas

muros e áreas ajardinadas, conforme expresso em

Ponte, através de elevador e escada de serviço

pequeno ginásio equipado com sauna e outras

para tomada e largada de tentes e bagagens.

desenhos. Para tal, prevê-se a demolição integral

próprios, conforme evidenciado em plantas.

valências a definir.

A dimensão do espaço permite integrar neste

dos dois volumes / mirante já referidos, sem

A Cozinha comunica com o Restaurante através

espaço uma folgada área de estar equipada (mesas

qualquer interesse arquitectónico, que perturbam a

de escada interior e ainda por sistema monta-pratos

e sofás ou cadeiras), constituindo o edifício um ele-

relação entre o Restaurante e a paisagem.

articulado com uma copa existente no piso inferior.

mento com grande legibilidade na articulação com o ponto de chegada da ponte a Vila Nova de Gaia.

Em todas as plataformas exteriores, mesmo as

O Restaurante / Bar é servido por instalações sa-

situadas na cobertura dos edifícios, prevê-se um

nitárias próprias com divisão por sexos e integração

O balcão de recepção dispõe de um comparti-

recobrimento ajardinado contínuo que uniformize a

de uma unidade adaptada a pessoas com mobilida-

mento para bagagem dos clientes e articula directa-

imagem do conjunto, conforme também documen-

de condicionada.

mente com a área da Administração do Hotel.

tado em plantas

Neste piso, dispõem-se ainda instalações sanitá-

O Restaurante / Bar será ainda complementado

rias para o pessoal administrativo e também para os

por um pequeno Bar informal situado no piso

utentes, sendo esta última com divisão por sexos e

superior do novo corpo de elevadores, servido por

integração de uma unidade adaptada a pessoas com

uma ampla janela panorâmica com vista sobre a

mobilidade condicionada.

cidade do Porto.

Estacionamento O Hotel dispõe de estacionamento próprio para 20 viaturas ligeiras, com acesso directo pelo interior e ligação à Recepção através dos corredores dos quartos.

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Quartos

Circulações / Acessos interiores

De acordo com a solução apresentada, prevêem-se

a um circuito interno de serviço de ligação à

A partir da recepção, os clientes do Hotel poderão

outro elevador de serviço (que liga entre si os pisos

64 quartos duplos (com áreas úteis entre 19,60 m2

lavandaria / tratamento de roupa, à cozinha e à área

dirigir-se ao piso superior (piso 12), onde se situam

1 a 6) integrado no corpo de ampliação que contém

e 34,43 m2) e 16 quartos individuais (com áreas

do pessoal.

4 (quatro) quartos ou descer para os pisos situados

os ascensores dos utentes. Tais elevadores de serviço

até à cota do Restaurante / Bar (piso 7) através de

são sempre antecedidos de uma copa de serviço

úteis entre 15,35 m2 e 19,63 m2), num total de 80

Refira-se finalmente a criação, à cota superior, de

unidades de alojamento com capacidade para 144

um novo volume de ampliação destinado a quartos,

dois elevadores, cujo pequeno átrio dispõe, em

na ligação aos corredores dos quartos, criando

camas individuais fixas.

implantado sobre o corpo preexistente que acolherá

todos os pisos de vãos envidraçados tanto para a

entre si um circuito interno exclusivo do pessoal,

a garagem.

Rua do Casino da Ponte como para a abrangente

absolutamente independente dos percursos usados

panorâmica sobre o Porto.

pelos utentes. A alteração de prumada entre os dois

Refira-se que a percentagem da área média das unidades de alojamento excede as áreas mínimas obrigatórias em 14,2 %. Todos os quartos dispõem de instalação sanitária própria com diversas configurações definidas em plantas. Os 76 quartos dispostos nos volumes dos

No percurso desde os elevadores até aos quartos, os utentes atravessarão, em quase todos os pisos,

Em todos os pisos os elevadores são acompanha-

monta-cargas de serviço processa-se no piso 6, num

umas “pontes” envidraçadas de onde poderão

dos de escadas enclausuradas com compartimenta-

espaço exclusivo de serviço, assim assegurando a

usufruir da magnífica paisagem do Rio.

ção corta-fogo em geral.

total independência do respectivo circuito, desde

Existe também um elevador de serviço paralelo

o piso 1 até ao piso 12, com ligação directa tanto à

para uso do pessoal do hotel, integrado em circuito

lavandaria como à área de pessoal / cozinha e ainda

antigos armazéns têm ainda uma pequena varanda

de serviço totalmente independente. A partir do

à entrada de serviço pela Rua Casino da Ponte.

reentrante na fachada voltada ao Rio, que transporta

piso do Restaurante/Bar, que constitui o espaço cen-

para o interior do volume a caixilharia, conferindo

tral do conjunto, o percurso dos clientes é transferi-

interno ao conjunto edificado que seguirá ao longo

aos edifícios um carácter que os aproxima do

do para um segundo grupo de dois elevadores que

de espaços onde a escarpa se encontra visível e que

imaginário de uma ruína.

desce até aos restantes pisos dentro de um volume

constituirá a revitalização de um antigo percurso

próprio integrado no novo corpo de ampliação.

existente, sendo nos desenhos legendado como

Conforme já referido, todos os pisos de quartos

Refira-se ainda a presença de um percurso

são servidos por um elevador reservado ao pessoal

Os três volumes dos restantes quartos (76) são

e por uma pequena copa de serviço, ambos ligados

apoiados tanto pelo já referido elevador de serviço

espaço exterior coberto, já que será ventilado naturalmente, funcionando também como caminho

(que liga entre si os pisos 6 a 12) como por um

de evacuação em caso de incêndio. 11


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03 INSERÇÃO URBANA E PAISAGÍSTICA DA EDIFICAÇÃO

O conjunto edificado preexistente constitui uma

No volume inferior, onde as aberturas são maio-

descargas a partir da Rua do Casino da Ponte

unidade bem sedimentada no espaço urbano

fícios preexistentes, com excepção para o volume

res, a varanda intercepta os vãos em metade da

(no interior do edifício existente) acaba por dar

envolvente, constituindo com este uma sólida base

superior dos antigos armazéns, cuja cércea subirá

sua largura (sendo a outra metade envidraçada),

corpo a um volume fechado que ganha todo o

do belíssimo Mosteiro da Serra do Pilar.

cerca de 2 metros para incluir mais um piso de

criando a ilusão de um novo redimensionamento

quartos. Este volume superior será complemen-

do vão que o aproxima da métrica dos dois

Pelo modo como se implanta é bem legível que

»» A manutenção da cércea da generalidade dos edi-

entre este conjunto e a paisagem que o enquadra se

tado por um novo corpo de ampliação no sentido

estabelece uma relação mutuamente contemplativa,

nascente, que integrará dois pisos de quartos e

transformando a construção em elemento indisso-

cujas fachadas serão desenhadas em continuida-

serão executados com alvenaria de granito à vista

elevadores, conferindo mais unidade ao conjunto.

ciável da caracterização arquitectónica do Lugar.

de com o edifício lateral preexistente.

e pintada de branco, à semelhança dos antigos

Por outro lado, tal processo de desdobramento

armazéns intercalados entre o nosso terreno e o

viabiliza a colocação de um tramo superior dos

Rio Douro.

acessos verticais dentro do edifício existente, re-

Daí o deliberado propósito, já expresso no ponto

»» A manutenção do ritmo e dimensão das janelas

volumes superiores.

sentido no equilíbrio do conjunto reabilitado. »» O desdobramento dos ascensores em duas

»» Todos os enxertos e alterações nestas fachadas

prumadas diferentes permite ligar o corpo do Restaurante / Cozinha ao próprio volume dos

1 desta Memória, de que o futuro Hotel se dilua

existentes nestes volumes, sendo que os novos

na arquitectura envolvente, sabendo que qual-

pisos integrados no seu interior respeitarão nas

quer destaque demasiado ostensivo o banalizará,

aberturas as mesmas características. Para tal,

perior do antigo Casino, nomeadamente no que

aproximando-o do conceito de tantas e tantas

proceder-se-á a uma translacção vertical dos

se refere ao seu apoio na escarpa, será subvertida

»» Refira-se finalmente que o presente processo

unidades hoteleiros que aspiram a uma imagem

vãos, de modo a preservar-se a identidade da

pelo novo volume de ampliação do Restaurante /

integra um pedido de isenção de colocação

demarcadora da sua presença.

fachada, no que respeita à relação cheio/vazio e

Cozinha, cujo desenho concretizado num com-

de painéis solares, subscrito por especialista

ao ritmo das aberturas

pacto corpo de betão permitirá criar uma base

credenciado, prevenindo um aspecto fundamen-

sólida capaz de estabilizar e consolidar a imagem

tal na preservação da identidade da arquitectura

Alguns aspectos importantes foram tidos em

»» Por outro lado, a actual fragilidade do edifício su-

duzindo o impacto do novo volume de ampliação na paisagem.

conta na concepção do projecto tendentes a consoli-

»» A criação de varandas reentrantes nos quartos,

dar esta inserção urbana e paisagística mas também

que retiram as caixilharias dos vãos, criando

do antigo edifício onde se situará a entrada do

do conjunto, também estribada na sequência de

evidenciar subtis sinais que permitam ler a discreta

sombras nas fachadas que as aproximam da ima-

Hotel. Assim, a Cozinha, que também ocupará

telhados com manifesta importância na paisagem

individualidade do Hotel:

gem de ruínas, ou seja da sua actual identidade.

o piso superior por imperativo de viabilizar as

urbana.

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04 CONCEPÇÃO CONSTRUTIVA

Caracterização do terreno

Blocos de quartos

Edifício do antigo Casino

Corpo de ampliação

Trata-se de um terreno caracterizado por uma

Na reconversão destes três edifícios prevê-se a

Será mantido com a sua configuração actual, rebo-

Será integralmente executado com paredes exterio-

enorme pendente, com a presença dos elementos

manutenção das paredes exteriores de granito

cado e pintado, admitindo-se que a obra possa vir a

res de betão à vista, com forra interior de tijolo e

rochosos da escarpa que se estende desde o Rio

primitivas e a reconstrução no mesmo material das

revelar superfícies de parede em que a qualidade da

isolamento térmico intercalar. As caixilharias serão

Douro até ao Mosteiro da Serra do Pilar.

extensões das mesmas afectadas por ampliações.

alvenaria de granito aconselhe seja deixada à vista.

de alumínio ou madeira pintados.

A presença desta escarpa, que inclusivamente

De modo a uniformizar as superfícies exteriores,

As caixilharias serão de madeira pintada.

O betão, sendo o material mais adequado

surge à vista em algumas áreas do interior dos

resultantes da intervenção proposta no projecto,

para a forma proposta, é o que mais se adequa ao

edifícios exigirá grande atenção na elaboração

prevê-se uma pintura directa das fachadas, de cor

propósito já enunciado de conferir aos volumes um

do projecto de execução, nomeadamente no que

branca, com produto que permita manter a leitura

carácter compacto, já que se situam no actual espaço

se refere ao Projecto de Fundações e Estruturas,

da textura da alvenaria de granito. Este procedimen-

exterior ocupado pelas poucas plataformas abertas

considerando que os actuais edifícios constituem

to corresponde, aliás, ao usado tradicionalmente

na escarpa. Por outro lado, tal configuração, conso-

elementos de contraventamento da mesma escarpa.

nos antigos armazéns situados na envolvente.

lidada num desenho que privilegia a continuidade

A consolidação da escarpa em geral, em toda a

A estrutura dos novos pavimentos será executada

compositiva entre os dois corpos de betão (superior

área do terreno constitui, por isso, um tema central

com lajes de betão maciço ou aligeirado, sendo o

e inferior) e o volume dos elevadores, está também

no desenvolvimento do projecto e preparação da

revestimento dos quartos executado com soalho de

ligado a um sinal de contemporaneidade importante

obra, tanto no que se refere ao edificado como

madeira maciça. As caixilharias serão de madeira

na compreensão dos tempos de construção do

aos espaços exteriores e respectivos muros de

pintada com vidro duplo.

conjunto projectado.

contenção.

O corpo de ampliação destinado a quartos, sobreposto ao volume preexistente que irá conter a garagem, será obviamente construído com um sistema mais aligeirado, prevendo-se uma estrutura metálica e fachadas executadas com alvenaria de tijolo, sendo também pintadas a branco. 15


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Planta cobertura

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Planta piso 12

Cota 64,48

Átrio/Recepção Quartos Área de serviço

19


Planta piso 11 Átrio/Recepção Administração Área de serviço

20

Cota 61,18


Planta piso 10

Cota 58,00

Área técnica Área de serviço

21


Planta piso 09 Quartos ร rea de serviรงo

22

Cota 54,68


Planta piso 08 Bar panorâmico

Sala pessoal/Vestiários

Quartos

Cozinha

Cota 50,98

Área de serviço

23


Planta piso 07A

24

Restaurante/Bar

Área de serviço

Área técnica

Garagem

Cotas 45,95 · 46,90 · 48,15


Planta piso 07 Restaurante/Bar

Área de serviço

Quartos

Garagem

Cotas 45,55 · 45,95

25


Planta piso 06 Quartos ร rea de serviรงo

26

Cota 42,55


Planta piso 05

Cota 38,36

Quartos ร rea de serviรงo

27


Planta piso 04 Quartos ร rea de serviรงo

28

Cota 35,51


Planta piso 03

Cota 32,66

Quartos Área técnica Área de serviço

29


Planta piso 02

30

Ginásio/Sauna

Área técnica

Quartos

Área de serviço

Cotas 29,25 · 30,74


Planta piso 01

Cota 27,00

Área de serviço Sala polivalente (reuniões)

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09 JOSÉ GIGANTE NOTA BIOGRÁFICA

Biografia José Gigante nasce no Porto em 1952 e licencia-se em

Concursos

»» Prémio Gulbenkian de Arquitectura / Design, 1986;

»» 1.º Lugar no Concurso para o Laboratório

Arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes do

de Arquitectura da Universidade do Porto – FAUP

»» Prémio Nacional de Arquitectura AAP/SEC, 1987;

Porto (ESBAP) em 1981. Entre 1978 e 1994 colaborou

(desde 2010) e no novo curso de arquitectura da

»» Prémio Secretaria de Estado da Energia, 1988;

no gabinete de Jorge Gigante e Francisco Melo, sendo

Universidade Lusófona do Porto – ULP (desde 2012).

»» Prémio Architécti / Centro Cultural de Belém,

responsável por vários projectos e obras. Entre 1988

Foi também Professor Visitante na École

1994;

e 1991 realiza alguns projectos em co-autoria com

d’Architecture de Clermont-Ferrand – ENSACF

»» Prémio Instituto Nacional de Habitação, 1997;

João Álvaro Rocha. Desde 1997 é sócio-gerente da

(1989), École d’Architecture de Nancy - ENSAN

»» Prémio Municipal de Arquitectura Januário

empresa “José Gigante - Arquitecto Lda”.

(1991), e Facultad de Arquitectura de Universidad

Godinho, 1998;

de Palermo - UP / Buenos Aires (1999) e Norwegian

»» 2º Prémio RECRIA, 2000;

leccionado na Escola Superior de Belas Artes do

University of Science and Technology / Trodheim

»» 1.º Prémio Europeu de Arquitectura AIA-Europe

Porto - ESBAP (1981-84), Faculdade de Arquitectura

–NTNU (2013).

Iniciou a sua actividade docente em 1981, tendo

da Universidade do Porto – FAUP (1984-1998), Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra - DARQ-FCTUC (1992-2010) e Escola Superior de Artes e Design – ESAD (2012-2013).

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Actualmente é Professor Convidado na Faculdade

Prémios

(American Institute of Architects - Europe International Design Award) / Madrid, 2001

Nacional de Investigação Veterinária / Vila do Conde, 1990; »» 1.º Lugar no Concurso para o Instituto de Comunicações de Portugal / Porto, 1992; »» 1.º Lugar no Concurso para o Conjunto de Habitações Sociais das Eirinhas / Porto, 1995; »» 2.º Lugar no Concurso para a Escola de Arqueologia do Freixo / Marco de Canavezes, 2001; »» 3.º Lugar no Concurso para a Reabilitação do Mosteiro de S. Salvador de Grijó, 2001; »» 2.º Lugar no Concurso para a Plaza de la UAM / Madrid, 2007; »» 2.º Lugar no Concurso para o Novo Edifício Central da Câmara Municipal de Loures, 2007


Distinções »» Finalista do Prémio Internazionale di Architettura Andrea Palladio / Vicenza, 1991; »» Menção Honrosa no Prémio Nacional de Arquitectura AAP/SEC, 1993; »» Menção Honrosa no Prémio Nacional de Arquitectura AAP/AECOPS, 1993; »» Menção Honrosa no Prémio Architécti, 1993; »» Finalista do Premio Iberfad/Alejandro de la Sota / Barcelona, 1996; »» Finalista do Prémio Secil de Arquitectura, 1996 e 1998; »» Nomeado para o Prémio Europeu de

Exposições, conferências e publicações »» Finalista do Prémio “A Pedra na Arquitectura”, 1999; »» Finalista do Prémio FAD de Arquitectura / Barcelona, 2000;

Projectos e obras expostos e publicados em: Alemanha, Argentina, Brasil, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Itália, Inglaterra, Portugal e Suíça.

»» Menção Honrosa no Prémio “A Pedra na Arquitectura”, 2005; »» Finalista do I Prémio ENOR de Arquitectura / Vigo, 2005; »» Menção Especial no Prémio de Arquitectura em Tijolo de Face à Vista, 2005; »» Finalista do IV Prémio ENOR de Arquitectura / Vigo, 2009.

Arquitectura Mies Van der Rohe / Barcelona, 1997; »» Finalista da I Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Engenharia Civil / Madrid, 1998; »» Finalista do Prémio Europeu de Arquitectura Mies Van der Rohe / Barcelona, 1999;

37


José Gigante Arquitecto Lda. Rua D. António Barroso, 289 · 4050–060 Porto, Portugal Tel. 22 606 35 66 / 96 290 58 89 / 96 901 90 67 E-mail geral@josegigante.pt Contribuinte 504 019 007




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