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6.3. Cenário III: Expansão territorial e institucional alargada

Possível dificuldade em mobilizar as entidades envolvidas em torno a linhas de ação comum e desenvolvimento de um alinhamento estratégico conjunto;

Manutenção dos desequilíbrios populacionais, de dimensão territorial e capacidade económica entre os dois lados da fronteira.

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Este cenário contempla o alargamento territorial e institucional mais abrangente que o anterior, com a perspetiva de incluir, nesta estrutura de cooperação transfronteiriça, a grande parte dos territórios do interior da fronteira entre a Galiza e o Norte de Portugal. Este seria o cenário com maior alcance territorial e institucional, já que envolveria a CIM do Alto Tâmega e a CIM de Terras de Trás-os-Montes e, do lado galego, o território constituído pelas Comarcas de Baixo Limia, A Limia, Verín e Viana, pertencentes à Deputación de Ourense. O ganho de escala que implicaria a adoção deste cenário levaria à estruturação inequívoca de uma Eurorregião. Refletindo acerca das consequências do avanço deste alargamento levantam-se as seguintes vantagens e desvantagens:

Vantagens:

Criação de um espaço de cooperação transfronteiriça de escala regional no interior da Galiza e do Norte de Portugal, podendo este afirmar-se como uma eurorregião;

Ganho de peso institucional decorrente do envolvimento de entidades com peso administrativo nos Estados, permitindo melhorar a representação destes territórios tanto no contexto nacional (Portugal e Espanha) como comunitário;

Envolvimento de Terras de Trás-os-Montes nas dinâmicas de cooperação transfronteiriça com territórios da Comunidade Autónoma da Galiza;

Possibilidade de desenhar estratégias de desenvolvimento económico abrangentes e estruturantes, dado que permitiria reunir esforços de territórios, pessoas e instituições que enfrentam problemáticas sociais e económicas semelhantes;

Incorporação numa mesma estrutura de territórios com um perfil económico compatível entre si, permitindo, assim, reforçar a competitividade e o posicionamento deste espaço transfronteiriço em determinados setores económicos como a produção agropecuária, o

turismo (especialmente o turismo rural e de natureza), a produção de energia, entre outros;

Desvantagens:

Escasso histórico de cooperação entre as entidades a envolver, que poderá causar entraves à consolidação de uma cultura colaborativa e de trabalho conjunto entre os diferentes municípios e entidades supramunicipais;

Necessidade de criar uma imagem e marcas novas, já que os elementos de união associados à Eurocidade Chaves-Verín não são partilhados pela grande parte dos territórios a envolver;

Possível dificuldade em mobilizar as entidades envolvidas em torno a linhas de ação comum e desenvolvimento de um alinhamento estratégico conjunto, dada a grande diversidade de contextos territoriais

Desequilíbrio entre o número de entidades a envolver dos dois lados da fronteira: para além dos municípios de Chaves e Verín existiriam duas comunidades intermunicipais do lado português e apenas alguns territórios do lado galego pertencentes à Deputación Provincial;

Possível perda de protagonismo da Eurocidade Chaves-Verín dentro do panorama da cooperação transfronteiriça da fronteira interior, devido à incorporação de territórios com um peso económico e social mais destacado, como são os casos de Ourense e de Bragança.

CAPÍTULO 7

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