EM CURITIBA EDIÇÃO 06 OUT 2015
MODA CULTURA NOIVAS
PE tit
EDITORIAL
Sobre crianças, para adultos Uma hora ou outra nos renderíamos ao tema da revista de outubro. Mês marcado pelas comemorações infantis, não seria possível fazer tantas edições sem passarmos, uma vez que fosse, por esse universo. A EM Curitiba #06 foi planejada para pais e para filhos também. Nosso conteúdo é para quem gosta da infância, para quem tem filhos, para quem não tem, mas quer, para quem foi criança um dia. Por estas páginas, além de diversão e muita fofura, você encontrará dicas de programação para este mês que começa. Também passamos pelo ciclo das roupas, para descobrir o que fazer com aqueles looks que não servem mais nos pequenos que crescem na velocidade da luz. Desmistificamos algumas simpatias de avós sobre as roupas, falamos sobre vaidade infantil e sobre o mercado em volta da indústria da moda para crianças. Em cultura, você encontra uma programação diferente. Um cinema para as novas mães, que serve de escape para os maçantes filmes infantis que aprisionam o conteúdo de quem tem filho pequeno. Trouxemos indicações de livros, sugeridos por dois irmãos que são personagens de suas próprias histórias. Além de uma história sobre uma mãe empreendedora que criou um site sobre dicas culturais para crianças daqui. Bateu uma fome? Temos no cardápio dicas de restaurantes infantis, onde os filhos têm liberdade e os pais, uma experiência sem igual. Nos casamentos, o dilema sobre ser noiva e ser mãe é abordado na nossa matéria principal. Esperar? Casar Grávida? E ainda, para as noivas que têm convidados com filhos, enchemos de perguntas uma empresa de monitoria infantil em casamentos. Uma boa dica para manter seus convidados mais confortáveis e por mais tempo para curtir com você. Se não é suficiente, confira os conselhos de profissionais do ramos para arrumar pajens e daminhas sem irritá-los. Como dissemos, é uma revista sobre crianças. Mas é para adultos. Venha se divertir com a gente e não deixe de se encantar com nosso editorial de moda.
EXPEDI E N T E
#06 Mariana fotografada por Sisi Terezin
Diretora de Redação: CARMELA SCARPI (carmela@evenmore.com.br) Projeto Gráfico e Diagramação: Lizi Sue Redação: ALÉXIA SARAIVA; BEATRIZ MATTEI: CARMELA SCARPI; MONIQUE BENOSKI; MONIQUE PORTELA E RENATA ORTEGA. Colaboradores: mãe CAMILA ANDREOLI; HARRIETE SCARPI; LETÍCIA DELESPINASSE (Mamavie); mãe LUCIANA VARASCHIN; mãe MARILAN BENOSKI; mãe RENATA BAUDISCH (Sapatilha Colorida); SISI TEREZIN Revisão: CARMELA SCARPI A revista digital EM Curitiba é uma publicação produzida pela equipe do grupo Even More. Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução de qualquer tipo de conteúdo sem a autorização prévia e por escrito. Todas as informações técnicas, bem como anúncios e opiniões expressados, são de responsabilidade dos autores que estes assinam. Serviço de atendimento ao consumidor: contato@evenmore.com.br Anúncio e Publicidade: contato@evenmore.com.br
SUMÁRIO
MODA 14
Vaidade Infantil
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Válido até --/--/--
22 Carinho que se sente na pele
26 Nosso Menino Cresceu
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Les Petits
CULTURA NOIVAS 48
Missão (Im)possível
51
Daniel e Bianca
54 comer, brincar e voltar
64
De Mãe para Mãe
70 Tempos de Noiva, Tempos de Mãe
76
Evitando Birra
78
Damas
84
ENTREVISTA Tia Ro
Agenda Melissa tem presente no mês da criança Durante o mês da criança, a Melissa presenteia suas clientes com um flip book cheio de ilustrações de moda para colorir! Nas compras acima de R$ 280,00 em qualquer linha da coleção Wanna Be Carioca (Mini Melissa, Mel ou adulto), o cliente recebe a publicação exclusiva da marca - até durarem os estoques. Com 16 ilustrações do Augusto Molinari representando opções de looks com Melissas, a diversão não é só na hora de pintar: você pode combinar os desenhos entre si e montar o melhor look. Dá pra escolher o cabelo, roupa e personalizar as Melissas ilustradas.
Pic Nic no Shopping Até o dia 15 de outubro o Park Shopping Barigüi promove uma série de brincadeiras, com equipamentos de recreação tradicionais e uma oficina de atividades com o conceito de PicNic, incluindo grama sintética e tudo! A praça de eventos do Shopping terá dois espaços especiais: um espaço Baby, para crianças entre 0 a 4 anos, e o espaço Infantil, entre 04 a 12 anos. Para os maiores haverá também oficina de gastronomia, que os ensinará a preparar comidinhas saudáveis.
Lançamento “A menina que colecionava pedras” No dia 11 de outubro será lançado o livro infantil “A Menina que Colecionava Pedras”, da poeta Catarina Rielli Vieira. A publicação revela na leitura a Serra do Mar e uma personagem com subjetividade infantil ímpar. A protagonista decide um dia subir em uma montanha de nome difícil: Anhangava (Quatro Barras/PR). Lá no alto era possível ver toda a cidade, que, de tão pequena, parecia ser de brinquedo. Quando o sol começou a se esconder no horizonte ela percebeu que estava em cima de uma pedra gigante! Ilustrada por Daniel Freire Silveira, o lançamento será na Feira do Poeta, Largo da Ordem (em frente ao bebedouro) das 10h às 13h. Preço: R$ 15,00.
Teatro na Livraria A parceria entre Pé no Palco e Mataveri Cultural leva uma temporada de espetáculos para o teatro Eva Herz dentro da Livraria Cultura, no Shopping Curitiba. Dentre as peças em cartaz, está o conto infantil “O Negrinho do Pastoreio”, com direção de Jean Carlos Sanchez e atuação de Helena Portela, Léo Moita e Marcel Szymanski. As apresentações serão nos dias 10, 11, 17, 18, 24, 25, 31 de outubro e 01 de novembro, sempre às 16h. Ingressos R$ 30,00 e 15,00 (meia entrada) na bilheteria do teatro.
MODA
MODA
vaidade infantil
Quando o assunto é estética, quais os limites entre o exagero e o comum? Monique Benoski
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CURITIBA
Ela mesma comenta que começou a usar produtos químicos em seu cabelo somente aos 35 anos e que, enquanto puder segurar, suas Ver a mãe, a irmã ou a tia se maquiando,
filhas não usarão. “A Marcela já me pediu para
arrumando os cabelos e cuidando do corpo
fazer mechas, para ser loira e eu não deixo. Eu
pode inspirar algumas meninas desde a
vejo problemas inclusive no uso constante da
infância. Muitas vezes essa observação traz
prancha, mas não tem como evitar tudo”, relata.
resultados saudáveis, faz com que a criança viva a experiência de usar um batom ou fazer um penteado. Porém, se a referência for constante e demasiada, pode levar a outros resultados não tão bons.
Marcela tem quatorze anos e quer muito fazer escova progressiva. A garota conta que tem o hábito de alisar o cabelo com prancha todos os dias. “Maquiagem eu não vejo tanto nas minhas amigas, mas no cabelo elas usam bastante Paula G. Koprusinski, psicóloga graduada pela
química. Eu não sou contra”, defende. “Toda
Universidade Federal do Paraná, apaixonada
vez que ela está em frente ao espelho eu falo
por crianças e suas pequenas descobertas,
para passar a mão no chão e juntar a ‘peruca’,
escolheu como foco do seu trabalho a
porque a quantidade de cabelo que cai é
psicologia infantil. Ela acredita que, nas crianças
enorme”, completa Ana Paula. Já Gabriella, nove
pequenas, a maior influência estética vem de
anos, tem uma personalidade completamente
fato dos familiares. Paula afirma que vivemos
oposta à da irmã. “Eu nem penteio o cabelo de
em uma sociedade em constante cobrança
manhã. Se eu pudesse ficaria sempre de shorts
pela perfeição e que cabe aos pais ensinar os
e camiseta”, diz
filhos a serem confiantes com a sua aparência, independente do que os outros pensam. Dentro
desta
questão
existem
algumas
mães que incentivam e outras que reprovam atitudes mais ‘adultas’ em crianças. Ana Paula Scholze, mãe de Marcela e Gabriella, é contra.
“Vivemos em uma sociedade em constante cobrança pela perfeição e que cabe aos pais ensinar os filhos a serem confiantes com a sua aparência, independente do que os outros pensam.” Paula G. Koprusinki WWW.EVENMORE.COM.BR 15
MODA
Beleza profissional
passar batom em um evento quando a mãe autoriza, tudo bem, mas quando começa a ser constante o assunto muda de figura”, certifica.
Enquanto a disputa de um lado é entre
Priscila comenta que diversas mães já falaram
algo
a ela que acham errado o uso de produtos de
profissional. Priscila Soares de Farias é mãe
beleza destinados para adultos em sua filha
de uma pequena Miss, a Anna Júlia, e, diz
Anna. Porém, garantiu que passa removedor de
que, adora a produção necessária para os
maquiagem na pele da garotinha ao fim de cada
concursos. “A Anna tem sete anos e começou
concurso, para garantir que todas as impurezas
a desfilar aos três. As crianças são avaliadas
sejam eliminadas.
ideologias,
de
outro
ela
torna-se
por uma banca julgadora que analisa os trajes, a simpatia, a beleza e o comportamento na passarela”, explica.
Para a psicóloga, o principal aprendizado que os pais devem dar aos filhos é o ensino dos valores, pois são formadores de personalidade
A mãe conta que a maquiagem e a produção
e caráter e auxiliam na confiança, autoestima
no cabelo não são obrigatórias, porém, na
e resiliência da criança com as situações da
Anna Júlia ela coloca cílios e unhas postiças,
vida. “Parece clichê, mas é fundamental para
além de fazer uma maquiagem bem forte de
que o pequeno entenda o mundo. A partir do
acordo com a cor do vestido. “Porque quanto
momento no qual a criança aprende a aceitar
mais bonita estiver a menina, mais chances ela
as diferenças entre as pessoas, ela também
terá de ganhar. Eles querem ver a beleza, e não
não usará a estética como medida de aceitação
precisa necessariamente ser a natural”, afirma.
do outro, ou dela mesma. Será uma pessoa
“Eu me sinto como uma princesa, adoro me
com maiores condições de vencer os conflitos
maquiar. E nossa, o que eu mais amo na minha
e cobranças da sociedade”, conclui.
vida é desfilar”, completa Anna. De acordo com Paula, crianças não deveriam sentir necessidades estéticas, é muito cedo. “Acredito que pintar as unhas ‘de brincadeira’,
“Eu me sinto como uma princesa, adoro me maquiar. E nossa, o que eu mais amo na minha vida é desfilar.” Anna Julia
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CURITIBA
Ana Paula com suas filhas Marcela e Gabriella
Anna JĂşlia apresentando-se em concurso WWW.EVENMORE.COM.BR 17
MODA
VÁLIDO ATÉ --/--/-Doar, vender, guardar para usar depois. Para onde vão as roupas das crianças quando elas crescem? Aléxia Saraiva
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CURITIBA
Ter filho pequeno também significa ter
O que Lívia e Monica têm em comum é o
criatividade para dar um destino às roupas que
critério usado para escolher as roupas que
em pouco tempo deixam de servir. O desapego,
vão ficar no armário. Segundo elas, não vale a
um pouco difícil no começo, logo dá lugar às
pena guardar roupas que seguem tendências
pilhas de doações. São sacolas destinadas a
do momento. “Passava pra frente o que era
parentes, vendidas ou ainda guardadas para
modinha, ou não tinha nada a ver com o estilo
um novo filho que vem em seguida. Tudo
da outra. O restante sempre guardei”, conta
para liberar espaço, no armário, aos tamanhos
Lívia. “Eu avaliava o estado geral da roupa,
maiores que não cessam em vir.
se ela não seguia uma moda passageira e se
A prática de passar roupas de uma filha pra outra sempre existiu para Lívia Leite, mãe de
o tamanho serviria, pois elas sempre tiveram tamanhos diferentes”, completa Monica.
peças que minhas três filhas usaram, inclusive
A alternativa comercial
uma das roupas usadas na maternidade, vários
E depois que a caçula cresce, para onde vão
vestidos de festa e casacos. Eu sempre guardei
todas as roupas? É aí que nasce um novo passo
o que ia usar, e na verdade algumas peças
no ciclo. São muitas as mães que repassam para
guardo até hoje”, ela explica.
outras crianças dentro da família, mas muitas
três crianças: Fabrícia, com 12 anos, Manuela, com 7, e Pietra, com 4. “Foram vários casos de
E para Monica Gorostarzu , mãe de quatro meninas, isso também não é uma novidade.
também acabam vendendo o que têm para brechós especializados em roupas de crianças.
Valentina, a mais velha, conta que isso sempre
É o caso do Dona Joaninha, brechó infantil
foi muito natural, e que não vê sentido em
que existe em Curitiba há quatro anos e que
sempre comprar roupas novas sabendo que em
atende mães com crianças de 0 a 12 anos.
casa há itens que podem ser reaproveitados.
A proprietária, Maria Helena Hathy, criou o
“Algumas vezes bate uma nostalgia ou um
brechozinho depois de ver a popularidade do
ciúme fraco, mas como foi uma coisa bem
formato no exterior. A ideia foi trazer o modelo
recorrente com quase tudo (não só com roupa),
de uma loja com variedade de peças originais
eu não me importava muito”. Ela, Victoria, Julia
por um preço mais acessível.
e Martina dividiram várias roupas desde bebês.
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MODA
Aprendiz de blogueira O brechozinho tem oito salas que comportam
Thatyane Maciel é uma das mães fashionistas
roupas, acessórios, sapatos, móveis, enxovais
que frequentam esse brechó. Ela vai em média
e brinquedos – ou seja, basicamente tudo
três vezes por semana ao Dona Joaninha
o que uma mãe precisa comprar para o filho.
escolher novidades para montar “lookzinhos”
“A qualidade é o critério para selecionar as
para a filha de 4 anos, Manuella Massaro. Sua
roupas, além de escolher peças diferenciadas.
conta no Instagram, @_manumassaro, tem mais
Tem muita coisa importada. Eu tenho uma
de oito mil seguidores.
filhinha de 3 anos que já teve calças da Diesel, por exemplo. Você não compra isso pra criança porque isso não tem no Brasil, e se tem é uma fortuna. Têm muitas peças mais em conta, mas aqui você consegue peças muito boas num valor razoável”, explica Danieli Hathy, que além de irmã de Maria Helena, trabalha no brechó.
justamente
pela
diversidade
moda a montar um site de venda de roupas, o “Para Meninas”. Ela fazia seus próprios looks e vendia as peças em seguida. Depois que ficou grávida, passou o hobby para a filha. “Eu vendo as roupas que não uso mais, é como um rodízio”, explica. Rodízio esse que acontece
Segundo ela, mães de todos os tipos as procuram
Thatyane foi uma das primeiras blogueiras de
e
tanto com as mães, quanto com os brechós, até que o ciclo se esgote junto à peça.
qualidade das peças que oferecem. “Chegam peças muito diferenciadas, de mãe que vai pra fora [do Brasil]. Então acaba atingindo todos os públicos”, conta. Danieli também explica que muitas mães fashionistas procuram o Dona Joaninha para montar “lookzinhos” para as filhas, uma tendência que vem crescendo junto às redes sociais. São mães que montam o “look do dia” para as filhinhas pequenas e depois postam as fotos em seus perfis.
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CURITIBA
“A qualidade é o critério para selecionar as roupas, além de escolher peças diferenciadas. Tem muita coisa importada... Tem muitas peças mais em conta, mas aqui você consegue peças muito boas num valor razoável.”
Lívia Leite e família
Mônica Gorostarzu e família
Manu Massaro
Dona Joaninha Brechozito Infantil WWW.EVENMORE.COM.BR 21
MODA
CARINHO QUE SE SENTE NA PELE
Monique Portela
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CURITIBA
A escolha da roupa das crianças é cuidado que reflete não apenas no espelho
Sobre a escolha dos tecidos: Das muitas responsabilidades atribuídas aos pais, algumas são certamente mais divertidas do que outras. Entre tantas cores, estampas e tecidos, a escolha das roupas dos pequenos acaba sendo tarefa lúdica e agradável mesmo para aqueles que não são ligados à moda: a seção infantil é um universo à parte, e o ato de escolher as roupinhas vai além da estética — é um ato de carinho. Mas é fácil se perder neste universo de ilimitadas possibilidades (uma mais fofa do que a outra) e esquecer que a escolha das roupas das crianças é, acima de tudo, uma tarefa ligada à saúde. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), 30% da população mundial sofre com alergias, das quais 20% são crianças. Os tipos mais comuns são as alergias respiratórias, como asma e rinite, e as cutâneas, como as dermatites atópicas e de contato. “A pele do bebê possui menor espessura da camada córnea, a camada mais superficial da nossa pele, que possui função de proteção, permeabilidade e fotoproteção”, explica a dermatologista do Hospital Pequeno Príncipe, Dra. Camila Makino Rezende. “Isso contribui para ampliar a suscetibilidade à irritação por tecidos e outros produtos”, completa. Por isso, é importante escolher peças que favoreçam não apenas a liberdade e o conforto da criança, mas que ajudem a evitar possíveis reações alérgicas.
As melhores opções são as peças feitas com fibras naturais, em especial o algodão. É raro haver sensibilidade aos fios deste material, pois eles são hipoalergênicos, ou seja, acumulam menos substâncias e corpos capazes de provocar alergias, como poeira e ácaros. Além de muito confortável, o algodão absorve a umidade do corpo, ajudando a manter a temperatura corporal adequada. Já as fibras artificiais e sintéticas (veja no box), apesar de serem bem resistentes e amassarem pouco, não permitem que a pele respire direito. Como não absorvem a transpiração, peças de poliéster, nylon, lycra, viscose, entre outros, acabam por favorecer o mau-cheiro nas roupas. Sua textura mais áspera é apontada como um dos principais motivos que provocam dermatites de contato. Durante o inverno, a tendência é que os casos de alergia aumentem. Os tecidos grossos, felpudos, de tramas mais esparsas, propiciam um maior acúmulo de alergênios. O ideal é dispensar a lã e investir em moletons, que muitas vezes são fabricados com 100% de algodão — e quando tecidos mais grossos se fazem necessários, a dica é sempre vestir uma peça de algodão por baixo.
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MODA
Sobre os cuidados Dicas de vó: mito ou verdade? com as peças: Além de escolher os tecidos adequados, é
A alergista e imunologista Dra. Mariana Nadal
necessário também ter cuidados no momento
Cardoso desmistifica algumas ideias sobre
de lavar as roupas. A pele da criança é imatura,
cuidados com roupas infantis:
frágil, pouco protegida e sensível; portanto o uso de sabão em pó, amaciantes e alvejantes com odores fortes não é recomendável. Mesmo
Passar as roupas ao avesso previne a infeção por bactérias: mito.
produtos específicos para crianças não são
Não há evidências científicas que comprovem
ideais. “Ao suspeitar de alergia a produtos ou
que passar roupas ao avesso diminui a
tecidos, além de procurar o dermatologista,
transmissão de bactérias.
recomenda-se uma lavagem apenas com sabão neutro e água fria”, frisa a Dra. Camila. Outro conselho é separar as roupas dos pequenos na hora de lavá-las, ao menos durante os primeiros meses de vida. Uma
Passar as roupas com ferro quente ajuda a prevenir doenças: verdade! O uso do ferro quente para passar roupas é eficaz como medida de controle na pediculose (infestação por piolhos) e na escabiose (sarna).
lavagem não adequada pode fazer com que as bactérias presentes no suor das roupas dos
Usar vinagre branco ao invés de
adultos contaminem as peças das crianças —
amaciante previne alergias: mito.
por isso, é melhor previnir.
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CURITIBA
box
Não há comprovação científica de que o uso do vinagre branco como substituto do amaciante seja útil para prevenir alergias. O melhor é lavar as peças com sabão neutro e água fria.
Guardar
as
roupas
em
sacos
plásticos ou TNT ajuda a prevenir alergias: verdade! Guardar roupas em sacos pode ser útil para evitar o acúmulo de poeira, mas não dispensa a necessidade de lavar as roupas guardadas, mesmo que em sacos, antes de usar. Isso inclui lavar todo o enxoval antes de o bebê usá-lo pela primeira vez!
É indispensável que a roupa das crianças sejam lavadas a mão: mito. Pode investir na máquina de lavar roupa sim! Modernas, as máquinas de lavar são potentes quanto ao enxague e não deixam resíduos dos produtos usados.
Fibras naturais são aquelas retiradas diretamente da natureza, sejam de origem vegetal, animal ou mineral. As mais populares são: algodão, lã e seda. Fibra Artificiais são produzidas pelo homem a partir de componentes naturais. Como a viscose, por exemplo. Fibras Sintéticas são produzidas pelo homem a partir de produtos químicos - em geral petroquímicos. Como o poliéster.
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MODA
Nosso menino cresceu O mercado de moda infantil ganha ainda mais peso na economia brasileira e segue por suas pr贸prias regras Carmela Scarpi
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CURITIBA
sua 46ª edição, com um estimativa de receber 10 mil lojistas nos quatro dias de feira. Uma das primeiras a conciliar seus eventos bianuais ao Que coisa mais fofa é roupa de criança! Há quem possa negar? Não! Seja com apelo bem infantil e lúdico, seja na versão miniatura de roupas de adulto, o ramo de vestuário infantil é um universo de possibilidades para quem tem imaginação. E, apesar de toda a diversão estampada nas peças, o estrutura em volta desta máquina fashion não é brincadeira. Basta um giro pela internet para descobrir milhares de feiras de tendências, sites especializados e fashion weeks exclusivas para o público infantil. A citar algumas que despontam por aí podemos ir a Paris para acompanhar a “Playtime”, feira infantil que reúne mais de 300 marcas e tem reprodução em outros dois grandes centro urbanos: Tokyo e Nova York. Lá pelos Estados Unidos mesmo temos a PetitePARADE, que reúne alguns nomes de respeito no circuito fashion adulto em desfiles na versão mini, como Roberto Cavalli, Versace e tantos outros. Aqui pelo Brasil não ficamos atrás, a Fashion Wekeend Kids completou 10 anos em 2015
calendário da moda adulta, a FIT antecipa as tendências para crianças e adolescentes de 0 a 16 anos. E todos esses exemplos só reafirmam a expansão cada vez maior deste nicho. De acordo com dados mais recentes da IEMI - Inteligência de mercado, o setor infantil brasileiro movimentou, no varejo, R$ 46,8 bilhões em 2014, número que corresponde a 25% do total do vestuário. Em 2013 os números correspondentes à importação de peças infantis chegaram à 96,6 milhões de unidades. Mas,
o
movimento
contrário
também
se fortalece. Para Maíra Del Ry, uma das organizadoras da Fit, as feiras de moda infantil têm atraído diversos novos compradores internacionais favorecendo a exportação. “Eles [compradores internacionais] se surpreendem quando visitam as fábricas, pela modernidade, pela tecnologia de poucas no mundo. E ficam fascinados com a criatividade dos brasileiros, com nossas estampas e tecidos. Não ficamos nem um pouco atrás da moda internacional”. com mais de 20 edições de desfiles voltados ao mercado infantil, sem falar na pioneira Feira Fit, que no próximo mês de novembro chega à WWW.EVENMORE.COM.BR 27
MODA
da
marca
curitibana
Ma_Ma_Vie,
essas
particularidades são um pilar fundamental de criação de qualquer peça do segmento.
A roupa e o público
“Eu penso muito na praticidade e no conforto.
Para atender a esta demanda e acompanhar
Se a mãe vai conseguir colocar a roupas
o crescimento do setor, as marcas nacionais
facilmente e se a criança não vai se irritar por
de vestuário infantil precisam, então, de um
estar pouco confortável”, comenta.
planejamento e rotatividade tão grandes quanto qualquer outra do segmento adulto.
A marca, que confecciona coleções inspirados em regiões do mundo, traz junto desta
A busca pelas tendências é fator importante,
preocupação uma mescla entre tendência,
mas são acrescidas pela dificuldade de criar
conceito e brasilidade, que chama bastante a
para dois públicos exigentes ao mesmo tempo:
atenção dos compradores. A quantidade de
pais e filhos.
pesquisas, não só de tendências e inspirações,
Segundo Maíra “a moda infantil tem um processo bem particular desde sua criação,
é algo que deve estar bem claro para todos os que querem se aventurar no meio.
que vai além da qualidade. É a preocupação
É o caso da Sapatilha Colorida. A marca de
de oferecer à criança segurança, conforto e
Renata Baudisch, que já atende o público adulto,
resistência”. Para Letícia Delespinasse, criadora
lançou seu primeiro par infantil há cerca de três
foto reprodução 28
CURITIBA
foto reprodução
meses. “O primeiro sapato ficou pronto faz três
Estilo Próprio
meses, mas estou há um ano estudando. Sapato
E, quando o assunto é roupa, não importa a
infantil é outra história, é totalmente diferente, a
idade, todos têm uma opinião para dar. A parte
produção é diferente”, comenta.
estética é mais voltada para os adultos quando
Além de adaptar-se aos preços de custo - que
o público é muito pequeno, mas Letícia da
são iguais ou maiores que os dos modelos
Ma_Ma_Vie revela que cada vez mais cedo os
adultos - e a dificuldade em achar mão-de-obra
pequenos clientes já têm seus gostos pessoais.
especializada; a grande preocupação era com o
A organizadora da Fit, Maíra, concorda: os
modelo, afinal crianças em fase de crescimento
pais já perderam bastante da influência sobre
são muito vulneráveis e os calçados afetam
os filhos. “Tanto os jovens como as crianças
diretamente na coluna, por exemplo.
estão cada vez mais antenados, eles escolhem e ditam a moda, são influenciados pela mídia e possuem mais acesso às informações. Os pais não têm mais tanta influência na escolha das roupas para seus filhos como antigamente”, afirma. Para atender aos pequenos fashionistas, portanto, as marcas precisam aliar todas as características da roupa infantil à uma pesquisa
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MODA
de tendência minuciosa. Ter uma base de por onde seguir é vantajoso no mercado. No caso de Letícia, o fornecedor de tecido é quem se encarrega da pesquisa macro, sobre cores, principalmente.
Mas
ela
prefere
apostar
também em buscas por site internacionais e criar de forma mais intuitiva, com base em seu conceito de marca. “Como eu vendo para o atacado nossa pesquisa é ainda mais antecipada. Por exemplo,
Letícia no escritório da Ma_Ma_Vie
agora em novembro eu já tenho que apresentar a coleção de outono/inverno 2016. Nós temos que preparar as coleções antes das semanas de moda infantil até”, diz. E Maíra confirma: “o público que visita FIT vem conferir os lançamentos e tendências que serão vistas nas vitrines da próxima estação. Além de se atualizarem, conseguem se programar para não errarem em suas compras”. E assim, como num piscar de olhos o setor cresceu. Passou do engatinhar e agora já anda por todos os cantos, preparando-se para correr para tão longe quanto puder.
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CURITIBA
foto reprodução
Laços da Pixie Não só no consumo os pequenos vêm conquistando espaço. A criação de moda já possui sua pequena prodígio. Pixie Curtis, uma garotinha australiana de 4 anos, é a estilista mais nova do mundo. Ela tem sua própria marca de laços e tiaras na internet, a Pixie Bows, usados no mundo todo, inclusive por celebridades como Blue Ivy (filha de Beyoncé e Jay-Z) e pelas filhas do príncipe herdeiro da Dinamarca, que recentemente enviou um agradecimento real para a pequena Pixie! A fama chegou com ajuda de sua mãe Roxy Jacenko, que postava fotos da rotina da filha no Instagram, com mais de 100 mil seguidores. Com tantas perguntas sobre onde a menininha conseguia suas tiras e fitas, Roxy decidiu produzi-las e hoje o empreendimento está avaliado em milhões de dólares. A ruivinha já foi jurada de um concurso de moda, participa de editoriais de revistas e viaja mundo afora a negócios. WWW.EVENMORE.COM.BR 31
MODA Modelos: Gabriela, Giulia, João e Mariana Fotografia: Sisi Terezin Styling: Carmela Scarpi Assitência: Harriete Scarpi
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CURITIBA
Les Petits a moda ĂŠ se divertir
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MODA Vestido: Ma_Ma_Vie Sapato: Sapatilha Colorida Lenรงo: Acervo Pessoal
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Calça: O Leãozinho - Brechó Infantil
Blusa: O Leãozinho - Brechó Infantil Sapato: Sapatilha Colorida Acessório: Acervo Pessoal
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MODA
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Camisa: Polegar
Calรงa: Ma_Ma_Vie
Sapato: Acervo Pessoal
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MODA Ele
Camisa: Ma_Ma_Vie
Calça: O Leãozinho - Brechó Infantil Sapato: Acervo Pessoal Elas Macacão: Ma _Ma_Vie Sapato: Sapatilha Colorida Vestido: Ma MaVie Sapato: Sapatilha Colorida
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Camisa: Polegar
Calรงa: Ma_Ma_Vie Sapato: Acervo Pessoal
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Vestido: Ma_Ma_Vie Sapato: Sapatilha Colorida
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MODA Macacão: Ma_Ma_Vie Sapato: Sapatilha Colorida Vestido: Ma_Ma_Vie Sapato: Sapatilha Colorida Blusa: O Leãozinho - Brechó Infantil Calça: O Leãozinho - Brechó Infantil Sapato: Sapatilha Colorida Acessório: Acervo Pessoal
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CULTURA WWW.EVENMORE.COM.BR 47
CULTURA
MISS
ÍVEL
M ) P I ( O S O S Ã
Projeto CineMaterna promove sessões especiais para que novas mães voltem às salas de cinema Beatriz Mattei 48
CURITIBA
Proposta: disponibilizar uma sessão para que os pais possam curtir um longa sem preocupação alguma. Pode parecer exagero ou picuinha das mães,
Bebê. Em parceria com 9 redes de cinema e 74
mas fazer determinados programas com os
complexos, o projeto caminhou até chegar a 34
filhos pequenos é praticamente impossível. É
cidades no ano de 2014 - incluindo Curitiba.
choro, fome, troca de fraldas - um desconforto só.
Para a Mariana Cabral, mãe da Gabriela, a
Não que eu tenha alguma experiência
sessão CineMaterna - por aqui, disponível na
na maternidade, porém, como frequentadora
rede Cinemark, Itaú Cinemas e Cinépolis - vale
ávida das salas de cinema e teatro, conheço
a pena. Depois de 3 experiências, Mariana vê
o constrangimento dos pais quando a criança
um saldo totalmente positivo. Ela conta que as
começa a chorar incessantemente.
voluntárias, que auxiliam os pais a fim que estes
Pensando nesse drama todo, em 2008, na
desfrutem melhor o filme, sempre a trataram
cidade São Paulo, um grupo de mulheres,
bem, o preço não é marcadamente salgado,
acompanhadas de seus filhotes e de uma
ainda que mais caro da sessão normal, e o
uma sessão e conferir o longa que era
“ninguém reclama se minha filha chora”.
lançado. Desta excelente experiência, surgiu a
Vale destacar ainda que o filme, escolhido por
Associação CineMaterna, cuja proposta é bem
enquete antecipada no site é, geralmente, para
simples: disponibilizar uma sessão para que os
adultos. Quando escrevi este texto, estranhei
extrema saudade do cinema, resolveu invadir
melhor:
alguma. Como isso é possível? Sala adaptadas
“Missão Impossível – Nação Secreta”, com Tom Cruise
com iluminação e som na medida, fácil acesso
e Jeremy Renner estava em cartaz por aqui.
ao fraldário e nenhuma polêmica quanto à
Pois, mesmo que o longa não seja propriamente
amamentação.
violento, existem verdadeiras cenas de mortes
pais possam curtir um longa sem preocupação
Diante do sucesso desta simples ideia no ano
que
dispensáveis para os pequenos.
seguinte (2009), a Associação CineMaterna
Mariana Cabral, no entanto, ressaltou que essa
fechou patrocínio com a Natura Mamãe e
sessão especial acaba por ser uma ótima fuga,
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CULTURA
Mariana Cabral e sua filha Gabriela em uma das sessões do Cinematerna
para os pais, dos filmes e desenhos infantis. Por este motivo, o próprio site traz a recomendação de que as sessões são para pais com filhos de até 18 meses. Enfim, uma ótima alternativa para as mamães cinéfilas. Para nao perder a programação é preciso ficar atento. As datas das sessões são divulgadas no site da Associação, e para votar na enquete que escolhe os próximos filmes acompanhe pelo link: http://www.cinematerna.org.br.
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CURITIBA
Próximas sessões: 08/10 Quinta 14:10h Cinemark Muller 15/10 quinta 14h Espaço Itaú Crystal 20/10 terça 14:10h Cinemark Shopping São José Os filmes serão escolhidos por enquete.
Daniel e Bianca Indicam
Conhecidos por seus diálogos irreverentes e curiosos, os irmãos curitibanos também gostam de ler e indicam seus livros favoritos Renata Ortega
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CULTURA
Apesar da pouca idade, o Daniel e a Bianca já possuem quase 100 mil likes em sua fanpage
começa a apertar o peito que o menino começa a repensar suas escolhas.
do Facebook. Os irmão de olhos puxados são conhecidos pelos diálogos inusitados
Onde vivem os monstros
publicados na rede social e por serem os
Autor e ilustrador:Maurice Sendak
personagens principais do livro que leva seus
Editora: Cosac Naify
nomes: Daniel e Bianca – Mini-histórias para
Lançamento: 2014 (2ª edição)
curtir (Edição do autor, 2014). Mas eles também
Páginas: 40
são crianças de verdade, que gostam de livros!
Preço: R$ 49,90
Por isso, o Even More entrou em contato com os pequenos-leitores curitibanos para descobrir
Bianca indica:
quais eles mais gostam.
Diário de um Banana Irreverente nas falas e gostos, Bianca prefere
Daniel indica:
o Diário de um Banana (Vergana& Riba, 2008),
Onde vivem os monstros
pois acha “engraçado as coisas que ele fala”.
Onde vivem os monstros (Cosac Naify, 2014) é
O livro é protagonizado por Greg Heffley, um
o livro que papai leu várias vezes para o Daniel
estudante do ensino fundamental, que vive dias
quando era pequeno. Por isso, a história do
em que fracotes subdesenvolvidos dividem
menino Max, vestido com sua fantasia de lobo,
espaço com garotos mais altos, mais malvados
tornou-se sua preferida.
e que já se barbeiam.
No livro, após ser mandado para o quarto sem
Ao longo das páginas, Greg conta as
jantar, por seu comportamento mal criado, Max
desventuras de sua vida escolar. Em busca de
se transporta para uma floresta, embarca em um
um pouco de popularidade (e também de um
miniveleiro e desembarca na ilha onde vivem
pouco de proteção), o garoto se envolve em
os monstros. Lá, ele fica livre para mandar e
uma série de situações que procura resolver de
desmandar, longe de regras ou restrições dos
uma maneira muito particular.
adultos. É somente quando a saudade de casa
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CURITIBA
Diário de um Banana Autor e ilustrador: Jeff Kinney Editora:Vergana& Riba Lançamento: 2008 Páginas: 218 Preço: R$ 34,90
Daniel e Bianca em paginas
então, empenho e dedicação para que, após uma ação de financiamento colaborativo, nascesse o livro Daniel e Bianca – Mini-histórias para curtir. A
publicação
reúne
80
“pérolas”
do
pensamento infantil; conversas, constatações
Tudo começou quando o pai de Daniel e
e situações divertidas, que apesar de únicas,
Bianca – Jorge Uesu Junior – decidiu publicar
são vividas diariamente por tantas famílias com
em seu perfil pessoal uma coletânea de
crianças pequenas. Os personagens principais,
pequenos diálogos de seus filhos; uma mistura
como não poderiam deixar de ser, são Daniel,
de ingenuidade, curiosidade e sinceridade
Bianca, Papai e Mamãe – Walkiria. E os temas
típica da primeira infância. Na época, Daniel
são tão variados quanto cabem na imaginação.
tinha cinco anos e Bianca, dois. Com o sucesso inesperado, as mini-histórias ganharam uma
Daniel e Bianca – Mini-histórias para curtir
fanpage própria (que logo alcançou dezenas,
Autor: Jorge Uesu Junior
centenas e milhares de seguidores) e passaram
Editora: Edição do autor
a ser ilustradas por Guilherme Match.
Lançamento: 2014
O tempo passou, os irmãos cresceram e, com
Páginas: 88
eles, o projeto de eternizar “pequenos instantes
Preço: R$ 39
de alegria entre pais e filhos” tomou novos rumos. Havia chegado a hora dos diálogos cotidianos saírem da página virtual para ganhar páginas reais, de papel de verdade. Foi preciso,
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CULTURA
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Co bri r e l ta CURITIBA
r nCa vo r
me
Espaços curitibanos voltados para atender pais & filhos são a melhor opção para um programa, no mínimo, delicioso Monique Portela
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CULTURA
Comer fora de casa com as crianças nem sempre é uma experiência positiva. “O que meu filho vai comer?”, pensa a mãe, que logo trata de colocar na bolsa uma papinha industrializada, uma banana, um biscoito - só para garantir. Também há a opção de ceder ao menu kids: bife com batatas fritas, nuggets com batatas fritas, uma massa qualquer ou apenas batatas fritas. Quem sabe pedir para que o chef dê uma adaptada nos pratos normais da casa? “Você pode diminuir a porção, mudar os temperos, tirar o molho, por favor?” Ainda assim, elas torcem o nariz para comida, não param quietas pois, naturalmente, querem brincar mais do que comer e, não raro, a mesa ao lado sente-se incomodada com o agito. O espaço kids, quando existe, nem sempre se mostra interessante; seja para as crianças que não aprovam o cantinho ou para os pais que se preocupam em deixar seus filhos sozinhos e longe da mesa. E, mesmo que divertidos e monitorados, acabam abarcando os pequenos maiores de 3 anos. Foi com base nesses dois parágrafos de dificuldades que duas diferente Alamedas da cidade de Curitiba surgiram com uma mesma solução. Na Prudente de Morais, o charmoso café-ateliê-bistrô Raposa Caramelo; e na Presidente Taunay o restô Bistrozinho, propõem espaços feitos especialmente para pais e filhos. Ambos criados por mães cansadas de não terem para onde ir com seus pequenos na hora de fazer um programa que envolvesse comida.
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CURITIBA
O espaço é deles… Ambiente bem iluminado, paredes rabiscadas a giz, brinquedos espalhados pelo chão, livros infantis e mobiliário baixo - o que permite uma maior independência dos baixinhos. Eles mal chegam e já vão perdendo os sapatos. “Os pais acabam sentando no chão para brincar com as crianças, tiram o calçado. O ambiente gera esse conforto, você se sente em casa”, comenta Hanna Lie, designer, que junto da amiga Ana Priscila, mãe e empresária, administra o Raposa Caramelo. Inaugurado em dezembro de 2014, o plano era ser apenas um ateliê com loja de produtos infantis que tivessem um maior cuidado com o design e com os materiais. Mas, inspiradas pelos cafés voltados para pais e filhos que visitaram na Alemanha, as sócias resolveram ampliar a ideia para um café. “Faltava um lugar assim, onde a criança pudesse se sentir mais à vontade, explorar sem ter aquelas pessoas que se incomodam com crianças. Um lugar em que os pais pudessem conversar e relaxar”, diz Hanna. “Ou os amigos que não têm filhos, mas têm amigos com filhos”, completa, referindo-se à si mesma e à Ana.
… Mas o cardápio é de todos No Bistrozinho não é diferente, substituímos as paredes rabiscadas, por jogos americanos, azulejos e pratos que podem ser customizados pelas crianças. “Neste prato aqui, que vem com uma canetinha, que vem com um grana padano em forma de coração e um mini-ralador, vem uma massa que agrada muito ao adulto também”, pontua Denise Pereira, mãe de três meninos, formada em gastronomia em Firenze, na Itália, e responsável pela administração e pelo cardápio do Bistrozinho. Quase todas as opções do menu gourmet existem nas variedades P para os pequenos, G para os adultos. A diferença, para além do tamanho, está na apresentação da comida — se adultos comem com os olhos, quem dirá as crianças.
Em ambos os espaços,
o objetivo é o mesmo: ser um lugar em que pais e filhos são respeitados e podem usufruir juntos de um programa em família. Ninguém vai se incomodar em ouvir riso ou choro de criança — quem entra no Raposa Caramelo ou no Bistrozinho abraça o conceito que lhes é proposto: entrar de corpo e alma no ambiente das crianças. Onde: Raposa Caramelo fica na Alameda Presidente Taunay, 543, no Centro. Bistrozinho fica na Alameda Prudente de Moraes, 842, no Batel
Polenta brustolada em forma de bonequinhos e tulipas de chocolate são apenas o começo. Quem pede a opção “O que é o que é”, em versão doce ou salgada, não pede comida, mas sim uma experiência. A criança recebe uma venda e oito potinhos repletos de sabores e texturas — o desafio é adivinhar o que se está provando. Já a opção “Balão Mágico” cumpre o que promete: para que os confeitos caiam em cima do biscoito de sorvete em formato de borboleta, a criança precisa estourar um balão. E se não bastar, há um cardápio apenas com atividades, que vão desde máscaras para personalizar até tutus, varinhas de condão e capas para vestir.
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CULTURA
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CURITIBA
raposa
caramelo
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CURITIBA
BISTROZINHO
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CULTURA
De M達e para m達e Luciana Varaschin, criadora do Muralzinho de Ideias, conta como ser m達e a tornou empreendedora Carmela Scarpi
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CURITIBA
E quem nunca teve a vontade de organizar suas ideias em um mural? Deixar desejos, projetos e programações à vista facilita a compreensão e escolha em qualquer momento da vida. Para Luciana Varaschin, mãe do João e do Guilherme, esse momento foi a maternidade. Bailarina profissional, foi na área da educação que ela encontrou a fórmula para estimular crianças por meio da arte. E durante a primeira gravidez, sua curiosidade por atividades deste nicho só cresceram. “ Desde que engravidei fiquei de olho em blogs e conteúdos desse tipo. Curtia bastante, mas procurava por curiosidade mesmo. Nunca com a pretensão de um dia ter o meu”, comenta. Com a chegada do João, a vontade de compartilhar suas experiências como mãe, vinculada ao que sabia fazer - estimular a educação por meio da cultura - foram o incentivo para o planejamento do Muralzinho de Ideias. Com menos de um ano, hoje, o portal é uma das referências em atividade infantil em Curitiba.
a tapa, sou eu que escrevo”, conta Luciana. O início de 2015, contudo, foi quando o Muralzinho iniciou uma nova plataforma de abordagem. Ao ser convidada para apoiar
O que pinar neste mural? Dentre
programações,
de
Curitiba,
a
contrapartida
oferecida por Luciana foi criar um ambiente
experiências, uma rápida navegada pelo site
de aprendizagem e interação artística, com
já garante atividades lúdicas para vários finais
atividades que vinculassem pais e filhos. “É uma
de semana. Com duas frentes de trabalho,
coisa que eu sabia fazer”, comenta Luciana que
o layout atual permite que a mãe “programe-
já organizava estruturas semelhantes em seus
se”,
anos como educadora.
os
culturais
Festival
e
acompanhando
dicas
o
calendários
de
atividades que acontecem pela cidade e que
Depois do sucesso do Gastronomix e do
são selecionados por Luciana; ou “inspire-se”.
Guritiba - eventos do Festival de Curitiba nos
“Essa coluna é minha menina dos olhos, onde
quais atuou - o Muralzinho acabou ganhando
eu trago conteúdo mesmo; um cd legal para
uma vertente, hoje muito forte, que é a produção
crianças, um livro para mães. Daí eu dou a cara
de atividades em eventos, além do amplo
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CULTURA
reconhecimento. Com grande preocupação
nascimento de João que ela retornou ao mundo
para conciliar a programação com o contexto
profissional como empreendedora.
das
propostas,
reunir
arte-educadores
As dúvidas, que surgiram junto com o
experientes e atividade pertinentes; Luciana
crescimento do projeto, são constantes, mas
comenta que nenhum evento é como o outro.
Luciana não se arrepende. “Não vou negar
“Existe todo um alinhavado dentro da proposta.
que já pensei ‘puts, larguei tudo para ficar mais
O mais importante, que eu deixo claro, é que
tranquila e, de repente, já estou aí trabalhando
é um momento para pais e filhos fazerem arte
que nem maluca de novo”. Mas ela garante
juntos, então não é um espaço de monitoria”,
que, sabendo equilibrar seus horários, a nova
esclarece.
profissão tem suas vantagens.
Prestes a completar um ano de vida, em 22 de
“Eu trabalho em home office, então de manhã
novembro, o Muralzinho de Ideiais não para de
eu sou deles e de tarde é meu horário de
crescer. A comemoração do aniversário trará o
trabalho. Então, quando eu os busco na escola
lançamento de um novo produto dentro do site.
tenho mais um momento até eles irem dormir.
“Ainda é surpresa, mas já era um piloto que a
E se eu preciso varar a noite porque eu não
gente tinha lá no começo. Ele foi reformulado
dei conta do trabalho, eu vou varar a noite - e
e agora chegará ao site”. Sem querer revelar
aí entra outro problema que é o casamento”,
a surpresa, Luciana diz que acredita ser algo
comenta rindo.
inédito em nível nacional.
Com um planejamento totalmente diferente
Mãe e empreendedora
de sua realidade, a intenção de Luciana era ter
Com este tempo de experiência, Luciana conta
uma ocupação enquanto vivia seu momento
que a trajetória de criação do site acompanhou
como mãe. Hoje, ela tem um terceiro filho. Mas,
sua trajetória como mãe. De bailarina à
diante da agonia que afeta muitas mulheres
professora, ela deixou seu trabalho na escola
que dividem seu tempo entre profissão e
para dedicar-se à gravidez e foi por meio do
maternidade, ela tem uma resposta muito
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CURITIBA
positiva. “Acho que ser mãe é ser autêntica com você mesma. Eu acho que é importante para os meus filhos verem em mim uma pessoa que produz, é por isso que não me arrependo de ter saído de uma empresa para acabar caindo em outra”. Apesar de entender a vocação de muitas mulheres para a maternidade exclusivamente, o mais importante para ela é oferecer o seu “eu” para seus filhos, e não tentar ser outra pessoa. “Eu não tenho o perfil de quem curte fazer só isso [ser mãe]. Eu não tenho. Se a pessoa é feliz e é plena, tudo bem. Mas se eu ficasse assim eu não seria feliz e não seria a mãe que eu consigo
Inspirações e exposições Dentro do seu trabalho hoje, Luciana reconhece que a participação de João e Guilherme é grande. Mas, apesar do site ter surgido por razão deles ela não acha saudável ou correto usá-los como bandeira de promoção. “Eles vão a muitas peças hoje, mais até do que iam antes, por exemplo; porque nós temos a vantagem de ganhar convites às vezes. Mas não obrigo eles a irem”, diz. Para ela é importante que o encantamento pela arte seja algo natural na vida dos filhos. A rotina deles é paralela ao trabalho, mesmo com todas as possibilidades de atividades para
ser hoje”, resume.
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CULTURA
crianças. “Eles têm o momento de ir para a praia que a gente ama também. Têm o de ir pra casa dos amiguinhos. O importante é poder não estar envolvido nesse mundo de arte e cultura, porque não acho justo com eles também”, diz. Ela acredita que mesmo não consciente, muitas mães que trabalham com o ramo de produção de conteúdo infantil acabam expondo seus próprios filhos, mas isso não é o correto. Para Luciana, eles foram uma inspiração para o surgimento do Muralzinho de Ideias, mas isso não significa expô-los a este universo como
luciana recomenda Para quem gosta de conteúdo infantil, Luciana
uma vitrine das propostas do site. “O Muralzinho
indica alguns sites de seu interesse:
é um encantamento pessoal meu, mas eu não
Garatujas Fantásticas - hoje incorporado
posso obrigar ninguém a compartilhar”. Mas ela
ao Estúdio Voador, era um site de conteúdo
confirma: eles adoram, e sempre que podem,
colaborativo entre pais de diversos países do
compartilham momentos juntos em comunhão
mundo.
com trabalho, família e lazer.
O Mundo de Bartô - uma iniciativa do Itaú Cultural, que também faz parte do Estúdio Voador. Comunidade Baby Boom - grupo de Facebook que promove fórum de discussões com diversas mães sobre a maternidade. É preciso pedir convite para participar. A cigarra e a formiga - O site é administrado pela mãe Dayse e traz conteúdo literário para crianças e mães.
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CURITIBA
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NOIVAS
tempos de noiva
&
tempos dE mãe O que acontece quando tanto o casamento quanto o bebê estão chegando Aléxia Saraiva
NOIVAS
Muitas festas de casamento têm um item a mais na hora do planejamento: um filho a caminho. Duas soluções são possíveis para o impasse de uma noiva que já estava pensando na sua
Os pais de Tizziana, a pedido de Henrique,
festa: casar grávida ou esperar o filho nascer
foram buscá-lo no aeroporto, justamente para
para festejar junto com ele. Ambos têm suas
antes pedir a benção.
A publicitária Tizziana Scotti já estava grávida
“No caminho ele me ligou, falando que queria sair pra jantar, e que era pra eu me arrumar pra gente sair. Eu estava com
quando foi pedida em casamento. Ela e
muita preguiça, não queria trocar de roupa, e
Henrique, seu marido, precisavam sempre
ele insistindo. Ele não queria chegar em casa
viajar para se ver, já que não moravam na
pra me pedir em casamento e eu de pijama e de
mesma cidade. Em 2012, o casal viajou para
pantufa”. Ela conta que, quando eles chegaram,
a Europa e, na volta, descobriram a gravidez.
Henrique trazia alguns presentes para o filho.
“Sem nenhum preparo, totalmente acidental. Depois do susto ficamos felizes, foi ótimo”, ela conta. E foi
“Ele me deu uma sacolinha que tinha um cartão
pouco tempo depois disso que, numa visita
mulher da vida dele, que estava ali pra me fazer
de Henrique, veio a proposta de casamento.
um pedido, que ele já tinha certeza daquilo mas
vantagens, e cabe à noiva escolher a opção que se adequa mais ao seu perfil.
azul, mas eu nem ia ligar, eu olhando para aquilo nem imaginei. Aí ele falou que eu era a
queria formalizar. Eu falei que queria, aceitei, fiquei super feliz”.
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CURITIBA
Mãe Noiva Para Tizziana, nunca houve a opção de casar
já tinha 11 meses. Assim, ele já não precisava
grávida, pois ela queria curtir sua festa ao
da presença da mãe o tempo todo e também
“Meu “Minha festa de casamento foi marido quis entrar com o Enrico aquela e eu não vou ter outra. na igreja. Eu levei uma pessoa Eu amei minha gravidez, não tive nenhum pra ficar com ele - porque ele não problema. Mas eu sei que a gente acaba tendo ficava parado, obviamente. Depois algumas limitações, porque você não consegue da cerimônia ele voltou pra casa ficar tanto tempo de pé, a tua barriga pesa, você com a babá. O Enrico tinha uma rotina máximo, e a gravidez traria várias limitações.
poderia participar com os pais.
cansa mais rápido, tem mais sono, então é mais
bem rígida, e passou o resto da noite dormindo.
difícil de você conseguir curtir mais”.
Ele ficou com meus pais durante a nossa lua-
Além de optar por não casar grávida, os noivos também escolheram casar depois que Enrico,
de-mel. Então eu não precisei fazer muitas adaptações na minha festa de casamento”.
seu filho, já tivesse crescido um pouco. A festa aconteceu em fevereiro de 2014, quando ele
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NOIVAS
Noiva Mãe Essa opção, no entanto, não é o ideal para outras mães, que preferem separar o tempo de ser noiva e o tempo de ser mãe. Foi o caso
ao contrário de Tizziana, muitas adaptações
de Gabriela Siqueira, jornalista que conheceu
tiveram que ser feitas já que a festa ia acontecer
seu marido, Rodolfo, ainda na faculdade. O
quando Gabriela ainda estava grávida. “Nosso
pedido aconteceu em Florianópolis, durante
casamento, em princípio, estava marcado para
as férias. “Sei que parece cedo, mas tenho
abril de 2014. Estávamos com banda, igreja,
certeza do que eu quero há muito tempo”,
salão e fotógrafos contratados para esta data
ele disse, em uma noite na beira da praia”,
quando descobri a gravidez, em julho de 2013.
conta Gabriela.
Com a mudança de planos, tivemos quatro
A escolha de casar grávida aconteceu
meses para organizar todo o resto, mudar o
porque ela não queria misturar a maternidade
modelo do vestido, escolher outro destino
“Eu imaginava - com toda razão - que não teria cabeça para organizar o casamento depois da chegada do bebê. Acho que se tivesse deixado
para a lua-de-mel e remanejar os fornecedores
para depois do nascimento dela, realmente
disposição e a tranquilidade eram imensas,
teria desistido”, ela explica. No entanto,
e que ela não deixou de aproveitar a festa
com o casamento.
já contratados. Foi uma correria, mas demos conta de tudo!”. Gabriela conta que, às vésperas do casamento, com quase cinco meses de gravidez, a
“No dia da festa, dancei a noite toda. Fui parar para sentar só às 4h. Apesar da por conta da filha.
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CURITIBA
correria ter sido grande durante os preparativos, deu tudo certo e foi exatamente como imaginávamos”.
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Tenho certeza que fizemos a melhor escolha. Se fosse antes disso, não haveria tempo hábil. Mais tarde, a barriga estaria muito grande e eu, exausta. Depois do nascimento dela, então, nem se fala: eu nem consigo imaginar como seria organizar uma festa de casamento junto com o bebê”. Seja qual for a decisão da noiva, o mais importante é adaptar o casamento seja o mais proveitoso possível e que a noiva se sinta à vontade para aproveitar do seu jeito.
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NOIVAS
vai dar
birra
Fotografia João Soares 76
CURITIBA
Na hora de produzir um casamento as noivas perfeito, claro. Mas existem fatores que não po como é o humor das crianças. Se você tem pajens e daminhas na entrada da cerimônia, simples destes profissionais de casamento pa trauma.
s sempre querem tudo odem ser controlados, intenções de colocar fique atento às dicas ara evitar qualquer
Kelli Giordano - Maquiadora: 1.
Crianças são impacientes e ansiosas, por isso a dica é que a produção seja feita o mais próximo ao horário do casamento.
2.
É importante que as crianças estejam descansadas, um soninho à tarde é sempre bem-vindo.
3.
Bom lembrar que crianças normalmente têm cabelos finos, então, temos que criar um penteado respeitando a quantidade de cabelo, para não sobrecarregar de grampos. Isso pode deixar a dama incomodada.
4.
Uma boa opção é vestir e adaptar o acessório de cabeça somente quando estiver para sair de casa.
Kelly Fonseca - Pequena Dama: trajes especiais para daminhas: 1.
O mais importante é nunca esquecer que são crianças, e depois tentar adaptar o estilo do casamento no vestido da daminha.
2.
Algumas aceitam e gostam muito do modelo princesa, rodado e bem armado, já outras preferem algo mais confortável. É preciso respeitar.
3.
Criar modelos condizentes com a idade. Felizmente não tive nenhum pedido inconveniente para as daminhas, mas vejo em alguns vestidos estilo miss mirim ou com decotes que não condiz com a idade.
4.
Geralmente o que recomendo é, após a sessão de fotos, trocar o vestido por algo mais leve para a criança brincar à vontade. WWW.EVENMORE.COM.BR 77
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ENTREVISTA
TIA RO Espaรงo Kids garante alegria dos pais em casamento de amigos
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ENTREVISTA
Da escola, para a maternidade, para a vida de empresária de Buffet infantil, Rosana Melo construiu uma história paralela ao nascimento de suas filhas e hoje é a idealizadora da empresa que leva sossego para pais e filhos em eventos para adultos, como os casamentos. Even More - Como surgiu a ideia de criar um espaço kids para levar aos buffets e locais de realização de casamentos? Rosana Melo - Mesmo com uma experiência de cinco anos com eventos infantis não havia me dado conta de como era difícil participar de um casamento com as crianças até uma experiência um pouco traumática em uma festa, fora de Curitiba, em que fomos convidados. Como eu tenho duas preciosidades de filhas que não param quietas um segundo (risos), percebi que só fomos aproveitar o casamento a partir das 3h da manhã quando elas dormiram em um cantinho da nossa mesa, pois sempre temos um colchonete no carro. E foi assim que me veio a ideia, pois reparei que várias mães e avós também não se divertiam, pois estavam de olho nas crianças. Chegando a Curitiba coloquei minha ideia em prática, fiz parcerias com alguns cerimoniais que compraram a ideia rapidamente. EM - Como ele funciona? RM - O espaço kids é especialmente montado e estruturado no local do evento, fica à disposição dos pequenos convidados, com livre acesso das crianças e para os pais que também queiram aproveitar. Assessoramos os pais e os convidados com crianças durante todo o evento, inclusive nas refeições se necessário. Os eventos contam com no máximo 7 crianças (com idade entre 2 e 10 anos) para cada monitor, além de uma coordenadora para supervisionar a equipe de monitores e auxiliar as crianças fora de espaço de recreação, oferecendo muito mais segurança para todos. Os pacotes de recreação incluem todo o material necessário, com duração de 7h ou pode ser “até a última criança”, quando ficamos no evento enquanto houver crianças na festa. EM - Você já conhecia serviços semelhantes? RM - Não, nunca tinha ouvido falar a respeito. Pesquisei na internet e verifiquei que existiam algumas coisas como serviço de atendente, mas nada profissional e equipado, pois nossos equipamentos são todos higienizados a cada festa. 86
CURITIBA
EM - Existem necessidades especiais para este serviço diferentes dos outros produtos da sua empresa? RM - Existe a necessidade de um espaço coberto e de fácil acesso com espaço suficiente para as crianças poderem se divertir, sempre levando em conta que quanto maior o número de crianças, maior o espaço necessário. Também é necessário ressaltar que é preciso reservar uma área apropriada para o espaço do soninho. EM - Existe uma procura por este serviço? E você acha que as pessoas têm conhecimento dele? RM - Ótima pergunta! Quando começamos esse tipo de serviço, há quase 6 anos, era literalmente desconhecido no mercado curitibano. Mas, aos poucos, a contratação de Espaços Kids se tornou uma tendência. EM - Qual a principal diferença que ele pode trazer para o dia da festa? RM - A diferença é espantosa, tanto para os convidados como para os profissionais do evento. A ideia principal é minimizar possíveis transtornos e aborrecimentos no transcorrer da festa, proporcionando tranquilidade e segurança para pais e filhos, atendendo assim um dos desejos dos noivos que é dar maior conforto e liberdade para os seus convidados. E temos o apoio de profissionais qualificados da área da educação, especializados em recreação infantil direcionada a eventos sociais em espaços pequenos e restritos para que seja uma recreação divertida e discreta. EM - Você tem alguma história que ocorreu durante algum casamento que tenha sido engraçada ou marcante de alguma forma? RM - Sim, no decorrer desses quase 6 anos de trabalho temos muitas historias e lembranças ótimas e algumas engraçadas. Teve uma vez que levamos algumas barraquinhas para que os pequeninos dormissem. Ai chegou uma senhora procurando o esposo, um senhor já de idade, foi quando ela olhou na barraca e o viu dormindo com o netinho e roncando. Ela deu uma boa risada e falou: “Mas este bonito em vez de dançar comigo fica ai dormindo”.
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