EDITORIAL Olá pessoal, tudo bem com vocês? Demorei um pouco mais do que esperava, mas estou de volta. Nesta edição me encontrei com o maior de todos, aquele que inspirou gigantes literários. Além disso tive outros encontros para aprender um pouco mais sobre a vida. Primeiro
fui
entender
de
literatura
com
o
Matheus
Araújo e depois fui aprender sobre os anjos e sua batalha apocalíptica com o Eduardo Spohr. Passei
pelo
Chile,
aprendi
sobre
educação
e
deixei
registrado nas páginas negras desta revista tudo que aprendi sobre o grande mestre. Soube um dia desses que o Yago Martins descobriu uma máfia e que Jesus é mais que um carpinteiro. E foi nessas andanças que me deparei com Tolkien e soube que sempre há um livro a me esperar no fim do dia. No meio de tanto encontro com tanta gente boa e importante após ter lido as três palavrinhas nas cartas para ninguém, eu entendi qual é o propósito da ficção e que a beleza salvará o mundo.
GUTOX WINTERMOON
INDICE
A BELEZA SALVARÁ O MUNDO, p4 Drs. Alfred C. Bronswijk
MATHEUS ARAÚJO. p 8 Conversa boa com o fundador do Instituto Dom Literário
THE BLACK PAGES Vida e obra do grande mestre George Mcdonald
LITERA BR, p 21 Gutox Wintermoon e André Vianco
EDUARDO SPOHR, p 22 Bate papo com um dos maiores expoentes literários do Brasil
LITERATURA CHILENA, p 30
DEDICO ESTA EDIÇÃO À MINHA MÃE DOMINGAS ROCHA
A Beleza Salvará O Mundo Drs. Alfred C. Bronswijk
Alguns enunciados são tão fascinantes, tão perfeitos em sua simplicidade que não podem deixar de se apegar à sua memória. Tomemos por exemplo as palavras colocadas por Dostoiévski na boca de um príncipe: "A beleza salvará o mundo!" Ou a confissão de Agostinho a Deus em suas Confissões: "Era tarde que comecei a amar você, beleza, tão antiga e tão nova". Mas que beleza, antiga ou nova, é capaz de salvar o mundo? O escritor russo e o pai da igreja cristã primitiva estão se referindo aqui ao que geralmente chamamos de arte? Ou eles pretendem apontar a palavra "beleza" para um nível mais alto? Esse anseio humano por beleza tem algo a ver com o que lemos em Gênesis sobre a criação? Surpreendentemente, o capítulo de abertura do primeiro livro da Bíblia tem como refrão: "E Deus viu que era bom." A palavra hebraica que é usada lá pode ser traduzida como "boa" e "bela".
Metamorphosisby Alfred Bronswijk
Rafael Monti — "Irmãs da Misericórdia", 1847
Esse anseio humano por beleza tem algo a ver com o que lemos em Gênesis sobre a criação? Surpreendentemente, o capítulo de abertura do primeiro livro da Bíblia tem como refrão: "E Deus viu que era bom." A palavra hebraica que é usada lá pode ser traduzida como "boa" e "bela". O capítulo inteiro assume uma cor diferente quando ouvimos Deus dizer que a luz, o sol, as flores, as plantas e os animais são todos "lindos", e os primeiros humanos "muito bonitos". A beleza estava aqui desde o começo. Há coisas que não podem ser capturadas nas definições. Algumas coisas simplesmente estão além da capacidade das palavras. Este é o caso da beleza, assim como da arte, a luta humana pela beleza capturada na forma material. Não podemos negar: em todo homem e toda mulher vive um profundo anseio por essa beleza que é encontrada e provada em milhares de lugares. Também os primeiros cristãos estavam cientes disso. No século IV, Basílio afirmou: "Por natureza, o homem anseia por beleza". A fome de beleza está dentro de todos nós.
Drs. Alfred C. Bronswijk é um teólogo e escritor. Ele trabalhou como pastor, radialista e professor. Ele escreveu poesias, canções, orações contemporâneas e vários livros. Em 2012 ele publicou um livro sobre ícones. Texto Original: http://www.artway.eu/content.php?id=1257&lang=en&action=show
O
P R O P Ó S I T O
D A
F I C Ç Ã O
VINEETHA MOKKIL
Algumas semanas atrás eu tive a chance de me dirigir a uma turma de estudantes de redação criativa em uma faculdade em Delhi. A sessão foi interativa e animada. Os aspirantes a escritores na sala estavam cheios de perguntas. Uma das muitas questões interessantes que eles levantaram foi sobre o propósito da ficção. Por que escrever ficção? Por que criar um mundo de suas imaginações e convidar os leitores a adentrar isso? Um estudante referiu-se ao trabalho de Munshi Premchand, um conhecido escritor indiano, em particular. Descrevendo a ficção de Premchand como uma tentativa de compartilhar uma visão de um mundo mais justo e humano com os leitores, ela se perguntou se todos os escritores são motivados por esse impulso quando contam histórias. Eu não tinha uma resposta simples para entregar a ela, porque há tantas razões para escrever quanto há escritores. Muitos escritores acreditam que um mundo melhor é possível. Essa esperança é refletida nas histórias que contamos. Em última análise, a ficção, como David Foster Wallace disse, "é sobre o que é ser um ser humano". A pesquisa científica provou que a leitura de ficção nos torna mais empáticos. Psicólogos da New School for Social Research, em Nova York, dizem que ler ficção literária literalmente nos torna pessoas melhores. Melhora nossa capacidade de identificar e entender as emoções de outras pessoas. Isso nos capacita a negociar relações sociais complexas no mundo real com maior habilidade. Nesse contexto, o escritor essencialmente nos ajuda a nos conectar com nossa própria humanidade. Quando os escritores de ficção revelam a vida interior de seus personagens, isso nos faz refletir sobre nossas fragilidades e falhas. As peculiaridades desses personagens inventados nos fazem sorrir. Seus problemas se tornam nossos. Compartilhamos o riso e as lágrimas deles e caminhamos com eles enquanto eles se atrapalham em busca de beleza, verdade ou significado.Essa é a magia da ficção. No final, um bom romance ou história nos dá uma melhor compreensão de nós mesmos, atraindo-nos para a vida de personagens que surgiram da imaginação do escritor. A ficção é essencial para a sobrevivência da raça humana porque nos ajuda a entrar na pele do “outro”. Cria tolerância porque nos dá a oportunidade de ver o mundo de diferentes perspectivas. É um farol brilhante de esperança em um mundo cada vez mais intolerante.
A
A ficção também tem o poder de instilar um sentimento de admiração em nós. Histórias podem nos levar a lugares mágicos. Eles nos despertam quando entramos na rotina do mundano. Eles nos libertam dando rédea solta à nossa imaginação. Isso não é desmentir a ficção como uma saída da realidade. A história da literatura está repleta de obras de ficção que exploram temas tão significativos e variados quanto o racismo, a política de gênero, a guerra, a modernização, a tecnologia e seu impacto nas vidas humanas. Os romances de Toni Morrison retratam os horrores da escravidão e do racismo com clareza inabalável. Como Morrison diz, sua ficção "sugere quais são os problemas, quais são os conflitos", não necessariamente como um meio de resolvê-los, mas como um meio de registrá-los e refleti-los. A novela lírica e assombrosa de Michael Ondaatje, The English Patient, explora o caos da guerra e as perigosas dimensões do nacionalismo e sonha com um mundo sem fronteiras. Em A Case of Exploding Mangoes, um obscuro e mordaz fabricante de um primeiro romance, Mohammed Hanif desconstrói a morte de um ditador paquistanês, dando-nos uma visão da política e das lutas pelo poder global. Todos os temas são bons para o moinho do escritor de ficção - amor e perda, adultério e casamento, política, história, as vidas de reis e rainhas e plebeus, a criação de um terrorista, as estratégias sedentas de sangue dos guerreiros de guerra, as lutas dos pacifistas em uma implosão mundo. Todos estes - e mais - são jogados na mistura para fazer as perguntas que precisam ser perguntadas. Histórias iluminam os cantos escuros do nosso mundo, ampliam nossa compreensão e ampliam nossos horizontes, abrem as comportas e nos fazem rir e chorar e correr soltos, inspiram-nos a pausar e refletir, a nos maravilhar, a explorar, a ousar andar por caminhos Não pego.
A
A ficção não é um repositório de respostas para nossos problemas. O escritor de ficção não é um messias que nasceu para curar o mundo ou um mago que tira um coelho da cartola para manter o público entretido. Você simplesmente começa a contar uma boa história e espera que ela fale com as pessoas, não importa quem sejam ou onde morem.
Vineetha Mokkil é escritora e revisora atualmente baseada em Nova Delhi, na Índia. Ela é autora da coletânea de contos, "Um Lugar Feliz e Outras Histórias" (HarperCollins, 2014). Seu primeiro romance está em pauta. A ficção de Mokkil apareceu no Jornal do Projeto de Escritores de Santa Fé, Cha: um Jornal Literário Asiático , The NorthEast Review, The Missing Slate e Sugar Mule Review.
Texto Original: https://www.litro.co.uk/2016/09/the-purpose-of-fiction/
ENTREVISTA
MATHEUS ARAÚJO [INSTITUTO DOM LITERÁRIO]
Sabe aquela conversa que você se sente mais inteligente? Foi essa a sensação que tive ao conversar com o Matheus. Criador do Instituto Dom Literário, ele dá dicas para que você seja um bom estudante e um leitor inteligente. Neste nosso papo, ele me contou umas coisas boas que resolvi compartilhar com vocês. Espero que no final vocês aprendam um pouco assim como eu.
Gutox Wintermoon
Primeiro Parágrafo- Olá, Matheus! Tudo bom?
PP- Você foi aluno de Raimundo Carrero que
Grande prazer conversar contigo. Para que
é um grande artista do Movimento Armorial,
nossos leitores te conheçam um pouco mais,
que tinha por objetivo criar uma arte erudita
conte-nos um pouco da tua história antes da
a partir de elementos da cultura popular
internet;
nordestina. Por que esse movimento é
importante para os estudantes no Brasil?
Matheus Araújo- Olá! Tudo ótimo, também é um grande prazer conversar com você.
Matheus: O Movimento Armorial é, por mais
Antes da criação do Instituto Dom Literário
que ninguém fale disso, um movimento de
passei 5 anos extremamente focado apenas em
alma conservadora. Busca utilizar as raízes da
literatura.
nossa terra e a nossa influência europeia,
Meu projeto era ser escritor, e fui estudar com um dos melhores que temos hoje no Brasil: Raimundo Carrero (que sorte a minha de nascer em Recife).
valorizando o que temos de melhor, sem distinção.
Não
deixe
de
ler
todos
os
dias,
e,
principalmente, ler aquilo que lhe interessa.
Publiquei alguns contos de minha autoria em
Não leia sobre a reprodução das abelhas se
uma coletânea - que teve a participação do
isso não lhe interessar. Leia se lhe interessar.
próprio Carrero e de alguns colegas da oficina -,
É simples. Hoje, no Brasil, forçam você a
ganhei o concurso Mitos Brasil, da Editora
estudar o que você não quer (e não vai
Nocaute (mas até hoje o livro não foi publicado).
precisar), e não deixam você estudar o que
Como sempre fui muito crítico e muito focado na
quer (e vai precisar). Se eu fosse esperar a
criação literária, não consegui encontrar uma
escola e a faculdade me ensinar o que aprendi
formação que me agradasse muito: Fiz alguns
sobre
períodos de História na Universidade Federal de
produzir nada.
literatura,
estava
até
agora
sem
Pernambuco e desisti, agora estou cursando letras na própria UFPE.
PP- Você acredita que o brasileiro possui uma
A melhor parte da minha história começa
espécie de resistência à leitura?
mesmo na internet. Primeiramente busquei ensinar apenas criação literária para outros
Matheus: Resistência, estranhamento e em
jovens que quisessem escrever, o nome do
alguns casos ódio. Temos uma cultura muito
projeto era" Os Segredos da Ficção" (nome de um
dinheirista: a leitura vai lhe dar algum
dos livros de Carrero).
dinheiro? Se você disser que está lendo para
A coisa durou um ano e acabou não dando certo.
um mestrado, um doutorado, vão lhe admirar.
Percebi que, antes de ensinar as pessoas a
Se disser que está lendo para formar sua
escrever, precisava ensinar as pessoas a ler
imaginação e para se auto-educar, vão lhe
melhor. Foi aí que surgiu a ideia do Instituto
estranhar.
Dom Literário.
O meu projeto também tenta mudar um pouco isso. Sempre incentivo as pessoas a ler para enriquecer a personalidade, antes de qualquer coisa.
PP- O Instituto Dom Literário em pouco tempo de existência possui quase 4 mil seguidores. Como surgiu a ideia de ensinar especificamente literatura na internet? Matheus: Literatura é minha paixão maior. Ensinar literatura para essa quantidade de alunos é transformar o sonho em trabalho. É um compromisso maior do que as pessoas pensam: vídeos todos os dias, textos, responder aos alunos, transmissões ao vivo... É uma trabalheira danada. Mas a recompensa é inigualável. PP- Além de escrever contos, você é autor do ebook “5 Etapas para Memorizar os Estudos” e ministrou alguns cursos sobre o mesmo tema. Como seria possível adquirir o livro e participar dos cursos? Matheus: O e-book, por enquanto, está fora do ar. Voltarei com ele logo mais, numa nova versão. O fato é que acabei de finalizar um sobre a leitura dos clássicos, e que também possui uma lista de leitura ordenada com mais de 100 livros. O e-book é gratuito. Cada
região
deveria
ter
seu
Movimento
Armorial, sem guerra, valorizando sua cultura local e suas raízes. Talvez esta visão seja importante para nossos jovens. É uma pena que Ariano Suassuna tenha perdido o "Manifesto Armorial" numa grande cheia que ocorreu aqui na década de 70.
PP- Você participou da coletânea de contos "O Bordado das Sombras", pensa em publicar um livro com outros contos que escreveu? Matheus: Talvez. Gosto de ler contos e gosto de escrever contos, mas hoje vejo muito mais como um veículo para exercitar a minha escrita. Sempre que aprendo alguma técnica, exercito primeiro em um conto. Acredito que os romances sejam meus objetivos maiores. Neste momento estou escrevendo um. Fala muito sobre a relação entre religião e política, e talvez tenha algo para dizer sobre os dias de hoje. Mas isso, na verdade, não importa. Importa que seja bem escrito.
Em Outubro lançarei um curso bem completo sobre Depois pretendo fazer dois projetos bem os clássicos. Ainda não posso dar muitas informações, ambiciosos: um clube de leitura virtual e uma mas quem seguir a página vai se atualizar sobre tudo. academia virtual para jovens escritores. Os dois devem sair no próximo ano. Mas, por enquanto, faremos muitos cursos e e-books. PP- Você possui um escritor predileto? Matheus: Flaubert, com certeza. Há escritores que criam bons personagens e histórias monumentais, há escritores que possuem um estilo refinado e muito técnico. Flaubert consegue fazer as duas coisas. PP- Quais são os planos para o Literário?
Instituto Dom
PP- Meu caro Matheus, muito obrigado por essa entrevista. Desejo sucesso para você e vida longa ao Instituto Dom Literário. Matheus- Muito obrigado pela oportunidade, pela atenção e pelo reconhecimento. Sucesso com o seu ótimo trabalho!
Matheus- Não parar, não precipitar e não retroceder rsrs. O primeiro plano é expandir os vídeos, as Para conhecer um pouco mais sobre trabalho do transmissões ao vivo e os textos para o máximo de Matheus Araújo acessem o instagram do "Instituto pessoas. Divulgar mesmo. Fazer todo mundo se Dom Literário. @institutodomliterário engasgar com a leitura.
THE BLACK PAGES
GEORGE MACDONALD : VIDA, OBRA E LEGADO
Matthew Bracey
Eu tinha 14 anos na primeira vez que vi o nome George MacDonald. Apareceu em “Surpreendido pela Alegria” do C.S. Lewis (1955). Inicialmente, não impressionou, mas ao ler mais Lewis, o nome de MacDonald se tornou inevitável. "Quem quer que fosse esse MacDonald", presumi, "ele claramente causou um profundo impacto em Lewis". Essa também pode ser a sua experiência: se você já ouviu falar de MacDonald, foi por meio de Lewis. Afinal, ele tem sido um dos seus maiores publicitários. E se você for como eu, você bem pretende lê-lo, um dia. Para mim, chegou o dia em que eu tinha 24 anos e me vi lendo "O Menino Do Dia E A Menina Da Noite" (1882), de MacDonald. Estranho, intrigante, misterioso, único, maravilhoso - tudo isso acima. Eu rapidamente descobri por que esse homem havia capturado a imaginação de Lewis. Não era que MacDonald simplesmente contasse uma história agradável. Certamente isso era verdade. Em vez disso, ele me fez pensar completamente. De vez em quando, nos deparamos com autores cujos escritos são mágicos e sentimos como se tivéssemos encontrado uma mina de ouro. Para mim, MacDonald teve esse efeito. Então, quem é esse MacDonald? Neste artigo, consideraremos sua vida, trabalho, legado e importância.
THE BLACK PAGES INÍCIO DA VIDA E EDUCAÇÃO Quando pensamos em George MacDonald, a Escócia Em maio de 1853, ele renunciou, por não ter deve se lembrar. Muitas das configurações e temas de dinheiro suficiente para sustentar sua família. Tudo dito, ele passou 2-3 anos como pastor em seu livro são baseados e / ou inspirados por ele. E não tempo integral. é de admirar, pois foi lá que ele nasceu em 10 de Apesar desses problemas, MacDonald foi um dezembro de 1824 em Huntly, Aberdeenshire. palestrante e pregador eficaz e memorável. Ao Quando menino e jovem, ele frequentou uma igreja longo de sua vida, ele recebeu muitas fortemente calvinista. Como sua vida e escritos se oportunidades de falar - Inglaterra, Irlanda, sustentavam, essa confissão o incomodava. Ele Escócia, Itália, Canadá e América. Archibald Tait, arcebispo de Canterbury da Igreja da Inglaterra, gostava de boxe e de boa saúde. Mas o mais certa vez observou que MacDonald "era o melhor importante, ele adorava ler. pregador que ele já ouvira" . No início da década de 1840, MacDonald começou a No inverno de 1872-73, eleaceitou uma turnê de frequentar o King's College, Aberdeen. Em 1845, ele se palestras na América, vendendo muitos formou com seu mestrado. Em seguida, começou a auditórios, e dando palestras sobre personagens literários como Robert Burns e William ensinar para uma rica família londrina em 1846. Shakespeare. Enquanto em Londres, ele também começou a Enquanto estava em Nova York, a igreja da frequentar o Highbury College, um seminário Quinta Avenida até ofereceu a ele o cargo de congregacional, em 1848. Ao terminar um pastor, e por uma quantia generosa. MacDonald dprograma de quatro anos em dois, começou recusou. Sem sucesso atrás do púlpito, MacDonald tentou pregando na Igreja Congregacional da Trindade escrever. Isso provaria uma busca mais em Arundel, Inglaterra, em 1850. Ele também significativa e consumiria o resto de sua vida. Ele conhecera sua noiva em Londres, Louisa Powell, com sempre gostara de ler e até escrevera poesia. Em 1851, ele havia completado sua própria tradução quem se casou em 1851. das Doze das Músicas Espirituais da Novalis, distribuindo cópias como presentes de Natal. De fato, MacDonald sabia ler em holandês, inglês, PASTOR E AUTOR francês, Alemanha, grego, italiano, latim e Muito parecido com a igreja em que MacDonald espanhol. cresceu, Trinity estava fortemente Certamente, seu conhecimento da língua e da comprometida com o calvinismo. Sem surpresa, cultura teria um papel importante em sua ele não durou muito como pregador. Embora os capacidade de pintar quadros tão vívidos e congregantes gostassem bastante dele, a memoráveis em seus livros. Alguns anos depois, o liderança não. . poeta W.H. Auden (1907-1973) escreveria: "Em seu Algumas de suas ideias eram incomuns, e ele poder de projetar sua vida interior em imagens, não se apegou a uma interpretação seres, paisagens válidas para todos, ele é um dos calvinista de predestinação e eleição. Tão escritores mais notáveis do século XIX" . insistente era a liderança em sua partida que Finalmente, em 1855, MacDonald publicou seu eles realmente cortaram seu salário. primeiro trabalho, Within and Without: A Dramatic Poem, uma peça completa escrita em verso. Sem dúvida, MacDonald encontrara o trabalho de sua vida.
THE BLACK PAGES FICÇÃO E FANTASIA Quando
consideramos
MacDonald
o
autor,
devemos lembrar seu tempo e lugar: Inglaterra do século XIX - em outras palavras, a era vitoriana da literatura. Ele publicaria mais de 50 livros ao longo de quatro décadas. Suas obras podem ser divididas em quatro categorias: (1) ficção realista, fantasia e contos de fadas, (3) poesia e (4) não-ficção. Para os fins deste artigo,
consideraremos
brevemente
os
dois
primeiros Durante sua vida, MacDonald foi mais célebre por sua ficção realista. Ele escreveu cerca de 30 desses romances. Eles geralmente ocorrem na vida agrária da Escócia, e cerca de metade deles contém dialeto dórico. Embora ele não seja atualmente comemorado como
Por mais interessantes que sejam esses romances, a contribuição literária mais importante de MacDonald para o nosso mundo é seu trabalho em fantasia e contos de fadas. Phantastes (1858), "A princesa da luz" (1864), Na parte de trás do vento norte (1871), "O menino do dia e a menina da noite" (1882) e Lilith (1895): tudo isso merece nossa atenção. No entanto, consideraremos simplesmente os influentes The Princess and the Goblin (1872) e The Princess and Curdie (1883) no momento. Se você ler alguma coisa de MacDonald, sugiro esta coleção. Esses livros seguem as aventuras de Irene, uma princesa, e Curdie, um mineiro. Alguns dos temas que emergem incluem fé, honra, coragem, caráter, crença e bondade. A razão pela qual escolhi esses livros é porque eles causaram mais impacto sobre nós, quer percebamos ou não.
um grande romancista vitoriano (como Charles Dickens, Thomas Hardy, as irmãs Brontë e George Eliot), ele deveria ser. Ele certamente era muito querido em sua época. De fato, a rainha Victoria deu cópias de seu romance Robert Falconer, de 1868, aos netos, e até lhe concedeu uma pensão de listas civis em 1877. Parte da razão pela qual nossa era esqueceu MacDonald é por causa de seu forte compromisso com os valores cristãos e a moralidade tradicional. Seus romances estão repletos de implicações para a vida espiritual, uma característica que os líderes da cultura acadêmica moderna muitas vezes não estão dispostos a respeitar. Por exemplo, o protagonista de Sir Gibbie (1879) é um garoto órfão que serve como figura de Cristo, desafiando, convencendo e inspirando-nos a cada passo do caminho. Tais personagens e temas enchem os romances de MacDonald.
Para ilustrar, J.R.R. Tolkien e C.S Lewis encontraram sua inspiração para O Hobbit, ou Lá e Volta Outra Vez (1937) e As Crônicas de Nárnia (1950-56) nesses livros, não apenas em seu tom, qualidade e forma, mas mesmo em alguns de seus livros. pontos básicos da trama. De fato, o próprio título do Hobbit leva o nome do romance de MacDonald, "Lá e de Volta" (1891) . G.K. Chesterton também elogiou esses livros, afirmando que os primeiros "fizeram diferença em toda a sua existência" e descrevendo os últimos como "magníficos" . Sobre a princesa e o duende, ele continuou dizendo: "De todas as histórias que já li (...), continua sendo mais real, a mais realista, no sentido exato da frase, a vida mais parecida" .
THE BLACK PAGES Madeleine L'Engle (1918-2007), autora de A Wrinkle in Time (1962), também elogiou:
Ele veio em meu socorro muitas vezes, me disse exatamente o que eu precisava ter dito em um momento de dúvida ou confusão. . . . Eu amei! George MacDonald, começando com "The Princess and the Goblin" e "The Princess and Curdie". Como todos os grandes fantasistas, ele me ensinou sobre a vida, a vida na eternidade, e não a cronologia, a vida naquele tempo em que somos reais. Muito mais deve ser dito sobre a importância de MacDonald como autor, mas devemos retornar a esses temas posteriormente.
VIDA E CONCLUSÃO POSTERIORES No final da década de 1890, a mente de MacDonald ficou enevoada e sua saúde se deteriorou lentamente. Em 1902, sua querida esposa, com quem ele comemorou mais de 50 anos e teve 11 filhos, morreu. E em 18 de setembro de 1905, aos 80 anos, ele a seguiu na morte. Apesar do reconhecimento limitado de MacDonald hoje, ele merece nossa atenção. Embora ele não esteja isento de dificuldades, concluo que suas contribuições e qualidades positivas superam em muito as questionáveis - bem como Lewis nesse aspecto. De fato, MacDonald tem muito a nos ensinar, se o lermos. Observamos o impacto dele sobre os outros. Além disso, porém, devemos lê-lo por nós mesmos. Ler os livros dele é como procurar ouro, exceto que você o encontra repetidamente. George MacDonald: Esboço da Vida
*Matthew Bracey é um membro do corpo docente em teologia, direito e história de uma pequena faculdade religiosa em Nashville, Tennessee. Ele também contribui com um fórum on-line, The Helwys Society (em homenagem a Thomas Helwys, que plantou a primeira igreja Batista em solo inglês), que interage com questões de teologia, espiritualidade, ministério e cultura onde este artigo apareceu pela primeira vez.
THE BLACK PAGES INTRODUÇÃO DE CHESTERTON A GEORGE MACDONALD E SUA ESPOSA (POR GREVILLE M. MACDONALD. 1924.) Certas revistas têm simpósios (os chamarei de 'simpósios' se eu puder chamar as duas coleções separadas de South Kensington de 'musea'), nas quais as pessoas são solicitadas a nomear 'Livros que me Influenciaram', nas linhas de 'Hinos que me ajudaram '. Normalmente, não é um processo muito realista, pois nossas mentes são principalmente uma vasta biblioteca não catalogada; e para um homem ser fotografado com um dos livros na mão geralmente significa, na melhor das hipóteses, que ele escolheu aleatoriamente, e na pior das hipóteses, que ele está posando para o efeito. Mas, em certo sentido bastante especial, eu realmente posso testemunhar um livro que fez diferença em toda a minha existência, o que me ajudou a ver as coisas de uma certa maneira desde o início; uma visão de coisas que mesmo uma revolução real como uma mudança de lealdade religiosa substancialmente apenas coroou e confirmou. De todas as histórias que li, incluindo até todos os romances do mesmo romancista, ela permanece a mais real, a mais realista, no sentido exato da frase, a vida mais parecida. Chama-se A Princesa e o Goblin e é de George MacDonald, o homem que é o assunto deste livro. Quando digo que é como a vida, o que quero dizer é isso. Descreve uma princesinha que vive em um castelo nas montanhas que é perpetuamente prejudicada, por assim dizer, por demônios subterrâneos que às vezes sobem pelas adegas. Ela sobe as escadas do castelo para o quarto das crianças ou para os outros quartos; mas, de vez em quando, as escadas não levam aos patamares habituais, mas a uma nova sala que ela nunca viu antes e geralmente não consegue encontrar novamente. Aqui, uma boa bisavó, que é uma espécie de fada madrinha, está sempre girando e falando palavras de entendimento e encorajamento. Quando o li quando criança, senti que tudo estava acontecendo dentro de uma casa humana real, não muito diferente da casa em que eu morava, que também tinha escadas, cômodos e adegas. É aqui que o conto de fadas difere de muitos outros contos de fadas; acima de tudo, é aqui que a filosofia difere de muitas outras filosofias. Sempre senti uma certa insuficiência em relação ao ideal de Progresso, mesmo do melhor tipo que é o Progresso de um Peregrino. Dificilmente sugere quão perto as melhores e as piores coisas estão para nós desde o início; mesmo talvez especialmente no primeiro. E embora, como qualquer outra pessoa sã, eu valorize e reverencie o conto de fadas comum do terceiro filho de Miller, que se propôs a buscar sua fortuna (uma forma que o próprio MacDonald seguiu na sequência chamada The Princess and Curdie), a própria sugestão de viajar a um país de fadas distante, que é a alma dele, impede que ele atinja esse propósito específico de transformar todas as escadas, portas e janelas comuns em coisas mágicas. O Dr. Greville MacDonald, em suas memórias intensamente interessantes de seu pai a seguir, acho que mencionei em algum lugar seu sentido do estranho simbolismo das escadas. Outra imagem recorrente em seus romances era um grande cavalo branco; o pai da princesa tinha um, e havia outro em "The Back of the North Wind". Até hoje, nunca consigo ver um grande cavalo branco na rua sem uma súbita sensação de coisas indescritíveis. Mas, no momento, estou falando do que enfaticamente pode ser chamado de presença de deuses domésticos - e duendes domésticos. E a imagem da vida nesta parábola não é apenas mais verdadeira que a imagem de uma jornada como a do Progresso dos Peregrinos, é ainda mais verdadeira que a mera imagem de um cerco como o da Guerra Santa. Existe algo não apenas imaginativo, mas intimamente verdadeiro, sobre a ideia de os duendes estarem embaixo da casa e capazes de sitiá-lo das adegas. Quando as coisas más que nos cercam aparecem, elas não aparecem do lado de fora, mas do lado de dentro. De qualquer forma, aquela imagem simples de uma casa que é nossa casa, que é amada com razão como nossa casa, mas da qual mal sabemos o melhor ou o pior, e devemos sempre esperar por uma e vigiar a outra, sempre permaneceu em minha mente como algo singularmente sólido e sem resposta; e foi mais corroborado do que corrigido quando cheguei a dar um nome mais definitivo à senhora que nos vigiava da torre, e talvez para ter uma visão mais prática dos duendes embaixo do chão.
THE BLACK PAGES Desde a primeira vez que li essa história, cinco filosofias alternativas do universo chegaram às nossas faculdades fora da Alemanha, soprando pelo mundo como o vento leste. Mas para mim esse castelo ainda está parado nas montanhas e a luz em sua torre não se apaga. Todas as outras histórias de George MacDonald, interessantes e sugestivas de várias maneiras, parecem ser ilustrações e até disfarces daquelas que eu digo disfarçadas, pois essa é a diferença muito importante entre seu tipo de mistério e mera alegoria. A alegoria comum toma o que considera os lugares comuns ou convenções necessárias para homens e mulheres comuns e tenta torná-los agradáveis ou pitorescos, vestindo-os como princesas, duendes ou boas fadas. Mas George MacDonald realmente acreditava que as pessoas eram princesas, duendes e boas fadas, e ele as vestia como homens e mulheres comuns. O conto de fadas era o interior da história comum e não o exterior. Um resultado disso é que todos os objetos inanimados, que são as propriedades de palco da história, retêm o glamour sem nome que eles têm em um conto de fadas literal. A escada em Robert Falconer é tão uma escada mágica quanto a escada da princesa e do duende; e quando os garotos estão embarcando e a garota recita versos para eles, em Alec Forbes, e algum velho cavalheiro diz, brincalhão, que vai subir como uma nave escandinava mágica, sempre me pareceu que ele estava descrevendo o realidade, além da aparência, do incidente. Os romances como romances são desiguais, mas como contos de fadas são extraordinariamente consistentes. Ele nunca perde por um momento seu próprio fio interior que atravessa os retalhos, e é o fio que a fada bisavó colocou nas mãos de Curdie para guiá-lo para fora dos labirintos dos goblins. A originalidade de George MacDonald também tem um significado histórico, que talvez possa ser melhor estimado comparando-o com seu grande compatriota Carlyle. É uma medida do poder muito real e até da popularidade do puritanismo na Escócia que Carlyle nunca perdeu o humor puritano, mesmo quando perdeu toda a teologia puritana. Se uma fuga do preconceito ambiental é um teste de originalidade, Carlyle nunca escapou completamente, e George MacDonald escapou. Ele desenvolveu de suas próprias meditações místicas uma teologia alternativa completa, levando a um humor completamente contrário. E nessas meditações místicas, ele aprendeu segredos muito além da mera extensão da indignação puritana à ética e à política. Pois no verdadeiro gênio de Carlyle houve um toque do agressor, e onde quer que haja um elemento de intimidação, existe um elemento de platitude, de reiteração e de ordens repetidas. Carlyle nunca poderia ter dito algo tão sutil e simples como MacDonald está dizendo que Deus é fácil de agradar e difícil de satisfazer. Carlyle estava obviamente muito preocupado em insistir que Deus era difícil de satisfazer; assim como alguns otimistas estão sem dúvida muito ocupados em insistir que Ele é fácil de agradar. Em outras palavras, MacDonald criara para si um tipo de ambiente espiritual, um espaço e transparência da luz mística, que era bastante excepcional em seu ambiente nacional e denominacional. Ele disse coisas que eram como os místicos Cavalier, como os santos católicos, às vezes talvez como os platonistas ou os Swedenborgians, mas não como os calvinistas, mesmo quando o calvinismo permanecia em um homem como Carlyle. E quando ele for estudado mais cuidadosamente como um místico, como eu acho que será quando as pessoas descobrirem a possibilidade de coletar joias espalhadas em um ambiente bastante irregular, descobrirá, imagino, que ele representa uma virada bastante importante - ponto na história da cristandade, como representando a nação cristã particular dos escoceses. Enquanto os protestantes falam das estrelas da manhã da Reforma, podemos ter permissão para anotar esses nomes aqui e ali como estrelas da manhã da Reunião.
THE BLACK PAGES A cor espiritual da Escócia, como a cor local de tantas charnecas escocesas, é um roxo que, em algumas luzes, pode parecer cinza. Na realidade, o caráter nacional é intensamente romântico e apaixonado, excessivamente e perigosamente romântico e apaixonado. Sua torrente emocional com muita frequência se volta para vingança, luxúria, crueldade ou bruxaria. Não há embriaguez como a embriaguez escocesa; contém o grito antigo e o estridente selvagem das Mênades nas montanhas. E, é claro, é igualmente verdade no lado bom, como na grande literatura da nação. Stopford Brooke e outros críticos realmente apontaram que um vívido senso de cor aparece nos poetas escoceses medievais antes de realmente aparecer em qualquer poeta inglês. E é absurdo estar falando da sobriedade dura e perspicaz de um tipo nacional que se tornou mais conhecido em todo o mundo moderno pelo literalismo prosaico de Treasure Island e pelo realismo monótono de Peter Pan. No entanto, por um estranho acidente histórico, essas pessoas vivas e coloridas foram forçadas a 'vestir o preto' em uma espécie de funeral sem fim, no eterno sábado. Na maioria das peças de teatro e imagens, no entanto, nas quais eles são representados como negros, algum instinto faz o ator ou o artista ver que eles se encaixam muito mal. E assim eles fazem. Obviamente, os escoceses apaixonados e poéticos, como os italianos apaixonados e poéticos, tinham uma religião que competia com a beleza e a vivacidade das paixões, que não deixavam o diabo ter todas as cores vivas, que lutavam contra a glória com glória e chamas. chama. Deveria ter equilibrado Leonardo com São Francisco; nenhuma pessoa jovem e animada realmente pensa que pode se equilibrar com John Knox. A consequência foi que esse poder nas letras escocesas, especialmente no dia (ou noite) da ortodoxia calvinista completa, foi enfraquecido e desperdiçado de centenas de maneiras. Em Burns, foi expulso de seu devido curso como uma loucura; em Scott, isso era apenas tolerado como lembrança. Scott só podia ser medievalista se tornando o que ele chamaria de antiquário, ou o que deveríamos chamar de esteta. Ele teve que fingir que seu amor estava morto, para que ele pudesse amá-la. Quando Nicodemos veio a Jesus à noite, [Ver João 3: 1], o esteta só vem à igreja à luz da lua. Agora, entre os muitos homens de gênio escoceses produzidos no século XIX, havia apenas um tão original que remonta a essa origem. Havia apenas um que realmente representava o que deveria ser a religião escocesa, se tivesse continuado a cor da poesia medieval escocesa. Em seu tipo particular de obra literária, ele realmente percebeu o aparente paradoxo de um São Francisco de Aberdeen, vendo o mesmo tipo de auréola em torno de todas as flores e pássaros. Não é a mesma coisa que a apreciação de qualquer poeta pela beleza da flor ou do pássaro. Um pagão pode sentir isso e permanecer pagão, ou seja, permanecer triste. É um certo sentido especial de significado, que a tradição que mais valoriza chama de sacramental. Voltá-lo, ou encaminhá-lo, a um ponto da infância, fora do sábado negro de uma cidade calvinista, era um milagre da imaginação. Ao notar que ele pode muito bem ter esse lugar na história no sentido de história religiosa e nacional, não faço nenhuma tentativa aqui de fixar seu lugar na literatura. De qualquer forma, ele é do tipo que é mais difícil de corrigir. Ele não escreveu nada vazio; mas ele escreveu muitas coisas que são muito completas e das quais a apreciação depende mais da simpatia pela substância do que da primeira vista da forma. De fato, os místicos não costumam ser homens de letras no sentido final e quase profissional. Um homem pensativo agora encontrará mais em Vaughan ou Crashaw do que em Milton, mas também encontrará mais a criticar; e ninguém precisa negar que, no sentido comum, um leitor casual pode desejar que houvesse menos Blake e mais Keats. Mas mesmo esse subsídio não deve ser exagerado; e é exatamente no mesmo sentido em que sentimos pena de um homem que perdeu todo o Keats ou Milton, que podemos sentir compaixão pelo crítico que não caminhou na floresta de Phantastes ou conheceu o Sr. Cupples em as aventuras de Alec Forbes.
THE BLACK PAGES GEORGE MACDONALD & NOVALIS Foi durante 1842, enquanto catalogava uma biblioteca (provavelmente no Castelo Thurso, em Caithness), que MacDonald se familiarizou com as obras clássicas dos românticos alemães, como Goethe, Schiller, Jean Paul e Heinrich Heine. Usando um Novo Testamento e uma gramática, ele já começara a ler alemão. Como ele escreveu mais tarde em The Portent, "encontrei nesses volumes uma mina de riqueza inesgotável". Era uma riqueza que deveria desempenhar um papel vital no desenvolvimento de sua imaginação e visão espiritual. Em particular, MacDonald descobriu os escritos do poeta e romancista místico Frederick von Hardenburg, que escreveu sob o pseudônimo de "Novalis", a magia de E.T.A. Hoffman (ele amava especialmente The Golden Pot) e De La Motte Fouqué, cujo Undine ele considerava o mais perfeito dos contos de fadas. Estes, juntamente com os místicos Swedenborg e Jacob Boehme e os românticos ingleses Wordsworth e Coleridge, deveriam batizar sua imaginação de maneira profunda. Eles o apresentaram ao conceito de um Deus de amor cujo caráter pode ser visto no funcionamento da natureza. William Raeper, em sua biografia de MacDonald, comenta que: "A vida e o pensamento de Novalis se apoderaram tanto de MacDonald que ele voltou a ele várias vezes, encontrando profunda afinidade na poesia espiritual, triste e simples do alemão aflito". Os trabalhos mais conhecidos da Novalis são os Hinos à Noite (1799) e Heinrich von Ofterdingen (1800). Ele escreveu as duas obras enquanto já sofria de consumo, a doença da qual morreu em março de 1801. Isso aconteceu quase quatro anos depois da morte de Sophie, o amor idealizado e condenado de sua vida. Ele morreu acreditando que uma vez que sua alma escapasse deste corpo, ele a encontraria novamente cara a cara. A colina tornou-se uma nuvem de poeira e, através da nuvem, vi o rosto glorificado de minha amada. Aos seus olhos a eternidade repousava. Eu segurei suas mãos, e as lágrimas se tornaram um laço brilhante que não podia ser quebrado. Na distância percorrida, como uma tempestade, milhares de anos. No pescoço dela, acolhi a nova vida com lágrimas de êxtase. Nunca foi outro sonho; então primeiro e desde que mantenho firme uma fé eterna e imutável no céu da noite e sua Luz, o Amado. (Hinos à noite, tradução do próprio MacDonald em Rampolli). A Noite para Novalis teve um significado especial como o lugar do sofrimento e da perda, onde Deus se revela e também como o contrapeso à Luz e ao raciocínio humano. Seu misticismo e piedade procuravam integrar coração e alma, e um desejo por uma "nova" forma de cristianismo que atraiu grandemente MacDonald. Os Cânticos Espirituais da Novalis eram revelações da nova religião, da deificação do universo e de seu amor pela eternidade. Ele argumentou que as religiões clássicas encorajavam um profundo medo da morte. O cristianismo, no entanto, reconciliou o mundo com a idéia da morte, através da ressurreição de Cristo dentre os mortos. Na imaginação de MacDonald, isso foi transformado em uma crença de que a morte era apenas uma forma superior de vida. No Natal de 1851, MacDonald traduziu as Músicas Espirituais da Novalis e distribuiu cópias como presentes para seus amigos. No devido tempo, ele também traduziu os Hinos à Noite, que foram publicados em um volume chamado “Exotics” e posteriormente incluídos em Rampolli. Infelizmente esses trabalhos não venderam bem e duas vezes ele publicou os Cânticos Espirituais às suas próprias custas. O seguinte é retirado do quinto hino à noite: "Elevada é a pedra E toda a humanidade ressuscitou! Nós somos os nossos, não estamos mais na prisão! Que tristeza mais amarga pode ficar Ao lado do teu cálice de ouro."
THE BLACK PAGES Perdidos, perdidos são todas as nossas perdas! O amor é para sempre grátis! A vida inteira se agita e se agita Como um mar sem limites! Uma história eterna ao vivo! Um poema alto e amplo! E sol de toda a nossa glória O semblante de Deus! Como resposta ao materialismo iluminista, a Novalis escreveu que “o que vemos é tudo o que existe, 'podemos considerar sonhos, se não como enviados diretamente do céu, pelo menos como dons divinos, como companheiros amigáveis em nossa peregrinação à Santo Sepulcro.' O papel do sonhador-poeta é permitir que seus leitores tenham uma visão renovada do mundo e como o físico e o espiritual estão intimamente integrados. Onde a prosa restringe nossa visão, o uso de símbolos liberta nossa imaginação para vislumbrar e abraçar verdades mais complexas. Gisela Kreglinger, em seu livro Storied Revelation: Parables, Imagination, e Christian MacDonald's Fiction Christian, comenta sucintamente que "a forma mais alta de sonhos acontece em uma síntese de sonhar e acordar. Nesta síntese, a experiência do indivíduo é trazida para o mundo espiritual criado pela imaginação. Para MacDonald, a fonte dos nossos sonhos não é o nosso subconsciente, mas o Deus que os dá. Esta é a chave para entender corretamente Phantastes e Lilith, de MacDonald. Um trabalho adiantado, outro atrasado. O romance de Novalis, Heinrich von Ofterdingen, foi a história de uma jornada e a busca de uma misteriosa flor azul. Foi uma parábola simbólica ('Erziehungsroman') que, de muitas maneiras, prefigurou Phantastes e Lilith. Representando de forma dramática uma ascensão e libertação passo a passo dos laços desta vida terrena.
MacDonald precedeu Phantastes com algumas citações da Novalis, incluindo: 'Um conto de fadas é como uma visão de sonho desconexa, um conjunto de coisas maravilhosas e ocorrências, por exemplo, uma fantasia musical, as sequências harmônicas de uma harpa eólia, a própria natureza ... ' Foi um sonho explorando o significado interior inconsciente oculto da alma. Uma das frases favoritas de MacDonald veio da Novalis: 'Nossa vida não é um sonho; mas deve tornar-se um, e talvez o faça”, que ele citou em Phantastes, Lilith, The Portent e em outros lugares. A Novalis também escreveu: 'Estamos mais perto das coisas invisíveis do que das visíveis'. Ele acreditava que o coração era a chave do mundo e da própria vida, e que todos os homens e mulheres estavam em uma jornada para casa. Novalis exaltou o poeta como sacerdote e filósofo, acreditando que "a poesia representa o que não pode er representado". Havia um relacionamento entre este mundo e o próximo que o Iluminismo havia perdido. Novalis argumentou que todos os males do Iluminismo fluíam da Reforma, o efeito destrutivo do racionalismo culminando em um "ódio pela Bíblia, pela crença cristã e, finalmente, pela própria religião". O lema de David Elginbrod, 'Wo keine Götter sind, walten Gespenster' ('Onde Deus não está, os espectros governam'), foi retirado de Die Christenheit oder Europa da Novalis.
Todas as informações foram retiradas do site oficial do autor. Se desejarem conhecer um pouco mais sobre vida e obra deste influenciador de gigantes, acesse: http://www.george-macdonald.com
LITERA BR GUTOX WINTERMOON
www.manuscritosdigitados.wordpress.com
ANDRÉ VIANCO André Vianco nasceu em São Paulo, em 1976, e cresceu na cidade de Osasco. Publicou seu primeiro livro em 1999, e desde então tem construído uma sólida carreira como escritor, roteirista, e diretor de cinema e de televisão brasileiro. Especializado em literatura fantástica, de terror, sobrenatural, e vampiresca, alcançou a fama com o romance Os Sete. Penumbra é seu primeiro romance publicado pela LeYa, que será responsável pela reedição de alguns dos seus maiores sucessos.
Nasceu em Feira de Santana (BA), no dia 22 de janeiro de 1986, filho de Salatiel Ramos e Domingas da Rocha. Historiador por formação, bacharelando em Filosofia, tem a Literatura por amante e é amigo da Teologia por mera curiosidade. Professor que arrisca ser poeta, escritor e caminhar na jornada do herói. Sobrinho de Tolkien, Lewis, Chesterton e adestrador do corvo do Poe. Editor do blog Manuscritos Digitados e Editor-Chefe da Exordium Editorial e da revista "Primeiro Parágrafo" e diretor do Instituto Maiêutica de Cursos Livres. Vocalista da banda Baptism In Death. Foi cofundador e âncora do Talk Show na Rádio Exaltar FM 104,9 “Arte, Café e Prosa”. Foi colaborador dos blogs Clube da Luta e Os Malfeitores do Século XXI. Participou da antologia da "Edição VII do Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus", sete edições da revista “Flores do Mal” da C.L.A.E Editora e da primeira e única edição da revista “Poetas no Divã”, primeira edição do "Parafraseando Zine", além de participar do "Dicionário de Escritores Contemporâneos da Bahia." Em 2015 publicou o ebook "Os Fragmentos do Ilusionista" o qual será publicado como livro fisico.
Entrevista
EDUARDO
Spohr
Certo dia me presentearam com um exemplar de " A Batalha do Apocalipse", confesso que demorei para ler, afinal, estava mergulhado em textos dos gregos antigos, em Hobbes e outros textos que foram me apresentados no primeiro semestre dessa minha segunda graduação. Porém uma coisa me chamou atenção, como sou curioso em teologia o nome foi convidativo. Li, gostei e considerei uma das melhores leituras do ano. Desde então acompanho e tenho os demais livros do Eduardo Spohr. E foi por um momento em que o tecido da realidade se abriu que o encontrei e assim pudemos conversar um pouco . Espero que vocês curtam! Gutox Wintermoon
· Primeiro Parágrafo-Olá Eduardo, tudo bem? Desde já
PP- O seu primeiro livro “A Batalha do
te agradeço por nos ceder esta entrevista. Para
Apocalipse” foi criado a partir de fragmentos de
começar gostaria que você contasse ao nosso leitor
um jogo de RPG que foi criado por você e seus
como começou sua trajetória como escritor.
amigos, que acabou se tornando um universo
um tanto complexo. Como foi o processo de
Eduardo Spohr- Penso que foi um caminho natural --
pesquisa sobre o mundo sobrenatural e se isso
e gradual. Sempre gostei de escrever. Minha
obteve alguma diferença em tua vida?
primeira aventura nessa área foi uma HQ, aos 6 anos
de idade, sobre um extraterrestre, claramente
Eduardo-
inspirada no filme "E.T.", de 1982. Como era péssimo
através do RPG. Na época nós (eu e meu grupo)
desenhista, só me restavam os textos como veículo
jogávamos
para eu contar as minhas histórias. Durante a
ambientação de RPG que incluía vampiros,
infância e adolescência escrevi muito e de tudo
lobisomens, fantasmas e magos. Depois que
(contos, novelas, romances), primeiro em cadernos
assistimos ao filme “Anjos Rebeldes” (1995),
espirais, com caneta esferográfica, e depois na
ficamos com vontade de jogar com anjos e
máquina
demônios, mas não existia regras para tal, então
de
escrever.
Tudo
era
muito
ruim
Sim,
no
tudo
Mundo
começou
das
justamente
Trevas,
uma
(hahahaha), mas pelo menos me ajudou a treinar a
nós a criamos. Inventamos muitos personagens
minha prosa. Serviu com experiência..
e situações. Eu peguei esses fragmentos e os costurei no meu primeiro livro publicado: “A Batalha do Apocalipse”. Portanto, vale lembrar, esse universo nasceu de uma criação coletiva. No Desconstruindo 15 (podcast do meu blog) falo melhor sobre isso.
· PP- Continuando com o quesito pesquisa, na
A pesquisa, no meu entender, traz uma
trilogia “Filhos do Éden”, possui elementos
emoção especial ao romance. Os sítios
históricos, neste processo corre o risco de haver
históricos na Normandia (França, palco da
anacronismo no ato da inserção do elemento
Segunda
histórico na ficção. Como você lida com essa
compreender a sensação de estar lá, de fato,
situação? Já desistiu de acrescentar algo na história devido à contextualização do fato não pertencer ao período em que ela estaria se passando?
Guerra
Mundial)
me
fizeram
dentro de um bunker, durante a invasão do Dia D. Em outro momento, os personagens vão para Amsterdã (na Holanda), uma cidade peculiar, onde as pessoas te tratam de um jeito muito especial.
Eduardo-Há três níveis de pesquisa, ao meu ver.
PP-Qual foi/tem sido teu maior desafio como
O primeiro nível, o mais raso, é pela internet.
escritor?
Os verbetes da Wikipédia nos fornecem uma visão geral da coisa. É um ótimo ponto de partida. De lá, seguimos para a leitura de livros, o que nos dá uma perspectiva mais ampla.
Em
seguida,
se
for
possível,
é
Eduardo- Como escritor, eu procurei e sempre procuro me instruir e estudar. No passado, como era um escritor amador, eu apenas escrevia, sem muita preocupação com a forma. Hoje estou cada vez mais preocupado
interessante tentar visitar o local. Eu não
não só com a história, mas como a prosa, isto
diria que a pesquisa in loco é essencial --
é, com a maneira como eu escrevo, sempre
escrevi sobre Israel em "A Batalha do
tentando tornar o texto mais claro e acessível
Apocalipse" e nunca estive lá, por exemplo --, mas ajuda bastante.
ao leitor.
· Leio constantemente livros sobre técnicas de
Não tenho a pretensão de dizer o que é certo
escrita, procuro ir a seminários e aprender com
ou errado. Cada um deve encontrar sua trilha.
outros escritores. Meu sonho é, quem sabe no futuro, conseguir escrever um capítulo, por exemplo, de uma tacada só. Hoje em dia eu reviso pelo menos umas vinte vezes as minhas
PP-Já ocorreu alguma proposta de transforma a tetralogia angélica em algum material audiovisual? Seria interessante ver todos os personagens em uma série.
obras, até que elas fiquem minimamente razoáveis (risos).
Eduardo- Nunca.Mas quem sabe um dia. Seria bacana, né?
PP- “A Batalha” foi publicado a priori de forma independente, depois de algum tempo que foi publicado pela editora Verus. Atualmente com
PP- Tem algum livro que você acredita que ele foi a melhor leitura da sua vida?
essa crise no mercado editorial brasileiro, você
Eduardo- É muito difícil fazer uma lista de
recomendaria ao autor iniciante a se lançar
obras favoritas (afinal, são muitas), mas eu
desta forma ou ainda é válido buscar uma
destacaria “1984”, de George Orwell (talvez o
editora para enviar seu original?
romance mais importante do século XX); “Xógum”, de James Clavell (livro icônico,
Eduardo- É importante tentar de tudo e correr atrás, sem fechar portas ou oportunidades.
responsável por reascender, no ocidente, o interesse pela cultura japonesa); “Lúcio Flávio - o Passageiro da Agonia”, de José Louzeiro (livro-reportagem sobre o "bandido dos olhos
PP- Existe certo terror para o escritor que é o
verdes", que aterrorizou a sociedade carioca
chamado “bloqueio criativo”. Você já passou por
nos anos 70); “Entrevista com o Vampiro”, de
algo do tipo ou você cria um roteiro com os
Anne Rice (pela primeira vez o vampiro
principais pontos daquilo que deseja escrever?
aparece como protagonista); “O Iluminado”, de Stephen King (unanimidade quando o assunto é terror); “O Rei do Inverno” de Bernard
Eduardo- Eu elaboro um roteiro detalhado do
Cornwell (obra-prima do escritor britânico);
livro antes mesmo de começar a escrever.
“Os Pilares da Terra”, de Ken Follet (um
Sabendo tudo o que vai acontecer na história,
retrato cru e perturbador da Inglaterra
eu não nunca fico sem ideias. Em outras
medieval); “O Exorcista”, de William Peter
palavras, tenho a história pronta, basta colocar
Blatty (tão bom quanto o filme); e “O
a mão na massa. Claro que eu posso mudar algumas coisas ao longo do caminho, mas o roteiro funciona como um mapa, impedindo que eu me perca. Depois que comecei a trabalhar assim, nunca mais tive bloqueios. Mas é importante destacar que esse é apenas o meu método.
Apanhador no Campo de Centeio”, de J. D. Salinger (um tesouro da prosa).
PP- Certa vez enquanto eu estava lendo “A Batalha do Apocalipse” no ônibus, faltavam algumas páginas para terminar. Uma mulher estava sentada ao meu lado e percebi que ela estava acompanhando a leitura, quando chegou minha parada eu avisei a ela que ia descer e perguntei se ela gostaria de ficar com o livro que felizmente já tinha terminado, ela disse que sim, então dei o livro, desci do ônibus e ela seguiu seu caminho. Você já recebeu algum feedback sobre como sua obra acrescentou na vida de alguém? Eduardo-Sim, já recebi alguns feedbacks, mas estou certo de que isso não é exclusividade minha ou das minhas obras. Acho que todo escritor já ouviu histórias assim de seus leitores e é algo muito emocionante. A leitura é uma ferramente de comunicação poderosa.
Você já participou do “Nerdcast”, “Curta Ficção” e possui o “Desconstruindo”, além destes quais
PP- Em agosto começou um novo projeto seu, que é o box da tetralogia angélica pela
podcasts que você acredita que seja interessante para recomendar a nossos leitores?
plataforma Catarse. Além dos livros quais outros produtos que o leitor poderá receber ao adquirir o box?
Eduardo- No campo literário, eu recompensaria o Ghost Writer, o Caixa de Histórias, o Leitor Cabuloso e o Covil de Livros. Quem curte RPG não
Eduardo- Preparamos esse material com todo esmero e carinho. Além do próprio box, feito em altíssima qualidade, recompensas incluem a dog tag do Denyel, um livreto de contos inédito, audiobooks, pôsteres, pins e muito mais. PP- Além da literatura você possui outra paixão que é o podcast, que inclusive é uma mídia que apesar de existir há alguns anos está tomando mais espaço nestes últimos tempos.
pode perder A Taverna do Beholder Cego, o Café com Dungeon, o Pensando RPG e o BoarDidi. Indico também o Matando Robôs Gigantes e o BHR Podcast.
PP- Quais os planos literários para o futuro? Tem desejo de escrever algo fora do universo angélico?
Eduardo- Sim, lançarei um livro novo em 2020. Tudo o que posso dizer por enquanto é que será
Se você ainda não conhece o Eduardo Spohr, está perdendo tempo, então corra e acesse: http://filosofianerd.blogspot.com Redes Sociais do escritor: Twitter: @eduardospohr Instagram: @duduspohr
um romance histórico. PP- Spohr, gostaria de mais uma vez agradecer por essa entrevista maravilhosa, desejo todo sucesso na sua vida, sua carreira e que possamos ser agraciados por mais obras provenientes de suas mãos. Eduardo- Eu é que agradeço pela oportunidade e pelo espaço.
Se deseja colaborar com o financiamento coletivo da Tetralogia Angélica acesse: http://catarse.me/filhosdoeden
A Ordem Viva da Educação
MARTIN COTHRAN* Um dos muitos benefícios de conhecer o latim é que ele lhe dá a capacidade de saber o que as palavras inglesas significam, mesmo quando você nunca as viu antes. Mas é tão importante quanto à capacidade de entender melhor uma palavra que você já viu mil vezes. Eu estava andando pelo Aeroporto Internacional de Los Angeles recentemente, e alguém estava vestindo uma camiseta que trazia a palavra “destruição”. Era parte de um slogan para uma academia, se bem me lembro, mas não consigo me lembrar do que o resto do slogan era. O que eu lembro é que naquele instante eu tive uma nova compreensão do que a palavra “destruição” significa. A palavra "destruição" é composta de duas palavras em latim: o prefixo de, que neste caso significa "desfazer", e “struo” ("construir"), do qual obtemos nossa palavra inglesa "estrutura". Assim, a palavra "destruição" expressa a ideia de "desfazer a estrutura". Eu sempre pensara em destruição em termos mais dramáticos - como a quebra ou esmagamento ou explosão de alguma coisa. Talvez seja apenas minha imaginação hiperativa. Mas, de repente, essa epifania induzida pelo latim me trouxe uma ideia muito diferente. Isso me fez perceber que a destruição pode ser muito menos dramática mais banal do que eu sempre imaginei. Destruir algo é tirar sua estrutura, sua organização intrínseca, sua ordem. Quando destruímos, digamos um prédio, como fazemos isso? Podemos detonar uma bomba por baixo e explodir o céu. Ou podemos desmontálo lentamente, peça por peça. De qualquer forma, quanto mais peças reduzimos, nós a destruímos mais profundamente.. É assim que nossas instituições podem ser destruídas. Nossas instituições governamentais seriam destruídas se fôssemos confundir seu modo organizado de trabalhar; nossa sociedade seria destruída se tirássemos a ordem que a família e outras instituições sociais lhe dão. E muitos afirmam que isso está acontecendo na educação: se tirarmos a ordem e a organização - se a desestruturamos - vamos destruí-la.
Esse desejo de desestruturar tem sido a origem de grande parte da teoria da educação moderna. Esforços para dispensar a operação ordenada da sala de aula, prescrições para a reforma educacional que envolvem evitar uma abordagem ordenada de assuntos acadêmicos e qualquer outra coisa que prejudique a ordenação da mente do aluno: essas são as coisas que podem trazer destruição a educação. Todo o mundo moderno está em guerra com a ordem - a ordem da natureza, a ordem da sociedade, a ordem da aprendizagem. Na educação, o preconceito contra a ordem assume duas formas primárias: primeiro, o desordenamento da sala de aula e, segundo, o desordenamento do currículo - ambos contribuindo para o desordenamento da mente. Seria muito melhor, afirmam as teorias modernas, se os alunos recebessem “escolhas” sobre o que estudam e pudessem vagar livremente pela sala de aula. Os professores também devem ser liberados e autorizados a ensinar o que querem. Essa hostilidade em relação à ordem é o que está por trás da aversão ao uso da fonética para ensinar a leitura; é o que está por trás da recusa em usar broca e memorização para ensinar aritmética; e é o que está por trás da oposição ao ensino de gramática formal em muitas escolas. E o resultado final dessa hostilidade é a destruição gradual e inevitável..
*Martin Cothran é o diretor da Associação de Escola de Latim Clássica e o editor da revista Classical Teacher da revista Memoria Press. Ele é autor de vários livros para escolas particulares e domésticas, incluindo os programas Lógica Tradicional, Lógica Material e Retórica Clássica da Memoria Press, bem como Língua Bíblica: Histórias do Velho Testamento em latim. Ele é um ex-instrutor de Latim, Lógica e Retórica na Highlands Latin School em Louisville, Kentucky. Ele é bacharel em filosofia e economia pela Universidade da Califórnia em Santa Barbara e mestre em Apologética Cristã pela Simon Greenleaf School (agora parte da Trinity University). Ele é amplamente citado em questões educacionais e outras questões de importância pública, e é um convidado frequente no "Kentucky Tonight" da Kentucky Educational Television. um programa semanal de assuntos públicos. Seus artigos sobre eventos atuais apareceram em vários jornais, incluindo o Louisville Courier-Journal e o Lexington Herald-Leader. Texto original https://www.memoriapress.com/articles/the-living-order-of-education/
LITERATURA CHILENA
Há um bom número de escritores chilenos famosos que promoveram a literatura chilena em todo o mundo. Dois dos escritores mais conhecidos do Chile ganharam o Prêmio Nobel de Literatura: Gabriela Mistral em 1945 e Pablo Neruda em 1971. Ambos os poetas viram seu trabalho traduzido em várias línguas, para que leitores de todo o mundo possam apreciar sua poesia laureada . As casas que habitavam recebem inúmeros visitantes, que participam de uma espécie de peregrinação para homenagear esses prodigiosos autores chilenos. Nos últimos anos, a poesia chilena retomou seu vigor, em grande parte graças ao surgimento de uma nova geração de poetas inovadores. Além disso, o trabalho de autores chilenos como Sergio Badilla Castillo e Oscar Hahn conseguiu resistir à prova do tempo.
Entre os livros chilenos mais conhecidos estão os de Isabel Allende. A casa dos espíritos, escrita em 1982 e a cidade dos animais, de 2002, contribuiu para o sucesso internacional desse escritor chileno. Roberto Bolaño é frequentemente considerado o último grande escritor de prosa chileno, especialmente graças ao seu trabalho póstumo 2666. Há uma infinidade de romances chilenos para desfrutar. Do trabalho de Eduardo Barrios, do início do século XX, a Antonio Skármeta, cujo romance Os Dias do Arco-Íris, publicado em 2011, ganhou o prestigiado Prêmio Narrativo Ibero-Americano de Planeta-Casa da América. Com estilos e temas para cada tipo de leitor, a literatura chilena continua impressionando. A literatura chilena é conhecida mundialmente por sua poesia, premiada com dois prêmios Nobel (Gabriela Mistral e Pablo Neruda), mas há alguns anos a narrativa chilena deixa o mundo. A geração latino-americana de boom incluiu José Donoso como o único chileno, mas, após os anos, vários autores atravessaram as fronteiras e outros que merecem fazê-lo. Deixando Roberto Bolaño de fora, que deixou o país transandino na adolescência, então seu treinamento como escritor deve ser encontrado no México e na Espanha. Hoje não é difícil encontrar contadores de histórias chilenos em outros mercados: Alejandro Zambra, por exemplo, entrou no mercado. mercado americano difícil. E outros autores, como Cynthia Rimsky, Mike Wilson, Roberto Merino e Matías Correa, fizeram suas coisas com maior discrição. Esta seleção inclui apenas narradores e tenta elaborar uma lista que cubra o maior número possível de gerações: de Manuel Rojas a Pablo Tor
Manuel Rojas De pais chilenos, ele nasceu quando o século XIX terminou nos limites do bairro de San Cristóbal, em Buenos Aires. Sua vida foi marcada cedo por viagens e aventuras. Ele morou em Mendoza, Rosário, depois atravessou a cordilheira quase por acaso e viveu no Chile por um tempo, até voltar nos anos 20 para ser um dos fundadores do Grupo Boedo. Mais tarde, ele voltou e finalmente se estabeleceu e morreu no mesmo ano que Neruda: 1973. Ele publicou livros de histórias, memórias e romances, entre os quais o mais conhecido é Filho do Ladrão, talvez o melhor romance chileno de todos os tempos com Mío Cid Campeador, de Vicente Huidobro. Seu protagonista, Aniceto Hevia, além de ser o alter ego do autor, é, como César Aira escreveu no Dicionário de Escritores LatinoAmericanos, "encarnação do mito anarquista do homem angélico, o homem desprovido de tudo, que renova sua nudez em cada avatar. de sua vida". E é que a vida de Manuel Rojas e seus personagens está em permanente aventura; portanto, a certa altura, é inevitável relacioná-la com os beatniks. Rojas foi um escritor consagrado, mas muito poucos autores contemporâneos foram capazes ou dispostos a seguir seu estilo. Seu vínculo com a Argentina não foi fácil de romper: nos anos 50, ele retornou a Buenos Aires e tentou entrar na Sociedade de Escritores Argentinos e, em 1971, publicou no editorial sul-americano The Dark Radiant Life.
Germán Marín Editor e narrador nascido em 1934, ele é considerado por alguns o melhor escritor chileno vivo. No entanto, ele começou tarde para publicar, e quase imediatamente teve que se exilar quando o golpe de estado chegou. Ele morou no México e em Barcelona. Ele retornou ao Chile em 1992. O trabalho que o consagrou foi publicado precisamente sobre esse retorno, e é uma trilogia de mais de duas mil páginas intitulada História de uma absolvição familiar, na qual ele faz um ajuste de contas com o passado desde o auto-ficção e onde ele conta sobre sua passagem pela Escola Militar e o fato de conhecer Augusto Pinochet. Como Céline, Marín é considerado "um romancista que vive de cavar lixo". Ele é um autor respeitado e admirado por muitos. Como editor, publicou livros de autores conhecidos hoje no Chile e em outros países: Rafael Gumucio, Cynthia Rimsky e Marcelo Mellado. Um trabalho não menos como editor, foi coletar e compilar os ensaios e crônicas de seu amigo, o poeta Enrique Lihn, no volume O circo em chamas. Seu último romance é vícios palermitanas, publicado em 2016 em Alfaguara Chile
Diamela Eltit
Juntamente com Germán Marín, eles são os autores vivos mais importantes e influentes da literatura trans-norte-americana. Mas, diferentemente dele, Eltit (1949) era um farol para escritores que foram formados nos anos 80 durante a ditadura. Foi assim que o apelido "las diamelitas" surgiu para se referir aos autores que surgiram sob sua influência. Declarada feminista, ela fundou com Raúl Zurita, Juan Castillo e Lotty Rosenfeld o Coletivo de Ações Artísticas (CADA), que ficou conhecido por suas performances urbanas. Entre seus romances incluem Lumpérica, Por la patria, Vaca sagrada, Tax on meat e Los vigilantes; Dois deles foram escolhidos em 2007 entre os 100 melhores romances em espanhol dos últimos 25 anos. Por algum tempo, foi dito, injustamente, que sua literatura não era compreendida, à qual Eltit respondeu que isso era porque talvez ele não quisesse entender. Hoje quase ninguém diz isso; pelo contrário, tanto no Chile quanto no exterior, eles param no trabalho que fazem com a linguagem, em seu poder narrativo, em, como disse o crítico Julio Ortega, sua resistência às obrigações do mercado ", tornando a leitura um trabalho crítica da linguagem e do livro um instrumento de conspiração contra a ordem dominante ".
Pedro Lemebel Homossexual, pobre, feio e esquerdista: foi assim que Pedro Lemebel (1952-2015) foi definido. Inicialmente ligado às artes visuais e à performance, nos anos 80 deu um salto para a história com pouco sucesso e, na década seguinte, deu outro salto para a crônica, que o tornou conhecido internacionalmente, embora também se aventurasse com sorte diferente no romance. . O trabalho de Lemebel é caracterizado por retratar um mundo popular esmagado pela ditadura, e que ele não apenas sabia retratar esplendidamente, mas também encarnar; nesse sentido, ele era um escritor popular com características muito particulares: prosa musical e ornamentada, quase barroca e dilacerante; em suas histórias abundam as referências à cultura popular latino-americana - tangos, boleros e seus consequentes intérpretes. Pode-se dizer que, juntamente com Alberto Fuguet, existem dois escritores que, apesar de estarem nos antípodas, são complementares quando se trata de mostrar o imaginário político-estético encontrado na literatura do país irmão.
Marcelo Mellado
Ele é um dos contadores de histórias mais delirantes do Chile. Nascido em 1955, Mellado começa a publicar tarde, quase aos quarenta anos. Embora em seus romances e histórias ele critique e parodie igualmente a institucionalidade, especialmente a pequena que, segundo ele, é a pior e a mais vulgar, e dentro dela a cultural e educacional, é nas histórias em que ele desenvolve melhor seu estilo. Seu livro "Cidadãos de Baixa Intensidade" (2007) é uma amostra disso; lá as histórias são escritas a partir da retórica, mas ainda parecem ser feitas de literatura, de queixa, promessa, de uma certa idiossincrasia que Mellado habilmente transforma em ideologia: tudo só pode piorar, nada pode melhorar, o destino é uma bota militar que esmaga qualquer esperança, por menor que seja. Essas histórias são pequenas obras de arte em que aparentemente alguém reclama, promete ou mente; algumas dessas histórias parecem ter sido escritas por um amador, porque têm o tom daquelas cartas irritantes para o diretor que os leitores escrevem, mas esse é apenas o efeito, porque o que há é ironia, grosseria e muita literatura. Marcelo Mellado usa a linguagem da política para acumular e entender suas histórias.
Lina Meruane Ela é a escritora contemporânea de maior prestígio depois de Diamela Eltit. Meruane (1970) vive em Nova York há vários anos, onde escreveu e ganhou vários prêmios, como Ir. Juana Inés da Cruz, Anna Seghers e a bolsa Guggenheim.
Rafael Gumucio
Nascido em 1972, esse autor pertence à geração de Alejandra Costamagna, Maria José Viera-Gallo, Luis López-Aliaga, Álvaro Bisama, entre outros. Seu primeiro romance data de meados dos anos 90, mas é com um livro raro e híbrido, intitulado Premature Memories (1999), com o qual ele ganhou um respeito literário; Desde então, ele publicou ensaios, crônicas, romances e uma curiosa biografia: Minha avó, Marta Rivas González, na qual, tanto quanto contar à avó, ele se diz durante o exílio que sua família viveu em Paris.
Entre seus romances incluem Rotten Fruit and Blood nos olhos, enquanto entre seus livros de não-ficção, Becoming Palestinian and Against Children. Na Argentina, Infantas e Sangre en el eye foram publicados. A literatura de Meruane está ligada ao corpo - cegueira, diabetes, reprodução - e a um mundo inteiro de diagnósticos, médicos e hospitais. É uma Gumucio é um escritor irritante por suas opiniões e literatura que, como Susan Sontag, reflete sobre as também por seus livros; No romance, Debt ensina metáforas da doença. uma história sobre corrupção que atinge o conglomerado político que governou o Chile por Seus livros mais recentes, curiosamente não-ficção, vinte anos, mas muito antes dos escândalos de causaram grande impacto, porque abordam suas corrupção se tornarem moda nesta parte do raízes palestinas e sua opção por não ter filhos. continente. Meruane também é editora do selo Brutas, de onde publicou vários autores argentinos: Sylvia Molloy, María Moreno e Matilde Sánchez, entre outros.
Textos Originais: https://www.donquijote.org/es/lengua-espanola/escritores-chilenos/ https://www.infobae.com/grandes-libros/2017/02/28/ocho-escritores-chilenos-para-descubrir/
LIVROS DA PRATELEIRA A MÁFIA DOS MENDIGOS Yago Martins aplica teorias e análises acadêmicas às observações e vivências decorrentes do período que passou vivendo disfarçado entre os moradores de rua na cidade de Fortaleza. Yago Martins passou um ano em pesquisa de campo como morador de rua em Fortaleza, no Ceará, tentando se misturar com os sem-teto. Foi essa autoetnografia que o levou a confirmar uma suspeita: enquanto muitos dirigentes de ONGs discursam pelos desvalidos em busca de dinheiro, e ministros religiosos discursam em busca de sucesso e realização, os pobres têm sido usados como tema de congressos, motivo de entrevistas e ilustração de sermões religiosos, mas não realmente ajudados. Os moradores de rua não são seres que sempre experimentaram circunstâncias extremas e que, por isso, se exilaram: eles já foram o que nós somos hoje; o que falta, muitas vezes, é encontrar quem verdadeiramente os note. Amazon
MAIS QUE UM CARPINTEIRO Após pouco mais de dois milênios, olhar para a figura histórica de Jesus Cristo e os evangelhos exige, antes de tudo, um exercício de fé. Afinal, o homem que nasceu em Belém da Judeia, andou nas empoeiradas ruas de Nazaré e morreu como um criminoso, numa cruz em Jerusalém, ao lado de ladrões, não seria apenas o filho de José, o carpinteiro? A desconfiança de que Deus, Todo-poderoso, não poderia ser apenas um aprendiz de marceneiro, com mãos calejadas e feridas pela labuta, ainda latejam mentes e corações deste século 21. Outrora agnóstico, o autor Josh McDowell desconfiou. Sua primeira experiência como apologista foi após uma tensa reunião em sua faculdade. Queria provar que os argumentos históricos da ressurreição eram frágeis. E, após meses de empreitada, pesquisando em bibliotecas dos Estados Unidos e Europa, levou um susto. Os documentos que faziam parte do Antigo e do Novo Testamento bíblico eram os mais confiáveis da História antiga. Saraiva
3 PALAVRINHAS SÓ Você provavelmente já sabe disso, mas estou entusiasmado para lhe dar as boas notícias, você escolha os seus pensamentos.Você não escolheu seu lugar de nascer nem a data. Você não escolheu seus pais ou seus irmãos. Você não determina o tempo ou a quantidade de sal no oceano. Há muitas coisa na vida sobre as quais você não tem nenhuma escolha. Mas a maior atividade da vida está bem dentro do seu domínio. Você escolha o que vai pensar.Você é o controlador de tráfico aéreo do seu aeroporto mental. Você ocupa a torre de controle, dirigindo o tráfego mental do mundo. Se um pensamento aterrissar é porque você o deu permissão. Se for embora, é porque você o comandou assim. Você escolha os seus pensamentos.Por esta razão, o homem sábio insiste “Vigie sempre os seus pensamentos:deles depende a sua vida.” (Provérbios 4:23 MSG). Você quer estar feliz amanhã? Então, semeie sementes de felicidade hoje. Você deseja garantir a infelicidade de amanhã? Então chafurde-se num poço de autopiedade, culpa ou ansiedade hoje. Pensamentos têm consequências.Seu desafio não é seu desafio. Seu desafio é a forma pela qual você pensa sobre seu desafio. Seu problema não é seu problema, é a maneira pela qual você o vê. Você nem sempre pode controlar as suas circunstâncias, mas você pode controlar a maneira que você as encara. Nós somos a soma dos nossos pensamentos.É assim que funciona. Você recebe uma ligação do consultório médico. A mensagem é simples e indesejada. “O médico já analisou seus exames e gostaria que você viesse ao consultório dele para uma consulta.”Tão logo que você pode dizer “essa não”, você tem uma escolha: ansiedade ou confiança.Ansiedade diz “Estas coisas nunca dão certo para mim. Minha família tem uma história de tragédia. É minha vez. Eu provavelmente tenho câncer, artrite, icterícia. Será que vou ficar cego? Meus olhos têm ficado embaçados ultimamente. Será que é um tumor cerebral?“Quem vai criar meus filhos? Quem pagará as contas médicas? Vou morrer liso e sozinho. Sou jovem demais para esta tragédia! Ninguém consegue me entender ou me ajudar!”Se essa pessoa não estiver doente, já vai ficar até chegar no consultório médico. “A ansiedade no coração do homem o abate.” (Provérbios 12:25 ARA)Mas há um caminho melhor. Você “leva cativo todo pensamento à obediência de Cristo.” (2 Coríntios 10:5 ARA). Você bota as algemas no culpado e o arrasta perante Aquele que tem toda autoridade: JesusCristo. Você está orando antes de desligar o telefone.“Jesus, ansiedade acabou de se enfiar na minha mente. É do Senhor?”Jesus, que sempre fala a verdade diz “Não, arreda Satanás.” E você, como o perspicaz e prudente controlador de tráfego aéreo da sua mente, recusa dar a hora a este pensamento. Antes que você chama sua mãe, cônjuge, vizinho ou amigo, você chama a Deus. Você convida ele para falar do problema.Você reivindica cada promessa bíblica que você consegue lembrar e se esforça para aprender mais algumas. Você toma a Escritura “…a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” (Efésios 6:17ARA). Você ora a promessa da Guarda de alianças “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique- se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor.” (Salmo 27:14). Você declara: O Senhor está comigo. O Senhor nunca me deixará nem me abandonará. Todos meus dias estavam na mão do Senhor antes que qualquer um deles viesse a existir. Todas as coisas cooperam para o bem. Você não dá espaço nenhum para Satanás. Você não admite as mentiras dele.Você “cinge-se com o cinto da verdade” (Efésios 6:14). Você resiste o impulso de exagerar, aumentar ou ampliar. Você foca nos fatos; nada mais. O fato é que médico ligou. O fato é, ele pode ter boas notícias ou não. Pelo que você saiba, ele pode querer você como propaganda de boa saúde. Tudo que você pode fazer é orar e confiar.Então você faz isso. Você entra no consultório do médico, não sobrecarregado de ansiedade, mas fortalecido pela fé.Qual você prefere?Você quer estar livre de ansiedade? Deus quer ainda mais que você esteja livre. E Ele lhe ajudará a chegar lá.
MAX LUCADO Texto retirado https://www.maxlucado.com.br/reflexao-semanal/seuproblema-nao-e-seu-problema/
CARTAS PARA NINGUÉM theodor mauss Oi, tudo bem? Faz um bom tempo que não nos falamos. Neste tempo aproveitei para poder pensar em algumas coisas e colocar outras em prática. Eu recebi sua carta, mas ainda assim eu não tinha respondido. Me desculpe por isso. Sei que você deve ter se preocupado e te agradeço. O problema todo foi que eu estava quase num casulo e isso me fez bem, na verdade. Li, estudei, trabalhei e conversei com outras pessoas. Foi um bom momento para crescimento. Eu consegui novos amigos, tenho trabalhado em alguns outros projetos e daí então tudo tem dado certo, apesar de que recentemente sofri um acidente, mas não foi nada demais. Eu gostaria de saber como você está. Pela sua carta eu vi que você tem estado muito ocupada também, isso é maravilhoso. E fiquei feliz por ter andado de balão. Seguiu meu conselho. Às vezes ficamos tão focados naquilo que nos desgasta e não vemos as coisas mais belas da vida. Pensamos tanto naquilo que podemos obter, que esquecemos que temos pessoas ali do nosso lado que nos apoia sempre sem questionar. Neste período de repouso tenho realizado coisas que eu gostaria de fazer. Antes eu me sentia inútil dependendo de pessoas para fazer coisas simples para mim. Coisas que eu fazia normalmente, mas graças a Deus tenho conseguido me manter firme sem me sentir desta forma. Eu sei de todos os problemas que você passou, e olha como você se encontra agora, tudo está mudando, não é? A vida é composta por estações, assim como em um ano passamos por quatro fases climáticas, na nossa vida também tem seu inverno e seu verão e é neste período invernal que devemos concentrar nossas forças para que possamos praticar tudo no verão. Temos que nos acostumar com isso sem esquecer de que nossa motivação deve ser a melhor possível. Não precisamos mudar o mundo, precisamos começar mudando nosso interior. e é isso que importa. Gostaria de novas notícias suas, espero nova correspondência para saber como está lidando com essa estação que você está vivendo.
Um forte abraço, do seu amigo Theodor Mauss
RESENHA RESENHA
TOLKIEN GUTOX WINTERMOON
Data de lançamento 23 de maio de 2019 (1h 52min)Direção: Dome KarukoskiElenco: Nicholas Hoult, Lily Collins, Colm Meaney maisGêneros Biografia, DramaNacionalidad e Reino Unido
Quando criança, eu nunca tive amigos para partilhar meus ideais, acredito que não tinha convicções tão firmes quanto tenho hoje. Eu apenas saía para brincar na rua quando acabava a novela das 19h. Era encontro marcado, mesmo sem ter marcado nada com ninguém, mas todos estavam lá aguardando qual brincadeira seria naquele dia. Sempre fui uma criança imaginativa, desde cedo tinha esse pé no mundo de fantasia, mesmo sem saber a existência dele. Porém, ele sempre estava lá me aguardando e eu, sempre estava lá visitando esse mundo que só existia em minha mente, pelo menos era o que eu achava. Assisti ao filme “Tolkien” e confesso que nos primeiros momentos do filme senti uma ponta de inveja daqueles quatro amigos que compartilhavam das mesmas paixões. Apenas encontrei pessoas com a mesma paixão: a literatura, no entanto suas paixões foram mudando e continuei minha caminhada sozinho, só depois de muito tempo, encontrei outras pessoas que me ajudaram a crer que ainda há paixões verdadeiras. Me vi em diversas cenas naquele filme, mas o que me deixou mais emocinado foi a lealdade, a lealdade que os amigos possuíam, o choro das perdas na guerra e o sentimento de amizade que era imenso. O diretor do filme deixou isso bem latente, até achei que em algum momento eu iria encontrar o Lewis naquela película, ledo engano, mas tudo bem. O filme é uma lição do início ao fim, é um aprendizado que você tem enquanto observa a biografia de um dos maiores escritores do mundo. E o aprendizado não é apenas no sentido literário, é aprendizado em algo mais amplo: a vida; te ensina a valorizar seus sentimentos, te ensina a ser leal a seus amigos, a seus ideais, ao seu propósito na vida e ser fiel ao seu amor, leal à mulher que te faz perder o chão. Poucas vezes eu aprendi tanto em um filme, não por ser leitor do Tolkien e grande admirador da Terra-Média, todavia por observar e absorver elementos que às vezes está diante de nós e deixamos passar desapercebidos. Indo para alguns elementos técnicos do filme, gostei da escolha do elenco, dos efeitos durante a guerra, onde apareciam guerreiros de armaduras e dragões. É um filme que todo aquele que gostaria de não somente conhecer um pouco mais sobre a vida do Pai de Iluvatar, mas aprender um pouco mais sobre os valores da vida, deveria ver. Perceberam que quase não falei nada de elemento técnico? Talvez porque pouco importa, pois toda a gama de valores vitais estava sobressaindo a tudo, à qualquer coisa ali apresentada ou também por não saber fazer resenha de filmes. Fiquem livres para escolher, porém também fiquem livres para acrescentar na sua vida, paixão por aquilo que você faz e principalmente paixão por quem você é.
NO FINAL DO DIA, VOCÊ TEM UM LIVRO CHERYL SWOPE*
Recentemente, participei de algumas reuniões de fora da cidade sobre educação paroquial. Quando saí do meu quarto de hotel para encarar o longo dia à minha frente, preparado um pouco hesitante para começar o trabalho prolongado e intensivo, reuni meu crachá e pasta. Examinei o quarto do hotel uma última vez para ver se havia esquecido alguma coisa, e meus olhos pousaram na mesa de cabeceira, onde vi o romance que estava lendo. Eu sorri. Eu estava gostando desse livro. Não importa o que aconteça hoje, meu livro estará aqui quando eu voltar. Muitos de nós, cujos filhos lutam com necessidades complexas, esperam até que o último pedaço de comida seja engolido, o último prato limpo, o último dente escovado, a última oração, e o último braço persistente recebido antes de descansarmos. Quer então escapemos para o convés, uma cadeira favorita, ou simplesmente nos escondemos na banheira, finalmente teremos um momento para nos envolvermos nos pensamentos, experiências e percepções de outra pessoa para que ela seja acalmada, divertida ou informada. Se capturarmos esses momentos, começamos a encontrar perspectiva renovada, pensamentos desembaraçados e descanso restaurado. Como homeschoolers ou professores de sala de aula, procuramos ensinar nossos filhos a ler bem. Queremos que eles leiam o significado e sejam criteriosos ao selecionar material de leitura. Em meio a medos ou distrações, fracassos ou desapontamentos, deveres ou provações de nossos filhos, uma boa história pode alegrar suas mentes e suas esperanças em seus corações.
Sabemos que um bom pensamento, especialmente na hora de dormir, pode ressoar em nossas almas com bastante conforto para nos permitir descansar durante a noite. Seja para ensinar ou para ler a nós mesmos, nem sempre precisamos alcançar o volume mais denso de Tolstoi ou a peça mais complexa de Shakespeare. Se apenas um momento permanece no final do dia, “The Little Engine”, que poderia nos lembrar de procurar ajuda de um amigo alegre e continuar nos divertindo. “A Trombeta do Cisne” demonstra apreço pelas lutas de nossos filhos e nos lembra de lidar com as diferenças de nossos filhos com cuidado. “O Sobrinho do Mago“ abre nossos olhos para o poder majestosamente artístico de nosso Criador de maneiras muito além do que imaginávamos antes de ler. Um bom livro nos leva para fora de nós enquanto nos renova a partir de dentro. Mais tarde naquela noite no quarto do hotel, minha mente ainda estava girando com conversas, ideias e planos do dia. Fechei a pesada porta atrás de mim, tirei o peso da sacola, tirei o crachá e pus de lado minha pasta. Enquanto me preparava para dormir, vislumbrei minha companheira literária que estava a me esperar. Rastejando sob as cobertas fofas, abri o romance e comecei a ler. Cuidados se dissolveram quando eu retomei a história. Antes que o sono chegasse, como muitas vezes faço à noite, então peguei minha Bíblia encadernada em couro e me voltei para a página marcada como favorita. Por mais de uma semana eu estava lendo Isaías depois de ler meu romance. Nada se compara em toda a literatura a tais palavras: "Ele dá força ao cansado e aumenta o poder do fraco" (Isaías 40:29). Sim ele faz. Não importa o que aconteça em nossas vidas, no final do dia temos um livro. Se ensinarmos aos nossos filhos nada mais do que isso, faremos muito.
CHERYLSWOPE* Com um mestrado em educação especial, Cheryl mantém certificações de ensino estaduais de ensino fundamental e médio em dificuldades de aprendizado e distúrbios de comportamento. Ela serviu em escolas públicas e privadas. Cheryl e seu marido adotaram gêmeos menino / menina e ensinaram as crianças no ensino médio. Ambos os gêmeos têm autismo, dificuldades de aprendizagem e esquizofrenia. Agora, jovens adultos, seu amor duradouro por literatura, história e latim inspiram Cheryl a compartilhar a mensagem esperançosa de que uma educação cristã clássica oferece benefícios a qualquer criança.
Texto Original:https://www.memoriapress.com/articles/at-the-end-of-the-day-you-have-abook/
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"A VIDA MEDE-SE, PELA INTENSIDADE, NÃO PELO RELÓGIO" George Mcdonald