A Voz do Colégio | 29

Page 1

V avozdocolégio Abril de 2012 . 500 exemplares . 2 voz

29

“A Quaresma é um

tempo para descobrir as sugestões de Deus, dentro e fora de nós.” Frei Bento Dominges


.editorial

“fazê-los ver para além da montanha…”

E

mbora todos o saibamos, de vez em quando, convém lembrar que o Externato é uma escola católica. Possui um projeto educativo cristão que, embora tendo em conta os atuais condicionalismos culturais, se inspira no Evangelho. Tem em Jesus Cristo o centro da ação educativa, ELE é o fundamento, o paradigma e o exemplo de vida. É pela referência explícita e partilhada pelos membros da comunidade educativa à visão cristã do mundo, da vida, da cultura e da história, que somos uma escola católica, em que os princípios evangélicos se tornam normas educativas, motivações intrínsecas e, simultaneamente metas a alcançar: -promover a vida, condição essencial ao desenvolvimento da pessoa e ao progresso social; -dotar os jovens de instrumentos cognoscitivos que lhes permitam integrar-se numa sociedade fortemente marcada por conhecimentos técnicos e científicos, ao mesmo tempo que lhes possibilitamos uma sólida formação de orientação cristã; .colaboradores Irmãs, Professores e Alunos do Colégio. .coordenação Educ. Carla Travancas (Infantil)

Prof. Joana Caria (1º ciclo)

Prof. Gabriela Caetano (2º ciclo)

Prof. Florisbela Fernandes (3º ciclo)

Prof. Rui Paiva (3º ciclo)

.grafismo e paginação Prof. Carlos Fernandes

2

V avozdocolégio 29

-valorizar a variedade, a preparação e a participação nos atos litúrgicos, enquanto momentos fortes da vida religiosa que ajudam os jovens a ouvir a voz de Deus;

relativismo e ao individualismo e de fazerem escolhas livres e conscientes, de modo a se tornarem protagonistas da construção de um mundo novo, livre de uma mentalidade impregnada de individualismo, de hedonismo, de eficientismo e de consumismo; resistente ao relativismo, e que defende o primado da solidariedade e da fraternidade ao invés do interesse egoísta e da competição desenfreada. Sonhamos com um mundo melhor do que aquele que herdámos. Temos por obrigação tirar o melhor do que recebemos e projetá-lo no futuro, numa perspetiva cristã. A função principal da Escola é ensinar, isto é “fazer aprender”, mas o aluno, ou seja, o “aprendente” tem de querer aprender e por detrás de cada aluno há uma pessoa! Podemos e devemos melhorar o ensino diversificando os métodos, tornando-os mais ativos, implicando os alunos em ações, desenvolvendo práticas mais colaborativas entre os docentes, com recursos que todos produzem e partilham, criando um banco de recursos global para serem mobilizados para uma maior diferenciação pedagógica na sala de aula. Para promover uma educação de maior qualidade para todos os alunos, não podemos dar-lhes a mesma resposta porque eles são diferentes. “Cada um é como cada qual, e deve ser tratado consoante”, como afirmava o Padre Américo. Contudo, o aluno ou seja o “aprendente”, tem de querer aprender e, por detrás de cada aluno há uma pessoa e agir sobre a vontade das pessoas é impossível! A mudança só ocorre se houver mudança interior. Mas, podemos ajudar a despertar a vontade de mudar, possibilitar-lhes uma visão do que podem ganhar em termos de gratificação pessoal, congregá-los em torno de um objetivo comum e alimentar o desejo de um contínuo aperfeiçoamento, de fazê-los ver para além da montanha…

-privilegiar, na educação, o papel atribuído pela doutrina cristã às virtudes, enquanto orientações permanentes e profundas que devem instaurarem-se, gradualmente, na consciência.

A Direção

-formar personalidades fortes e responsáveis, capazes de resistirem ao

Irmã Maria do Rosário Silva Prof.ª Eulária Borges Correia


.cantinho dos pequeninos

E

las precisam de dormir mais do que um adulto. Mas nem sempre damos muita importância à sesta, na escola e em casa. E, no entanto, durante a sesta as crianças sonham e...crescem.

engrenagem do stress quotidiano ficam rabugentas, implicam umas com as outras, cabeceiam - fazem tudo menos prestar atenção às propostas das educadoras, por mais lúdicas que sejam.

O sono diurno é tão importante como o sono noturno. Aos três anos, o corpo precisa de ver satisfeita a sua necessidade de um intervalo para descanso. Até porque dificilmente, à noite, dormem as 12 horas consideradas retemperadoras nesta idade. Poucos serão os pais que deitam os filhos às oito da noite e os acordam às oito da manhã...Devido aos horários laborais, que pouco se compadecem com as necessidades infantis, muitas crianças acabam por adquirir os hábitos de vida dos pais - deitar tarde e acordar cedo. Para elas, a sesta diária é indispensável. Sem a sesta, crianças que logo às oito da manhã entram na cruel

Em suma, não dão rendimento. O que se compreende. A verdade é que o sono é tão importante como a alimentação. O descanso é fundamental para o equilíbrio da criança. É a hora da intimidade, o período em que a criança recorda as atividades que fez, em que se tranquiliza com as imagens das pessoas de que mais gosta. Aqui ficam algumas imagens ternurentas das crianças dos três anos do nosso Jardim de Infância na hora da sua sesta... Educadora Carla Travancas

A

Câmara Municipal de Lisboa através do Departamento de proteção civil desenvolve um projeto de sensibilização à proteção civil, designado “Crescer na Segurança”, no qual as crianças dos 5 anos A e os 5 anos B, participaram ativamente no dia 17 e 18 de Fevereiro.

crescer na segurança

A importância da sesta da criança

Este projeto pretende alertar para os vários perigos ou situações suscetíveis de provocar acidentes para que cada criança conheça os riscos que corre no seu dia-a-dia e que sejam implementadas regras mais ajustadas a cada situação. As crianças puderam percorrer uma sala onde eram apresentadas situações corretas e erradas a serem identificadas e praticadas.

Visualizaram um pequeno filme de sensibilização aos perigos da casa, onde à posteriori teriam de os identificar nas várias divisões de uma habitação: sala, cozinha, quarto e casa de banho. Pretendeu-se com esta atividade que a criança iniciasse um processo de interiorização de atitudes preventivas. A visita terminou com a execução de um jogo didático em grandes dimensões, que pretendia consolidar comportamentos e atitudes de natureza preventiva, onde, no final, cada criança recebeu um diploma de participação. Educadoras dos 5 anos

D

ada a importância que as histórias têm no imaginário das crianças, decidimos fazer uma visita de estudo à Biblioteca Municipal de Belém, a fim de os sensibilizar não só para as histórias, mas também para o contacto com os livros. Educadora Fátima

biblioteca de Belém 3


.cantinho dos pequeninos

Material didático… Cuisenaire

O

material Cuisenaire foi projetado e criado por Georges Cuisenaire Hottelet (1891-1980), professor de ensino primário na aldeia belga de Thuin. Durante 23 anos, o material for analisado e experimentado antes da publicação. O professor belga concebeu este material a partir de réguas graduadas e caixas de aritmética com o objetivo de apoiar de forma estruturada a aprendizagem de conceitos básicos da matemática. Este material surge como resposta à necessidade que se sentia de ensinar a matemática de uma forma lúdica e que, simultaneamente, permitisse aos alunos compreender e reter o que aprendiam sem recorrer exclusivamente a processos de memorização, mas principalmente pela vivência de experiências significativas. As potencialidades das barras Cuisenaire são vastas e evidenciam-se fundamentalmente quando se pratica um ensino e uma aprendizagem pelo método da pesquisa e investigação proporcionando o desenvolvimento da competência matemática desde o pré-escolar. A sua adequada exploração pode constituir-se uma mais valia, sobretudo na abordagem de conteúdos relativos aos números e operações, e à geometria (e medida), além de desenvolver significativamente o raciocínio matemático, a comunicação e à resolução de problemas num con-

4

V avozdocolégio 29

texto de conexões intra-matemática e entre a matemática e outras áreas disciplinares e o dia-a-dia. Um trabalho de qualidade com as barras Cuisenaire permite desenvolver a atenção, a memória, a imaginação, a criatividade, as capacidades de cálculo mental, de associação, de comparação (igualdade, desigualdade e a relação de ordem), de dedução, a construção de noções matemáticas e abstração. E, também, o sentido de número, incluindo a compreensão e utilização das relações entre as operações (adição, subtração, multiplicação e divisão). E, ainda, capacidades de observação, de motricidade fina e o sentido geométrico. Uma grande vantagem da exploração do material Cuisenaire é permitir à criança a criação e compreensão das estruturas matemáticas, em diferentes níveis de complexidade, de forma lúdica e, mais tarde, libertá-la da necessidade de recorrer a um suporte material para resolver problemas matemáticos.

A manipulação e o trabalho com este material poderá permitir que a criança adquira um sa- ber fazer muito antes de um saber teórico. Esse saber fazer poderá ser a primeira fase de um processo que conduzirá à abstração e que engloba a fase da pesquisa empírica, a fase da sistematização e a fase do domínio das estruturas. O material Cuisenaire, feito originalmente de madeira, é composto por um conjunto de barras com medidas de comprimento e cores diferentes, com a forma de prismas retangulares (paralelepípedos), sendo um centímetro quadrado a medida da área das faces menores, podendo simbolizar, cada barra, um dos números naturais até dez. Este material é iniciado no Jardim de Infância aos 4 anos e explorado de forma mais complexa aos 5 anos. As educadoras


.cantinho dos pequeninos

Dia de Reis N

o dia de reis é costume comer-se Bolo-rei e começam-se a arrumar os enfeites e decorações de Natal. No Jardim de Infância todas as crianças fizeram uma coroa e cada sala utilizou uma técnica para a sua decoração. Chegada a hora do lanche, pusemos as coroas para mostrá-las aos meninos das outras salas e podermos admirar as deles.

N

o dia 14 de Fevereiro recebemos a visita da Companhia de Teatro “Lanterna Mágica” que nos presenteou com uma peça de marionetas intitulada “A cigarra e a Formiga” uma adaptação da Fábula de La Fontaine. As crianças mostraram-se bastante recetivas e entusiasmadas com a exibição do espetáculo. As educadoras

Teatro de marionetas na escola Museu N dos Coches

o dia 24 de Janeiro, as crianças das salas dos 4 anos foram visitar o Museu dos Coches, no âmbito do tema “Os meios de transporte” inserido na área de estudo e conhecimento do meio. Ao chegarem foram recebidos por duas guias muito simpáticas que depressa iniciaram a visita, as crianças puderam, assim, observar os diferentes Coches e liteiras, enquanto as guias davam uma breve explicação sobre os costumes e vestuário da época em que estes se inseriam. Puderam, também aprender a identificar a carruagem da coroa. Através da observação direta as crianças perceberam a evolução destes antigos meios de transporte. Foi uma visita que as crianças gostaram muito, motivando-as a tentarem perceber a evolução dos meios de transporte até aos nossos dias. Educadoras dos 4 anos

5


Caixas de fósforos

.1º ciclo

N

O

s 4ºs anos foram no dia 20 de Janeiro à Torre de Belém ouvir uma história sobre “Diário de bordo numa caravela”. Os alunos fizeram o registo dessa história em desenho. Desenho do aluno Tomás Santos, 4º A

a sequência dos conteúdos leccionados na disciplina de matemática, uma aluna do 3º B, Beatriz realizou esta maqueta feita com fósforos.

O ciclo da água

O

s 4ºs anos realizaram diversos trabalhos sobre o ciclo da água.

O trabalho correspondente à primeira fotografia é da aluna Margarida Louro 4º C; O trabalho seguinte já é da autoria do aluno Vasco Araújo, do 4º C. A terceira imagem captou o trabalho da Raquel Oliveira do 4º C, sendo a imagem final relativa a um conjunto de trabalhos realizados pelos alunos do 4º B.

6

V avozdocolégio 29


.1º ciclo

A

deicas são um s Artes Plást No ! es ad das as id safio para to 2 o d s o n te – alu caso presen re p re a s -lo – desafiámo o D a d a ano, turma D ic cn correndo à té s o ám el p sentarem, re A l. a casa idea ial n o ci n bragem, a su fu formas, e à m lta fa à estética das ão n o, esmas. Entã s dade das m volventes, o en s in rd ja s o , rem e as janelas ortas que ab p as e a s ara o canteiro “espreitar” p o d n xa ei d fecham, s relíquias! interior desta

Dobragem

J

ra, o frio á que, lá fo lecendo, vai preva o imaabunda n ve! ntil, a ne ginário infa lunos dos s a Os nosso aanos realiz segundos d s e us boneco ram os se cefaltando as neve, não zes zer de nari nouras a fa dar dões para e os algo ám tas figuras relevo a es gicas.

O Inverno

N

eto “Heróis o âmbito do proj da assoiva da Fruta”, iniciat contra a a es ciação portugu as al il, no qu algum obesidade infant re sc in se o at extern turmas do nosso . B) 3ºA e 3º veram (1º D, 2ºB, de istiu em, através Este projeto cons as en qu pe e ções imagens, explica os ss no os nsibilizar encenações, se ão st ge in da nefício petizes para o be im a am er reconhec da fruta. Todos os ad ific rs ve di ricos, portância destes à tos no combate en m ali s e saboroso ra pa o nd ui rib il, cont obesidade infant rasaudável e equilib o çã ta uma alimen da.

Heróis da fruta 7


.2º ciclo

Moinhos Teatro de vento A aventura de Ulisses

N

N

o dia 2 de Fevereiro, todas as turmas do 6º ano, no âmbito da disciplina de Matemática, participaram numa atividade de construção de moinhos, tendo, depois, colocado esses mesmos moinhos no jardim, em frente à portaria dos alunos.

o dia 23 de Janeiro, o 6º ano realizou uma visita de estudo ao auditório do colégio S. João de Brito, para ver a peça de teatro sobre Ulisses. Foi uma peça bastante divertida e toda a gente gostou imenso, por isso achamos que valeu a pena.

Estes moinhos foram feitos com vários materiais à escolha dos alunos. O trabalho foi realizado após nos ter sido lecionada a matéria “simetria rotacional”, de forma a reforçar este conteúdo. Como todos os moinhos, os nossos tinham rotação de ordem 4 e amplitudes de 90, 180, 270 e 360 graus.

Marta Conceição, 6ºB

O jardim ficou muito mais bonito e nós ficámos orgulhosos do nosso trabalho. Francisco Nunes e Vasco Carvalho, 6º C

Ulisses era o rei de Ítaca e era adorado por todos os que o conheciam por ter inventado o cavalo de Tróia. Muitas e estranhas viagens fez à volta do mundo. Grande parte da sua vida passou Ulisses navegando de aventura em aventura, por entre ciclopes e Sereias encantatórias ou tentando libertar-se da feiticeira Circe para regressar à sua mulher Penélope. A viagem de autocarro foi igual a todas as outras. Estivemos com os amigos e vimos a paisagem. Fomos ver esta peça de teatro porque faz parte das nossas aulas ler o livro Ulisses. Como iríamos ter um teste sobre o livro, assistindo a esta peça conseguiríamos compreender melhor a história. Os atores interpretaram bem a história, encarnando as personagens. O projector atrás do palco foi uma boa solução. As personagens que apareciam projetadas eram os Deuses. Os adereços estavam bem organizados e bem feitos. Eram muito originais. Valeu a pena ir ver o teatro, porque foi uma maneira de aprendermos mais coisas e podermos compreender melhor a história, juntando à leitura a sua visualização. Constança Ferreira, 6º D

8

V avozdocolégio 29

“sentimos que é um momento marcante para todos os alunos envolvidos e pensamos que também o irá ser para os pais”

A

Festa de S. José é um momento muito importante no colégio. Os alunos envolvidos não a esquecem. Entrevistámos as responsáveis pela festa deste ano, as professoras Margarida Pereira e Maria Teresa Rodrigues. A Voz do Colégio: Quem escolheu o tema da Festa para este ano? Margarida Pereira e Maria Teresa Rodrigues: O tema da festa está sempre relacionado com o lema do externato. O facto de abordar os valores levou-nos a escolher histórias infantis que irão ser trabalhadas nas aulas de língua portuguesa e permitirão aos alunos compreendê–las e interiorizar os seus ensinamentos. Não obstante, o tema foi escolhido por nós, que fomos nomeadas como responsáveis pela festa deste ano. Quem foi responsável pela adaptação dos textos? A adaptação dos textos ficou a nosso cargo. À professora Maria Margarida Pereira ficou a tarefa da elaboração do texto escrito e à professora Maria Teresa Rodrigues coube a concretização das coreografias. Contudo, nada foi feito sem o consentimento mútuo e trabalhámos em verdadeiro espírito de equipa. Até ao momento da apresentação final, a Festa envolve uma vasta equipa, muitos professores, Irmãs e alunos. É difícil coordenar tantas pessoas? A festa envolve uma vasta equipa, o que leva a uma complexidade crescente e implica uma grande entreajuda de todos os professores, irmãs e alunos. É uma tarefa difícil que requer muita organização, disponibilidade, boa disposição e acima de tudo paixão pelo trabalho que se vai desenvolvendo.


Festa de S. José

Tem sido uma tarefa difícil pôr todos os alunos a participar, selecionando o aluno certo para cada papel?

A música também tem um papel muito importante na Festa de S. José Quem é o responsável pela escolha?

Após a realização do guião, que nos levou muitas horas de trabalho extra, quer na escola, quer em casa, pois envolveu inúmeras pesquisas e nem sempre houve a possibilidade de conciliar os horários entre nós, passámos à fase de atribuição das personagens. Surgiu então o “problema” das mesmas e a sua adequação ao aluno certo. Depois de alguns ensaios pensamos ter encontrado o papel para cada um. No entanto, e porque lidamos com amadores pedimos a todos um esforço extra para que a peça possa marcar todos os que nela participam e ainda aqueles que irão assistir. De facto, foi e tem sido uma tarefa difícil, na qual não queremos ferir suscetibilidades e pretendemos que os alunos sintam que os papéis são todos importantes, não havendo por isso, maiores nem menores.

Na música, não há propriamente um professor responsável, no entanto temos contado com a ajuda preciosa da professora Cristina Delgado, a quem muito agradecemos todo o trabalho desenvolvido.

Os preparativos já fazem parte da Festa. Como estão a decorrer os ensaios este ano? À semelhança dos anos anteriores, os ensaios decorrem dentro da normalidade. Ou seja, tentamos não retirar os alunos de aulas, consideradas de maior importância para o seu currículo. Foi elaborado um horário de ensaios por turma para uma melhor organização. Os alunos têm correspondido da melhor maneira possível. No entanto, nalguns ensaios tem sido necessário mais do que uma turma, o que gera alguma agitação e nos leva a apelar à nossa “boa disposição”, o que nem sempre é fácil. Como devem calcular por maior que seja a boa vontade por parte de todos os envolvidos o cansaço, por vezes fala mais alto e gera-se uma certa confusão.

Está a ser difícil preparar e escolher todo o guarda roupa? O guarda roupa da peça deste ano é muito diversificado, dado o conteúdo da mesma e tem requerido um enorme trabalho de pesquisa, por parte das responsáveis. Não podemos deixar de agradecer a disponibilidade da Psicóloga, Dra. Cristina Pereira e da professora Alda Ribeiro, que muito nos têm ajudado nesta árdua tarefa. Para quem organiza uma festa marcante, como a Festa de S. José, é possível perceber o impacto e a importância que esta tem nos pais e nos alunos? O impacto da festa só é assimilado após a realização da mesma. Contudo, sentimos que é um momento marcante para todos os alunos envolvidos e pensamos que também o irá ser para os pais. À semelhança dos anos anteriores, e pelos ecos que nos chegam, esta festa marcará os nossos alunos, mesmo depois da sua saída deste externato.

.2º ciclo

embora diferentes, transmitem valores importantes e cada um tem a sua beleza. Claro que não vamos desvendar o mistério, e se quiserem saber, agradecemos a presença de todos. Apareçam de alma aberta para receberem e se envolverem na mensagem que as histórias transmitem. Por fim, não podemos deixar de agradecer a todos os professores do segundo ciclo, nomeadamente os de Educação Visual , professora Elsa Pereira e professor Rui Rodrigues que se tem disponibilizado e “ desdobrado” na realização de todo o material que lhes vamos solicitando. Também não podemos deixar de agradecer à Direção do Externato e às Irmãs todo o apoio prestado pois uma festa desta dimensão envolve grandes encargos. Por último, mas não menos importantes os restantes professores, que com o seu trabalho de bastidores, tornam esta festa exequível. Muito Obrigada a todos. Em nome de toda a comunidade escolar, agradecemos o vosso empenho, disponibilidade e dedicação. Manuel Carvalho, 5º A

Será que nos podem desvendar a cena de que mais gostam na peça deste ano? É-nos difícil escolher um ato, pois empenhámo-nos muito na concretização de cada um e embora seja um cliché dizê-lo, gostamos de todos. Os atos

9


.3º ciclo

N

o passado mês de Dezembro, entre os dias 5 e 9, decorreu a Feira do Livro no Externato de S. José, contando com o apoio da Livraria Dharma. Este ano, esta iniciativa, que a todos abraça e a todos envolve, concretizou-se na transformação de parte dos lucros em livros e material para o centro de recursos. Mas, mais do que o resultado, maravilha-nos a magia, a descoberta, a viagem pelas palavras que todos os anos se tornam reais nos cheiros, nas cores, no virar das folhas pontuadas pelo sonho, pelo brilho no olhar de cada criança que explora um novo mundo de animais, gigantes, fadas, mistérios e aventuras. Esse é o verdadeiro sentido da Feira do Livro: tomar o objeto e torná-lo num amigo, num companheiro de aventuras e imaginação, que nos prende numa amizade sem fim, ajudando-nos a CRESCER.

N

lar das Irmãnzinhas dos Pobres

o passado dia 17 de Janeiro, um grupo de alunos, representantes de cada uma das turmas do 2º e 3º ciclo, foram ao Lar das Irmãzinhas dos Pobres, em Campolide, entregar os bens alimentares recolhidos na Campanha Solidária do Advento, realizada na nossa escola. Por volta das 13h30min chegaram ao Lar onde deixaram todos os alimentos obtidos, fazendo de seguida, uma visita às instalações.

N

o passado dia 21 de Janeiro, as turmas do 9º ano realizaram uma visita de estudo ao Museu da Electricidade, no âmbito da disciplina de Ciências Físico-Químicas. Aqui os alunos puderam aprender como funcionava esta grandiosa central termoeléctrica que fornecia energia a toda a cidade de Lisboa no início do século XX. Também se realizaram diversas experiências relacionadas com a electricidade. Mariana Costa e Micka’elle Alves, 9ºB

Nessa visita observaram o quarto de alguns hóspedes casados, solteiros, homens e mulheres que na maioria se mostraram sensibilizados e felizes com aquele gesto de solidariedade. Viram ainda o exterior do Lar, com jardim, onde alguns deles passam os seus tempos livres. Às 15h30 os alunos chegaram ao colégio satisfeitos com a visita e com os sorrisos que tinham deixado na cara dos mais necessitados. Mónica Godinho, 8ºC

Sandra Marques

O Espelho do Bar O Espelho do Bar Em frente ao espelho fazemos Penteados originais Usando laços e fitas Ficamos sensacionais! O espelho do bar é único É simpático, pois então! Torna todos mais bonitos Sem haver deformação. O bar tem um grande espelho Que nos permite sonhar… Com os deliciosos doces E algo mais para observar…

10

V avozdocolégio 29

Neste espelho observo Tudo o que se passa aqui. Pedi muitas guloseimas, Ninguém viu o que comi.

É neste espelho encantado Que o meu príncipe surgirá! Vou vê-lo naquele espelho E ninguém descobrirá!

À frente do espelho estou À espera de o ver passar Sempre alegre e sorridente Será … que vai reparar?

Matilde Gonçalves, 8ºA Marta Aguileira, 8º A

Estou em frente ao espelho À espera de o ver Aquele rapaz bem bonito Que há de lá aparecer!


.3º ciclo

Prémio Infante D. Henrique

O

prémio Infante D. Henrique é uma iniciativa que foi criada em Inglaterra e que hoje em dia já abrange 100 países. Tem como objetivo alargar os horizontes dos jovens entre os 14 e 25 anos, fazendo-os desenvolver atividades dentro de quatro setores: talento, recreação física, aventura e serviço à comunidade. A aventura consiste em percorrer um determinado trajeto e acampar ao longo do mesmo. O Externato de S. José oferece aos seus alunos, e antigos alunos, a possibilidade de participarem no prémio.

AP á

Nos passados dias 20 e 21 de Janeiro, nós, alunos envolvidos no prémio, tivemos um treino de preparação para a aventura, no recinto do Externato, no

a o c s

pinhal. Fizemos a montagem das tendas, preparámos uma fogueira, onde cozinhámos todas as refeições, e ganhámos noções de primeiros socorros e de orientação. Foram momentos muito bem passados. Neste mini-acampamento houve de tudo, desde risos e gargalhadas a canções em torno da fogueira e leitinho de chocolate a meio da noite. Tivemos, sem dúvida, uma experiência memorável e estamos ansiosos pelo próximo acampamento do prémio. Inês Vieira, 9ºB

A

Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta a muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem origem religiosa e vem do latim Pascac. Na Grécia Antiga utilizava-se o termo, Paska, mas a sua origem mais remota vem dos Hebreus, Pesach (passagem).

Na Páscoa judaica esta data marca o êxodo deste povo do Egipto (1250 a.C.), onde foram aprisionados, durante vários anos, pelos faraós. Ainda hoje, nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egipto, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.

Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo. O festejo era realizado no domingo seguinte à lua cheia, posterior ao equinócio da Primavera (21 Março). A esta data comemorativa está simbolicamente associada a figura do “coelho” pois este animal representava fertilidade (reproduz-se rapidamente e em grandes quantidades). Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinónimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, uma vez que o índice de mortalidade era altíssimo. No Antigo Egipto representava o nascimento e a esperança de novas vidas. Tanto no significado judeu como no cristão, esta data está relacionada com a esperança de uma vida nova. Os ovos da Páscoa também estão neste contexto da fertilidade e da vida. Mafalda Anjos, 8º C

11


.carnaval

N

o passado dia 17 de fevereiro, decorreu entre as 19h e as 24h, a tradicional Festa de Carnaval do nosso colégio, organizada pelos nonos anos. O tema ‘Hollywood’ inspirou o ambiente da festa, bem como a decoração da mesma. O refeitório – onde a festa aconteceu - estava repleto de glamour e de uma aura cinematográfica, cheio de estrelas cintilantes, balões, cartazes de filmes, entre outros elementos alusivos ao cinema.

12

V avozdocolégio 29

A noite foi de verdadeira diversão e animação, com várias atrações, destacando-se o inevitável desfile de máscaras que teve como vencedores os alunos Ekaterina Ajipa, Francisco Furtado e Ricardo Domingues do 7º ano C.


.carnaval

Durante o evento, houve à venda uma grande variedade de comida, com os habituais ‘cachorros quentes’ a desaparecerem! Porém, o ambiente musical foi o elemento crucial da festa, conduzindo a momentos de verdadeiro entusiasmo, espontaneidade, expressão e afetividade.

Esta festa representou, mais uma vez, o culminar de meses de preparação, empenho e esforço por parte dos alunos do 9º ano e de vários elementos da comunidade educativa e teve uma finalidade solidária, pois tentou angariar fundos para ajudar na viagem de finalistas. A todos os que nela participaram, direta ou indiretamente, e até mesmo aos antigos alunos deste externato que pudemos rever, gostaríamos de deixar o nosso agradecimento. Foi a nossa Festa. Jamais a esqueceremos!

I.R., M.D., M.F., S.A. – 9º ano

13


.os nossos pais estão aqui

De uma simples conversa a uma reflexão

A

s meninas de hoje têm uma vantagem: sabem arranjar o cabelo, usar o secador ou os ferros e ficam muito, muito giras. Eu não tenho esse jeito, os meus tempos eram diferentes – guerra, trabalho, estudo, caminhadas a pé… pois não havia transportes regulares, como agora. Dada essa aptidão, tenho de ir ao cabeleireiro por uma questão de dignidade e para estar bem perante os meus netos, como antes eu fazia pelos meus alunos. A Beleza é um dom / valor que devemos cultivar. Mas voltemos à conversa do cabeleireiro... A menina, uma brasileira escorrida e simples, de 42 anos e já avó, diz-me a segredar: “Isto está mesmo mau. As pessoas estão a ficar apavoradas…”. Não respondi, caleime e anos de história, que é o Tempo Corrido, caíram-me em cima: no meu tempo só havia fomes, pestes, guerras, violência, autoritarismo e medo! Pensei nos nossos Navegadores a lutarem contra o mar desconhecido ou nos nossos Portugueses em Aljubarrota, tão poucos perante o inimigo tão poderoso… mas não é preciso recuar tanto! Basta pensar na 2ª Guerra Mundial (1939 a 1945) - eu vivi nessa época onde não havia açúcar, nem café, nem manteiga, nem gasolina, nem carvão, nem meias de seda… Nessa altura Churchill (Ministro de Inglaterra) disse aos aliados: “Só vos posso oferecer sangue, suor e lágrimas”, e, eles, tudo aguentaram e venceram! Nos dias que decorrem, por todo o lado existem multidões de pobres, de sem-abrigo, de desempregados e de desesperados. Neles há medo, há fome, há lutas e dissensões e, por isso, há que fazer tudo para os ajudar.

14

V avozdocolégio 29

Gostaria que os que têm tecto, comida quente, transporte colectivo ou familiar e uma Escola grande, bonita e moderna aguentassem e evangelizassem os outros para não tenham medo, para serem fortes porque a valentia é bom que surja em tempos difíceis. Foi nesta semana que vimos muitos Portugueses de 30 anos serem galardoados com prémios pelo seu trabalho como investigadores.

Será que vocês só podem telefonar, ouvir música, jogar videojogos e ir ao Facebook? Não poderão vocês dedicarem-se à escola para receberem mais tarde mérito também? Vamos lutar todos por um mundo melhor, até porque, como diz na Bíblia Sagrada: “O Inverno já passou, as chuvas já pararam”. Margarida Pinto Machado (Cuca)

“Não poderão vocês dedicarem-se à escola para receberem mais tarde mérito também?”


.sugestões

Infantil

Careta, a tartaruga que defende o planeta O espetáculo relata a aventura de duas tartarugas marinhas - a Careta e a Casquinha - que atravessam juntas os oceanos, fazendo amigos e descobrindo os valores da amizade, da confiança, a importância de escutar os mais velhos e aprendendo sobre a diversidade da vida no planeta.

De 2012-02-04 a 2012-12-30 Das 16h às 17h Idade: A partir dos 2 anos Horário: Sábados, domingos e feriados, às 16h Oceanário - Esplanada Dom Carlos I Tel. 218917002

1º ciclo Porta-te Bem!

Há pequenos gestos, pequenas atitudes, pequenos cuidados e atenções que, no dia-a-dia, mostram se somos ou não bem-educados. Portarmo-nos bem não é perdermos a nossa liberdade. É, pelo contrário, enriquecê-la.

Neste livro descobre-se que há formas criativas de lembrar regras simples que não exigem grande esforço. Um guia útil para pais, avós e outros educadores. Porta-te Bem! de José Jorge Letria

2º e 3ºciclo Palácio da Pena

Conhecido não só pela arquitetura encantadora, mas também pela fantástica localização, o mais emblemático monumento sintrense passa atualmente por uma fase de restauro. Tal facto, que poderia representar um forte motivo para um encerramento temporário, surgiu, neste caso, como uma convincente justificação para uma visita a este local mágico. Aqui, os visitantes têm a oportunidade de assistir a seis projetos de conservação e

restauro em curso, numa perspetiva informativa e educativa. É, sem dúvida, uma excelente oportunidade para conhecer este palácio de um prisma diferente, com o agradável acréscimo de incluir o acesso ao parque da Pena. Visitas das 10h às 18h Entrada: jovens até aos 17 anos - 7 euros adultos - 9 euros

15


.página das línguas

A propósito da nova ortografia...

E – ai de mim – se na grafia me esquecesse dessa silenciosa letrinha! Lá vinha a caneta vermelha da professora GRITAR um erro ortográfico que eu tinha de corrigir, no mínimo, dez vezes!! Ah, pois!! Porque eu sou daquele tempo em que mais de dois erros ortográficos no exame de ditado da 4ª classe (atual 4º ano de escolaridade) dava chumbo pela certa!!

“Sempre que envio uma ata lembro-me da frase “ata e põe ao fumeiro”... Se escrevo espetadores lembro-me logo de um franguinho no espeto.” falado e escrito no mundo. Mas, pergunto eu, se o Português sempre falado e escrito em Portugal é o padrão, por que é ele que tem de ser descaracterizado? Não me oponho a que, no Brasil, em África e noutras regiões lusófonas, dando mais jeito escrever sem essas consoantes, que o façam. Eu aqui, em Portugal, sou muito bem capaz de aceitar essas diferenças! Qual seria o problema? p

culo!” É uma deceção, não? Estarei a ser suscetível? Espero que a ausência dos “cês” e “pês” não me façam perder a direção, perder o objetivo ao qual o meu olhar se prende porque, se assim fosse, tornar-me-ia num ser abjeto onde o ato de atuar, se não fosse ac tual, me deixaria desactualizada. E um professor, jamais poderá sê-lo!

p

Flor c

p

-

-

Ainda andei, renitentemente, incrédula e esperançada de que a minha língua tão Pátria, tão Camões e Fernando Pessoa, tão Portuguesa, não baixasse c c

Vêm agora dizer-me que, o que aprendi, é um saber “démodé”, que assim é mais fácil e uniformiza o português

Agora as palavras já nem me parecem as mesmas! Sempre que envio uma ata lembro-me da frase “ata e põe ao fumeiro”, sempre que peço a um aluno “ata os teus atacadores, olha que ainda cais!” lembro-me da ata-documento! Dantes eu lia “této” agora o meu primeiro impulso é ler “têto” pois o que escrevo é teto. Se escrevo espetadores lembro-me logo de um franguinho no espeto. E vejam esta: “eu, o espetador deste ato, ato os meus sapatos no fim do primeiro ato deste espetá-

c

c

-

c

Durante tantos anos estas letrinhas discretas acompanharam-me e permitiram-me ler, de forma correta as palavras acta, acção, correcção… (eu sabia que tinha de ler “áta”, “áção”, “corréção”) uma vez que o cê abria a vogal que a precedia. Assim me fora ensinado e, ao ler bem, era logo elogiada pela professora!

o braço e não cedesse a exigências de facilitismo, mediocrização e despromoção daquela que, orgulhosamente é a minha língua , a que foi dos meus pais, dos meus avós, a que me fez crescer, aquela na qual eu acreditei, aquela que me conduziu na escola, na faculdade, nestes vinte e seis anos durante os quais, com ela, ensinei.

c

V

ou para o computador fazer um teste para os meus alunos e ele, como tendo vida e vontade próprias, retira-me o “c” da palavra redação com assumidas pretensões de me ensinar, a mim, que ensino há 26 anos, como escrever corretamente português (e lá tive eu de escrever “corretamente” pois aquele risquinho ondulado vermelho logo acusa o meu erro ortográfico!!! Rrrr….).

c

p

c

c

c p

c

-

c

c c c cc -cc cc - c - pc p pc cc pp c c p-

c

cc c

c

cc

-

c

c

c

c

-

c c cc p

p c

-

c

p

c p c c p cc pp c c c p c p ccc c cc - pc c-pp c c p c c -c c c p cc pp p c c p -pc p p -

c c

c c cc

c

c

p

c c c pp p p

pp p pp c p p p p c - pc-p p p p p cp p c cc

c

c -

p

ao

p

29

-c c

c- cc cc -cp cp- p -c - p pc c - p -

cpcp c c c -p c p c c p p p c c c c pc cp cc ccc c c pccp ccp p ccc p c p c c pp c pp p c 16 pc c - V avozdocolégio

-c

c c p-p pcp c c c pcp p c c-cc c c p p c c ppc p

p

p

p

-

c

-

c

-

-

c

c


.página das línguas

Só na minha escola…

…e no recreio, com liberdade, apanho o “meu” sol Sentindo-o aquecer-me suavemente Converso com os meus amigos Ou ouço o passar da brisa… levemente.

Só na minha escola…

Posso correr e saltar, jogar

…vivo e tenho o privilégio

com os meus amigos, feliz

de acompanhar a Natureza,

e leve , me sinto,

sentir que é uma força

dentro e fora das aulas.

imensa, mas com imensa beleza.

Garanto-vos que não minto!

…tenho aulas com janelas abertas

Posso apreciar belos animais

Através delas vejo amigos leais

Que me encantam a alma

Que me lembram todos os dias

Vendo os esquilos a correr

De coisas tão especiais.

Ou um gato a trepar com calma.

…ao almoço o aroma abraça a Escola

E por tudo isto agradeço a Deus.

e dá-lhe um tom tão familiar

Por tudo o que me foi concedido e posso ter,

perco um pouco a noção de estar

por todos os que me rodeiam…

na Escola, sinto-me mais no meu Lar.

E por aqueles, que o não podem dizer.

E quando vou p’rò refeitório

Por isso agradeço, Senhor,

vejo o verde ao meu redor

Por esta escola tão especial

como se estivesse numa esfera

Que se despede no quente Verão

de troncos, raízes, flores, animais…

E conforta no frio e alegre Natal.

nem sinto a minha espera! Inês Pontes, 7ºC

CENAS DO BAR DA NOSSA ESCOLA Logo ali ao lado, um Um dia, um do ático Bar a da s no ss as pr of d Quando chegamos aomare om essoras muito amiga irigindo-se aos nossos alunos mais brin e qu te eti ap o e fo a de calhões Bar, perguntou beber o seu cafezinho todos os di da nossa Escola, s, ze ve : r po e, Ó qu m D as de . , or so I l re ta fr ia, com ne, a regularidade, um levamos são de assim: mal singular: qualangudoma Ao que a D s migalhas pagam-se? bebia o café sede os nossos diálogos saem-nos ntia, com frequência respondera.mI:rene e a D. Fernanda, rin forte pontada no , um a do, -Vocês ”sandes” amigos? olho. Um dia, uma co di ss ele lh O ga e: h , q u e -“Sumos, sumos”! pagam-se?d!isparate rapaz! Então as mig - Olha lá, por que é alhas colherzinha da cháv que não tiras a E n tã o esm ena do café, antes de se um alu tomares? faz favor! igalhe-me aí um bolinho de o da crisen: o falando com o arroz, utro, a pr opósito Eu devolv o Tu de Ele de tric iclo Nó mini s de trotin Vós de ska eta te Eles a “bu tes” ! Qu’é que acham 17 ?


.página das ciências e história

O mundo conhecido pelos europeus no início do século XV

No

século XV, o conhecimento que os europeus tinham do mundo era limitado: eram conhecidas algumas regiões da Europa, do norte de África, do Oriente e

os arquipélagos da Madeira e das Canárias; o continente americano, o sul de África, a Oceânia e os polos eram desconhecidos. Os mapas mais simples dividiam o mundo em forma de T.

18

V avozdocolégio 29

A Europa baseava os seus conhecimentos no mapa do grego Ptolomeu, que tinha o continente europeu relativamente bem representado e unia África ao extremo Oriente. Nesta altura, os europeus tinham uma grande imaginação e, nas regiões que lhes eram desconhecidas, diziam existir inúmeros perigos. Entre os mitos mais conhecidos desta época destacam-se o de que a Terra era plana e o do mar tenebroso: em certos locais seria sempre noite, noutros habitariam monstros incríveis. Muitos europeus acreditavam na existência destas criaturas, destes monstros, o que impedia que se partisse à descoberta das zonas desconhecidas.

Algumas das criaturas que se acreditava existirem eram dragões que cuspiam fogo e cavalos com asas e um corno na testa. Encontrar-se-iam em África e na Índia. Também se dizia existirem seres humanos sem cabeça mas com olhos e boca no peito, outros teriam cabeça de cão e orelhas gigantes que quase lhes permitiam voar. João Pedro Ferreira, 8º A


.página das ciências e história

Peste negra P

este negra é a designação pela qual ficou conhecida a pandemia de peste bubónica que assolou a Europa durante o século XIV e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas, um terço da população da época. O nome surgiu na Inglaterra, devido às manchas escuras que se formavam na pele. Foram os mercadores Venezianos que a trouxeram do oriente para toda a Europa, por via marítima. De porto em porto, a Peste era espalhada pelos ratos que habitavam os porões dos barcos onde havia alimentos em abundância. Depois, por via marítima e terrestre foi-se espalhando pelo mundo. A Peste Negra, era transmitida aos humanos através da picada de pulgas de ratos contaminados com a bactéria. Estes ratos chegaram à Europa nos navios vindos do Oriente entre os anos de 1346 e 1352. Como as cidades não tinham condições higiénicas adequadas, os ratos espalharam-se facilmente. O lixo acumulava-se nas ruas. Rapidamente a população de ratos aumentou significativamente. As pulgas destes roedores transmitiam a bactéria aos homens através da picada. Os ratos também morriam da doença e, quando isto acontecia, as pulgas passavam rapidamente para os humanos para obterem o seu alimento, o sangue.

Muitos médicos recusavam-se a visitar os doentes, mas outros mais corajosos dispuseram-se a atendê-los com risco da própria vida. Adoptavam para isso roupas e máscaras especiais. Alguns evitavam aproximar-se dos enfermos, prescrevendo à distância e lancetavam os bubões com facas de até 1,80 m de comprimento. O bico da máscara era preenchido, por dentro, por plantas medicinais as quais evitavam o contágio (acreditava-se que assim era).

Após o contágio, a pessoa tinha poucos dias de vida. Os sintomas eram febre altíssima, mal-estar geral, vómitos e bolhas de pus (bubões) que se espalhavam pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas podendo atingir o tamanho de ovos ou maçãs. Os doentes apresentavam manchas de cor negra ou lívidas. Em Portugal a Peste Negra apareceu em 1348, no reinado de D. Afonso IV, “O Bravo”, no fim de Setembro e desapareceu no fim de Dezembro. Foi uma espécie de praga-relâmpago. Lisboa terá sido a primeira cidade portuguesa a ser atingida, espalhando-se a peste rapidamente a todo o reino, com efeitos devastadores. Desconhece-se o número de vítimas, mas pensa-se que terá dizimado um terço a um quarto da população. A elevada mortalidade desencadeou várias perturbações sociais. Os trabalhadores rurais emigraram para as cidades à procura de melhores condições de vida; este êxodo para as cidades agravou a falta de mão-de-obra rural e aumentou o número de desempregados e mendigos nos centros urbanos. As perturbações sociais levaram, por sua vez, a sucessivos abalos na economia nacional a que se seguiu uma crise política tendo sido, inclusivamente, convocadas as cortes de 1352 para restaurar a ordem. Tânia Marisa, 8ºA

19


.o nosso mundo lá fora

A Nossa Senhora em Medjugorje II parte

N

um mundo agitado por elevada concentração de material bélico, crises políticas múltiplas e tentativas de assassinatos de presidentes e Papa, havia um lugar rochoso, recôndito e silencioso onde crianças brincavam. Estamos na atual Bósnia-Herzegovina, num lugarejo rural – Medjugorje. Foi neste silêncio que “uma Senhora de Luz flutuando” se revelou a seis jovens que, a partir daí, voltaram, com mais pessoas, e não mais pararam de rezar pela Paz no Mundo. E, mais uma vez, tal como em Fátima, a Senhora de Luz procura o silêncio dos campos e o espírito puro de crianças para se revelar ao Mundo. Resumo da 1ª parte publicada em “A Voz do Colégio” nº28

As dificuldades

O

início foi um pesadelo para os videntes e suas famílias. O comunismo perseguiu e reprimiu, chegando a prender as crianças. A subida de qualquer pessoa ao monte passou a ser proibida. Então a Virgem começou a aparecer onde as crianças estavam. O padre local, Jozo Zovko, foi preso e condenado a ano e meio de prisão por proteger os videntes. Psicólogos e médicos examinavam os mesmos e Pedagogos sociais, passaram a tutorar os seis menores. Para deceção do governo, todos foram convertidos, tornando-se crentes católicos. Nada mais conseguia conter os milhares de pessoas que, agora, chegavam ao vilarejo. 1991 trouxe a guerra civil e o país despedaçou-se! As mensagens pela paz, vindas de Nossa Senhora, já dez anos antes das ocorrências, fortaleceram os crentes. Medjugorje não foi selvaticamente bombardeada por Belgrado e as duas únicas bombas caídas no local não explodiram. Por que razão foi Medjugorje poupada, tendo as bombas que caíram noutros lugares, explodido, matado e mutilado e ali não? Ficaram no solo, impotentes, para sempre silenciadas pela simples razão de que a PAZ

20

V avozdocolégio 29

da VIRGEM MARIA reinava ali. Este acontecimento criou uma aura sobre a pequena aldeia, tendo o povo reconhecido a proteção da Senhora. As multidões passaram a vir de todos os continentes, à revelia dos incrédulos. Mesmo quem tem dúvidas, diante de tamanha Fé coletiva, é obrigado a criar um respeito mais que justificado.

(pronuncia-se Médiugórie)

Nessa atmosfera religiosa que enche as poucas ruas, a igreja e os pedregosos montes, acontecem diariamente conversões silenciosas. Medjugorje tornou-se, sem alardes, no maior confessionário do mundo. E tudo ali flui, sem protocolos, independente de apoios governamentais ou outros, de notícias sensacionalistas dos media e confirmações ou aceitações científicas. A Fé não existe em função de fórmulas nem em função de análises laboratoriais. A Fé está para além do mundo material que nos rodeia e nos limita. Ela materializa-se pelos nossos gestos, as nossas decisões, as nossas partilhas, a gratuitidade dos nossos gestos, os nossos sorrisos ou lágrimas de alegria por sermos bafejados por Ela. Se fazemos o Bem, sentimo-nos em comunhão com o Alto, sentimos próxima a Alegria do Espírito Santo. Não há fórmulas científicas para este sentir e, efetivamente “há Reinos que não são deste mundo”. Em Fátima,… em Lourdes,… em Medjugorje… há pés descalços carregados de oração, de silêncio, de humildade e devoção. Aqui, continua a comunicar uma Senhora de Luz que nos pede que optemos pela Paz e Amor entre os Homens.


.o sol ainda brilha

Timor - O Natal no Remexio

A

da Remexio, longe do brilho proxima-se o Natal! No pa pre -se a dos presentes vai iluminação e da azáfam m ça me co ira dos caminhos rando o ambiente! À be ginal que , bairro cada um mais ori a surgir os presépios do vidade! Alvão buscar tanta criati o outro! Não sei onde ão por bonitos! Esta é uma tradiç guns ficam mesmo muito cada , sa do presépio feito em ca todo o País - para além que ra sépio em local visível pa bairro constrói o seu pre de is po o possam apreciar. De todos os que passam do ca tir que este não será danifi terminado há que garan bairro e por isso os jovens do por pessoas ou animais ite. s para o guardar dia e no organizam-se por turno , pois belos cânticos de Natal Por todo o lado se ouvem rações e é preleb responsáveis pelas ce espetáculo é mais são diversos os grupos a, Aqui na montanh este m. be ito mu o tud iar que nos rodeia, (o ciso ensa m os sons da natureza co se rastu mi nto ca o o das galinhas, o belo, pois das cigarras, o cacarej nto ca o , ros ssa pá s do chilreio as, o grunhido dos o dos búfalos e das vac gid mu o , os val ca s do nto do galo, etc. relincho ido dos mosquitos, o ca mb zu o , es cã s do rar lad porcos, o ciar com forte a chuva que se faz anun Não podemos esquecer sidade que en depois cai com tal int som ao aproximar-se e beças.). s bam sobre as nossa ca parece que os céus desa chem-se é outro! Por estes dias en Nas cidades o ambiente os sapatos ou va no comprar a roupa de gente, pois é preciso tal! para estrear no dia de Na las dez horas ceé o grande momento! Pe bro zem De de 24 dia No ioria é crianças! A Igreja está cheia, a ma lo! Ga do ssa Mi a se raleb bem. Agora, no à porta porque já não ca m fica e qu os o sã s ito Mu e nos elevam e entoa belos cânticos qu silêncio da noite o coro je, Jesus nasce rio que celebramos! Ho nos introduzem no Misté ro da igreja, à ijar o Menino, e já no ad para nós! Depois de be os uns aos mprimentamos e desejam luz do luar, todos nos cu Santo Natal! outros Boas Festas do e pelas crianpanhado pelos acólitos Depois da missa, acom ao grupo, o que se quiserem juntar ças e por todos aqueles petivos prebairro para benzer os res Padre dirige-se a cada tal que entoando cânticos de Na sépios. Pelo caminho vão a a noite! se fazem ouvir quase tod mas a bea encher, é outro coro, No dia 25 a Igreja volta mensma! Hoje o padre no mo leza dos cânticos é a me bés be bênção às crianças e to da Comunhão, dá a am im aqueles que se aprox de colo! São centenas, para a receber! s aspetos que saliento Estes são apenas algun primeiro Natal no Reda experiência do meu NATAL KMANEK NO mexio. Desejo a todos: ! KSOLOK TINAN FOUN e um abraço, Unida na oração envio-lh Ir. Conceição Lopes

21


.passatempos NÚMERO “FANTASMA” Qual é o número que multiplicado pelos primeiros sete algarismos e o 9 (1,2,3,4,5,6,7,9) dá nove uns? Ou seja: 12345679 x ?? __________ 111111111

QUESTÕES PERTINENTES...

RESPOSTAS…INTELIGENTES Professora: Agora, Pedro, diz-me sinceramente, rezas antes de cada refeição?

Dois alunos chegam tarde à escola, à primeira hora e, claro, justificam-se: -1º Aluno: Professora, desculpe! Acordei tarde! Sonhei que fui à Polinésia e demorou muito a viagem!

Pedro: Não professora, não preciso. A minha mãe é uma boa cozinheira!

-2º Aluno: Ó professora, desculpe-me a mim também! É que eu fui esperá-lo ao aeroporto!

Professora: Maria, a tua composição “O Meu Cão” é exatamente igual à da tua irmã. Copiaste-a? Maria: Não. O cão é que é o mesmo!

ADIVINHAS Sou nascido de um pai luminoso. Logo que gerado, elevo-me ao céu porque desprezo a terra.

Estou na guerra e fujo do canhão. Estou na porta mas não me encontro em casa. Estou na flor mas não na planta. Quem sou eu?

Somos doze irmãs, cada uma de nós tem quatro quartos, todas calçam meias mas nenhuma calça sapatos. Quem somos nós?

Somos cinco irmãs; uma de nós é muito preguiçosa e as outras andam quilómetros e quilómetros e nunca nos encontramos. Quem somos?

Duas mães e duas filhas vão à missa com três mantilhas. Quantas mantilhas leva cada uma?

1

2

O meu pai é muito querido no entanto eu não sou simpático para ninguém. E sabem porquê?

3

Porque na minha presença até os mais felizes se veem forçados a chorar. Quem sou eu?

22

V avozdocolégio 29

4

5


.vale a pena ler e pensar...

Oração popular sobre a Páscoa Castro d’Aire

«Virgem falou para Cristo. Grande pranto lhe fez ter um Filho Amado : “sempre foste e hás de ser; esta Páscoa que vem, que venha em Jerusalém. Tenho ouvido dizer que andam filhos meus maus p’ra Te prender.” “- Com estes olhos misericordiosos não mas atrevo a dizer da morte que hei de morrer; hei de ser crucificado a três juízes levado com uma corda me ferirão com ela me arrastarão, por maus e ruins caminhos ao calvário chegarei, outros tantos ajoelharei…”

Ao Menino Jesus que está pregado na Cruz com três cravos cravados, com três espinhos coroado… Como o mar de areias, como o campo de flores… Quem a sabe não a diz quem a diz, não a aprende, lá virá o fim do mundo, toda a gente se arrepende. Quem esta oração disser um ano continuado, seus pecados serão perdoados como na hora em que foram batizados.»

E

sta oração é-nos dada pela D. Fernanda, do Bar da nossa Escola. Oriunda de Castro d’Aire, desde pequenita que ela a ouvia rezar pela época da Páscoa.

.

pe rtu Ve rbá rn e veis

lo pe

b

e nd

m se Os cinco versos finais fazem um convite à repetição da oração e ao não e e ss ap esquecimento da mesma, apresentando um argumento forte e i se eu en u as q convincente: “seus pecados serão perdoados como am vej os n a le igo na hora em que foram batizados.” e nd nha ta e, s em a s u para t di Ro ang a fo se de s cre ond gre z a Tolst gueira. e oi do elo dum em v e el éb E eias, v e s a u ogia n eq gua á t i o -o em t s o D o e p n u a i s s t er-no Éà Leon púb ardo da Vin lico.

lio

e ss pa

ee pr Re

os qu

pr ei m

m

Escrevemo-la tal como a D. Fernanda no-la disse, por isso, na 2ª estrofe, verso 2 – “não mas atrevo a dizer” – aquele s existe ali para evitar o choque das vogais (porque o pronome é ma, referente à morte).

e qu Há

Terá tido origem popular num tempo bastante recuado, pois os mais velhos da terra todos a sabiam e rezavam; a oração apresenta-se-nos em forma de poema e possui uma rima muito presente. Esta mesma rima conseguia imprimir um ritmo e uma musicalidade próprios de uma cadência sonora repetitiva que, sabemos, tinha por objetivo promover a rápida memorização da oração.

e

rn

a

t

Lu z.

o

ci

23


Soluções NÚMERO FANTASMA 9 ADIVINHAS 1 - O fumo 2 - A letra R 3 - As horas 4 - Cada uma leva 1 mantilha pois vão à missa a avó, a filha desta e a neta desta.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.