A Voz do Colégio | 31

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V avozdocolégio Dezembro de 2012 . 500 exemplares . 2 voz

31 175 ANOS DE MADRE TERESA DE SALDANHA PÁG 13

BRISA TIMORENSE PÁG 22

GALILEU GALILEI PÁG 18

O RAMALHÃO FAZ 70 ANOS! PÁG 15

CAPA TRABALHO REALIZADO POR

alunos do 4º ano TÉCNICA

biscuit


.editorial

“da minha escola para o mundo na procura da sabedoria”

Ol@ amigos Para muitos dos alunos do nosso colégio o dia 10 de setembro foi o primeiro dia de um novo ano de escolaridade e de novas aprendizagens, objetivos, conquistas e alegrias. No entanto, para muitos outros, esse dia foi ainda mais especial: foi a entrada num mundo novo repleto de muitas novidades e desafios a que chamamos escolaridade. Recomeçando ou iniciando, somos todos convidados a fazê-lo com esperança, alegria, criatividade e muita vontade de trabalhar, abrindo e disponibilizando o nosso coração e a nossa mente para aceitar o diferente, o novo que nos chega, não só na aprendizagem de novas matérias escolares, mas também nos novos desafios que se colocam diariamente como os novos amigos, as novas brincadeiras, os novos espaços, as novas atividades… Mas encaramos tudo isto com grande confiança e entusiasmo porque sabemos que não estamos sozinhos: temos uma grande família que nos apoia e caminha connosco, ajudando a compreender e a fazer a ponte entre a nossa escola e o mundo, como sugere o lema deste ano do colégio.

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Olhando para esta edição do nosso jornal, percebemos que aceitaram e têm vivido este convite e por isso é possível hoje apresentar muitas das atividades e projetos já desenvolvidos. Recordam-se da linda cerimónia em que alguns de vocês participaram e animaram, com uma bonita dança, para celebrar o 175ª aniversário de Teresa de Saldanha? Foi realmente uma linda festa de aniversário. E o magusto? Que saboroso e divertido. E como somos uma família alargada, que não se resume à comunidade educativa, fomos celebrar o 70º aniversário do Colégio do Ramalhão, participando nos torneios organizados. Que bons momentos. É para nos lembrar que pertencemos todos a uma grande família que a Igreja iniciou, no passado dia 11 de Outubro, o Ano da Fé. E como família alargada, somos responsáveis por partilhar o que temos e o que somos com os outros. Foi pensando nisto

que neste Advento decidimos envolver toda a nossa comunidade educativa no projeto de ajudar as crianças de uma instituição em Rio de Mouro. Esta atividade é também uma forma de nos prepararmos para viver uma época especial que se aproxima; sabem qual é? O Natal, exatamente. Celebramos o nascimento de Jesus, que nasce no nosso coração cada vez que nos lembramos de fazer família e ajudar os que nos rodeiam e mais precisam. Um feliz Natal. A Direção Irmã Maria do Rosário Silva Prof.ª Eulália Borges Correia .colaboradores Irmãs, Professores e Alunos do Colégio .coordenação Educ. Carla Travancas (Infantil)

Prof. Joana Caria (1º ciclo)

Prof. Carla Cabaço (2º ciclo)

Prof. Florisbela Fernandes (3º ciclo)

.grafismo e paginação Prof. Carlos Fernandes


.o nosso mundo lá fora

Empatia e Respeito pelo Próximo

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este tempo conturbado em que as palavras crise e recessão ecoam, peremtórias e omnipresentes, no nosso quotidiano, torna-se difícil articular os sonhos em que se constrói o futuro e olhar o mundo com serenidade, sem tropeçar numa incerteza constante. Como saborear a vida em plenitude, quando a fome de tudo nos ronda a porta, ameaça entrar-nos em casa e parece já ter tomado o País de assalto? “Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”, lá reza o ditado… Ou talvez todos tenham uma razão diferente e oposta à do outro, e a angústia tenha subido de tom até um ponto, ensurdecedor, que não nos deixa ouvir senão a própria voz, até um ponto que também nos cega para os outros, para outras verdades e outras razões. No meio da algazarra, todas as vozes dissonantes se tornam indistintas e, como tal, inaudíveis nos seus protestos, e talvez por isso um ilustre causídico e fiscalista de incontestável idoneidade e credibilidade na vida política nacional, tenha afirmado, recen-

temente, que “as manifestações não servem para nada”. Assinamos por baixo, atrevendo-nos a fazer a devida ressalva: Certas formas de manifestação não servem para nada. Acreditamos, como o Poeta, que “pelo sonho é que vamos” e, também, pelo poder da Palavra e do Exemplo, que tem mais força do que qualquer pedrada ou fúria incendiária. E aí, vem-nos à mente uma bela imagem que correu o mundo: a de uma jovem portuguesa, estudante do ensino secundário, abraçada a um agente da “polícia de choque”, que faz frente a uma manifestação. É uma imagem iconográfica. Pela beleza da jovem? Sim. Pela expressão do polícia? - Também. Pela inesperada ternura do gesto? - Certamente. Mas sobretudo pela mensagem subliminar. Aquela jovem, que ali passou casualmente, mas que poderia também lá ter estado deliberadamente a manifestar-se - ainda é um direito democrático que nos assiste -, soube, numa fração de segundo, pôr-se na pele do outro,

olhá-lo com olhos de ver, perceber também as suas (dele) razões de ali estar, do outro lado da barricada… Podemos chamar-lhe empatia ou simplesmente respeito pelo próximo. E se tais qualidades estão em crise, parece-nos a altura certa para as renovar, neste ano escolar que já iniciámos e no Novo Ano que se avizinha. É preciso exercitá-las em todas as ocasiões e com todos os seres viventes. Incansavelmente. Nestes tempos conturbados, é pois tempo de parar para pensar, olhar o mundo para lá do nosso e escutar as razões do próximo. Em casa, na escola, na rua. Só assim poderemos sentir o verdadeiro pulsar da vida, saborear todas as suas dádivas, em cada dia, na luz do amanhecer, no calor do sol, no cair da chuva, na brisa do mar, no cheiro das flores… Isabel Pires de Carvalho

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.os nossos pais estão aqui Ainda sou familiar! Disse tão somente: “vim afogar as saudades”

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omo em todos os setembros, estamos em plena rentrée.

A manhã cinza, ameaça chuva. Já os dias começam a ser noites e para trás ainda se espreguiçam as grasse matinées veranis, memória esta que me atormenta com fortes pulsões de saudade. Os anos sucedem-se velozmente e o 11 de setembro de hoje ainda me traz à memória os sabores amargos do 11 de setembro mais negro de que há memória… neste capítulo o tempo não esbate a dor. E cá estou eu noutro onze de setembro de um mundo ainda desencantado por um torpor económico onde tudo se me afigura pesado, denso e escuro! O carro fica lá fora, meio no passeio, meio na estrada, em espinha! Entro no S. José com o meu filho e... que encontro? Não mais que uma festa! Sim, uma festa!

Decididamente o cinzentismo ficou lá fora! A D. Piedade trata-nos logo pelo nome, com o seu tão peculiar e sorridente ar de boas vindas! “Bom ano!” “Bom dia!” e a cor dos trajes desfila ao meu redor, as fardas vincadas e limpas, o chão brilhante do colégio, os sorrisos dos reencontros, os aromas dos diferentes perfumes… tudo é festa… as frases exclamativas, os gestos, os toques, os abraços e as emoções estalam ao meu redor! O David já brinca com os colegas e eu... deixo-me embalar por esta atmosfera apaziguadora e terapêutica. Deixo-me levar... Tudo me sabe bem! Vou entrando devagarinho para poder saborear cada sorriso, cada brilho do olhar, cada saudação calorosa… Dou comigo já no bar. Mais sensações! O café, o tom adocicado dos bolos, o tilintar das colherinhas, as conversinhas de grupos, os encontros, primeiros, de professores e alunos… E ali está a porta mágica! A porta da Infantil! Decido atravessá-la por pura nostalgia (já em tempos lá tive dois filhos). Cumprimentei e fui cumprimentada. Ainda sou familiar! Disse tão somente: “vim afogar as saudades”. É que na Infantil há um encantamento tão especial! Nos baloiços, ou brincando às casinhas nas suas salas, embalando um nenuco, ou conduzindo automóveis supersónicos, os mais velhos já dominam os espaços. Os recém chegados, os dos 3 anitos, ainda titubeantes, aventuram-se menos. De repente há um que irrompe num choro aflitivo “o Pai foi embola” – e logo lhe chegam dois braços estendidos, mãos abertas e um colinho urgente que o embala. Depois há uma revoada de beijos so-

Onzes de setembro 4

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noros e doces palavras – “então principezinho… oh meu querido… pronto… pronto vamos lá ver…” e com ternura e esmero mimam, suavizam, secam a dor daquele frágil pequenito. Eu observo e fico reconfortada, eu também! Temos o mundo nas nossas mãos e são mesmo as nossas mãos que moldam o mundo!! Os “até logo” sabem-me bem pois prometem reencontro. E tal como entrei, devagarinho vou saindo. É depurativo, este S. José! Saio mais “leve” e o sol, lá fora, clareou! Parece-me mais arejado o dia, e o “peso” com que entrei desvaneceu-se! “Ora esta!” - exclamo eu! “Afinal parece que o São José faz mesmo milagres!” Mãe do Diogo e da Diana (ex-alunos) e do David Fernandes, 4ºC 11 de setembro de 2012


.cantinho dos pequeninos

A IMPORTÂNCIA DAS REFEIÇÕES

As refeições devem ser uma oportunidade diária de fortalecer relações com as crianças, proporcionando assim, uma aprendizagem e uma autonomia!

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uitas vezes os adultos não dão a devida atenção à rotina da alimentação, partindo do princípio de que o mais importante é a criança ser bem alimentada e, por isso, será saudável. Convém, contudo, lembrar que é na infância que a alimentação mais contribui para o desenvolvimento físico e psicológico, como tal, as refeições que são dadas devem ser equilibradas a nível nutricional. Também é importante a postura que o adulto adota durante as refeições. O adulto é o ponto de referência da criança, sendo um modelo para ela. As refeições devem ser uma oportunidade diária de fortalecer relações com as crianças, proporcionando assim, uma aprendizagem e uma auto-

nomia, fazendo com que elas se torne independente e se consigam alimentar sem a ajuda do adulto. É importante que o adulto tenha as mesmas horas de refeição que a criança e que ambos possam desfrutar de um momento em família. As crianças por vezes revelam uma certa relutância em se alimentarem sozinhas, pedindo, frequentemente, ajuda ao adulto; este comportamento deve ser contornado, conversando com ela: dever-se-á mostrar que, por vezes, é necessário comer sozinha e o seu ritmo deverá ser respeitado. Ao adotar este comportamento o adulto está a transmitir à criança uma mensagem de confiança a qual vai re-

fletir-se também nas relações sociais, tornando-se esta mais autónoma. Nos dias que correm é, por vezes, complicado chegar a casa, depois de um dia de trabalho e ainda ter paciência para ficar 1 hora, ou mais, a acompanhar a criança durante a refeição; mas é algo que faz parte da sua aprendizagem e é fundamental que os pais em casa participem desta mesma aprendizagem. Só assim se consegue formar crianças autónomas e independentes e fortalecer os laços familiares, fornecendo ao nossos filhos ferramentas que lhe serão uteis nas suas relações sociais futuras. As Educadoras

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.cantinho dos pequeninos

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Digitinta

Digitinta é uma atividade bastante apreciada pelos meninos da sala dos 3 anos. Aqui as crianças podem explorar os movimentos, sensações, experiências e dar largas à criatividade. Começa-se por juntar farinha, água, tinta da cor pretendida e detergente da loiça, mexe-se muito bem para que todos os ingredientes fiquem bem misturados. Depois coloca-se uma porção de tinta na mesa e espalha-se com as mãos. Por fim cada criança dá asas à sua imaginação, desenhando com os dedos. No final colocamos uma folha de papel manteiga por cima do desenho e passamos a mão por cima, exercendo alguma pressão, para que o desenho passe para a folha; quando levantamos a folha, obtemos uma cópia.

Visita ao Parque da Serafina

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om uma grande área de relvados, inúmeras árvores e arbustos, o Parque Recreativo da Serafina tem espaços lúdicos que fazem as delícias das crianças. No dia que nos preparávamos para brincar e aproveitar ao máximo este parque infantil do extenso Parque da Serafina, caiu uma forte chuvada que nos obrigou a alterar os planos para esse dia. Como os dias que precederam o da nossa saída já andavam um pouco instáveis, numa jogada de antecipação, definimos uma alternativa. Então, nessa manhã, como chovia, saímos do colégio em direção ao dito Parque, não para brincarmos ao ar livre mas para passar a manhã na área dos Insufláveis, o que acabou por ser uma surpresa muito agradável e divertida!

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A Nossa Cidade

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s meninos dos 4 Anos B, realizaram um trabalho coletivo e construíram a sua própria Cidade. Esta foi crescendo com a elaboração de diferentes edifícios que representam alguns locais de uma cidade real. Deste modo a criança pode compreender a importância da organização física de uma cidade.


.cantinho dos pequeninos

Fundação Calouste Gulbenkian E

stamos a dar a “Cidade”, tema deste ano letivo. Como tal, temos de dar a conhecer às crianças, tudo o que nos rodeia. Um dos vários objetivos das idas aos Museus, Palácios e Monumentos, foi, exatamente, dar a conhecer um dos vários rostos da Cidade.

Todos reagiram muito bem, com atenção e interesse em opinar, tendo havido uma diversidade de ideias, interpretações múltiplas e vocabulário diversificado.

Esta visita resultou muito bem! As crianças através da arte, da pintura e da escultura, tinham de interpretar o que viam. As várias monitoras questionavam as crianças, sobre as várias interpretações possíveis a dar aos objetos visitados ou, também objetos que elas próprias levavam consigo, apelando à imaginação e à criatividade das crianças.

4 Anos A / 4 Anos B

Todos apreciaram a diversidade e o colorido desta visita!

“Um Livro”

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s histórias são muito importantes para as crianças! Com elas as crianças podem aprender, brincando. Na sala dos 5 anos B ouvimos a história: “ Um Livro” de Hervé Tullet. Nesta história aparecem tarefas que as crianças têm de executar para poderem avançar para a próxima página, como por exemplo: “Carregar 5 vezes na bola amarela”, “ abanar o livro para o lado esquerdo”, “… e depois para o lado direito” e assim trabalhamos noções que já conhecemos e experimentamos um livro diferente. Com a história deste livro, fizemos também a sua ilustração usando tintas especiais: tinta de gelatina e tinta de chocolate. As crianças gostaram e disseram que ficou um cheirinho delicioso na sala.

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.1º ciclo

A MINHA QUERIDA AVÓ A minha querida avó é muito engraçada, é bastante trabalhadora e nunca pede nada. Sempre muito alegre, faz boas comidas, brinca muito especialmente às escondidas.

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2º ano

s nossos alunos dos segundos anos observaram os tons e os recortes das folhas que marcam a chegada do Outono; assim, convidámo-los a transporem para o papel as suas impressões. Coloriram, recortaram, interagiram com a Mãe Natureza da qual retiraram uma personagem muito do seu agrado: O Sr. Espantalho!!

Cabelos branquinhos como neve pura. É muito elegante e sempre segura. Não é muito rápida, mas sempre vivaz, jogamos muito às cartas e ela é o ás. José Pinheiro, 3º C

FUTUROS ESTILISTAS!

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á que cultivar a arte de juntar as cores! É preciso sentir as texturas dos tecidos, desenhar os cortes… vestir os modelos. Depois, os nossos alunos dos primeiros anos, promovem estas “passagens de modelos” cheias de criatividade e “glamour”… desenho de Filipa Oliveira, 3º C V avozdocolégio 8 31

1º Ano

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4º ano

nspirados nos troncos escurecidos pela chuva outonal, e nos movimentos balouçantes da queda das folhas, os nossos alunos “brincaram” com a transparência das janelas das suas salas, e “penduraram” episódios de outono, usando como fundo para os seus trabalhos, os espaços de recreio e lazer, criando perspetivas diferentes.


.1º ciclo

Pequenos ' ' arquitetos e botanicos

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o âmbito da disciplina de expressão plástica, o 3º ano elaborou maquetas de uma escola. Já a fotografia da esquerda, mostra um exemplo de herbário, trabalhos estes também explorados pelos nossos alunos, atendendo à diversidade dos recortes das folhas e à sua textura.

' fora Os nossos alunos la

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air da escola e levar, um pouco mais longe, para um público exterior, os seus trabalhos, é uma atitude arrojada e precisa de coragem ! Assim aconteceu com os nossos alunos do 4º ano que entraram na Junta de Freguesia de S. Francisco Xavier, e, ali, expuseram todos os seus trabalhos que exprimiam e explicavam, a quem visitou a exposição, os grandes acontecimentos em torno do 5 de Outubro.

' Herois da fruta!

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o âmbito do projeto “Heróis da fruta”, a que algumas turmas do primeiro ciclo aderiram novamente este ano, fazemos aqui uma pequena mostra dos trabalhos elaborados pelos nossos alunos. De realçar o facto de todos andarem muito sensibilizados com a importância da ingestão da fruta, havendo nas salas de aula um painel onde eles próprios registam as peças de fruta que diariamente ingerem.

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.2º ciclo

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ostei muito desta peça e acho que esta fábula nos ensina muitas coisas. Também achei o vestuário bastante original e colorido. A música era suave e delicada e as minhas personagens favoritas foram a narradora e a Pamina. Não gostei quando Papageno tentou assumir que tinha sido ele a matar a serpente para salvar Tamino, quando não tinha sido ele a fazê-lo. Os cenários

Peça de teatro “A Flauta Mágica”

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o dia 19 de outubro, por volta das 9 horas, fomos ao jardim zoológico. Começámos por ver uma das espécies de macacos, logo a seguir vimos vários patos, e, nessa altura, aproveitámos para lanchar. Vimos vários herbívoros e ainda tivemos tempo para ver o reptilário. Depois, às 10 horas, fomos ver o

Visita de estudo ao Jardim Zoológico

No tempo em que os animais falavam… Tudo era diferente! foi assim, que nas aulas de porOs animais falavam tanto tuguês, se propôs aos alunos que Que quase calavam a gente…

E

construíssem uma fábula, narrativa em que os protagonistas são animais e na qual se encerra sempre uma moral. Preparados para “ouvir”? Então, vamos lá…

Era uma vez um homem que tinha um cão e um gato muito competitivos. Certo dia, o cão desafiou o gato: - Aposto a minha comida em como eu sou mais rápido a dar uma volta à casa. - Está combinado. Vamos, então, fazê-la - aceitou o gato. O cão, como era muito batoteiro, só lhe importava ganhar. Quando começaram, o gato ia à frente. Passaram pelo jardim, pela sala, pela cozinha e, de seguida, subiram até ao segundo andar.

Fábula 10

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estavam maravilhosos e eu adorei as coreografias. Gostei de todas as personagens e da sua ótima interpretação, e gostei muito quando o Tamino e o Papageno encontraram a Pamina e superaram as provas da água, do fogo e do silêncio. Adorei a peça “ A Flauta Mágica “. Matilde Cruz, 5ºA

espetáculo dos golfinhos, e, a seguir, fomos ver as aves. Almoçámos e, por fim, fomos ver os mamíferos. Foi uma viagem muito agradável. João Silva, Matilde Marques, Ricardo Reis, 5ºC

Ao chegar ao quarto do dono, o cão empurrou o gato pela janela. Porém, o que ele não sabia é que os gatos caiem sempre de patas. Aproveitando-se disso, o gato foi pela porta das traseiras e conseguiu chegar em primeiro lugar. Ao descer pelas escadas, o cão, pensando que o gato ainda estava lá fora, teve uma surpresa…O gato tinha chegado primeiro! O cão, muito espantado, interrogou: - Como é que isto é possível? - Não sabias que os gatos caem sempre de patas? - perguntou, gabando-se o gato todo feliz. E, assim, o cão batoteiro aprendeu a lição. Moral da história: Não devemos ser batoteiros e devemos ter espírito desportivo. Frederico Récio, 6º D


.2º ciclo

A BATALHA DE ALJUBARROTA

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o último dia de aulas do ano letivo de 2011/2012, a nossa professora de História e Geografia de Portugal propôs-nos que, nas férias de verão, fizéssemos um desenho sobre a batalha de Aljubarrota. Alguns dos meus colegas queriam fazer algo mais elaborado e, então, a professora teve a ideia de que um dos trabalhos fosse divulgado no jornal do colégio. Todos concordámos e fomos começando a trabalhar. Quando iniciámos o ano letivo de 2012/2013 fomos entregando, nas primeiras aulas, os trabalhos que havíamos feito durante as férias. Mas como foi a batalha de Aljubarrota?

A batalha de Aljubarrota ocorreu no final da tarde de 14 de Agosto de 1385, entre as tropas portuguesas e os seus aliados ingleses, lideradas por D. João I de Portugal e pelo seu condestável, D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano e os seus aliados franceses, liderados por João I de Castela. Teve lugar no campo de S, Jorge, na vila de Aljubarrota, entre as localidades de Leiria e Alcobaça, no centro de Portugal. Devido à utilização da famosa tática do quadrado, os portugueses ganharam mais uma batalha e garantiram a independência de Portugal. Maria Carlota Mendes, 6ºB

DA SALA DE AULA PARA O PALCO

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urante o mês de Outubro, os alunos do 6ºD tiveram oportunidade para viver e sentir um pouco da magia da arte de representar. Excertos de peças como “O pilha-galinhas” de Vergílio Vieira, “A história de um papagaio” de António Torrado ou “A arca” de Manuel Pina, foram representados no palco do nosso Externato, tornando mais real esta arte que os apaixona. Segundo a Filipa Maça “Ir ao palco do auditório permite que se aprenda a representar, a ganhar mais confiança em

nós e é ainda uma forma de aprender, de rir e de crescer.” A Rita Branco considera “… que ir para o palco é diferente de quando se explica nas aulas. É uma experiência única que nos obriga a concentrar.” Acrescenta a Madalena Ferreira que estar no auditório “… é uma sensação de alegria , ansiedade. É muito bonito.” O Frederico Récio espera lá voltar, dado que “a experiência é divertida e melhora-se a leitura.” E, enquanto a experiência não se repete, vamos ver as agendas culturais da cidade e ver peças para a nossa idade. Boa? Alunos do 6ºD

ERRATA – TORNEIO DE BADMINTON Por lapso, na última edição do jornal, o nome e a turma do aluno vencedor do torneio de badminton não foram indicados corretamente. Assim, o vencedor foi o aluno Francisco Figueira, da turma B do 6º ano. Retificamos ainda a turma da aluna vencedora – Helena Teixeira – que era também a turma B do 6º ano, e não a turma C, como foi referido no artigo.

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.comemoração dos 175 anos de Madre Teresa de Saldanha

Liderança na adversidade

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om a revolução de 5 de Outubro de 1910, Teresa de Saldanha assistiu à extinção de 9 casas das 11 existentes, mantendo-se, apenas, a Regeneração de Braga e o Asilo das Cegas, em Lisboa. Ainda assim, em 1910, registouse a ida das Irmãs para a comunidade no Hospital de Sant` Ana na Parede. As Irmãs foram dispersas, as estrangeiras regressaram aos seus países e iniciaram missões sob a coordenação de Teresa de Saldanha que, já numa idade avançada, continuou a ter a lucidez dos factos e a capacidade de reinventar estratégias, dando continuidade à obra. A pessoa que está disposta a entender o outro, vivendo e colocando-se no seu lugar, percorre um caminho mais criativo, mais adaptado e atento a necessidades plurais. Educa-se e reeduca-se ativamente até ao fim da vida, conectando-se com outras pessoas, de forma a criar redes de apoio fortes. Supera desafios, reinventa-se e acredita que pode fazer o bem, sustenta-se na fé, na sua identidade e ultrapassa-se. E, foi deste pequeno país, para o mundo, que mais uma vez, na adversidade, a obra de Teresa de Saldanha se catapultou e expandiu. Teresa não saiu de Portugal, não abandonou o país... era necessário ficar. A 22 de Dezembro de 1910, Teresa viu-se obrigada a refugiar-se numa pensão onde passou o Natal, conforme confidenciou: A nossa bonita e tão regular casa de Benfica fechada e destruída, todas as minhas Irmãs separadas. Eu também tive de sair de repente, na passada terça-feira, da casa da Anunciada, às nove da noite, com a minha sobrinha e Maria da Graça, pois a casa estava ameaçada de ser arrombada

pelos republicanos [...]. Nós estamos, por uns dias, numa pensão em Lisboa. [a pensão era na rua da Glória, nº3]. Dou-lhe, querida Madre Patrício, a licença de fazer o que quiser, de seguir a sua vida religiosa aonde o quiser. Carta à Madre de S. Patrício, em 26 de Dez. de 1910 Irlandesa que professou em 1870 e foi mestra de noviças em Benfica Teresa, a partir de 16 de Janeiro de 1911, viveu na clandestinidade, numa pequena casa, na Rua Gomes Freire, até à sua morte. No mesmo ano, de 1911, iniciaram-se novas missões e a abertura de comunidades na Bélgica, Brasil e nos E.U.A., passando o testemunho da sua atuação: [...] e vós, querida filha, sejais para as vossas filhas uma mãe cheia de ternura e caridade, prudente e justa. Quando uma superiora assim faz, todas reconhecem nela uma verdadeira mãe, representante de Nosso Senhor e obedecem-lhe com amor. Carta à Irmã Santo Inocêncio, em 10 de Março de 1911, Superiora da Casa de Campinas, nomeada por Teresa de Saldanha Teresa teve, sem dúvida, uma atuação carismática, quando conseguiu recrutar o apoio de todos aqueles que com ela colaboraram, valorizando o trabalho em comunidade e as pessoas que a integraram. Teresa caminhou dedicada, confiante e motivada, em direção ao seu objetivo e, simultaneamente, transmitiu confiança, segurança e estimulou os seus cooperantes, de acordo com as características de cada um e daquilo que cada um possui de melhor, a participarem na edificação da sua obra. Rute Sousa

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.175 anos

“Teresa teve, sem dúvida, uma atuação carismática,

quando conseguiu recrutar o apoio de todos aqueles que com ela colaboraram, valorizando o trabalho em comunidade e as pessoas que a integraram.

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.3º ciclo

Magusto

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o passado dia 9 de Novembro, o 8º ano realizou o tão esperado Magusto. Depois de tanta preparação, de tanto esforço e dedicação da nossa parte, esperávamos que tudo corresse pelo melhor, não obstante os imprevistos pelo caminho.

Logo a seguir ao almoço, começámos a preparar o recinto. Não havia tempo a perder! Os alunos vestidos à saloios, aproveitaram cada segundo para levar e arrumar comida, prémios, mesas e todo o tipo de equipamentos necessários ao sucesso da festa. Por volta das 15.30, já “fregueses” entusiasmados povoavam o recinto. O popular Jogo da Farinha teve muitos adeptos (como sempre) que passeavam como se fossem fantasmas. As Rifas eram altamente concorridas; não tínhamos mãos a medir! Os nossos convidados tiveram uma grande surpresa quando, a meio da festa, pela primeira vez, todos os organizadores se juntaram no átrio, formando um corredor e, com muita alegria e algumas bochechas coradas, se puseram a dançar a tradicional música do “Malhão”. Já no Bar, os Hot Dogs esgotaram logo na primeira hora. Os shots de Lima gozaram de grande popularidade, bem como as gomas e as batatas (ambas vendidas em copos). Azar dos infelizes que não puderam provar...!

O Concurso de Talentos esteve em grande atividade, com público muito entusiasta e um ótimo júri. Escolher os vencedores foi uma tarefa bastante difícil, mas, após indecisões e dúvidas, o júri optou pela Joana Horta (7º B), ex aequo com Sebastião Melo e Daniel Cunha do 7ºA na canção. Na rubrica da dança, a Mafalda Cabrita do 2º ano B destacou-se valentemente, encantou o júri e o público, tendo obtido uma vitória retumbante e “luminosa”!! Parabéns aos Vencedores! Depois de uma tarde cansativa e muito animada, passada com muita alegria e muitas castanhas à mistura, o oitavo ano gastou as últimas energias na limpeza e arrumação do espaço. Feitas as contas, somadas a alegrias e os cansaços, constatámos ter tido um ótimo resultado, não só em termos financeiros, mas também a nível da vivência e satisfação por parte de todos! Com São Martinho sempre na lembrança, claro! Esperamos que, também o leitor tenha gostado... As alunas Carolina Mateus, 8ºA; Rita Torres, 8ºB e Inês Pontes, 8ºC

Geografia E sta nova disciplina anunciou o começo de um novo ano letivo, especialmente para os que passaram para o 7º ano de escolaridade. Sendo esta disciplina separada da História, “despertou” em mim muita curiosidade. O que haveria de novo? Íamos estudar/ rever alguma matéria mais conhecida/menos conhecida… A primeira matéria que demos foi o conhecimento do conceito de Geografia que é o estudo dos fenómenos que têm lugar à superfície terrestre, sejam eles naturais ou humanos. Bem interessante… Logo de seguida, estudámos o Método da Geografia e o que um Geógrafo, cientista que

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estuda a Geografia, tem, obrigatoriamente de fazer (observação, localização, descrição, interpretação, análise ou diagnóstico, que poderá levar à formulação de questões ou problemas). Recentemente, analisámos os planos das paisagens, isto é, definir 1º plano, 2º plano, 3º plano e 4º plano, que apenas algumas imagens possuem. Mas por que será que os professores/ Ministério da Educação separaram/ separou estas duas disciplinas? É para darmos mais matéria, para termos mais testes ou para conhecermos professores novos? Talvez seja porque são duas formas diferentes de olhar para este nosso mundo. Qualquer que seja a razão da separação, já se sabe: para o 7º ano começou um novo desafio! Manuel Carvalho, 7ºC


.3º ciclo

O Colégio do Ramalhão fez 70 anos!

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ste ano o Colégio do Ramalhão fez 70 anos e quis partilhar essa festa connosco – Externato de São José. Afinal somos da ‘família’ das Irmãs Dominicanas e estamos a poucos quilómetros de distância. Foi assim que no dia 15 de outubro, 2 alunos de cada ano do nosso externato, acompanhados pela Irmã Francisca e os professores de Educação Física, foram conhecer aquele histórico colégio. Histórico a sério! A quinta do Ramalhão “já existia no século XVIII com o seu estilo neo-clássico. Mas foi o século XIX que o tornou conhecido porque fora pertença da Coroa Portuguesa e local de desterro da Rainha Carlota Joaquina. Nele se viveram alegrias e tristezas, grandezas e vicissitudes. Mandado construir por Luís Garcia de Bivar não permaneceu muito tempo na sua posse. Conheceu inúmeros proprietários; foi vendido em hasta pública vezes sem conta. Em 1942, as Irmãs, para concretizar o sonho de Teresa de Saldanha, fundaram o Colégio de S. José-Ramalhão, para educação da juventude, inspiradas na pedagogia do amor de Teresa de Saldanha, para quem educar é formar a consciência, o coração e a inteligência de cada um dos seus alunos para fazer dele um Cidadão comprometido na construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna, saber escolher o melhor e a viver de acordo com os princípios humanos e cristãos. Ao longo da História, o Colégio, através do seu ensino e do seu dinamismo próprio, procura concretizar este objectivo.” Foi precisamente todo esse espaço de quinta e palácio que se transformou em colégio, que pudemos visitar. Chegámos a meio da manhã e fomos recebidos pela Irmã Francisca (atual Diretora). Fomos também recebidos pela Madre Teresa, outras Irmãs, pelos professores de Educação Física, os quais nos guiaram numa visita interessante pela quinta. Entre um espaço exterior imenso, por hortas, memórias de lagos e fontes, cavalariças (o atual ginásio) e o edifício principal, constatámos que a história está viva em cada sala, cuja altura e decoração dos tetos nos recordam as histórias de príncipes e princesas. Lá fora nem as abóboras faltavam. Lindas, grandes, coloridas e muitas, o que torna possível transformarem-se... não numa linda carruagem de Cinderela, mas numa deliciosa sopa que vai para a mesa! Os nossos alunos apreciaram a visita e foram sucessivamente procurando as vantagens e desvantagens dum colégio assim. Depois da visita e do almoço, participámos num conjunto de jogos de futebol de convívio. Ganhámos, empatámos e perdemos, mas o mais importante foi mesmo poder participar na partilha de uma comemoração que poderá, no futuro, desencadear outros encontros entre alunos, sejam eles de caráter desportivo ou de qualquer outra natureza cultural. Obrigado Ramalhão! Solange Antunes

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.página das línguas

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il Vicente - considerado o pai do teatro português, não pelo facto de ter sido o seu criador, mas por ter sido o responsável por tirá-lo do marasmo em que estava, dando-lhe o estatuto de obra literária. Imprecisa a data do seu nascimento, que se calcula ter acontecido por volta de 1565. Desde sempre se dedicou à escrita de peças, as quais eram representadas quase sempre em ambiente palaciano. Sobre ele, disse um dia num soneto Afonso Lopes Vieira:

“Mestre, tu és um Gil, um Gil, um Gil Que inda do nosso amor não tem ceitil E para fazer autos não tem Rei!” O 9º ano tem-se dedicado ao estudo da sua peça “Auto da Barca do Inferno”, a qual tem representado, ora na sala de aula, ora no nosso auditório. Sem guarda-roupa, apenas com boa vontade e muita alegria, mostram entender o mestre “cuja alma abarca inteira Portugal”. Aqui ficam algumas fotografias como incentivo para estes pequenos grandes atores As professoras de Português e alunos do 9º ano

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.página das línguas

La rentrée Lundi. Je suis en train de retourner à l’école pour voir mes copains et ma meilleure copine… Pour écrire, lire, rire… sur mes cahiers… Pour trouver les odeurs parfumées de la cantine! Avec la rentrée le monde est différent! A l’école nous arrivons bronzés! Oh! Dommage!! C’est finie la plage! Mais nous sommes bien reposés! C’est jeudi et, bien tôt, le matin La première classe est Géographie… L’Éducation Physique vient après et avant le déjeuner, c’est la Géométrie! Les Langues, les interprétations écrites et orales, comme, à mardi, fait l’Anglais . Le Français, aussi, très importante… Comme il l’est, aussi, le Portugais! Oh, le mardi,… le jeudi et le vendredi Les jours où je « casse la tête » à Maths! Pourtant, après, j’ai l’Éducation Visuelle Et je me repose avec les encres et les pâtes! C’est terminée, la semaine… J’ai mes devoirs à faire, je me presse! Avec le travail, l’apprentissage vient Et j’offrirai au monde ma sagesse! Inês Pontes, 8º C

le premier novembre!! Le vendredi dit en cachette au samedi d’ordonner doucement au dimanche de dire rapidement au lundi pour qu’il communique au mardi d’envoyer un e-mail au mercredi en disant que le jeudi est férié ! Diogo Silveiro, 7º C

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.página das ciências e história

GALILEU GALILEI

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alileu Galilei nasceu em 15 de Fevereiro de 1564, na cidade italiana de Pisa. Matriculou-se aos 17 anos na Universidade de Pisa, onde se revelou um brilhante aluno de medicina. Em 1585 começa a estudar matemática, física e astronomia. Aos 25 anos ocupa a cátedra de matemática na Universidade de Pádua, onde realizou experiências sobre o movimento dos corpos. Conseguiu demonstrar que corpos leves e pesados caem com a mesma velocidade sobre a superfície da Terra - lei da (aceleração uniforme) queda dos corpos, contestando assim Aristóteles. Construiu a primeira luneta astronómica em Veneza e foi o primeiro a observar as montanhas e crateras na Lua, as manchas solares, os quatro principais satélites de Júpiter (Lo, Europa, Ganimedes e Calisto) e as fases de Vénus. A partir de 1610 fez observações da Via Láctea que o levaram a defender o sistema heliocêntrico de Copérnico. As suas primeiras descobertas foram publicadas no ano de 1610, no manuscrito “Sidereus Nuncius” (Mensageiro das Estrelas). As suas descobertas tiraram a importância do Homem como centro do Universo e por este facto foi interrogado, torturado e, por fim, acusado e condenado, por heresia, pelo Tribunal do Santo Ofício (Inquisição). No dia 22 de junho de 1633, foi obrigado a renegar a sua certeza de que a Terra não estava imóvel no espaço. Ao sair do tribunal Galileu murmurou: “Eppur si muove” (No entanto move-se). No dia 18 de janeiro de 1642, completamente cego, morre, em Arcetri, aos 78 anos de idade. A maior contribuição de Galileu Galilei à ciência foi o estabelecimento das bases do pensamento científico moderno, o método experimental, ressuscitado dos tempos do velho Arquimedes, o qual é a base da Física Moderna. Em 1983, o Papa João Paulo II reconheceu os erros do tribunal da Igreja, e decidiu a absolvição de Galileu do crime de heresia, de que era acusado. Fontes bibliográficas: wikipédia Catarina Lago e Mafalda Barardo, 7ºA

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.página das ciências e história

94º ANIVERSÁRIO DO ARMISTÍCIO SABER AGIR NUMA SITUAÇÃO DE CATÁSTROFE

Os Vencedores: Ferdinad Foch (bengala) e à sua direita Sir Rosslyn Wemyss

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ealizou-se, a 17 de outubro de 2012, no âmbito da disciplina de Geografia, uma Ação de Formação que teve por objetivo sensibilizar os alunos para o tipo de catástrofes naturais que ocorrem no globo terrestre. Mas o papel da Proteção Civil não se centra só no esclarecimento: ela pretende também ensinar a minimizar os danos advenientes dessas catástrofes.

«Nestas ocasiões devemos agir calmamente, libertar animais, ter sempre comida, água, caixa de primeiros socorros, rádio portátil e lanterna. Não devemos ocupar as linhas telefónicas e não ir às urgências hospitalares se o ferimento não for muito grave. Devemos ficar serenos e agir com responsabilidade.» - Tomás Dias e Margarida Pereira.

Assim, «como mais vale prevenir do que remediar» o esclarecimento preciso acerca dos diversos tipos de catástrofes bem como as zonas, no planeta, onde elas mais ocorrem (e Lisboa não ficou de parte, pois é a nossa realidade mais próxima), foi devidamente dado, sendo esta exposição oral acompanhada de imagem – PowerPoint, fotografias, vídeos – o que cativou e concentrou muito a atenção dos nossos alunos.

«Achamos que a apresentação pode influenciar positivamente as nossas vidas(…) – Ana Oliveira e Joana Contreiras - «(…)reconhecer os sinais antecipados pode ajudar-nos a reagir e a salvar milhões de vidas.» - Alexandre Simões e António Staats.

Vejamos a opinião de alguns deles: «Falámos sobre diversas catástrofes (…) explicaram-nos em que consistia cada uma delas e como proceder se alguma vez estivéssemos diante de uma.» - Catarina Pires e Rita Torres.

Os nossos alunos reconheceram a importância desta ação e já pensam nas várias formas de poder sensibilizar outros: «As informações dadas ser-nos-ão sempre muito úteis, no nosso futuro; também nós poderemos transmitir o que aprendemos aos nossos familiares, prevenindo-os para eventuais catástrofes futuras». – Madalena Fernandes e Maria Mastbaum. Os alunos do 8ºB

Capa do jornal New York Times publicado no Dia do Armestício | 11 de novembro de 1918

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Armistício de Compiègne foi um tratado assinado em 11 de novembro de 1918 entre os Aliados e a Alemanha, na floresta de Compiègne (França), com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante das forças da Tríplice Entente, o almirante Sir Rosslyn Wemyss, o principal representante britânico e Mathias Erzberger, representante alemão. O Armistício representou o fim dos combates e o início de inúmeros conflitos sobre o formato do mundo do pós-guerra. Tomás Medeiros, 9ºB

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.espaço lúdico

O MÁXIMO DAS… MÁXIMAS !! Conheci um tipo que era tão racista, tão racista, mas tão racista que… bebia whisky “Black & White” em copos separados !! Era um tipo tão preguiçoso, tão preguiçoso, mas tão preguiçoso que… todos os dias se levantava às 5 da manhã para estar mais tempo sem fazer nada !!

ADIVINHAS

Havia um anão tão baixo, tão baixo, mas tão baixo que… quando lhe doíam os calos, pensava que tinha dor de cabeça!! Era um homem com tanta caspa, tanta caspa, mas tanta caspa que… sempre que chegava a algum lado o pessoal dizia: - É Natal! É Natal!

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lto foi meu nascimento De donzela recolhida; Quando ia para me rir, Tal foi a queda que dei, Que a casa não mais voltei.

Era um homem tão magro, tão magro, mas tão magro que… quando usava gravata ela ficava-lhe larga nos ombros! Era um homem tão pequeno, tão pequeno, mas tão pequeno que… cuspiu para o ar e morreu afogado!

(a castanha)

Era um velhinho, tão velhinho, mas tão velhinho que… já não tinha espermatozoides… tinha espermatossauros!! Era um homem tão gordo, tão gordo, mas tão gordo que… quando caiu da cama caiu para os dois lados!

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uma ourivesaria existiam dez sacos, cada um com cem moedas de ouro. Cada moeda pesava dez gramas.

Era um homem tão alto, tão alto, mas tão alto que… quando comia um iogurte, este chegava ao estômago já fora do prazo! Havia um homem que tinha uma boca tão grande, tão grande, mas tão grande que… cada vez que queria dizer 100, tinha de fechar metade, senão dizia 200 !!

Um ladrão substituiu todas as moedas de um dos sacos por moedas iguais, pesando nove gramas cada uma. O ourives foi avisado do roubo e com uma só pesagem, descobriu qual o saco que tinha sido vigarizado. Como procedeu o ourives???

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ma professora de creche observava as crianças de sua turma a desenhar. Ia passeando pela sala para ver os trabalhos de cada criança. Quando chegou ao pé de uma menina que trabalhava intensamente, perguntou-lhe o que estava a desenhar. A menina respondeu: - ‘Estou a desenhar Deus. A professora parou e disse: - ‘Mas ninguém sabe como é Deus.’ Sem piscar e sem levantar os olhos do seu desenho, a menina respondeu: - ‘Saberão dentro de um minuto’.

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ue é, que é, Pai pingão Mãe raivosa E filha formosa?

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(a castanha)

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ANEDOTAS

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m dia, uma menina estava sentada na cozinha observando a mãe a lavar os pratos, e de repente percebeu que a mãe tinha vários cabelos brancos sobressaindo entre a sua cabeleira escura. Olhou para a mãe e perguntou: - ‘Por que é que tens tantos cabelos brancos, mamã?’ A mãe respondeu: - ‘Bom, cada vez que te portas mal e me fazes chorar ou ficar triste, um dos meus cabelos fica branco’. A menina digeriu esta revelação por alguns instantes e disse de imediato: - ‘Mãe, por que é que todos os cabelos da avó estão brancos?’


.o sol ainda brilha

O MUNDO ENCANTADO DAS PSICÓLOGAS

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projeto “ O mundo encantado das psicólogas” foi elaborado pelo gabinete de psicologia com o objetivo de explicar às crianças que entram para o primeiro ano o que é uma psicóloga. Nesta fase da entrada para a escola, surgem sentimentos novos, criam-se expetativas e ansiedades. Algumas crianças revelam dificuldades nesta adaptação e é muito importante mostrar que a psicóloga da escola vai estar

lá para ajudar a ultrapassá-las agora e ao longo de todo o seu percurso. Assim foi contada uma história, a História do João e da Catarina, onde se explicaram os vários motivos que podem levar os meninos a irem falar com a psicóloga e, como é que esta os pode ajudar. Por fim, foi pedido às crianças para desenharem aquilo que perceberam da história e com a pergunta “O que é e o que faz uma Psicóloga?”

surgiram respostas como “É uma pessoa que fala, brinca e ajuda os meninos” , “É uma fada que guarda os segredos num tesouro”, “É uma pessoa que ajuda a tirar os medos”, entre outras. Para ilustrar o trabalho desenvolvido aqui ficam alguns dos desenhos selecionados.

OS BANCOS DA NOSSA ESCOLA

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onvém lembrar que os Bancos nos proporcionam investimento e segurança: investimos no descanso quando neles nos sentamos; porque são sólidos e robustos, inspiram-nos confiança! Mas, na verdade, além destes Bancos, que a nossa escola nos disponibiliza em recantos confortáveis ou ao longo

dos extensos corredores, outros há que mais contribuem para aumentarmos a “riqueza humana”: estamos a falar do Banco das Fardas e do Banco dos Livros Escolares.

anúncios de 1ª página, eles têm a sua força e continuam a funcionar no nosso Colégio.

Então não é que o velho vira novo??

Bem haja a quem continua a depositar os seus bens nestes Bancos, para que os juros solidários continuem em alta!!

Embora não possuam reclamos de néon nem luzes fluorescentes nem

Mónica Godinho (9ºC); Ana Rita Martiniano e Rita Santos (9ºA)

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.vale a pena ler e pensar... Deste cantinho sereno da Capela da Minha Escola vejo-Te, Senhor Jesus. As dores que Tu sofreste o perdão que concedeste… dependurado na Cruz.

BRISA TIMORENSE

SEGREDOS SECRETOS

Eu queria poder, Senhor subtrair-Te dessa dor e… com o madeiro da Cruz acender uma fogueira donde emanasse uma Luz p’rà humanidade inteira. Eu queria… queria Senhor subtrair-Te da agonia e mitigar-Te essa dor. As tuas chagas sarar ficar pertinho de Ti p’ra melhor Te venerar. Meu amado Senhor que me vês… e me dás conforto e perdão… não sendo digna de beijar-Te os pés, beijo solenemente o Teu chão. 04.10.2011 - Florisbela no silêncio da Capela do Ext. de S. José

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oprou a 14 de novembro e entrou-nos, de surpresa, no Colégio de S. José: sorridente, fresca, moreninha, a nossa querida Irmã Conceição, envolveu-nos e foi envolvida por calorosos abraços de saudade, de surpresa, de alegria festiva pelo reencontro! Parecíamos um bando de garotos recebendo a prenda de Natal: todos ao seu redor querendo tocar e ler todas as mensagens que transbordavam do brilho do seu olhar! Continua com as mãos bonitas: dedos longos, magros, pele suave… mãos que, corajosamente, desvendaram horizontes desconhecidos mas que precisavam de todo o seu potencial de dádiva gratuita, de bondade desmedida. Benditas estas mulheres que não abraçaram uma família, mas antes abraçam toda a Família Humana de todos os cantos do Mundo onde, no silêncio, adotam uma postura serena atenta aos outros, às suas necessidades, às suas dificuldades e, então, fazedoras de milagres, lhes chegam os medicamentos ou os alimentos de que

carecem, a ternura do gesto, da palavra amiga e reconfortante, a bênção da hóstia sagrada àqueles que não se podem deslocar para a receber na capela mais próxima. É em Timor que esta nossa querida Irmã se dedica a ajudar: e os bandos de filhos que por lá arranjou? Sim, seus filhos no Amor da Fé, no Português que lhes ensina, nos Valores que lhes transmite, nos Afetos que lhes oferece. Quanta alegria, quantas gargalhadas explosivas de espanto e fascínio não têm estas crianças dado, só porque esta Irmã lhes proporciona, uma vez por outra, uma ida, longa, das montanhas até à praia, para verem o mar que nunca tinham vislumbrado e nele se banharem? Vamos usufruir da presença, agora próxima, de tanta experiência genuinamente pura que a Irmã Conceição traz para connosco partilhar! Temos de aprender com ela, ouvi-la, aproveitar esta oportunidade (que não será longa) de compreender como é que se traz tanta alegria aos ombros, vinda de um país parco como é o dela. Florisbela Brites Fernandes

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.vale a pena ler e pensar...

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Outono, essa estação magnífica em que o calor já não nos abrasa, vai caindo. E eu vou tendo saudades… saudades das folhas amadurecidas com pinceladas de encarnado e amarelo; saudades de cada fim de tarde a oferecernos um por de sol, sempre novo que nos quer dizer: “aqui estou, ainda governo os teus dias e noites”.

Vou encontrando Beleza em tudo o que nos rodeia neste esplendor da criação. O trigo, o milho, o feijão estão guardados e o vinho, ainda quente, adormece nas pipas. Emerge em mim esta relação intensa entre o meu Eu e o Universo envolvente. Esta doce poesia que sinto, cria um misticismo que me eleva até Deus e quero, com esta idade avançada, ser melhor e mais digna deste dom da Vida que me foi dado. Sabes – quando eu era adolescente como tu, sonhava ainda mais – queria ser bonita, queria um bom futuro profissional e sobretudo esperava que o amor me batesse à porta. Mas sabia que tudo tinha de ser preparado – havia que trabalhar, que me preocupar com a harmonia do meu corpo, em enfeitar-me sem exageros da moda, em saber estar com os amigos, sem querer liderar os grupos, como discutir e dialogar em Paz; queria ser a companheira com que se pode contar, capaz do silêncio e do segredo. Dava cansaço esta ambição desmedida. …

Um dia de Outono

Foram anos difíceis os anos da minha adolescência – estávamos no após guerra – mas houve muita coisa boa – as primeiras meias de seda, os sapatos de salto alto, os fatinhos rodados e com alças, a música de Presley ou dos Beatles e, a nossa geração a crescer em poder. Surgiu mais liberdade, a possibilidade de ter um curso e uma carreira. … Com dezasseis anos já ganhava uma semanada, que de outra maneira não podia ter. E sem ter salário – que é o fruto do trabalho – não se podia ir ao cinema, nem comer gelados, ou sair para ir ter com os amigos… ou ir dançar… … O cenário é idêntico ao teu, o Mundo mudou mas o Homem permanece com o coração a bater, em todas as épocas – dias e horas. A crise, como no fim da guerra, está aí! … Tu, quem quer que sejas, estás aí também com os teus sonhos e os teus projetos, o círculo de amigos. Vai para a frente – Nós fazemo-nos a nós próprios. Força! E, acredita que Alguém caminha a teu lado… sempre. Margarida Pinto Machado

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zov 2 . seralpmexe 005 . 2102 ed orbmezeD

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RESPOSTA À ADIVINHA: Alinhou os dez sacos e numerou-os de 1 a 10. Do saco número 1 tirou uma moeda, do número 2 tirou duas moedas, do saco número 3 tirou três moedas e assim sucessivamente até ao saco número 10, do qual tirou 10 moedas. Somou as moedas todas que tirou (55 moedas), multiplicou pelo peso inicial de cada moeda e obteve 550 gramas. Pesou as 55 moedas e subtraiu o peso que obteve aos 550 gramas. O resultado da subtração indica o número do saco vigarizado.


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