A Voz do Colégio | 27

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V avozdocolĂŠgio Junho de 2011 . 300 exemplares . 2 voz

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EDITORIAL  Junho

CANTINHO DOS PEQUENINOS  Infantil

A Primavera na sala dos 3 anos…

Não estamos sós! E

stamos a chegar ao fim de mais um Ano Lectivo, princípio para muitas outras opções, vivências, desafios… Percebemos que fazemos parte da vida uns dos outros. Por isso através destas páginas iremos recordar alguns momentos, tão significativos para a vida da nossa ESCOLA, que decorreram nos últimos dois trimestres. Lembramos a Festa de S. José, a viagem de Finalistas do 9º ano, e tantos outros eventos. Recordamos também o coração solidário, que bate-bate no Externato, fazendo eco de algumas das MUITAS campanhas

de solidariedade, que foram desenvolvidas. Não estamos sós! Crescemos juntos, grandes e pequenos! O nosso lema “Da minha Escola para o Mundo, na procura … dos afectos”, implica ir ao encontro daqueles que nos rodeiam. Todos os dias vamos aprendendo coisas novas que enriquecem a nossa vida. Aceitemos também o convite de testemunhar Jesus, Ele que veio para que a nossa vida fosse mais autêntica e feliz.

“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10)

Presépios da Infantil

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brilho dos olhitos ingénuos dos nossos pequenitos… adensa-se com a chegada do Natal. É vê-los cheios de reflexos das estrelas douradas e senti-los húmidos de ternura e paixão pela chegada do Menino rechonchudo. As palhinhas… o bafo quente da vaquinha e o maroto do burrito que só queria comer a palha que servia de leito ao Menino. Todos empenhados por ajudar na construção do Presépio da sua sala, as bochechas tornam-se mais róseas, o gesto mais voluntarioso, o sorriso baila, frequente, pelo ar… É NATAL!!!

Visita à Biblioteca Municipal de Belém

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os dias 22 e 23 de Março, as crianças das salas dos 3 anos foram visitar a Biblioteca Municipal de Belém, no âmbito do Plano Nacional de Leitura. Começámos a visita com uma breve introdução à história do edifício, desde a sua construção até aos dias de hoje, passando pelos seus habitantes e algumas curiosidades históricas. Seguidamente, pudemos visitar as diferentes salas da Biblioteca, compreendendo a sua importância e utilização. Por fim, na sala reservada às crianças, pudemos ouvir histórias, contadas pela bibliotecária e aprender a manusear e a nomear as diferentes partes do livro.

A Direcção

Ir. Maria do Rosário Silva Prof. Eulália Maria Correia

Flores com papel de seda Já chegou a Primavera vestida de alegre cor tão verde, da cor da hera traz uma esperança de amor. A Primavera chegou! Traz a cor do céu azul. O Sol ameno levou a tristeza para o Sul. Quando chega a Primavera fica mais belo o jardim. Tão colorido. Oh! Quem dera a Primavera sem fim.

A árvore da Primavera Colaboradores: Irmãs, Professores e Alunos do Colégio.

Educ. Carla Travancas (Infantil)

Prof. Patrícia Eusébio (1º ciclo)

Composição informática

Prof. Florisbela Fernandes (3º ciclo)

Prof. Rui Paiva (3º ciclo)

Coordenação Prof. Carla Cabaço (2º ciclo)

Prof. Paula Falcão Prof. Carlos Fernandes

Prof. Isabel Raposo (2º e 3º ciclos)

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Prof. Sara Pica (1º ciclo) Prof. Sónia Morgado (1º ciclo)

Sementeira de Girassóis V avozdocolégio 27

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CANTINHO DOS PEQUENINOS  Infantil

CANTINHO DOS PEQUENINOS  Infantil

Museu do brinquedo

Carnaval

Museu da Marioneta

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o dia 23 de Fevereiro fomos ao ”Museu da Marioneta”. Gostámos muito, foi muito divertido! As Marionetas, movimentavam-se, dançavam, até parecia que queriam falar-nos! Fizemos actividades muito divertidas, com materiais coloridos e desenhos de vários animais!

Museu do traje

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o mês de Janeiro fomos ao Museu do brinquedo, em Sintra. Neste museu encontra-se todo o tipo de brinquedos, uma colecção invejável. Desde soldadinhos de chumbo a carrinhos de madeira, automóveis, motos, aviões, comboios, barcos e bonecas de várias épocas e países, que fizeram as delícias dos pais e avós. Tivemos o prazer de conhecer e falar com o dono desta maravilhosa colecção, o Sr. João como ele gosta de ser tratado.

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o mês de Fevereiro o nosso passeio foi ao Museu Nacional do Traje, onde se guardam e mostram as roupas de antigamente. Aprendemos como as pessoas se vestiam na época romântica. As senhoras usavam uma espécie de colete interior que se chamava espartilho e crinolinas, que são armações em forma de gaiolas feitas com linho e crina de cavalo… Não era permitido às mulheres mostrarem os sapatos e muito menos os pés. Estava muito na moda a maquilhagem: usavam grandes quantidades de pó-de-arroz e faziam rosetas na cara que enfeitavam com sinaizinhos postiços, feitos de pano. Faziam-se penteados muito altos e empoavase o cabelo. Os homens também usavam cabeleiras empoadas com caracóis. Vestiam calções pelos joelhos, camisa branca com rendas e folhos nos punhos, colete apertado e casaca. Ouvimos, e alguns experimentaram, dançar a valsa. No final fomos, até ao exterior do Museu conhecer o seu lindo e agradável jardim.

A Primavera chegou, finalmente…!

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omos ao jardim recolher material. Já tínhamos preparado a nossa árvore da Primavera, que veio dar muita alegria à nossa sala! Mais trabalhos iremos fazer! Borboletas, abelhas, andorinhas, etc.

O arco-íris desceu à nossa escola! Era uma vez uma bela princesa que, ao entrar no S. José, encontrou um Príncipe Encantado. Porém, logo de seguida, lá mais à frente, no bar, saltou-lhe um Lobo Mau ao caminho e um Capuchinho Vermelho assustado! Ai!– gritaram ambas, quer a Princesa quer o Capuchinho, e o príncipe ,tentando salvá-las, desembainhou a sua espada dourada. O lobo, eriçando o seu pêlo lustroso, deitou-se à luta! Ai coitado do príncipe! Não fora a intervenção abrupta do Super-Homem e do Homem Aranha, ele tinha-se ficado nas garras do terrível Lobo… E outras histórias foram, ao longo do dia, vividas pelos nossos Alunos da Infantil e do Primeiro Ciclo. São vivências inesquecíveis, são filmes recriados nos pátios do nosso Externato onde, os mauzões e os heróis, acabam, ao fim do dia, por dar as mãos e fazer as pazes!

A Habitação

o longo deste período falámos sobre o tema da habitação e ficámos a conhecer vários tipos e formas de casas. Reconhecemos a importância de saber a nossa morada, zona onde moramos, nome da rua, número da porta e andar. Achámos também importante conhecer a cidade onde vivemos, na qual existem belos monumentos que fazem parte da nossa história. Entre muitas coisas fizemos uma dobragem e decoração de uma casa…

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ESPAÇO  1º Ciclo

ESPAÇO  1º Ciclo

Festa de Natal

Visita de estudo – Escola de Trânsito

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s alunos do 2º Ano visitaram uma escola de trânsito onde puderam compreender as regras de circulação rodoviária, as regras de segurança dos peões e, vejam só, onde puderam aplicá-las também. Foi uma experiência nova e entusiasmante que lhes proporcionou conduzirem uma viatura em estradas sinalizadas, procedendo de acordo com as regras aprendidas. Faltou pouco para trazerem de lá uma Carta de Condução!!!

oi uma festa de Natal em grande! Um espectáculo de alegria, amor e espírito natalício.....muito espírito natalício! Como pai do Lourenço (do 2ª ano B) foi com muita alegria que soube da notícia: com muito esforço e empenho da Irmã Francisca, os nossos filhos iam criar e participar numa festa para, juntamente com as famílias, professores e auxiliares, celebrarem o Natal! Alguém, um dia, disse que só a própria palavra, Natal, enche os nossos corações de calor e alegria como quando éramos crianças. E é assim todos os anos! Sentimos a ternura do passado, o valor do presente e a esperança do futuro! Na festa de Natal todos fomos tocados por este calor com as falas dos nossos filhos, as histórias que nos contaram, os valores que nos recordaram e as músicas que entoaram. Fica aqui o meu profundo agradecimento pelo calor da Festa do Natal e o meu desejo de o poder sentir de novo no próximo ano. O pai do Lourenço, Gonçalo

Visita de Estudo ao Oceanário – 1º Anos

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ês de Fevereiro: o frio lá fora convida ao recolhimento, por isso nada como aceitar o convite das nossas professoras. Fomos, então, para o interior azul, imenso, … morninho e húmido do nosso tão belo Oceanário. Aí pudemos observar a fauna e a flora marítimas e “encostar os nossos narizes” aos tubarões e às mantas que se exibiam ali, bem perto de nós. Foi um dia maravilhoso!!!

Primavera chegou!

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Visita de estudo ao Museu dos Coches

“A noite dos animais inventados”

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s turmas do 2ºano, foram este período ao museu dos coches!! Nesta visita, ficámos a conhecer a evolução deste meio de transporte, as condições em que, na época dos Reis, se faziam as viagens e o tempo que demoravam! No final da visita ao museu, fomos ver um teatro de sombras chinesas! Gostámos muito desta viagem ao passado!!

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is aqui alguns trabalhos desenvolvidos pelos nossos alunos, a propósito da chegada da Primavera. O nosso Externato é privilegiado no que respeita à Natureza envolvente: os nossos alunos contactam de perto e, diariamente, com ela. Há campos de futebol, há árvores (algumas quase centenárias), há relvados, baloiços, cedros, pinheiros aromáticos, flores, esquilos e, até, passarada exótica que vem passear aqui por cima, vindos lá de baixo do Jardim Tropical! Assim, ter aulas ao som dos trinados da passarada, é comum na nossa escola! Observar as diversos tons e formas de pétalas, os aromas do alecrim, da salsa, do rosmaninho… observar as hortas e o aparecimento dos frutos… é todo um privilégio de quem corre nos cortamatos, de quem faz aulas ao ar livre – os nossos Alunos. Daí, esta inspiração para estes trabalhos. Reparem, leitores, como o Homem está representado de forma íntima com a Natureza – troncos em forma de corpos humanos e folhagem em forma de mãos. Aproveitámos, obviamente, para apelar à protecção e Amor pela Natureza, já que ela nos presenteia, todos os dias, com tantas e diversificadas belezas!!

Leitura feita na sala de aula e realização de trabalhos pelos 2ºanos

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ESPAÇO  2º Ciclo

ESPAÇO  2º Ciclo

De Saulo a Paulo

Visita de Estudo à Banda da Armada

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uando Jesus apareceu. Saulo se rendeu. Para Jesus perdoar o que ele fez, Pediu perdão outra vez. Saulo recebeu assim a mensagem, E foi ajudar os cristãos com coragem. Mas a sua vida se modificou Então o seu nome também mudou.

o dia 11 de Fevereiro de 2011, o 6º ano chegou à escola para iniciar um novo dia… Ou assim parecia. Às 10 horas, entrámos em autocarros para uma visita de estudo. Assim que chegámos às instalações da marinha fomos recebidos por uma canção de abertura. De seguida, mostram-nos os vários instrumentos que compunham a banda da armada.

Teresa Moreira, 5º A.

Aqui estão alguns dos instrumentos que pudemos apreciar: Flautim Flauta Oboé Fagote Requinta (clarinete em Mi

)

Clarinete soprano Clarinete alto Clarinete baixo Saxofone alto Saxofone tenor

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aulo mete os cristãos numa carroça e vai matá-los para outro sítio, mas a meio do caminho cai do cavalo e nesse momento o sol fica mais forte, lentamente aparece Deus. Deus fala-lhe: Não mates os cristãos. Saulo tem vontade de soltar todos os cristãos que estavam presos, deixa-os ir para suas casas. Em vez de se chamar Saulo passa a chamar-se Paulo, pois tornou-se cristão.

Saxofone barítono Trompetes Trombone tenor Trombone baixo Trompas

Francisco Serpa, 5º C

Bombardinos Tubas Contrabaixo de cordas Percussão

Tocaram para nós algumas obras: Cartoon Simphony, Lord of the Dance, Kumbayah Variations, Disney Fantasy e All Swing Kamareba. O 6º ano divertiu-se imenso, e esperamos repetir a experiência. Inês Pontes, 6ºC

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O RECITAL DO CORO

ós ensaiámos a semana toda para o recital. Todos os pais foram ver os filhos cantar canções de Natal. A primeira música que cantámos foi “Jingle Bell Rock”, de seguida cantámos a música “O Menino está dormindo” e, por fim, “Eu hei-de dar ao menino”. No final destas canções houve alguns momentos de poesia declamada pelos elementos do coro. Neste recital actuaram ainda Tomás Matias à guitarra, Laura Martins ao piano e finalmente o Guilherme Afonso e o Rodrigo Lousada, os dois à guitarra. No final cantámos “The first Noël” e “Joy to the world”. O tema “Adeste Fideles” concluiu o recital com o convite à plateia para acompanhar. Foi um final de tarde com muita música e cheio de alegria.

Luísa Agapito, 5ºC

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ESPAÇO  2º Ciclo

ESPAÇO  2º Ciclo

O 6º Ano no laboratório de Ciências

Visita de estudo ao Museu do Azulejo

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s turmas do 6º ano foram no dia 26 de Novembro visitar o Museu do Azulejo. Saímos da escola às 9 horas e dirigimonos ao Museu. Lanchámos e de seguida fomos visitá-lo. Vimos o que eram os azulejos, a sua evolução e como se fabricavam. No fim, com os desenhos que tínhamos feito nas aulas de E.V.T., fizemos um azulejo. Foi muito giro! Depois, voltámos para a escola. Gostei muito da visita e principalmente de fazer o azulejo! Inês Marques, 6º A

o dia 3 de Fevereiro de 2011, o 6º Ano foi ao laboratório na aula de Ciências da Natureza para ver e perceber como é constituído o coração humano. Um colega levou um coração de porco, que é idêntico ao de um humano, para o abrirmos e examinarmos. A professora Madalena Ferreira, com a ajuda de uma tesoura e de uma pinça, abriu o coração do porco e mostrounos as aurículas e os ventrículos. O coração está dividido em quatro cavidades: duas aurículas, em cima, e dois ventrículos, em baixo, que comunicam entre si, através de válvulas. A válvula bicúspide liga a aurícula esquerda ao ventrículo esquerdo; e a válvula tricúspide liga a aurícula direita ao ventrículo direita. O septo separa o lado direito do lado esquerdo do coração, não havendo, por isso, comunicação entre os dois lados. Do ventrículo direito, sai a artéria pulmonar, que se ramifica em dois, transportando apenas sangue venoso (rico em dióxido de carbono) e do ventrículo esquerdo, sai a artéria aorta, que apenas transporta sangue arterial (rico em oxigénio). Pela aurícula direita, entram as veias cavas superior e inferior, que transportam apenas sangue venoso; e pela aurícula esquerda, entram as veias pulmonares, que transportam apenas sangue arterial.

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om o objectivo de levarmos o nosso Externato a participar na Festas de Lisboa 2011 – Concurso Sardinhas, os nossos alunos dos 5º e 6º anos

elaboraram trabalhos diversos, que tiveram de respeitar um modelo standard proposto pela organização. De notar que a participação neste 10   V27avozdocolégio

concurso estendeu-se a nível nacional e europeu, havendo participantes de diferentes graus académicos. Dos 300 finalistas, o trabalho da nossa aluna, Carolina Pedro, do 5ºB, foi

um dos seleccionados, encontrando-se em exposição no banco BCP na Baixa de Lisboa e também na página do facebook das Festas de Lisboa.

Parabéns à Carolina pela sua criatividade!

Depois da professora ter aberto o coração do porco, tornou-se mais fácil perceber como é constituído este órgão e onde se situam as veias, as artérias, as aurículas, os ventrículos e o septo. Foi uma experiência única e muito interessante. Gostávamos de repetir! Rita Torres, 6º B

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ESPAÇO  3º Ciclo

ESPAÇO  3º Ciclo

Da nossa Escola para o Mundo!

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turma do 8ºC esteve, desde o 1º período, empenhada em contribuir para que o Natal se propagasse da nossa escola para o mundo, distribuindo gestos de afectos. Para além de participar na campanha proposta pelo Externato, a turma desenvolveu, no âmbito de Formação Cívica, várias campanhas que proporcionaram a outros um Natal mais feliz e que se estenderam pelo ano. A Campanha de bolos consistiu em angariar fundos, através da venda de bolos caseiros confeccionados pelos alunos da turma. Destacamos o bolo de bolacha do Tiago, que fez grande sucesso! Em simultâneo, e com a mesma

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o passado dia 3 de Dezembro as turmas do 9º Ano, depois de visitarem o Museu da Electricidade, dirigiram-se ao Museu da Presidência para a segunda parte da visita de estudo. O Museu da Presidência da República foi inaugurado no dia 5 de Outubro de 2004, e está situado dentro do palácio de Belém. Este museu foi aberto com o objectivo de divulgar a história da Presidência da República, a vida e a obra de cada presidente. Pretende, simultaneamente, divulgar a História de Portugal desde a Fundação da República até à actualidade, recorrendo a meios dinâmicos como fotografias, exposição de peças de colecção ligadas às figuras políticas que lideram o Estado Português desde a função da República, em 1910. O Museu da Presidência da República está subdividido, no seu interior, em diversos espaços, como o da República Portuguesa, as Visitas de Estado, a Galeria de retratos oficiais que exibe quadros com os presidentes de Portugal desde Teófilo Braga até Jorge Sampaio. O próximo retrato a ser afixado vai ser o de Cavaco Silva, em 2015. Encontram-se, ainda, expostas as ordens honoríficas e os presentes oferecidos por outros chefes de Estado, destacando-se a oferta mais recente, de Barak Obama. Numa primeira abordagem, no museu,

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finalidade, foi desenvolvida a Campanha de enfeites de Natal, partindo da ideia de um aluno, em vender objectos de decoração usados, mas em bom estado. Com estas duas últimas campanhas, só a nossa turma angariou mais de 100€, que integraram os 800€ de donativo global que o Externato conseguiu juntar para a Ajuda de Berço. Para além da nossa contribuição, esta bonita quantia, foi conseguida através da venda de presépios, dos mealheiros do Jardim de Infância, do 1º, 2º e 3º ciclos, entre outros. Portanto, estamos todos de Parabéns! A Campanha de Pijamas pretendeu recolher pijamas usados em bom estado para entregar no Hospital Dona Estefânea. A campanha esteve

foram-nos apresentados os símbolos nacionais, a Bandeira e o Hino, A Portuguesa. Acerca da Bandeira Nacional o guia dissenos que antigamente a bandeira era azul e branca, tendo sido substituída por verde e rubra. Outro símbolo nacional é o hino nacional composto por Alfred Keil e escrito por Henrique Lopes de Mendonça, como protesto contra o Ultimato inglês em 1890. Tivemos possibilidade de observar o Passaporte Diplomático das pessoas que pertencem à Presidência da República, sendo-nos explicado que quando o Presidente, Cavaco Silva, vai visitar outro país, não viaja com o seu passaporte pessoal, mas com o de Presidente, embora quando vai de férias, por exemplo, com a família leva o seu pessoal. A primeira República iniciada por Manuel de Arriaga, o primeiro Presidente eleito da República Portuguesa, decorreu de 1910-1926. Nesta República foi promulgada a constituição de 1911 onde era defendida a igualdade de direitos e deveres, onde o poder legislativo pertencia ao congresso da república, o poder executivo ao Presidente da República e o poder judicial ao supremo tribunal de justiça e outros.

em desenvolvimento e terminou na Páscoa. A Campanha das Tampinhas tem continuidade até ao final do ano. Assim, todos poderão contribuir, preservando e enchendo os garrafões espalhados pelo Externato. Com estas actividades ficamos a perceber que com um simples gesto, que não altera a nossa vida, podemos mudar a de outras pessoas. Sentimonos gratos por termos o que temos e por isso queremos dar aos outros o que não têm. Agradecemos a todos os que sempre colaboram nestas actividades, tornando-as um sucesso e muito gratificantes. Os alunos do 8ºC e sua Directora de Turma

Conforme fomos avançando, o guia falou-nos na II República, a ditadura de 1926-1974, onde destacou o Presidente do Conselho, António Oliveira Salazar. Este foi ministro das finanças a 27 de Abril de 1928 e assegurou a ditadura do Estado Novo até à sua morte, em 1968, altura em que foi substituído pelo Professor Marcelo Caetano. Depois, fomos esclarecidos sobre a III República que teve início com o 25 de Abril de 1974 e que perdura até à actualidade, onde o Presidente da República é um órgão de soberania e representa a República portuguesa, garante a independência Nacional, a unidade do Estado, e regula o funcionamento das instituições democráticas e, é por inerência, o comandante supremo das forças armadas. O Presidente é eleito por sufrágio universal directo e secreto dos cidadãos portugueses, eleitores recenseados. No dia em que o 9º ano visitou o Museu da Presidência, o Presidente não se encontrava no palácio de Belém, pois a bandeira que marca a sua presença não estava erguida. O presidente Cavaco Silva optou por não habitar o palácio de Belém, utilizando-o exclusivamente para trabalho, residindo habitualmente com a sua família na casa de Lisboa. Frederico Albergaria, 9ºC

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o dia 3 de Dezembro de 2010, o 9º ano saiu do Externato de S. José para mais uma visita de estudo, desta vez o destino era o Museu da Electricidade. Alguns professores acompanharam as três turmas, o professor Rui Paiva, no âmbito da disciplina de Ciências Físico-Químicas, e a professora Rute Sousa, já que, nesse dia, também iríamos conhecer o Museu da Presidência, com interesse para a disciplina de História. Com uma localização privilegiada, junto ao rio Tejo e com uma arquitectura extraordinária, a beleza da fachada não deixa ninguém indiferente. O Museu abriu as suas portas ao público em Maio de 2006. A Central Termoeléctrica, pioneira na produção de electricidade, é o elemento principal da exposição do Museu da Electricidade, nela pudemos observar os equipamentos que faziam parte da antiga unidade de produção e o modo como funcionava esta central termoeléctrica no passado. A central foi edificada há quase um século (1913), com o objectivo de fornecer energia eléctrica, a partir da transformação

Visita de estudo ao Museu da Electricidade termoeléctrica esteve activa, bem como algumas referências à história da electricidade. Participámos, ainda, em várias experiências sobre diferentes tipos de energia. Actualmente, todos os equipamentos que faziam parte da antiga unidade de produção encontram-se preservados. Através da exposição foi possível imaginar o funcionamento desta antiga central de Lisboa, reconhecendo os equipamentos e, ao mesmo tempo,

com equipamentos bem preservados, o modo de funcionamento daquela unidade de produção enquanto esteve activa. Além disso, pudemos satisfazer algumas curiosidades e, fazer novas experiências com as quais aprendemos fenómenos impressionantes. Gostei muito! Francisca Carvalho, 9º C

Visita de Estudo ao Porto e Visionarium do carvão, à cidade de Lisboa. Mas, só em 1918 iniciou a sua actividade, acabando por ser desactivada em 1975. Nesta visita tivemos oportunidade de conhecer o Museu; o guia Miguel Martins explicou-nos todo o processo de funcionamento enquanto a central

o seu funcionamento. Foi uma visita enriquecedora e bastante interessante pois funcionou como uma “introdução” à matéria que iríamos dar na disciplina da Ciências Físico-Químicas, e que nos permitiu conhecer o Museu actual e «regressar ao passado», imaginando, num cenário

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o dia 18, sexta-feira o 9ºAno foi ao Porto e ao Visionarium acompanhados pelo professor Rui Paiva, pelo Prof. Carlos, pela Prof. Eulália e pela Prof. Isabel Melo assim como pela Irmã Soledade. Visitámos o Visionarium que é um centro científico com experiências sobre temas já falados nas aulas e onde relacionámos a teoria com a prática. Na sexta-feira e no sábado visitámos a Invicta onde vimos o Centro Histórico, a Ribeira, o Douro e as Famosas Caves do Vinho do Porto. Neste dia visitámos a cidade de Aveiro e a Ria de Aveiro e comprámos os deliciosos ovos-moles da cidade. Foi uma visita divertida, em grupo e passámos um bom momento, experiência recentemente vivida pelo actual 8ºAno. Tomás Matias, 9ºC

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ESPAÇO  3º Ciclo

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oi num dia de Sol! Quem diria que num belo dia destes eu iria visitar o local onde um dos mais pungentes episódios da história de Portugal se desenrolou: a traição a um dos mais puros e belos amores da nossa história – D. Pedro e D. Inês. Como pôde aquele rei assassinar tão cruelmente a mãe dos seus netos? Como pôde aquele pai subtrair a vida à adorada do seu filho? Como conseguiu, aquele avô, encarar o desgosto daqueles filhos órfãos? Que intrigas e enredos malévolos de corte rodearam tal acto? Contrastaram e tocaram a sensibilidade de todos, a luminosidade daquele dia e o obscurantismo de tal acontecimento!! Ali declamámos, em honra e louvor dessa Rainha póstuma, o episódio que o narra, extraído de Os Lusíadas. É linda, e romântica e sofredora… a Quinta das Lágrimas.

ESPAÇO  3º Ciclo

Inventar

Visita à Quinta das Lágrimas e Coimbra

significa criar coisas

Depois.. para espairecer e disfarçar a lagrimita teimosa que , por força, nos emudecia os sentidos, fomos visitar outra excelência: a Srª D. Biblioteca da Universidade de Coimbra que, exuberantemente, se orna de

dourados. É, sem dúvida, de uma elegância e sumptuosidade invejáveis. Não haverá, por esse mundo fora, muitas que se lhe igualem!!

novas.

Maria Papoila e Cravo Rubro, 9ºA

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A Noite de Carnaval!

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anto os nossos alunos esperam por ela! É nesta festa que a fantasia, o imaginário e a criatividade dos nossos alunos se expande; eu disse dos nossos Alunos.. mas, então e as das Irmãs e as dos Professores?? Também lá estão, pois então!! Claro que esta é uma noite especial, onde a relação Aluno /Irmãs/Professores se reveste de particularidades: o disfarce, a máscara, a maquilhagem, a peruca, a roupagem mais arrevesada, fundem as hierarquias e tornam-nos indistintamente cúmplices da anedota, do riso espontâneo, da gargalhada libertadora de outros momentos de tensão, de exigência, de rigor e de disciplina que são peculiares de um espaço de aula. É bom aprendermos todos a divertirmo-nos saudavelmente, com ousadia mas com respeito e educação, é bom reconhecermos que a festa nos é essencial para, depois, sermos igualmente muito bons na actividade laboral ! Não há que confundir os espaços!! Queremos ensinar aos nossos Alunos isso mesmo: temos de ser tão bons na qualidade do trabalho, como na diversão. Um espaço não se choca com o outro; complementam-se!! O local, por todos, preparado e decorado para o efeito, foi o Refeitório ! Amplo, agradável pelo tom claro e azul que nele domina, transformou-se, em fases múltiplas, em palco, em pista de dança, em “passerelle”, em bar recheadinho de petiscos e bebidas frescas… É uma alegria aquele espaço, habituado a mesas ordenadas e loiças previamente arrumadas, limpas e em silêncio, à espera de todos os que, à hora do almoço, vêm aplacar a fome; vê-se, agora, tão policromático, tão poli fórmico, tão ousadamente festivo !Bom… mais palavras para quê?? Nada como observarmos algumas imagens que testemunham aquela noite “saudavelmente louca…” !

Imaginação

Concretização

oi este o percurso que alguns alunos do 9ºA e do 9ºB percorreram ao elaborar um puzzle em volume. Este percurso teve por base a Geometria, adquirida ao longo do 2º e 3º ciclo, que foi a ferramenta utilizada para a representação e criação das formas. Esta viagem pela percepção e concretização do volume culminou numa mostra dos trabalhos aos alunos do 1º ciclo. Esta apresentação foi muito bem recebida pelos colegas mais novos, e, para grande espanto dos criadores, foi com bastante facilidade e com rapidez que alguns dos intervenientes elaboraram os puzzles mais complicados.

Percepção

Vivência

Maria do Amparo e Zé do Apoio

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ESPAÇO  3º Ciclo

ESPAÇO  3º Ciclo

Festa de S. José

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festa de S. José reveste-se sempre de grande importância para o nosso Externato, mas, este ano, ela adquiriu ainda maior importância pelo facto de comemorarmos o centenário da primeira partida das Irmãs Dominicanas para países de Missão “Ad Gentes”. Como o lema do nosso Externato, este ano, foi “Da minha escola para o mundo – na procura… dos afectos”, esquematizámos a nossa festa em torno de uma partida, de uma viagem. Assim, imaginámos que três ex-alunos do Externato de S. José, agora já universitários – o Tiago Barreiros, a Mónica Godinho e o Francisco Silva – iriam viver um ano sabático ao encontro do mundo e na procura de afectos e exemplos de vida sã. Adultos que são e, sentindo a beleza do seu imaginário infantil já distante, querem agora olhar o mundo de frente, reconhecer os seus problemas e procurar soluções. Eles levam consigo as aprendizagens feitas com as Irmãs,

com os Professores, uns com os outros… Estas permitem-lhes alguma robustez e encorajam-nos na procura de mais e mais Valores. Resolvem, então, a um determinado momento do seu percurso, ir aos locais onde as Irmãs são impressionantemente operativas junto dos enfermos, dos pobres, dos carenciados, dos desprotegidos, dos mal-amados… Partindo da Europa, onde, em Paris, experienciam o romance, vão depois para a Albânia ao encontro da Casa das Irmãs Dominicanas e resolvem continuar nesta demanda; seguir-se-á Timor, África e Brasil. Aprenderam… assistiram e colaboraram nos gestos serenos e silenciosos de quem faz o bem gratuitamente… e, mais do que isso, interiorizaram e trouxeram para o seu país estes Saberes. Agora, querem deles dar testemunho e repeti-los no seu dia-a-dia: junto dos seus familiares, na Faculdade, nos empregos futuros… querem construir um Mundo são, de respeito pelo outro, de aceitação das diferenças, de tolerância e de diálogo. Os alunos dos sétimos anos, envolveram-se profundamente neste

projecto e foram eles os protagonistas de todas as cenas. O curioso é que, todos sabiam de cor, os dizeres e os poemas uns dos outros; foram incansáveis na criação das personagens que, muito bem, assumiram e ajudaram imenso no guarda-roupa. São experiências de palco que jamais esquecerão e vivências que os ajudam a construir a sua própria personalidade: descomprimem, tornam-se mais expressivos e extrovertidos, criam laços uns com os outros e com os Professores e Irmãs que, de outra forma, poderiam nunca vir a ocorrer de forma tão natural e espontânea. Por fim, deixamos um agradecimento a todos os que se envolveram na realização deste evento. O nosso bem-haja.

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stes dois poemas, inéditos, foram escritos para a Festa de S. José, para enriquecerem a Cena III – O mundo desencantado e a Cena VI – Timor. No primeiro era preciso falar das barbáries cometidas pelo homem contra o Homem e o Planeta e no segundo, pretendeu a autora, falar da história recente de Timor. As Cenas, todas elas, foram sempre ricas a nível de mensagem e de coreografia, tendo todo o trabalho da Régie – imagem, som, luzes – sido feito de forma profissional, respeitando o ritmo e as mensagens/ movimentos de cada Cena. Tendo sido feita uma excelente cobertura a nível da filmagem e da fotografia, aguardamos que estes trabalhos sejam divulgados e disponibilizados para aquisição por parte dos interessados.

CENA VI

CENA III

Timor

Paraísos oferecidos

Timor nasceu de uma voz estrangulada Timor é lágrimas… é chaga viva

O que fizemos nós dos Paraísos oferecidos??

É luto e morte agigantada!

Por que criámos campos de extermínio Em vez de prados floridos??

Amortalharam-te o espaço

Por que inventámos a guerra

Lançaram nele sementes de ódio e de cansaço

E decepámos corpos e derramámos sangue…

Mas a tua Alma, alta e nobre…

Até o homem ficar exangue!...

Despida e nua, já tão pobre…

E vós!?

Jamais cedeu, jamais vergou!!

Olhai de frente a vida e o nosso mundo E vede que abismo mais profundo

Agora é tempo de sarar feridas… Rostos ao alto e mãos unidas! Agora sim!! Olhar em frente. Para voltar a sermos Gente!!

Mais duro e vil ele é carregado de imperfeição! O que fizemos nós dos Paraísos oferecidos? Nós?

Agora sim!! Quero navegar…

Nós traímos a confiança dos animais

em mares de Paz e de Bonança!

Criámos prantos e gemidos

E a Liberdade desfraldar…

Criámos o choro das crianças…

Cantar o Hino da Esperança!

NUNCA MAIS !!!! Afastámo-nos do Projecto Divino…

Florisbela Brites Fernandes 02 Fev. 2011 (para a festa do Ext. de S. José)

E traímos até o próprio Criador ! E INVENTÁMOS A DOR!!! Incinerámos florestas e vidas Guilhotinámos o Homem Puro Transmutámos o Solo Fértil Em terreno árido e duro!!! ÁRIDO E DURO !!! Eu tinha um sonho… Alto como as Estrelas… Porém… Só ouço o grito lancinante das baleias… Florisbela Brites Fernandes Jan. 2011 (para a festa do Ext. de S. José)

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ESPAÇO  3º Ciclo

PÁGINA DAS LÍNGUAS  Passatempos

Viagem de Finalistas à Serra Nevada E is chegado o grande momento, o grande dia!! Os 9ºs anos partiram cedinho no dia 3 de Abril, para a sua Viagem de Finalistas do Terceiro Ciclo. Como o entusiasmo e a expectativa não deram oportunidade a que a noite fosse bem dormida, o

autocarro, balanceante e confortável, concedeu a todos, ou a quase, umas sestinhas confortáveis, entre paragens para “apanhar flores” ou mitigar a fome, curtições gostosas de música personalizada e conversas amenas, daquelas que, os testes intermédios e o stress das avaliações, ainda não tinham permitido que acontecessem. E foi assim, a nossa viagem: as paisagens lá fora, foram-se-nos oferecendo ora verdejantes e planas, ora montanhosas e abruptas… belezas naturais ali , tão pertinho de nós mas, ao mesmo tempo fugazes , desaparecendo e dando

Fixa os teus olhos no texto abaixo e deixa que a tua mente leia correctamente o que está escrito.

lugar a outras, numa vertigem de pura contemplação pela paisagem ! E agora, já um pouco amassaditos, chegámos ao Hotel e ao conforto dos nossos quartos!! E

aquela primeira refeição quente, em grupo, amoleceu as vontades mais arrojadas de noite a claro!! Ai… quando caímos nas camas, no calor morno do interior dos quartos, foi o céu… era preciso repor energias para os desafios da manhã seguinte… A aventura ia chegar!! Tudo era demais !: a grandiosidade alva da montanha nevada, o peso das botas, as arestas cortantes dos esquis, o almofadado quente dos fatos…… tanta informação a processar!! “Têm de aprender a cair!!!” – dizianos repetidamente o monitor!! Então, e não é que aprendemos??? De facto, entre umas quedas mais tímidas e outras mais artisticamente elaboradas,

ADIVINHAS

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

Saiu com dois Mas regressou com um! E o país que lhe deu berço Ninguém melhor o cantou. lá aprendemos todos a equilibrarmo-nos e a esquiar!! No último dia, já todos parecíamos uns profissionais!! E, há que levar para casa a prova disso mesmo: os diplomas foram-nos entregues numa cerimónia animada e muito bem disposta!

O que é que nasce grande E morre pequeno?? Qual é o homem Que ao contrário Alumia a noite? Por que é que um hospital E uma aula de matemática São parecidos?

ORA EIRXMPNTEA !! De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra a odrem plea qaul as lrteas de uma plravaa etãso , a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol csãofnuo que tu pdoes anida ler sem gndera pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Cosiruo, não?

QUEM SABE, RESPONDA! Por que separado se escreve tudo junto e tudo junto se escreve separado? Esta nossa viagem que viu o seu “terminus” no dia 9 de Abril, inculcou em nós afectos, experiências e aprendizagens que jamais nos deixarão; creio, até, que , muitos de nós ficaram aficionados por esta actividade desportiva. Vamos esperar pela próxima época de neve para, contagiando a família, podermos, com ela, aí voltar!!

Por que é que os Kamikazes usavam capacete? A quem pedem informações, os polícias quando se perdem? Se eu quiser um boomerang novo, como livrar-me do velho? Como é que o Pato Donald tem sobrinhos, se não tem irmãos e não é casado? Se um polícia apanhar um ladrão surdo, por que razão é obrigado a dizer-lhe que tem o direito de ficar calado? Se há lojas abertas 24 horas por dia, por que têm fechaduras nas portas? Como é que a placa que diz “não pisar a relva” foi colocada no meio do relvado?

Este é o símbolo criado pela aluna do 9ºA, Rita Couto, para representar os alunos na viagem de finalistas de 2010/2011, tendo sido escolhido pela maioria dos alunos do 9º ano.

Por que razão lavamos a toalha de banho se, quando nela nos secamos, estamos já lavados? O Pato Donald usa sempre, e só, uma casaca. Então por que usa ele uma toalha da cintura para baixo, ao sair do banho? Por que é que nos filmes de ficção científica, as explosões no espaço fazem tanto barulho, se o som no espaço não se propaga?

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PÁGINA DAS LÍNGUAS  Provérbios e Citações

Citações O coração tem razões que a razão desconhece. (Pascal) O essencial é invisível aos olhos. Só se vê bem com o coração. (Antoine S. Exupéry)

PÁGINA DAS LÍNGUAS  Concurso literário

Provérbios “Não digas tudo quanto sabes não faças tudo quanto podes não creias em tudo quanto ouves não gastes tudo quanto tens

Se precisas de alguém que te faça um trabalho pede a quem já estiver ocupado; quem estiver sem fazer nada vai dizer-te que não tem tempo.”

porque

A tecnologia aproxima-nos de quem está longe e afasta-nos de quem está perto. (Michele Norsa)

quem faz tudo quanto pode

Não chega primeiro quem vai mais depressa, mas sim quem sabe onde vai. (Séneca)

quem gasta tudo quanto tem

Quando, objectivamente, estamos melhor que nunca, subjectivamente, sentimo-nos profundamente insatisfeitos. (José António Marina)

muitas vezes

O silêncio é o grito mais alto. (Schopenhauer)

julga o que não vê

quem diz tudo quanto sabe quem crê em tudo quanto ouve

diz o que não convém faz o que não deve gasta o que não pode”

Rico não é quem mais tem, mas sim quem menos precisa.

Afonso Oliveira, 7ºA

Sofremos de mais pelo pouco que não temos e alegramo-nos pouco com o muito que temos. (Shakespeare)

Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão.

Perderei a minha utilidade no dia em que abafar a voz da consciência em mim. (Mahatma Gandhi)

Aquele que me tira do perigo, é meu amigo. Com papas e bolos se enganam os tolos.

Citações para o dia do Pai Dia 19 Março

Lembra-te pai: o teu filho tem mais necessidade de modelos do que de críticos. (Joubert) Uma infância feliz é o maior presente que um pai pode dar ao seu filho. (Cholmodeley) Infeliz será aquele que não tem um pai que o admoeste quando preciso. (Luís Vives) Filho és, pai serás, como fizeres, assim acharás. (Provérbio Português) Fazer um filho não é difícil. Difícil é ser pai. (William Bush) Uma das coisas mais importantes que um pai pode fazer pelos seus filhos, é amar a sua mãe. (Teodoro Hesburg) 20   V27avozdocolégio

Quem tem amores, tem dores. Francisco Vilaça, 7ºA

Concurso literário subordinado ao tema “Ponto e Vírgula – Uma História de AMOR”

A

os alunos do 8º ano, no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, foi proposto o desafio, por parte da Professora Lina, de participarem num concurso de escrita criativa. Este concurso literário procurou divulgar e promover o desenvolvimento de competências no que concerne à valorização da literatura juvenil, sensibilizando os jovens para os processos da escrita criativa e desafiando-os a dar asas à sua imaginação. Agradecemos a todos os participantes a sua disponibilidade e criatividade. Aqui estão alguns dos trabalhos realizados.

Vírgula e Ponto Final, Uma História de Amor…

Certa vez, ia a vírgula a passear por uma frase atribulada, onde reinava a confusão, quando chocou com o Ponto Final. Este caiu da frase com o encontrão e esta transformou-se numa não frase. Quem não ficou nada contente foram as palavras e os outros sinais de pontuação que se foram embora sem se dignarem a olhar para a vírgula, comentando quão desastrada esta era. O Ponto Final teve pena dela e disse-lhe que não se preocupasse visto que em breve ninguém se lembraria do sucedido. Sensibilizada, a Vírgula agradeceu-lhe e presenteou-o com um dos seus magníficos sorrisos. O Ponto não pôde deixar de se sentir maravilhado com o seu encanto e ganhou coragem para a convidar a ir com ele ao cinema. Para sua surpresa, a Vírgula não hesitou em aceitar a proposta. Combinaram tudo muito bem e, no dia seguinte, encontraram-se numa frase romântica e serena pela qual passearam longamente e sem rumo durante horas. Vários encontros se seguiram e ambos os sinais de pontuação irradiavam felicidade, espalhando alegria por todos os lados. Certo dia, o ponto final levou a Vírgula a passear por uma das frases mais românticas de sempre: “Queres casar comigo?”. Vírgula caiu nos seus braços com a frase mais afirmativa de sempre: “Sim!!!” E com estas palavras, o Ponto Final e a Vírgula ficaram noivos. Do seu casamento, iria nascer, Ponto e Vírgula, um sinal de pontuação que daria uma pequena ordem às frases meio inacabadas. Mas isso já é outra história. Inês Vieira, 8ºA

Encontro Amoroso entre o Ponto e a Vírgula Num dia de Primavera, antes de o sol se pôr, Vírgula estava a passear no campo. Esta menina deparou-se com um jovem atraente, chamado Ponto que logo lhe chamou a atenção com o seu olhar quente. Ao aproximar-se dele, com a sua voz fina e doce, disse: - Quem é o senhor? - Eu, eu sou o Ponto, o sinal de pontuação mais importante da frase pois se não fosse eu, as frases não teriam fim, e seria uma confusão – disse muito charmoso o senhor Ponto. - E a menina, quem é? – Perguntou ele. - Eu sou a vírgula, e também tenho um papel muito importante na frase, pois se não fosse eu as pessoas não teriam tempo para respirar quando lêem – respondeu, com muita entoação. Concluíram assim, logo no primeiro encontro que não podiam viver um sem o outro, pelo que o amor à primeira vista deu lugar a uma grande paixão. Os dois jovens começaram então a namorar. E depois casaram e tiveram quatro filhos. O mais velho é o Ponto de Exclamação, que é capaz de deixar as pessoas admiradas com todo o seu charme. Segue-se o Ponto de Interrogação, com perguntas sempre na ponta da língua para interrogar tudo e todos. E, por fim, os últimos e mais recentes membros da família: os gémeos Dois Pontos que são inseparáveis, mas são capazes de fazer traquinices que ninguém pode imaginar. Têm uma característica muito saliente da parte do pai: as suas sobrancelhas parecem aspas, muito carregadas e acentuadas. Com muitas desavenças e discussões passaram a travessões, mas nem assim deixaram de viver felizes para sempre. Patrícia Teixeira Dias, 8ºC V avozdocolégio   21 27


REFLEXÃO  Importãncia da Educação Física

REFLEXÃO  Importãncia da Educação Física

A importância da Educação Física para a sociedade?

P

erceber a importância da Educação Física na nossa vida, e na sociedade em geral, é uma finalidade desta disciplina na escola. As aquisições que se fazem quando o aluno compreende o alcance da disciplina, podem ser determinantes para fomentar um estilo de vida com hábitos saudáveis e definir prioridades de bem estar e qualidade de vida. Num início de um ano lectivo, coloquei uma questão aos meus alunos do 9º ano, para comprovar, não só uma série de conhecimentos, como essa finalidade fundamental. As respostas foram bastante positivas para um teste de diagnóstico (os alunos estavam a começar as aulas). Guardei esta e decidi que um dia a iria publicar, porque merece. A autora já não está no nosso Externato, mas foi sempre uma aluna muito especial. Contactei-a e autorizou-me a publicar o seu texto, ao qual acrescento pequenos comentários (a laranja).

“A Educação Física é uma parte muito importante da formação de um indivíduo enquanto membro dinâmico de uma sociedade. Primeiro que tudo, a Educação Física é um modo de promover um estilo de vida saudável, incitando à prática de Desporto, a uma alimentação cuidada, ao repouso adequado, à postura correcta e à procura de ambientes não poluídos. É um meio indispensável para a prevenção do sedentarismo e obesidade infantil, cada vez mais comuns nos tempos que correm. Embora exista alguma polémica por parte de alguns alunos e pais sobre a obrigatoriedade da Educação Física no ensino - facto de esta contar para a transicção do aluno (ela ainda não tinha percebido a influência desta disciplina para a candidatura à Universidade!) - não há dúvida que a sua presença no ensino é imprescindível. A maioria das pessoas que defende a exclusão da Educação Física do currículo pensa nela como tendo actividades desportivas em que os alunos são obrigados a participar mesmo contra a sua vontade. Isto é errado, sendo ignorado o verdadeiro propósito da Educação Física. Na Educação Física o aluno tem a hipótese de experimentar vários desportos, podendo ou não ficar ligado a alguns deles, e é possível que queira dedicar-se à prática desportiva de uma modalidade que nunca teria experimentado fora das aulas. Mesmo os alunos sem aptidões para o desporto aprendem os princípios do trabalho de equipa e da cooperação e a forma de manterem o seu corpo saudável, aprendizagens estas que lhes serão úteis para o resto das suas vidas, mesmo em áreas que nada tenham a ver com actividade física. A Educação Física é por isso um elemento imprescindível na formação de qualquer pessoa, para que esta possa participar na sociedade de uma forma dinâmica e correcta.”

- é importante mantermo-nos activos, diariamente e até ao final das nossas vidas para propagarmos a nossa “juventude” ( a OCDE defende – 1 hora de actividade física por dia, mesmo que não seja seguida; actividade física não é só ir ao ginásio – mexe-te! Passeia, corre, joga, faz jardinagem, brinca com os mais novos, dança, limpa, arruma, ... qualquer coisa que eleve a frequência cardíaca e te dê prazer); - conjuga o exercício físico com outros aspectos da saúde (uma alimentação variada, em doses adequadas, com ingestão de água regular; dorme o suficiente; alterna o tipo de actividades; procura corrigir a tua postura e exercita os músculos do tronco; procura ambientes não poluídos; respira bem e tenta ultrapassar as situações de maior medo ou irritabilidade procurando soluções). - Convida a tua família e os teus amigos a viver desta forma (espalha saúde!). Solange Antunes

Ana Catarina Rato (nº4 9ºB 17/09/2008)

Poderíamos escrever muito sobre o tema e, a propósito do assunto, recordo princípios fundamentais para uma vida mais saudável: 22   V27avozdocolégio

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REFLEXÃO  Testes | Afectos

Testes intermédios, uma opinião

O

que são os Testes Intermédios? Fiquei surpreendida quando me pediram a minha opinião e confesso que fui logo documentarme e pesquisar ao GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação) e a professores meus conhecidos do ensino básico e secundário. Segundo esta entidade, e passo a citar, “os testes intermédios são instrumentos de avaliação disponibilizados pelo GAVE às escolas, ao longo do ano lectivo, e têm como principais finalidades permitir a cada professor aferir o desempenho dos seus alunos por referência a padrões de âmbito nacional, ajudar os alunos a uma melhor consciencialização da progressão da sua aprendizagem e, complementarmente, contribuir para a sua progressiva familiarização com instrumentos de avaliação externa, processo a que estarão sujeitos no final dos ciclos do ensino básico ou no ano terminal das disciplinas do ensino secundário”. Sem dúvida que, bem aplicado, é um instrumento poderoso para classificar e melhorar o

PÁGINA DAS CIÊNCIAS  Biografia desempenho não só dos estudantes, mas também dos professores e respectivas escolas. A esta altura estarão a questionar-se se os testes intermédios não serão o mesmo que as chamadas provas de aferição. Embora sejam distintos, são sem dúvida semelhantes no sentido em que avaliam o desempenho do ensino nas escolas. As provas de aferição visam avaliar o modo como os objectivos e as competências essenciais de cada ciclo estão a ser alcançados pelo sistema de ensino. Realizam-se em duas disciplinas chave, Matemática e Português, e são efectuadas no final de cada ciclo de ensino (4º, 6º e 9ª anos). Os Testes Intermédios visam aferir o desempenho e a regulação das aprendizagens, envolvendo várias disciplinas, como História, Ciências Naturais, Geografia, Ciências Físico-Químicas, Inglês, Filosofia, etc. São efectuados durante o 2º ou 3º períodos, abrangendo a maioria dos níveis de ensino (2º, 8º, 9º, 10º, 11º e 12º anos). Como Professora do Ensino Superior a leccionar na área da Genética e da Biologia, poderei usufruir desta regularização de desempenhos e aprendizagens, mas sendo apenas mais proveitosos os últimos anos do

terceiro ciclo de estudos do ensino Secundário. Desta forma, torna-se mais fácil adaptar os meus programas de unidades curriculares do 1º ano, com o pressuposto de que os conteúdos programáticos básicos já foram aferidos e nivelados a todos os alunos de Norte a Sul do País. Importa salientar também que este tipo de provas prepara psicologicamente os estudantes para enfrentarem a pressão das Épocas de Exames do Ensino Superior. Finalmente, considero que deva existir uma análise dos resultados obtidos nestas provas, de forma a implementar medidas que melhorem o ensino e a aprendizagem dos conteúdos programáticos mais frágeis. Concluo assim, que os Testes Intermédios bem aplicados e classificados, representarão uma mais-valia para o ensino em Portugal. Ana Clara Ribeiro, PhD Presidente do Conselho Pedagógico do ISCSEM Profª Associada do ISCSEM Profª Coordenadora da ESSEM Investigadora do CiiEM Laboratório de Biologia Molecular do ISCSEM Campus Universitário Monte da Caparica

Um Amigo... um afecto

É

bom sentir afectos… Neste mundo acelerado e umbicalista em que focamos o olhar sobre nós próprios e sobre os nossos problemas mesquinhos, sabia bem encontrar uma janela arejada e respirar serenamente lufadas saudáveis… Neste mundo acelerado e umbicalista, sabia bem encontrar aquele sorriso sabia bem saber que, num cantinho do Colégio, havia alguém que, nada exigindo, nos entregava de mão beijada, as sagradas fotocópias e nos brindava com um sorriso de criança. Engraçado… Até a luz era diferente: mais quente, mais dourada. O gabinete deste “senhor da alma aveludada” enchia-se dele. E depois que lhe nasceu o filho os seus olhos viraram brilho atafulhado de ternura e nós deixávamo-nos estar, naquela conversa mole porque nos sabia bem “viver” ali aqueles minutos… e ouvir 24   V27avozdocolégio

desfiar as suas histórias… Um dia, foste embora, Prof. Paulo Farinha. Por que te deixaram ir … nunca percebemos… Naturalmente, não sabias os decretos e não tinhas voz de comando. Será? ... Que grande gargalhada! Fizeste bem: vales mais do que o que fazias. Muitíssimo mais… E, meu querido amigo, há aqui neste Colégio muita gente que não te esquece. E não te esquece porque te soube “ler” com todas a letras, absorveu o teu “estar” e teve o privilégio de ser teu amigo. Marcaste bem o teu lugar. A tua insustentável leveza de seres que a olhos comuns, vulgares, passa despercebida, marcou-nos. Fazes falta, muita falta. A tua insustentável leveza de seres marcou-nos como um peso pesado… Até todos os dias, Paulo. Abril 2011 (Uns amigos que não te esquecem…)

Antoine Laurent de Lavoisier

N

a natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” Nasceu a 26 de Agosto de 1743 e faleceu em 8 de Maio 1794. Antoine Laurent de Lavoisier, considerado o fundador da Química Moderna, nasceu em Paris no seio de uma família abastada e dedicou-se ao estudo da Matemática, Astronomia, Química e Física. Em 1773, colocou um metal dentro de um vaso, fechou-o hermeticamente e, por pesagem, determinou-lhe a massa. Depois, levou-o a um forno de alta temperatura, e em seguida pesou-o novamente. Não houve alteração de massa, apesar de o metal se ter combinado com o oxigénio do ar, formando um óxido. Repetiu a experiência muitas vezes, provocou outras reacções, medindo sempre com balanças a massa das substâncias a serem testadas, e a massa dos produtos obtidos. E, por volta de 1774, ao realizar experiências sobre a combustão e a calcinação de substâncias, concluiu que a massa das substâncias que entram numa reacção química é sempre igual à das substâncias que resultam do processo. Durante o processo químico, há somente a transformação das substâncias reagentes noutras substâncias, sem haver perda nem ganho de matéria. Todos os átomos das substâncias reagentes devem ser encontrados, embora combinados de outra forma, nas moléculas dos produtos. Conforme concluiu ao nível das reacções químicas a matéria não desaparece: apenas se transforma! Nada se perde e nada se cria. Dessa constatação, Lavoisier extraiu o seu princípio, hoje muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” e deu ao elemento o nome de oxigénio. Estava estabelecido o Princípio da Conservação da Massa. Na antiguidade, a água e o ar ainda eram considerados como elementos, ou matérias elementares. Mas, Lavoisier, apoiado nas suas experiências substituiu as antigas ideias pela concepção de que as substâncias (materiais ponderáveis,

sólidos, líquidos ou gasosos) devem ser analisadas e descritas em termos de um número limitado de “elementos químicos”. Os elementos, para ele, representavam a última etapa a que se pode chegar pela análise química. Foi ele quem descobriu que o oxigénio como um dos constituintes do ar e a água é uma substância composta, formada por dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio: H2O. Em 1789 duas grandes mudanças atingem a história e a química. Lavoisier lança a publicação que é um marco na Química Moderna - “Tratado Elementar da Química”, e a História toma novos rumos, com a Revolução Francesa. Em 1768 Lavoisier adquiriu uma participação na Ferme Général, o sistema de impostos utilizado na altura em França para cobrar impostos. A Ferme Général não era um sistema muito popular na época, principalmente pelo povo que tinha de pagar os impostos. E, embora Lavoisier já se tivesse retirado desse sistema, ele foi considerado membro da Ferme Générale, que estavam entre os primeiros da lista de “inimigos do povo” na Revolução Francesa (quando o terceiro estado -camponeses, burgueses e comerciantes- ficou com o poder da França). Os cientistas de toda a Europa tinham medo pela vida de Lavoisier e enviaram uma petição aos juízes para que o poupassem em respeito a seu valor científico, mas Coffinhal, Presidente do Tribunal, recusou o pedido e Lavoisier foi guilhotinado a 8 de Maio de 1794. Joseph-Lois de Lagrange, um importante matemático, do tempo de Lavoisier disse: “Não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo”.

Luís Reis, 8ºC

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QUIOSQUE  Artes, cultura e desporto

QUIOSQUE  Artes, cultura e desporto

Os nossos dias desportivos!! O

s dias desportivos do nosso Externato são uma festa de aprendizagem, convívio e alegria!

Estes dias fazem parte do nosso plano de actividades há gerações, havendo testemunhos de experiências e fotografias fantásticas e divertidas dos mesmos. São dias de competição desportiva, cujos principais objectivos estão relacionados com a disciplina de Educação Física, mas que desenvolvem também muitos aspectos interdisciplinares.

Pretende-se: permitir que todos os alunos joguem no torneio; complementar a aprendizagem das aulas com uma competição concebida para os alunos, onde estes possam testar e, simultaneamente ampliar, as suas capacidades de jogar, de se concentrar, de se organizar, de se controlar em termos emotivos, de se automotivar, de ser perseverante, de se auto e hetero avaliar e de ser responsável por um equipamento completo; conhecer a própria actividade em termos formais, vivendo os vários papéis de participação desportiva (espectador, jogador, árbitro, organizador); desenvolver o espírito desportivo (saber vencer ou aceitar a derrota).

Classificação Torneio de Voleibol 2010/ 11 2º e 3º ciclo - 14 de Dezembro 2010 Fem 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar 4º Lugar Fem 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar Fem 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar

5ºANO D A B C

6ºANO C A B

Masc 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar

C A B

Fem 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar

A B C

Fem 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar

8ºANO B A C

Masc 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar

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Masc 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar 4º Lugar

B A D C

7ºANO C A B

Masc 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar

C A B

9ºANO B A C

Masc 1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar

A C B

Estes dias são muito interessantes do ponto de vista comportamental. Os professores retiram muitas conclusões da aprendizagem dos alunos, dos seus perfis – do que são e do que não são capazes, valorizando a sua participação nestes dias. Os dias desportivos são para os alunos, mas são também organizados com ajuda dos próprios alunos, aos quais é solicitado o envolvimento na preparação dos materiais, na arbitragem, entre outras tarefas, e para as quais eles estão sempre disponíveis e que cumprem com bastante empenho. Normalmente, estes dias têm o seu sucesso assegurado, decorrendo sem grandes constragimentos. Mas nem tudo é perfeito! Quando isso acontece, os professores de Educação Física e os restantes professores, com ajuda mais uma vez da percepção dos alunos, equacionam possíveis soluções, de modo a que nos campeonatos futuros as dificuldades sejam ultrapassadas. Todos os alunos que crescem nesta escola, ambicionam um dia ser vencedores de, pelo menos, um Torneio. É por isso que se esforçam. Daí que editar os resultados das competições desse ano lectivo, seja uma forma de recordar esse esforço. Aqui ficam, então, as Classificações dos torneios deste ano lectivo. Aos que demonstraram o melhor Espírito Desportivo, os nossos Parabéns! Boas Férias e, PELA VOSSA SAÚDE, pratiquem actividade física todos os dias.

Os Professores de Educação Física

A

chámos que não devíamos deixar de passar esta notícia.. Um professor estrela não aparece todos os dias! Fomos, portanto ter com o nosso antigo professor de música, Luís Velez, professor de Educação Musical do 1º Ciclo e pedimos-lhe uma … entrevista (!) - Olá, Professor Luís - Olá, meninas… - Soubemos que andou pelo mundo do espectáculo… - É verdade. Pisei alguns palcos … e também a Televisão! - Pois, o professor deu corpo a uma personagem (fez uma das personagens da) RUA SÉSAMO – o POUPAS – a mais conhecida das crianças. Quando ? Há quanto tempo? - Se bem me lembro… foi em 1989. Já lá vão uns bons anos… - Mas hoje em dia as crianças ainda conhecem o Poupas… - Sim, porque ficaram os livros e alguns DVD’s que mantêm a memória acesa; no entanto, nos Estados Unidos, a RUA SÉSAMO continua a ser um Programa Infantil cheio de sucesso… Tem um cariz pedagógico e educativo muito importante … E continua a passar, tanto nos EU como em muitos outros países. - E cá, o professor foi escolhido para fazer esse papel… - Sim, eles precisavam de alguém que interpretasse a personagem do POUPAS.. . Que lhe desse voz, corpo, alma e que, ao mesmo tempo, aguentasse a posição que a manipulação do Boneco exigia. - Mas..,. era fácil? Como é que o professor fazia?... - Ora… Eu tinha de aguentar 8h por dia, dezenas de “takes” com o braço levantado encostado à orelha, dentro de um boneco feito de penas, com um calor insuportável… Em pleno Verão !! - E como aguentava tanto esforço?

Entrevista Um professor... Estrela

- Quando me convidaram para os “castings” eu estava a acabar o curso de Dança na Escola Superior de Dança… portanto estava com uma boa preparação física. Isto foi uma maisvalia para ser seleccionado. - Por que é que o Programa acabou? - A Rua Sésamo era uma co-produção entre a RTP e a CTW, americana. … Portanto, nós tínhamos de pagar os direitos de autor e o aluguer dos bonecos. Só para terem uma ideia, o POUPAS custava cerca de 100.000 Euros – só para gravar, porque, depois,

era devolvido. Ora o programa saía muito caro à RTP. Infelizmente. - Tem saudades? - Muitas. Sabem que aquilo era tudo novidade para mim. O mundo da televisão é mágico e trabalhar com bonecos e toda aquela fantasia ainda era mais especial… Quanto ao Poupas… prefiro nem pensar: tenho uma lagrimazinha escondida… - E quando a Rua Sésamo acabou, continuou a trabalhar com Bonecos? - Sim… A RTP fez um formato mais económico : O JARDIM DA CELESTE. Éramos quatro Bonecreiros para doze Bonecos. Mesmo assim, ainda gravámos quatro séries em cinco anos. - E depois, Professor? - Olhem, depois, e durante 9 anos, fiz todos os espectáculos do Casino Estoril onde eu criava os números artísticos com máscaras, bonecos e efeitos especiais. - Como é que tinha imaginação para isso tudo …? - Sabem, todos nós nascemos com aptidões naturais. Ao longo dos anos vão-se revelando e cabe a cada um desenvolvê-las à nossa medida. Mas quem vive no mundo da criatividade passa muito tempo a pensar, e é desse processo, juntamente com as nossas vivências que nasce a imaginação. - E agora, como Professor de Música, ainda precisa de tanta imaginação? - É diferente, como Professor estou em contacto com o público que são os alunos. A interacção é outra. Estamos sempre em acção... e o “filme” não pára. A imaginação flui quando fazemos aquilo de que gostamos. - Ganda Stôr… Assim é que se fala! Gostámos de falar consigo, Prof. Luís! - O prazer foi todo meu … E do POUPAS! Ah! Ah! Ah! Pois é… E acaba aqui a nossa entrevista. Foi divertido saber todas estas coisas do nosso professor de música. Teve uma vida preenchida e com muita adrenalina! Diana Martinho e Filipa Pinto, 8ºB

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O NOSSO MUNDO  Lá fora

O NOSSO MUNDO  Lá fora

E

Despedida da Irmã Conceição Querida Irmã Conceição,

C

ostumo dizer que cada ser humano é uma manifestação física daquilo que Deus é em espírito. Acredito que, em cada um de nós, existe uma essência comum, uma energia que nos une a todos, mas da qual nem todos temos percepção. Aqueles que têm consciência dessa energia, desse Deus, sabem que devem cumprir a sua missão nesta Terra o melhor possível, guiando os outros no sentido de encontrarem, também eles, a sintonia perfeita com essa mesma energia, com esse tão falado e analisado Deus. Na nossa jornada, felizmente, temos o privilégio de, por obra daquilo a que uns chamariam o acaso, outros chamariam o destino, nos cruzarmos com pessoas dessas, com seres humanos capazes de nos orientar, de nos dar uma direcção, um rumo. Na minha jornada, a Irmã Conceição foi, sem dúvida, uma dessas pessoas que me conduziu num caminho melhor, que me inspirou a praticar algo de positivo, não só nos tempos de colégio, como também em toda a minha vida. Discreta, inicialmente ninguém parecia acreditar que conseguisse suportar a tarefa de comandar o colégio por muito tempo. Porém, com o passar dos anos e com a experiência ganha no cargo, conseguiu surpreender-me com os seus dotes, não propriamente os de liderança mas antes os humanos. Esses foram os seus maiores trunfos, no controlo e na administração daquilo que, para mim, representou sempre uma segunda casa: o Externato de São José. A sua capacidade de chegar a cada pessoa, desde Irmãs, Professores, Funcionários, Pais e Alunos, tratando cada um como um ser único e especial, tornou-a respeitada e acarinhada por muitos. E isso fez a diferença. Contudo, essas suas qualidades foram, na minha opinião (e a minha opinião vale o que vale), as mesmas características que, nesse período de tempo, a poderão ter lesado mais. Por ser uma pessoa genuína, apaixonada pelos outros e capaz de dar muito de si a quem lhe mostrasse amor, acabou por ver algumas das suas puras intenções mal interpretadas e alguns dos seus gestos exacerbados pela negativa. Aqui entre nós que ninguém 28   V27avozdocolégio

nos lê, Irmã, as grandes pessoas estarão sempre associadas a grandes rumores. Faz parte da natureza humana, distorcer a realidade e tentar lesar aqueles que se destacam pela positiva. A acrescentar a isto, o seu espírito inovador, numa comunidade que, por norma, é mais conservadora, também a destacou. Sei – e não me perguntem como, mas sinto-o – que por sua vontade muitas das regras que tantos consideravam excessivas deixariam de ser levadas tão a sério. Sempre se importou mais com o lado humano da vida do que com o lado formal. Talvez por isso o seu lugar não seja neste país tacanho. Talvez por isso Deus, essa energia que nos une, a tenha separado fisicamente de nós. Talvez por isso Ele a tenha colocado num sítio diferente, mas sem nunca alterar a rota que lhe traçou. Talvez… E como quando falamos de Deus tudo é um “talvez”, que mais não é que uma luta entre a fé e a descrença, procurarei concluir este texto que redijo com muita amizade e saudade recorrendo ao que dificilmente poderá levantar dúvidas a alguém: a realidade dos Homens. É nessa que vivemos e é essa que devemos analisar. Não sei o que reserva o futuro, mas sei o que consta do passado e os efeitos que ele tem no presente: a Irmã cumpriu, pelo menos aos meus olhos, a sua função, no nosso colégio e, acima de tudo, nas nossas vidas. O que fez como nossa responsável, nossa directora e nossa Amiga, ajudou-nos a evoluir, a dar um passo em frente, mesmo que nem todos o tenham entendido logo. Actualmente, somos melhores por termos contactado consigo. No futuro, guardá-la-emos como referência daquilo que foi o nosso Externato e como eterna companheira da jornada que é a vida. Nem todos pensarão assim, mas seria estranho que alguém que merece um texto desta dimensão fosse consensual. Neste mundo, isso é difícil, para não dizer impossível. A minha gratidão para consigo nunca morrerá. Por tudo o que fez por mim sem nunca dizer que o fazia, por tudo o que fez por nós, pelos que conhecia e pelos que não conhecia, pelos amigos e pelos menos amigos, por ter cumprido, no Externato de

São José, aquela que acredito ter sido a sua missão, nesse mesmo período de tempo, resta-me deixar-lhe uma última palavra que, à sua semelhança, é honesta, sentida e forte: obrigado. André Fernandes

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s Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena são-no por vocação. Querem servir os outros, num serviço gratuito aqui e agora nas escolas, nos lares, nos hospitais. Mas, lá longe, fazem missão num adormecer que não conhece o amanhã. Aqui e agora durante o teu percurso adolescente querem dar-te a mão para ajudarem ao acréscimo das tuas competências e ao desabrochar dos teus valores, sem os quais não haverá realização pessoal. Só muito mais tarde, reconhecemos toda a sua dedicação. Talvez tenha acontecido o mesmo com a partida da Irmã Conceição, tão nova, tão identificada convosco nas alegrias dos passeios e no quotidiano dos nossos imensos corredores. De repente parte para Timor para conviver com gente diferente, com dialectos próprios e incompreensíveis, sufocando de medos, fome e doenças. Só a fé a agarra, porque a realidade até magoa. Serviço, doação, partilha... Pensa – algumas vezes Nela, com saudade, ou como exemplo diferente de um caminho a traçar, feito de liberdade de escolha, de fé, de novos horizontes para tornar este mundo mais humanizado. Desta entrega comunitária das Irmãs feita de renúncia, nasce certamente uma plenitude interior que a oração alimenta. Que cada um de vós siga o seu caminho. Professora Margarida Pinto Machado

mbora conheça a Irmã Conceição há mais de 20 anos, foi durante os últimos quatro anos que convivi mais de perto com ela. Neste breve tempo tive o privilégio de conhecer o melhor da Irmã Conceição: a sua generosidade e determinação, a sua persistência nas dificuldades, o sentido de responsabilidade, o carinho e afecto pelas crianças, a sua alegria de viver, a presença sempre oportuna, surpreendente, amiga e terna nos momentos mais cruciais da vida das Irmãs, da família, dos amigos, professores, pais e alunos e o seu empenho em iniciativas de solidariedade. Apesar de tímida, discreta e avessa à exposição pública, gosta do convívio e facilmente faz amigos, sempre atenta aos mais pequenos pormenores. Sensível e tendencialmente perfeccionista em tudo, é uma amante da natureza - na delicadeza com que cuida uma planta ou a faz renascer, na brincadeira com os animais, na simplicidade e no gozo com que saboreava e acompanhava os passeios dos alunos, particularmente os passeios dos finalistas à Serra Nevada, A sua ida para Timor explica-se e compreende-se pela sua entrega a Deus e generosa dedicação a tudo o que faz e ao que lhe é pedido, seja no mais humilde trabalho, seja no serviço mais exigente ou de maior responsabilidade. A Irmã Conceição foi chamada para Timor no exercício da missão que lhe foi confiada junto das Irmãs e do povo em Remexio. Pela sua humildade e pela riqueza de dons e talentos que possui, acredito que continua feliz e faz felizes todos os que com ela vivem, convivem e partilham o dia a dia. Ela tem sabido sempre antepor o bem comum ao bem particular, muitas vezes à custa de grandes sacrifícios e, por isso, não hesitou em aceitar este desafio. Além disso, não é de desanimar perante as dificuldades e facilmente se adapta a novas situações. Já temos saudades da Irmã Conceição, mas sabemos que “há mais alegria em dar do que em receber” e que “quem ama dá com alegria”. Obrigada Irmã Conceição pela sua generosidade e por tudo o que de bom temos recebido de si, particularmente a sua alegria de viver.

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o longo do nosso ano escolar 2010/2011, tivemos uma actividade inédita no nosso Externato que teve por objectivo conhecer melhor os funcionários da escola – ENIGMA. Consiste na exposição de uma foto antiga do funcionário, acompanhada de um poema que, de uma forma velada, vai falar dos traços da personalidade ou actividades profissionais desse funcionário. Todos têm sido alvo do jogo, e todos os funcionários participam, tentando descobrir a pessoa do enigma. Este poema acompanhou aquele que foi dedicado à nossa Irmã Conceição. Como a foto era muito evidente, colocámos-lhe uns óculos escuros (daí a referência aos óculos) para dificultar o enigma. Já aqui aludimos para a sua ida para Timor – “se o rumo for mais além”. Foi com muito carinho e admiração pelo seu percurso como nossa Directora, que lhe endereçámos estas palavras: De tão evidente que era Tivemos de disfarçar Que tal uns óculos escuros !? Que é proibido tirar!! É dócil, meiga, atenta… Tem pingos de mel na voz. Que caminhada sublime Que fez aqui, entre nós! Se o rumo for mais além Numa “valise “ repleta Há-de levar mil afectos… Há-de atingir uma Meta ! Professora Florisbela Brites Fernandes

Irmã Fátima Brazão

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ESPAÇO  Família

ESPAÇO  Família

Queridos amigos... Como vós, também eu sou uma jovem. Nasci em Lisboa, no dia 4 de Setembro de 1837, uma época bem mais difícil do que a vossa, em muitos aspectos. A sociedade encontrava-se dividida e enferma, devido às muitas revoluções e contra-revoluções partidárias. Nas ruas de Lisboa não circulavam automóveis, apenas coches puxados a cavalos. Nas nossas casas não havia televisão nem a moderna tecnologia que favorece o bem estar. O estado não assegurava o ensino para todos, dois terços da população feminina de Portugal não tinha acesso à escola, era analfabeta, ignorante. Devido a várias perseguições à Igreja, o clero encontrava-se desmotivado na sua acção pastoral e nem sequer organizava a catequese. Por isso, muita gente, mesmo adulta, não sabia rezar. A maior parte das famílias vivia em extrema pobreza sem ter que dar de comer aos seus filhos. As crianças pobres andavam pelas ruas de Lisboa, descalças e rotas, a pedir. Eu vivia no coração de Lisboa, na baixa pombalina. Quando saia deparava-me com esses meninos da rua, esses pezinhos descalços. Isso faziame muita impressão… Nesse tempo as divisões entre o povo pobre e os nobres eram colossais. Os meus pais eram da camada mais alta da sociedade, por isso, fui criada com toda a espécie de bens: materiais, intelectuais e espirituais. As riquezas porém, não preenchiam a minha sede de felicidade! Como poderia eu pôr aí o meu coração, desfrutar, indiferente, dos privilégios familiares, quando, à maior parte dos jovens da minha idade, lhes faltava o essencial para viver? Vós, jovens, melhor que ninguém, compreendeis o quanto as injustiças sociais nos inquietam! Bem, mas voltemos à minha família. Não era muito numerosa, como eram, normalmente, as daquela época. Nisso, era mais semelhante às vossas. Tinha apenas dois irmãos, o António, mais velho catorze meses, e o José, mais novo dois anos. Contudo, na minha casa, viviam, além dos pais e manos, um grande número de pessoas que nos serviam e pelas quais eu tinha uma grande admiração e amizade. Quando a mãe saía para visitar os pobres ou para reuniões da sociedade ou da Igreja, eu ficava a tomar conta dos manos, ensinava-os e brincávamos muito. Vivi sempre muito feliz na casa dos meus pais. A minha mãe foi a pessoa que mais positivamente me influenciou. Era muito terna, carinhosa e bondosa. Lembro-me bem de a ver, e eu era ainda criança, afadigada a descer da carruagem e a subir por escadas sombrias até às casas enegrecidas pela miséria, a enxugar lágrimas de pais e filhos e a pôr o pão do sustento na mão engelhada e fria do esfomeado; enfim , a serenar famílias caídas na pobreza. Não pensem, porém, que a mãe nos entregava aos cuidados das amas, para se dedicar apenas à acção sócio-caritativa. Tinha tempo para tudo o que achava importante. Alem de ser muito religiosa, e de nos transmitir o amor de Deus e do próximo, era também muito culta, e ela própria nos ensinou português, francês, história e música. Para outras disciplinas: inglês, alemão, pintura, pagava a professores. Sempre gostei muito de estudar, de saber mais, sobre todos os conhecimentos da época. Reconheço que também tinha um talento especial para a pintura e para a música. O tempo era bem preenchido: estudar, pintar, tocar, bordar, etc.… Nada me faltava para ser feliz! Todavia, nem sempre a minha vida foi fácil. Aos quinze anos, estive muito doente, os médicos achavam-me perdida. Durante vários meses fiquei retida em casa. Lembro-me de chorar por causa disso. Com a ajuda da mãe e de um padre, fui percebendo que o sofrimento também faz parte da nossa existência, e que o importante é saber tirar partido das circunstâncias que tecem a vida. Sentido a falta dos amigos que não podiam visitar-me, por causa do contágio, aprendi a conversar mais com o Amigo Jesus, a ler e a escutar a Sua Palavra. Assim, experimentei a Sua proximidade, reencontrei a paz e a serenidade. Foi durante esses longos meses que, entregue aos meus pensamentos, comecei a meditar seriamente na consagração total a Deus e aos pobres. Não pensem que foi de ânimo leve que acolhi essa inspiração! Custava-me a confessar a mim mesma a ideia de ter vocação religiosa. É por isso que vos compreendo perfeitamente: vós , jovens , tendes , como eu, um grande sonho de felicidade. Há muitas actividades que vos ajudam a ser felizes. Alguns procuram-na percorrendo falsos ou duvidosos caminhos! Confesso-vos, com toda a verdade, o segredo do meu coração: apenas preenchi o sonho de felicidade que me habitava quando me fiz solidária com os mais necessitados, quando me pus ao serviço da felicidade dos outros. Assim, apenas restabelecida, passei a visitar mais os pobres e a ensinar as suas crianças a ler e a escrever. Isso dava-me muita alegria. Mais tarde, com a ajuda de outras amigas, fundei muitas escolas gratuitas para elas. A partir dos dezoito anos, os meus pais levavam-me a festas e bailes. Eu ia, dançava e tocava muito bem, mas só para lhes dar gosto. Interiormente, essas festas não me preenchiam. Fui pedida muitas vezes em casamento, mas sempre recusei. Estava certa de que Jesus me chamava a outra vida. O meu pai, porém, nem queria ouvir falar disso. Em Portugal também não havia congregações religiosas. Todas tinham acabado por determinação do governo. Estas dificuldades, em vez de me desanimarem, encheram-me de coragem. Com a ajuda de um padre dominicano irlandês, fundei, em 1866, uma congregação de Irmãs para se dedicarem à educação e evangelização das crianças, dos pobres, dos doentes, dos operários, enfim, que continuassem o meu desejo de fazer o bem, sempre. Essa Congregação, nascida “clandestinamente” , espalhou-se por todo o país. Em 1910 , as Irmãs Dominicanas que fundei, cuidavam , nas suas casas , de 50.617, jovens e cegas. No dia 5 de Outubro, porém, estalou uma revolução que as obrigou a deixar as casas religiosas e as obras de misericórdia que faziam. Partiram para o Brasil, Estados Unidos da América, Bélgica, e Espanha, onde fazem muito bem. Eu tive de me refugiar, até à morte, numa pequena casa de aluguer, em Lisboa, vendo a mão de Deus a espalhar pelo mundo o sonho da minha juventude: FAZER o BEM SEMPRE E ONDE SEJA POSSÍVEL. A pequena semente lançada à terra cresceu. Hoje, as minhas seguidoras continuam a acolher as crianças órfãs e famintas de pão, de amor e de paz. Caros jovens, conheço o vosso coração. Sei que sois generosos e sonhais com um mundo novo. Não quereis, como Jesus, passar a vossa vida fazendo o bem? Esse é o segredo da perene felicidade. Gostei muito de ter falado convosco. Podem contar comigo.

Teresa de Saldanha. 30   V27avozdocolégio

Orações Natal

Oração do Estudante

CREIO que todos tivemos um presépio em casa para celebrar o nascimento de Cristo – Natal! CREIO que todos tivemos presentes, luzes e decorações, um jantar especial e muita paz – Natal! CREIO que gostámos do descanso, das compras, dos cartões trocados ou dos imensos sms... Toda esta festa exterior é legítima... Não CREIO, porém, que todos festejássemos no nosso interior, com reflexão e oração, este dia de memória e de presença. Detesto ouvir dizer “o Natal é todos os dias”. Não! O Natal é um dia único no nosso calendário. Há dois mil anos, nasceu-nos um Salvador – Deus mensageiro de uma Boa Nova – para que tivéssemos dentro de nós uma alegria feita de esperança e uma disponibilidade para abraçar os OUTROS. Professora Margarida Pinto Machado

Senhor Ajudai-me a fazer do estudo uma aventura bela e construtiva, Através da qual eu consiga realizar-me e contribuir para um Mundo melhor. Quero ser livre E por isso ajudai-me a crescer em disciplina interior Quero ser alegre Ajudai-me a cultivar o sentido de humor, Capaz de aliviar a dor dos outros. Quero ser sincero. Ajudai-me na transparência das palavras e acções. Senhor, dai-me um ideal grande, Capaz de contagiar os outros Para os valores da Família e da sociedade E de um Mundo mais amigo e irmão. Amén.

Santo António oração para a família Querido Santo António! Abençoai e protegei a nossa família. Conservai-a sempre unida no amor. Assisti-a nas necessidades temporais e afastai dela todo mal. Abençoai-nos. Fazei que nunca nos falte trabalho como também todas as coisas necessárias para podermos viver honestamente e educar bem os filhos. 1. Filho, não te aflijas se alguém fizer de ti mau conceito ou disser coisas que não gostas de ouvir. Pior ainda deves julgar de ti mesmo, e avaliar-te o mais imperfeito de todos. Se praticares a vida interior, pouco te importarás de palavras que voam. É grande prudência calar-se nas horas da tribulação, volver-se interiormente a mim, e não se perturbar com os juízos humanos. 2. Não faças depender tua paz da boca dos homens; porque, quer julguem bem, quer mal de ti, não serás por isso homem diferente. Onde está a verdadeira paz e a glória verdadeira? Porventura não está em mim? Quem não procura agradar aos homens, nem teme desagradar-lhes, esse gozará grande paz. É do amor desordenado e do vão temor que nascem o desassossego do coração e a distracção dos sentidos.

A importância de rezarmos com os nossos filhos!! Porque tudo o que fazemos, com os nossos filhos, tem uma importância extraordinária para eles e, portanto, para a sua vida futura e presente, se rezarmos com os nossos filhos, estaremos a construir os alicerces para serem cristãos felizes. Se rezarmos com os nossos filhos, seja uma vez por dia, uma vez por semana ou uma vez por mês, estaremos a dar-lhes um sinal da importância da intimidade, na oração, com um Deus que muito os ama. É muito importante que desenvolvam uma relação de proximidade e de filhos queridos e muito amados, por Deus Pai. Como pais, está nas nossas mãos, iniciá-los nesta relação e, sobretudo, dar-lhes a noção da importância, da mesma, para sua felicidade. Se formos à missa com os nossos filhos, mesmo quando nada ouvem, estão todo o tempo a andar, ler ou escrever, estaremos a dar-lhes proximidade não só com o local Igreja como com a comunidade Igreja, a Palavra de Deus e a Eucaristia. Estaremos a dizer-lhes o quanto é importante guardar uma hora (uma só hora), na semana, para dizer a Deus o quanto gostamos e precisamos d’Ele. Muito mais poderemos fazer … por exemplo, colaborar em acções de solidariedade como Banco Alimentar, levar donativos à Ajuda de Berço ou Ajuda de Mãe ou quaisquer outras actividades que, a nossa criatividade de pais, possa indicar. Acima de tudo, podemos construir um pouco de Igreja doméstica e proporcionar, aos nossos filhos, um pouco do quentinho da Fé dos primeiros cristãos. Bem hajam todos os pais.

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SOLUÇÕES DAS ADIVINHAS DA PÁGINA DAS LÍNGUAS 1ª – Luís Vaz de Camões 2ª – O lápis 3ª – Raul 4ª – Porque em ambos há operações.


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