Revista Víbora 4o Edição

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que nossos leitores sdo belos e encantadores como os 0ltimos dias de primaverar Jd os conhego pelo olhar, pelo passo e pela infinidade de estrelas que trazem acesas nas

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m5os...

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T-odop loucos perdidos, gigol6s incurdveis, abutres sedutores, afeminados, semitas e antisemitas, doutores Lacanianos, artisl tas Futu-ristas, ladr6es de pe'rus natalinos, religiosos trinwiados, soldados de guarda, alimentadores de giraTas e, inclusive,

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9_lgurngs adolescentes daquela escola

'Pipi'6 quase um pecado mortal!

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Tenho certeza... {e que passo pelas mSos da Elite deste mundo hio6critar Os outros, os milhares de individuos que nflo me ;;;h";;_ rao, estarao .sempre.e sempre condenados a u ma vida ( l6oical (coerente), (realista) e (produtiva)!!! E serdo sepultaOoi.tisob a sombra ingdnua de um eucalipto solitdrio. -

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NEo, n5o se iludam com o progresso humano! Ainda ndo se fez -nada.aqui, ndo somos maiJ lricidos que o peixe obsessi_ vo fechado em seu aqudrio que golpeia com a cabega o ridro invisivel, sem lograr avango itgum. Nosso conhecimento ainda 6.tdo insignificante e tdo infantil que acabard por matir_

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nos de vergonha.

Por favor, em meu nome, abram as janelas de vosas cons-

ci6ncias!

Edilor: TLEBER LITA Coloborodore3: .todo vrarua .ioA-o

evatcelrsra

particular, 6nOe faiJi

l.wo0i?Ilt{lr SULLIVAN CAT .lo do nocn a e I

RONAN ALVES LIGIA VERDI

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EAXUNIN

ALEERTINA DA SILVA

ENRIQUETA

NIETZ SCHE

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CORRESPONOETqIA. PARA

DI LUCCHI. . . E OS VIAG

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NENHUM DIREITO RESERVADO

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TETNffiA N6]A]T-DE9A@ @ETA]NEADA

"...

Oueira, parecem confidenciar-me

essas

criangas. me dizer quem eu sou, dizar-me de uma vez por todas, para que 8u pos$, tran' qriilamente, voltar ao meu lugar nas trevas e permanecer A vontade na noite." (Mannoni)

Talvez at6 hoje seja insignificante o n0mero de educadores que saibam o que realmente a escola significa para seus "ugJ5rios", isto d, para as criangas. A existencia f isica de um lugar que se chama escola, passou a ser algo tdo necess6rio e inquestion6vel no mundo moderno, que poucos educadores e professores pen$m ou permitem-se pensar sobre ela por vfas que nao esteiam sacramentadas pelos cinones e pelos principios que a tradigdo engendrou. Todos, ou quase todos, somos unAnimes em afirmar que a e$ola tem um papel fundamental no seio social, chegando a ser, juntamente com a familia, a igreja e o Estado, o quarto pilar da sociedade. Tudo bem; mas ser6 que para as criangas a escola

o mesno sentido que para seus ide6logos, que para seus professores, que para o sistema como um todo? Se gundo as teorias do professor Holt, nto. John Holt, em quem fundamentarei este artigo, passou a ser conhecido nos meios pedag6gicos por sua singularidade de id6ias e por seu questionamento radical do papel da escola. Exerceu a atividade docente durante duas tem

d6cadas e deu cursos de preparagdo para professores em Harvard Graduate School, smpre focalizando o fracasso da e*ola

como espago pedag6gico e recomendansaia de sus muros, que leve seus alunos para as ruas para queai possam ectabelecer relag6es com a vida real da sociedade e ter uma visdo do

do que a escola

mundo mais abrangente do que aquela estereotipada que a escola lhes transrnite. A escola 6 segundo esse pesquisador, um lugar nefasto e horrfvel para as criangas, inclusive n5o apenas para as criangas, mas para qualquer pessoa (professores, administradores, trabalhadores, etc.,) que tenha que permanecer nela. Um lugar onde, depois das criangas permanecereill por um ou dois meses, vdo perdendo a curiosidade, e tornando-se menos vivas e menos audaciosas.

Ser6 isso verdade? O que haveria nas escolas de tdo antip6tico e de t5o pernicioso para a sa0de e para a liberdade das criangas, a ponto de torn5-las medrosas, astrstadas, e menos interessadas em verificar os mist6rios da vida e do mundo? Ser6 que as criangas s5o tdo intuitivas a ponto de perceber a gigantesca emelhanga que h6 entre a estrutura ffsica das escolas e a estrutura ffsica daquelas outras instituig6es que, preconceituosamente ou ndo, causam no ser humano angtistia e horror? (refiro-me aos manic6mios, aos presfdios e aos hos pitais). O que as torna semelhantes? Os port6es, as filas, as campainhas, os hor6rios, os uniformes, os guardas, as chaves, os sil?ncios, a assimetria entre os "internos" e os funciondrios, em sfntese, o roteiro "curricular" de cada uma delas. Oue faz o professor quando recebe no inicio do ano ou do semestre a um novo "contingente" de alunos? Senta-os em ordem, cada um em sla carteira, assJme um ar de autoridade. exige sil6n-


cio e lhes comunica: "VoGOt v6m a esco' i" r.ri aprender"' Como se at6 enteo a ndo estivesse- aprendendo e como

se"riinc. se a aprendizagem f6sse algo m6gico e

oarado da vida. Os professores, em sua orande maioria, ainda acreditam que se iao tds.e por eies, se eles ndo ensinassem a crianga a ler, a falar, a portar-se,,a-cum"etlqueorir com os postulados e com as tais [.j' io.i.t,'elas iamais aprenderiam nest, T5o'grancie 6 a inconsci6ncia "oit te particular, que chegam a pensar que a aoiendizaqem 6 um processo passtvo' alem vez g; qrt p6dem.fazer'pelo-aluno fa;zer' deve t" ifgo que cada um pode e oor'si'mesmo. *' ''O';;mportamento da sociedade em oeral J dos professores em particular' deiree ia claro que a ideologia vigente com que se mesrna I 6 oeito a ciianga, ainda segun' onde, passados, s6cllos [inna nos do Rusrll "..' as crianqas como as nJ:':lheres, principalmente entre os evangelF membros. do ;;;.;d; ieolosicamenteachavam ainda se ndo s.tan5i; iiib"'J" XIX' ;;;;.r.d;-Mas, dutante o s6cu-lo s-emei ;-;;et i autoridade Paterna, lhanca da autoridade dos reis, sacerdotes e miridos, se viu ameagado, ficaram ema vooa m6todos mais stttis de repressao in-iiUotOin.qSo. As criangas entEo' nlssa-'boas ram E ser "inocentes"; como as mulheres", tinham vigo e pureza' @ven' do ser protegidas' a fim dc que- nao contt""attlt o-mal, pois, do contrSrio.'-esse vico e essa pureza estariam perdldos' i,Jituiu., ademais, uma esp6cie de sabe' doria esp'ecia!... Comegou a ndo parecer de modo algum correto que se esPanre casse uma criatura que se encontrava que se ou Abrf,o", "seio de no oousando de "elevados Iott" ut Gstdo, em lugr instintos". De modo que os Pals e os mestres-escola verificaram que o prazer oue tinham em infligir castigos estava uma tee indo diminu[do, Pois surgia necessarlo que tornavaria da educaqdo considerar'se o bem-estar da crlanqa' e n6o apâ‚Źnas as conveniEncias e o senso O 6nico .consolo o"'lorii oo adulto. era qr" oi adultos podiam permitir-se= lnpslcologla nova uma de a invengdo ianiit. As criangas ap6s terem sid.o membros de Satan6s, na teologta tracllclonal' nas e anjos misticamente iluminados nnentis dos reformadores sociais, converGiat'* de novo, em Pequenos demonios, n6o dembnios teol6gicos 'nsplrados

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oeto Espirito do Mal, mas abomrnag6es tientifidas freudianas, inspiradas pelo inionsclente. Sdo elas, deve'se dizer ' muito mais maldosas, do que o eram n4i diatribes dos monges; revelam. nos como8ndios modernos, um engenho e uma bersistâ‚Źncia em invenq6es oecaminosas como ndo h6 nada que se lhes-conroare no passado, exceto em Santo Antonlo' Constitui isso, afinal, a verdadeobietiva? ou 6 simpleimente uma compensagao imaginativi dos adultos, por ndo lhes ser mais admitido espancar as pequenas oestes?" A verdade 6 que intelectualmendas ie sequimos tendo uma concepgdo crianias, mas afetivamente nosso comportamento ndo correPonde a essa concepgeo. '

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Aos "vfcios" educacionais da famf-

lia, aos quais a crianga 6 clbmetida dede o momento em que nasce, vem somar-se os "vicios" ideol6gicos da esola, fazendo, e de forma cruel, que a crianqa sinta que ndo vale nada, que ndo sabe fazer nad', e oue so serve para acatar ordens; orOem do pai, da mde, do Professor, do vizinho e de todos os adultos que fazem oarte de seu cotidiano os quais, diga-se 3. putt"g"*, sdo quase sempre para ela, um mist6rio, um pogo de contracllgoes, uma inc6gnita humana.

No iundo de s.la "inoc6ncia" a crianga capta e registra nos. discursos (conscientes ou inconsientes) de seus orofessores, uma voz que Proclama: i'... tuas experidncias, curiosidades, me' dos, necessidades e desejos... o que sabes, pergunuls, esperas, gostas ou ndo qostas, para o que serves ou para 9 gue i6'o serves, tudd isso nf,o tem a mfnima import6ncia para n6s. Aqui s6 importa realmente o que n6s sabemos, o que n6s consideramos impcrtante e. o,,que n6s queremos que Penses e que- sera: ' Tudo issd transrnitido b criangas dia ap6s dia, m6s aP6s-m6s, ano.aP6s arto, acaba "ensinando-a" a reprimir sua curiosidade, a envergonhar-se d9 -seu pr6prio saber e de suas mais autdnticas inquietudes. Acaba por levar a. crianqa a edificar *ta personalidade sobre sentimentos de inferioridade, de culpa e-de fracasso. E enorme a populaQdo de crianias oue acrediu que n5o-vale nada, que E-i'bi.rrra" e que tem deseios e fantasias petuetraa. "... n6o sou nada ou, quan9o l,uito, sou uma crianqa 1na' \?o tenho intereises ou preocupagdes dignas de


I

valor e nada daquilo que gosto 6 bom, nem para mim nem Para os demais. Oualquer escolha qtre fago ou decisflo quc tbmo 6 esttpida... Minha 0nica esperanga de sobreviver nesto mundo, est6

im

strbmeter-mea alguma autoridade e

lazer o que esta me ordene... " A escola pas$ a 9r enâ‚Źo, um lugar onde a crianga vai para tornar-se insegu' ra, confusa e amedrontada. Planejada pa-

ra ser umtrampolimpara o saber e para a vida, a escola acaba sendo uma armadilha, um jogo e uma prisdo para as crianga onde, em vez de viver e vivenciar valores democr6ticas, vai aprender verdadeiramente a aceitar uma escravidd'o pr6tica o que, indiscutivelmente, reproduzir| depois em $la vida adulta. Ouando a crianga descobre que a ee cola ndo est6 a seu favor, que ndo foi edificada para garantir nem para promover seus interesses e que, pelo contr6rio, 6 o lugar onde lhe serdo introjetados valores e crengas que apenas interessam d sociedade-adulta, pgssa a dewiar seu interesse e s,ia curiosidade da aprendizagem para formas de tirar "sarro" do professor, de colar nos exames, de fugir dos problemas

escolares, de burlar 6s tâ‚Źgtos, etc. De ai para frente j5 passa a identif icar o profe* sor como um inimigo e entra em compe-

tig6o aberta com os companheiros... A

vida rotineira da

escola se transforma numa ep6cie de jogo, onde para cada vencedor deve haver cinqijenta perdedores. "'... A escola vai transformando a crianga, n6o apenas num ser hostil, mas tamb6m num ser indiferente, exatamente como aqrelas tranta pessoas que duranâ‚Ź meia hora assistiram o assassinato de Kitty Genovese. sem presur-lhe nenhuma ajuda." Voltando i per,gnrnta inicial: Oual o significado da escola para as crianga que nela passa. meses e anos? Resposta: um lugar desagraddvel, chato, feio e desumano. Um lugar que vai ensinar-lhe a "desligar-se" das coisas naturais que correm a zua volta, e um lugar onde ter6 que ouvir milhares e milhares de vezes as seguintes "recomendagdes": Fique quieto! Sildncio! Sentado! Em fila! e etc., etc. 1

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DA ESCOLA E DOS EXAMES.


Em certa ocasiSo, Churchill decla-

rou eloqi.r'entemente que seus professores em Harrow nao tinham interesse algum em verificar o que ele sabia,mas, rinicamente, o que ele nd'o sabia. A realidade

erolar do tempo de Churchill e a de agora parece n5o haver avangado um mi-

limetro no campo educacional. E isso, como diz Holt. "ndo porque os professores sejam "uns velhos malvados", mas simplesmente porque a sociedade e o sistema social exigem que o trigo seja separado do joio." As escolas, desde o Prim5rio atd a universidade (sem falar em algumas pr6escolas) usam os exames com a desculpa de verificar o quanto o aluno aprendeu para com isso saber como alud6-lo a aprender mais. Claro que isso d falso em 95% dos casos. Segundo Holt "... existem outras duas raz6es fundamentais pelas quais submetemos os alunos aos exames: (A) Para obrig6-los a fazer o gue queremos que faqam e (B), Para conseguir uma base sobre a qual administrar as recompesas e os castigos, nos quais, como todos os sistemas repressores, 9e apoia o sistema escolar. A ameaga de uma prova ou de um exame faz com que os alunos realizem o trabalho que lhes pedimos; o resultado dos exames nos permite recompensar aqueles que parecem saber mais... A economia da esco' la, como a maioria da sociedade, fundamenta-se na ambi96'o e no medo. E os oxames despertam medo e satisfazem a ambigdo", 6 que Por ila vez, distorce e corrompe totalmente com a aprendizag"t. cbr! a educaqdo e com o car5ter dos indivlduos. 2 -- DOS PROFESSORES OUE

FALAM DEMAIS. Algumas criangas, sem saber a mag-

nitude de cras declaragbes af irmam: "Os professores falam demais! S5o uns verdadeiros tagarelas! TerSo razdo essas criangas? Uma an6lise cuidadosa dir6 que sim.

"Desde o momento em que os professores entram na sala de aula at6 o momento em que saem dela, n6'o param de falar... e as vezes s6 percebem isso quando comegam a sentir dor de garganta. E de que falam os professores? Cluase

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todo o tempo repreendendo e passando informagdes. Algumas vezes falam de si mesmos, fazem demonstrag6es daquilo que acreditam ser correto: assim ri que se deve escrever uma carta!, assim 6 que se resolvem as equag6es quadradasl, assim 6 como se realiza este experimento!, assim 6 como se elabora uma redag6'o!, uma critica ou um elogio!!!..." Parece incrivel, mas grande parte daquilo que os professores falam tem como objetivo fundamental fortalecer seu controle sobre a classe e manter os alunos na linha... Ainda ndo sabemos o que foi que levou os educadores a conceberem a id6ia maluca de que uma classe aprende melhor se todo mundo aprende ao mesmo tempo... exatamente como se uma cf asse fdsse uma fSbrica!

Em sfntese: os professores falam demais. Falam para fortalecer seu Ego e para obrigar as criangas a fazerem o que eles querem que elas fagam e em segu ida falam para verificar se o fizeram; depois formulam perguntas sobre os deveres de ontem ou sobre os de amanh5... tudo isso para manter a atengeo dos alunos centrada neles e, grande parte, para controlar zuas ansiedades ou suas ang0stias. 3

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COMO SE ENSINA UMA

cR|AN9A ODIAR A LEITURA. Uma nagSo cujo povo nao tem interesse e mesmo paixSo pela leitura e pelos livros, deve buscar as causas desse desas-

tre na metodologia e na estrutura de seu

processo educativo. Os primeiros anos es-

colares sdo os que irSo determinar grande parte da vida futura dos individuoie, por mais Surrealista que parega, 6 exatamente nos primeiros anos escolares que os

livros e a leitura So convertidosem fontes de fracassos, humilhagdes e vergonhas para es criangas.

Como? Normalmente nas escolas

as

criangas sdo obrigadas a ler em voz alta diante da professora e da classe e quando cometem um "erro" ou n5o conhecem uma pala-vra, recebem vaias e cr(ticas ir6nicas.... As vezes, quando a professora 6 "Emdvel", poder6 dar um <ioce e triste sorriso em troca de cada erro cometido

pela crianga, o que significa, muitas vezes, para o pequeno leitor, o mais dolo-


I

roso dos castigos". Ser5 que alguma vez os professores j5 se perguntaram pelo "por que" dessa necessidade de fazer a crianga sentir-se "bt)rra", est0pida e envergonhada? Ser5 que qualquer um desses professores ndo sentiria o mesmo em uma situagSo semelhante?

Mas, como as criangas n5o s5o "burras", rapidamente associam os livros e a leitura com os erros reais ou os erros que temem, bem oomo, com os castigos e as humilhag6es etc., e passarn a odiar ou, pelo menos a temer tudo o que aos livros se refere. Este 6, em poucas palavras, o mecanisrno que leva as pessoas a crescerem adversas b leitura, ao conhecimento e b pr6pria vida.

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OUAL E NOSSA UTOPIA ESCOLAR?

ou com o violinista da esquina,

quem

lhes falaria sobre a m0sica, sobre destino dos m0sicos, a lei dos sons e sobre o deleite da sonoridade. Assim seria nossa es-

cola ambulante, que teria o ano inteiro para visitar ambientes diferentes e apaixonantes onde as criangas se "alfabetizariam" a si mesmas e esolheriam livremente suas paixdes e seus gozos, porque todos sabemos que a verdadeira relagSo dos adultos com as criangas d aquela que contribui autenticamente para aumentar gJa compreensSo das coisas, stra capacidade de autonomia, de rebeldia e de critica. Enfim, para n6s, todas escolas fixas levam em si, a essdncia e a filosof ia dos presfdios e devem sr, pelo menos no futuro, radicalmente desrnanteladas.

J6 que hoje, as escolas nEo Podem ser radicalmente desmanteladas, que nos resta pensar?, que nos resta tazer? lnventar uma Utopia, ora! Teorizamos um-a escola ambulante, coordenada por

reuniriam-se numa rua central da cidade, para ver os caminhantes, os ratos dos esgotos e para dialogar com os mendigos

sSbios

e

pesquisadores. Uma escola ambulante que tenha asco pelos livros e pelas cartilhas, essa lepra educacional que aterroriza as criangas e que as conduzem a um processo de imbecil izagSo coletiva. Nossa escola abandonaria para sempre as salas fechadas, os muros dos cold-

gios, as filas, a repressSo corporal das ihamadas "carteiras", os banheiros vigiado, o sorriso bestial das "titias", os joguinhos mecinicos e os hor5rios. pr6estabelecidos. Nossa escola ambulante abominaria todas estas babaquices neu16ticas e levaria as criangas para ver e,estudar o mundo. Por exemplo: levarfamos as criangas (sempre quando elas de-seiassem). oara conhecer uma colmdia, assistir"o'v6o e o trabalho das abelhas, o fabrico do mel, dos favos e dos edif i cios ca6ticos onde elas habitam, e ali lhes falariamos de todos os seres alados, de todos os elementos adocicados, do paladar, do trabalho, da vida em comum, e do prazer. Nossa escola ambulante visitaria uma fdbrica e as criangas conver$riam e poderiam ver o movimento escravo dos trabalhadores, entenderiam como se fabrica um avi6o ou uma cueca, um papai-noel ou um chicote' Em outro dia

Dro. ENRI0UETA Dl LUeCHI

ESPECIALISTA EM EDUCACAO

F Eu

m.aneira como mitridates foi paulatinamente se acostumando a beber o veneno, o ser humano vai familiarizando-se, desde a infSncia, com o amargo gosto do veneno da escravidSo. (La Bo6tie; La servi&rmbre volunt5ria.)

por fovor senhores, nd'o me libertem,

disto eu me en co r rego

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humrnidrdc' cssc lixe clntrurcvrlu cirn irio, n-o prdcri vivcr livrcmcnfe cnqurntr o tiltimr c.pitrlisil nir for cnforcrdr com ts tripr s do rJltimr comunistr.

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A FIh@8OFIA DA EIVIBRIAGUEU t lutG.nrtcl lnc0srta iEslDE

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OOVIOI CERTEZA DE TER OUE XOiiER OUE 'iIA DE TER iEALI'ETiITE YIVIDO,

Na verdade, os homens nunca

E.. hd muitos

riscos em ser bom num mundo absolutamente perverso. A crueldade d o primeiro sentimento que a natureza nos imprime e est6 em todas as suas manifestaqdes. A crueldade d uma forma de violdncia organizada. Como a crueldade, o sexo d organizado. A crueldade e o sexo ordenam-se no espi rito que possui a resoluqSo de passar para 16 dos limites do proibldo. A proibig5o existe para ser violada. Ndo hd proibicdo que ndo possa ser transgredida. Frequentemente uma transgressSo 6 admitida, para justificar a perman6ncia da lei preventiva e sanadora. Assim a juventude 6 uma instituiqSo que sustenta qualquer sistema transgressor. A ela caberia sanar, demolir todas formas de opressSo; usando-se apenas da sua debilidade. Ser jovem d exercer o espirito dos velhos.

SULL lVAN

se

opuseram d violencia, nem ds leis, nem

a

nada.

56 reagem se sdo incomodados. Dizem que o homem deve viver em sociedade e precisa, portanto, sacrificar uma parcela de sua felicidade particular em detrimento da felicidade p0blica, esta baz6f ia sempre serd vomitada pelos politicos, educadores, psicanalistas e toda cambada especializada em obstruir o ser, na simples constataqeo do nada. O homem n5o tem necessidade de viver em sociedade. Se regressasse ao seio das florestas, poderia fazer tudo livremente, mas fatalmente perderia sua arrogancia ao constatar que os pdssaros dominam a linguagem e por isso voam; neste exato momento em que divago pelos labirintos da imagina,.do, um geneticista calhorda me refutard com seus

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ex6rcitos de frases e de f6rmulas; que tornaria impossfvel, voar, pois para ele os gens s6o determinados e rfgidos. Mas ele atd agora, descobriu muito pouco sobre o abismo que nossa espdcie encerra. A melhor maneira de destruir as leis, dogmas, cientistas, presidentes, poder, ndo 6 pela violdncia, e sim pelo ridiculo, o deboche, a desmistif icagSo cotidiana. A secular covardia. A secular opressdo ndo passa de um momento em que o ser deixa-se dominar. Ainda que escolhesse a morte como alternativa, de libertaqSo da pocilga que ronda a espdcie humana, evitaria de ser o transmissor do gdrmem da canalhice. Um cidadSo ndo pode ser limitado ou reprimido pelos demais atravds da fome e da reprodug5o, que sdo as condig6es para todo ser vivo existir. O que sobrevive atualmente d uma multidSo de seres sufocados, castrados, doentes, incapacitados, mutantes que sonham em ser livres, Plenos, felizes, habitantes do paraiso terrestre de liberdades andrqu ica e absoluta, irresponsiivel e primitiva. A vit6ria se dard, mas esta constataQeo 6 impossfvel com os mdtodos que temos de vermos os vencidos. E necessdrio um momento em que os homens se fundamentem somente na satisfagdo em pactuar com a natureza. Ndo sendo assim, a natureza se torna a maior tirana a que o homem jd se sub-

foi semPre assim? N5o seriam os homens uma

meteu. Mas ndo

sabo-

tagem dos seres vivos?

sabe a Pr6Pria tirania, nao seria uma lei imposta aos homens,

Ou quem

para viverem?

Ndo existe homem nenhum que n5o sinta um prazer imenso em tiranizara o ato sexual, 6 um vicio que extraPola o coito e chega atd a um boteco com seu dono, seus empregados e os fregue-

I


ses perpetuando o reino da opressSo: um a sorver o absinto, o outro a servir e o proprietdrio obtendo o lucro, e todos viciados neste jogo onde o limite e a lucidez sdo iguais para todos.

s

os vfcios fazem perigosas virtudes nascerem, corromper a juventude para o vicio, ndo seria um ato sub-

Ora,

versivo?

Pois, a juventude ao contestar nao estaria liberta? Mas, esquegamos estas sandices e vamos ao caos.

CONTORNOS DO CAOS Urna mde n5o dd somente a luz d seus filhos. D6 muito mais que isso. Sua lnfluEncia d muito poderosa. Ela modela o futuro do filho quer para o bem, quer para o mal, para viver alegre ou para a sua autodestruigdo aflitiva, ou quem sabe afetiva. Algumas mulheres n5o querem seguir sendo reprodutoras de uma raga de seres humanos enfermos, ddbeis e miserdveis, que n6o t6m a forga nem o valor moral para roubar o verdugo de sua pobreza e de-sua escravid5o... Se 6 necessdrio fazer amor com um homem, melhor serd receber dinheiro para isso... Mas a tragddia da mulher emancipada economicamente ndo se fundamenta no fato de que ela tenha muitas experiâ‚Źncias, e sim, de que ela tenha muito poucas. E necessdrio sobretudo que as relagdes amorosas sejam protegidas contra qualquer interfer6ncia de interesse econ6mico; 6 urgente que rigorosos esforgos impegam o opr6brio da relag6es naturais e dos filhos que delas nasgam; devem ser desenvolvidos esforgos com vista i eliminagdo dos seritimentos e culpabili-

dade relativa d sexualidade e d substitui-

g5o da moralidade compulsiva exterior, pela responsabilidade interior e pessoal. O tempo jd est6 maduro Para a detonagdo. Ndo hd mulher alguma que ndo tenha experimentado os chamados "fantasmas da prostituiqflo". Raramente trata-se da iddia de prostituir-se de fato. mas, em geral, do desejo de se ter relaQ6es com mais de um homem. A obrigagdo de.fidelidade 6 imposta pela propriedade e paternidade . Os motivos subjetivos que atribuem ao masculino s5o o medo de um rival e o medo narcfsico de ser publicamente estigmatizado como cornudo. A infidelidade do homem d apenas umareestruturagdo na ordem econbmica do lar. Ou seja, b mulher serd

mais astuta na negociagSo ao

acesso

do homem d sua vagina. Mas a infidelidade da mulher demonstra i opiniSo p0blica que o marido ndo soube fazer valer os seus direitos e talvez a constataqeo que ele n5o foi suf icientemente capaz de satisfazer a fantasia sexual da sua mulher. E por isso, que normalmente a mulher zuporta melhor a infidelidade do marido do que este a de sua mulher. Uma coisa d certa, o homem tem Pavor is mulheres. Alguns em segredo, outros abertamente. O que poderia ser mais lacinante do que uma mulher libertada, de olho num p6nis murcho?

Ndo se admira, que os homems odeiam as mulherest Ndo se a<lrnira, que tenham inventado o mito da insufici6ncia femininal

As maibres questdes da hist6ria empalidecem, em comparagdo com estes dois objetos quintessenciars: a mulher

eterna e o pdnis murcho eterno. Penso que o homem ndo tem possibilidade de

9


tomas de sua rufna.

esclarecer e esclarerlse se neo dominar o

que o aterroriza.

EMBRIAGUEZ DA PAIXAO

O homem ndo consegue ser livre porque ndo tem condiqdes de tolerar a liberdade, na medida em que desconhe ce o que esta seja.

As almas sdo Produto e vontade da natureza que tanto cria virtude co-

Seu corpo 6 rfgido e quando sua natureza eterna atingir o mundo exterior, dard de encontro com a sua cou-

mo vfcios.

rag,a.

diferenqas sdo apenas novos valores; o sexo assume seu feitio de desejo apenas como objeto de amor; a prorniscuidade d algo sem atrativo; a pornografia 6 execrdvel, mas ampla-

As

mente solicitada e Produzida.

Decifrar6aquestao. A chave Pode ser vista Por aqueles que estSo presos, e ndO obstante, ningudm parece enxergd-la.

couraQa sustenta um corpo mon6rquico. O homem ndo consegue suportar o movimento natural e luta contra ele usando todas suas forqas, seja onde for que se encontre. Sua fonte de erro

A

constante reside justamente

nessa

batalha contra a natureza que acaba por deixd-lo encouraqado e ansioso em relagdo ao poder. Poucas sdo as pessoas que crescem segundo os ditames da nalureza, a pessoa normal n5o 6 sauddvel,

muito embcra ndo tenha atingido

o

ponto de manifestar abertamente os sin-

' O mundo estd assim: rePleto de

destrutividade, o homem parece destinado adestruir-see a seu meio ambiente naturil, apesar de todo o seu conhecimento e dos esforgos enviados para aprimordlo. Com exercfcios ffsicos, didrios esta couraga 6 desmantelada e assim liberta o reflexo sexual. A couraqa consiste na contraqSo e imobilizagSo da maior parte de todos os m0sculos ao redor do olho, pSlpebras, testa e gl6ndulas lacrimais, bem como dos m0sculos Profundos na base do occipital, envolvendo portanto ate'o pr6prio c6rebro... Abominar a destruigdo 6 uma grande farsa sabiamente negociada entre os vil6es da miseria e os da fraternidade' Acredite, o sonho, a ilusdo de que dias melhores vir6o, sdo os limites e a estagnagdo cerebral do ser humano. O colapso 6 inevitdvel para quem tenha a pretenseo de adiar o exato momento, pois a vida humana por hora 6 inoportuna.

que tudo se conf undo, que todos os elementos se choquem e Se entre-choquem em confusdo, que tudo volte oo coos poro que do coos nosgo urn mundo novo.

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TIEDERASTIA "A

questSo estii em saber se entre 0s term0s'pederastia'e 'pedagogia'existe uma

simples associaqS'o 0u se existe uma vinculaqdo mais intima, uma vinculaqSo mais essencial e necessdria. Dito de outra maneira:o pedagogo d ou deve ser inevitavelmente um pederasta? Tal d o dilema que trata o ensaio A PEDAG0GIA PERVERTIDA, de Rene'Scherer. Para tratii-lo, Rend t0ma com0 p0nt0 de partida a critica da obra fundadora da pedagogia ocidental moderna: Emllio, de J. J. Rosseau, cujas iddias permuta c0m as enciclopddias modernas de educaEdo sexual familiar e com as relag6es claramente sexualizadas entre iniciador e iniciado que presidiam a aprendizagem social dos antig0s greg0s e de muitas sociedades primitivas. Ao final de tal recorrido, a iddia moderna da inf6ncia c0mo estiigio transit6rio da vida e da crianga como receptdculo de uma inocdncia perdida, aparece c0m0 a farsa necessdria sobre a qual o homem civilizado do 0cidente fundamenta sua prdpria raz6'o de ser." (La Pedagogia Pervertida, Rene Scherer, Laertes S.A. de Ediciones, Barcelona, 1983. I

t

il --.I


AIDS: coito interruptus K. MALY

ti

Ai de ti, convicto que a tesdo que em se desperta atravds dos traseiros que

pavoneiam nas ruas, nas beiradas das piscinas. nas escolas, e em tua propria casa;

e

abrasas fantasiando um misteriozinho nas rugas do 6nus, um sonho libidinal da

descoberta, que aldm da merda, encontrar6s a peste, pois alguns senhores depositaram em teu tdo cobiqado reto quatro letrinhas que destroem com todo teu erotismo, te reduzem a um ser pegonhento, e perseguido: AIDS. Recentemente assum ias,que teu corpo era somente teu. VocO se dizia dono, pro-

priet6rio, imperador de todas as pontas buracos nele existente; e que atrav6s deles, libertaria o seu ser da opressSo, apenas conquistando o privil6gio do gozo. A este teu monop6lio chamaste: Re-

e

volu96'o Sexual.

l2


Militavas nas minorias, e eras o mais radical e humorado, chegastes atd a ser aceito entre os marxistas liberais ou entre os atletas. Tambdm um guru te acolheu pondo a mdo sobre tua cabega e entre cari'cias e bons modos, te disse: "Eu te compreendo meu filho, estou contigo. .mas USA e FAZE o que te digo";foi o bastante, e acreditaste piamente. Disseste que teu novo mestre aceitou darte o passaporte da imunidade dos deuses. Ju lgavas-te portador da luz gue tua revolugSo prometeu. Masjamaispensaste que eras na verdade puritano, na tua 0ltima travessura pois usavas os mesmos m6todos dos que estavam no dpice do poder. Pensavas ser vperior com tua eregSo colossal, ou com teu 6nus rompido, ou com tua vagina fodida. Mas perseguias, tal como teus algozes, os que nd'o estavam e n6'o queriam estar iguais a ti. Esqueceste que pudeste trepar livremente, mas trepaste at6 a exaustao de rua genitdlia. lnventaste, e ressuscitaste a pr6tica de Kama Sutra, desenterraste as masmorras, as torturas que tu mesmo outrora sofreste quando eras perseguido como bruxo . So que ndo f6stb tu agora o conquistador desta liberdade, assim como antes algudm fez isto por ti. As vaginas foram franquiadas ndo com a tua sedugdo ou com a tua coragem de entender a reprodugSo. Mas sim com contraceptivos que vdo desde uma pelfcula de pl5stico a artefatos de arame , atd chegar na maior descoberta que julgavas ser a grande arma da tua'revolugdo "as pilulas anta-concepcionais", que tua presa sorvia antes de cada sessSo de conquista da tua "libertagdo". Assim como um resfriado se cura com aspirinas, pensavas curar tua vergonha de reproduzir, com uma pilula; outrora elegeste a pen ici I ina como a grande arma para curar a tua promiscuidade. A sffilis jd

atormentou teus sonhos, j4 fantasiaste o bastante tua ang0stia. Jamais pensaste que tua revolugSo,

pornografia, tua libido, eram na verdade um grande neg6cio, manipu lado por mSos mais h6beis que as tuas... (Embora aprendeste a manipular um p6nis ou uma vulva com esmero e tdcnica). Fizeram e fazem de ti um grande comdrcio, onde tuas entranhas e atd tua agonia sao mercadorias, (assim como o vibrador que precisa de pilhas para te satisfazer) teu corpo, especialmente teus genitais precisam da medicina para serem exercitados. N5o passas de cobaia. Neste momento estais a deriva. 56 te lembro que haveria dois modos de viveres:

-

Assumir tua latente vontade de

se

tornar um autantico puritano ou espreitar a morte, nos noticifrios que fatalmete como a pr6pria AIDS j6 te contagiou.

Tua revolugâ‚Ź'o captu lou. Relaxem e gozem senhores, 6 pena mas o cardter ndo tem esf incter. Contra i-lo d imposs'rvel.

"A hisl<irio noo d mois que um desfile de folios obsolulos r umo sucess6o de lemplos elevodos

o grelerlos, um envilecimenlo do espirilo onti o improvdvel l'. ,.r.a,oron

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FREUO

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FEIvII T9 ISTA

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F.

-

Sr., ainda n5o Percebeu que

Feminista- Meio #culo depois de tua morte, as mulheres ainda seguem indignadas com tuas teorias e com teus postulados a respeito do feminino e da sexualidade feminina, Dr. Freudl F

reud

-

Otimol continuem f

-

ndo apenas sobre a mulher, mas tambdm sobre o homem, estao imPregnadas de religiosidade; tua obra, no fundo, ndo Passa de um ap6ndice do Talmud, o velho livro judeu.

Freud. - A

Otimo? Continuar?, se

as teorias Psicanalfsticas,

minhas

ilhast

que

frigidez... sim, a frigidez e a impotdncia sd'o as Principais raz6es Para o fanatismo, tanto o fanatismo religioso como o fanatismo polftico. Talvez seja correta a hip6tese de que "as me-

Para

concretize teu dogma

do masoqu ismo?

F

reud

-

Balelas Vitorianas Dr. Freud! O mundo, e em esPecial o

As regras sociais obrigam a mulher a recalcar seus ins-

tintos

lhores mdes sdo as frfgidas",

agressivos, advindo

dai a formagS'o de tend6ncias fortemente masoqu istas, que conseguem erotizar as tenddncias destrutivas dirigidas para o exterior, 6 por isso que sustento: o masoquisrno 6 algo essencialmente feminino.

F.

-

Ouando

6 que os homens

v5o entender que para a mu-

lher o sexo est6 em quinto lugar? Oue podemos passar meses, anos e at6 a vida inteira sem entregar-nos a esse jogo mais ou menos epil6p-

l5


tico do coito e que temos outras fontes de engrande-

que se move pelos impu pr6-genitais. E 6 impor salientar que a pr6-geni dade, quando se mani na fase adulta, tem uma fungdo neur6tica obstacu lizadora.

cimento?

Freud. \

Us homens jamais entender5o isso. Jamais admiti16o essa realidade e enlouqueceriam se soubessem que o sexo, para a mulher, d sempre um meio, um tramPolim, uma obrigagdo! Ah, os homens precisam acreditar e fantasear que as mu lheres sentem exatamente o mesmo que eles! Ao longo dos tempos as mulheres foram entendendo essa obsessdo masculina e passaram a fingir "orgasmos gigantescos" e "crises Reich ianas", foi assim que nasceu a teatrali-

dadedosexo. F.

-

elt'---

Mas n5o creia, Dr. Freud, que a sexualidade dos homens d tdo sauddvel como se pretende, que os homens

ndo

apresentam tamb6m, uma espdcie de frigidez, um congelamento nos genitais, uma impossibilidade de gozar... uma rigidez de car6ter. Freud.

t6

-A

felicidade conjugal permanece insegura na medida em que a mulher ndo consegue fazer do esposo o seu filho, o seu pais, o seu avd, ou at6 mesmo, o presidente do sindicato das mulheres. Por outro lado, os homens ndo vdo al6m dos nove anos de idade. Diante da mulher, o mais machdo e maduro dos homens converte-se em uma crianga excitada e submissa

F.

lsso d verdade,

Dr.

F

Ouanto mais excitado

um homem, mais regride infSncia. Durante o mo os homens parecâ‚Źm coelhos decapitadost A


estranho e assustador para as mulheres. Quando ndo

nos

ter e a vida futura das crianqas) 6 a pr6pria mulher. O problema, talvez, como dizem os ciganos, ndo 6 acender a chama, mas sim, protegâ‚Ź-la do ventot

assustamos, achamos

ir6nico e acabrunhador o comportamento do homem durante

o climal de srla

sexualidade... F.

Freud.

-

-

E interessante observar, que

um homem com a idade de mais ou menos 30 anos 6 ainda um jovem, suscetivel de mudangas. Enquanto que a mulher da mesma idade,

Freud.

-

tua pr6pria inferioridade

co-

masculinizado.

lsso tambdm d verdade. E incrfvel a dificuldade que temos para alterar uma virgula de nosso comportamento e de nossa exist6n-

cial

-

Mas temos consci6ncia

que tudo isso se deve ds leis drs condiQ6es sociais que o machismo hist6rico imp6s sobre n6s.

-

E dif fcil definir algo neste sentido, principalmente se lembramos que quem gera, educa e acompanha os primeiros contatos das criangas com o mundo (contatos que vdo definir o car6-

Talvez disso se possa concluir ent5o, que os homens tamb6m sdo mais ou menos apaixonados pelo masculino, o que os colocaria diante do impasse ridfculo da homossexual idade. D igo

e

Freud.

e,

por conseguinte, de teu pr6prio machismo. No fundo, bem ld no fundo, o mundo em que vivemos 6 essencialmente masculino, atd os deuses, os monstros, rs her6is... tudo o que 6 grande e significativo, tende a ser

mo se a penosa evolugdo para a feminilidade f6sse suficiente para esgotar as possibilidades do indivfduo.

-

Sim, mas o fato de me chamares de Doutor Freud a todo momento, tambem pode ser uma demonstragdo de

estivesse acabado, ao abrigo

F.

claramente machista, Dr. Freud, a ponto de me fazer indagar: como d possivel que existam psicanalistas?

pelo contr5rio, espanta-nos pelo que encontramos nela de fixo, de imut6vel... Nenhuma ou poucas esperangas de ss ver realizar uma evolug6o qualquer, tudo se passa como se o processo

de qualquer influ6ncia,

Tua posigdo 6

ridfculo, porque estou convicta que todo homossexual 6 reaciondrio e apolftico.

Freud.

-

As mulheres sempre foram apaixonadas pelos homossexuais masculinos, d s6 pensar em Gide. Proust, Tchaikowsky... com eles voc6s podem estar relaxadas e ndo necessitam de toda a


artilharia dissimuladora que normalmente devem usar diante de um macho. Eles

futuro, queas criangas So perversas, polimorfas, s6'o profundamente sexuadas desde que nascem e que a sexualidade tem urn papel fundamental na vida dos indivfduos.

do

n5o sdo diferentes nem iguais a voc6s... sdo o im-

possfvel. Ouga-me bem: as mulheres passam a vida lu-

tandoebuscandooim. possfvel. F.

-

F.

Antes que nosso tempo

se

esgote, quero fazer-lhe algumas perguntas signif icativas para minha vida e para a vi-

.Freud. -

da de todas as mulheres;. Primeira pergunta: Ouais os tr6s avangos mais revoluciondrios que o mundo conheceu nos 0ltimos sdculos?

Freud.

-

-

Segundo sua teoria, o amor ex iste?

Ndo. Os enamorados (antes que me perguntes), So mais cu menos dois ndufra-

gos que, em alto mar agarram

salva-

vid as.

Desde meu Ponto de vista, a substitu iqao das crenqas Ptolom6nicas de que a terra era o centro do universo, pelas de Cop6rnico, marcou o primeiro ato verdadeira-

Escrevi em Totem e T

mente revoluciondrio

que ndo passm de

F

-

origens das

no

Em terceiro lugar,

sem

-

neu

obsesivas.

-

espdcies,

desmantelaram os ridiculos do Creacioniimo, tambdm podem ser consideradas como revoluciondrias.

O que s6o as religi6es?

Freud.

mundo, alertr de ser um golpe duro para o narcisismo da humanidade. Em segundo lugar, me parece que as teorias de Darwin, sobre as

I

ao mesmo

se

Freud.

.l

E Deus?

-

Uma invengdo nascida da mais triste e absoluta soliddo humana. Uma tenta-

tiva de RE-LIGAR-SE

ao

muita moddstia, entra mi-

Universo, smpre condena

nha teoria sobre a sexualida-

da

A talScia.

de humana. Antes de mim, o mundo jurava que as criangas eram "puras" e "anjinhos assexuados". Minhas teorias demonstrafam, para o engradecimento cient if ico

F.

-

O matrimdnio?

Engels deixou bem claro

assunto:

t8

nada

mais


6 que uma transaqdo comercial, um neg6cio necessdrio neste mundo.

F.

-

A mrisica?

Freud.

-

Que ningu6m me escute, mas mesmo a m0sica tem

F.

-

Serd? Serd mesmo Dr. Freud? Ou isso ndo passa de um disfarce contempor6neo que oculta, na integra, a velha Dialdtica rabfnica?

um papel opressor e alienante nesta civilizagdo. F.

-

Ora, mas enteo ndo 6 melhor optar pelo suicidio?

Freud. - Af 6 que voc6 se engana! De nenhuma maneira! Porque a descoberta de que tudo

ALBERTINA DA SILVA

isso n5o passa de uma hom6rica fal{cia, nos proporciona neste mundo, um bem estar permanente e a chance de desfrutar de uma alegria interior sem limites...

sd o subversivo d gue pde

em dtivido o obrigocdo de existir, todos os outros, comegondo pelos onorguistos, morxi stqs, sociolistos,

fqscistos, etc... pocluom com o ordem estobelecido

l9


o rJnico vontogem que o ortisto

tem sobre seus semelhontes, d ter o requinte de conspiror moior numero de vezes

contro si mesmo.

I

e0


ALGTNAffiAS

coNrsnDtrRacdres t SO]ERtr A AffiORTtr ERNEST BECXER

IV

"... n6o bebo Epenas pelo prazer do vinho nem para ironizar a f6; mas sim

| I I I I I

para esgu*er de

m

im mestno por um

momento. lstu e tudo o que eu pego ao vinho, s6 isto." Omar Khayyam

I I

lr I

De todas as coisas que movem os I homens, das principais d o terror I da morte.uma Depois Darwin, o proble_ I ma oa morte comodeproblema evolutivo II cnegou a ser muito importante e mui_ tos pensadores logo advert iram que

este era um dos principais problemas psicol69icos do homem.

lt

O heroismo 6, em primeiro lugar e principalmente, um reflexo do med6 da morte.

ilt

lnclusive o cristianismo, foi um competidor dos cultos secretos e triun_ fou, entre outras coisas, porque tamb6m apresentou ao mundo um curandeiro com poderes sobrenaturais que havia re_ suscitado de entre os mortos.

Por trds do sentimento de inferio_ ridade e de inseguranca diarrte do oeri_ go, por trds da tristeza e da cJepressdo sempre se esconde um terrfvel medo de morrer, medo que vai submetendo_se a elaboragdes muito complexas e que se manifesta por diversos e indiretos r:neios. Ningudm pode livrar-se do medo de morrer... A neurose de angristia, as fobias, e atd um nimero consider6vel Je depressdes com tendâ‚Źncias su icidas e muitas esquizofrenias, demonstram cla_ ramente o eterno temor da morte. pode_

mos estar certos de que o temor da mor_ te encontra-se sempre no funcionamento

da mente.

. o

consuro .Ynr,unte de

energias

psicol69icas para conservar a viOa, drij impossivel se o terror da morte nao t6sse

uma constante. lnclusive o termo ,,con_ servagSo" implica em opor-se a alguma forga que tende a desintegragd'o. O aipec_ to afetivo disto e o terror,'o terroi da morte. VI

Para

a crianga, a morte e um

si,m_

bolo complexo e ndo uma coisa deter minada, firmementg definida.

--2t


A

vil

crianga que tem bbas experiOnias maternais desenvolver6 um sentito bdsico de seguranga e ndo sofrerii es morbosos de perder o apoio, de r aniquilado, etc. Ouando cresce, chea compreender racionalmente a morte, ntre a idade de nove ou dez anos e a ta como parte de sua concepgdo do ndo, e esta iddia ndo prejudicarS sua titude de conf ianga diante da vida.

vilt

ter consci6ncia da morte 6 neio ref lexionar e manipular con-'itosl e os animais n5o possuem estas ualidades. Vivem e desaparecem com a Para

indiferenga: uns poucos minutos temor, uns poucos segundos de angtlsia e tudo termina. Agora, viver toda ma vida com a id6ia da morte povoannossos sonhos, mesmo nos momentos is felizes, isso 6 diferente. IX

Mas

o homem, pobre criatura

des-

pida, tem que criar e conquistar o sentimento de valor interno e a seguranga.

;*t:; 6r)

.


X

O homem pode pavonear-se, e jactar-se de tudo o que queira, mas sempre terd que buscar seu valor para viver em

um deus, em uma lista de conquistas sexuais, em um lrmSo Maior, em uma bandeira, no proletariado ou no dinheiro (que converteu em fetiche) e na quantidade que tem na Caderneta de PoupanQa, XI

Ouando uma pessoa consegue perceber como se desenvolve a carnlcaria cotidiana na terra, os acidentes ridiculos, a total fragilidade de vida humana, a covardia, a impotGncia, a falsidade dos individuos que ela,cr6 serem poderosos e sinceros, que alivio se pode oferecer a esta pessoa, desde o ponto de vista psicoterapdu tico?

A

xil

perda da possibilidade significa que tudo se tornou necessdrio fara o homem ou que tudo se tornou trivial.

.

xilt

Qrq significa ser um animal cons-

9ien19? A iddia d ridiculu rnlniirui*. Signif ica saber que se 6 atimeni;";"";; mes. lsto causa terror: ter surqido do na_

.

um nome, conrcidncla U"EiJ, senttmentos interiores prof undos, u, sonho muito grande da'vidi ;;; ;r, expressSo e apesar de tudo, tei q;u morrer.. lsto parece um engano e d a razao de que os homens cultos e cons_ cientes revelam-se abertameni; ;;i;; a^id6ia de um Deus. eue tipo Oe-iOiOe pode criar esta compl.", . iuru ;";;;; para os vermes? As deidades cinicas, afirmaram os gregos, usam os tormentos 9^u:^,1_gr

oos nomens para divertirem-se.

XIV

Como disse Montaigne:o camponds sente, uma profunda indiferenga .; grande paci8ncia diante Au rn,jrt, ;;; Oo lado sinistro da vida e se acredituro," or" isto se deve a sua estupid"., .nl?o'J.it g19o o momenro oe aprendei J. *trpl_ oez.

o folto de imoginogoo consiste em imoginor o que folto.

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Afr[NLHtrR

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umo sobologem

o Aprendem os desde crianga, a ver . no- homem um inrm tgo, um macho em cr0 permanente, um empresatio ue noiso tuturo, um animal facilmrnt, iorirrtil.

do pela vagina, essa mriu rri'que irurr"o, entre, as pernas, na qual nab-srn'tirl, grandes nem rom6ntibos oririo"'il.rio que 99 p0r cento das mufneilil ,irO-.,rguimos "sentindo,'que a sexualiOaJe Oo homem d obsessiva e que nosso para fazer xixi, descarregar genital 6 os"ituiUbs

mestruais, reproduzir e-manipulii--o

mundo masculino.

rmii;';;;. rrn iiurj para

fim

sem.pre a vive como.um meio,

I

estratdgia oUtw oriim !9]]r, uma um neg6cio que envolv, norro

c0tsa,s,,

papel de atriz e o gozo e;acu tatOrio- Jo

homem. n

r Nossa tesdo 6 puramente intelec._ tualizada, su perf icial o'u entao ceri;;l;;; 0a 0e maneira ca6tica. As expressdes fi_ cias, os gestos, a ,,ausOncii,t;;-;;;; 0urante a rclagdo, n0s parece algo de ou_ tr0' mundo, a invejam o's e a,Oesiieiaros a0 mesm0 tempo.

itico

o

.o

.Se

feminino)

para o homem o sexo d a

ve. fundamental

cha_

de,uu,iirtdnriu, ilI., d atso.que

fazem;; ;;;'q"r, :6:^g^:?lo 0 parcetro nos deixe em paz. n'erecEao

do.homem nos causa uma certa curiosidade, a mesma curiosiJaoe"qur"lrrio, pela erecq6'o de urn macaco 'no ,oolOgtc0. -

o.0

que nos enche realmente de , a arrc O, Crlriii, o, flertar, chamar , ,trniao, d;:;;;;';;, g,ozo, d,

o A m ulher lamais consegue viver a

sexualidade como'um

I

a

sedug6.o

estam0s sendo deseJadas, que s0mos ad-

iili ffi : :xti fl{lllt,: : i,lJX":,: toOo n0sso g0zo

sex_ualidade,

tesdo. Na cama... mesmo as que e n0ssa simulam um.a paix6'o de Messalinu,

nai-prs;;;'1,

atrizes, mais DreocuprJri ror';;l;n'r, 9,. lorpu que com a pequena crise eoinosso pur.rri'.ol srniiroJr'ii, ldli'':: quando _de ptazu entram0s num restauranle do que quando ;;;;';;;;;l,i:V_o-t: nnetro entra em n6s.

o

para m im. um relagdo sexual por ano,d mais que suficrente... para todas as mulheres que conheco, a quest6.o da

25


mesma. Somos frigilizadas na prim.eira infDncia..0 sexo nos dd asco.. m0do"' ambivaltncia. Por isso 6 que adoramos.os "maricas", os "viados" e 0s "travestis""' com eles sabemos que nao terem0s.que acabar na horizontal, eles nao nos aborrecem como os homens.

o

Desde os 10 anos, Percebi que 0or ser mulher, manipulava tod0s 0s ambientes mascu linos. 0lhavam para meus Para Teu seios, para m inhas nddegas,."catat0nlzac0rp0, com0 se estivessem oots'.'Sem ter muita consciâ‚Źncia, segui rnanioulando um Por um, desde meu nai. at6 o diretor da escola,0 gerente da rll., o lider dos Tupamar0s,0.vendedor Oe pipocas, o Padre da esquina,T.eus it.ht'.i e'toda a populaqSo masculina'

a prestar atenqSo ao comPor mento das outras mulheres, e Per claramente, que todas agem assim. Passei

homens sdo uns patetas rid iculos.

o0

homem quer que tenham desempenho sexual como ele sem saber que nossa sexualidade et fundamentad'a ern 0utra galSxia. N ndo somos frigidas, n6s somos de ou

um

(!) espdcie. '

o Nossas freqtientes enfermid "oinecol6qicas" sao engendradas

Pe

arierseo ps-icobiol6gica ao esperma. Sab que podemos engravidar, nos esfria e n aterioriza... se pelo menos s6 algum mulheres pudessem ter filhost o 0uase todas as m ulheres odeiam

crianqas. 0 "amor" maternal nod-e s3 apenas uma reaqa-o contraf6bica' E nd ti para menos.

oA

obsessdo

sexual

mascul

transforma os hornens em seres imbec zad o s.

o

Trepei com dezenas de hom por razdes. diversas, nunca Por que sentisse nos m eus genitai uma tesdo alucinante. 0 se 6 chato, ridfculo e tem relagd com a esquizofrenia. Gostaria sentir por uin segundo, pelo nos'o que sente um homem cio.

o i6 d chegado o momenl e dismistificar o chavdo que d ser a mulher um objeto sexu isto d totalmente a surdo... o homem si rl que sernpre f um robot sexu

Maria Elena Salowski ( PROSTITUTAI

26


I

... neste instonte

ofereco - lhes m inho estompo. mirem:somos sern elh ontes, em b oro

i

i


ao homem que ainda teria uma chanae

S @ R ]D IE ID Tf,ctl J % D) @ lNr @ \Z @

KLEBER LIMA

ma vez mais, pela porta, que milhares trilham ininterruptamente ao banal, para meca dos que buscam a aniquilagSo; 16 estava eu, no SUPER'

MERCADO. 5vido

i

procura de algo

al6m da fome. Seduzido, ridicularizado,

pela companhia insfpida de pontentosos imbecis, que ostentam este circo, sob esta imensa tenda erguida para contemporizag6'o de sua milenar humilhagS'o ante seus pr6prios fantasmas. Sim a fome d a maior prova da incapacidade humana do direito b vida. Eis que a fome 6 uma maneira do Estado ameagar a todos, eis uma capacidade feita falsamente para aqueles que det6m o privil6gio do alimento, o importante e ilbversivo para todos propensos famintos 6 a destruig6'o das Casas "lgrejas" da FOME. Lembro que a lgreja Cat6lica obteve seu imp6rio, tutelando todas as atividades humanas para sua sobreviv6ncia, coordenando sentengas que impunham ao homem oprimir o outro, para ter a salvagdo. Mas a ingenuidade dos fi6is fez a malor escola de massacre

n

de entender a natr.lcza.O homem, a partir desta destrui$o, passou a somar ao sal car5ter o Absoluto, o indefinido, chama-se deus. Os outros dzuses foram mortos; hoje o Estado administra os mens agenciando a Natureza, e apregoan do o desenvolvimento com a Tecnologi que tragicamente ousa ser a caixa de surpresas, mostrando aos homens seu Pary tefsmo calhorda, feito de dansitos el6tricos.

Mas neste espet6culo contemplo o ACASO, este espet6culo tramado pelos meus antecessores. onde a dindmica da sobreviv6ncia advtfm o contrabandista, o bandido, o saqueador, o cristSo, o judeu, fr5geis tradutores da natureza)criadores desta tr5gica prisdo individualista, simb6l ica-m iti ca vida. Nas sua3 dissimulag6es instituiram a

morte como hierarquia social; a tentatl va'de dominar, criou o dominado, que

preserva ao dominador o estigma de uqt dia quem sabe, ser dominado. Os dircipulos da morte So os dominados, herdeiros dos padrdes senls desta grande masmorra vida. Esta luta do duo mate

m6tico-moral-antagOnico-l0dico BEM MAL (U), resolve a espdcie humana em uma emancipagdo tola, de contar com o passado como arma imp5vida que se pre tende controlar a natureza que c te rege e reger6 do mais vil ao mais supe rior idiota, d condiqdo de viver um mundo morto. Em um supermercado, preservd-lo, signif ica, estender aos seus eleitos, sal da miSria que assola os perdidos b tare fa de prover, de sustentar a multiplicagSo dos homens. Afinal "amamos, uns sobre os outros". Dentro do zupermercado sinto a re pugndncia de que tudo ali d possfvel; e-eis que surge uma velhota, como que lida messidnica, produto teos6fico dos enla tados, engarrafados lucro: Surge comb quem comanda o bando dos incautos ac6litos, desiludidos, mumificados bes tas, que discutem entre si o prego do na co de carne, frente ao agougue rep de caddveres, expostos para a fome de abutres enver-gonhados por terem que se submeterem b divisSo da carniga, segurt do seu trabalho. Uma bravata que se re solve com a hierarquia que cada cad6ver encerra.


dos estatutos' nas o exercicio sexual fora do re-

deteve o monoP6lio Este ultimo hoje patrimOnio de "ufqru. psiquiatrias, psic6logos e comerciantes do q6nero. ""

**"nrnii

"-iiuntgredir d equiparar-st ag PI]tl o no,ou uo ".o*ettio,' ou ao Proibido? tmdestino' ao infeliz seu

E;;d"

"tu.iOu pondo o Praze(, I t9l!-*I:ll?;, l^fli p(azet' E a fatalidade Io'iJu-n.rHili; . -,. , -r -:^ x maic 2 *t:T,?.:T mesma Senqug mais 6 ^tra a inJiu'ouat ndo

iffi:"ffi ttttluu,

u*"t"t"Jt

imP6e ao Peixe:A

outras esp6cies vivas' o f raco ,e oa eliminado, o doente morre atraves ;#;;"il se salva Pela mesma'o T9l iormioo ndo regenera' ers u*u..ll] itpa"iOt. Ncjs humanos -t:1?:,.,:it'?f formas para o nosso pobre co.ntefdo'L) 9 ,13: .o.ei.ib totaliza ao esPdcie doente',o rnca;li;il; o imProPrio, '6 que sLrrge pJ."Ariit .os,homens de serem ooderosos, nascem do medo enfim Per5li;i;;;;;, Jesqualificados' suas homens dos natural ir'iuii"oto lei c6digo oculto' o indeciJit"i.ncut corno e il;".1. b.actuado entt6 os elucidadores nunca quem ooit.iortt do NoVo, Para que a sordidez-6 a 0'nica O c6digo difunesp6cie' nossa tarefa da ban-

#r#iluo.ra

instituiqSo' ;:i;" 6ot"-quirq'"t$Permercagg' ou i",- nJ'' ou' Puia, , o do ideal' maniPulagSo iiiitt.t O u NOVO.

O novo, o recente, (nunca as crlanoriginada cas) esta imensa expectativa' aIlePPS nossos dos ii't"tioao humana os fatos.para [loi,i,'oii"nta, i ndui' produz rotina Toda i-in"tp.ruOo, a trag6dia' acontecer'.enfim 6 motivo para o tidgico .iitiirl A trama 6 milenar' ou. seria ,acabar retroceder' d i."ltr.t imbuste da espe: o com t"ioidez? io*'. para todo ser seria. ii"*.] apooi.C"t do verme' -huo verme mano o surgimento da "-Cada -" beleza. coisa tem um limite certo' enconter' e tra .utu extremidade se dslede chesar' 6 f6cil ;;u"I';l; itt rititt ndoporque paium-a 6 o amor 6 impratrc6vel, se excesso no que so e *ao t"t limites, hd delfrio' que ndo acrecjite, e manifesta, quand.o vem ot hotant nao desculpem' (a hatureza)'-H6teliiu ," gii^oe arnor se alcanqa em tavor iot .*'qu" o perdao â‚Źtordo mesmo crlme; entdo aborrece-se-' que natu' a menta-se, mas admira a causa

il;;'iJu6

30

homem.quls o reza lhe reserva; nennum em si' mastodos invarta ri,T"tt" O, "ida inveiam' a velmente crianqas em nossa civiliz'a1dat sordidez' nascidas-e ,ao iliui..i direcionadoobst6culos Por no,. todos ddo T,ttT:]^t a L:.' J;;,i.ii;io" sooom ita, d6bil'. srande a-conpara criar que encenamos lomddia que enfrentam seres ii"ao-oit'crianqas, Por neglrgeft. ;&; o fteto a rejeiqdo, biologicas. 9""^9.:9i ciarmos as normas J*toutlo t"r vivo esid gudmptido' ouay uug I lq IoGr iouo. g'nsl9ul9::^'1t? *'i punF i'rr-tr,.t.t, se d5o sob a ameaga e a t::Y,?l.untn"jti.;*,Ll35uT qe;-' qu. b ..o

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tar, da reproq!!1:

para rnunu, instituciona I izou,,

luiu'*

1^tl?ln

como on icoqu*if 1? conhecer'e ver o mundo' tsta

;"il;i;i6;;;;;;.r

ffipj''"n; qu"-.o ,ao"t, s91a t-a1!91jt: o.itiui"ao; .ora' em um ttero'exlsteme vttats nao verbalizados' imoulsos "':r-'--r:-^+^mo^to rrir-prAlffiâ‚ŹI --r-^ cribnqa recebe diretamente' u't1-11":]

o ,"cirra. Estes objetos feitos Para seus.pals' para "iual consurmo, bibel6s a transmlssao (I i; os educadores; ndo passam para elas, conhecimentos riiioamentg ;;Hras 9T?t:9u9::.: ;"l"tiua"mentt, atrav6s de canieias, ditos e jogos populares' Itlg-:l

;;; fti;fi

'il-iltao do ince-sto e a pro-teQeo secu i.i. qu.t cria as vitimas'::-"Tifjj

ca denuncia, revela-se, contra sua soro iortu J"- obl"tP. se*ual ]9.lfll:t?6 a Pr iX'.m; iJ .J,lid-tts), a sociedade qt . oi"r. que 6 sua imasinaed.o-' momento, reo fant.t*as, e naquele

:i

;;i;;

instituem

os

f

antasmas

secu lares

crianqa usou de poi, ;;;;;i;,-im'aroPrio, "tta que ndo t:.1: -t "Ebigo tiia tmenie serS Perseguida ;;;;'nti;: uigi.d. por todos ?tP a "'1-TPllH?q c iJira .orno lebre na armadilha ;:;i. que poj sel humana.' caqaa presa uitao, vrruv' Yvv --'-' '" animal de mats tac;il- domesticagSo, Perversao: us:rpagdo, "*A;;;a; de ^^-^..^,^ e oir'o para os autom6veis deses homens u"iJ-como isca para os T:

rrbos, convencidos que. nesta noY1 1r sobre rodas, do mod-elo novo oe fi p*ti, seus corpos d6beisqueque se guer-el be velozes, mas ndo sdo, a chegam ndo mas gar'a atgum lugar, aPeT: gu m, 6ir ir ;,fIq*1'J:1,8o::X: vegetativa con litn.t vivas com vida


lada pelos velhacos fords, mercedes, ge_ neral motors, etc, instrutores do triunlo, oo tascinro e do fascismo sobre o homem. O carro existe porque alqu6m se

humilhou, se desqual'ifico, f,o_ -iio saem mem. A matdria prima dos autos oa terra. Seu combustfvel sd.o ossadas

de animais, soterrados atrav6s ao;-"ie; pgs, ritual que a natureza ndo quei e n5o precisa deixar vestfgios, a.

,iitul.rno.

arqueoiogia da ang6stia, da morte a to_

do instante, fazemoi .rtui trn.rtoiJ.l" tos existirem, como algo novo, tranif-6r*99o,. reaproveitado, fela ma6s Ooi numilhados, dos operdrios, que ,ao irrOi, eternos, jamais terdo o requinte do cario, ao das outras formas uierinas que ele proporciona. Terd'o sim, um outro veiCulo, o discurso, feito pelas bestas, profetas de qu6, para quei bao 9l liberraq6'o, S5'o Trotskj, Sdo L6nin, Sd'o Hitler, !z|ur*, Sao Judeus, S5'o bastardos que pregamo trabalho como forma da emancipaq"do do homem; os profetas do porvir, toO'or, to dos, tiveram ex6rcitos, s0ditos, ceteiibi,e em nome da paz mataram, em nome do pao mataram, em nome do filho mata_ ram, em nome do operdrio mataram, em nome da terra mataram; s6 que, o inimi_ go do homem nunca morreu, ou morre_ rd, pois cada indivfduo 6 se, broprio inl migo, at6 que parem de travesiit;o; ;" mens a natureza. ..,^Ir.idade mddia, os artistas, caxeiros vraj_antes, putas e paladinos, *ra, .ontro_ raoos _por serem portadores Oo gdrmem para o povo. E ,"Jo"" qr.i 9:^|9Yg quer contato com a pooulac6,o Oo r.einC negociado previamente, isto surgrr o cargo/o status de artisias. iej meJi

9i9

-

cos, cientistas, estas pragas engendradas no auge da decaddncia. Eitas piagas, tiveram e t6m dinheiro e prestigio, dr".prc como_ hoje, serS'o estes parto, ,eru, qr" estarSo.se-mpre em torno de um oueiiict, de um defunto famoso, de um preiidenie de democracias falidas, de lorl..rais ter-to, por um bando de jornalistas pagos pelo dejeto das pr6prias trapassas noiicidOa, nas tvs, nas acad6mias, nos supermerca_ dos, anunciando, falando, e prbgue;JnO'o qjle sabem do novo, que sdo os novos. que sao os portadores da esperanga, que s6.o os eleitos para o banqueie f inal. ' . Mentem, ladram, uivam, enganam e ningu6m os liquida. . Este.d. o requinte da sordidez onde ela Iaz. a nterarquia s6lida. impdvida, fria, assim como os corredores dos .otegioi, hospitais, asilos, hospfcios, prisOes. -Sim senhores, para seu deleite, ou sujrotiOa,o angustiante, pelo seu tddio de tanto se degenerarem. Calhorda voc6 16, e 16 Lsie pa.pel sordido que propOe a ti, a tra "t-i Ttnacao, sorvida de bastante desespero. E o.que fago escrevendo esta porqeto Oa asneiras, a nd'o ser a ironia, sim a ironi., uma couraca_e uma arma; pois filosofar e perverter. Os que sabem da ironia com_ prazem-se,. em empregd-la mesmo que nrngu6m lhe perceba o sentidol riem como hienas ao ver que todoi somos est(pidos ao pactuar com o escrito, ou encolerizam ao compreenderem poique sdo parvos e atores principais O.rtu to_ mddia. Senhores escrevo para me diver_ ti.r,,e n5o para os doutores, ptrOs e espe_ cialistas. Ndo se iludam senhores, um Gr q,ue se preza n6'o lhes dd import6ncia alguma.....

o perspectivo de gozar omonho jomois me consolord o oborrecimento de no-o poder gozar hoje

3t


demosiodomente, oqueles que se rebelom mois energio ocobom ndo tendo nem

poro o

decePqd o.

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32


_- Mas, se tendes um inimigo, nfio lhe pagueis o mal com o bem, pdrque isto o humilharia. Demonstrai, ao c6ntrdrio, que ele vos fez, mesmo assim, algum

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bem.

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carre96-la!

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l{i.lrch.

Estava Zaratustra, um dia, adormecido debaixo de uma figueira, pois fazia calor, c pusera o brago por cima do rosto. Veio, entdo, uma vfbora e o mordeu no pescogg, _o que fez Zararustra gritar de dor. Ap6s tirar o brago do rosto, olhou ele para a vibora; reconheceu esta,

ent5o, os olhos de Zaratustra e voltou-se co.ntrafeita, querendo fugir. ,,N6o,,, falau Zaratustra, "ainda ndo recebeste o meu agradecimentol Acordaste-me a lempo, meu caminho ainda 6 longo.,, "O teu caminho ainda 6 curto',, disse, tristonha, a vibora; "o meu veneno mata." Zaratustra sorriu. "Desde quando se viu um dragdo morrer do veneno de uma cobra?", disse. "Mas toma teu veneno de volta! Ndo 6s bastante rica para dd-lo de presente a mim." Entdo, a vt'bora atirou-se de novo ao seu pescogo e lambeu-lhe a ferida. Quando Zaratustra, certa vez, contou isso a seus discfpulos, estes lhe perguntaram: "E qual 6, Zaratustra. a moral da tua hist6ria?" RespondeuJhes, ent6o, Zaratustra:

Destruidor da moral, chamam-me os bons e os justos: a minha hist6ria 6 imoral.

Zangai-vos. em vez de humilharl E, se vos rogarem pragas, n6'o me agrada que dese.jeis abengoar. E melhoi que rogueis alguma praga, tamb6ml . E, se vos fizerem uma grande injustiga, fazei depressa, a vosso turno, cinco pequenas! Atroz 6 a visdo daquele que, sozinho,6 oprimido pela iniustica. Ji sabieis disto? Uma injustiga partilhada 6 uma meia justiga. E que tome a injustiga sobre si aquele que pode

Uma pequena vinganga 6 mais humana do que nenhuma vinganga. E, se o castigo ndo constitua, tambdm, um direito e uma honra para o transgressor, ndo qlero saber dos vossos castigol. E mais nobre dizer que se-errou do que querer ter razdo, especialmente quando se tem razdo. Mas 6 preciso ser bastante rico para isso. Ndo gosto de vossa fria justiga e, nos olhos de vossos juizes, vejo sempre o olhar do carrasco e seu frio cutelo. Dizei, onde se acha a justiga gue se- amor ja com olhos de ver?

pois, o amor que arque _ lnventai, nao somente com todos os castigos,

sendo, ainda, com todas as culpas! lnventai a justiga que absolva todos,

com exceg6'o do julgadorl

Quereis ouvir mais uma

coisa?

Naquele que quer ser justo no mais prof undo de seu ser, a pr6pria mentira torna-se carinho humano. Mas como pretenderia eu ser abso-

lutamente justo? Como posso dar, a cada um, o seu? Seja-me suficiente isto: dou, a cada um, o meu. Por fim, meus irmflos, guardai-vos da injustiga para com todos os eremitas. Como poderia um eremita esquecerl Como poderia pagar na mesma moedal Como um pogo profundo, 6 o eremita. F6cil 6 atirar dentro dele uma pedra; mas, quando esta houver atingido o fundo, quem, dizei, pretenderia ti16la outra vez de 15? Guardai-vos de ofender o eremita! lM-"t, r" o fizestes, ent5o, maiaib, timb6m. Assim falou Zaratustra.

33


a-t

Pro

uruil D; Annlil

MlNlAl Hay

t

quienes escriben sobre los ex-

crementos y quienes encuentran alevosas satisfacciones haci6ndolo bajo el empirlsmo cdlido y tierno de esa textural fecal. Parece ser que los segundos, Pensadores cientfficos a ultranza, profdticos talentos que sostienen y defienden el ya cada vez m6s anquilosado pen1amiento progresista, s6lo encuentran bajo los l6bulos sinuosos de una rotunda hez, la inspiraci6n justa, le acicate exacto que, como punto de partida,. les .sirve para desarrollar su teorla h lstorlclsta sobre el materialismo. El pegajoso Y entrafrable olor de la m ierda,- ese olor tan su i gdneris, vehemente como pueda serlo el aliento del caddver de un exfumador irredento y a la vez tan sugestivo como el

flameante, finfsimo perfume de esos pedos lentos Y silentes, debe ser la musa motriz, la motivacion qufmica que provoca sus discursos mds esenciales.

34

til

L. EDUARDO AUTE

Pudiera ser que la cremosa Y ddcsuavidad de esa sustancia residual en-

cerrara alg[n tipo de significaci6n, m5s obvia y mds asimilable, del concepto "materia". iOu6 otra sino esta misma materia que compone la sustancia madre de la mierda, posee, en sus componentes, tanta capacidad de sintesis hist6rica? En qud otra realidad sino el la mierda be pueden encontrar tantos valores y elementos de ju icio para un andlisis cientff ico de una sociedad que se debate tr6gicamente entre el ser y la supervivencia?

La soluci6n estd en la mierda. hay m6s qub observarla dete

No

nidamente, con cierto culto a la personalidad; observarla con un amor exento del matiz paternalista corr diente (alg0n resto edipico ha entr en eljuego), ser solidarios con su da impotencia, con su ascetismo jado de plusvalfas, con su orgdnico gri de rebeldfa. En fin, Y resumiendo,


hay mds que intentar una plena identifi caci6n con ella. ldentificarnos con todo lo que representa de materia pasada por un implacable proceso de masticaci6n, degluci6n, digestidn y defecacidn, am6n del desprecio y la marginaci6n que'Badece una vez efectuada la deposici6n. ldentificarnos con su cualidad de materia reprim ida, sojuzgada, comprim ida, desechada y apartada. Resuelta la identificaci6n, fdcil es tomar conciencia del vergonzoso sino h ist6rico de la hez, que se convierte,a travds de este expolio natural que solicita la supervivencia y bajo la feroz dictadura de las materias superiores (materia gris inclusive), en materia proletaria ignominiosamente ex-

plotada, victima

de sus congdneres

dominantes, las materias productivas.

He aqu i, dram6tica paradoja, la prueba de que hemos llegado a un resultado de flagrante absurdo: la materia es, en si y de por sf, clasista. Siendo lo mismo la mierda y la manzana, no son lo mismo; una es servicio y la otra se sirve. Adem6s, en otro orden de cosas, la capacidad de apetito que despierta la manzana es directamente proporcional a la capacidad de repulsa que provoca la hez.iPor qu6 seffor mio, esta diferencia, esta-dicriminaci6n ejercida por un aspecto de la materia sobre otro?lAcaso es la materia un lobo para la materia ?1Es que no existe la justicia social en el mecanismo mds antiguo y .elemental de la supervivencia? Ah, mis queridos pensadores del progreso, [Ouede el andlisis racionalista conducirnos a un resultado irracional

como dste? Se me dird que aqui no ha habido nada que se asemeje, ni por aproximaci6n, a un andlisis minimamente cabal, que no existe ningfn rigor en 6sta mi pequefra diarrea mental sobre los excrementos. Concuerdo plenamente con esta tesis;ifaltaria miis! Reconozco mi total incompetencia en materia de diseccidn analitica de la materia, pero ello no es suf iciente motivo para autorreprimir la conciencia de clase que me empuja a escribir no sobre la mierda ni bajo la mierda, sino DESDE la mierda y EN TORNO a la mierda.

Este repulsivo excremento es para (antipragm6tico declarado),'materia de reflexi6n sentimental, forma de praxis podtica, sagrada representaci6n de lo divino.

mi

Si, como cuenta la tradici6n, la lluvia son los meos de los dngeles,ino podrfamos, practicando una simple regla de tres, decir que el hombre es la mierda de Dios? Et pour quoi pas?iSon nuestros conocimientos sobre el origen del hombre tan convincentes como para poder respaldar una respuesta negativa a esa regla de tres? Concddanme, al menos, el beneficio de la duda. Pero pongdmonos en el caso de que mi planteamiento, ademds de blasfemo, fuera, por enloquecido, irrisorio, Tque harr'amos entonces con la mierda? Cdmo representaci6n natural del materialismo hist6rico, se autoinvalida; como revelaci6n metaf isica de la divinidad del hombre, se autoanonada;pu6 es, luego, la mierda?

iY yo me lo pregunto? Pues la mierda...

o niilisto comego por ele m,esmo 35


36


ARTE. ERTE. ELITE. MITRIDATES

.

OMEGA.

O

ARSENICO

MEGANHA,

SENTIDO. SENTIDO

COM

TIGO

.

!

.

ALFAZEMA

TE

GANHA

.

ALFA.

. ARTE .

DIREITA , VOLVER . SEM TI

UMBIGO

EGO. ARTE. FEITO

.

ORTO. TORTO. HIRTA.

ARTE:

ARTE. SENSO.

ARTRITE. ARTIMANHA

. UM -

, NAO

BIGO. GO HOME FATO

.

ARTEFATO.

ARTEFLATO. FATA. FATAL. MORGANA. MOR GRAN

MORTALHA . TALHA. TA

-

TA . DADA . NAO DA.

DADA

. NAO

ARTE

. TE VE. T.V. VE SE TE FODE .

CONQUISTADA. ENQUISTADA

JOAO EVANGELISTA

.


ailan^anil0

0 c0nDnilo JOSEF. LINDMAN

i No crean ustedes que vine con la ilusi6n de ensefiarles algo! Tengo las experiencias suficientes para saber que ustedes estdn llenos... llenos, aburridos y casi aptos a poner fin a vuestras vidas... Para render, es necesario vaciarse. Estoy seguro de que si alguien de ustedes vomitara aquf, en este momento -, este sal6n se llenarh de un olor agrio, o mejor, de un olor a Cristianismo, a Marxismo, o Sociologismo, a Psicologismo y quiz6, a Anarquismo... Por eso, compafferos, uestedes que estdn llenos con toda esa "caca" despreciable, estdn profundamente jodidos. Ustedes saben lo que quiere decir jodidos?... Un dfa, deseo verlos vacios, vacfos como aquellas calaveras que duermen solitarias en la orilla de las carreteras... ojald, en ese dia, usdes a0n estdn vivos! iSi quieren saber algo a mi resPecto, les confieso que soy una Nada! Un cabr6n como ustedes, que Paga alquiler, agua y energfa el6trica sin la mds mfnima expresi6n de rebeldia... Si, compafreros, soy un marrano (cemg

38

b*

decia Dali) y mi vida la paso metido entre cerdos y con las narices en la porqueria y en la podredumbre de nuestras familias, de nuestras escuelas y de nuestra fdtida sociedad... tambi6n tengo un hijo, un hijito que recibird como "herencia", el alma de gitano y el m5s gran

desprecio por la muchedumbre pasiva y asquerosa de este planeta ef fmero!... Esta es la primera vez que me presento como (conferencista)... sin dudas, es el m6s gran descaro y la mds gran infamia que yo he practicado... pero, no les pido excusas porque no les debo la mds minima satisfacci6n de mis actos. Si alguien de ustedes se Parara en este momento y me preguntara: Oud es la cultura, la Plusvalia, el Psicoaniilisis, las Ciencias Pol ft icas, la Transferencia y la Contratransferencia, la emancipacidn femenina o masculina, etc..- Yo les contestaria solemnemente: -iroDo ESo ES MIERDA! Y si los m5s atrevidos de ustedes argumentaran: Perolv qu6 es la mierda?

Yo afiadirfa:

- Mierda es todo eso que nosotros hacemos en las 24 horas de nuestros tormentos.-.

a

una conferencia por es -, una costumbre medieval e in0til, por lo tanto, es mierda. Rezar, es mierda. Estar en una universidad, es mierda. Ser marxista, fascista, anarquista, homosexualista... todo es mierda.'. Venir

qjemplo


y no crean que es fdcil abandonar esta

posici6n "fecal' cuando se vive en una sociedad dirigida y gobemada por pu-

Y de nada vale masturbarnos otra vez, aquf con repeticiones absurdas de te6ricos que ya est6n podridos como las

ros can rbales... iVerdad?

ratas de Arqel.

Permftanme que sea prdctico y que les hable de nuestras incoherencias; pues una verdadera fantasfa de liberaci6n debe siempre empezar por cuestionar el comportamiento de aqu6llos que maf,ana serdn los nuevos verdugos,iverdad? Por ejemplo: Cuantos de nosotros que tenemos la pretensi6n de ser anarqu istas, a0n traemos colgada al cuello, una cruz de barro, de oro o de plata, sin nunca haber pensado en el significado de estos

'

oalos sobreouestos...

Cuantos de nosostros traemos las manos fatigadas de, noche-tras-noche, masturbarnos en la oscuridad de nuestras covachas, sin nunca cuestionar esta moral asquerosa y podrida que nos aplastard otros viente siglos bajo este oannismo frfo v'CuSntos canceroso de la moral cristiana... de nosotros tragamos medicamentos in6tiles, todas las mafianas, todas las tardesy todas las madrugadas, sin tener la m6s mfnima chispa de lucidez y sin percibir que estamos, otra vez, comiendo las heces de los pavos reales para curar una epilepsia fantasma.., Cudntos de nosotros con 10, 20, 30 o 60 afios, a0n estamos sumisos bajo el l6tigo perverso y sadico de la familia, del trabajo, de laiglesia, del estado de dios sin mover un dedo y sin el m5s mInimo cuestionamiento de nuestra esclavitud... CuSntos de nosotros copula una vez al mes o al afio y que confundimos eyaculaci6n con orgasmo... Y que mafiana pasaremos nuestras manos de cobardes, por el trasero de una sirvienta indeTensa, o buscaremos aquella puta hambrienta y depresiva que pas6 la vida metida entre perros... (perros humanos,iclaro !)

Cudntos de ustedes, en. este momento, estSn casi dormidos, ausentes, enojados o entonces, con los pies apretados y con los esffnteres cerrados como las compuertas de un dique... (pero que comprardn mis libros al sarir)... Esta es la cuesti6n, cempafieros.

Sinceramente: Si

yo

les preguntara

tnot&uu

vinieron a hacer aquf? Ustedes, los mds l0cidos y menos hip6critas me contestarfan : S(, pasar el tiempo, no habria otra cosa que contestarme, iverdad?... pu6s el tiempo continua siendo el mostruo que nos baja de rodillas y nosotros, cobardes y vencidos, seguimos la caminada que 6l nos impone, rastreando como reptiles... Posiblemente,'alguien de entre ustedes tiene deseo de saber lo que es el ANABOUISMO; una vez que este fue el motivo de esta reuni6n de hombres y de mujeres... pero, yo les confieso que yo hombres y de mujeres... pero, que yo tampoco lo sd... la 0nica cosa que les puedo decir con seguridad, es que el anarquismo, el verdadero anarquismo, estd a un afro-luz de nuestras palabras piilidas y memorizadas de eruditos eunucos.

No... no

es a travds de conferencias,

ni de clases, ni de lecturas

obsesivas que

el ANAROLJISMO puede

ser entendimucho menos practicado. Creo, incluso que si hubiera um s6lo ANARQUISTA entre ustedes, ya se hubiera parado y con una sonrisa ir6nica nos hubiera comunicado que, dentro de dos minutos, este sal6n saltard por los aires... No, no se asusten los que no saben morir sin el beso falso de vuestras madres o sin la bendici6n del cura de vuestra parroqu ia; pues nadie de nosotros tiene el "honor" de ser un delincuente prdctico. Somos todos unos defecaJores an6nimos y vulgares, unos te6ricos de gabinete, unos petimetres cobar-

do

y

y afeminados y no tenemos la valentia de matar ni a una cucaracha... este es el motivo bdsico por el cual yo des

ODIO a todos vuestros maestros, a todos vuestros lfderes y a todos vuestros santos... Por lo mismo, yo odio a todos los ANAROUISTAS!... Todos suefian con un paraiso y con un jardfn de paz y de bondad en la tierra. Todos renie-

39


gan el princfpio infinito de la evoluci6n humana y detienen todo su anhelo de porvenir ante el umbral ideal de la paz universal y ante un est0pido suefro de pal mas agitadas al viento y de abrazos fraternales por las calles... LIBERTAD, FRATERNIDAD E IGUALDAD... sintomas de la Lepra cristiana!...;No, no creo en eso! Creo mds bien en una inquietud continua, en la grandiosidad del peligro diario y en la necesidad de abandonar la mediocridad de la planicie para caminar soberbiamente por la orilla de los abismos... Si, creo mucho m6s en la muerte que en la vida Y solo aqu6llos que bucearon por los misterios

de a primeira podrdn penetrar por

la

locura de la segunda... Soy fandticamente devoto de una cosa que siernpre les hizo defecar por los pantalones y encender velas bendecidas: hablo de la guerra. S f , la guerra contra toda esa humanidad responsable, contra todos esos perros humanos que mueren despacio y que obstruyen los caminos! Ya es tiempo de aceptar. somos todos homicidas y la guerra debe ser desarrollada... la guerra un dia, ocupard el mds alto nivel entre las virtudes... ofganlo bien, ustedes que son virtuosos!... Pero, no es necessario ser una genialidad para... saber que muchos de nosotros temblamos de terror s6lo en hablar de la guerra. .. la causa de esto, estdn en que muchos de nosotros sufrimos de estrefiimiento... Si, nuestros intestinos se transformaron en cloacas, cloacas que se pudren en nuestro interior y, lo peor, "El M6dico de la Familia" Ya no Puede hacer nada, Porque, "Pobre Diablo", -sutre del mismo mal... Puede parecerles raro, pero la lucidez esta profundamente relacionada con el buen funcionamiento de los intestinos, un dfa, incluso, entenderemos que los intestinos tienen (en el orgariismo), la misma funci6n de las neuronas... (por deducci6n, se puede pensar que, a0n los pensamientos miis 'lrevo lucionarios' estdn profu ndamente metidos en las heces). Ah, una cosa que quiero decirles: Es alarmante el nfmero de Personas que han cambiado la religi6n de Cris-

40

to, de Buda, de Mefist6feles

Y

de 7o-

roastro, por otra religion tan ingenua como aquellas: hablo de la religi6n de la LIBERTAD! Por todas partes pululan gusanos que gritan hist6ricamente por LIBERTAD. Hay llamamientos diarios a e6te fantasma... pero, alguen de ustedes ya pens6 o Ya medit6 sobre: qu6 significa una LIBERTAD OUE NOS ES dada o regalada como Por un acto de misericordia?... Aqu6l a quien se ha

concedido la LIBERTAD, no es mds que un esclavo liberado, un "Libertinus" un perro que arrastra un cabo de la cadena; es un siervo vestido de hombre libre, como el asno bajo la piel del

le6n... FUERA CON ESTA

CON-

cEPCloN DE LTBERTAD! Libertad no

es eso. LIBERTAD es esencialmente "AUTO-LIBERACION", o, para ser mds claro: LIBERTAD es INDIVIDUALIZAMi libertad - decfa un l0cido Alemdn -, no llega a ser completa mds quecuando es mi poder! A los que adn estdn bajo la moral cristiana y que odian a los egoistas, les pregunto: Por qud la Libertad de los negros, de los gitanos, de los mendigos, de los chicanos, de los ddbiles y de las masas trabajadoras siempre fue, es y siempre serd una palabra y un zuefio Vano??? RESPUESTA: Porque ellos no tienen

CION.

PODER!...

Por eso, compafieros, es hasta cier-


to punto, justo que, bajo nuestras mdscaras de Anarquistas, de Marxistas, de Zapatistas, de Psicoana I istas, de Bakuninistas, de Althusseristas, etc., estd viva y latente la ideologia Hitlerista. Si, ustedes oridn Perfectamente bien; hablo de Hitler... aquel sefior alemdn qucmat6 a casi tres millones de judfos (a pesar de la politica de lsrael insistir que fueron seis millonet). Ya no podemos negar que traemos en nuestros corazones, una sed insaciable de PODER... Cualquiera de nosotros puede ser ser, mafiana, el verdugo del penal Norte, el rector de la UNAM o el dueffo de un burdel en Zona Rosa... Por el mismo motivo que, mi madre, con 75 afios, pueQe en este midrcoles de agosto, incorporarse a las "madames" del Moulin Rouge... Y no se espanten, pues esto est6 bien!... A veces pienso que me sentiria mucho mds vanidoso por tener una madre en el Moulin Rouge que tenerla metida en una covacha, cocinando frijoles por toda eternidad y orando para aquel perro o cerdo gue se llama... director del Vaticano.., ustedes, el afio passado, lo aplaudieron como monos, iverdad?...

-

Si hay algfn policfa aqui presente, que me perdone, pero yo creo que la lucidez lleva a la delincuencia, y que los policias son los 0nicos delincuentes prdcticos que no son l0cidosliPor que?... Porque la delincuencia que'ellos practican es determinada por otros y porque ellos la realizan como verdaderos parias... Por lo tanto, el IDEAL del YO como

-

dicen los curas del inconsciente - es llegar lo mds temprano posible a la delincuencia prdctica... Pobre ideal del YO! EL SUPERYO de los militares o de los Obispos es mucho m6s potente!... Confieso que a veces me quedo completamente confuso cuando oigo gritos por la calle, gritos que piden otra vez LIBERTAD. iOue libertad quieren 6stos seffores? - pregunto a mi

gato -iou6 libertad quieren estos sefiores cuando, hoy en dfa se tiene el derecho o licencia para hacer casi todo?... Hoy ya se pqede entrar en una casa de masajes y obtener cualquier cosa que perros, pollilas, nifios, putas se desee;

-

negras, amarilias, blancas, pechos como calabazas o como cuantes de beisbol,

sexo en grupo, felaci6n, cunilingus, ldtigos, terapias breves, tacones altos, pornograffa, misas para las almas, vibradores, culos oe hule y vaginas de plSstico, peryersiones y violaciones de todos tipos -tOu6 mds quieren 6stos sefrores que piden obsesivamente por la LIBERTAD?... Ya hay lesbianas y homosexuales con banderas levantadas por las calles, ya hay rifrones artificiales, ya apareci6 Lacan en Am6rica Central, ya se usa la acupuntura para matar prisioneros pol it icos y el idioma inglds ya se hizo obligatorio en casi todos los pafses del mundo... ifso no les parece una cosa fantdstica?

Nosotros, los que sabemos de memoria las citas de Marx, los delirios de San Juan, loS sudnos de Freud, los asesinatos de Stalin y las elocubraciones de Emma Goldman, jamds llegaremos al ,honor'de hacer algo prdctico para nuestra liberaci6n... No crean que la liberaci6n se la puede conseguir en las escuelas ytampoco, anonimos, entre una masa de individuos pasivos que s6lo saben aplaudir y gritar vivas. Es mds probable que la consigan en la oscuridad

de vuestras

recdmaras

o en la soledad

de vuestras tumbas...

A veces pienso que todos nosotros deberiamos tener la grandeza de los criminales! Es vergonzoso saber que no

profanamos nada... que ninguna

vez

orinamos por encima de alg0n mito sagrado. Es vergonzoso saber que todos tenemos cuentas bancarias y qye todos soframos . con un grado de doctor... Yo, dentro de algunos meses, serd 'maestro' en brujeria clfnica. No saben ustedes que e1 YO no puede dejar de ser criminal?...(Qu6 para 61, vivier es transgredir?... Deberfan saberlo, principalmente aqu6llos que creen que "todos, sin excepci6n, somos pecadores". Ah, si por lo menos, ustedes fueran culpables! Pero no Ustedes son todos'justos'... Pero, qu6 tengo yo que ver con todo eso? Hagan lo que quieran... hagan con que vuestros amos estdn contentos con

4t


vuestra servidumbre y el porvenir los regalar6 una tumba de barro en la colonia mds lujosa de la ciudad, (seguramente, muchos de ustedes pensaron inmediatamente en Polanco o en Lomaslverdad?) Un amigo brasilefio que habia vivido en casi todo el mundo y que tenia un desprecio radical por toda esta enfermedad br-irguesa decfa: Polanco es un nido de judios comerciantes, sionistas despreciables!... Yo no lo creo tan profundamente iustedes lo creen?... A0n los que, de Entre ustedes mueven la cabeza afirmativamente, lloraron dfa-trasdia delante de la pelfcula de Holocausto... No es cierto? Ya es tiempo de llorar tambdn por los gitanos, tambidn por los marroqu fs, tambi6n Por los negros, tambi'en por las vfctimas de Kronstad y tambien por el destino de los mejicas. Los judios ya recibieron lSgrimas suficientes!!! Si ustedes no se protegen, ellos os ahogardn en vuestro propio llanto... No, no piensen que soy anti-semitas, o anti-trotkistas, o anti-loque-quieran; soy mds bien ANTI-lDlOTAS!

Pero, para regresar al tema del anarquismo, les aseguro que ellos, los anarquistas, a pesar de estar mds cercanos a la lucidez, son adn profundamente ingenuos. se contentan - por ejemplo - hundiendo con sus Picos Y

con sus hachas las ramas politicas, jurfdicas y econOmicas del drbol social... pero nosotros, ustedes y yo, debemos ir mucho mds alld. Debemos arrancar y quemar sus mds .profundas raices, rafces que nacen en el cerebro mismo del hombre y que todos conocemos por: MANIA DE ORDEN, MANIA DE EDUCAR, TENDENCIA AL REPOSO, ADORACION FANATICA DE LA FAMILIA, DE LA IGLESIA Y DEL PSICOANALI.

SIS, PREOCUPACION DE DORMIR,

DE COPULAR Y DE COMER A HORA CIERTA, OUIETISMO COBARDE AN. TE LAS MENTIRAS MAS ABYECTAS, VENERACION A VIEJOS EUNUCOS Y A CADAVERES HISTORICOS, DESARROLLO DE LA HIPOCRE. SIA GENERAL Y DE LA DEPRESION ESTOICA.

En fin; nosotros, los que no vemos la locura con los mismos ojos del Estado, debemos incluso permitir el suicidio, el incesto, el homicidio, la violencia, el adulterio y la libertad de mear abiertamente sobre todas las leyes y sobre todos los evangelios... Todo eso, sin dudas, sonrientes y encantados con el esc6ptico claro de luna... SEREMOS TODOS PECADORES

util,f.3i.1s&,ry'"'

#A

â‚Źrtt ceder um p.uco

i

copilulrr demr sildrmcntc 42

EL


-l

onuqrRofftAooo "Bakunin volard a set atual no db

OUTRORA havia a esperanga, o luxo e a paixeo de correr o olhar ao longe e ver tua cabeleira e nossa bandeira ao vento!

em gue o homem n6o poss mais suportat o degotisno burguds nem o despotiano p rol etdrio'.

OUTRORA a volripia era exatamente como o golpe de um machado sobre o tronco: presente... certeira e certa!

OUTRORA todos os teatros tremiam e incendiavam-se sob o arremesso das palmas e do gozo andrquico que sobre

tlpendiam!

OUTRORA os musgos e as tarentulas abriam espaQo para tuas delicadas pisadas e o outono tremulava a superf fcie do lago e vertia Wodka para teu deleite!

OUTRORA eu corria meu olhar ao longe e te via chegando...

elegante como um astro pecadora como Messal ina

triste como uma antiguidade

e revolucion5ria como uma tempestade!

Ah, agora tudo

se resume numa sombra numa vaga mem6ria de tuas linhas e no Caos sem remddio de nosa causa!

Levanta esse olhar para que o Arco-lris da manhd te veja e n5o fujas pelas brechas infames do "poder" pois a vida d breve, um sopro no tempo e nossa paixeo vai al6m, muito al6m de todos os "porta-vozes" do mundo! (Depois disso voltar6s a me amar, ndo 6 verdade?)

(*) Uma das 0nicas (

1

853)

poesias escritas por Miguel Bakunin, dirigidas a sua amante russa.

43


GrAsSlFl0Au0$ Em "eu te amo" tambdm

h6 veemencia

a

do imperativo: ame

a

mim! Ordeno oue me ame! E preciso que

p/venda de calezinho exler 110 mil p/semam: lralar 8loco, "C", Loia 11,

O EMPREGATU Carlos lernan'

do valenca de Lima,Jevc

se

Altos da Cas Nordes-

vocd pague sua divida.

mana. Para os C.erao f

D€

ESCRffORIO 'se de uma. c/exPerien'

tia. sabendo dalilogralia voLBRAS-W/3 Sul-514-81. B

JORNALISTAS _

c, exPetiencia, sala

VE!{IXDOR rio fixo mais comissoes. Setor de lndustria Gr5{ica O-6 lote-

CARDIACoS - o coragdo d o 6rgdo mais requisitado Para resPonder pela impot6ncia hu-

um que tenha conrciincio e a

Procura-se

diryosiEdo de informar

ca do trabalho habilitado iunto a bRT e vigia de portaria. lntelessado6 apreEentar-s€ devidarnen'

te documentados d CooPerativa

Central Rural rl O. 5 ng N-

a todos sem menor

restiEdo que a noticia,

que nd'o d precisa

- Procuum que nao

SINDICATO

tamos faga

o

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e

de radio,

cadeia nais^ e

.tv e longa

iore.x-

perlencla em coquetels oferecidos por s€us patr6es atravds do lucro que voce jornalista aju-

dou a

Eerar. Cargo imediato para aqueles

que foram empregados ou sfo do Sr. que com-

prou

:-um

pfano austiaco, uma banqueta unia camisa de seda. cor laranja. Por nr,6? nnrotte porque descobri qu6? oue a arte e uma metoa.

VeNPo

20

anos de servicos Drestados a uma

que um cafe-

16o faz com sua Pula, gnlanta fiabalho e saldrios. Pois reivindi-

E

ser

ainda mais

e

mandou

para

Teerd'um DESTROIER: e 6timo sal6rio.

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alistar no ex6rcito dos

alal toncs: 5@-8614/83-S119.

mundo, Se te jugas um imbecil defenda a guer-

[r-

PSFOffmnf

De sruPo Van'

vencidos

e

ex6rcito

d

VDE-SE 18 vacas cruzadas. um

mvilhas bezerros l{dorados e O holand6s,

dertotados. Esclarecemos que todo

la

regido pehierarquia, coman-

'.- 2446191. ST O ro.

dante e corirandados, sr caso nio consfa s€ G' alistar no noss; pto- ifi curc qualquer um em rr.

qualquer parte

do

OU IBOCA-SE Dor cat' e leildes. Tr. $Sfi'll ,

r

Bslicos

sro

-

para implantagdo de uma rede de motdis a 'nivel nacional. MOTEL

REICH, so para glolescentes, uma irz que a

geraqa-o dos 50,60 etc, est6 serualmente conge-

lad'a,-.

44

sTo

&

Ydo.

vita.

nwillus hdaards. F fein ST 0 BOI e vaca

MORTE '

TREINAMEIITO de Perdigueiros glc.aca Perdiz. Tr. 5815&1.

TROCO p/cano, uma

da. CRP 5t6/DF, Fom: 2{3' it!x6. M-

Busco s6cio

e Gi,

porcabesa. A

touro, sendo 14 paridas. Tr.

59r2155_ ST O

7'l

-

Morreu

aos

anos, um senhor que jamais valeu-se da espada nem dz crttz, pa.ra impor zuas idiias sobre mundo. Se tivesse

o

murmurado umariltima

frase, talvez tivesse perguntado: so iso q

6

DE UilGUAS lnd6s, F attc6,

'Esn{rd. Abmlo e PortuguGs i/ Cstraqi*o. !*:io om qud-

Ggln€s c db do am. AtendeFE es n6et9il& sapacincaa *no s.F p/ faLt r.Pih' r tngua, Ybiat ou ttccct d. Tr.b.io, ..9ocbtd] th:

h&ifnirnqtnhrl*-rl

- hfr.

tu- W/l t{oqb 0


XL 250 - 4.800 mil. iallanVDE-S€ DT vermelha 84. baixa kilometragem. 562981 5. ST P6

!-:::-

- Num jornai Lisboa, algulm fazia

.St XIJ(/84 verm.. cons6r. 4.200 mil. F/2749944. ST

TROCA de

seguinte proposta: troco um galo que canta as cinco da manhd, por

um que cante is

se'

ANO 81 preta, . conservada. Cd 7 Fone?3lffi. ouT F.214

to/

stx

desanimem, ndo

desesperem, tenharn esper:m9a em breve servir6s a um opresor. Eis seu

F

F: 58r 1593. P-3

l.

ano 82/84. 'E

8l

1500

xis€ncia

1r.22$7fi.TP-6 CS{dl 8l superconservada.

Cr6

milh6es. 567'17l. TP-6

mil

c/3)

PICK-UP Frat 79, m+ estado pcivd, complsl+

I

nova,

parlkult.

dorrc, fme: Z/20739. P-7 na

[3 azul semi no'

bl. A ll. 31.

meos, sua boca,

c/Rufino

VOO O"

Gll.

7

VOO.

Ex

emplacad 6190. P-7:

vDo uit( rios opcir 3127 . P-7:

olsPE!rE Gas. 80 I CrS 8.30 .alcool K r6.200.0(

srds

coxas,eeleaacari-

Fones

2241949 . Com Cesar.T P-7

cia com seu dinheiro. pneus novos, esra milhdes, CrS olena. Tr:2439925 23:l:}517 (dils.!&is

l6

DA BANDA 'NERAL - Avisa que foi

do

para Inglaterra,

j

caqar

avali, e posteriorrnen-

te ird para Africa, cagar

canguru enquanto

a

banda the-aguarda para dizer o que tiizer.-

VDO 0U TROCO p/cano, um consorcio de XLX 250

Fiat 80. 147 L, olimo 213il12. P-1

A prostituta acaribia o cliente com suas

178, cinza

retorno, pois nesse mundo tudo d perdoado por antecipaqa:o e tudo d, portanto, cinicamente perdi-

tom, ano 81, azul claro, consetvadissima. Apenas 12.50 km.

do.F:84 VDO Fiar mec6nica

p/Paisar DO Fiai 80, modelo europa, est. 8 milh. 27t14564. P-7

pelo

Fiat 79 lalaria e molor a va. baixa kilometragem. co. Tr. CSB 7lt. I li 12. 18_ ST P-7

moral inerente a mundo fundado essencialmente sobre a ine-

lP-6 YAIIAHA RX t& cus-

pintor

VOO Alfa

Um Fiat79, Tt.224il?J)A1

um

oreco de

ao

lico escuro, roda de magner .t.Jila AM/FM, ar condiciona,

a arte traf a perversdo

2435962.

8

Grande viMASTRA

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568747. TP-6

83 tranco a 6lcool, banco preco bom ver com EodriSoN 415, bl. g, 3ptr 204.

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!ilx, retl

VDO Fiat Tr. O€ 26

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reconciliageo com suas mees, assim como

lindissima.

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Sul. C/Paulo.T P-7

YTOEM, esclarece que

VDO/TROC0 por carro, C8

LP7

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mos um premiado c

ALFA?gI}Bn VDO CG 125, 82, mod. 83 ver' melha, inico dono, pouco do. T ou

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mudo. E contratamos em imediato se for cego, p:ua criarmos um mito para este final de sdculo com o rinico intuito de celebrvar a ar-

84

uma Garelli 3-82 pot

lh.Aes

PINTOR

prefer6ncia

I Aoio 12$ML/85'T

neo

6 _-

ban. t. lttas, dr. nldr. lllu pg. 2e dono. Exc. est. Cd 15 milh sl cl oterta.2449110. P-j

omita nenhuma opinid'o,

HIGS 7r0. 8r. O C/36. F: 0936. P-6

-25[

2722439. P

consagtado,

t(tr

vDo DT

Vde'se una

par-

TMo SUPelCOn, 3271 . P -1

ffinnn turamos um que queir4 investigar as origpns del sua

vergonha.

i

t

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CUIDADO: os pdasitas nos rodeiarn. Ni[o percamos tempo com o es-

VOE-SE ou toca-se DT

Eao, passeamos a con-

km rodados. Tratar

tel(

pltr{culo da

tm.F.21%21.fP-6

82, super

- Admissdo imediata. L€m-

bramos que falocracia

6 a dendncia lesitima' do poder do riicho,;

mas tamb€m uma nova' forma de intimidac{Io .das mulheres, Homins e mulheres, voces acre-

lbo

-

TROCO XL 250 83.

wl

novr. Fone 5612$ll. TP-

o

Honda 125

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i

c/{

mil

r

Fiat P,7

&). branco. Tr. F:

r

m49., pn 581.:J,'21 CgnSewa'

com

Inguilinoe,

de todo.

pars, unl-vos v_-qssos

o

conEa

contatos.

Eli

Tambodl Planano.

VoO Fi.t escuro, rr co espocr T

VDO Fia 581

-7962.

F'AT GU 7.5(D mil

VtX) Alli .

lone Fbt t. c.

Mavedct. 5564129.

TP6

vo€-sc coni. l,-cr

oarti de 78 mil. Acdto us.do moenr6de. F271717t. P6 Tr: 0. 5 cmi.D c/21 Sobrafnho DF D-6

es-

do, OE 26, Coni. E, Cs.

Gt/fl!

VDO 2 Fiat-8|, oas, em

VDO Fi.

vme-

em

desacreditado desde ,. seja o que for que

Fial 79/80, GL, super

superconseilado. Aceira troca. 83-17(X. P-7 T

CB 1{tr mod. 84, aceito p/Puma. Fone 24@55.

outro'bm-

est, efiado poi

-

FIAT Gl/79 Otimo, lisa. ?. t. 21,18181. Cd ?.5{tr mil. P7T

ganha,

estado. Tr. 245-1 142. P-7 T

isentos. Enfim FAIOCRACIA: valor penal e nio mais an6lise; tal como nogiio de inimi-, do povo em Stalin. nome o

se

fi.58

F|AT &a do. Vqod te ou Hal

vEt{DE-S

F|AT 0sgi. Vde-se 84,

runa 85,.contemol.8 .7(tr mil. Tr. 2(SB16.

srbjetiyamente

r.Fone:24D*5.PTl

toma-se.

FIAT

pontudos, voc€s seo objetivarnente culpados da car€ncia de que se acre-

eito c&nodo.

nto

a

ta$nas, muitas drvores grandes, muitos picos

ditam

DEMOCRATAS

poder

VDE.SE

do de dor

Um Fia|1.977, novissimo.

Fiat-l1, rodas magn, lindo mllh6p:s.It:24U37. PTI

lP{

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linguagem da tiber taQdo,

mas ainda hd muitos obeliscos em seus fan-

Tr. F: 57/3{bl. P7T

T/f,l Alcool, branco, 6t. esr. F: ?239760. SON l{X, K, f

km orh. descarga da. rodas de maon6sio mit. F. 5@2050.

pio mensi

otimo estado.

83.

do espetdculo.

c/7.m

r/.

consewada, branca. p. no-

contesta-

58r6685,TP{

eaiocnar,c,

ditam estar falando

testagiio

conser

VD€-SE Fiat

FIAT t rB ercte.,eal. consew. Rod. m-ag. pdito, spoilers, pn. rad. nooc, vol. esD. Bom de ludo. Ol 25, bl. K, aoto. 5dl, Guar

d ll. Tel: $d/sl. tlarcc. P-l

TI

presa busa

- UmaEmInternacional, A

deseryeradamente, para aontntQ imediato. um fascista inte-

ligenie. 0ttimo

vElr0c.6

G! aal r sio bilc dG

st 0t

ano

45


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l.m ERASltlA 8!

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ta, novo, p

272,745.f

km.

E

que

lico. revisdo. Tr.

Vinho.

sabia o

Mussolini,

en-

drar o marxismo.

era

fasc ista?

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T.P

colocar-se no papel de cliente, diante

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T.Pl

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T.Pr

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muito

YDE

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24ffi70.T.P| PASSSAT

Procura-se

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de

e

devidamente dirigi-

dos, libertar-se-do

S

l5

mil

km. 33.5fr) nil. T.PI

Ir.2t

Fone:

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?

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60t fOO.6

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VDE-SE Passal 82, LS. brar

50.000 km, d qas, Pc. i4 mil. Tr. Fone:2447786. T.Pl

voLUQ40

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Ft

MTITACAO.

mn44.

ENCONTRO

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Tenho 28 anos e busco uma namorada. Requisitos indispensdLveis: que goze

sexualmente, que neo queka ser minha mde,

nem av6, nem. minha

governanta... e que neo queua que eu,seJa seu pal, nem seu aYo,s€u empies6rio ou o presidente do sindicato das mulheres. Enfim, busco al-

gu6m que queira

pura

e

fl)

T.PI VDE-SE Brasilia 77. azul escuta, motor novo, equip c/ rodas de

- Abai-a macrobi6tica, a Yoga, o Taichi. o ORJENTAL

orientalismo,

VDE-SE Kombi Diesel ano 83. Tel. 562m05 na z feira. T.Pl

Karat6, o budi$no, etc,

etc... tudo isso d reacionfuio e contrarevo-

l/81, .al

cool. telo-solar, canza claro, excelj esrado crs 10.5m mil contra ofeda, Fl 5n3755.T.Pl um Fusca/6/

cor

seff.

branca.

bam

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F/59'17214. Airton. Pl

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T TS/fl) Azul

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mecenice Vdo Uro( loia 59.

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Preco 5.t Bl. B cas

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Variante 71, mod.72, rS 1.700.000. Tratar. Tel: 18. Jos6 Nunes. Pl

O Passat

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Remodelado,

Semana:

na t6brica. efiplac, motol Ok. Som completo. Tr: . 062,261-1310. P1

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branco. 8.0(D. .XS/81 I 2, Apto 6{8' Ed. Araguaia. PI VDO Passat/Ir, mod. 78, inl€im, R. mag, c/som.56844d1. Pl VD€-SE Fusca 78. azul clato oti-

mo cstado 6

milh6es.

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FUSCA 7l FU. P/ oeo8 inl. 31fr! cano dc mulltcr 59175/.

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interessadas a guardar s€u caro OND 37, Casa 3!1. Fone:

ser,

simplesmente, o objeto de minha paixeo.

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PASSAT ATUGA-St Garagem p/pessoas

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COilDTCTOITADO P/ em 6rimo mtado. Tr. 2! c/ Mamed. T.Pl

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Revisada, Cd 8 milh6es. SON ,104 Bl. I ap. 207.

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Villlase LS. Zero

das, suas mdscaras ditirias.

VDO 8rafia 79 atul.

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t-SE Kombi btanca, ano

VDO Bras ilia 79, mod. 80,

1.3 Alcool, 81, cano de

de

^impossibilidade voce mesrno set um puto.

cons-

tituigdo porque era

calcado, roda magn6sio, vohnte lormula 1. Tr. F. 5817690. T.Pl

rcad.o OE 28 coni. F cs.

por ela,

Votei contra a

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as pitrias, as guerras e as bandeiras? Serd que Marx, antes de engen-

Tr.

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