Revista Brasileira de Quiropraxia 2014

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Revista brasileira de

Quiropraxia Brazilian Journal of Chiropractic Apoio:


REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF CHIROPRACTIC

Volume V - Número 1 – Janeiro a Julho 2014 ÍNDICE – CONTENT 1. 2.

3.

EDITORIAL E INSTRUÇÕES AOS AUTORES REVISÃO E ATUALIZAÇÃO

01

A Chiropractic Revolution: The History of Instrument Adjusting Arlan W. Fuhr, DC.

08

S.O.T.’S Visceral Organ Adjusting John Crescione, D.C. D.I.C.S.

4.

13

ARTIGOS ORIGINAIS

Prevalência de efeitos adversos após ajuste quiroprático na coluna cervical Prevalence of adverse events following chiropractic adjustment of the cervical spine

17

Alexandre Zimmer, Ângela M. W. Noro 5.

Eficácia do tratamento quiroprático na redução álgica na coluna vertebral em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica Effectiveness of chiropractic care in reducing algic spine in patients undergoing bariatric surgery

26

Kely Ana Mattei, Fábio Dal Bello 6.

7

Prevalência de algias musculoesqueléticas em gestantes no segundo e terceiro trimestre de gravidez Prevalence of musculoskeletal pains in pregnant women in the second and third trimester of pregnancy Gabriela Thomé Ferreira, Nara Isabel Gehlen Alterações na temperatura cutânea na região lombar pré e pósajuste quiroprático: Análise termográfica Temperature Changes At Skin Lumbar Spine Pre and Post Chiropractic Adjustment: Thermography (Infrared Camera) Analysis

35

43

Rodrigo Ludwig Tagliari, Milton A. Zaro e Rudnei Palhano 8.

9

Análise da atuação dos quiropraxistas formados no Brasil no papel de empreendedores Analysis of the performance of chiropractors trained in Brazil in the role of entrepreneurs Choo H. Kim, Márcia Daniela C. de Almeida, Eduardo S. B. Bracher Caracterização postural biomecânica em bailarinas clássicas: um estudo de revisão Postural biomechanical characterization of classical ballet dancers: a review study Bruna Spadotto e Carina Helena Wasem Fraga

52

64


EDITORIAL

A medicina baseada em evidências é conceituada como o elo entre a boa pesquisa científica e a prática clínica. Na área das Ciências da Saúde a evidência científica influencia de forma significativa a conduta terapêutica adotada. Temos incentivado a trajetória da Quiropraxia no caminhar científico tornando possível ao graduando a publicação dos resultados de seus trabalhos e trazendo atualizações apropriadas na área. Nesta edição, apresentamos aos leitores duas atualizações de técnicas complementares, redigidas por autores internacionais e seis artigos escritos por egressos do curso de Quiropraxia. Desta forma renovamos o compromisso de aprimorar a produção científica fundamentados na perspectiva de contribuir para uma melhor assistência ao paciente e consequentemente maior sucesso na profissão. Reiteramos

nosso

interesse

em

compartilhar

seus

estudos

e

agradecemos pelo apoio até então recebido.

Corpo Editorial

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REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF CHIROPRACTIC Corpo Editorial

Editor científico Djalma José Fagundes

Editores assistentes Ana Paula Albuquerque Facchinato Evergisto Souto Maior Lopes

Jornalista científico Anna Carolina Negrini Fagundes Martino

Consultor da língua inglesa Ricardo Fujikawa

Conselho nacional de consultores (Brasil) Eduardo S. Botelho Bracher Fernando Redondo Aline Pereira Labate Fernandes

Conselho internacional de consultores David Chapman Smith Reed Phillips Fábio Dal Bello

Assessoria e Gerência Executiva Mara Célia Paiva

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AGRADECIMENTOS

A Revista Brasileira de Quiropraxia publica trabalhos científicos e culturais de interesse aos profissionais da área ósteomioarticular. A qualidade das informações neles expressas é avaliada de forma sistemática por colegas experientes. Todo trabalho de investigação ou revisão submetido à revista é enviado a especialistas encarregados de revê-los de forma detalhada, visando obter avaliações abalizadas sobre a qualidade técnica do texto. Outros colegas também disponibilizam seu tempo para elaborar revisão ortográfica e formatação dos textos. Em reconhecimento à espontânea colaboração desses especialistas, bem como a conduta ética demonstrada nesse processo, expressamos aqui o nosso agradecimento. Revisão científica Carlos Podalirio B. de Almeida Cley Jonir Foster Jardeweski Daniel Facchini Katherine Palmina Cassemiro Colomba Marcos Vinícius Zirbes Mariana Wentz Faoro

Revisão da língua inglesa Rodrigo Alves da Cunha

Formatação de texto Elisangela Zancanário

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INSTRUÇÕES AOS AUTORES Apresentação A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic) é uma entidade aberta de comunicação e divulgação de atividades científicas e profissionais na área de Quiropraxia. Ela recebe colaboração em suas diversas seções, após avaliação de pelo menos dois de seus membros do Conselho de Consultores e que irão julgar a relevância, formatação e pertinência da comunicação. Os autores e coautores devem ter participação efetiva na elaboração do trabalho publicado, seja no seu planejamento, seja na execução e interpretação. O autor principal é o responsável pela lisura e consistência das informações do artigo. Os indivíduos que prestaram apenas colaboração técnica devem ser designados na secção de agradecimentos. O original do artigo ou comunicação deve ser acompanhado de uma carta ao editor-chefe apresentando o título do trabalho, autores e respectivos graus acadêmicos, instituição de origem e motivo da submissão. Deve acompanhar uma carta de cessão dos direitos autorais e compromisso de exclusividade de publicação segundo o modelo: Cessão de Direitos Os autores abaixo assinados estão de acordo com a transferência dos direitos autorais (Ato de Direitos Autorais /1976) do artigo intitulado: ........................................................................

à

Revista

Brasileira

de

Quiropraxia. Por outro lado, garante ser o artigo original, não estar em avaliação por outro periódico, não ser total ou parcialmente publicado anteriormente e não ter conflito de interesses com terceiros. O artigo foi lido e cada um dos autores confirma sua contribuição e está de acordo com as disposições legais que regem a publicação. Cidade, data Nome legível e assinatura de todos os autores.

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Submissão de artigos Os originais podem ser submetidos para a apreciação da revista por via eletrônica

(e-mail)

ou

por

cópia

em

CD-ROM

(ou

equivalente),

preferencialmente em inglês e ser produzidos em editor de texto compatível com Windows Word, em Times New Roman ou Arial, tamanho 12, margens superior e inferior de 2,5 cm e laterais 3,0 cm. Os parágrafos devem ser separados por espaço duplo, não ultrapassando 12 (doze páginas incluindo referências, figuras, tabelas e anexos). Estudos de casos não devem ultrapassar 6 (seis) páginas digitadas em sua extensão total, incluindo referências, figuras, tabelas e anexos. Os artigos e comunicações enviadas serão analisados pelo editor-chefe; sendo pertinentes e tendo respeitado as normas de formatação da Revista eles serão encaminhados ao Conselho Consultivo da revista para avaliação do mérito científico da publicação. Os originais poderão ser devolvidos para correções e adaptações de acordo com a análise dos consultores ou podem ser recusados. A Revista reserva o direito eventual de recusa sem a obrigação de justificativa. Os artigos originais recusados serão devolvidos aos autores. Figuras, Tabelas e Quadros As figuras e tabelas devem ser enviadas em arquivos separados. As imagens devem ser designadas como “Figuras”, numeradas em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto e enviadas em arquivo JPG ou TIF com alta resolução. As tabelas devem ser numeradas em algarismos romanos de acordo com a ordem em que aparecem no texto. Quadros deve ser numerado em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto. Formato do Artigo Os originais devem conter um arquivo separado com a página de título (title page) onde deve constar: - o título do artigo (máximo de 80 caracteres) - nome completo dos autores - afiliação e mais alto grau acadêmico - instituição de origem do trabalho ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 5 de 71


- título abreviado (running title) máximo de quarenta caracteres - fontes de financiamento - conflito de interesses - endereço completo do autor correspondente (endereço, telefone, fax e email). Formato das Referências As referências devem ser numeradas em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto, no qual devem ser identificadas com o mesmo número no formato sobrescrito. Os autores devem apresentar as referências seguindo as normas básicas de Vancouver com Sobrenome, Prenome do(s) autor (es). Título do artigo. Título do Periódico. Ano; Volume (número); páginas inicial-final. Exemplos de formatação: Artigo: Santos C, Baccili A, Braga P V, Saad I A B, Ribeiro G O A, Conti B M P, Oberg T D. Ocorrência de desvios posturais em escolares do ensino público fundamental de Jaguariúna, São Paulo - Revista Paulista Pediatria. 2009; 27(1): 74-80. Monografia (Livros, Manuais, Folhetos, Dicionários, Guias): Wyatt, L, Handbook of clinical Chiropractic care, 2ª edição. United States: Jones and Bartlett Pusblishers, 2005. Resumo: Ostertag C. Advances on stereotactic irradiation of brain tumors. In: Anais do 3° Simpósio International de Dor; São Paulo: 1997,p. 77 (abstr.). Artigo em formato eletrônico: International Committee of Medical Journal Editors: Uniform requirements for manuscripts submeted to biomedical journals. Disponível

em

URL:

http://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htm. Acessado em 15 de maio 2010. Resumo (abstract) Em arquivo separado deve ser enviado um resumo estruturado (objetivos, métodos, resultados e conclusões) com no máximo 250 palavras. Deverá ter uma versão em português e outra em inglês.

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Unitermos (key-words) Ao final do resumo devem constar pelo menos cinco palavras - chaves de acordo com a normatização dos Descritores em Ciências da Saúde da BIREME (Biblioteca Regional de Medicina). Texto Devem

constar

de

Introdução,

Objetivos,

Métodos,

Resultados,

Discussão, Conclusão, Agradecimentos e Referências. Comissão de ética Os artigos devem trazer o número do protocolo da aprovação do Comitê de Ética da Instituição de origem e declaração do preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Contato Revista Brasileira de Quiropraxia/Brazilian Journal of Chiropractic Secretaria Geral: Rua Columbus, 82 - Vila Leopoldina. CEP 05304-010, São Paulo, SP, Brasil. E-mail:

rbquiro@gmail.com

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Tel.:

+55(11)3641-7819

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REVISÃO E ATUALIZAÇÃO Arlan W. Fuhr, DC, Co-Founder and Chief Executive Officer Activator Methods International Ltd. President, National Institute of Chiropractic Research

A Chiropractic Revolution: The History of Instrument Adjusting “Why did you develop an instrument to give a chiropractic adjustment?”

It’s a question that has been asked of Dr. Arlan Fuhr frequently in the 47 years since the Activator Method was first in development. The simple answer is: after a day of patient adjustments, his body hurt too much. He had to find another approach. The doctor had been adjusting a high volume of patients using a thumb thrust generated by bringing the elbows together with quick force. But after long days of using his thumb to make contact, and snapping his elbows together, the wear and tear was taking its toll. In the morning, he would soak his elbows in hot water to loosen up the joint ligaments, and at night he would ice them by kneeling in front of the sink. Says Dr. Fuhr, “My dog was my sole sympathizer. He would sit and watch me faithfully as I completed this daily ritual.” On one fateful evening, three years into his growing practice, he said, “no more.” His elbow hurt more than usual, and he decided there had to be a more effective way to administer the light force speed adjustment that had become central to his practice. The search was now on for an object or instrument that could provide the same speedy thrust at the end of the day just as it did at the beginning. The first real success came quite by accident. “I was treating a local dentist and relating to him how I was trying to find something to replace the thrust I was giving with my thumbs and elbows,” remembers Dr. Fuhr. “After his adjustment, he turned to me and said, ‘We may have just what you are looking for.’” The dentist described a surgical mallet that was used to split wisdom teeth. He recommended that Dr. Fuhr take the scalpel out of the shank of the mallet and replace it with something blunt.

And

that’s

how

the

magic

happened. By replacing the scalpel with a brake shoe rivet and using a rubber

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tip from a doorstop, the first modern-day chiropractic adjusting instrument was born. It was not without its challenges. The surgical mallet, while effective for short periods of time, was not engineered to sustain the volumes of patients Dr. Fuhr was treating. It was clear that chiropractors needed an instrument – designed specifically for them – that could withstand at least 1,000 thrusts a day. Several generations of Activator Adjusting Instruments later, that original development process – and more importantly, the effort to continuously improve – is ongoing today. The first Activator Adjusting Instrument received a federal patent in 1976, and the instrument has been used as the predicate device for all future FDA registrations. Earning this patent was considered a pioneering event in chiropractic, providing the basis for the development of later generations of adjusting instruments. Another influential point in the history of the Activator was the initiation of research to support its efficacy. At the beginning, there was no formal research to underline the Activator’s effectiveness, other than clinical experience using the instrument. In the mid-80s, Dr. Fuhr hired a PhD to evaluate what the instrument actually accomplished. In those days, members of the academic community were reluctant to get involved with chiropractic, but a renegade from UCLA who had been exiled for challenging his department head was attracted to the unique opportunity. As it turned out, this PhD’s background did not really align with what Dr. Fuhr and his team were trying to accomplish. His background was in immunology and he was being asked to adapt to biomechanics. He was naturally bright and because he was a hands-on researcher, he did the best he could with the project. However, he readily admitted he was not the best fit, so eventually a true biomechanical engineer was identified to help with the analysis. “That engineer taught me a valuable research lesson: You cannot force an academic to do anything he or she is not naturally interested in to begin with,” Dr. Fuhr remarks. “Fortunately, he was quite compelled by what we had created, and led a decade’s worth of research on resonance frequency, specifically how to align the frequency produced by the instrument with the ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 9 de 71


natural frequency of the body.” In 1994, Dr. Fuhr patented another instrument that had a special weight on the tip that caused it to resonate more closely with the natural frequency of the body. He began to learn about the neurophysiology of the body, and the more he discovered, the more he realized that additional research was needed. “I really appreciated that, through our research, we were getting tangible answers about how far we moved a bone and what physiological effect the instrument thrust had on the body,” says Dr. Fuhr. The next improvement on the instrument came when an engineer and Dr. Fuhr had the idea that something was needed to keep the clinician from pushing too hard into the patient, which dampened the instrument’s thrust into the patient. Dr. Fuhr and the engineer developed a pre-load frame on the instrument that made it impossible to place an improper thrust into a patient. This same pre-load assured that each thrust was the same, regardless of the practitioner using the instrument. Dr. Fuhr likens this reproducibility to companies like Starbucks and McDonald’s. “You can travel to virtually any country and order a cup of coffee or a cheeseburger that will look, taste and smell virtually the same as the one you order at home,” comments Dr. Fuhr. “Of all my accomplishments, my proudest is the fact that any patient receiving an Activator adjustment will receive the same thrust, time after time, in every city in the world.” Because Dr. Fuhr’s instrument development efforts ran parallel with his research, his team commenced investigating instrument adjusting compared to Diversified adjusting. He chose Diversified because of its widespread use and the fact that it was the most heavily researched technique at the time. “Our research yielded impressive findings, and we have numerous peerreviewed papers that demonstrate equivalency between the two techniques,” says Dr. Fuhr. “Another interesting trend emerged from our research activities: the appearance of multi-site testing. Projects have ranged from evaluating techniques to relieve low back and neck pain to temporomandibular joint disease.”

In 1986, the National Institutes of Health awarded Dr. Fuhr their

Small Business Innovative Research Grant, the first funding ever given by NIH to chiropractic. That was followed by the founding of the National Institute of

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Chiropractic Research, which 15 years helped raise $600,000 for preliminary research on instrument adjusting. “To demonstrate our progress,” comments Dr. Fuhr, “nearly that much was granted to the profession in last year alone to fund research in instrument adjusting.” Throughout these decades of research and development, Dr. Fuhr came to understand why his dear friend Dr. Joe Keating was always annoyed by the saying “Chiropractic works.” “For years, we believed we didn’t need supporting research because we just knew that chiropractic was effective,” opines Dr. Fuhr. Clinicians hung their hats on that statement, but academics and others in healthcare wanted proof of concept. Even today’s students require credible evidence that something works – they are asking important questions like, “What technique works best for what condition?” Dr. Fuhr was so impassioned by what he discovered through those first clinical trials that he committed to establishing a research base for the Activator Method and the Activator Adjusting Instrument throughout his career. Today, more than 100 peer-reviewed papers have been published on instrument adjusting and specifically the Activator Method. This head start on research is what has allowed instrument adjusting to become integrated into the curriculum in chiropractic colleges and given Activator its position as the world’s most used instrument adjusting technique. It has also differentiated the Activator Adjusting Instrument in all its iterations as the only instrument on the market supported by clinical trials. Dr. Fuhr admits the journey has been rocky at times, rewarding at others. “The most important thing is that chiropractic has staked its claim in the spine care world, and I believe the research and development of the Activator has played an influential role in establishing that position.” At a recent dinner, a colleague told Dr. Fuhr that the general scientific community and especially the medical community are becoming publicly interested in manipulation. Says Dr. Fuhr, “My dream has always been to have a substantive body of research to support instrument adjusting, empowering spinal manipulation to become the treatment of choice, and to create the perfect instrument to deliver that manipulation. All my dreams are coming true.”

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REVISÃO E ATUALIZAÇÃO Dr. John Crescione, D.C. D.I.C.S. S.O.T.’S Visceral Organ Adjusting Originally called “Bloodless Surgery,” from old time Osteopathy, the branch of Sacro Occipital Technique called Chiropractic Manipulative Reflex Technique (CMRT), deals with the relationship between somatovisceral and viscerosomatic reflexes and the relationship

between the somatic and

autonomic nervous systems. Bloodless Surgery was historically used in chiropractic as a term describing soft tissue treatment affecting an organ and its related vertebral relationship. Major Bertrand DeJarnette, DO, DC, founder and developer of Sacro Occipital Technique, published a comprehensive book on the topic entitled, “Technic and Practice of Bloodless Surgery” in 1939. DeJarnette continued to teach, practice and refine bloodless surgery through the 1940s and began to use more reflex applications and referred pain indicators to affect organ symptomatology and function. By the 1960s, DeJarnette modified Sacro Occipital Technique’s procedures so that they could be done in a short period of time, unlike the old methodology which could take up to 2 hours. DeJarnette changed the name of his method to Chiropractic Manipulative Reflex Technique (CMRT). Treatment involves location and analysis of an affected vertebra by SOT Methods Occipital fiber muscular palpation. Once the vertebra and active reflex arcs are located and identified, first the specific vertebra is treated and then the related organ reflexes are treated through soft tissue and organ manipulation on the front of the body. Nutritional support and diet change may also be needed. Why and how CMRT Physiology works requires a book. This is a small overview to explain some of the basic concepts and techniques. When new practitioners do CMRT, many just put their hands on the places they have learned and expect a miracle to happen. Many times it does, but more often it doesn’t and it’s not CMRT’s fault. It’s usually the Drs’-then the patient’s.

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When looking at the work of CMRT, anatomy, neurology and physiology have to be reexamined from a functional “Chiropractic eye” of understanding. A few Points to consider when working on the front half of the body: 1) Skin and the Nervous system: both derive from ectoderm. That means the same embryological origin which means there will be similar function. The ectoderm splits into surface and neural ectoderm-skin and nervous tissue. Within the skin, there are light touch and deep touch receptors which have different spinal pathways. A section of skin the size of a quarter contains: a. 36 inches of blood vessels b. 144 inches of nerves (4 yards) c. 1300 nerve cells d. 50 nerve endings e. 100 sweat glands f. Over 3 million cells Receptors Meissner’s corpuscles: light touch-anterior spinal thalamic tract which go the posterior columns-of the spinal cord and are concerned with

into

pressure

touch, movement-vibration Ruffini: heat and pressure-lateral spinal thalamic tract Free Nerve ending: pain-lateral spinal thalamic tract Pacinian Corpuscle: pressure-posterior columns Krause End Bulb: cold- lateral spinal thalamic tract. Merkel’s disc: pressure-posterior columns 2) Nerve Anatomy and Function-Pre and Post Ganglionic Nerves and Corrective Technique The Post Ganglionic Nerve runs from the spinal ganglion to the organ. In the parasympathetic branch acetylcholine is the primary neurotransmitter. In the sympathetic branch epinephrine and norepinephrine are the primary neurotransmitters. Both neurotransmitters have a relaxing effect on visceral tone.

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In the Post Ganglionic Corrective Technique, the practitioner is trying to stimulate the Spinal Accessory and Vagus nerves to the reflex area of both embryological origin reflexes and anatomical reflex areas through the Sternocleidomastoids and Trapezius muscles. This will involve the structures that leave the Jugular Foramen: Vagus, Spinal Accessory, Glossopharyngeal and Sigmoid sinus (internal Jugular vein). The Pre Ganglionic Nerve runs from the brain to the spinal ganglion. All pre ganglionic fibers, in the sympathetic division or in the parasympathetic, use acetylcholine as their neurotransmitter. Acetylcholine acts to stimulate visceral tone through Vagal stimulation. The Pre Ganglionic Corrective Technique involve rubbing and or thumping the mid Sternum area while contacting Reflex area and it’s called the “Motor Technique” due to it’s multiple stimulating effects and correlates to the only neurotransmitter used in the motor division of the somatic nervous system. - Stimulates thymus/immune system response - Thumping the Mid sternum is said to release Acetylcholine which is produced in bone marrow as well as the more common sites of production made in nerve tissue of Cns and Pns, especially at sites of IVF. It is postulated that possible vibration into ribs to Tp’s to IVFs’ in the rib cage stimulates nervous tissue and nerve response. - Tapping stimulates Phrenic nerve (nerve to diaphragm) next to heart and Vagus nerve stimulation as it passes in through Esophageal Hiatus. 3) Anatomical: All soft tissue corrections will involve stretching of fascia, muscle, tendons and ligaments, even the ligaments that support the internal visceral system. When correcting for a pseudo hiatus hernia, keep in mind the involved anatomy that will be stretched and released (PhrenicoEsophageal ligament, Gastro-Phrenic ligament, the Esophagus which attaches to the cervical spine through the Diaphragm, and the Vagus nerve goes through Thoracic Inlet through the hiatus as some examples).

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4) Chemistry Considerations: Post Ganglionic Nerve fibers are more sensory in nature from spinal ganglion to organ. Epinephrine is secreted at synapse, it is considered generally inhibitory to smooth muscle. In a Post Ganglionic problem, the message leaves the organ but doesn’t get to the brain. A Pre Ganglionic Nerve problem is more of a motor function issue (a.k.a. Motor Technique) from brain to ganglion. Acetylcholine is generally considered an excitatory neurotransmitter for smooth muscle, which has its receptor neurons found in visceral organ walls. About 75% of all Parasympathetic fibers are found within the Vagus nerves, the cranial nerves, especially 3,7,9, as well as the sacral plexus. In a Pre Ganglionic problem, the message can’t get from Brain to Organ. 5) Adhesion Formation: Long standing irritation and inflammation, even on a sub

threshold level when caused by friction between two folds of

peritoneum

rubbing results in adhesion formation, which causes more

inflammation to the surrounding tissue. This creates an immune system response, which leads to tissue breakdown and scar tissue/adhesion formation. Adhesions can be broken within itself; sometimes broken completely, sometime stretched for more range of motion. Sometimes surgery is the only option.

In summary, C.M.R.T. incorporates all the anatomy, physiology and neurology from both a chiropractic and soft tissue manipulation perspective in a total holistic package from a functional treatment plan to harmonize the total human being from the back and the front of the body.

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ARTIGO ORIGINAL Prevalência de efeitos adversos após ajuste quiroprático na coluna cervical Prevalence of adverse events following chiropractic adjustment of the cervical spine Alexandre ZimmerI, Ângela M. W. NoroII I. Quiropraxista. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade FEEVALE-Novo Hamburgo-RS. Brasil. II. Quiropraxista especialista e docente na Universidade FEEVALE. E-mail do autor correspondente: alexandretrue@yahoo.com.br

ABSTRACT OBJECTIVES: OBJECTIVES: Identify the prevalence of adverse reactions associated with joint manipulation after the first treatment session. METHODS: The data collection was performed by completing a questionnaire of open and closed questions, answered by the patient. The sample was composed for 30 people of both genders, age 18-70 who showed complaint of neck pain and showed up for treatment at the clinic school of an University in the Vale dos Sinos. RESULTS: The adverse effects reported were: pain / local discomfort (58.37%), headache (33.33%), vertigo (16.66%), paresthesia (16.66%) and loss of strength (3%). Vision alteration, difficulty to swallow and nausea were not reported. There was no necessary the use of medical care and/or medication for the relief of the symptoms showed. CONCLUSION: Adverse effects after the first chiropractic cervical manipulation are common, however, happens in a soft and transient way, who demonstrate the articular manipulation therapy is safe in the parameter of adverse reactions. KEYWORDS: Spinal manipulation, adverse effects, neck pain, chiropractic. RESUMO OBJETIVOS: Identificar a prevalência de reações adversas associada à manipulação articular após a primeira sessão de tratamento. MÉTODOS: A coleta de dados foi realizada com o preenchimento de um questionário de perguntas abertas e fechadas respondido pelo paciente. A amostra foi composta de 30 indivíduos de ambos os gêneros, com idades entre 18 a 70 que apresentavam queixa de cervicalgia e se apresentaram para tratamento na clínica escola de uma instituição de Ensino Superior do Vale dos Sinos. RESULTADOS: Os efeitos adversos apresentados foram: dor/desconforto local (58,37%), cefaleia (33,33%), vertigem (16,66%), parestesia (16,66%) e perda de força (3%). Alteração na visão, dificuldade na deglutição e náusea não foram relatados. Não foi necessário atendimento médico ou ingestão de medicação em decorrência dos sintomas apresentados. CONCLUSÕES: Efeitos adversos ao ajuste quiroprático cervical são frequentes, contudo, ocorre de forma branda e transitória, o que demonstra que a terapia de manipulação articular é segura no parâmetro reações adversas. PALAVRAS-CHAVE: Manipulação espinhal, cervicalgia, efeitos adversos, quiropraxia.

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INTRODUÇÃO

A relação existente entre a estrutura e a função no organismo

na região cervical são superadas apenas pelas da coluna lombar3,5,6.

humano está muito clara quando se

A

literatura

biomédica

trata da coluna vertebral. Com trinta

demonstra cientificamente que a

e três vértebras, diversos músculos

correção

e ligamentos, a coluna é capaz de

articular promove o aumento da

sustentar a cabeça, os órgãos

mobilidade

internos,

consequente aumento de atividade

unir

as

extremidades

do

posicionamento

espinhal

superiores e inferiores, permitir a

nas

mobilidade

facetárias, inibindo a transmissão de

e

ainda

proteger

a

medula espinhal. Por realizar tantas funções,

ela

é

considerada

extremamente complexa1-3. Por

fibras

com

proprioceptivas

estímulos dolorosos7-10. O exercício da Quiropraxia adota um tratamento conservador

apresentar

tal

sem o uso de medicamentos e

diversos

procedimentos cirúrgicos e enfatiza

profissionais, cada qual com suas

o poder de recuperação inerente ao

habilidades,

corpo para curar-se sem o uso de

complexidade,

estão

habilitados

a

realizar diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças relacionadas

medicamentos Segundo

a este segmento corporal. Entre

Americana

estes incluem os médicos, em

procedimentos

diversas

Quiropraxia

especializações,

fisioterapeutas,

terapeutas

articular

e

cirurgia11.

ou a

de

Associação

Quiropraxia

os

específicos

da

incluem a

o

ajuste

manipulação

dos

ocupacionais e os quiropraxistas4.

tecidos moles adjacentes, sendo o

A cervicalgia é uma síndrome

ajuste ou manipulação articular na

caracterizada por dor e rigidez

coluna

transitória na região do pescoço.

entre outras profissões12.

Ocorre

em

55%

da

população

vertebral

A

referida

seu

diferencial

manobra

é

adulta em alguma fase da vida,

utilizada como forma de tratamento

tendo maior incidência no gênero

para disfunções na coluna vertebral

feminino. Estima-se que as queixas

e outras condições. Desconforto

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local, dor de cabeça, cansaço,

quiropráticos em pacientes com

vertigem, náuseas e aumento da

cervicalgia.

temperatura na pele estão entre os

MÉTODOS

relatos mais comuns dos seus A pesquisa realizada pode

efeitos adversos que, geralmente são

leves

passageiros13,14.

e

Relatos de complicações graves, como acidente vascular cerebral, síndrome

da

cauda

equina

e

agravamento de hérnia de disco, são

considerados

raros

e

não

ser classificada como descritiva de corte transversal. Os sujeitos foram informados sobre o teor da pesquisa e

assinaram

causal .

Um

estudo

de

1998

Termo

de

Consentimento Livre e Esclarecido. Amostra

apresentaram objetivamente nexo 15

o

A amostra foi composta por 30

indivíduos,

de

ambos

os

estimou que a cada 10 milhões de

gêneros, entre 18 e setenta anos de

manipulações na região superior da

idade.

coluna cervical ocorre lesão em 6,4

Critérios de inclusão e exclusão

e na região lombar, uma em 100 Foram incluídos na amostra

milhões de manipulações16. Em que pese à efetividade e

os indivíduos que apresentavam

tratamento

queixa de cervicalgia, e procuraram

recentes

os cuidados quiropráticos na Clínica

relacionaram o ajuste cervical a

Escola de Quiropraxia no Centro

riscos

Universitário

segurança

do

quiroprático,

estudos

de

complicações

Feevale.

Foram

neurológicas graves, e por esta

excluídos aqueles que relataram

razão

histórico de lesão cervical anterior,

novas

direcionado

pesquisas

têm

esforços

para

seus

os

que

quantificar o risco associado à

corretamente

manipulação

realizado

da

coluna

na

e

não

preencheram

o

questionário

aqueles

que

não

retornaram aos atendimentos.

população em geral13. Inseridos neste contexto o presente estudo propôs investigar a prevalência de reações adversas imediatas à sessão de ajustes

Procedimentos Na primeira consulta além da avaliação

física

procedeu-se

e

sinais vitais,

palpação

muscular,

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 18 de 71


testes ortopédicos e de amplitude

reações adversas ao tratamento

de movimento ativo e passivo da

recebido.

coluna cervical.

Estatística

mesmos

Em seguida os

receberam

quiroprático

nas

ajuste

subluxações

encontradas. Na consulta seguinte os

indivíduos

questionário

preencheram elaborado

um com

perguntas objetivas e subjetivas capazes

de

avaliar

possíveis

Foi realizada uma análise descritiva

de

dados.

A

análise

comparativa foi realizada utilizando o teste de Qui-Quadrado. O valor de 5% (p<0,05) foi adotado como limite para rejeição da hipótese de nulidade.

RESULTADOS

Figura 1. Demonstrativo de reações adversas após a manipulação articular.

Figura 2 – Demonstrativo da prevalência de reações adversas.

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 19 de 71


Figura 3 – Demonstrativo das reações adversas por gênero.

Figura 4 – Demonstrativo das reações adversas por faixa etária.

DISCUSSÃO

As formas de tratamento em geral possuem algum

risco

de

principal foco para a prevenção de complicações é o reconhecimento

causar dano ao paciente. Eles

dos

podem ocorrer espontaneamente ou

estabelecidos

como

tratamento

denominados “bandeira vermelha”,

O risco destas

que podem requerer planejamentos

complicações pode variar dentro de

cuidadosos, mudanças no plano de

subgrupos de pacientes baseado na

tratamento

sua

apropriadas, como tratamento de

resultado

quiroprático17-18.

do

apresentação

clínica.

O

bem

conhecidos

e

indicadores

ou

outras

ações

emergência ou encaminhamento a ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 20 de 71


outro profissional da área da saúde.

parestesia e vertigem (N=2), ambos

Ao ignorar as chamadas “bandeiras

com 16,66%, observou-se ainda um

vermelhas”, aumenta-se o risco de

relato

causar dano ao paciente19.

membros

Num

universo

de

perda

de

superiores

força 3%

nos

(N=1).

de

30

Deve-se ressaltar que, apesar de

queixa

de

vertigem ser um sintoma frequente

cervicalgia, doze (40%) apresentou

nos processos patológicos mais

algum tipo de reação adversa ao

graves17, a região cervical alta

ajuste quiroprático cervical. Este

possui

resultado supera ao encontrado em

terminações

indivíduos

20

2005 ,

com

em

que

número

de

proprioceptivas

dos

localizadas em sua musculatura que

participantes apresentaram reações

estão associadas a reflexos de

adversas após a primeira semana

equilíbrio

de tratamento, e mostrou-se inferior

Central24. Desta forma, pode o

aos achados de 1996, 2005 e

ajuste na região ocasionar episódios

200821-23,

transitórios

que

30%

elevado

demonstraram

do

Sistema

Nervoso

de

vertigem,

respectivamente 55%, 55,55% e

especialmente em pacientes nunca

56%.

antes submetidos a este tipo de Corroborando

os

tratamento. Náusea, dificuldade na

achados de 1996 e 2005 (figura 2),

deglutição ou alteração na visão

as

não foram relatados durante a

queixas

com

mais

comuns

apresentadas foram de dor ou desconforto local, apresentados por sete

indivíduos (58,37%).

Estes

pesquisa. A amostra contou com 22 mulheres

(73,33%),

oito

delas

achados podem ser atribuídos a

(36,36%) e quatro homens (50%)

processos álgicos e inflamatórios

relataram reação adversa (figura 3).

previamente instalados, que foram

Desta forma, 36,36% da amostra

temporariamente exacerbados pela

feminina

manipulação vertebral cervical e

masculina

apresentaram

consequente

adversas.

Pode-se

ativação

de

nociceptores locais.

e

50%

da

amostra reações

atribuir

este

dado ao fato de que o limiar

A cefaleia esteve presente

fisiológico

de

dor

é

em 33,33% (N=4) e demais queixas

significativamente mais baixo no

de

gênero feminino25. Mesmo assim,

menor

prevalência

como

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 21 de 71


os achados estão em desacordo

pode estar relacionado a fatores

com a pesquisa de 199621, que

biomecânicos, que, se alterados em

indica

maior predisposição

longo prazo, podem influenciar no

feminina aos efeitos adversos após

aparecimento de reações adversas

o

e nos resultados do tratamento

uma

ajuste

quiroprático

cervical.

Sugere-se uma amostra maior em

quiroprático.

ambos os gêneros para permitir

articular e padrões aberrantes de

uma comparação mais fidedigna

propriocepção podem dar início a

com pesquisas de maior escala.

diversas doenças e síndromes de

Na

relação

entre

reação

Hipomobilidade

dor relacionadas à coluna19. Um dos

adversa e faixa etária (figura 4) dos

principais

pacientes com menos de 40 anos

quiroprático é restabelecer o padrão

(N=17),

(29,41%)

biomecânico normal do paciente26

apresentaram algum tipo de reação

e, apesar dos efeitos adversos

adversa, enquanto que nos acima

encontrados, estudos comparativos

desta faixa etária (N=13), sete

(53,84%). Processos degenerativos

preferência

como

quiroprático em pacientes crônicos

apenas

desgaste

cinco

nas

facetas

e

focos

demonstraram

em

mais

modalidades de

na

população

acima de quarenta anos de idade24

comparação

também

a

pelo

estenose de canal medular são prevalentes

do

tratamento

eficácia

e

tratamento

com

outras

tratamento

apresentam

que

efeitos

27

e podem influenciar no processo de

adversos . Não houve relato de

recuperação

necessidade de medicamento ou

fator

que

do pode

paciente.

Outro na

atendimento médico após a sessão

ocorrência de reações adversas é o

de Quiropraxia, o que sugere que os

tempo pregresso de determinada

efeitos adversos foram transitórios,

queixa23. Desta forma, verificou-se

de intensidade leve ou moderada e

durante

de forma transitória como sugerem

esta

influenciar

pesquisa

que

indivíduos com problemas cervicais

os estudos 200418.

há mais de dois anos apresentaram

CONCLUSÃO

26%

de

enquanto

reações que

adversas,

indivíduos

com

menos de dois anos de queixa

A terapia de manipulação articular

quiroprática

mostrou-se

apresentaram 13% de reações. Isto ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 22 de 71


segura

no

parâmetro

reações

adversas.

CONFLITOS

DE

INTERESSES:

Não há.

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ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 24 de 71


ARTIGO ORIGINAL Eficácia do tratamento quiroprático na redução álgica na coluna vertebral em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica Effectiveness of chiropractic care in reducing algic spine in patients undergoing bariatric surgery Kely Ana MatteiI, Fábio Dal BelloII I. Quiropraxista BC. Instituto de Ciências da Saúde FEEVALE-Novo Hamburgo-RS. Brasil. II. Quiropraxista DC. E-mail do autor correspondente: kely_quiro@hotmail.com ABSTRACT OBJECTIVES: The proposal of this assignment was to verify the reduction of algic complaint recurrent due the big loss of weight in the post-operative of the Bariatric Surgery, by the chiropractic treatment, besides checking the presence of spine pain, how long after the surgery the complaints started and relate them to the big loss of weight. METHODS: It was used two different groups, one was the control group and the other experimental, where the experimental group received the treatment in eight appointments while the control group only made itself present in two visits, they not received chiropractic treatment and it was serving as a comparative parameter between the two groups. It was used a visual measure of the pain to evaluate the decrease of the patients symptomatology and a questionnaire containing information of the collaborators. RESULTS: The research demonstrated significant improvement in the reduction of the spine pain in the patients of the experimental group (p=0.002). CONCLUSION: The therapy joint manipulation showed effective in the reducing of the algic box. KEYWORDS: Spinal manipulation, chiropractic, neurology, pain.

RESUMO OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi verificar a redução dessas queixas álgicas decorrentes da grande perda de peso no pós-operatório tardio da Cirurgia Bariátrica, através do tratamento quiroprático, além de verificar a presença de algias na coluna, quanto tempo após a cirurgia iniciou as queixas e relacioná-las com a grandiosa perda de peso. MÉTODOS: Foram utilizados dois grupos distintos, sendo um grupo controle e um experimental, onde o grupo experimental recebeu o tratamento em oito consultas enquanto o grupo controle apenas se fez presente em duas visitas, não recebendo o tratamento quiroprático e servindo de parâmetro comparativo entre os dois grupos. Foi utilizada uma escala visual de dor para avaliar a diminuição da sintomatologia dos pacientes e um questionário contendo informações sobre os colaboradores. RESULTADOS: A pesquisa demonstrou melhora significativa na redução álgica da coluna vertebral nos sujeitos do grupo experimental (p=0,002). CONCLUSÃO: A terapia de manipulação articular mostrou-se eficaz na redução do quadro álgico. PALAVRAS-CHAVE: Manipulação espinhal, Quiropraxia, neurologia, dor.

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INTRODUÇÃO

A obesidade é um problema

IMC de 25 kg/m2 ou mais. A

crônico grave, cuja incidência tem

prevalência é ligeiramente inferior

aumentado a níveis alarmantes,

em outros países da comunidade

principalmente no mundo ocidental1.

Europeia, mas não corresponde a

Ainda que sua exata patogenia

um valor significativamente mais

esteja sob investigação, é sabido

baixo4. No Brasil dados de 2003

que a mesma está associada a

revelam que nos últimos 15 anos,

inúmeras

comorbidades2.

Organização

Mundial

(OMS)

classifica

de

a

A Saúde

obesidade

houve um aumento crescente de obesos.

Estima-se

aproximadamente

que

32%

baseando-se no Índice de Massa

indivíduos

Corporal (IMC), assim, considera-se

algum grau de sobrepeso, destes,

obesidade quando o IMC encontra-

8%

se acima de 30 kg/m2. Quanto à

adultos

dos

apresentem obesidade2,5.

apresentam

Tendo em vista a ineficácia

gravidade, os níveis são grau I

dos tratamentos dietéticos e

quando o IMC situa-se entre 30 e

resposta limitada aos tratamentos

34,9 kg/m2, grau II entre 35 e 39,9

medicamentosos, têm-se procurado

2

a

kg/m e, por fim, quando o IMC

alternativas para auxiliar pacientes

ultrapassa 40kg/m2, obesidade grau

obesos

III3.

excesso Os dados mundiais revelam

uma

proporção

de

comorbidades

peso

a e

reduzir

o

evitar

as

associadas.

Para

de

tanto, a cirurgia bariátrica tem-se

crianças e adultos com sobrepeso

mostrado uma excelente opção2. Os

ou realmente obesos. A prevalência

procedimentos cirúrgicos utilizados

varia de acordo com a idade,

nos dias de hoje são baseados em

gênero,

técnicas

etnia

crescente

mórbidos

e

classes

socioeconômicas. Aproximadamente

desenvolvidas

pelos

cirurgiões bariátricos pioneiros, que da

iniciaram essa atividade há mais de

Estados

cinquenta anos6. No entanto, com

Unidos, Canadá e alguns países da

base nos dados estatísticos dos

Europa Ocidental apresentam um

pacientes operados e atentos para

população

adulta

50% nos

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 26 de 71


eventuais erros antes ocorridos,

principalmente nas regiões de maior

inúmeros cirurgiões avançam em

necessidade de suporte e maior

busca de métodos mais modernos,

capacidade

para tornar o procedimento mais

dorso, a pelve e os membros

7

atualizado e efetivo . Entre os tipos

intestinal

jejuno-ileal,

sustentação:

o

inferiores11.

de cirurgias destacam-se duas: a bypass

de

Tendo

em

alterações,

vista

sejam

as

sistêmicas

resultando na diminuição da área

viscerais ou musculoesqueléticas,

absortiva do trato gastrointestinal8 e

presentes no indivíduo submetido à

a banda gástrica cuja proposta é

cirurgia bariátrica, este deverá ter

diminuir o compartimento estomacal

um acompanhamento profissional

com a utilização de uma banda

adequado, incluindo nutricionistas,

gástrica de silicone que pode ser

psicólogos, o médico que prestou a

regulada por um portal à distância9.

atividade cirúrgica, quiropraxistas e

Estes procedimentos reduzem o

outras especialidades, em que cada

tamanho do estômago, fazendo com

profissional

que

pertinentes a sua especialidade12.

o

indivíduo

ingira

menor

quantidade de alimento para saciar seu

apetite,

resultando

como

realiza

as

análises

Um dos principais focos do tratamento

quiroprático

é

consequência a redução substancial

restabelecer o padrão biomecânico

do peso corporal, em um curto

normal

10

período de tempo . Após a perda de peso o

paciente13.

ao

Estudos

comparativos

demonstraram

eficácia

preferência

pelo

quiroprático

em

e

a

indivíduo inicia um processo de

tratamento

retorno rápido de reestruturação

pacientes crônicos em comparação

postural,

com

porém

sua

estrutura

outras

modalidades

de

musculoesquelética, já sofrida pelo

tratamento14. Além do aumento da

período

não

mobilidade espinhal a correção do

por

posicionamento articular aumenta a

de

atividade nas fibras proprioceptivas

causados

facetárias inibindo a transmissão de

de

acompanha

sobrepeso, essa

apresentar

evolução sinais

comprometimentos

anteriormente e, em muitas vezes, irreversíveis.

Assim,

as

algias

começam a se fazer presentes

estímulos nervosos15,16. A proposta desta pesquisa é investigar

se

o

tratamento

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 27 de 71


quiroprático é eficaz na redução da

estrutural após a perda excessiva

sintomatologia

de peso, em pacientes submetidos

álgica

na

coluna

vertebral, evidenciada tardiamente,

à cirurgia bariátrica.

pela readequação biomecânica e MÉTODOS O

estudo

caracteriza-se

no período de um mês, duas vezes

como quase experimental, seus

por semana, utilizando a técnica

participantes fizeram parte do grupo

diversificada na clínica Quirosaúde,

controle e análise com teste e

na cidade de Caxias do sul.

reteste após tratamento.

Critérios de inclusão

O projeto

foi submetido ao Comitê de Ética Foram incluídos na amostra

em Pesquisa e obteve o protocolo de

aprovação

número

4000.307.867. Os sujeitos foram informados sobre o teor da pesquisa e

assinaram

o

Termo

de

Consentimento Livre e Esclarecido.

voluntários

que

apresentavam

queixa álgica na coluna vertebral no período pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica, que realizaram o procedimento

cirúrgico

em

um

período mínimo de seis meses e Amostra

máximo de dois anos.

A população foi composta por

Procedimentos

14 voluntários, entre 27 e 60 anos de

idade,

que

passaram

procedimento de cirurgia bariátrica e apresentavam

queixa

álgica

na

coluna vertebral em função da redução de peso. Os sujeitos foram divididos em dois grupos de sete, sendo um grupo experimental, em que

foi

realizado

o

No grupo experimental foi

pelo

tratamento

quiroprático, e um grupo controle, que forneceu apenas os dados solicitados com a finalidade de comparar a eficácia do tratamento. Foram realizados oito atendimentos,

realizada a avaliação física que seguiu

os

procedimentos

prontuário

de

do

atendimento

e

procedimento quiroprático da clínica escola. Em seguida foi preenchido um

questionário

pesquisadora sobre

o

participantes,

elaborado

com

quadro

pela

informações álgico

escala

dos visual

analógica de dor (EVA) e demais dados para o enquadramento do estudo.

O

teste

da

EVA

foi

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 28 de 71


reaplicado

na

quarta

consulta.

O

grupo

e

última

e

relativa

e

aplicado

o

teste

controle

paramétrico “t” de Student para

preencheu o questionário e a EVA

verificar a ocorrência de diferenças

na primeira e última consulta.

significativas nos níveis de dor. O

Estatística

valor de 5% (p<0,05) foi adotado

das

De acordo com a natureza

como

variáveis

hipótese de nulidade.

os

dados

foram

limite

para

rejeição

da

analisados pela frequência absoluta RESULTADOS Os pacientes de número um a sete fizeram parte do grupo controle e os de oito a quatorze do grupo experimental. Tabela 1 – Dados pessoais do grupo controle.

Tabela 2 – Dados pessoais do grupo Experimental. Pacientes

Sexo

Idade

P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14

F F M F M F F

27 47 33 47 54 33 48

Meses PósCirurgia 6 7 15 12 13 14 12

Tipo de Procedimento * A B A A A A B

Peso pré – cirúrgico (Kg) 104 87 180 113 155 99,4 97

Peso Atual 76 67,6 114 72 115 58 62

* A – Bypass Gástrico B – Banda Gástrica

Tabela 3 – Período do aparecimento das algias vertebrais após a cirurgia bariátrica.

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 29 de 71


Grupo Controle

Tempo (meses)

Grupo Experimental

Tempo (meses)

P1

5

P8

6

P2

6

P9

5

P3

5

P10

3

P4

3

P11

8

P5

5

P12

6

P6

6

P13

12

P7

6

P14

1

Gráfico 1 - Localização das queixas álgicas na coluna vertebral.

Gráfico 2 – Mensuração da dor pela EVA no grupo controle.

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 30 de 71


Gráfico 3 – Mensuração da dor pela EVA no grupo experimental.

DISCUSSÃO

Após referencial

o

levantamento

teórico

não

encontrados

artigos

relacionados

à

do

foram

científicos

atuação

do

participantes.

A média geral de

quiropraxista com a população ora

perda de peso foi de 36,55 quilos,

estudada.

sendo que a perda mínima foi de

As tabelas 1 e 2

demonstram

a

prevalência

do

19,4

e

a

máxima

de

66,

gênero feminino em ambos os

concordando com estudo de 2006

grupos 78,57% o que corrobora com

que afirma que a perda de peso

achados na literatura de que a

chega à média 40% do peso

obesidade é mais frequente entre as

corporal nos primeiros quatro meses

2

mulheres ,

todavia

a

patogenia

continua desconhecida4. O período

após a cirurgia bariátrica11. Observou-se

após

a

pós-cirúrgico, obteve uma média

aplicação do questionário que a

geral de 10,21 meses, obedecendo

totalidade

dos

a um dos critérios de inclusão na

apresentava

queixas

pesquisa. O tipo de procedimento

coluna vertebral. No grupo controle,

cirúrgico

57% relacionaram o aparecimento

prevaleceu

A

(Bypass em

Gástrico)

85,71%

dos

participantes álgicas

na

da dor com a perda de peso,

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 31 de 71


enquanto

43%

não

mesma

relação.

fizeram

a

grupos, o que concorda com os

grupo

achados de 1996 que afirma que, os

experimental, 28% relacionaram as

indivíduos com excesso de peso

queixas com a perda de peso e 72%

apresentam

não relacionaram.

O Ex-obeso

desenvolverem doenças na coluna

apresenta dor e desconforto ao

vertebral, principalmente na região

caminhar, sentar e ficar em pé por

lombar e membros inferiores17.

No

permanecer na mesma posição por tempo prolongado11. Ao

analisar

maior

risco

de

Os gráficos 2 e 3 apontam as diferenças álgicas entre os grupos.

3,

O grupo controle, não apresentou

verifica-se o tempo em meses após

alterações significativas nos níveis

a

de

cirurgia

a

bariátrica

tabela

em

que

dor

durante

período

pesquisa,

grupo controle obteve uma média

grupo experimental exibiu redução

de 5,1 meses de início das queixas

álgica estatisticamente significativa

de dor no pós-operatório, já no

(p= 0,002), o que evidencia mais

grupo experimental, a média foi 5,8.

uma

Devido à grandiosa perda de peso

quiroprático com ajuste articular

em um curto período, promove o

promove a redução álgica18.

de

algias

no

vez

compensação,

da

iniciaram as queixas álgicas. O

desencadeamento

em

o

que

o

tratamento

Considerou-se

fatores

sistema musculoesquelético onde a

limitantes

prevalência

aparecimento

hábitos dos pacientes, a ocupação

dessas queixas é de 70% após seis

profissional, o período pós-cirúrgico,

meses da redução gástrica1.

a pequena amostra, o pouco tempo

do

dessa

o

pesquisa

os

O gráfico 1 demonstra a

disponibilizado à coleta de dados e

variação da localização das algias

a pequena quantidade de literatura

vertebrais sendo a região lombar a

relacionada

mais

pesquisa.

frequente

em

ambos

os

CONCLUSÕES

com

o

objetivo

da

Sugere-se a realização de mostrou-se

novos estudos com amostra e

eficaz na redução do quadro álgico

período de tempo pós-operatório

na coluna vertebral.

maior,

A

Quiropraxia

com

localizadas

ênfase nas

em

algias

extremidades

inferiores. ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 32 de 71


Tendo em vista os resultados

profissional adequado no período

obtidos, propõe-se a inserção da

pós-operatório de cirurgia bariátrica.

quiropraxia

CONFLITOS

no

acompanhamento

DE

INTERESSES:

Não há. REFERÊNCIAS 1. Silva RS. et al. Cuidados pré e pósoperatórios na cirurgia de obesidade. Porto Alegre: Age; 2005. 2. Souza LJ. et al. Prevalência da Obesidade e Fatores de Risco Cardiovascular em Campos, RJ. Arquivo Brasileiro Metab.2003;47(6). 3. Apolinário JC. Cirurgia Bariátrica: aspectos clínico-cirúrgicos e psiquiátricos. Revista de Psiquiatria do Rio Grande de Sul. 2004;26(1);34-7. 4. Bouchard C. Heredity and the patch to overweight and obesity. Medicine and science in Sports and Exercise, Madison. 1991;23(3);285-291. 5. Domingos et al. Influência do peso corporal sobre as pressões respiratórias máximas nas posições sentada, deitada e em pé. Revista Brasileira de Fisioterapia. 2003;7. 6. Mun EC et al. Current status of medical and surgical therapy for obesity. Gastroenterology. 2001;120;669-681. 7. Nguyen NT. et al. Laparoscopic versus open gastric bypass. A randomized study of outcomes, quality of life and costs. Ann Surg. 2001;234;279-291. 8. Kremen NA, Linner JH. Experimental evaluation of the nutritional importance of proximal and distal small intestine. Ann Surg. 1954;140-439. 9. Belachew M et al. Laparoscopic adjustable gastric banding. World J Surg. 1998;22;955-963. 10. Maria FM. A percepção dos pacientes em pós-operatório de redução de estômago da obesidade mórbida sobre um tratamento fisioterapêutico. [Monografia de conclusão de curso de Fisioterapia].Centro

Universitário Feevale, Novo Hamburgo, RS. 2003. 11. ACSM. American College of Sports Medicine. Appropriate intervention strategies for weight loss and prevention of weight regain for adults. Medic and Science in Sports and Exercise. 2001;33;21452156. 12. Malheiros CA, Rodrigues F. Obesidade no Brasil e no mundo. São Paulo, Atheneu, 2000. 13. Gatterman MI. Foundations of chiropractic: subluxation. St. Louis, Mosby,1995. 14. Giles LGF, Muller R. Chronic spinal pain: a randomized clinical trial comparing medication, acupuncture, and spinal manipulation. Spine 2003;28:1490-1503. 15. Jesus MFR. Análise ultrassonográfica dos músculos flexores cervicais em indivíduos com e sem dor cervical crônica. [Dissertação de Mestrado]- Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. 2009. 16. Vernon H, Humphreys BK. Chronic mechanical neck pain in adults treated by manual therapy: a systematic review of change scores in randomized controlled trials of a single session. J Man Manip Ther 2008,16(2):E42-E52. 17. Cyrino ES, Júnior NN. Subsídios para a prevenção e controle da obesidade. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. 1996;1(3);15-25. 18. Haldeman S. Neurologic Effects of the Adjustment. JMPT. February 2002;23(2).

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 33 de 71


ARTIGO ORIGINAL Prevalência de algias musculoesqueléticas em gestantes no segundo e terceiro trimestre de gravidez Prevalence of musculoskeletal pains in pregnant women in the second and third trimester of pregnancy

Gabriela Thomé FerreiraI, Nara Isabel GehlenII I. Quiropraxista. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade FEEVALE. Rio Grande do Sul. Brasil II. Educadora Física. Especialista e docente na Universidade FEEVALE. E-mail do autor correspondente: gtf.quiro@hotmail.com ABSTRACT OBJECTIVES: To identify and characterize the prevalence of musculoskeletal pains in pregnant in the second and in the third trimester of the pregnancy. METHODS: Cross sectional descriptive research, made by 39 pregnant aged 18 to 43 years, held between March to May, in a practice at a city on Serra Gaucha. The participants completed a questionnaire with open and closed questions and received illustrative instructions about caring for the spine during the pregnancy and postpartum aiming to avoid and relieve symptoms very characteristic in this phase. It was calculated: the average, standard deviation, relative frequency and absolute of the studied variables. For the associations between them was used the chi square test. The value of 5% (p <0.05) was adopted as the limit for rejection of the nullity hypothesis. RESULTS: Of the 30 - 13 pregnant (43.33%) pointed the lumbar region as source causes of musculoskeletal pain and two groups of four (13.33%) in the lower limps and dorsal region. In relation of the frequency of the pain symptoms 14 pregnant (46.7%) reported feeling them three or more times during the week. The pain was more perceptible for 11 of them at night (36.7%). Showed some symptoms of pain only during pregnancy 76.6%. CONCLUSION: The findings of this research are consonance with the international biomedical literature. KEYWORDS: Pregnant women, prevalence, musculoskeletal pain, postural changes.

RESUMO OBJETIVOS: Identificar e caracterizar a prevalência de algias musculoesqueléticas em gestantes no segundo e terceiro trimestre de gravidez. MÉTODOS: Pesquisa descritiva de corte transversal, composta por 39 gestantes com idades entre 18 e 43 anos, realizada entre os meses de marco a maio, em consultórios médicos de uma cidade da serra gaúcha. As participantes preencheram um questionário com perguntas abertas e fechadas e receberam instruções ilustrativas sobre cuidados com a coluna vertebral no período gestacional e pósparto visando evitar e aliviar sintomas característicos dessa fase. Foram calculadas: a média, desvio padrão, frequência relativa e absoluta das variáveis estudadas. Para as associações entre elas utilizou-se o teste qui quadrado. O valor de 5% (p<0,05) foi adotado como limite para rejeição da hipótese de nulidade. RESULTADOS: Das 30 gestantes 13 (43,33%) apontaram a região lombar como fonte causadora de dor musculoesquelética e dois grupos de quatro (13,33%) nos membros inferiores e região dorsal. Em relação à frequência dos sintomas álgicos 14 gestantes (46,7%) relataram senti-las três vezes ou mais durante a semana. No período noturno a dor foi mais perceptível para 11 delas (36,7%). Apresentaram algum sintoma de dor somente na gestação 76,6%. CONCLUSÃO: Os achados desta pesquisa estão em consonância com os da literatura biomédica internacional. PALAVRAS-CHAVES: Gestantes, prevalência, dor musculoesquelética, alterações posturais.

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 34 de 71


INTRODUÇÃO A gravidez é um período em que

ocorrem

modificações

mulheres, oito poderão apresentar dor na coluna vertebral e pelve em

evidentes na fisiologia da mulher1

algum

dentre

alterações

influenciando na qualidade do sono,

hormonais, corporais, cardiológicas,

disposição física, desempenho no

pulmonares, edema e aumento de

trabalho,

elas

estão:

período

da

vida

gestação,

social,

tarefas

4

peso. Essas alterações, juntamente

domésticas e lazer . O mesmo autor

com o estresse da gestação, são

afirma

capazes de ocasionar distúrbios

mencionavam

mecânicos no tecido conjuntivo das

gestação apresentam risco duas

articulações

vezes maior de deparar-se com

promovendo

e

ligamentos,

o

aumento

que

mulheres dores

que antes

já da

da

estes sintomas durante o período

mobilidade articular e elevando o

gestacional, podendo essa dor ser

risco de lesão ligamentar1,2.

mais

Os gestacionais

desconfortos ocorrem com

mais

intensa

do

que

naquelas

mulheres que não relatavam história pregressa4.

frequência e intensidade, na região

Entre as queixas álgicas da

baixa do abdômen e se manifestam

coluna,

como repuxos ou sensação de peso

lombalgia

na região sacroilíaca e pelve3. As

período puerperal e permanecer

alterações musculoesqueléticas, em

interferindo no dia-a-dia e, por

geral,

conseguinte,

decorrem

de

adaptações

posturais. As queixas na região do

a

mais frequente podendo

na

persistir

qualidade

é a no

de

vida5,6.

tronco, pernas e pés, além de

A quiropraxia tem um papel

alterar o equilíbrio, podem induzir o

crucial na saúde da mulher durante

mau posicionamento dos pés, dores

a gestação e também para o recém-

na coluna e nos membros inferiores,

nascido7.

gerar variações na marcha e, até

considerado uma maneira segura e

mesmo impotência na realização de

eficaz de amenizar os sintomas

2

certos movimentos .

O

tratamento

é

musculoesqueléticos comuns nessa

Há estudos epidemiológicos

fase da vida8. Os ajustes articulares

que sugerem que a cada dez

são seguros e não causam danos

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 35 de 71


ao bebê9. Os cuidados específicos

Pelas

razões

expostas

durante a gravidez atuam com o

optou-se por desenvolver um estudo

reforço da atividade do sistema

para identificar e caracterizar a

nervoso, contribuem na saúde da

prevalência

mãe, da criança e no equilíbrio da

musculoesqueléticas em gestantes

pelve da gestante, proporcionando

do segundo e terceiro trimestre.

de

algias

uma passagem segura ao bebê na hora do parto10. MÉTODOS

Critérios de exclusão

O

presente

estudo

como

pesquisa

caracterizou-se

Foram

excluídas

deste

estudo as gestantes que não se

descritiva de corte transversal. Após

enquadravam

avaliação da banca examinadora do

segundo e terceiro trimestre ou que

Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)

de acordo com a avaliação do

na universidade Feevale, recebeu o

obstetra atravessavam gravidez de

protocolo de aprovação de número

alto risco, as que já sofreram

4.00.03.09.1567.

abortos e aquelas que não se

Amostra

dispuseram a assinar o TCLE.

Os

dados

obtidos

no

questionários

período

do

Procedimentos

presente estudo foram coletados utilizando

no

Após

consentimento

do

foram

contatados

três

CEP,

respondidos pelas participantes em

consultórios médicos da cidade para

três

viabilizar

consultórios

médicos

o

desenvolvimento

da

particulares onde realizavam o pré-

pesquisa. Os tais consultórios foram

natal.

por

utilizados para o preenchimento do

não

questionário.

A

amostra

conveniência probabilístico,

do

foi tipo

composta

por

39

As

gestantes

receberam explicações ilustrativas

gestantes com idade entre 18 e 43

sobre

anos,

vertebral no período gestacional e

sendo

secundigesta,

primigesta, multigesta

ou

cuidados

com

a

coluna

pós-parto para evitar e aliviar os

geminigesta do segundo e terceiro

sintomas

trimestre. .

gestacional.

próprios

do

período

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 36 de 71


Ao término da pesquisa os resultados foram para

as

disponibilizados

participantes,

processados e submetidos à análise descritiva.

Foram

calculadas:

a

obstetras

média, desvio padrão, frequência

envolvidos, à comunidade científica

relativa e absoluta das variáveis

e demais interessados.

estudadas. Para as associações

Estatística

entre elas utilizou-se o teste qui quadrado. O valor de 5% (p<0,05)

De acordo com a natureza das

variáveis

os

dados

foram

foi

adotado

como

limite

para

rejeição da hipótese de nulidade.

RESULTADOS A amostra foi composta por 39 gestantes com idade entre 18 e 43 anos com uma média de 28,82 anos sendo que 23 destas (59%) encontravam-se no segundo trimestre de gestação e 16 no terceiro (41%). Em relação ao número de gestações das participantes, 24 eram primigestas (61,5%) e 15 multigestas (38,5%). Apenas nove participantes (23,1%) praticavam atividade física regularmente e 30 delas (76,9%) referiram algia musculoesquelética. Tabela 1 - Algias musculoesqueléticas em gestantes do segundo e terceiro trimestre (n=30) Região

freq.

%

Púbis

2

6,68%

Ciático

1

3,33%

Cervical

3

10%

Dorsal

4

13,33%

Costelas

3

10%

Lombar

13

43,33%

Quadril

0

0,00%

Membros superiores

0

0,00%

Membros inferiores

4

13,33%

Total

30

100,00%

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 37 de 71


Tabela 2 - Frequência semanal (n=30) Freq. Uma vez ao dia

%

6

20%

Uma vez por semana

3

10%

Duas vezes por dia

4

13,3%

Duas vezes por semana

3

10%

Três vezes ou mais

14

46,7%

Total

30

100%

Freq.

%

Manhã

1

3,3%

Tarde

8

26,7%

Noite

11

36,7%

Dia inteiro

10

33,3%

Total

30

100%

Tabela 3 - Parte do dia (n=30)

Tabela 4 - Algias musculoesqueléticas antes e durante a gestação (n=39)

Durante

Antes

Dor

Freq.

%

sim

30

76,9%

não

9

23,1%

sim

8

20,5%

não

31

79,5%

DISCUSSÃO

Para revisão das referências

da Biblioteca Regional de Medicina

foram utilizadas as bases de dados

(BIREME), Literatura Internacional

da Literatura Latino-Americana e do

em Ciências da Saúde (MEDLINE),

Caribe

Saúde

acessada por meio do PUBMED,

(LILACS), consultada pelo site da

um serviço da Biblioteca Nacional

em

Ciências

da

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 38 de 71


de Medicina (National Library of

região sacroilíaca 79 (49,1%) e

Medicine) dos Estados Unidos.

torácica 59 (36,7%)4.

Das

30

gestantes

referiram

que

Em relação à frequência dos

algias

sintomas álgicos, na pesquisa atual,

musculoesqueléticas 13 (43,33%)

14

apontaram a região lombar como

senti-las três vezes ou mais durante

fonte causadora e dois grupos de

a semana (tabela 2). No quesito

quatro (13,33%)

nos membros

período, o noturno foi o mais

inferiores e região dorsal (tabela 1).

perceptível para 11 delas (36,7%)

Estes dados se aproximam dos

(tabela 3). Os achados do presente

encontrados

estudo

em

outros

estudos

gestantes

(46,7%)

relataram

assemelham-se

como um de 2002 que afirma que

encontrados

50% das gestantes apresentam dor

concerne ao período do dia que as

na

algum

dores ocorrem12 e discordam dos

momento da gestação10. Segundo o

achados de 2004, realizado na

mesmo autor em 40% dos casos a

maternidade Dona Íris, da cidade de

dor

parto.

Goiânia-GO, que afirma que em

Corroborando com esses achados,

40,4% dos casos de dor lombar

um estudo de 2006 relata que 70%

ocorrem

das gestantes referem lombalgia

seguido pelo período da noite em

sendo que 20% destas continuam

30,8%, e pela manhã em 26,9% das

com estes sintomas após o parto.

participantes. Somente a dor lombar

Em

intensidade

foi considerada mais frequente a

estudos

noite, perceptível diariamente em

região

lombar

continua

relação

após

que

o

à

sintomatológica apontam

em

dois um

terço

das

gestantes relatou dor intensa10,11.

203

gestantes,

na

cidade

de

5,8%

46,2%, e

162

participantes

(79,8%)

período

no

que

vespertino,

quinzenalmente

rara

em

11,5%,

em das

13

gestantes .

Paulínia-SP, em 2005, demonstrou que

no

2001

36,5% dos casos, semanalmente em

Um estudo realizado com

em

aos

Na

questão

musculoesqueléticas

antes

durante

coluna vertebral sendo a região

apresentaram algum sintoma álgico

lombar

de

por

130

participantes (80,0%), seguida pela

origem

durante

a

gestação,

e

referiram dor em alguma parte da

relatada

a

algias

76,6%

musculoesquelética gestação

e

20,5%

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 39 de 71


relataram ocorrência do mesmo

entre dor antes da gestação e após

sintoma

gravidez com aumento gradual de

antes

de

engravidarem

(tabela 4). Estes dados não foram

intensidade

estatisticamente

na

gestação4,5. O que é contestado por

associação entre mulheres com

outro achado que afirma que a dor

algias musculoesquelética antes e

antes

durante a gravidez (p=0,243). Os

relacionada com o surgimento e ou

achados atuais corroboram com os

piora

obtidos em 2005 na associação

gravidez14.

significativos

da

Os achados desta pesquisa

decorrer

gestação

dos

Os CONCLUSÕES

no

sintomas

cuidados

está

durante

a

quiropráticos

específicos

são

auxiliar

gestante

a

não

da

eficazes no

para parto

estão em consonância com os na

puerpério, seja atenuando o quadro

literatura biomédica internacional.

sintomatológico

As adquiridas

alterações

posturais

complicações.

durante

gestação

CONFLITOS

a

influenciam diretamente nas dores

ou

DE

prevenindo

INTERESSES:

Não há.

musculoesqueléticas. REFERÊNCIAS 1. Ziegnel EE, Cranley MC. Enfermagem Obstétrica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1985. 2. SI R, Eco G. Análise da pressão plantar e do equilíbrio postural em diferentes fases da gestação. Revista Brasileira de Fisioterapia. 2007;11(5); 391-396. 3. Conti MHSD et al. Efeito de Técnicas Fisioterápicas sobre os Desconfortos Musculoesqueléticos da Gestação. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(9);647-654. 4. Martins RF, Silva JLP. Tratamento da lombalgia e dor pélvica posterior na gestação por um método de exercícios. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2005 a;27(5);275-82. 5. Ostgaard HC, Anderson GB, Karlsson K. Prevalence of back pain in pregnancy.

Spine Journal. 1991.[Internet] Acesso em: 30 set 2009.Disponível em:<http://journals.lww.com/spinejournal/pa ges/articleviewer.aspx?year=1991&issue=0 5000&article=00011&type=abstract.> 6. Nilsson WL et al. Perceived pain and self-estimated activity limitations in women with back pain post-partum. Physiother Research International. 2003.[Internet] Acesso em: 30 set. 2009. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1270 1463>. 7. Forrester JA, Anring CA. The prenatal and Perinatal Period. Anring CA, Plaugher G. Pediatric Chiropractic. Baltimore, EUA: Williams & Wilkins; 1998. Cap.5 p.75-161. 8. Gehlen N. Cuidados quiropráticos para mulher grávida e paciente pediátrico. In: Saraiva MC. Manual de Técnicas

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 40 de 71


Quiropráticas. 2. ed. Novo Hamburgo, RS. Feevale, 2006. Cap.7:137-143. 9. OHM, J. Chiropractic Care in Pregnancy for Safer, Easier Births Chiropractic Care in Pregnancy for Safer, easier Births. International Chiropractic Pediatric Association. 2001.[Internet] Acesso em: 14 Out. 2009. Disponível em: <http://www.icpa4kids.org/research/articles/ pregnancy/chiropractic_care_pregnancy.ht m>. 10. Cox JM. Dor lombar: Mecanismo, Diagnóstico e Tratamento. 6. ed. São Paulo, SP: Saraiva;2002. 11. Novaes FS, Shimo AKK, Lopes MHBM. Lombalgia na gestação. Rev Latino-Am Enfermagem. 2006 julho-agosto;14(4):6204.

fundamentam a construção do conhecimento acerca da lombalgia na gestação. Revista Latino- americana de Enfermagem. 2001;9(3);95-100. 13. Assis RG, Tibúrcio RES. Prevalência e características da lombalgia na gestação: um estudo entre gestantes assistida no programa de pré-natal na maternidade Dona Iris em Goiânia. 31s. [Monografia de conclusão de curso de Fisioterapia]. Universidade Católica de Goiás.GoiâniaGO,2004. 14. Galão AO, Zardo EA, Paula L.G. Lombalgia na gestação. Acta Médica. Porto Alegre-RS. 1995;(1);347–353.

12. Ferreira CHJ, Nakano AMS. Reflexões sobre as bases conceituais que

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 41 de 71


ARTIGO ORIGINAL Alterações na temperatura cutânea na região lombar pré e pós-ajuste quiroprático: Análise termográfica Temperature Changes at Skin Lumbar Spine Pre and Post Chiropractic Adjustment: Thermography (Infrared Camera) Analysis Rodrigo Ludwig TagliariI, Milton Antonio ZaroII e Rudnei PalhanoIII I. Quiropraxista. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade FEEVALE. Rio Grande do Sul. Brasil. II. Pós PhD em Engenharia. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). III. PhD em Engenharia. UFSC. E-mail do autor correspondente:rodrigonh@gmail.com ABSTRACT OBJECTIVE: To check using the infrared thermography if the skin has a temperature reduction in the lumbar region induced by chiropractic adjustment. METHODS: Research with 22 men with complaints of low back pain. They were splitted into two groups: (a) the intervention group consisted of 14 individuals who received lumbar spinal manipulation between the thermography analysis and (b) the control group with eight individuals was submitted to the thermography analysis. The comparative analysis of the results was performed using graphs and the Kolmogorov-Smirnov and T-Student tests. RESULTS: The data presented in the control group proved an average decrease in the lumbar temperature of (0.6°C), and that the temperature average pre interval of 20 minutes was 30.5°C and the post temperature of 29.9ºC. The temperature average value of the pre chiropractic adjust was 30.7ºC and the post was 30.1°C. The statistic comparison values showed a significant difference between the average (p=0.009). CONCLUSIONS: The articular therapy adjustment proved effective, presenting a significant decrease of temperature in the lower back of the individuals at the intervention group when compared to the control group. The thermography proved itself important in the analysis of the results. KEYWORDS: Chiropractic, inflammation, thermography, chiropractic manipulation.

RESUMO OBJETIVO: Verificar utilizando a termografia infravermelha se há redução na temperatura superficial cutânea na região lombar induzida por ajuste quiroprático. MÉTODOS: Estudo com 22 sujeitos do gênero masculino com queixas de lombalgia. Os mesmos foram divididos em dois grupos: (a) grupo da intervenção, composto por 14 indivíduos que receberam manipulação vertebral lombar entre as análises termográficas e (b) grupo controle, com oito indivíduos, submetidos apenas às análises termográficas. A análise comparativa dos resultados foi realizada utilizando gráficos e os testes de Kolmogorov-Smirnov e T de Student. RESULTADOS: Os dados apresentados no grupo controle demonstraram diminuição média na temperatura lombar de (0,6°C), sendo que a média da temperatura pré intervalo de 20 minutos foi de 30,5°C e a pós de 29,9°C. O valor médio da temperatura pré-ajuste quiroprático foi de 30,7°C e pós-ajuste foi de 30,1°C. A comparação estatística apresentou diferença significativa entre as médias (p=0,009). CONCLUSÕES: A terapia de ajuste articular mostrou-se efetiva, apresentando diminuição significativa na temperatura cutânea na região lombar nos sujeitos do grupo de intervenção quando comparados ao grupo controle. A termografia se mostrou importante na análise dos resultados.

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PALAVRAS-CHAVE: Quiropraxia, inflamação, termografia, manipulação quiroprática.

INTRODUÇÃO A medida da temperatura do

transferência de calor ocorrendo do

corpo humano foi documentada por

corpo de maior temperatura para o

volta de 400 a.C. pelo médico grego

de

Hipócrates.

Newton

transferência de calor pode ocorrer

descreveu em carta à Royal Society

de três maneiras: (a) condução, (b)

sua experiência realizada em 1666,

convecção e (c) irradiação3.

Sir

Isaac

menor

temperatura.

A

sobre a decomposição da luz solar

Termografia infravermelha é

que, ao atravessar um prisma de

a técnica que envolve o uso de

vidro, produziu uma sucessão de

dispositivos óptico-eletrônicos para

raias coloridas: violeta, azul, verde,

detectar e medir a radiação na faixa

amarelo, laranja e vermelho, ou

do infravermelho e correlacioná-la

seja, as cores presentes no arco-

com a temperatura da superfície do

íris1,2.

corpo Como a luz é um fenômeno

eletromagnético,

está

emitindo

essa

radiação. É uma modalidade de

visibilidade

imagem que permite a investigação

corresponde a uma pequena parte

e o diagnóstico médico por meio da

do espectro de frequências da

análise

radiação eletromagnética. Boa parte

temperatura na superfície do corpo.

da radiação não é visível ao olho

Trata-se de um método diagnóstico

humano; como exemplo cita-se os

não invasivo, nem radioativo e

raios-X, a radiação ɣ, as ondas de

totalmente

indolor,

rádio

comparado

a

e

o

sua

que

calor

(faixa

do

das

alterações

podendo uma

de

ser

simples

infravermelho). A temperatura está

fotografia, quando se captura a

associada à agitação de átomos

radiação emitida ou refletida pelo

e/ou moléculas de um corpo e as

corpo em estudo4-8.

trocas

normalmente

O controle da temperatura

envolvem diferenças de temperatura

corporal (termo regulação) resulta

ou mudança de estado físico (fusão,

numa

solidificação

temperaturas nos dois hemisférios e

Quando

térmicas

ou

vaporização).

dois corpos estão

distribuição

simétrica

de

em

qualquer assimetria térmica entre

temperaturas diferentes, ocorre uma

pontos distintos da pele (0,5 a

troca térmica, com o fluxo de

0,9°C) deve ser considerada como

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 43 de 71


atípica e indicativa de uma possível

tratamento adotado12. A hipótese

disfunção

que um padrão consistente de

do

Sistema

Nervoso

Central (SNC)6,9.

assimetria na temperatura cutânea

Imagens

termográficas

consideradas

“anormais”

podem

ao longo da coluna vertebral sugere uma disfunção somato-espinhal13e

auxiliar no diagnóstico específico

que

sem o auxílio de outros métodos,

alteração14, que pode persistir até

mas certamente, dependendo do

que a mesma seja corrigida, é

caso em avaliação, pode constituir

defendida

uma técnica combinada, para um

investigadores15.

diagnóstico

quiroprático tem-se mostrado eficaz

mais

musculoesquelético

preciso,

o

que

consequentemente, contribuirá na compreensão

da

na

a

localização

por

correção

alguns O

deste

da

ajuste

grupo

de

alterações15.

fisiopatologia

associada6,10.

aponta

Uma vez que a quiropraxia procura solucionar as alterações

Na prática quiroprática esse

biomecânicas das articulações e

instrumento diagnóstico tem sido

que a termografia é uma técnica

utilizado desde a década de 20

capaz de demonstrar o local do

quando BJ Palmer e Dossa Evans

complexo de subluxação articular,

desenvolveram o neurocalometer11.

buscou-se nesse contexto identificar

A

se,

termografia

mostra-se

uma

as

possíveis

alterações

excelente maneira de documentar

termográficas observadas na coluna

objetivamente

lombar pré e pós-ajuste quiroprático

edemonstrar

o os

diagóstico

resultados

do

são significativas.

MÉTODOS A

presente

pesquisa

Após o esclarecimento dos

caracterizou-se como um estudo

objetivos e dos procedimentos do

experimental

ensaio,

exploratório.

O

todos

indivíduos

protocolo da pesquisa foi submetido

assinaram

e aprovado pelo Comitê de Ética em

consentimento livre e esclarecido

Pesquisa da Universidade Feevale

(TCLE).

e

Amostra

foi

aprovado

11823312.1.0000.5348

sob -

o

os

termo

de

2013.

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 44 de 71


A amostra foi composta por

correntes

de

22 sujeitos do gênero masculino,

abertas

ou

selecionados de forma intencional,

equipamento de ar condicionado

com idade média de 30 anos e mais

apresentava-se

adequado

às

ou menos dez anos apresentando

necessidades:

capacidade

e

queixas de lombalgia.

dimensão

Critérios de exclusão

acreditado pelo Inmetro, ABNT) e Satra

Histórico de doença grave, procedimento

cirúrgico,

contraindicação

qualquer

ao

ajuste

como

sala

(Inglaterra).

lâmpadas

janelas

ventiladores.

da

climatização

e

O

(laboratório

Na

sala

de

aquisição,

instaladas

as

eram

as

fluorescentes frias.

quiroprático e não concordância com os dizeres do TCLE.

ar,

Procurou-se

posicionar

o

sistema de medida e o sujeito de tal

Procedimentos

maneira

A amostra foi dividida em

minimizasse,

ao

máximo, a influência de luz refletida

dois grupos: (a) grupo intervenção,

sobre

composto por 14 sujeitos,

utilizado

que

que

a

cútis um

do

mesmo.

termômetro

Foi

digital,

receberam manipulação vertebral

visível e a pequena distância do

lombar

análises

local onde os sujeitos permaneciam,

termográficas e (b) grupo controle,

propiciando assim o monitoramento

com oito, submetidos apenas às

da

análises termográficas. A pesquisa

próxima ao ponto de aquisição. O

foi

sistema

entre

realizada

no

as

laboratório

de

temperatura

de

ambiente

monitoramento

mais

foi

Biomecânica no Instituto Brasileiro

acoplado a um microcomputador

de Tecnologia do Couro (IBTeC),

pertencente ao sistema de controle.

em Novo Hamburgo (RS), que

Neste ambiente, os sujeitos foram

possui

instruídos a retirar as vestimentas

controle

de

temperatura

(23±2)°C e umidade (50± 5)%. Acredita-se que durante a

superiores

(camisas)

pudessem

ser

que

submetidos

ao

termalização.

Em

aquisição dos dados não ocorreram

processo

fatores que pudessem influenciar

seguida, os mesmos assumiram a

nos resultados, como por exemplo,

posição sentada em um banco sem

a

não

encosto, com ambos os braços

existiam fatores estimulantes de

apoiados sobre uma mesa com as

velocidade

do

ar,

pois

de

para

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 45 de 71


palmas das mãos voltadas para

esteve posicionado sobre um tripé,

baixo.

vez,

a 1,0 m de distância e ângulo de

permaneceram nessa posição por

90° do sujeito. Em seguida, os

20 minutos. Durante o processo de

mesmos

se

equalização térmica procedeu-se a

decúbito

ventral

entrevista clínica.

quiropraxista

Estes,

Após

a

a

sua

termalização,

foi

posicionaram na

realizou

em

maca, o

o

exame

quiroprático na coluna lombar e

realizada a primeira coleta: uma

após

a

identificação

da

área

imagem termográfica (Figura 1a) da

afetada, procedeu-se a correção

região lombar. Levou-se em conta o

das subluxações encontradas.

valor máximo da temperatura na região entre L1 e L5. O termógrafo

Figura 1 – (a) paciente antes do ajuste e(b) 20 minutos após ajuste quiroprático

Após esse procedimento, os

e outra 20 minutos mais tarde,

sujeitos retornaram a posição inicial

sempre respeitando a posição inicial

da coleta (sentado no banco sem

da coleta (sentado no banco sem

encosto, com ambos os braços

encosto, com ambos os braços

apoiados sobre uma mesa com as

apoiados sobre uma mesa com as

palmas das mãos voltadas para

palmas das mãos viradas para

baixo)

baixo).

e

aguardaram

mais

20

minutos para realização da segunda imagem

termográfica

da

coluna Para a análise estatística foi

lombar (Figura 1 b). O

grupo

Estudo Estatístico

controle

foi

submetido a duas medições: uma logo após o período de termalização

utilizado o software SPSS™ Versão 20.0. De acordo com a natureza das variáveis os dados foram analisados

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 46 de 71


pela frequência absoluta e relativa e

de 5% (p<0,05) foi adotado como

aplicado os testes: não paramétrico

limite para rejeição da hipótese de

de

nulidade.

Kolmogorov-Smirnov

e

o

paramétrico “t” de Student. O valor RESULTADOS Os dados apresentados na Tabela 01 (grupo controle) demonstraram uma diminuição média na temperatura cutânea na região lombar dos sujeitos do grupo controle de (0,6°C), sendo que a média da temperatura pré intervalo de 20 minutos foi de 30,5°C e a média pós-intervalo foi de 29,9°C. Na comparação estatística não foram encontradas diferenças significativas (p=0,062). Tabela 01 – Medidas de temperatura pré e pós intervalo de 20 minutos. Grupo Controle o

o

Sujeitos

Pré ( C)

Pós ( C)

1

31,3

29,6

2

29,5

29,4

3

30,4

31,0

4

31,0

30,5

5

29,6

29,0

6

30,0

29,9

7

31,8

30,6

8

30,4

29,7

Média

30,5

29,9

Desvio padrão

0,8

0,7 0.062

p

* p<0,05 A Tabela 02 (grupo intervenção) apresenta os valores de temperatura obtidos antes e após ajuste quiroprático. O valor médio da temperatura préajuste quiroprático foi 30,7°C e pós-ajuste foi 30,1°C. Na comparação estatística verificou-se diferença significativa entre as médias (p=0.009). Notase ainda uma diminuição da temperatura na região lombar na maioria dos casos. Os sujeitos número um e quatro não apresentaram qualquer variação de temperatura, fugindo do padrão apresentado pelo grupo intervenção.

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 47 de 71


Tabela 02 – Medidas de temperatura pré e pós-ajuste quiroprático. Grupo Intervenção.

o

o

Sujeitos

Pré ( C)

Pós ( C)

1

29,6

29,6

2

29,8

29,6

3

30,1

30,5

4

30,3

30,3

5

30,1

30,0

6

31,0

29,6

7

30,4

29,2

8

30,4

30,1

9

31,2

30,7

10

29,8

29,5

11

32,9

31,0

12

31,4

31,2

13

31,9

31,0

14

30,5

29,9

Média

30,7

30,1

Desvio padrão

0,9

0,6 0,009*

p

*p<0,05 DISCUSSÃO

Após

levantamento

de

0,062). Este comportamento era

referências bibliográficas e bases de

esperado, visto que os sujeitos da

dados

pesquisa do grupo controle não

eletrônicas,

encontrados relacionados

não

artigos à

foram

científicos

atuação

sofreram

intervenção.

Esta

do

diminuição da média de temperatura

quiropraxista, relativa à alteração na

está relacionada com a perda de

temperatura cutânea pré e pós-

calor para o meio, visto que o

ajuste quiroprático.

ambiente laboratorial apresentava

Observaram-se

nesta

temperatura de aproximadamente

pesquisa pelos dados da Tabela 01

23°C e os sujeitos não estavam com

(grupo controle) diminuição entre as

vestimenta na parte superior do

médias de temperatura pós-período

corpo16. Em relação aos resultados

de 20 minutos, no entanto, não

da tabela 01, verificou-se o mesmo

foram

diferenças

comportamento do grupo controle,

significativas entre as médias (p=

no entanto, foi encontrada diferença

encontradas

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 48 de 71


significativa entre as médias de temperatura forma,

(p=0,009).

utilizando-se

da

Desta análise

A terapia de ajuste articular mostrou-se efetiva, apresentando diminuição

significativa

estatística pode-se afirmar que o

temperatura

ajuste

lombar nos sujeitos do grupo de

quiroprático

influência

na

apresentou

diminuição

da

temperatura superficial na cútis da região lombar. Esse dado corrobora com

relato

que

teoriza

A termografia se mostrou

assimetrias de temperatura entre

resultados.

uma

alteração

somato-

na

análise

científica na área a fim de obter resultados mais conclusivos.

se

CONFLITOS

com

o

ajuste

quiroprático17.

dos

Sugere-se maior investigação

espinhal, condição essa que pode beneficiar

região

grupo controle.

importante

indicar

na

intervenção quando comparados ao

que

pontos na coluna vertebral podem

cutânea

na

DE

INTERESSES:

Não há.

CONCLUSÕES _______________________________________________________________ REFERÊNCIAS 1. Hodge Junior S. Thermography and personal injury litigation. Wiley Law Publications, 1987. 2. Dillemburg JA. Avaliação do sistema de medição de temperatura e do campo térmico sob forjamento a quente em condições de oxidação severa. [Dissertação Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica, PROMEC]. Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre-RS. 1999. 3. Halliday D, Resnick R, Walker J. Fundamentos da física: gravitação, ondas e termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC;2, 8.ed. 2008. 4. Holst GC. Common sense approach to thermal imaging. Bellingham: JCD Publishing, 2000.

5. Ring EFJ. The historical development of temperature measurement in medicine. Infrared Physics & Technology, Workshop on Advanced Infrared Technology and Applications. 2007;49(3):297-301. 6. Balbinot LF. Termografia computadorizada na identificação dos trigger points miofasciais. São Paulo: Blucher Acadêmico, 2008. 7. Fluke. Introdução aos princípios da termografia. Illinois: ATP, 2009. 8. Sanches IJ. Sobreposição de imagens de termografia e ressonância magnética: uma nova modalidade de imagem médica tridimensional. [Tese Curso de Doutorado em Engenharia Elétrica e Informática Industrial]. Engenharia Biomédica, Universidade Tecnológica do Paraná. Curitiba-PR. 2009.

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 49 de 71


9. Uematsu S. Quantification of thermal asymetry. Part 1: Normal Values and Reproducibility. Journal of Neurosurgery. 1988;(69);4:552-555. 10. Di Benedetto M. Foot evaluation by infrared imaging. Military Medicine.2002 (167):5:384-392. 11. Leach RA. The chiropractic theories. A textbook of scientific research. Baltimore Lippincott Williams & Wilkins; 4.ed:1867;2004. 12. Hobbins WB. Thermographyneurophysiology and chiropractic. Today's Chiropractic 1989; June 42-4. 13. Kern DP. Pattern system theory of skintemperature analysis. Private Communication, unpublished brief, 1992.

14. Pierce WV. Results. Dravosburg PA. XCellent X-Ray Company 1986. 15. Roy RA, Boucher JP, Comtois AS. Digitized infrared segmental thermometry: time requirements for stable recordings. Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics.2006(29),6:468.e1-468.e10. 16. Astrand PO, Rodahl K, Dahl HA, Stromme SB. Textbook of work physiology: physiological bases of exercise. 4ed. Champaign (Ill)7 Human Kinetics; 2003;395-431. 17. Roy RA, Boucher JP, Comtois AS. Reliability of infrared thermal measurements of segmental paraspinal skin surface temperature [dissertation]. Montreal (Quebec): Université du Québec à Montréal; 2005.

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 50 de 71


ARTIGO ORIGINAL Análise da atuação dos quiropraxistas formados no Brasil no papel de empreendedores Analysis of the performance of chiropractors trained in Brazil in the role of entrepreneurs Choo Hyung KimI, Márcia Daniela C. de AlmeidaI, Eduardo S. Botelho BracherII I. Quiropraxistas BC. Universidade Anhembi Morumbi. II. Quiropraxista MD e PhD. Universidade de São Paulo. E-mail do autor correspondente: chk@koryocenter.com.br

ABSTRACT OBJECTIVE: To analyze the performance of the chiropractors graduated in Brazil as entrepreneurs, the factors that difficult them to open their own business and the challenges to maintain their occupation related to possible factors associated to the success as an entrepreneur. METHODS: A standard questionnaire with 32 questions was sent by e-mail for all the chiropractors graduated in Brazil from University courses (n = 341). A total of 215 answers was received, they represent 63% of the totality of chiropractors in Brazil. RESULTS: Among the interviewed 91% affirm practice the chiropractic, and that 84% described having non or having reasonable difficulty to maintain their practice. 76% of the respondents have been using advertisements and three quarters of them reported covering the costs with their own earnings. 77% of them shared the workplace with other professionals reported that the incoming obtained was totally or partially sufficient to their sustenance, and 57% of them who practiced on their own. 80% of the interviewed related a lack of managerial knowledge. CONCLUSIONS: The achievement of this assignment enabled to draw characteristic profile points of the performance of the graduated chiropractors for these nine years of implementation of the course in the country. Both Universities offer good conditions for graduates to act as entrepreneurs; however, we underline the need to redirection or redesign in the clinical management syllabus discipline, according to the needs mentioned herein. KEYWORDS: Chiropractic, entrepreneurs, analysis of performance, chiropractors in Brazil.

RESUMO OBJETIVO: Analisar atuação dos quiropraxistas formados no Brasil como empreendedores, os fatores que dificultam a abertura de um empreendimento próprio e os desafios para manter sua atividade profissional relacionando possíveis fatores associados ao sucesso do mesmo como empreendedor. MÉTODOS: Um questionário padronizado com 32 questões foi enviado por mensagem eletrônica a todos os quiropraxistas graduados por cursos superiores no Brasil (n = 341). Um total de 215 respostas foram recebidas, perfazendo 63% da população total estudada. RESULTADOS: Entre os entrevistados 91% afirmaram exercer a quiropraxia, sendo que 84% relataram não ter ou ter dificuldade razoável para manter sua prática. Dos entrevistados 76% utilizaram propaganda e três quartos destes relataram cobrir as despesas com seu ganho. 77% dos que dividiam o espaço de trabalho com outros profissionais relataram que a receita obtida era total ou parcialmente suficiente para o seu sustento, o mesmo ocorreu com 57% dos que atuavam sozinhos. 80% dos entrevistados relataram que sentiram falta de conhecimento gerencial. CONCLUSÕES: A realização deste trabalho possibilitou traçar um perfil dos pontos característicos da atuação dos quiropraxistas formados nestes nove anos de implantação do curso no país. Ambas as faculdades oferecem boas condições aos egressos para atuarem como empreendedores, porém salienta-se a necessidade de um direcionamento

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 51 de 71


ou reformulação no conteúdo programático na disciplina de gestão em clínica, de acordo com as necessidades ora mencionadas. PALAVRAS-CHAVE: Quiropraxia, empreendedores, análise da atuação, quiropraxistas no Brasil

INTRODUÇÃO

A

Quiropraxia

é

uma

parceiro.

O

curso

superior

de

profissão na área da Saúde que se

Quiropraxia existe desde 2000, na

dedica ao diagnóstico, tratamento e

Universidade

prevenção de alterações do sistema

(UAM),

musculoesquelético, e os efeitos

FEEVALE.

dessas alterações sobre o sistema

quatro anos e seis meses de

nervoso e a saúde em geral1. A

educação

profissão foi criada nos Estados

ambos os cursos seguem a mesma

Unidos da América em 1895 e está

orientação

agora estabelecida em mais de 70

estipulada

por

países.

Internacionais

de

No Brasil, a Associação

em

Anhembi São

Morumbi

Paulo,

e

na

Há um mínimo de

universitária,

em

curricular

que

básica, Conselhos

Educação

em

Brasileira de Quiropraxia (ABQ),

Quiropraxia e procuram fornecer a

iniciou seus trabalhos em 1992, mas

melhor

somente em 1994 foi oficialmente

área1. Segundo a coordenação dos

reconhecida

cursos,

pela

Federação

educação

foram

disponível

graduados

na

125

Mundial de Quiropraxia, o que lhe

quiropraxistas pela UAM e 216 pela

deu

intermediar

FEEVALE, até o primeiro semestre

universidades

do ano de 2008, totalizando 341

respaldo

negociações brasileiras

para

entre e

faculdades

norte-

americanas de Quiropraxia, visando estabelecer cursos superiores da 1

ciência no país .

quiropraxistas. Os

profissionais

aqui

graduados atuam há menos de uma década e os recém-formados se

No Brasil, em 1998, surgiu a

deparam com a realidade comum à

oportunidade de um curso de pós-

maioria dos formados em outros

graduação no Centro Universitário

cursos: o ingresso no mercado de

FEEVALE, em Novo Hamburgo, Rio

trabalho. Por esta razão, vinculam-

Grande do Sul, tendo o Palmer

se a clínicas multidisciplinares, para

College

que os pacientes que se utiliza de

of

Chiropractic

como

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 52 de 71


outros tipos de terapias passem a

serem abordadas pelo profissional

conhecer a profissão.

são: como fazer para que os

abertura

de

são

clientes em potencial descubram a

necessários alguns pré-requisitos,

clínica, se os mesmos conhecem os

além

tratamentos que o profissional pode

da

uma

Para a

clínica

habilidade

pessoal

e

profissional, como o capital para

oferecer

investir na compra ou aluguel de

consulta2.

sala, equipamentos para a clínica, software,

propaganda

e

contas

e

quanto

cobrar

pela

Este trabalho tem a proposta de

investigar

junto

aos

básicas como luz, água, telefone,

quiropraxistas formados no Brasil,

papelaria, pagamento de pessoal,

os

contador, cursos de atualização,

alavancados ou alterados no ensino

entre outros. É preciso saber se a

das ferramentas de gestão em

clínica

visibilidade,

Quiropraxia no Brasil e na abertura

segurança e estacionamento para

do mercado de trabalho para a

os clientes. Outras questões a

profissão.

terá

boa

pontos

que

necessitam

ser

MÉTODOS

Foram

convidados

a

Foi

elaborado

um

participar do presente estudo os

questionário

quiropraxistas graduados no Brasil,

utilizando-se de uma ferramenta

125

específica

pela

UAM

e

216

pela

estruturado

e

do

site

FEEVALE, entre o ano de 2000 até

http://www.google.com.br,

o primeiro semestre de 2008, tendo

denominada Google Doc criou-se

sido estes números informados pela

um formulário eletrônico dentro de

coordenação de ambos os cursos

uma conta de usuário. A conexão

de Quiropraxia.

A proposta de

(link) criada por esta ferramenta foi

pesquisa foi submetida à apreciação

enviada, para os graduados pelas

do Comitê de Ética em Pesquisa e

duas

obteve

correio eletrônico, bem como o

o

protocolo

0130.0.201.000-08. Procedimentos

número

Instituições,

por

meio

de

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Utilizando o link citado,

os

participantes

tinham

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 53 de 71


acesso ao questionário e podiam responder

às

simplesmente

Análise Estatística

questões,

clicando

Foi realizada uma análise

nas

descritiva de dados incluindo o

respostas. Estas eram recebidas

cálculo de médias, desvio padrão,

automaticamente neste ambiente,

medianas

que possibilita a exportação dos

máximo para variáveis quantitativas

dados em formato XLS (formato

e frequências absolutas e relativas

Excel da Microsoft). A partir da

e

valores

mínimo

e

para variáveis qualitativas.

obtenção das respostas, iniciou-se a compilação e análise dos dados. RESULTADOS Num universo de 341 profissionais, 215 responderam ao questionário, configurando 63% do total de quiropraxistas formados no Brasil. Destes, 99 profissionais (46%) eram formados pela UAM, e 116 (54%) pela FEEVALE. Entre os entrevistados, 137 eram mulheres (64%). A idade variou entre 22 e 63 anos, com média de 29, mediana de 26 e desvio-padrão de 8,3 anos. Tabela 1 - Distribuição por gênero dos 215 respondentes.

Masculino Instituições

Feminino

n

%

n

%

UAM

39

18,1

60

27,9

FEEVALE

39

18,1

77

35,8

Total

78

36,3

137

63,7

15,1 15,1

Outro Outro

11,6 11,6

Fonoaudióloga Fonoaudióloga Esteticista Esteticista

15,8 15,8 26,7 26,7

Psicóloga Psicóloga

30,1 30,1

Nutricionista Nutricionista

33,6 33,6

Acupunturista Acupunturista

39,0 39,0

Massoterapeuta Massoterapeuta

40,4 40,4

Médico Médico

50,7 50,7

Fisioterapeuta Fisioterapeuta 00

10 10

20 20

30 30

40 40

50 50

% %

60 60

Figura 1. - Profissionais da área da saúde que atuam com quiropraxistas no mesmo consultório.

Tabela 2 - Dificuldade financeira para manter a prática de Quiropraxia.

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Dificuldade financeira para manter a prática de Quiropraxia †

Não

Sim

Total

n

%

n

%

n

%

Trabalham c/ outros

65

44,5

81

55,5

146

74,9

Trabalham sozinho

18

36,7

31

63,3

49

25,1

195

100,0

Total †

p = 0,340

Tabela 3. Quantidade de atendimento por mês e frequência do uso de propaganda por ano.

Frequência do uso de propaganda

n

Total de atendimentos por mês

Média por mês

1 vez por ano

37

3704

100,1

2 vezes por ano

20

2004

100,2

3 vezes por ano

11

812

73,8

mais que 3 vezes por ano

95

9532

100,3

Total

16

16052

98,5

n

Total de atendimentos por mês

Média por mês

Nunca fez

27

980

36,3

Total

27

980

36,3

3

Frequência do uso de propaganda

Cobre Cobre despesas despesas

% %

Não Não cobre cobre despesas despesas

100 100 80 80

26,4 26,4 51,9 51,9

60 60 40 40

73,6 73,6 48,1 48,1

20 20 00 Faz Faz propaganda propaganda

Não Não faz faz propaganda propaganda

Figura 2. Capacidade de cobrir despesas com o ganho por realização de propaganda.

Tabela 4 - Tempo de permanência com o consultório em funcionamento, entre os participantes que encerraram o funcionamento de suas clínicas.

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 55 de 71


Tempo permanência com o consultório antes de fechar *

n

%

Até 6 meses

2

1,4

Até 1 ano

7

5,0

1 - 2 anos

4

2,9

Mais de 2 anos

2

1,4

15

10,7

Total

* Entre total de 140 respondentes que já possuíram ou possuem consultório próprio.

12,8 12,8

Lay-out Lay-outda da clínica clínica Contabilidade Contabilidade ee finanças finanças

37,2 37,2

Normas Normasde de vigilância vigilância sanitária sanitária

37,8 37,8 41,3 41,3

Leis Leistrabalhistas trabalhistas Regularização Regularizaçãodo do estabelecimento estabelecimento

52,9 52,9

Propaganda Propaganda ee marketing marketing

55,2 55,2 00

10 10

20 20

30 30

40 40

50 50

% %

60 60

Figura 3. Conhecimentos carentes no momento da abertura ou na administração do consultório.

Tabela 5. Comentários dos entrevistados.

Comentários*

n

%

Dificuldade de iniciar a prática após Graduação

14

26,4

Profissão de Quiropraxia pouco conhecida

13

24,5

Falta de regulamentação da profissão

12

22,6

Ensino deficiente nas Instituições

12

22,6

Elogio ao tema desta pesquisa

10

18,9

Dificuldade de retorno financeiro

4

7,5

União dos quiropraxistas após a Graduação

4

7,5

Importância de atualizar-se profissionalmente

1

1,9

69

130,2

Total

* 53 (25%) participantes comentaram um ou mais assuntos e 162 (75%) não comentaram.

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DISCUSSÃO

Este trabalho foi motivado

Entre

os

quiropraxistas

pela constatação da importância de

formados no Brasil, a proporção

investigar a situação profissional

entre homens e mulheres é de

dos quiropraxistas, considerando-se

38,4% (n = 131) e 61,6% (n = 210),

que a Quiropraxia, é uma profissão

respectivamente (Tabela 1). Esta

centenária, porém de implantação

relação

recente no Brasil, onde permanece

amostra (36% de homens e 64% de

não

pouco

mulheres). Este dado sugere que a

A

amostra estudada representa de

regulamentada

conhecida

pela

e

população.

é

pesquisa contou com a participação

maneira

de

estudada.

63%

dos

quiropraxistas

comparável à

adequada à A

nossa

população

proporção

de

graduados no Brasil até o primeiro

graduados pela FEEVALE / UAM

semestre

[(63% (n = 216) / 37% (n = 125)],

de

2008.

Foram

realizados esforços para obter o

entretanto,

máximo de respostas possíveis.

participantes deste estudo [53,7% (n

Entre os 126 quiropraxistas que não

= 116) / 79,2% (n = 99)]. Observou-

responderam o questionário, alguns

se

não foram contatados por falta de

porcentagem maior de graduados

registro de endereço residencial,

pela UAM entre os participantes, em

eletrônico

ou

no

difere

presente

estudo,

dos

uma

telefone.

Várias

comparação

eletrônicas

foram

FEEVALE na população total de

devolvidas. Os profissionais que

quiropraxistas graduados no Brasil.

não respondiam ao questionário e

É possível que a maior participação

aqueles

mensagens

dos graduados da UAM seja devido

eletrônicas foram devolvidas foram

ao convívio mais estreito com os

ainda

telefone.

pesquisadores durante o curso e

Vários profissionais responderam,

pelos contatos que estes colegas

alguns

fizeram com outros, colaborando

mensagens

cujas

contatados

não

se

por

dispuseram

a

responder por motivo desconhecido e em alguns casos o número de telefone era inexistente.

de

daquela

graduados pela

para a presente pesquisa. Um dos elementos estudados foi a importância de quiropraxistas atuarem com outros profissionais na

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 57 de 71


área da saúde. O presente estudo

sozinhos

indica

quiropraxistas4.

que

a

maioria

dos

quiropraxistas formados no Brasil trabalha

em

um

O

ou

com

Ministério

da

outros

Saúde

ambiente

normatizou por meio da portaria

dos

número 971, de 03 de maio de

profissionais da amostra estudada

2006, aprovação da prática de

dividem o espaço de trabalho com

algumas terapias alternativas para

outros profissionais da área da

população nas unidades do Sistema

saúde

Único de Saúde (SUS)5. É possível

multiprofissional:

75%

como

médicos

e

fisioterapeutas,

outros

terapeutas

que, no Brasil, quiropraxistas que

(Figura 2). Neste quesito, Chapman

trabalham em conjunto com outros

sugere que o futuro de tratamentos

profissionais na área da saúde,

eficientes

Unidos

tenham maior chance de tornarem a

encontra-se na Medicina Integrada,

prática mais conhecida do grande

a qual combina tratamento médico

público, já que a procura por

com a Quiropraxia, Acupuntura,

medicina complementar aumentou.

nos

Homeopatia

Estados

e

outras

estabelecidas

formas

de

terapias

Os dados obtidos com o presente

estudo

sugerem

que

complementares, e que as clínicas

pessoas que dividem o espaço de

bem

incluir

trabalho com profissionais de outras

estas abordagens, já que haveria

áreas mantêm melhor o sustento de

maior demanda com o passar dos

suas

sucedidas

deveriam

1

despesas

profissionais

e

anos . Também, um estudo do

pessoais do que aqueles que atuam

National

Chiropractic

sozinhos. 45% daqueles que atuam

Examiners mostra que em 1998

com outros profissionais na área da

havia

saúde, não referiram dificuldades

Board

4,4%

atuando

of

de

quiropraxistas

em

clínicas

para

Estados

prática, enquanto apenas 37% dos

Unidos3, e que em 2003 houve um

que atuam sozinhos relataram não

crescimento de 2% neste índice, ao

ter

mesmo tempo em que houve uma

manter sua prática.

queda

de

forma, 77% dos quiropraxistas que

atuavam

dividem o espaço de trabalho com

multidisciplinares

de

quiropraxistas

2%

nos

no que

índice

manter

dificuldade

outros

financeiramente

financeira

profissionais

a

para

Da mesma

obtêm

seu

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 58 de 71


sustento

pessoal

totalmente enquanto

parcial

pela

ou

Quiropraxia,

57% dos que

para vender, ao mesmo tempo em que

permite

aos

consumidores

atuam

aumentarem o conhecimento sobre

sozinhos conseguem isto (Tabela

os produtos e saberem distingui-

2). Estes achados indicam que seria

los6.

vantajoso

dividir

de

Observou-se que 86% dos

atuação profissional com outros

respondentes informaram ter feito

profissionais, comparativamente a

algum tipo de propaganda. Destes,

ter

apenas 26% referiram que não

uma

o

clínica

espaço

apenas

de

Quiropraxia.

conseguiam cobrir suas despesas

Os quiropraxistas que fizeram algum

tipo

de

propaganda

com seu ganho. Por outro lado, mais da metade (52%) dos que

atenderam, em média, 99 pacientes,

nunca

enquanto uma média mensal de 36

pertencem ao grupo dos que não

atendimentos

por

conseguiam cobrir suas despesas

fizeram

com seu ganho (Figura 2). Estes

propaganda, ou seja, menos do que

dados apontam que a realização de

a metade de pacientes para este

propaganda possibilita o aumento

último grupo. É importante ressaltar

no número de pacientes atendidos

que, independentemente do número

e,

de vezes que foi feito algum tipo de

profissionais. De acordo com o

propaganda ao ano, a média de

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro

número de pacientes atendidos por

e Pequenas Empresas (SEBRAE),

mês foi semelhante entre aqueles

qualquer marca ou produto presente

que fizeram propaganda (Tabela 3).

no

As

propaganda

aqueles

foi

que

relatada não

campanhas

de

propaganda

fizeram

portanto,

propaganda

a

mercado

renda

destes

necessita

para

de

aumentar

a

servem, sobretudo, para conquistar

procura, evitar perda de mercado,

ou manter a posição de liderança,

ou manter-se vivo e saudável junto

assim como para diferenciar e

ao

aumentar o nível de conhecimento

analisado pelo nosso trabalho foi a

de

num

importância do conhecimento sobre

mercado cada vez mais competitivo.

gestão empresarial e em clínica. No

A propaganda constitui, assim, um

presente

instrumento de ajuda às empresas

entrevistados

produtos

ou

serviços

consumidor7.

estudo, que

Outro

fator

dos

140

possuíam

ou

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 59 de 71


possuem

consultório, 13

informaram

ter

(9,3%)

na

formação

de

o

profissionais: a primeira da parte

consultório próprio com dois anos

das Instituições em preparar seus

ou

alunos

menos

de

fechado

deficiências

funcionamento

com

conhecimentos

em

(Tabela 4). Estudos da Federação

gestão. E, da parte dos formados a

das Indústrias do Estado de São

busca por conhecimento adicional.

Paulo (FIESP) demonstram que a

A FIESP, em 2006, constatou que

cada 100 micro, pequenas e médias

apenas 17% dos micro e pequenos

empresas abertas no Brasil, 60

empreendedores

fecham as portas nos dois primeiros

participaram de algum programa de

anos,

formação em gestão empresarial8.

principalmente

pela

brasileiros

deficiência na formação profissional

No espaço aberto para se

tanto de empregados quanto de

expressarem os participantes (n =

empresários8. Observa-se, assim,

53, 25%) destacaram a importância

que a proporção de quiropraxistas

de regulamentar a profissão (n = 12,

que

seus

23%), pois, em vista de não estar

é

regulamentada, a Quiropraxia além

à

de ter dificuldade em ser conhecida

proporção de empresas que fazem

pelo público, está sendo prejudicada

o mesmo, quando comparados aos

pelos

dados da FIESP.

Entre

conhecimento adequado (Tabela 5).

que

dificuldade

encerram

estabelecimentos significativamente

indicaram

inferior

aqueles de

profissionais

Algumas

diferenças

significativas

gerenciamento, 53% não haviam

foram

conseguido abrir consultório próprio

graduados pela UAM e a FEEVALE:

e

autônomos

o maior número de graduados que

home-care,

não exerciam a profissão foram

atuavam

como

comissionados,

observadas

sem

graduados

sua residência. Estes entrevistados

cobrado pelas consultas de retorno

responderam que sentiram falta de

dos formados pela FEEVALE era

conhecimentos sobre regularização

menor; havia maior número de

do estabelecimento, propaganda e

graduados

marketing,

e

exercendo a profissão como únicos

Estes

proprietários de seu consultório;

contabilidade

trabalhistas

(Figura

3).

dados indicam a existência de duas

havia

maior

UAM;

pela

o

os

empregados assalariados ou em

leis

pela

entre

valor

FEEVALE

quantidade

de

ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 60 de 71


graduados pela UAM atuando como

A realização deste trabalho

autônomos comissionados e home-

possibilitou traçar um perfil dos

care.

pontos característicos da atuação Futuramente,

pesquisa

dos quiropraxistas formados nestes

similar poderá ser realizada para

nove anos de implantação do curso

medir o grau de evolução dos

no país.

quiropraxistas formados no Brasil quanto

à

capacidade

empreendedorismo,

Ambas

as

faculdades

de

oferecem

boas

condições

procurando

egressos

para

atuarem

aos como

abranger o maior número possível

empreendedores, porém salienta-se

de

a

graduados.

caso,

poderá

houve

Também,

nesse

ser verificado

programático

do nas

de

um

se

direcionamento ou reformulação no

ou

conteúdo programático na disciplina

conteúdo

de gestão em clínica, de acordo

direcionamento

reformulação

necessidade

disciplinas

de

com

as

gestão em clínica, de acordo com

mencionadas.

as necessidades dos quiropraxistas.

CONFLITOS

CONCLUSÕES

Não

necessidades

DE

ora

INTERESSES: há.

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4.

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ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 62 de 71


ARTIGO ORIGINAL Caracterização postural biomecânica em bailarinas clássicas: um estudo de revisão Postural biomechanical characterization of classical ballet dancers: a review study

Bruna SpadottoI e Carina Helena Wasem FragaII I. Quiropraxista BC. Pós-graduada em Biomecânica, atividade física e saúde. Universidade Gama Filho. Rio de Janeiro. Brasil. II. PHD em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. São Paulo. Brasil. E-mail da autora correspondente: brunaspadotto@gmail.com ABSTRACT OBJECTIVES: To characterize postural pattern of classical dancers and identify which is the main injuries that affect this particular group. METHODS: Literature revision based on an international electronic database independent of language. It was selected to the research 28 assignments that discoursed about biomechanics posture, ballet and injuries. RESULTS: It was selected to the research 28 assignments that discoursed about biomechanics posture, ballet and injuries. It was detected that practice of ballet is capable to exert influence in the body posture, because exists a postural tendency adopted by the most of classical dancers, like body extension and pelvis anteversion which results in biomechanical stress in the joints, what often results in dysfunction. The injuries associated to prevalent are foot and ankle; follow by knee, hip and spine, lastly, the upper limb. CONCLUSION: The classical ballet although follow correct biomechanical patterns, when not well instructed and oriented, predisposing their practitioners to the characterize injuries and irreversible postural changes. KEYWORDS: Ballet, ballet dancers, posture, biomechanics, injury.

RESUMO OBJETIVOS: Caracterizar um padrão postural em bailarinas clássicas e identificar quais são as principais lesões que acometem esse determinado grupo. MÉTODOS: Revisão da literatura realizada em banco de dados eletrônicos independente da linguagem. Revisão da literatura realizada em banco de dados eletrônicos independente da linguagem. Foram selecionados para esta pesquisa 28 trabalhos que discorriam sobre postura biomecânica, ballet e lesões. RESULTADOS: Foram selecionados 28 trabalhos que discorriam sobre postura e biomecânica, ballet e lesões. Detectou-se que a prática do ballet é capaz de exercer influência na postura corporal, pois existem tendências posturais adotadas pela maioria das bailarinas, como extensão de tronco e anteversão da pelve que propiciam estresse biomecânico nas articulações, o que frequentemente resulta em disfunções. As lesões associadas prevalentes são as de pé e tornozelo, seguidas pelas de joelho, quadril coluna e, por último, as do membro superior. CONCLUSÃO: O ballet clássico apesar de seguir padrões biomecânicos corretos, quando não bem instruído e orientado, predispõe seus praticantes a lesões características e alterações posturais irreversíveis. PALAVRAS-CHAVE: Ballet, bailarinas clássicas, postura, biomecânica, lesões.

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INTRODUÇÃO

O conceito de atividade física

temporal,

ritmo,

relaxamento

e

qualquer

respiração3. A prática de ballet

movimento corporal, produzido pela

clássico propõe o desenvolvimento

musculatura esquelética voluntária

de

que resulta em gasto energético

equilíbrio simétrico, semelhante a

acima dos níveis de repouso. As

alguns

possibilidades para movimentar o

modo, esse estilo de dança se torna

corpo e afastar o sedentarismo são

não apenas uma arte, mas também

múltiplas:

uma condição atlética e como tal

está

associado

a

caminhada,

trote,

alongamento, lutas, esportes em grupo

ou

dança,

bilaterais

outros

com

esportes.

Deste

deve ser tratada4.

outras.

Para

Todavia, o ritmo acelerado de vida,

necessário

combinado com a falta de tempo

preciso entre flexibilidade e força,

generalizada

combinado

com

excelência

contribui para que cada vez menos

execução

dos

passos

as

perfeição4.

pessoas

entre

exercícios

da

população,

pratiquem

alguma

atividade1.

evitar o

lesões

é

dimensionamento

Buscando

na com

melhor

desempenho, as bailarinas adotam

A dança é considerada a arte

uma

postura

alongada

e

mais antiga e remota, dentre todas

constantemente ereta, que pode

as

existentes

dispensa

é

a

única

que

levar ao desenvolvimento de vícios

quaisquer

tipos

de

posturais e alterações anatômicas,

materiais ou instrumentos, sendo

biomecânicas,

classificada como intrínseca ao ser

5

físicas .

humano2. A arte em questão é

geralmente é aprendida e reforçada

avaliada

a

como

uma

forma

de

partir

A

morfológicas postura

de

e

inadequada

desequilíbrios

nos

atividade e exige alto desempenho

tecidos moles que ocorrem com o

físico

tempo e provocam desconforto, dor

de

quem

a pratica.

Ela

colabora no desenvolvimento da sensualidade,

musicalidade,

percepção, coordenação, equilíbrio, tônus, lateralidade, noção espacial e

e

instalação

de

padrões

de

6

compensação . O

aprimoramento

das

técnicas da dança clássica pode

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interferir nas curvaturas fisiológicas

As lesões mais frequentes são as

da coluna vertebral, especialmente

de pé e tornozelo, seguidas das de

na

joelho e quadril, e as que menos

região

lombar,

hiperlordose gesto

em

postural

decorrência exacerbado

arqueamento

da

toracolombar, vezes

promovendo

de

ocorrem

inúmeras

os

ensaios

10

são

as

de

membro

13

superior .

coluna

repetido

durante

do

Objetivando técnica

e

movimentos,

aperfeiçoar

a

a

execução

dos

as

bailarinas,

com

coreográficos . A desigualdade no

frequência, sobrecarregam o lado

desenvolvimento

dominante

pode

da

ocasionar

flexibilidade

problemas

na

tentativa

de

no

amortecer o impacto dos saltos e

quadril devido à abdução e rotação

piruetas. A repetição deste gestual

lateral exigida. Como consequência

aumenta a suscetibilidade às lesões

desse desequilíbrio pode ocorrer a

e desvios posturais recorrentes5.

pronação do pé, que por sua vez, prejudica o movimento fisiológico do 11

quadril .

O

en

dehors

é

o

posicionamento base da prática de ballet clássico, cujo significado, é

As lesões decorrentes da

aprender

a

virar

as

pernas

prática do ballet clássico vêm sendo

lateralmente, com a ponta dos pés

investigadas por pesquisadores na

para fora, calcanhares para dentro e

Europa e América do Norte4,12,13. A

os joelhos e coxas acompanhando

maioria decorre de falha técnica e

as pontas dos pés7. O grau de

ocorre durante os treinamentos, o

rotação

giro forçado é o erro mais frequente.

coxofemoral em indivíduos normais

A rotação lateral forçada do pé no

é, em geral, de 40 a 50 graus,

solo, à custa dos joelhos, quadris e

perfazendo um ângulo de 80 a 100

costas,

padrão

graus. A bailarina, na chamada

previsível de lesões: tendinite no

primeira posição, chega a atingir

flexor

provoca

um

lateral

na

articulação

quadril,

irritação

das

180 graus7. A posição en pointe

articulares,

fraturas

por

envolve elevada descarga de peso

porções

na ponta dos pés, diminui a base de

interarticulares, inflamação crônica

apoio corporal e constitui mais um

do ligamento colateral medial e

fator

síndrome de estresse tibial medial12.

manutenção

do

facetas estresse

nas

comprometedor postural,

na pois

a

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instabilidade aumenta exigindo mais

postural

condicionamento físico e equilíbrio

possíveis lesões que podem ocorrer

dos praticantes8,9.

em função da prática do ballet

A literatura biomédica relata que as lesões musculoesqueléticas

em

bailarinas

e

as

clássico. MÉTODOS

localizadas nos joelhos e pés, são consideradas

de

evolução

simples, quando comparadas com as lesões no quadril e coluna

Na análise em relação à dor, um estudo de 2007 demonstrou que a coluna lombar é a primeira região mais dolorosa entre as bailarinas clássicas, seguida pelos joelhos, pescoço, quadris e pés18. Quanto à intensidade dos sintomas álgicos as queixas variam de moderada a

virtual do Instituto de Ciências da

do Vale dos Sinos (Unisinos). As bases de dados consultadas foram: Scielo, Medline, Pubmed e Lilacs sob os descritores: ballet, bailarinas clássicas, postura, biomecânica e lesões. Considerando a natureza da pesquisa,

foi

dispensada

a

apreciação da Comissão de Ética da Universidade Gama Filho.

intensa19. desenvolvimento

caracterizar

um

Os critérios de inclusão dos

desse

breve estudo revisional tem como objetivo

foram retirados na biblioteca real e

Saúde-Feevale e na Universidade

vertebral16,17.

O

Os livros-textos consultados

mais

padrão

artigos foram o idioma (português e inglês) e a relação entre o título e resumo com a área da pesquisa.

RESULTADOS Foram selecionados para esta pesquisa 28 trabalhos que discorriam sobre postura biomecânica, ballet e lesões. O estudo apontou que a prática do ballet é capaz de exercer influência na postura corporal, pois as tendências posturais

adotadas

pela

maioria

das

bailarinas,

propiciam

estresse

biomecânico nas articulações, o que frequentemente resulta em disfunções. As lesões associadas mais frequentes são as de pé e tornozelo, seguidas pelas de joelho, quadril coluna e, por último, as do membro superior.

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Figura 1. Tendências posturais: (A) Posição en pointe e (B) Posição en demi-plie.

DISCUSSÃO

Espera-se caracterização

que dos

a

hiperlordótica10,

tal

afirmação

principais

encontrou apoio em um estudo

agravos provocados pela prática

anterior, que acrescenta que isso

desta atividade promova mudanças

ocorre como resultado de diversas

no estilo e padrão dos movimentos

repetições realizadas durante os

adotados até o momento atual.

ensaios coreográficos 21.

Alguns profissionais da área vêm incentivando

a

utilização

A

hiperlordose

lombar

da

precede à obliquidade da pelve, e

sapatilha de meia ponta no intuito

quando este ângulo supera 20

de prevenir lesões20.

graus, além do aumento da lordose

Uma investigação realizada

ocorre

também

o

deslocamento

no ano de 2000 detectou que a

anterior do centro de gravidade com

coluna lombar trabalha adotando

consequente

uma postura arqueada durante a

curvaturas torácica e cervical22-23.

dança clássica o que favorece o

Na

desenvolvimento de curva lombar

bailarina projeta o tronco para trás,

busca

realinhamento

pelo

reequilíbrio,

das

a

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promovendo acentuada obliquidade

dançarinas,

pélvica

movimentos

e

alteração

no

é

resultado

executados

de com

posicionamento da quinta vértebra

técnica pobre, alinhamento postural

lombar

defeituoso e/ou extensão excessiva

e

nas

demais

25

da pelve28.

consequentemente .

Durante o en dehors, ou seja,

Corroborando com este esse raciocínio destaca-se um relato de

a

2001 que afirma que o treinamento

abdução da articulação coxofemoral

especifico

é

para

musculatura

rotação

lateral

essencial

que

associada

os

à

músculos

abdominal é relevado a segundo

envolvidos no movimento estejam

plano

quando

realizado

para

extensão

da

provocando

comparado

ao

fortalecidos e desenvolvidos. Caso

obtenção

da

isso não ocorra, será produzida

coluna um

lombar,

desequilíbrio

muscular nestes dois importantes grupos musculares, mantenedores da

postura

da

coluna

lombar,

expondo a mesma a lesões26.

inclinação

medial

do

joelho,

principalmente durante o pliê e saltos26. A hiperextensão dos joelhos pode produzir o genu recurvatum e perda de estabilidade. Quando isso

O mais corriqueiro em termos

ocorre, a dançarina gira o joelho

de lesões trata-se de estiramentos

para alcançar a direção do pé que

que podem levar a problemas nos

se encontra lateralizado. Esta ação

discos intervertebrais, nas fóveas

altera a cadeia cinética e tensiona o

articulares,

ligamento

músculos

longos

e

ligamentos4. A lombalgia mecânica, ciatalgias,

colateral

medial,

causando dor27.

Espondilolistese

A pronação do tornozelo é

espondilólise

uma adaptação do pé a fim de

também são citadas27. Com relação

aumentar a base de contato com a

à articulação do quadril, os dois

superfície de apoio para melhorar o

principais agravos são: a artrite

equilíbrio10.

degenerativa articular decorrente de

tendinite no tendão de Aquiles,

traumatismos,

neuroma de Morton, sesamoidites e

degenerativa

e

hereditariedade

infecções, ou

sequela

de

entorses

Isso

de

pode

levar

tornozelo4.

a

As

reabilitação inadequada. O quadril

sapatilhas de ponta acentuam o

estalante,

risco, propiciando o desequilíbrio e

comum

entre

as

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o

tombo

em

aterrisagem

cientificamente

corretos,

inadequada ultrapassando o limite

sabe-se

fisiológico

podendo

atividade física quando não bem

resultar em entorse de tornozelo,

orientada e executada pode causar

articular, 4

que

toda

e

porém qualquer

transtornos à saúde3.

luxação ou fratura . Com

relação

ao

desnível

O ponto forte desta pesquisa

os

ombros

encontrou-se

foi a aquisição de conhecimentos

entre

concordância entre dois autores que

mais

admitem que a diferença ocorra

modalidade de exercício físico o que

principalmente

preferência

possibilita a aplicação de cuidados

dada ao lado dominante durante a

quiroprático mais efetivos e que

execução dos passos e giros, o que

preconizem

possibilita o desenvolvimento de

bailarinas e a introdução de hábitos

hipertrofias,

posturais

desvios

e

dores

10,26

musculares cifose

pela

. A alteração da

torácica

as

sobre

esta

prioridades

corretos

das

buscando

diminuir a instalação de padrões de

estar

postura exacerbados comumente

de

vistos no grupo em questão. Entre

músculos

as limitações da pesquisa, citamos

peitorais, ou então, confrontando

que o referencial teórico sobre o

essa afirmação, podemos encontrar

assunto ainda é diminuto e isso

retificação da torácica que ocorre

pode

pela simples imposição da postura

dificuldade nesse ramo de pesquisa.

relacionada

com

alongamento

constantemente durante

pode

consistentes

a

a

falta

dos

ereta

adotada

execução

é citada em muitos estudos, supõese que a mesma ocorra pela palco

durante

as

apresentações em que as bailarinas estendem

sutilmente

a

porção

ballet

clássico

possui

revisão

biomédica

da

literatura

possibilitou

a

identificação de 28 trabalhos que selecionamos como representativos para a atividade das bailarinas. O ballet clássico apesar de seguir padrões quando

superior da cervical5. O

uma

CONCLUSÕES A

A anteriorização cefálica não

de

considerado

dos

movimentos5.

exigência

ser

orientado,

biomecânicos não

bem

corretos,

instruído

predispõe

e

seus

fundamentos biomecânicos e físicos ISSN 2179 – 7676 – RBQ - Volume V, n. 1 - Página 69 de 71


praticantes a lesões características

ferramenta capaz de direcioná-lo a

e alterações posturais.

um tratamento mais adequado para

Os pontos básicos comuns

as

doenças

sobre o padrão postural e lesões

bailarinos.

prevalentes ora descritos têm como

CONFLITOS

objetivo fornecer ao profissional da

Não há.

área

musculoesquelética

características

DE

dos

INTERESSES:

uma

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