tĂŠcnico em
Radiologia
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Copyright © 2014 Yendis Editora Ltda. 1a edição Todos os direitos reservados. _________________________________________________________________________________________ Diretora acadêmica: Simone Savarego Coordenadora editorial: Rosiane Aparecida Marinho Botelho Produção editorial: Yendis Editora Projeto gráfico e capa: Fabio Oliveira Editoração eletrônica: Koncept diagramação As informações e as imagens são de responsabilidade dos autores. Proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem a autorização escrita da Editora. A Editora não se responsabiliza por eventuais danos causados pelo mau uso das informações contidas neste livro.
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Sumário
1. Fundamentos de Radiologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Cláudio Araújo dos Santos Rosimeire de Almeira Moreira
2. Biossegurança em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 Andréa Porto Rodrigo Granzoti Elton Lúcio Rodrigues Gisleine Gomes de Riba Dal Cortivo
3. Equipamentos e Processamento de Imagens em Radiologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Anderson Fernandes Moraes Cláudio Araújo dos Santos Nilton Pinto Fonseca Karina Ferrassa Damas
4. Anatomia Óssea e Fisiologia Humana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 Daniela Patricia Vaz Katia Cristina Pereira Oliveira Santos
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fundamentos de radiologia Cláudio Araújo dos Santos e Rosimeire de Almeira Moreira
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, GLOSSÁRIO ◊ AP: anteroposterior. ◊ ATM: articulação temporomandibular. ◊ C7: 7a vértebra cervical. ◊ CAE: conduto auditivo externo. ◊ cm: centímetro. ◊ Dfofi: distância foco-filme. ◊ HD: hipótese diagnóstica. ◊ IFP: interfalângica proximal. ◊ L1: 1a vértebra lombar. ◊ L5: 5a vértebra lombar. ◊ LCE: linha central da estativa. ◊ LCM: linha central da mesa. ◊ m: metro. ◊ MAE: meato acústico externo. ◊ MMSS: membros superiores. ◊ OAD: oblíqua anterior direita. ◊ OAE: oblíqua anterior esquerda. ◊ OPD: oblíqua posterior direita. ◊ OPE: oblíqua posterior direita. ◊ PA: posteroanterior. ◊ PMS: plano médio sagital. ◊ PHA: plano horizontal alemão. ◊ PVO: plano vertical do ouvido. ◊ RC: raio central. ◊ RE: rotação externa. ◊ RI: rotação interna. ◊ S1: 1a vértebra sacral. ◊ T1: 1a vértebra torácica. ◊ T12: 12a vértebra torácica ◊ TCE: traumatismo cranioencefálico.
, INTRODUÇÃO O método de diagnóstico mais eficaz no estudo dos ossos é, indiscutivelmente, a radiologia convencional, popularmente conhecida como raios X. Essas radiografias informam aos médicos e paramédicos qual conduta ou procedimento adotar em situações adversas, sendo um facilitador, pois as imagens “falam” mais que suposições ou previsões e confirmam hipóteses diagnósticas. Entretanto, graças aos adventos tecnológicos encontrados no mercado de diagnóstico por imagem, o exame de raios X convencional é tido, dentre os profissionais da radiologia, como banal e insuficiente nos diagnósticos de patologias. Só não se pode esquecer
que a radiografia convencional é a base de toda a radiologia médica e que, a partir de seus estudos e teses, tornou-se possível o aparecimento de novos métodos de aquisição de imagem em estruturas anatômicas que vão além dos ossos ou até mesmo de um objeto. O objetivo desta disciplina é abordar um aprendizado didático e rápido de como adquirir imagens na radiologia convencional, posicionando o cliente/paciente de forma correta, bem como agilizando o modo e o atendimento em hospitais e clínicas que necessitam desse essencial serviço de apoio multidisciplinar. Acredita-se que esse méodo é fundamental no diagnóstico de patologias, na prevenção de doenças, no combate a dores e afecções e na promoção de saúde, seja ela pública ou coletiva.
, INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS As incidências radiológicas são definidas pela ampola de raios X e pela posição anatômica, que é a referência para os posicionamentos radiológicos. Define, por exemplo, o que os profissionais envolvidos com radiologia médica chamam de anterior ou posterior, colocando a área de estudo o mais próximo possível do filme radiológico. Seis itens básicos compõem uma incidência radiológica: ◊ descrição médica ou nome do exame; ◊ posição do paciente; ◊ raio central; ◊ distância foco-filme; ◊ chassi; ◊ bucky.
Descrição Médica ou Nome do Exame O curso de medicina é tradicionalmente formador de excelentes profissionais. Em seis anos, o médico aprende métodos de diagnóstico, prognósticos e cura de pacientes. Dentre os métodos de diagnóstico, estão as radiografias e, conforme as estruturas anatômicas e as prováveis patologias, é
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Figura 7 Chassi no sentido longitudinal.
Transversal
Chassi posicionado sobre a mesa de exames ou estativa, com as bordas superiores e inferiores maiores que as bordas laterais. Em ambos os casos, pode haver variação da posição de acordo com o posicionamento da estrutura sobre o chassi.
Figura 9 Gaveta aberta e com chassi, o bucky fica localizado entre o tampão da mesa ou estativa e a gaveta para chassis.
Observação: em algumas literaturas, o uso obrigatório do bucky é dado em estruturas com espessuras acima de 10 cm. Incidências radiológicas dos membros superiores
Dedos (Quirodáctilos) em PA
Figura 8 Chassi no sentido transversal.
Bucky Grade de malha fina que absorve e elimina feixes secundários de raios X. Está localizado sob o tampão da mesa de exames e acima da gaveta, ou atrás do tampão da estativa e à frente da gaveta. É utilizado em estruturas com mais de 7 cm e é obrigatório quando o exame é feito na estativa.
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◊ Posição: paciente sentado em uma cadeira junto a uma das extremidades da mesa, cotovelo fletido a 90°. Pronar a mão, separar os dedos. Centralizar, alinhar e estender o dedo a ser radiografado sobre a metade do chassi. ◊ RC: perpendicular na vertical, incidindo na articulação interfalângica proximal (IFP). ◊ Dfofi: 1 m. ◊ Chassi: 18 x 24 cm – transversal dividido. ◊ Bucky: sem bucky. ◊ Hipóteses de diagnóstico: fraturas, corpo estranho e luxação.
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teral, lado do polegar para cima, para o 3o ao 5o dedos, lado do polegar para baixo, para o 2o dedo. Centralizar, alinhar e estender o dedo a ser radiografado sobre a metade do chassi. ◊ RC: perpendicular vertical, incidindo na articulação IFP. ◊ Dfofi: 1 m. ◊ Chassi: 18 x 24 cm – transversal dividido. ◊ Bucky: sem bucky. ◊ HD: fraturas, corpo estranho e luxação. Figura 10 Dedo em PA, mão pronada e face anterior radiografada em contato com o chassi.
Dedos (Quirodáctilos) Oblíqua ◊ Posição: paciente sentado em uma cadeira junto a uma das extremidades da mesa, cotovelo fletido a 90°. Rodar a mão 45°, apoiando em um material radiotransparente. Centralizar, alinhar e estender o dedo a ser radiografado sobre a metade do chassi. ◊ RC: perpendicular na vertical, incidindo na articulação IFP. ◊ Dfofi: 1 m. ◊ Chassi: 18 x 24 cm – transversal dividido. ◊ Bucky: sem bucky. ◊ HD: fraturas, corpo estranho e luxação.
Figura 11 Dedo em oblíquo com rotação de mão em 45º.
Dedos (Quirodáctilos) em Perfil
Figura 12 Dedo radiografado estendido e restante fletido para evitar sobreposições de falanges.
Polegar PA ou AP ◊ Posição 1 PA: paciente sentado em uma cadeira junto a uma das extremidades da mesa. Colocar a mão na posição lateral, com o polegar estendido e apoiado sobre um material radiotransparente (opcional). ◊ Posição 2 AP: paciente sentado em uma cadeira junto a uma das extremidades da mesa, com o braço rodado internamente até que a margem lateral do 2o dedo fique em contato com o chassi. Centralizar e alinhar o polegar sobre a metade do chassi. ◊ RC: perpendicular na vertical, incidindo na articulação metacarpofalângica. ◊ Dfofi: 1 m. ◊ Chassi: 18 x 24 cm – transversal dividido. ◊ Bucky: sem bucky. ◊ HD: fraturas, corpo estranho e luxação.
◊ Posição: paciente sentado em uma cadeira junto a uma das extremidades da mesa, cotovelo fletido a 90°. Mão na posição la-
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c) 45° e 15° cranial d) 15° e 45° caudal e) 45° e 15° caudal 9. Na incidência de ombro Zanca, a estrutura determinante para a possível patologia a ser mostrada é: a) Articulação escapuloumeral b) Processo coracoide c) Escápula d) Articulação acromioclavicular e) N. D. A. 10. No exame de tórax apicolordótica AP, que possível patologia é demonstrada? a) Derrame pleural b) Pneumonia c) Tuberculose d) Fratura de costais e) N. D. A.
, RESPOSTAS 1. B Todo raio central incide no centro da estrutura a ser radiografada, para que essa seja mais bem visualizada na radiografia. 2. C Esse é o centro da estrutura a ser radiografada.
3. A Juntamente com a incidência PA (frente), mostra o alinhamento de determinada patologia. 4. C Essa angulação é o sentido do raio central na incidência de calcâneo axial. 5. B Essa rotação, juntamente com o alinhamento do raio central, mostra uma radiografia de joelho verdadeiro. 6. C Exame para visualizar possível encurtamento de membro inferior. 7. D Nesse exame, a bulha gástrica é visualizada juntamente com seu nível hidroaéreo que fica abaixo do hemidiafragma esquerdo. 8. E Com essa rotação de PMS e angulação de raio central, a articulação escapuloumeral é visualizada aberta, mostrando melhor possíveis patologias. 9. D Possível patologia a ser demonstrada é a de fratura de articulação acromioclavicular. 10. C Quando demonstrada, aparecem cavernas no ápice do pulmão.
, SUAS ANOTAÇÕES
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biossegurança em saúde Andréa Porto, Rodrigo Granzoti, Elton Lúcio Rodrigues e Gisleine Gomes de Riba Dal Cortivo
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, BINÔMIO SAÚDE X DOENÇA A saúde é definida como o completo bem-estar físico, mental, social e espiritual do indivíduo, conforme define a Organização Mundial da Saúde (OMS). Todas as medidas voltadas para o alcance de saúde estão divididas em cinco principais áreas da vida, que devem ser planejadas e alcançadas para o bem-estar completo. São elas: ◊ saúde física: medidas adotadas com o intuito de melhorar o funcionamento orgânico do corpo, como exercícios físicos, periodicidade em exames de rotina, tratamentos estéticos e corretivos etc.; ◊ saúde intelectual: medidas adotadas com o intuito de melhorar as atividades mentais e de inteligência, como cursos técnicos, cursos de graduação e pós-graduação, cursos de idiomas, artes e música etc.; ◊ saúde familiar: medidas adotadas para melhorar o convívio com os familiares; ◊ saúde social: partindo do princípio de que habitamos em um ambiente de consumo e de que todas as atividades que desenvolvemos influem diretamente no local em que habitamos, trata-se de medidas voltadas para melhorar o ambiente, como a saúde ambiental e ações comunitárias; ◊ saúde profissional/financeira: medidas adotadas com o intuito de melhorar a situação profissional e financeira, como planos financeiros ou promoções profissionais. Ainda de acordo com a OMS, traçando metas e buscando seus objeti-
vos, o indíviduo pode alcançar pleno estado de saúde. Segundo o Dicionário Aurélio (2004), doença é a ausência de saúde. Existe uma diversidade de doenças, que são divididas em grupos, dentre os quais destacam-se: doenças metabólicas, psicossomáticas, imunológicas, genéticas, congênitas e idiossincrásicas. As doenças se instalam no organismo por uma alteração fisiológica ou decorrente do descuido em algum ponto da saúde. O estudo dos estágios da doença é chamado de histórico natural da doença, o qual é dividido em setores, visando à atenção ao indivíduo em cada momento da doença. ◊ Setor primário: voltado às medidas de promoção da saúde, as quais melhoram ou otimizam a qualidade de vida e o bem-estar e prevenção da saúde. São medidas específicas para a não instalação da doença. ◊ Setor secundário: voltado às medidas diagnósticas, exames, consultas, cirurgias e tratamento, mudança de comportamento e medicamentos. ◊ Setor terciário: voltado à reabilitação das sequelas, das complicações da doença –, é caracterizado por intervenções fisioterápicas, psicológicas, cirurgias corretivas, utilização de medicamentos e equipamentos de alto custo, e de cuidados com a morte quando a sequela é impossível de ser tratada. Observe na Tabela 1 o esquema do histórico natural da doença e sua aplicação prática.
Tabela 1 Histórico natural da doença Primário
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Secundário
Terciário
Promoção à saúde
Prevenção
Diagnóstico
Tratamento
Sequelas
Boa alimentação, exercícios físicos, lazer, atividades culturais, moradia adequada, dormir bem, ar puro, bons relacionamentos, emprego fixo e seguro
Preservativos, vacinas, protetor solar, saneamento básico, exames preventivos (autoexame, próstata, papanicolau), campanhas informativas
Exames laboratoriais e de imagem, métodos gráficos, físico, citológicos, cirurgias
Remédios, mudança no comportamento, cirurgias curativas
Complicações da doença que exijam utilização de cadeira de rodas, fisioterapia, psicologia, medicamentos de alto custo
Morte
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Leia o texto abaixo: A Aids ou Sida (síndrome da imunodeficiência adquirida) é uma infecção viral causada por um retrovírus denominado HIV que ataca os linfócitos T CD4 responsáveis pelo desencadeamento da resposta imunológica do nosso organismo. A Aids é transmitida por contato de sangue contaminado, como mucosas corpóreas, ou diretamente na corrente sanguínea. Por isso, medidas específicas como uso de preservativo em qualquer relação sexual, uso de luvas ao manipular pacientes, tratamento de gestantes contaminadas, de sangue em hemocentros e distribuição de seringas e agulhas aos usuários de drogas podem evitar a contaminação do HIV. Além disso, medidas amplas como exercícios físicos, uma boa alimentação, ar puro, recreação e evitar os vícios podem auxiliar a melhora da nossa resposta imunológica, deixando o organismo mais resistente a infecções. A Aids pode manifestar-se por febre baixa, diarreia, perda de peso e outras infecções. Desse modo, se há dúvida quanto a estar contaminado, um exame simples de sangue pode revelar a presença da doença (HIV rápido, ELISA, Western Bloot). A Aids não tem cura, mas há os coquetéis medicamentosos, que auxiliam a retardar os avanços da doença, fazendo com que o indivíduo possa levar uma vida normal com poucas restrições comportamentais, como evitar fumar e beber, não se expor excessivamente ao frio e não praticar relações sexuais sem preservativo. A Aids pode deixar graves sequelas, como formação de tumores, infecções parasitárias e fúngicas em diversas partes do corpo como cérebro, pulmão e rins, e pode levar à morte se tratada de maneira inadequada. Por isso, o melhor remédio é a prevenção. Compreendendo o histórico natural da doença e as intervenções que podem ser realizadas, uma proposta de atenção ao indivíduo é lançada. Os órgãos públicos, portanto, devem fornecer atenção à saúde em todos os setores e atender o indivíduo nas principais doenças e agravos à saúde.
, BREVE RELATO HISTÓRICO SOBRE A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Embora a história da Saúde Pública Brasileira tenha se iniciado em 1808, o Ministério da Saúde instituiu-se em 25 de julho de 1953, com a Lei n. 1.920, que separou o então Ministério da Educação e Saúde em dois ministérios: Ministério da Educação e Cultura e Ministério da Saúde.
Cronologia ◊ 1956: criação do Departamento Nacional de Endemias Rurais, visando a organizar e executar os serviços de controle, investigação e de combate à doença de Chagas, malária, leishmaniose, peste, febre amarela e demais doenças endêmicas existentes no país. ◊ 1961: Estácio Souto Maior é o ministro da saúde e cria novas tecnologias, trazendo avanços para a saúde pública e para o sanitarismo. ◊ 1963: aconteceu a III Conferêrencia Nacional da Saúde (CNS), cujo foco era propor melhorias para o regime médico-sanitário. ◊ 1964: os militares assumem o poder e reintegram a saúde à previdência social. ◊ 1967: implantação da Reforma Administrativa Federal, estabelecendo que o Ministério da Saúde seria o responsável pelo controle, formulação e coordenação da Política Nacional de Saúde. Foram instituídas as seguintes áreas de competência: medicamentos e alimentos e pesquisa médico-sanitária; política nacional de saúde; atividades médicas e paramédicas; controle de drogas; ações preventivas em geral, vigilância sanitária de fronteiras e de portos marítimos, fluviais e aéreos. ◊ 1974: as secretarias da saúde e da assistência médica foram englobadas para formarem a Secretaria Nacional da Saúde. ◊ 1988: a Constituição Brasileira declara que é dever do Estado garantir saúde a toda a população; nasce o SUS (Sistema Único de Saúde).
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a) no caso de mais de uma espécie de um determinado gênero ser patogênica, serão assinaladas as mais importantes, e as demais serão seguidas da denominação “spp“, indicando que outras espécies do gênero podem ser também patogênicas. Por exemplo: Campylobacter fetus, Campylobacter jejuni, Campylobacter spp. b) quando uma única espécie aparece na tabela, por exemplo, Rochalimaea quintana, indica que especificamente este agente é patógeno. 2. Na classificação dos agentes considerou-se os possíveis efeitos para os trabalhadores sadios. Não foram considerados os efeitos particulares para os trabalhadores cuja suscetibilidade possa estar afetada, como nos casos de patologia prévia, medicação, transtornos imunológicos, gravidez ou lactação.
3. Para a classificação correta dos agentes utilizando-se esta tabela, deve-se considerar que: a) a não identificação de um determinado agente na tabela não implica sua inclusão automática na classe de risco 1, devendo-se conduzir, para isso, uma avaliação de risco baseada nas propriedades conhecidas ou potenciais desses agentes e de outros representantes do mesmo gênero ou família. b) os organismos geneticamente modificados não estão incluídos na tabela. c) no caso dos agentes em que estão indicados apenas o gênero, devem-se considerar excluídas as espécies e cepas não patogênicas para o homem. d) todos os vírus isolados em seres humanos, porém não incluídos na tabela, devem ser classificados na classe de risco 2, até que estudos para sua classificação estejam concluídos.
Agentes biológicos
Classificação (grupos)
Notas
Bactérias Acinetobacter baumannii (anteriormente, Acinetobacter calcoaceticus)
2
Actinobacillus spp
2
Actinomadura madurae
2
Actinomadura pelletieri
2
Actinomyces gerencseriae
2
Actinomyces israelii
2
Actinomyces pyogenes (anteriormente, Corynebacterium pyogenes)
2
Actinomyces spp
2
Aeromonas hydrophyla
2
Amycolata autotrophica
2
Archanobacterium haemolyticum (Corynebacterium haemolyticum)
2
Bacillus anthracis
3
Bacteroides fragilis
2
Bartonella (Rochalimea) spp
2
Bartonella bacilliformis
2
Bartonella henselae
2
Bartonella quintana
2
Bartonella vinsonii
2
Bordetella bronchiseptica
2
Bordetella parapertussis
2
Bordetella pertussis
2
Borrelia anserina
2
V (continua)
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Em um corte do SNC, pode-se observar a presença de áreas mais claras e áreas mais escuras, que representam: ◊ substância branca: constituída por fibras nervosas; ◊ substância cinzenta: constituída por corpos neuronais.
◊ lobo temporal; ◊ lobo parietal; ◊ lobo insular. Na superfície da região cerebral temos sulcos e giros. ¡ Tronco encefálico
Medula espinhal
Encontra-se no espaço medular, um canal que apresenta forames vertebrais, e a partir deles emergem os nervos que formarão o sistema nervoso periférico. A medula termina em L1, aproximadamente, e a partir daí segue até a cauda equina. Meninges
O encéfalo e a medula espinal são envolvidos e protegidos por membranas de tecido conjuntivo chamadas de meninges. Essas membranas são as seguintes: ◊ duramáter; ◊ aracnoidemáter; ◊ piamáter. Líquido cerebroespinhal
Produzido nos ventrículos encefálicos laterais, no terceiro e no quarto ventrículos, e no plexo corioideo. Esse líquido circula entre os ventrículos e no espaço subaracnoideo, servindo como amortecedor de choques (proteção mecânica). Encéfalo
É composto por: ◊ cérebro; ◊ tronco encefálico; ◊ cerebelo. ¡ Cérebro
O cérebro está dividido em dois hemisférios (direito e esquerdo). Essas porções são divididas em lobos, cuja denominação é feita de acordo com o osso mais próximo, ou seja: ◊ lobo frontal; ◊ lobo occipital;
É a porção posteroinferior do encéfalo que está dividida em mesencéfalo, ponte e bulbo. ¡ Cerebelo
Localizado na porção posterior do tronco encefálico. Está dividido em: ◊ arquicerebelo (lobo nodular); ◊ paleocerebelo (lobo anterior); ◊ neocerebelo (lobo posterior). Sistema nervoso periférico
É composto por: ◊ nervos: cordões formados por fibras nervosas unidas por um tecido conjuntivo e que têm como função levar e trazer impulsos nervosos ao sistema nervoso central; ◊ gânglios: acúmulos de corpos neuronais que se apresentam como dilatações no percurso de um nervo; ◊ terminações nervosas: extremidades das fibras nervosas motoras e sensitivas. Nervos cranianos
Existem 12 pares de nervos cranianos que fazem conexão com o encéfalo. São eles: ◊ I – olfatório; ◊ II – óptico; ◊ III – oculomotor; ◊ IV – troclear; ◊ V – trigêmeo; ◊ VI – abducente; ◊ VII – facial; ◊ VIII – vestibulococlear; ◊ IX – glossofaríngeo; ◊ X – vago;
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