Condutor de Ecoturismo -Modulo 2 - O Condutor

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FABIO SABA

Condutor de Ecoturismo O CONDUTOR DE ECOTURISMO

Condução Ambiental Objetivos, Princípios e Técnicas da Condução Ambiental

MODULO

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Condutor de Ecoturismo Técnicas de Interpretacao Ambiental, Responsabilidades e Etica profissional

Elaboração de Roteiros Ecoturísticos Desenvolvendo Roteiros, Planejamento Interpretativo, Roteiros de Interesses Específico www.fabiosaba.me


O CONDUTOR DE ECOTURISMO

Sumario

Modulo 02

1. A CONDUÇÃO AMBIENTAL Objetivos, Princípios e Técnicas da Condução Ambiental p.03

2. O CONDUTOR DE ECOTURISMO Técnicas de Interpretacao Ambiental, Responsabilidades e Etica profissional p.07

3. O CONDUTOR DE TURISMO DE AVENTURA Conhecimentos, Habilidades e Atitudes do Condutor de Turismo de Aventura p.27

4. ELABORAÇÃO DE ROTEIROS ECOTURÍSTICOS Desenvolvendo Roteiros, Planejamento Interpretativo, Roteiros de Interesses Específico p.41


INTRODUÇÃO Entende-se por condutor ou monitor de ecoturismo pessoa apta a acompanhar visitantes de áreas naturais em atividades de ecoturismo e turismo de aventura, percorrendo trilhas préexistentes e autorizadas pelas instituições responsáveis por cada local, optando pela aplicação de atividades de interpretação ambiental. O condutor de ecoturismo tem a dupla responsabilidade de propiciar um passeio agradável e interessante aos visitantes, ao mesmo tempo em que os introduz no universo das trilhas e dos ambientes conservados, zelando pela segurança dos clientes e pela conservação dos patrimônios históricos e ambientais. Seus procedimentos devem estar fundamentados nos conceitos e práticas da interpretação ambiental e no conhecimento prévio do local, garantindo, desta forma, a qualidade da visita. O condutor de ecoturismo deve ter participação direta e continua na formatação e aprimoramento dos produtos e roteiros ecoturísticos desenvolvidos na sua região.

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A CONDUÇÃO AMBIENTAL Neste tópico inicial, apresentaremos indicações de Moraes (2000) que trata a respeito dos conceitos, técnicas, princípios e objetivos da condução ambiental, bem como nos revela algumas atividades do interprete ambiental, ou Condutor Ambiental. Antes, podemos dizer que a condução ambiental se trata de explicar mais que informar, de revelar maias que mostrar e de despertar a curiosidade mais que satisfazê-la. A condução ambiental é o modo de educar, sem que o público se sinta o objeto dessa atividade educativa, e deve suficientemente ser sugestiva para estimular o público a trocar a atitude e adotar uma postura determinada. 1.1 Conceitos da Condução Ambiental Assim, vários autores têm definido a condução ambiental, dentre eles: La Countryside Comission (1970): é o processo de desenvolver o interesse, o desfrute e a compreensão de suas características e suas inter-relações. Don Aldrige (1973): é a arte de explicar o lugar do homem em seu meio, com fim de incrementar a consciência do visitante acerca da importância dessa interação, e despertar o desejo de contribuir com a conservação do meio ambiente. Yorke Edwards (1976): a condução ambiental possui quatro características que fazem dela uma disciplina especial: comunicação atrativa; oferece uma informação breve; é realizada na presença de um objeto em questão; e seu objetivo é a relação de um significado. 1.2 Objetivos da Condução Ambiental Se dividem em três categorias: CONDUTOR DE ECOTURISMO | 03

(1) Ajudar o visitante a desenvolver uma profunda consciência, apreciação e entendimento do lugar que visita; (2) Cumprir finalidades de manejo, de dois modos: 1º alertar o visitante para fazer uso adequado do recursos recreativo, destacando a idéia de que se trata de um lugar especial que, por isso, requer um comportamento especial; 2º, utilizar o poder de atração dos serviços interpretativos para influenciar a distribuição espacial do público; e (3) Promover uma compreensão dos fins e das atividades de determinado empreendimento.


1.3 Princípios da Condução Ambiental Consideramos estes princípios como uma forma de conhecer as várias maneiras de se aproximar do ecoturista, para que ele se sinta a vontade neste novo meio que ele esta visitando. Para tanto, nada melhor que um morador da região e profundo conhecedor do local fazer esta atividade. Assim, seguem algumas considerações a respeito: (1) A condução é uma forma de comunicação que, baseada na informação, deve tratar com significados, inter-relações e implicações sobre certas questões; (2) Motivar o ecoturista a compreender e compartilhar com entusiasmo tudo que o condutor comunicar; (3) O ecoturista deve ser provocado e persuadido. De alguma forma, o condutor terá de colocar-lo em uma posição “incomoda” perante certos conceitos, para que reaja e se comprometa com alguma atitude; (4) O condutor tem de saber e aproximar e se relacionar com destinos públicos; (5) A condução ambiental é um tipo de comunicação. Isto implica não somente que se envie uma mensagem, como também que se seja recebida; e (6) A condução ambiental deve ser utilizada como uma ferramenta educativa para uma troca de atitude além de ser um instrumento de manejo do recurso natural. 1.4 Técnicas de Condução Ambiental

1. Incentivar a Participação Utilizando os cinco sentidos: com essa técnica podemos obter máxima compreensão do visitante frente aos recursos, pois estaremos trabalhando todo o cognitivo do ecoturista.

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No contexto da condução ambiental, entende-se por técnica a aplicação de uma idéia que pode ser usada para incrementar a consciência e o entendimento do público, através de um método menos tangível que o uso de um meio de comunicação específico, comumente, a técnica associada a vários meios de comunicação e pode incluir áreas combinações destes meios, como:


2. Provocar Despertando a curiosidade sobre o tema, obrigando-o a refletir: com essa técnica estaremos colocando o ecoturista, talvez, em uma posição desagradável para que ele defina uma postura íntegra frente ao ambiente que o cerca, incluindo o homem. 3. Valorização do Ecoturista Explicando situações com o ecoturista: proporcionar uma interação do ecoturista com o ambiente, fazendo dele um ator ativo do processo de conservação da natureza. 4. Elegendo um tema Definindo o objetivo do contato entre o ecoturista e o meio ambiente: facilitando para o ecoturista sua integração no grupo que irá participar da caminhada da trilha. 5. Sequência de informação/ Roteiro: Demonstrando sequência de tempo e espaço nas informações, sendo mais bem assimilada pelo ecoturista: proporciona-se com essa técnica uma melhor forma de aprendizagem e assimilação do ecoturista na mensagem enviada. 6. Uso do Humor/Ironia/Suspense/Surpresa: Destacando recursos naturais importantes: com essas técnicas favorecemos uma melhor dedicação do ecoturista com a trilha, envolvendo-o. 1.5 Atividade do Condutor de Ecoturismo 1. Antes da Trilha:

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• Ter percorrido a área para verificar alguma modificação; • Chegar sempre primeiro no local marcado para iniciar a atividade; • Á medida que os turistas chegam, falar informações informalmente com eles para conhecer os seus interesses, propiciando um clima agradável de descontração; • Começar com uma introdução: - apresentar-se como condutor e sua instituição; se achar adequado falar algo pessoal; - explicar ao grupo o destino final da trilha. O tempo a ser gasto, a distância da trilha, hora de retorno e algumas características relevantes da trilha; - mencionar as normas de boa conduta para melhor aproveitar o passeio e a conservação da área; - dizer quais são os seus objetivos.


2. Durante a Trilha: • Manter-se sempre na dianteira do grupo; • Estabelecer um passo e um ritmo que não exija esforço demasiado do grupo; • Ser sensível às necessidades do grupo: quando parar e quando avançar; • Assegurar-se de que todos podem vê-lo e ouvi-lo; • Evitar falar o que não esta sendo observado; • Proporcionar a utilização dos sentidos; • Nos pontos de interesse, não começar a falar antes que todos cheguem ao local; 3. Conclusão da Trilha • Dar a possibilidade de todos expressarem suas inquietudes e respondê-las; • Fazer perguntas com fins avaliativos; • Agradecer em nome próprio e da instituição; • Não desaparecer repentinamente..

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O CONDUTOR DE ECOTURISMO Considerando os conceitos de interpretação ambiental, condução ambiental e o papel do condutor de ecoturismo no guiamento de visitantes em atrativos naturais, apresentaremos neste capítulo respostas a muitas questões que justificam a importância do guiamento de visitantes em ambientes naturais. Veremos ainda algumas técnicas de condução, apresentadas pelos Condutores Ambientais do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, localizado no estado de Goiás. 2.1 O CONDUTOR DE ECOTURISMO COMO INTÉRPRETE AMBIENTAL

Assim, temos os interpretes ambientais que também podem ser chamados de condutores ambientais, ou condutores de ecoturismo, cuja função central é “interpretar aspectos relevantes do

O condutor tem papel de intérprete, aproveita cada oportunidade para interpretar o que pode interessar ao turista e também como uma forma de estimular a correção de atitudes e comportamentos indesejados por parte do turista. Sendo assim, o guia mantém a qualidade da atividade, enriquece o tempo do turista e sensibiliza o turista sobre o impacto de sua presença no local (Delgado, 2000). Numa caminhada conduzida, o condutor pode utilizar a interpretação para dar uma noção mais completa sobre o recurso, valorizando assim o produto que lhe foi vendido. 2.2 POR QUE CONDUZIR VISITANTES? As áreas ver dês e os patrimônios culturais são pólos de atração de visitantes. Quando chegam a estes locais, os turistas, dos mais variados tipos como veremos a seguir, se ocupam em atividades como caminhadas, visitas a cachoeiras, rios e lagos, entre outras. Se eles passeiam a sós, pode ocorrer: A) Risco de destruição ambiental, por o turista ser com frequência pouco educado; B) Desconforto, por o turista não saber os procedimentos básicos de bem estar em um ambiente selvagem; C) Perigo, por o visitante ignorar técnicas básicas de segurança em ambiente selvagem.

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O interprete ambiental é aquele que pode transmitir noções de como funciona os processos naturais, históricos ou culturais, usando exemplos locais para ilustrar não somente fatos fascinantes, como também a dinâmica básica do ambiente, de que dependem nossa existência e bem-estar (MORAES, 2000).

patrimônio cultural e ambiental de forma que o visitante possa interagir e otimizar sua experiência junto a natureza”.


Porém se a visita ocorre monitorada, os turistas: A) Conhecerão melhor os atrativos, irão nos melhores lugares e receberão muito mais informações interessantes; B) Não comprometerão a natureza e seus atributos, pois o condutor estará zelando por eles; C) Aprenderão como se comportar em atrativos naturais através de um processo de conscientização ambiental. Fica claro assim, com apenas alguns poucos motivos que a visita conduzida é geralmente mais interessante para o turista e para a natureza. O Condutor de Visitante é o elo entre o turista, completamente desabituado com o ambiente selvagem, e o próprio ambiente que, apesar de ameaçar o turista por um lado, é frágil e requer cuidados para que não se degrade por outro. Em outra forma, no contato direto entre o turista e a natureza, o condutor tem o importante papel de interprete que sabe conciliar da melhor forma possível os interesses e as necessidades de ambas as partes. 2.3 AS FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES DO CONDUTOR * Para com os Excursionistas: A) Guiar o Caminho — Muita gente acredita que conduzir um grupo é só uma questão de levar pelo caminho certo. É claro que essa é uma função muito importante e sem o domínio da qual não se pode levar ninguém para canto algum. É fundamental que se conheça o caminho como a palma da mão, mas conduzir bem um grupo vai muito, além disso. B) Informar o Grupo: As informações que o condutor deve passar ao grupo de forma fluente e clara são de três tipos: B.1) Instruções de Comportamentos - São os procedimentos que devem ser observados durante a atividade. B.2) Informações Ilustrativas - São aquelas que complementarão a caminhada com à histórias e dados ecológicos, geológicos, etc. É o “algo mais” que diferencia o passeio. B3) Avisos - São instruções especificas que determinam alguma ação localizada dos visitantes. CONDUTOR DE ECOTURISMO | 08

C) Cuidar do Grupo: Os cuidados se dividem em dois aspectos interligados: C.1) Cuidar fisicamente - É estar sempre dentro dos conceitos de segurança, imaginando e evitando acidentes antes que eles ocorram. C.2) Cuidar psicologicamente - e manter o astral da turma elevado motivando o grupo a vencer as dificuldades. D) Socorrer: obrigação dos guias prestar primeiros socorros, salvar, resgatar, transportar, em fim, garantir a integridade do excursionista.


* Para com a Natureza: A) Zelar diretamente: Cabe ao guia cuidar do parque vigiando seus excursionistas quanto ao bom comportamento. B) Conscientizar o visitante: É a contribuição dos condutores para educar a população com relação a como se visita um parque corretamente. 2.4 TIPOS DE VISITANTES, SUAS MOTIVAÇÕES E EXPECTATIVAS COM O CONDUTOR. Vamos analisar agora como se caracterizam e como se comportam os principais tipos de turistas que aparecem com mais freqüência para visitar um Parque Nacional. A) Turista Aventureiro É um personagem todo equipado, treinado e habituado a andar em grupos independentes por trilhas de todas as dificuldades e comprimentos. Podem ser Alpinistas, Montanhistas ou simplesmente dedicados amantes da natureza empenhados em freqüentes e proveitosas viagens. Normalmente esses visitantes não usam guias pois localizar o caminho é uma de suas habilidades, são auto-suficientes em quase tudo e não representam perigo para a natureza. Não estragam nem sujam nada, as vezes até ajudam a reparar o estrago dos outros e freqüentemente voltam às mesmas trilhas. B) Turista Ecológico É o que, apesar de não ter por hábito estar sempre na natureza, valoriza muito esse encontro e vem desfrutar da natureza respeitosamente. Costuma estar em harmonia com o ambiente e com as pessoas, é bem disposto para as caminhadas espera muito de um condutor, como levar nos melhores locais em segurança e passar muitas informações de animais, plantas e histórias da região. É uma classe de turistas em rápida expansão com a divulgação cada vez maior do Turismo Ecológico a nível nacional e internacional. Em geral os turistas estrangeiros que procuram os parques são turistas ecológicos. Na maioria dos casos, os ecoturistas dão gosto de lidar pois ouvirão com atenção tudo o que se disser e farão observações oportunas e perguntas inteligentes.

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C) Turista Tradicional É um tipo abundante, que em geral não se movimenta muito, o movimento mais freqüente é o de jogar lixo onde não deve, costuma achar que tudo lhe pertence e age como se fosse o último a estar por ali: carrega tudo o que acha interessante sem se tocar que outro visitante futuro não terá nada para ver. Em cavernas, quebra formações seculares de cristal para levar de lembrança, nas matas e campos colhem plantas e coletam diversos materiais. O turista tradicional normalmente só espera que o condutor não encha a sua paciência, com lições do tipo não pode fazer isso ou aquilo, que tem que recolher e levar o lixo e etc. Normalmente reclama de tudo, exista ou não o motivo e falar-lhes é quase como jogar palavras ao vento. O turista tradicional é facilmente reconhecível pelo seu rastro de sujeira.


D) Turista Fantasiado É um terror para a natureza. Costuma se vestir com roupa camuflada, como se estivesse indo para uma guerrilha, anda equipado com mil e uma inutilidades dependuradas pelo corpo sendo a mais característica a enorme “faca-do-rambo”, bem exposta para intimidar, quem sabe, as laranjas que encontrar pelo caminho... Na falta, talham e derrubam muitas árvores. Parece que eles são o resultado de um “acidente genético” e ficaram com as piores características do “cruzamento” entre turista aventureiro e turista tradicional. Geralmente não querem nada com condutores, que poderão coibi-los em suas manifestações de vandalismo. O turista fantasiado é facilmente reconhecível pelo seu rastro de sujeira e destruição. A predominância de um ou de outro tipo depende das características geográficas e localização do parque. Assim um parque muito próximo a uma capital, por exemplo, vai ser freqüentado em maior número por turistas tradicionais enquanto um outro caracterizado por trilhas difíceis recheadas de penhascos vai ter mais freqüentadores do tipo aventureiro. É importante saber que um tipo de visitante não exclui o outro, o que ocorre é uma variação da proporção entre os diversos tipos. É claro que essa classificação não é absoluta, existindo sempre exceções em todos os casos e turistas que não se enquadrem em nenhum tipo. 2.4 OS TAMANHOS DO GRUPO E DA EQUIPE DE CONDUTORES Quando pensamos em guiar uma excursão na natureza, uma das primeiras questões que nos surge é a de quantas pessoas deve ou pode ter o grupo e quantos condutores são necessários para guiá-las? A experiência tem nos mostrado que o grupo nunca deve exceder a 40 excursionistas, sendo sempre melhor grupos médios (até 20 pessoas) ou grupos pequenos (até 10 pessoas). Grupos muito grandes, com mais de 40 pessoas, são muito problemáticos para lidar.

Pelo lado dos excursionistas, eles terão a atenção dos seus guias muito dividida entre todos, sobrando a cada um muito pouco. Por outro lado, se o grupo é pequeno, o grupo é facilmente controlável, os riscos de acidentes são bem reduzidos e o guia pode dar mais atenção aos seus guiados, tornando o passeio bem melhor para ambas às partes.

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Por mais que se usem vários guias, o comprimento do grupo atrapalha a comunicação entre os guias, ocorre muita dispersão do excursionista ao longo da trilha e fica muito difícil exercer controle absoluto sobre o grupo, diminuindo a segurança da caminhada. Um grupo nessas proporções gera um grande impacto sobre a natureza, fora do controle e orientação dos guias.


Caso você se defronte com um grupo maior que 40 pessoas, já formado, a sugestão é que ele seja dividido em dois ou mais subgrupos, que farão roteiros diferentes ou a mesma trilha, mais com um intervalo mínimo de tempo calculado para que os grupos não se encontrem. Casos de grupos muito heterogêneos podem ser divididos também, adequando-se assim roteiros de diferentes graus de dificuldade, as diferentes condições dos subgrupos. Para a maioria dos grupos, o número de condutores deve variar entre dois, para pequenos grupos (10 excursionista), a três (20 excursionista), para um grupo grande. A relação ideal é um condutor + um auxiliar para cada 10 (dez) excursionistas. 2.5 TÉCNICA PROFISSIONAL Conduzir um grupo começa bem antes do primeiro passo da caminhada a ser dado. O condutor dispõe de certa técnica que ao mesmo tempo em que cumpre os procedimentos preliminares à atividade, o coloca como guia de fato do grupo, ou seja, o guia assume a sua posição de liderança. Por mais adverso que seja o humor de seu grupo, existem dois argumentos, muito fortes, que devem ser sempre empregados para ganhar a confiança e a simpatia dos excursionistas; são eles a paciência e simpatia. Cative seu grupo, sorria, seja atencioso, responda sempre que inquirido, seja paciente até com os menos aptos á atividade, estando sempre ligado a todos os indivíduos do grupo. Essa postura deve começar assim que você colocar os pés fora da cama e pensar: “Hoje vou conduzir um grupo”. É muito importante que essa simpatia e paciência sejam verdadeiras, que brotem de dentro, pois é isso que as pessoas percebem. Aqui, estamos falando em como, através de um sentimento, conseguir despertar o sentimento recíproco em seu grupo. Portanto frases decoradas e sorrisos plastificados estão descartados. A idéia agora é fazer da apresentação a reunião para instruções iniciais, uma oportunidade para o guia se posicionar como profissional que liderará a atividade, em troca de segurança e informações. Uma possível seqüência de ações pode ser assim:

É o inicio do processo democrático de conduzir o grupo, todos tem direito à mesma informação, de maneira bem transmitida. Por fim, o circulo permite que o diálogo coletivo seja também pessoal, na medida em que o guia pode olhar diretamente nos olhos dos guiados.

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1º. Conclame o grupo disperso, a se reunir em circulo. Para isso conte com a ajuda dos demais guias para dar mais peso & chamada e orientar a formação. A formação de uma roda permitirá que os guias ao conversarem, falem igualmente para todos.


Essa forma de “diálogo” subjetivo é importante para a definição do guia como tal. Imagine um guia falando baixinho e olhando para o chão ou para o alto. Daria para os seus excursionistas sentirem firmeza?

2º. Proceda às apresentações dos guias. Cada um dos condutores pode se apresentar ou um apresenta os demais, o uso de roupa diferenciada e em bom estado e eventualmente um crachá com seu nome contribuirão para essa apresentação de guias. É importante que além do seu nome, você mencione qual será sua função na caminhada. 3º. Esclareça ao grupo a atividade que irão desenvolver. É uma espécie de panorama geral do dia. Fale, por exemplo, o nome da caminhada, o tempo, a distância, o que tem de bonito, o que tem de desafio, onde vão parar para comer, algum objetivo especifico que desejem alcançar, etc. Aqui o objetivo é “remotivar” o grupo para a caminhada. Com a sua descrição por alto das atividades (deixe os detalhes para a surpresa) o excursionista criará uma ilusão verdadeira sobre o que irá fazer. Isso acabará com idéias distorcidas sobre a atividade, que porventura já venham com o visitante e que poderá frustrá-lo ou desanimá-lo quando de sua não concretização. A imagem da atividade que você pintar, com suas atrações e desafios, é o que motivará os excursionistas a superarem com mais facilidade e objetivo as dificuldades da trilha e o cansaço do corpo.


É importante não blefar nessa descrição, falando coisas erradas sobre a caminhada. Principalmente distâncias e tempos. É bom lembrar que um grupo sempre gastará, em média, o dobro do tempo que você, que está acostumado a andar, gasta num percurso. Lembre-se que você estará dando apenas um panorama geral. Não fale exaustivamente sobre tudo o que eles vão ver em detalhes, que além de ser chato de ouvir, não te dará mais assunto para explorar em outros momentos da trilha. Esses guias que abrem a boca e só param de falar quando acaba a fita, dão ao guiado, como primeira reação, vontade de achar o botão de desligar. Depois, não querem mais saber de histórias. Após dar o seu recado, ponha-se á disposição para responder perguntas. 4º. Defina (com simpatia) onde irão andar os guias e os guiados. Numa caminhada organizada, os guias sempre devem estar abrindo e fechando o grupo. À frente e atrás do grupo não deve haver nenhum excursionista, por motivo de segurança. Os guias não conseguem saber se um que ande a frente do grupo esta indo pelo caminho certo ou que retardatários estejam bem. Assim, é fundamental essas posições serem bem definidas e respeitadas. Mas existe uma exceção a essa regra: é quando o excursionista precisar “ir ao banheiro”. Nesse caso, instrua que o mesmo deve primeiro avisar o guia de trás da sua necessidade e depois ficar um pouco para trás e satisfazê-la, fora da trilha e sem deixar vestígios (cavando um buraco e enterrando o produto se forem fezes ou ocultando os papéis; se for um simples xixi reprimido, explique que tanto o papel como o resto em questão não é poluição química, mais é uma terrível poluição visual e olfativa; explique como é desagradável vir andando por uma trilha e encontrar um “campo minado”). O excursionista não deve se preocupar em ficar para trás, pois quando surgir qualquer problema na trilha (uma dificuldade ou uma bifurcação) ou ele se demorar muito o grupo estará parado esperando. Para isso os guias têm que se comunicar periodicamente para saber se há alguém para trás e se podem prosseguir. (veja mais sobre isso ainda nesse capitulo)

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Uma outra definição que pode ser abordada nesse momento é quanto ao tipo de fila que será empregada na caminhada, de acordo com o tipo ou os tipos de caminhos. A formação mais freqüente, utilizada principalmente em trilhas estreitas, é a fila indiana, na qual anda cada um atrás do companheiro da frente. Essa fila é boa em vários aspectos, mas principalmente por não causar dano na vegetação ao lado da trilha e conseqüente alargamento da mesma. É importante que os excursionistas observem uma distância de pelo menos 2 metros entre o companheiro da frente, a fim de que ele possa ver uma paisagem mais interessante que somente a mochila de seu colega e que quando um pare não seja atropelado pelo que vem grudado atrás ou para que quando um caia, não leve os outros como dominó.


A outra formação é a fila que obedece apenas a ordem dos guias atrás e na frente. É usada em estradas e estradinhas onde não há qualquer problema das pessoas andarem ao lado umas das outras. É importante que o tipo de fila seja uma conseqüência natural e lógica do tipo de caminho percorrido. Essas definições de posição são cartadas fortes na definição dos papéis de guia e guiados. 5º. Esclareça-os sobre comportamentos na natureza. É aqui que começa o lado ecológico da atividade. O visitante deve ser lembrado que: a) Não deve deixar lixo nas trilhas ou locais de parada; todo o lixo gerado deve ser trazido de volta em sacos plásticos, bolsos de mochila ou da própria roupa. De um plástico de bala ao tênis que arrebentou, passando pela casca da laranja que ele chupou, tudo deve voltar. b) Nada que pertença à natureza deve ser levado dali. Não se cata plantas, flores, cristais ou pedras, madeiras, animais, enfim, aquela única orquídea que falta na coleção do seu guiado, vai continuar faltando. Não é justo que alguns coletem plantas e outras coisas interessantes do parque, fazendo com que os futuros visitantes não possam admirá-los também. Em relação aos fumantes, vale a pena lembrar que é muito bom evitar fumar numa caminhada, deixando o corpo mais forte e beneficiando-se do ar puro. Mas se a vontade for irresistível (dado ser um vicio) o fumante deve se encaminhar ao fim do grupo para que a fumaça do cigarro não incomode quem quer respirar. Após dar os toques de comportamento, fale de uma lema do montanhismo: “DA NATUREZA NADA SE TIRA A NÃO SER FOTOGRAFIAS, NADA SE DEIXA A NÃO SER PEGADAS E NADA SE MATA A NÃO SER A SEDE”. Conforme o tipo de envolvimento dos turistas do parque com as comunidades locais, esse é um bom momento para falar que respeito pela natureza inclui também respeito pelos hábitos culturais dos moradores da região. Atos como usar roupas escandalosas e consumir em público, ou passar drogas para os nativos não devem ser consumados em hipótese alguma.

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6º. Fale ao seu grupo sobre o ato de caminhar. Pode parecer inútil, à primeira vista, falar sobre o ato de caminhar para um ser adulto. Afinal, andar é uma das primeiras coisas que aprendemos na vida. Mas para a maioria das pessoas da cidade, caminhar por um terreno irregular encerra alguns mistérios e requer uma dedicação toda especial. Isso ocorre porque uma pessoa normalmente urbana anda, desde que aprende, pisando em


superfícies regulares como calçadas, escadas, e pisos quase sempre planos a antiderrapantes. Na hora de descer um barraco ou simplesmente trafegar por uma trilha irregular com raízes, pedras, buracos ou lama, as pessoas vêem-se com problemas. É ai que um esclarecimento de como andar pode ser útil. As principais dicas que podem ser dadas são as seguintes: 1 - Preste muita atenção ao relevo do chão; 2 - Procure estudar, em cada passo, onde é a melhor posição, para colocar o pé; 3 - Pise com firmeza; 4 - Procure dar passadas regulares e mantenha o corpo em equilíbrio; e 5 - Respire com ritmo e profundamente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca. O exercício físico é uma atividade que consome muito oxigênio diretamente nas células dos músculos. Esse oxigênio entra no corpo através do pulmão. Por isso é importante respirar fundo e com ritmo, principalmente em subidas onde a velocidade deve baixar e a cada passada devese respirar uma vez. (é um segredo para subir se cansando o mínimo possível). As pessoas que estão acostumadas a caminhar em trilhas dão uma rápida olhada para o chão e avaliam as irregularidades do terreno. Dai por diante o cérebro comanda os movimentos das pernas e pés para se ajustarem ao terreno, sem que isso exija uma atenção consciente. A pessoa pode estar olhando a paisagem ou pensando alto e andando sem tropeçar. Quem começa a caminhar sem experiência, não consegue fazer isso logo e tem que prestar atenção ao chão, mesmo que no fim, se perguntado sobre o que achou da caminhada, esse responder: “Linda, era toda marrom e cheia de folhas secas...” (só olhou para o chão!). 7º.Cheque o equipamento do pessoal. Consiste em verificar se o grupo está portando os itens indispensáveis à caminhada, como lanche, agasalho, mochila própria, cantil, etc... Isso é feito mediante perguntas tipo: Quem trouxe isso? Quem está sem aquilo? Não comece a revistar mochilas, pois isso dá a péssima impressão que você não confia em seu grupo (mesmo que você não confie). É claro que você não vai, obrigatoriamente, fazer voltar ou impedir que façam a trilha os que não tiverem tudo em cima, mas poderá avaliar se no todo o grupo tem o mínimo de coisas indispensáveis; por exemplo, se metade não tem lanternas, podese fazer cada dois usando uma luz. Em uma outra situação você não deverá permitir que um excursionista vá sem estar levando um agasalho se na região fizer um frio muito intenso quando o sol se põe. Nessa checagem rápida, ainda dá para salvar alguma coisa como os que estão trazendo o que precisam, mas deixaram no carro ou ônibus que ainda está porventura, estacionado próximo. Use o seu bom senso e sensibilidade para decidir o que fazer se os equipamentos não estiverem 0K.


Em contrapartida a verificação do equipamento do pessoal, você deve explicar o que está levando consigo e onde eventual ou certamente será usado. Naturalmente a corda, por exemplo, chama muita atenção e desperta a curiosidade dos participantes. Não se esqueça de dizer que você está com um completo estojo de primeiros socorros, e que pode e deve ser solicitado medicamentos e cuidados a qualquer instante. Aproveitando a forma de circulo, feche a reunião com uma numeração para facilitar a conferência do grupo durante a caminhada. Comece falando “um” e cada um diz o próximo número até fechar com o outro guia que estará ao seu lado e falará o último número. Recomendo que esse número seja mantido na memória até o fim da caminhada. Obviamente grupo não deverá caminhar na ordem numérica. Essa reunião informativa deve durar entre 5 e 15 minutos e não mais do que isso, pois no início de um dia de caminhada sempre há uma grande ansiedade em começar logo a atividade por parte dos visitantes. Todas essas informações e conselhos, faladas com desinibição, conhecimento e descontração são fortes instrumentos de definição de liderança para os guias. 2.6 AS TÉCNICAS DE CAMINHADA EM GRUPO Imagine agora que nosso grupo está instruído, os guias bem definidos, um na frente e o último fechando e a fila indiana começa a andar. O que vai acontecer? Se tudo ocorrer normalmente, após algum tempo de percurso haverá um espalhamento do grupo da seguinte forma: junto ao guia da frente o pessoal mais rápido; junto ao guia de trás o pessoal mais lento; e no meio do grupo um monte de gente perdida, sem ver os guias. É normal que em um grupo heterogêneo, existam pessoas que andem mais rápido e pessoas mais lentas ou com maior dificuldade. Ocorre que a atividade é em grupo, ou seja, a velocidade final do grupo vai ser igual ou menor que a velocidade do andarilho mais vagaroso. Não significa isso, que todos devam andar estritamente juntos. O grupo estica ao longo do tempo e se ajunta de novo pelo emprego de técnicas que veremos a seguir. Esse efeito de esticar e diminuir é conhecido como “efeito minhoca”. REISE | PAGE 4

Vamos ver agora através de técnicas específicas, como lidar com caminhadas em grupo.


2.7.1 A COMUNICAÇÃO Comunicação Guia - Excursionista: *MOTIVOS: 1. Informações: Que podem ser de caráter ilustrativo de ocorrências e fatos que valham a pena ser notados, informações de tempo de caminhada, cotas, previsões de chegada, entre outras. 2. Avisos: Que são chamadas explícitas para uma ação ou atenção especifica, como tempo de permanência em paradas, momento de parar, de recomeçar a andar, aviso de perigos ou instruções de passagem, entre outros. Vejamos agora como fazer essas comunicações. *FORMAS: 1. Reunião do grupo: É usado principalmente para explicar algo interessante que exija presença de todos ao mesmo tempo. E importante observar o impacto sobre o ambiente dessas reuniões e ver onde pode e onde não deve ser feita. 2. Telefone sem fio: Usa-se este método, que consiste em um passar a informação para o próximo, nas situações em que você não tenha abrangência vocal ou visual do grupo todo, mas que queira alertá-los de um buraco não muito perigoso, por exemplo, onde é recomendável mais atenção ao chão. Comunicação Guia - Guia: *MOTIVOS:

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A comunicação entre os guias é muitíssimo importante, e é através dela que uma caminhada conduzida se define como uma atividade organizada. Entre os aspectos mais importantes, os guias devem comunicar-se para: 1. Verificação se a caminhada pode continuar: Quando ocorre distanciamento das extremidades do grupo, faz-se necessário parar até chegar o último (efeito minhoca). Quando o último guia chega, é feita a comunicação se está tudo bem e se pode prosseguir. 2. Em casos de retardatários: Se nesses momentos de comunicação houver alguém para trás, fora do grupo, é hora de dizer para o guia da frente esperar ali ou onde for conveniente. 3. Necessidade de parada breve: É quando são identificados elementos isolados ou o grupo todo em estado excessivamente


cansado necessitando parar antes do local previsto para descanso. É muito importante os guias estarem atentos e ligados ao que cada excursionista está sentindo. Muitas pessoas por timidez, vergonha ou machismo não falam que não estão agüentando mais. Essa percepção do estado de cada um pode vir através de papos “desintencionados” análise do semblante e dos movimentos. 4. Alerta de Obstáculos à Frente: Quando aparece um obstáculo na trilha (cobra, por exemplo) e é necessário o uso de alguma estratégia para transpô-lo, é útil que todos os guias se comuniquem para agirem e orientarem o grupo corretamente. 5. Necessidade de Auxílio: Quando o grupo chega em algum lugar onde, prevista ou imprevistamente, haja necessidade de um guia auxiliar outro ou o grupo, mas fora de sua posição, faz-se necessário uma comunicação. 6. Necessidade de Socorro: Quando é necessárias a atenção e presença dos guias em torno de uma urgência é feita uma comunicação rápida e precisa. *FORMAS:

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1. Dialogo Direto: Quando seu grupo é pequeno, você pode nos determinados momentos em que se juntar comunicar-se falando diretamente com o outro guia. Mas se o grupo é mais que 15 ou 20 pessoas e nas paradas tenha que permanecer em fila indiana, você teria que berrar ou usar um megafone para ser ouvido pelo guia da outra ponta. Como esses dois métodos são descartados, existem outras formas de comunicação que veremos a seguir. 2. Sinais em ngulo de Visão: É a técnica mais imediata, prática e eficiente. Funciona quando o guia da frente para em um local em que possa ver a todos e espera o grupo chegar. Sempre atento aos que estão chegando, para averiguar, inclusive, estado de cansaço do grupo. Os guias acabam ficando em ângulo de visão. Ai procede-se a uma troca de sinais com a mão ou os braços e a comunicação está feita. É claro que esses sinais tem que estar previamente combinados entre eles ou usada uma convenção internacional em comum acordo. 3. Apitos: Usa-se principalmente em casos emergências para notificar o(s) outro(s) guia(s) instantaneamente antes dos momentos regulares de comunicações. Pode-se combinar também variações nos toques de apito para significar mensagens diferentes; como “pare e espere” ou “venha cá imediatamente”, por exemplo. 4. Rádios Transmissores: Usados com pelo menos duas unidades, é uma técnica moderna, segura e eficaz de comunicação que permite diálogo direto e imediato em qualquer sentido.


2.7 VELOCIDADE DE CAMINHADA Como regra geral um grupo de caminhada é constituído por pessoas que não realizem treinamento continuo e específico para andar por trilhas irregulares deve andar DEVAGAR. Se esse grupo for muito heterogêneo ou formado por pessoas em má forma física sua velocidade de progresso deve ser menor ainda. Na prática, as velocidades de caminhadas são muito variáveis e alguns fatores importantes devem ser considerados na determinação da velocidade do grupo. São eles: 1 - Homogeneidade ou Heterogeneidade do Grupo: Quanto mais homogêneo for o grupo, ou seja, formados por pessoas com a mesma capacitação física, os mesmos objetivos ou a mesma maneira de caminhar, por exemplo, maior a sua liberdade em acelerar a caminhada quando for conveniente. Já se o grupo for muito heterogêneo, ou seja, formados por pessoas com características muito diferentes entre si, certamente haverão pessoas que só consigam caminhar lentamente, obrigando o grupo a andar devagar pois de outra forma abria-se uma distância muito grande entre as pontas, assim como entre os outros elementos do grupo. 2 - Disposição Mental e Física do Grupo: É uma medida de ânimo das pessoas em fazerem a caminhada lentamente ou rapidamente. Se um grupo está animado e em boa forma para uma caminhada em marcha acelerada, você pode e deve andar rápido, lembrando apenas que a caminhada pode ser muito mais do que ir correndo a uma cocheira e voltar. Não deixe de falar e mostrar coisas interessantes pelo caminho. 3 - Na Ida ou Na Volta. É um fato que também determina a velocidade da caminhada. Geralmente as pessoas estão com mais energia na ida e mais desgastada na volta, determinando assim ir mais rápido ou mais devagar. Por outro lado, dependendo da trilha, na ida as pessoas podem querer ir mais devagar para apreciar melhor o que vêem pela primeira vez.

5 - Situação Geográfica: É o ponto que se refere à condição de estar caminhando por uma reta, uma subida ou uma descida. Se essa subida ou descida é forte, moderada ou fraca. Nas subidas normalmente

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4 - Condição Física e mental do Grupo: É uma medida de cansaço das pessoas como determinante principal da velocidade do grupo. O cansaço físico é o cansaço do corpo, que pode ser bem acentuado em algumas pessoas, enquanto que o cansaço mental é aquele que dá por exemplo, quando o indivíduo pensa: “não agüento mais subida” e olha para frente e vê outra daquelas subidas fortes igual às cinco últimas que ao vencê-las achou que já tinha pago ‘todos os seus pecados... O cansaço mental, em geral, é o que se manifesta com mais peso.


anda-se mais devagar, pois esforça-se sobretudo o coração, pondo a prova o pulmão e o sistema circulatório do indivíduo, o chamado Fôlego. Em descidas, costuma-se ir um pouco mais depressa. É importante saber que é descendo que se solicitam muito mais as articulações, como ocorre com joelhos e tornozelos, sendo os problemas com essas partes os mais freqüentes em caminhadas. As pontas dos dedos dos pés também sofrem mais em descidas, pois são comprimidas contra o bico dos tênis. Não é porque geralmente se desce mais rápido do que se sobe que você vai descambar morro abaixo sob a alegação de que “pra baixo todo santo ajuda”. A menos que você se considere um “santo”, e esteja querendo muito “ajudar” alguém a ser transportado de volta com algum problema de articulação. 6 - Dificuldade do Percurso: De acordo com o grau de dificuldade do percurso, a caminhada pode ser feita mais rapidamente ou mais vagarosamente. Por exemplo, um trecho de uma trilha plana e com um chão regular pode determinar uma velocidade de progressão muito diferente do que outro trecho, também plano mais cheio de pedras ou encharcado de água. 7 - Condições Climáticas: Chova ou faça sol, a caminhada pode ser feita, porém com velocidades diferentes. É muito comum quando chove, os próprios excursionistas se apressarem no andar. É que normalmente o mau tempo faz aumentar a ansiedade de chegar a algum lugar, seja o objetivo da caminhada seja o hotel, de volta. Ao contrário, se o sol é escaldante, o ritmo tem que ser mais manso para não forçar demais a turma. Já deu pra você perceber quantas coisas determinam a velocidade que um grupo deve andar. Na prática, quem anda na frente costuma andar mais rápido que os do final do grupo. O que ocorre, é que esses excursionistas costumam querer forçar o guia a ir mais depressa. Em situações normais você pode andar realmente um pouco mais rápido que o excursionista mais lento, pois o grupo logo estará parado para se juntar, mas se você andar muito mais rápido, ocorrerá o perigo do grupo se afastar demais e também as paradas para esperar serão longas e psicologicamente cansativas. Em qualquer situação seja correndo, andando rápido, andando devagar ou parados, uma coisa é importante:

2.8 PARADAS Vamos analisar agora os motivos que fazem um grupo em marcha parar de andar.

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É o guia quem determina a velocidade da caminhada, baseado em sua sensibilidade sobre todo o grupo.


1 - Paradas rápidas para juntar o grupo: Acontece como descritos no item “comunicação”, para fechar o distanciamento normal que ocorre (efeito minhoca) quando o grupo anda. São feitos em média a cada 10 minutos se você não tem visão do grupo ou a intervalos de 30 minutos se você pode acompanhar visualmente se a caminhada vem ocorrendo sem problemas. 2 - Paradas Para Descanso: São paradas importantes, quando o pessoal recompõe as forças para seguir adiante. Há uma parada principal, onde há uma grande atração, como por exemplo o local onde se pode nadar, quando se fica mais tempo: no mínimo 30 minutos e no máximo por volta de 2 horas. A outras paradas para descanso são curtas, de 3 à 10 minutos, somente para recobrar o fôlego e não devem deixar esfriar os músculos pois senão fica muito mais difícil retornar a caminhada. O intervalo de tempo entre essas paradas é muito variável, devendo ser levado em conta muitos fatores, como na determinação da velocidade do grupo. Em linhas gerais, o grau de solicitação física, o clima, se é no inicio do dia, se é na ida ou na volta ou o preparo do grupo são fatores que indicam quando parar descansar. Indícios mais imediatos como a medida do tamanho da língua de fora, do suor correndo em bicas, das súplicas para parar, ou ver o seu grupo parar lá atrás ajudam muito na decisão de parar para descansar. Procure estar avaliando o tempo todo o estado físico e psicológico do seu grupo e antes de sair de um descanso pergunte a todos se estão bem e se podem prosseguir a caminhada. Se ainda houver alguém muito cansado, com respiração muito ofegante ou coração acelerado, espere mais. Nas paradas para descanso, lembre-se que o último a chegar também tem direito a um tempo de descanso, independente dos primeiros já estarem a meia hora esperando e descansados. 3 - Paradas para Alimentação: Preferencialmente as paradas para refeições devem coincidir com a parada mais longa, para dar tempo de as pessoas descansarem antes de reiniciar a caminhada com estômago cheio. Quando a parada preferencial para comer estiver demorando a chegar e a turma apresentar sinais de fome pelo avanço da hora, pode ser estimulado o consumo de alguma coisa leve e energética durante as paradas de descanso.

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4 - Paradas para Explicações: Dentro do espírito do turismo ecológico, a caminhada não é só andar e andar como uma locomotiva puxando seus vagões. É preciso dar muitas explicações ao longo da trilha, rechear o passeio de informações interessantes como histórias, aspectos ecológicos, curiosidades que você saiba sobre plantas, animais ou minerais entre outros. Essas explicações geralmente pedem uma parada breve, tempo suficiente para dá-las. Deve-se programar para coincidir o


máximo possível as paradas para informações com as paradas para juntar o grupo, para que não se fique andando e parando a todo instante como um carro rateando. 5 - Paradas Cênicas: São paradas para observar algo notadamente belo. É um dos motivos pelo qual se está ali, portanto são muito importantes. Sempre que possível, devem coincidir com as paradas para descanso e alimentação. 6 - Parada Por Forças de Obstáculos: São paradas obrigatórias, onde uma passagem critica como uma descida com corda ou uma travessia de rio por exemplo, onde se gasta muito tempo para passar de um em um, faz com que cada elemento espere um longo tempo parado, antes ou depois do obstáculo. É necessário nesses pontos instruir o grupo para comportamentos específicos, adequados à situação. Exemplos disso, é avisar a existência de abismos, pedir para não tentarem apressar tomando iniciativas próprias para descer ou atravessar o rio, etc... Em qualquer caso, algum guia deve permanecer atento ao grupo. 7- Paradas para Socorro: São paradas obrigatórias para atender a uma ocorrência qualquer, como prestação de primeiros socorros, confecção de macas, etc. O tratamento deve ser o mais rápido possível, pois quanto mais tempo para ser tratado, mais preocupante é para o grupo a situação da vitima. E isso deprime psicologicamente o grupo. Qualquer que seja o motivo da parada, a atenção sobre o grupo deve permanecer continua. 2.9 ORDEM DE CAMINHADA Determinar quem vai a frente e quem vai atrás do grupo além dos guias, é claro, é uma tarefa difícil e delicada. Normalmente não se muda a ordem natural que se estabelece entre os participantes. Mas há casos nos quais você precisa “intervir cirurgicamente” no grupo e mudar a ordem dos caminhantes . Isso altera o resultado! Por exemplo, se no fim de uma trilha, já voltando, um ou um grupinho é sempre identificado como os retardatários do grupo. Se essa demora está sendo muito grande, basta você colocar os mais lentos à frente, que dois fatores positivos passam a correr:

2º. Se os mais lentos estão à frente, não será preciso fazer parada para esperar, o que dá a sensação de estarem todos indo mais rápido.

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1º. Quem está na frente tende a ficar cada vez mais para trás. Isso colabora para igualar a velocidade dos participantes.


O conceito também se explica para pessoas debilitadas, que apresentem cansaço acentuado, machucados, pessoas inseguras ou traumatizadas que na frente do grupo e junto ao guia terão mais atenção, neutralizando seus problemas. 2.10 ÉTICA PROFISSIONAL: A ética em caminhadas tem vários aspectos a considerar: * Ética Entre os Condutores: Os guias têm que se respeitarem mutuamente, não tomarem decisões contraditórias e em caso de discrepância, devem resolver isso em particular. Divergências em tom de briga ou discussão de guias em plena caminhada é muito feio e desmoraliza a função líder. É aconselhável que a equipe de guias seja de ‘gênios e idéias compatíveis. Da mesma forma guias mulheres devem ser respeitadas e consideradas sem discriminação alguma. Não só elas tem praticamente as mesmas capacitações que o homem, perdendo apenas em força física, mas que é amplamente compensado pelo fato de terem um canal de comunicação de ida e volta com a porção feminina dos grupos (que são a maioria dos excursionistas, segundo as estatísticas de participação homem/mulher). Nesse ponto elas são, muito mais eficientes do que os homens. As mulheres do grupo nunca se abririam em seus sentimentos e necessidades com os guias homens quanto o fazem com as guias. Cabe lembrar que mulher que se torna guia pode perfeitamente manter a graça da feminilidade. São coisas compatíveis * Respeito com o Guiado: Ao falar ou se referir a seus excursionistas, mantenha sempre o respeito. E só respeitando que podemos ser respeitados. Quando falamos em respeito, não estamos dizendo submissão, abaixar a cabeça aos seus guiados, de fazer-lhes todas as vontades e caprichos. Há uma linha bem clara que divide o respeito da submissão.

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* Igualdade: “Todos os participantes tem direito de serem guiados de forma igualitária”. Infelizmente não ocorre sempre assim. É inadmissível mas há “guias” que dão mais atenção à algumas pessoas preferencialmente dentro do grupo. Essas “elites” podem ser amigos participando, “aquela(e)” belezinha que você olhou e se amarrou, mas nada disso é motivo que justifique guiar melhor uns, preterindo a outros. O uso da posição de destaque do guia para influenciar as pessoas em caráter pessoal é uma ação bastante vulgar e baixa. E ainda pior é que o resultado final é péssimo, uma vez que isso fica patente e você terá o grupo todo com péssimo juízo a teu respeito como guia.


normas de segurança dos conceitos de mínimo impacto e cuidado com a natureza. Não é bom fazer coisas ou ir aos locais onde aos guiados seja proibido, para simples diversão. 2.11 Os 10 Mandamentos do Condutor de Ecoturismo Jamais leve um grupo a locais e trilhas onde nunca tenha estado antes e que não conheça muito bem; Habitue-se a manter bom condicionamento físico, além de praticar bastante as habilidades que aprendeu no curso de monitoria ambiental; Procure transmitir segurança e equilíbrio emocional ao grupo de visitantes, utilizando o bom senso em qualquer situação, mantendo a calma e controlando o grupo em situações de risco ou emergência; Procure o consenso em situações onde haja conflito, respeitando e tratando a todos com cortesia; acolha opiniões e sugestões, mas seja firme em ações que envolvam a segurança do grupo; Evite dar ordens, oriente e busque a cooperação de todos; Controle suas reações, pense bem antes de emitir uma opinião de responsabilidade; Evite responsabilidades que sejam atribuições de outras pessoas ou de instituições; Evite crítica a qualquer pessoa; Evite demonstrar simpatia excessiva ou sentimento de animosidade por qualquer membro do grupo, seja profissional; Conheça e respeite a legislação e as regras concernentes às unidades de conservação, às outras áreas de visitação e à sua atividade. 2.12 Princípios de Conduta Consciente em Ambientes Naturais O texto a seguir, foi elaborado com o objetivo de divulgar para os visitantes os princípios de mínimo impacto nas atividades realizadas nos mais diversos ambientes naturais do País, podendo subsidiar a prática da monitoria ambiental. 1. Planejamento é fundamental - Entre em contato prévio com a administração da área que você vai visitar para tomar conhecimento dos regulamentos e restrições existentes. - Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais. REISE | PAGE 4

2. Você é responsável por sua segurança - Salvamento em ambientes naturais é caro e complexo, podendo levar dias e causar grandes danos ao ambiente. Portanto, em primeiro lugar, não se arrisque sem necessidade. - Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro de viagem com alguém de confiança, com instruções para acionar o resgate, se necessário.


- Avise a administração da área que você está visitando sobre a sua experiência, o tamanho do grupo, o equipamento que estão levando, o roteiro e a data esperada de retorno. Estas informações facilitarão o seu resgate em caso de acidente. - Tenha certeza de que você dispõe do equipamento apropriado para cada situação. Acidentes e agressões à natureza em grande parte são causados por improvisações e uso inadequado de equipamentos. Leve sempre lanterna, agasalho, capa de chuva e estojo de primeiros socorros, alimento e água, mesmo em atividades com apenas um dia ou poucas horas de duração. 3. Cuide das trilhas e locais de acampamento - Mantenha-se nas trilhas pré-determinadas, não use atalhos que cortem caminhos. Os atalhos favorecem a erosão e a destruição das raízes e plantas inteiras. - Mantenha-se na trilha mesmo se ela estiver molhada, lamacenta ou escorregadia. A dificuldade das trilhas faz parte do desafio de vivenciar a natureza. Se você contorna a parte danificada de uma trilha, o estrago se tornará maior no futuro. - Acampando, evite áreas frágeis que levarão um longo tempo para se recuperar após o impacto. Acampe somente em locais pré-estabelecidos, quando existirem e pelo menos a 60 metros de qualquer fonte de água. - Não cave valetas ao redor das barracas, escolha melhor o local e use um plástico sob a barraca. - Bons locais de acampamento são encontrados, não construídos. Não corte nem arranque a vegetação, nem remova pedras ao acampar. 4. Traga seu lixo de volta - Ao percorrer uma trilha ou sair de uma área de acampamento, certifique-se de que elas permaneçam como se ninguém houvesse passado por ali. Remova todas as evidências de sua passagem. Não deixe rastros! - Não queime nem enterre o lixo. As embalagens podem não queimar completamente e animais podem cavar até o lixo e espalhá-lo. Traga todo o seu lixo de volta com você. - Utilize as instalações sanitárias que existirem. Caso não haja instalações sanitárias (banheiros) na área, cave um buraco com 15 (quinze) centímetros de profundidade a pelo menos 60 (sessenta) metros de qualquer fonte de água, trilhas ou locais de acampamento, em local onde não seja necessário remover a vegetação.

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5. Deixe cada coisa em seu lugar - Não construa qualquer tipo de estrutura, como bancos, mesas, pontes, etc.. Não quebre nem corte galhos de árvores, mesmo que estejam mortas ou tombadas, pois podem estar servindo de abrigo para aves ou outros animais. - Resista à tentação de levar “lembranças” para casa. Deixe pedras, artefatos, flores, conchas etc., onde você os encontrou, para que outros também possam apreciá-los. - Tire apenas fotografias, deixe apenas leves pegadas e leve para casa apenas suas memórias.


6. Não faça fogueiras - Fogueiras matam o solo, enfeiam os locais de acampamento e representam grande causa de incêndios florestais. - Para cozinhar, utilize fogareiro próprio para acampamento. Os fogareiros modernos são leves e fáceis de usar. Cozinhar com fogareiro é muito mais rápido e prático que acender fogueira. - Para iluminar o acampamento, utilize um lampião ou uma lanterna em vez de uma fogueira. - Se você realmente precisa acender uma fogueira, utilize locais previamente estabelecidos e somente se as normas da área permitirem. Mantenha o fogo baixo, utilizando apenas madeira morta encontrada no chão. Tenha absoluta certeza de que sua fogueira está completamente apagada antes de abandonar a área. 7. Respeite os animais e as plantas - Observe os animais à distância. A proximidade pode ser interpretada como ameaça e provocar ataque, mesmo de pequenos animais. Além disso, animais silvestres podem transmitir doenças graves. - Não alimente animais. Os animais podem acabar se acostumando com comida humana e passar a invadir os acampamentos em busca de alimento, danificando barracas, mochilas e outros equipamentos, além de modificar seus hábitos alimentares. - Não retire flores e plantas silvestres. Aprecie sua beleza no local, sem agredir a natureza e dando a mesma oportunidade a outros visitantes.

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O CONDUTOR DE TURISMO DE AVENTURA A competência – conceito estabelecido na NBR 15285 - do condutor tem como finalidade gerar resultados. Ela está ligada a sua capacidade de mobilizar, desenvolver e aplicar conhecimentos, habilidades e também atitudes.

Existem tratados enormes sobre a atuação de um líder e se desejássemos colocar aqui uma lista de atributos necessários, ocuparíamos diversas páginas. De qualquer maneira, além dos conhecimentos técnicos, é preciso que saibamos lidar com pessoas, trabalhando em conjunto e jamais nos esquecendo de que cada indivíduo possui seus valores, suas filosofias, suas dificuldades, suas expectativas e sua forma de viver. 3.1.1 Papel do Condutor Um condutor adequadamente capacitado faz a diferença, pois ele está apto a:

O foco de nosso trabalho está diretamente conectado à satisfação de nossos clientes, lembrando de zelar pela segurança de todos e respeitar o meio e a cultura do local onde praticamos nossas atividades. Esse é o princípio básico que vem nos orientando a buscar conhecimentos mínimos sobre o ambiente e sua dinâmica. Também nos coloca como líderes frente a um grupo de pessoas, o que exige habilidades para melhorar nosso relacionamento com os outros e com o meio. Assim, nossas atitudes devem condizer com os conhecimentos e habilidades necessários a realizar essa grande empreitada: conduzir um grupo de pessoas numa atividade do Turismo de Aventura. A condução, ou melhor, a liderança não é um assunto trivial, é complexo, requer bom senso, atenção e melhoria contínua de nossas competências.

- Conduzir os clientes de forma a respeitar e cumprir a legislação específica das regiões em que atua, bem como dos esportes e atividades praticadas; - Prestar atendimento e serviços de qualidade, orientando o grupo de modo adequado em cada uma das etapas e situações do trabalho, e relacionando-se de forma saudável com todos; - Assegurar o bem-estar e a segurança física e emocional do cliente, gerenciando perigos e riscos; - Prevenir riscos ambientais e sociais decorrentes das atividades, sensibilizando e orientando o grupo sobre a importância da conservação do meio ambiente e o respeito às comunidades locais. Assim, precisa ter claro qual é o seu papel e como desempenhá-lo de forma adequada a fim de fazer a diferença” e encantar os clientes no transcorrer do seu trabalho.

CONDUTOR DE ECOTURISMO| 27

3.1 Conhecimentos, Habilidades e Atitudes do Condutor


Relacionamento afetivo: seja cortês, educado, atencioso e gentil, mas evite intimidades ou relacionamentos exclusivos com os clientes; - Situações constrangedoras: os clientes podem se sentir mal durante as atividades ou passar por momentos difíceis, o condutor deve apoiá-lo e incentivá-lo a sair da situação ajudando no que for possível e determinando que o grupo se ajude; - Linguagem e forma de tratamento: devem ser apropriados a cada pessoa, evitando gírias, palavrões ou expressões de conteúdo malicioso. 3.2 Conhecimento sobre Relacionamentos Humanos Ressaltamos que boa parte das atitudes necessárias às boas práticas na condução de TA refere-se à nossa capacidade de comunicação e ao bom relacionamento entre pessoas, já que, via de regra, seremos os líderes desses grupos. Nunca devemos exercer a liderança de forma autoritária, ou seja, impondo nossa posição sobre os demais. Talvez possamos exercê-la de forma democrática, dividindo as responsabilidades com o grupo e conduzindo-o de forma a atender os anseios da maioria. Mas, certamente, devemos desenvolver nossa liderança de forma sociocrática, ouvindo a todos, mediando os conflitos existentes entre as diversas opiniões e fazendo com que todos compreendam e tomem o caminho do consenso. Em uma aventura em grupo, é necessário que todos trabalhem como uma equipe. Assim, o grupo independe de sua natureza, da formação dos indivíduos, faixa etária e outras características individuais. Esse será o momento inicial de qualquer atividade de aventura. É importante lembrar que no contexto do projeto de normalização, temos uma norma que estabelece as informações mínimas4 a serem passadas aos clientes. Essas informações devem ser passadas antes da atividade, ou seja, no momento da venda do serviço. É o que chamamos de informações preliminares. Isso nos ajudará no princípio da atividade, quando algumas informações serão reforçadas. O êxito do trabalho em equipe depende muito dessas preliminares e do momento inicial da atividade. 3.2.1 Como Conduzir o Grupo I – Preparação REISE | PAGE 4

Grupo Um grupo no Turismo de Aventura não é apenas um amontoado de pessoas fazendo atividades juntas, mas sim pessoas que se reúnem por um determinado período de tempo para alcançar metas específicas, de modo integrado.


Relacionamento afetivo: seja cortês, educado, atencioso e gentil, mas evite intimidades ou relacionamentos exclusivos com os clientes; - Situações constrangedoras: os clientes podem se sentir mal durante as atividades ou passar por momentos difíceis, o condutor deve apoiá-lo e incentivá-lo a sair da situação ajudando no que for possível e determinando que o grupo se ajude; - Linguagem e forma de tratamento: devem ser apropriados a cada pessoa, evitando gírias, palavrões ou expressões de conteúdo malicioso. 3.2 Conhecimento sobre Relacionamentos Humanos Ressaltamos que boa parte das atitudes necessárias às boas práticas na condução de TA refere-se à nossa capacidade de comunicação e ao bom relacionamento entre pessoas, já que, via de regra, seremos os líderes desses grupos. Nunca devemos exercer a liderança de forma autoritária, ou seja, impondo nossa posição sobre os demais. Talvez possamos exercê-la de forma democrática, dividindo as responsabilidades com o grupo e conduzindo-o de forma a atender os anseios da maioria. Mas, certamente, devemos desenvolver nossa liderança de forma sociocrática, ouvindo a todos, mediando os conflitos existentes entre as diversas opiniões e fazendo com que todos compreendam e tomem o caminho do consenso. Em uma aventura em grupo, é necessário que todos trabalhem como uma equipe. Assim, o grupo independe de sua natureza, da formação dos indivíduos, faixa etária e outras características individuais. Esse será o momento inicial de qualquer atividade de aventura. É importante lembrar que no contexto do projeto de normalização, temos uma norma que estabelece as informações mínimas a serem passadas aos clientes. Essas informações devem ser passadas antes da atividade, ou seja, no momento da venda do serviço. É o que chamamos de informações preliminares. Isso nos ajudará no princípio da atividade, quando algumas informações serão reforçadas. O êxito do trabalho em equipe depende muito dessas preliminares e do momento inicial da atividade. 3.2.1 Como Conduzir o Grupo I – Preparação REISE | PAGE 4

Grupo Um grupo no Turismo de Aventura não é apenas um amontoado de pessoas fazendo atividades juntas, mas sim pessoas que se reúnem por um determinado período de tempo para alcançar metas específicas, de modo integrado.


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