Ano 5 - Edição 49 - 2015
Por uma vida mais saudável
Dicas para cuidar do corpo e da mente Design a favor do meio ambiente Razões para rever velhos hábitos
faceíndice 16 ANO 5
8
2
10 Matéria de Capa
Que tal levar uma vida mais saudável?
14 Saúde
Vitaminas
18 Sustentabilidade
O Planeta tem pressa
22 Gastronomia
Repolho gratinado
26 Pelo Brasil
Chapada Diamantina, Bahia
32 Sexualidade
Sociedade machista
38
Be happy
e2015 24
40 C omportamento Hora de mudar
42 Cuca Fresca
Amor para dar e vender
44 Face do Mês
Eduardo Vieira
20
52 V ida + Doce Quindão
47 54 FACEBRASIL.COM
www.revistafacebrasil.com
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Caroline Marques
facebrasil/editorial 6
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Tudo que vai volta Não importa a sua crença, se você acredita em Deus, na energia do universo, no poder dos Orixás ou na morte da bezerra. Uma coisa é certa: toda ação tem uma reação. Isso acontece desde que a Terra é Terra, e não temos como controlar. Quer um exemplo bem simples? Vamos supor duas atitudes, realizadas sem interrupção toda manhã, durante um mês. A primeira: coma dois donuts recheados, acompanhados de um copo de chocolate duplo e, em seguida, vá para o trabalho de carro. A segunda: coma uma fatia de pão integral com queijo branco e beba suco de laranja natural; em seguida, siga caminhado para o trabalho. Na primeira situação, garanto que, ao final do mês, você vai dizer: “Esta balança está quebrada, só pode!”. Na segunda, você vai perceber que aquela blusa não vai marcar tanto sua cintura “fofinha”. Percebeu a diferença? A maneira como você trata seu corpo (comendo e se exercitando, ou não!) se reflete diretamente na sua saúde física e mental. Simples assim. Tudo que vai volta. Como um bumerangue. Isso também vale para como você trata quem está à sua volta. Será que não vale a pena então fazer sempre o bem, para receber o bem de volta? Tenho certeza que sim! Um dia desses, um amigo me contou o que aconteceu com ele e me fez refletir sobre essa história de ação e reação. Vou resumir: chegando ao estacionamento do seu prédio, como ele estava carregando várias sacolas do supermercado, acabou deixando a chave do carro cair. Estava tão escuro que ele não conseguiu encontrar. Voltou para casa chateado, pois seu laptop havia ficado no banco de trás. Na manhã seguinte, voltou ao estacionamento sem muita esperança para procurar a chave e viu que havia um bilhete colado em seu vidro: “Encontrei sua chave. Venha ao apartamento 12”.
EXPEDIENTE Marco Alevato Publisher / Editor Chefe Caroline Marques - Editora Tara Alevato – English Version Editor Bernardo Alevato - Financeiro IdeaBrazil - Projeto Gráfico Marianella Godoy - Diagramação Jorge Souto - Editor Fotográfico 3GB Consulting - Revisão Joshua Negron - Diretor de Vendas e Marketing COLABORADORES
Ele bateu na porta e uma senhora sorriu e entregou a chave. Ele agradeceu e foi pra casa. No dia seguinte, voltou até a porta do 12 e deixou um envelope com a seguinte frase estampada: “Obrigado, seu vizinho do 18”. Dentro, um vale café da sua cafeteria preferida. Passou adiante a gentileza. Naquele dia, me contou que voltou pra casa se sentindo mais leve. Perguntei por quê, e ele disse: “Gratidão”. Viu como é fácil? Basta fazer o bem, para receber o bem. Vivendo de uma forma mais saudável, a sua saúde vai ser melhor – saiba mais na matéria de capa desta edição. Sorrindo, você vai receber um sorriso de volta. Duvida? Faça um teste: saia de casa hoje e abra o sorriso para a primeira pessoa que passar na sua frente. Depois conte pra gente se deu certo. Amor gera amor. Compreensão gera compreensão. Gentileza gera gentileza. Simples assim. Beijos e até o mês que vem!
Caroline Marques
Editora
Adriana Gonçalves Claudia Bergamini Carlo Barbieri Flávia Piña Gabriela Ribeiro Giovanni Alevato Gui Cattoni Juliana Brilhante Lilian Alevato Liliana Gonçalves de Freitas Mariana Tamiozzy Marina Bittencourt Marina Zema Marquito Santos Melissa “Moe” Feher Anato Natália Faria Nathalia Ziemkiewicz Nehemias Gueiros, Jr. Nolli Merrigh Renato Jakitas Rogério Abdala Bittencourt Júnior Sebastião Marques Taciana Vaz Thieny Molthin
COMERCIAL – SALES Marco Alevato – (407) 842-1211 info@facebrasil.com As opiniões expressas em artigos assinados são inteiramente de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista Facebrasil. Os anúncios são de responsabilidade dos anunciantes. A versão digital pode ser encontrada no portal Facebrasil no endereço: www.facebrasil.com Orlando 1411 Sand Lake Rd, Orlando, FL 32809 Coral Gables 2000 Ponce de Leon Blvd, Suite 187 Coral Gables - FL - 33314 Rio de Janeiro Torres Homem 888, Vila Isabel Rio de Janeiro - RJ - BR, CEP 20.551.070 No portion of this publication may be reproduced or distributed by any means without the express written authorization of Facebrasil Magazine and PPM Magazines. All rights reserved. Printed in the USA. Volume 37-4 ISSN 231-5482 - is published monthly by PPM Publishers.monthly by PPM Publishers.
Por Caroline Marques
18ª
Brazilian
International Press
Awards
Fort Lauderdale prepara-se para receber um dos principais eventos da cultura brasileira nos Estados Unidos
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facebrasil/comunidade
No próximo dia 9 de maio, o Amaturo Theater do Broward Center for the Performing Arts será palco do Brazilian International Press Awards USA 2015. Para acompanhar a edição deste ano, são esperadas 610 pessoas, entre profissionais da imprensa, convidados e público em geral – que pode solicitar um convite no site do evento. Desde sua criação, a premiação anual visa celebrar personalidades, instituições e iniciativas comprometidas com a promoção artística, cultural e a imagem positiva do Brasil. Nesta 18ª edição, depois de 60 dias de votação “recorde de 387.889 votos”, foram definidos os finalistas em cada uma das 22 categorias, sendo elas Artes Visuais, Fotografia, Folclore, Teatro, Ator, Atriz, Cinema & Vídeo, Literatura, Esportes, Celebração do Brasil, Evento Comunitário, Evento Cultural, DJ, Cantora, Cantor, Grupos Musicais, Instrumentistas, CD, Duplas, Shows Locais, Shows on Tour e Instituição Cultural. A lista dos finalistas está disponível no site do evento: http://pressawards.us. Os ganhadores receberão o troféu Newspaper Boy, criado pelos artistas Romero Luis e Arthur Moreira. O Press Awards também confere os Prêmios Especiais do Board e os Lifetime Achievement Awards. Além disso, o Brazilian International Press Awards estabelece parcerias que geram premiações em setores específicos, como os Prêmios de Imprensa, gerenciados pela ABI Inter-Associação Brasileira de Imprensa Internacional, e os Prêmios de Educação, gerenciados pela AOTP (American Organization of Teachers of Portuguese). A cantora Daniela Mercury confirmou presença na cerimônia de premiação da 18ª edição anual do Brazilian International Press Awards USA. Na ocasião, ela será homenageada por cantores brasileiros radicados no exterior, que estarão interpretando alguns de seus sucessos. O Brazilian International Press Awards USA 2015 é apresentado pela LATAM Airlines, com patrocínio da TV Globo Internacional e Banco do Brasil, apoio do Consulado Geral do Brasil em Miami e Broward Center for the Performing Arts. Tem parcerias com a American Organization of Teachers of Portuguese e com a ABI Inter (Brazilian International Press Association).
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História do Press Awards Criado em 1997 pelo jornalista e produtor Carlos Borges, o
Brazilian International Press Awards tornou-se uma das mais relevantes celebrações da cultura brasileira no âmbito internacional. Em 2011 o evento expandiu-se para Londres e Tóquio. Em 2014 foi realizada a primeira edição em Oslo (na Noruega), e a partir de 2015, inclui Paris em seu circuito.
Serviço: Brazilian International Press Awards USA 2015 Data: 9 de maio Local: Amaturo Theater do Broward Center Endereço: 201 Southwest 5th Avenue, Fort Lauderdale, FL 33312 Mais informações: http://pressawards.us
Por Redação
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facebrasil/matéria de capa
Vida saudável
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P
ara algumas pessoas, levar uma vida com saúde significa simplesmente evitar doenças. Mas não é bem assim. Na verdade, é necessário encontrar um ponto de equilíbrio entre o bem-estar físico e mental. Buscar a felicidade na vida cotidiana também pode ter um impacto positivo sobre a sua saúde geral. De acordo com um estudo recente publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, publicação científica oficial da National Academy of Sciences (NAS), a felicidade tem um efeito positivo na redução dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse que está relacionado às condições de saúde, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças autoimunes.
A pergunta agora é esta: você sabe o que fazer para ter uma vida mais saudável?
CORPO SADIO Adotar uma dieta balanceada é um dos fatores que têm maior influência na saúde corporal. É ideal ingerir de seis a oito copos de água por dia, alimentar-se a cada três horas (comece não pulando o café da manhã!), adotando uma alimentação rica em fibras (presentes em frutas e verduras) e pobre em gorduras saturadas, sal e açúcar. Não fumar e não abusar de bebidas alcoólicas e de refrigerantes também é importante. A prática de exercícios ajuda a melhorar a sua condição física, dá mais disposição e controla doenças como hipertensão, diabetes e colesterol alto, diminuindo o estresse, a depressão e o isolamento. É fundamental procurar orientação de um
Manter mente e corpo saudáveis é a chave para o bem-estar
profissional de educação física qualificado, que pode indicar com segurança a combinação de exercícios adequada às necessidades e características de cada um. Além de se exercitar, dormir bem ajuda a manter o corpo em bom funcionamento. E mais: realizar exames de rotina é essencial! A famosa medicina preventiva, que une exames a uma análise do histórico pessoal do paciente, pode detectar doenças em estágio inicial e evitar futuras dores de cabeça.
MENTE TININDO Manter a mente saudável é essencial para o bem-estar e refletese positivamente em aspectos do dia a dia e da vida. No entanto, alcançar esse equilíbrio exige esforço e força de vontade. Outro ponto é saber encarar situações de frustração, tendo em mente que nem sempre poderemos ter tudo o que desejamos.
É importante manter uma atitude positiva constante, equilibrando as vicissitudes da vida com as alegrias que temos ou podemos ter. Não deixe de praticar atividades intelectuais. Leia, faça cursos, esteja por dentro dos assuntos que acontecem no mundo. Faça passeios e atividades que lhe dão prazer, como ir ao cinema, teatro, viajar, fazer amigos e dançar. Você sabia que conhecer novas pessoas e lugares renova os processos mentais que estão ligados ao cotidiano e sempre mantidos em um espaço fechado? Por fim, tenha fé, acredite em algo, cultive a espiritualidade. E tenha metas e objetivos. Planeje o seu futuro e corra atrás dos seus sonhos! Enfim, levar um estilo de vida saudável só depende de você. Basta querer!
Por Melissa “Moe” Feher Anato
facebrasil/decoração 12
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Sustentabilidade no
design
O
mundo em que vivemos está em constante mudança. O desenvolvimento da tecnologia e o ritmo acelerado da nossa vida nos levaram da mentalidade do “pequeno e simples” para a do “mais é mais”. As mudanças em nosso mundo não só nos afetam, mas também têm
um forte impacto sobre o meio ambiente. Nós passamos incontáveis horas gastando bastante energia controlando nosso consumo alimentar e os efeitos diretos que os produtos químicos que ingerimos têm sobre nossos corpos. Mas a minha pergunta é esta: por que não estamos monitorando nossos ambientes e o que nos envolve? Se uma fruta ou vegetal pulverizado com agrotóxicos pode causar câncer, o que dizer de uma tinta que é feita de produtos químicos ou um drywall feito com sulfeto de carbonila? Estamos convivendo e inalando esses produtos todos os dias! Muitas pessoas não percebem o efeito direto que os ambientes têm em nosso dia a dia (e não estou falando apenas da parte estética), mais ainda, dos materiais que escolhemos para usar em
nossas casas. É nosso dever nos reeducarmos e trabalharmos no sentido de reduzir os impactos negativos sobre o meio ambiente e, ao mesmo tempo, reduzir o uso de materiais não renováveis em nossos próprios habitats. Afinal de contas, estamos criando edifícios e espaços que serão propriedade e utilizados pelas próximas gerações. É nossa obrigação tomar parte e ajudar a reduzir o consumo de recursos não renováveis, minimizar o desperdício e criar ambientes saudáveis e produtivos.
Soa caro? Ao contrário do passado, os produtos sustentáveis estão se tornando cada vez mais e mais disponíveis e eficientes, permitindo que consumidores e construtores possam implementar a prática do design ecológico sem onerar muito os custos. Incorporar essas práticas em projetos hoje pode ser considerado, inclusive, um investimento. Novos produtos, como iluminação de LED, componentes pré-fabricados e laminados são princípios básicos do projeto sustentável. O uso desses itens pode e deve fazer parte de qualquer projeto. A sustentabilidade pode incorporar efetivamente interiores sem comprometimento da estética, mas é de vital importância que designers de interiores entendam os princípios que embasam o projeto sustentável e tenham conhecimento de todos os materiais autossustentáveis que farão parte do projeto. Melissa “Moe” Feher Anato é designer-chefe e proprietária da Trendybird
Por Lilian Alevato
Vitaminas os prós e contras
Durante a consulta médica de check-up, raramente nos lembramos de listar todas as vitaminas que usamos diariamente. Quando o médico nos pergunta se estamos tomando algum medicamento, não associamos “suplementos vitamínicos” a essa classificação.
É muito importante ressaltar que o tabagismo é causa de diminuição de absorção de vitaminas pelo organismo. Mais uma razão para parar de fumar!
E é aí que o problema começa… Sem saber a quantidade e o tipo de vitaminas que o paciente usa diariamente, o médico pode incorrer em erro de diagnóstico, já que algumas síndromes podem ser consequência do uso indiscriminado de vitaminas.
• Pacientes que tomam diversos medicamentos para doenças crônicas devido à interação medicamentosa. Um bom exemplo são os medicamentos para afinar o sangue – eles não devem ser utilizados com vitamina E e K.
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facebrasil/saúde
O meu objetivo, ao escrever este artigo, é trazer o máximo de informação possível para evitar o uso indevido de uma classe de vitaminas que normalmente só traz benefícios aos pacientes, mas que, por outro lado, pode trazer sérios problemas quando utilizada em combinação com outros medicamentos. Uma boa alimentação, balanceada, já seria o suficiente para nutrir nosso organismo com as vitaminas necessárias para o dia a dia. Em geral, as vitaminas são receitadas em casos específicos de deficiência de uma vitamina determinada. Um bom exemplo disso é a vitamina D – que é medida no sangue na fase adulta como prevenção de osteoporose. A partir do resultado do exame, seu médico avaliará a dose necessária diária, que pode ser de 1.000 unidades até 10 mil unidades. As vitaminas chamadas hidrossolúveis normalmente são eliminadas pelo organismo quando ingeridas em grandes quantidades. São elas a C e todas do complexo B. Isso não impede, porém, que produzam efeitos tóxicos quando ingeridas em excesso. As vitaminas A e D são as chamadas lipossolúveis; quando ingeridas em quantidades elevadas, passam a ser armazenadas em nosso organismo, podendo causar sintomas de intoxicação, como dor de cabeça, coceira pelo corpo, vermelhidão na pele e dores de estômago. Síndromes mais graves também podem ser desenvolvidas, como pedra nos rins, arritmias cardíacas e confusão mental. O ácido fólico normalmente não causa sintomas de toxicidade, mas pode mascarar deficiência de outras vitaminas, como a B12, caso seja ingerido em grandes quantidades.
Que deve evitar o uso de vitaminas?
Lista das principais vitaminas, benefícios e onde encontrá-las na nossa alimentação. Vitamina
Benefício
Fonte
A
Beneficia o sistema imunológico, cicatrização, pele e cabelo, além da saúde dos ossos e dentes
Frutas cítricas, vegetais como couve e espinafre, fígado de boi
Complexo B (B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9 e B12)
Ajudam na produção de energia para o corpo; fazem parte da formação de células sanguíneas
Grãos como feijão e lentilha, derivados do leite, carne, peixe e ovos
C
Protege o organismo contra os efeitos dos radicais livres (que deterioram nosso organismos); dessa forma, combatem o envelhecimento e melhoram a saúde de nossos tecidos
Morango, tomate, couve-flor, pimentão verde, repolho, melancia e mamão papaia
D
Ajuda na saúde dos ossos, além de ser reconhecida como fator de proteção contra o câncer de pâncreas, mama, próstata, cólon e pele
Peixes como tuna, salmão. E óleo de peixe em geral
E
Ajuda o organismo a combater infecções por vírus e bactérias, além de ser um facilitador de absorção de vitamina K
Cereais, sementes como castanha-decaju, amêndoas e pistaches
K
Responsável pelo processo de coagulação sanguínea e fixação de cálcio nos ossos
Brócolis, aspargos, repolho, espinafre, couve, fígado de boi, chá verde
Quem realmente deve tomar vitaminas? • Mulheres grávidas se beneficiam porque estão num período de alta demanda de nutrientes e vitaminas; o ácido fólico é usado para diminuir a possibilidade de o bebê nascer com malformações congênitas. • Pessoas que estão em dieta com menos de 1.200 calorias diárias
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• Pessoas que são estritamente vegetarianas.
Lilian Alevato é médica especializada em cardiologia, medicina interna e administração em saúde. A carioca trabalha há 15 anos na área de Managed Care, Compliance e Qualidade, tendo desenvolvido inúmeros projetos relacionados ao gerenciamento de cuidados a pacientes em estado crônico
Por Nehemias Gueiros Jr.
facebrasil/direito na internet 16
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CIBERCOMANDO AMERICANO VIOLA PRIVACIDADE
C
om a chegada do século XXI, entramos na era da guerra eletrônica. Em junho de 2009, o Pentágono anunciou a criação de uma nova divisão militar americana, designada para realizar atividades de proteção e combate eletrônicos às redes de computadores dos Estados Unidos. O então secretário de Defesa, Robert Gates, instalou o novo e pioneiro comando no âmbito da estrutura do U.S. Strategic Command, e as atividades da divisão, que foi sediada em Fort Meade, no estado de Maryland, começaram a operar em outubro de 2010. A decisão sinalizou uma mudança importante na política estratégica do Comando Militar americano, que passou a incluir a cyberdominance (algo como “domínio cibernético”) em sua doutrina de guerra. Houve efeito imediato nas redes de computadores civis – grande maioria no ciberespaço –, mas a proximidade geográfica de Fort Meade com a NSA (National Security Agency) dá o que pensar. A Agência Nacional de Segurança é um dos mais poderosos órgãos na estrutura militar e de inteligência dos EUA e tem poder quase ilimitado para invadir residências, sedes de empresas e escritórios – especialmente depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 – para realizar buscas e apreensões, grampear telefones e computadores e, dizem, até para matar. Sob o viés da segurança nacional, ataques eletrônicos revelam duas preocupações importantes. Primeiro, porque tanto as economias nacionais quanto a global migraram para a internet. Há 50 anos, seria muito difícil, talvez impossível, afetar uma parte considerável da economia de um país em segundos, a não ser por ataque atômico. Hoje tudo que se precisa fazer é desabilitar os computadores que rodam os programas das operadoras de cartões de crédito como Visa, MasterCard e American Express, por algumas poucas horas. Seria o caos generalizado em nível planetário. Segundo, a maior parte da comunicação interna dos governos flui entre computadores interconectados, e tanto inimigos como cidadãos comuns têm vivo interesse em conhecer o conteúdo dessa comunicação. Não há muito que possamos fazer para nos proteger além das conhecidas tecnologias antivírus que infestam o mercado, mas que duram cada vez menos. Em sua grande maioria, a nossa incapacidade de segurança online deriva da falta de recursos. Recursos tecnológicos, é claro, e recursos econômicos para provê-los,
com certeza. Uma rede de computadores tem um limite de banda, e um servidor somente pode “servir” determinada quantidade de informação simultaneamente antes de travar e congelar. Nesse sentido, qualquer um que deseje desabilitar os computadores que realmente comandam o fluxo de informações da economia de um país precisaria partir para os backbone computers, ou “computadores dorsais”, que distribuem e roteiam informações em níveis e velocidades muito superiores na internet do que nossas simples maquininhas domésticas e portáteis. Para isso, teria de conhecer a fundo informações técnicas dos limites superiores de sinal e de banda larga dessas poderosas máquinas. Seria relativamente fácil proteger os grandes sistemas de ataques externos simplesmente mantendo essas grandes redes desconectadas do mundo, rodando apenas em intranets. Mas a grande maioria dos governos e serviços comerciais migrou para a web, portanto, parece-nos que toda essa parafernália tecnológica acabará por representar muito mais uma nova violação de privacidade das pessoas do que uma defesa efetiva contra qualquer invasão eletrônica capaz de causar sérios danos à estrutura da economia americana. Sem falar na desconfiança da população em relação a mais uma agência secreta governamental que está enterrando dinheiro dos contribuintes em projetos nebulosos. Nehemias Gueiros Jr. é advogado especializado em Direito Autoral, Show Business e Direito da Internet, professor da Fundação Getulio Vargas-RJ e FGVSP e da Escola Superior de Advocacia (ESA), AB/RJ, membro da Ordem dos Advogados dos Estados Unidos e da Federação Interamericana dos Advogados em Washington, D.C., e sócio do escritório ATEM & SÁ, no Rio de Janeiro
Por Giovanni Alevato
facebrasil/sustentabilidade 18
Que você comece. O Planeta agradece
Nem só de problemas ambientais vivem os apaixonados pelo meio ambiente. Algumas boas ideias e ações estão se somando a diversas outras e ajudando o nosso frágil meio ambiente a suportar e alongar sua sobrevida. Muitos estão sendo tão bem-sucedidos que, por vezes, merecem mais que aplausos, merecem ser copiados e replicados por todo o Planeta.
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As reservas ambientais, unidades de conservação, são muito bem-vindas e, em alguns casos, viram atrativos turísticos. Vide os casos de Yellowstone, nos EUA; Kruger National Park, na África do Sul; e várias outras espalhadas pelo mundo. Algumas delas são propriedades públicas e operadas pelos governos, mas já começam a se espalhar por todos os continentes propriedades privadas e/ou públicas operadas por empresas privadas, com enorme sucesso. Muitos ambientalistas são contra, mas são os que sempre são contra tudo. Conheço muitos que preferem ver a terra nua a um “pé de eucalipto” nela. Muitos são contra os “aquários” que “exploram” os golfinhos, baleias e outros animais marinhos. Uma empresa de ônibus no Brasil canalizou a água gerada pela troca de calor do ar-condicionado dos ônibus para a limpeza dos vidros e para descarga dos banheiros dos próprios veículos, fazendo uma economia de 1,5 milhão de litros de água por ano, suficientes para o consumo de 40 pessoas
durante um ano. Em alguns lugares da Califórnia, os “leões-marinhos” já são tão numerosos que ameaçam o equilíbrio da região. Não estou aqui pregando nada, nem extinção, nem caça; estou alertando e trazendo à tona que tudo na vida do planeta precisa de equilíbrio. Quando, como agora, vivemos um grande desequilíbrio, com nevascas, secas, chuvas em excesso, esses componentes, até o desaquecimento da economia, formam uma grande equação, com várias consequências, que só conheceremos depois. Voltarmos ao “status quo ante” do Planeta já é impossível, mas como um caderno que ainda tem páginas em branco, podemos escrever a próxima de maneira correta. Como digo: “Os erros do passado sempre estarão do seu lado”, e depois que os danos já estão instalados, só nos resta a remediação. O Planeta tem pressa. Devemos agir imediatamente. Cada dia de inação é uma lástima para os futuros habitantes, sejam eles os nossos filhos e netos, sejam os filhos e netos dos ursos e baleias e que herdarão o nosso legado. Vamos agir de forma positiva. Giovanni Alevato é empresário, formado em gestão ambiental pela COPPEUFRJ. Adora viajar, cozinhar e, acredite se quiser, trabalhar
Por Renato Jakitas
facebrasil/expediente 20
Indústrias vão perder R$ 65 bilhões com 11 feriados nacionais em 2015
C
om três feriados a mais caindo em dias úteis, o calendário está mais generoso para o trabalhador neste ano do que se viu em 2014. Em 2015, serão 11 datas federais, contra as oito de 2014. Isso sem contar os 32 feriados estaduais, fazendo com que Alagoas desponte como o estado com o menor número de dias úteis do Brasil: 246 dias de trabalho e 15 feriados causando recessos obrigatórios de segunda a sexta.
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Com apenas um feriado estadual coincidindo em dia útil, São Paulo terá 249 dias úteis em 2015 (12 dias abonáveis durante a semana), e os estados onde mais se trabalhará neste ano serão Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, com 250 dias úteis cada e nenhum feriado estadual em datas regulares de trabalho. Mas se por um lado os dias de folga em plena semana são aguardados ansiosamente pelo trabalhador, os empregadores franzem a testa e já fazem as contas do prejuízo. Um levantamento da Firjan divulgado recentemente estima em R$ 64 bilhões as perdas da indústria com os recessos obrigatórios.
O valor é quase 1,5 vez maior que o estimado em 2014, quando os prejuízos foram contabilizados em R$ 45,5 bilhões (fruto de oito feriados nacionais e 30 estaduais em dias úteis). Em 2015, o rombo representará cerca de 4,8% do PIB industrial brasileiro, frente a 3,6% em 2014. Os dados são do estudo “O Custo Econômico dos Feriados para a Indústria”. Os estados mais industrializados concentram as maiores perdas em números absolutos. Em São Paulo, elas podem chegar a R$ 19,5 bilhões; no Rio, podem superar R$ 10,1 bilhões; e em Minas Gerais, aproximam-se de R$ 6,4 bilhões. Em termos relativos, considerando o PIB e o número de feriados em dias de semana em cada estado, Alagoas apresenta a maior perda – 6,1% do PIB industrial. O estado terá quatro feriados estaduais em dias de semana. Já o Acre e o Amapá, que terão três feriados estaduais em dias de semana, podem ter perdas de até 5,7% do PIB industrial. RENATO JAKITAS é jornalista especializado em economia e negócios. Escreve para O Estado de S. Paulo e é autor do blog economia.estadao.com.br/blogs/expediente
ORLA
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ASIL.COM
Por Liliana Gonçalves de Freitas
facebrasil/gastronomia 22
Repolho gratinado Ingredientes: • 1 repolho médio • 70 g de manteiga • 2 colheres de farinha de trigo • 500 ml de leite • Queijo ralado (a gosto) • Noz-moscada (a gosto) • Sal (a gosto)
Modo de fazer: Retire as folhas do repolho e ferva com água e sal. Não deixe amolecer muito. Reserve. Em uma panela, junte todos os ingredientes e cozinhe até ficar um creme espesso. Reserve. Corte o repolho em tiras e deixe escorrer bem. Junte o repolho a uma parte do creme e espalhe em um pirex. Despeje o restante do molho por cima e salpique o queijo ralado. Leve ao forno para gratinar. Retire do forno e sirva.
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Liliana Gonçalves de Freitas é formada em artes e adora preparar delícias da cozinha mineira e heranças de sua origem italiana
Bom apetite!
Por Gui Cattoni
facebrasil/música 24
Valentine’s Day e Carnaval, qual vai ser?
V
ocê já ouviu aquela história que tem gente que termina namoro antes do Carnaval? O Valentine’s Day é na véspera dessa festa... E agora, me conta: alguém já terminou com você antes do Carnaval? Se sim, vamos pensar positivo: que sorte! Afinal, se o namoro não é sério ou não lhe faz bem, tem que terminar mesmo. Bem melhor antes do Carnaval do que depois. Não é? Frases úteis nesse momento: “Passinho à frente, por favor!” ou “A fila tem que andar”, ou ainda “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.
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A palavra Carnaval deriva de carne, sabia? A festa ou festival da carne. Carne+val = Carnalval! (Esse “L” foi sem querer... mas valeu). Dizem que essa era a “hora” de encher a cara de carne e vinho para se despedir dos prazeres mundanos antes da quaresma que estava por vir. “Vamos lá, galera, um pouco de culpa não faz mal a ninguém” – diziam os primeiros carnavalescos. “Depois vocês se arrependem, pedem perdão e fica tudo certo.” Sei que fica. Hoje, a cada dia que passa, acho que tem mais gente tomando Activia com Johnny Walker, e caindo na folia sem dó nem piedade. Espero que de camisinha (#ficaadica). Também tem gente que curte Carnaval em outros ritmos. Eletrônico, rock, pop, etc. Outros, de forma mais comedida: sítio, praia com os amigos, na igreja. Sei lá, tem Carnaval pra todos os gostos... Hoje eu prefiro ficar no rock, no country, no pop, com a minha família e amigos. Acho que o último hit de Carnaval que pulei na avenida foi “Eu vou atrás do trio elétrico, vou”. No Carnaval vivi muitas histórias para (não)
contar aos meus netos... Acho que já me esqueci de muitas delas... Graças a Deus e às caipifrutas de vodka barata que bebia na adolescência. Ah, todos os carnavais da minha vida foram bacanas. Já a trilha sonora nem sempre foi... Já falei que o meu ouvido não é penico, lembra? E o seu, é? No Carnaval, o monstro da música ruim aparece gritando na praia, no carro do boy, no supermercado, nas rádios, na TV. Um show de horrores do mau gosto está em todo lugar. Mas nem tudo está perdido. Nos últimos anos, percebi o fortalecimento dos blocos caricatos, do samba de rua e dos bailes. Bandas como o Monobloco vêm botando pra quebrar em alto estilo. O Carnaval é uma festa popular e democrática. Mas faça a sua parte e ajude a salvá-lo! Escolha a melhor música e as melhores companhias. Bem, quanto àquela pergunta recorrente, se o Carnaval é melhor passar namorando ou solteiro, o titio Gui tem a resposta! Na minha humilde opinião, importante é ser feliz. Assim, se estiver solteiro, pule com a sua turma. Já se a companhia for boa, BINGO! Afinal, “quando um certo alguém desperta o sentimento, é melhor não resistir e se entregar”. Como prometido, sempre ao final de cada contato nosso, eu deixo, pelo menos, uma sugestão de música pra você! Neste mês tenho duas, anote aí: “Sou praiero”, do Jammil e uma noites, e “Um certo alguém”, do Lulu Santos. Beijos sonoros! Gui Cattoni é cantor, compositor, artista e contestador. Vocalista da banda Chaparral, acredita que a música é sua poesia, uma necessidade, um estilo de vida
Por Gabriela Ribeiro
facebrasil/pelo Brasil 26
A Bahia tem de tudo Apesar de programas e praias maravilhosas para visitar em Salvador, vale a pena conhecer também o interior do estado e a Chapada Diamantina, destino ideal para aventureiros. Quando a gente pensa na Bahia, automaticamente se lembra de Salvador, do Pelourinho, do carnaval e do Léo Santana (brincadeirinha!). O que pouco associamos ao estado é a Chapada Diamantina, e, na minha opinião, isso precisa acabar já! Pessoal, vamos para a Bahia conhecer a Chapada! O lugar é conhecido como o coração do estado, fica na cidade de Lençóis e é ideal para quem busca paz, tranquilidade e, principalmente, muita aventura.
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Para começar, pesquise bem o hotel onde você irá se hospedar. Ele vai ser determinante em relação à vista e, também, quanto à proximidade das trilhas e passeios. Falando nisso, um passeio que você vai fazer, com certeza, é ir até o Morro do Pai Inácio. Lá há uma vista panorâmica maravilhosa, a mais linda da Chapada – são 360 graus de paisagem com direito ao pôr do sol. Para chegar, é preciso subir 300 metros, caminho que dura, mais ou menos, 20 minutos. Agora, se preferir uma trilha bem mais leve, vá conhecer a Gruta da Pratinha. Você vai se deparar com uma piscina natural de águas cristalinas dentro da gruta, e o melhor de tudo, vai poder dar um supermergulho. Outras opções de passeios são a Cachoeira da
Fumaça, que tem 380 metros de queda livre, a segunda mais alta do mundo – uma curiosidade: em época de estiagem, de maio a setembro, ela fica com pouca água, e o vento leva de volta as gotinhas, formando a “Fumaça”; o Ribeirão do Meio, um passeio mais tranquilo, como se fosse uma piscina natural com um escorrega de pedra (é bem divertido); o Parque Municipal do Serrano, onde você vai encontrar piscinas naturais, formações de pedra no chão, cachoeiras e rios; a Gruta da Lapa Doce, uma caverna com 850 metros abertos a visitação – sua entrada tem 72 metros de altura; e os poços famosos da região, como o Poço do Diabo e o Encantado – lindos, valem a pena! Para chegar até Lençóis, é fácil. Se for de avião, o aeroporto Horácio de Matos, no município de Lençóis, recebe voos regulares a partir de Salvador e está a 20 km do centro da cidade. Caso prefira ônibus, o destino é Lençóis e Palmeiras/Vale do Capão. Informações importantes: a região recebe a maior parte das chuvas entre os meses de fevereiro e junho, e também tem baixas temperaturas durante a noite. Mesmo assim, é muito importante o uso do protetor solar até nos dias nublados. Mesmo no inverno, o sol maltrata um pouquinho, com temperaturas em torno de 25ºC a 30ºC. Gabriela Ribeiro é jornalista e apaixonada por todo e qualquer cantinho do Brasil
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Por Juliana Brilhante
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facebrasil/conexão Daytona
Casando na praia
H 49
oje em dia, a procura por casamentos na praia tem sido enorme. Aqui na Flórida, uma das melhores opções tem sido a praia de Daytona Beach. O charme e o espírito de liberdade da cidade sempre atraíram vários visitantes, que se deslumbram com a beleza de suas praias e a hospitalidade de seu povo. Agora essas mesmas pessoas estão buscando cada vez mais a oportunidade de realizar uma das maiores experiências de suas vidas nas areias de Daytona. A realização de cerimônias de casamento na praia está se tornando quase um evento à parte no local e vem chamando a atenção de muita gente. Mas por que Daytona? Dentre as inúmeras e belas praias da Flórida, Daytona sempre se diferenciou e conseguiu seu lugar especial no ranking “The World’s Most Famous Beach”. A cidade é sede de vários eventos importantes, dentre eles Nascar e Bikeweek, o
que acentua ainda mais o perfil aventureiro que a fez tão conhecida e estimada por quem a visita. Com anos de atuação e experiência no mercado. Mrs. Marlo e sua Elegant weddings são a prova de que essa nova onda só tem a crescer. A empresa foi eleita “Best beach wedding ceremony” pelos brasileiros que têm optado por esse tipo de celebração. Os casais enamorados não precisam ir ao Caribe para realizar essa experiência romântica, basta viajar 45 minutos ao leste de Orlando e contar com o excelente serviço de Mrs. Marlo e sua empresa. Para acentuar mais ainda a beleza da cerimônia, um dos locais mais procurados é o charmoso e aconchegante Hyatt Place Oceanfront Suites, onde Andrew Wright e sua equipe farão de tudo para que sua experiência em frente ao mar seja inesquecível.
Por Natália Faria
facebrasil/dança 30
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Os Pierrôs, os Arlequins e as Colombinas
É
comum pensarmos no Carnaval como uma festa tipicamente brasileira, já que a folia carnavalesca se instalou no país como um bem cultural. Mas a verdade é que, originalmente, o Carnaval nasceu na Itália, na famosa cidade de Veneza, que, no contexto da festa, foi palco também das primeiras peças teatrais de Commedia dell´Arte, que eternizaram personagens como o Pierrô, o Arlequim e a Colombina. A Commedia dell´Arte é um tipo de teatro cômico surgido na segunda metade do século XVI que se opunha ao teatro clássico rígido e formal. Assim, a história do trio enamorado sempre foi um autêntico entretenimento popular, de origem influenciada pelas brincadeiras carnavalescas. Apresentadas nas ruas e praças das cidades italianas, as histórias encenadas ironizavam a vida e os costumes dos poderosos de então, valendo-se muito do humor e da improvisação.
A história amorosa desses três personagens, bem como sua representação irreverente, também repercutiram na dança, em balés dançados até hoje, como “Harlequinade” (1900) e “Carnaval em Veneza”, também muito conhecido como “Satanella” (1772), cuja Colombina já foi interpretada pela italiana Marie Taglioni, primeira bailarina a utilizar sapatilhas de ponta – aquela que deixa a bailarina na pontinha dos pés. No Brasil, o Pierrô, o Arlequim e a Colombina aparecem em vários segmentos da cultura popular, como marchinhas de Carnaval, com o “Pierrô Apaixonado” (1935, composição de Noel Rosa e Heitor dos Prazeres), e até no rock nacional, com “Pierrot” (música da banda Los Hermanos lançada em 1999). Independentemente da sua origem, o Carnaval propaga, até hoje, a sensualidade e a alegria das festas pagãs. É a época da alegria, da música, da dança e das aventuras amorosas dos Pierrôs, Arlequins e Colombinas de ontem, de hoje e de sempre. Natália Faria é jornalista e bailarina, ambas atividades de formação e coração. Atualmente trabalha com planejamento de conteúdo na agência WH²F
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Por Nathalia Ziemkiewicz
facebrasil/sexualidade 32
PESQUISA: 48% ACHAM ERRADO A MULHER SAIR “SOZINHA. O NOME DISSO NÃO É CIÚME.
Da série para, mundo, que eu quero descer”. Uma pesquisa do Instituto Avon e do Data Popular com mais de 2.000 jovens entre 16 e 24 anos revelou que 96% dos entrevistados reconhecem que “vivemos em uma sociedade machista”. Fiquei aliviada por saber disso. Explico: ninguém evolui sem antes reconhecer suas falhas. E então, depois de ler outros dados, minha garganta secou feito a Cantareira. É tanto absurdo que resolvi setorizar e, depois, escolhi um recorte. Respira fundo, me dá a mão e vem .
68% 76% 43% 33% 48% 53% 40% 30%
dizem achar errado a mulher ir para a cama no primeiro encontro.
criticam aquelas que têm vários ficantes”. dos garotos veem diferença entre mulheres para namorar” e “para ficar”.
delas foram impedidas de usar determinada roupa. a cham errado a mulher sair sozinha com os amigos, sem a companhia do marido, namorado ou “ficante”.
delas já tiveram o celular vasculhado. dizem que o parceiro controla o que fazem, onde e com quem estão.
dizem que tiveram e-mail ou perfil de rede social invadido pelo namorado.
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Estou há dez anos com o mesmo cara, hoje meu marido. Nunca pedi sua senha de Facebook, e-mail ou celular. Seria como amarrá-lo ao pé da cama. Quero que ele fique, SE QUISER FICAR. Não é sorte minha que ele pense do mesmo
jeito é seleção natural. Só sobrevive a mim aquele que respeita os limites da minha individualidade. Tatuei na memória a coisa mais linda que ele já me disse, durante a nossa cerimônia de casamento. Eu te desejo LIVRE: que voltar pra mim seja sempre uma ESCOLHA, nunca uma OBRIGAÇÃO. Ela é mais do que uma frase. É a essência da nossa relação. Eu sei, vão dizer que se trata de indiferença mútua e que a gente não se ama de verdade verdadeira. Respondo que ciúme não faz ninguém fiel a você. Enquanto a gente achar que ciúme é prova de amor, vamos perpetuar comportamentos patológicos e violentos como os que mostram essa pesquisa. Alguém realmente acredita que é natural PODAR o outro, PATRULHAR sua rotina e DITAR suas atitudes? Não estou falando daquela sensação que cutuca nossa estabilidade quando ele reparou no mulherão da festa ou é cobiçado pelas colegas de trabalho. Até aí, tudo bem. Desde que, em vez de dar escândalo, você relembre o valor de quem está ao seu lado. E relembre que, entre tantas opções, vocês se escolheram. O resto é burrice. Explico: eu posso exigir que meu marido me dê a senha do e-mail AND ele cria outra conta só pra xavecar a gostosa da academia. Nessa “estratégia de reduzir e vigiar espaços, o ciumento se volta contra si mesmo. Uma hora o próprio amor morre sufocado. Ou o cidadão que mal consegue respirar fica impelido a procurar novos ares. Quanto mais rígidas as regras, maior o desejo de corrompê-las. Eu aposto que existem alternativas mais maduras de se relacionar. Mas precisa partir do princípio de que o outro, homem ou mulher, não é bicho pra ser subestimado, encoleirado e adestrado. É dotado de direitos e de personalidade, tem plena capacidade de DECIDIR e LIDAR com as consequências de suas decisões. Nathalia Ziemkiewicz é jornalista e autora do blog napimentaria.com.br. Aposta que informação pode ser mais transmissível que muita doença
m E el l de ho eit O rR oo rla od nd Ăz o io
Por Nolli Merrighi
facebrasil/adooooro! 38
Um decreto para beleza Que me desculpem os profissionais de direito, mas esse decreto não tem nada a ver com a Leis dos Homens. Um decreto é a ciência da palavra falada, ou seja, você sustenta uma ideia no universo com o poder das suas palavras. Decretos, assim como preces e mantras, devem ser repetidos inúmeras vezes. Trata-se de uma equação de energia. Cada vez que a pessoa repete um decreto, ela cria um momentum e, por conseguinte, uma movimentação na energia universal. Física pura!
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Cientistas já comprovaram o efeito da repetição de preces, mantras e decretos em pessoas que o fazem por mais de dez minutos todos os dias. As mudanças são fisiológicas: diminuição dos batimentos cardíacos, do nível de estresse, alívio da insônia e até o aumento da autoestima. Bom, já que existe decreto pra tudo nesse mundo, por que não existir um para criar, modificar e manter a nossa beleza? Tudo bem, algumas pessoas não acreditam que sejam capazes de mudar toda uma vida apenas com o poder da intenção, mas dedico este artigo às mulheres que tomam pra si a responsabilidade de criar suas realidades, ao invés de deixar tudo nas mãos de Deus. Não que ele não seja importante… muito pelo contrário! Creio em Deus acima de todas as coisas. Mas acredito que ele nos tenha dado meios de evoluir sem ficarmos culpando, pedindo ou lhe fazendo promessas pra tudo.
Dito isso, gostaria de compartilhar com vocês um dos meus decretos. Há muitos anos, tenho pregado no espelho do banheiro lá de casa uma folha de papel com as seguintes palavras: “Através da BELEZA e da INTELIGÊNCIA que EU SOU, ordeno-vos a assumir PERFEITA BELEZA DE FORMA, em cada célula de que sois composto, obedecereis às minhas ordens, tornar-vos-eis radiosamente bela em todos os aspectos: EM PENSAMENTO, PALAVRA, SENTIMENTO E FORMA. EU SOU O FOGO E A BELEZA de vossos olhos, propagando a energia radiante a todos que vos fitarem!” Repita esse “decreto” várias vezes, olhando fixamente para o espelho! Funciona demais pra mim. Quem sabe funcionará para você também? Gostaria de indicar para todas as pessoas que leem esta coluna o “Livro de Ouro de Saint Germain”, da Editora Ponte para a Liberdade. Ele mudou minha autoestima, meu amor próprio, minha fé na vida. Tem a ver com o fato de sermos a essência de Deus na Terra e com o poder de revolucionar nosso universo e o de todos que amamos. Muita luz e beleza para vocês! Nolli Merrighi é vocalista da banda Chaparral e autora do canal Adooooronolli no YouTube
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facebrasil/tv news
Por Redação
Próxima novela da Globo, Sete Vidas, grava cenas na Patagônia argentina
F
oi na deslumbrante paisagem de El Calafate, na Patagônia argentina, cercada por montanhas cobertas de neve e pelas águas cristalinas do Lago Argentino, que a equipe de Sete Vidas, próxima novela das seis do canal internacional da Globo, gravou as primeiras cenas da trama. Sob a direção de Jayme Monjardim, o trabalho durou quase 30 dias e contou com cerca de 50 pessoas. Somando figuração e participações de elenco argentino, o set chegou a ter, em alguns dias, cerca de 80 pessoas. Uma tonelada de equipamentos e 34 malas com figurinos foram necessárias para a realização das gravações. Os dez primeiros dias de gravação aconteceram integralmente dentro de um barco em meio aos icebergs do Lago Argentino. Lá foram gravadas as cenas da viagem de Miguel (Domingos Montagner), o protagonista da novela, à Antártica. Na trama de Lícia Manzo, Miguel é um oceanógrafo que viaja sozinho em uma expedição arriscada. Nos outros dias, as locações principais foram o famoso Glaciar Perito Moreno e o porto Punta Bandera. Além de Domingos Montagner, Debora Bloch, Leonardo Medeiros, Isabelle Drummond e o ator argentino Michel Noher participaram das gravações na Argentina. “Foram dias exaustivos e ao mesmo tempo prazerosos. O resultado ficou incrível, a novela está linda. Estou muito feliz, tudo ocorreu como eu imaginei”, conta o diretor, Jayme Monjardim.
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O frio e as condições inóspitas da Patagônia refletem a busca por isolamento do protagonista Miguel. Marcado por uma tragédia que o tornou solitário e esquivo, ele faz questão de
manter-se livre de laços ou amarras até que conhece Lígia (Debora Bloch), por quem inesperadamente se apaixona. Incapaz de resistir a esse amor, Miguel planeja uma viagem sem prazo de volta à Antártica, onde pretende refugiar-se da intensidade de seus sentimentos por Lígia. Nos mares gelados, sofre um acidente e é dado como morto, enquanto Lígia – acreditando ter perdido para sempre o grande amor de sua vida – descobre que está grávida. Ao mesmo tempo, Júlia (Isabelle Drummond), jovem gerada via inseminação artificial, de posse do número de registro de seu doador anônimo, descobre por meio da web que tem um meio-irmão, Pedro (Jayme Matarazzo). Dispostos a romper o anonimato que envolve a origem de ambos, Pedro e Júlia deixam uma carta na clínica onde foram concebidos. A carta é encaminhada para o doador em questão e aberta por sua mulher, Lígia, a essa altura supostamente viúva e grávida de um meio-irmão dos dois. As tramas principais se cruzam, e Júlia, Pedro e Joaquim (filho recém-nascido de Lígia e Miguel) passam a compor então um novo e inusitado núcleo familiar. Aos três irmãos irão somar-se ainda o adolescente Bernardo (Guilherme Lobo), os gêmeos Laila (Maria Eduarda) e Luís (Thiago Rodrigues) e Felipe (Michel Noher). Os sete meios-irmãos – filhos do mesmo doador número 251 – recebem-se na vida um dos outros, compondo um retrato a um só tempo inusitado e real do que podemos hoje chamar de “nova família”. De forma não calculada e imprevista, a rede de afeto gerada por eles irá resgatar Miguel – pai biológico de todos e supostamente morto – de seu patológico isolamento.
Por Thieny Molthini
facebrasil/comportamento 40
Mudança de hábito
Aos 25 anos, mudanças ainda mexem comigo. Não posso dizer que não gosto delas, muito pelo contrário. Mas que elas afloram muitos sentimento, afloram. Algumas mudanças nos trazem prazer, satisfação, um toque de desafio, outras nos amedrontam.
Começou minha mudança de hábito: passei a fazer atividade física, de que nunca gostei, e fui a uma nutricionista, fiz uma reeducação alimentar e emagreci 12 quilos. Me realizei. Vi mais uma vez como era forte, como era capaz de superar meus limites e dificuldade. Nunca me senti tão incrível.
Nunca me amedrontei por estar em um novo local de trabalho, com novas tarefas, novos colegas. Escola, a mesma coisa, nunca foi um problema. Mudava de sala e fazia novas amizades, arranjava grupos de trabalho. Claro que sair de um ambiente seguro, em que você já conhece todo mundo, não é fácil. Mas aí está o desafio.
Depois de um ano e meio, ficou mais difícil manter a dieta, frequentar a academia e manter o ritmo. Estacionei. Entrei nos 68 kg e por lá fiquei. Senti que precisava mudar, mais uma vez. Havia mudado de emprego, me sentia mais realizada profissionalmente do que nunca, tinha eliminado 12 quilos e me sentia incrível. Mas precisava mudar. Foi quando vi um programa de televisão sobre cortes de cabelo e descobri o que faltava mudar: meu cabelo.
Agora, mudar meu cabelo sempre foi uma dificuldade. A mudança da tal insegurança. Sempre tive receio, achava que não combinava, que não tinha como ficar bom. Sempre tive cabelos compridos e os deixei soltos. Lembro que a primeira vez em que fui a uma psicóloga, na primeira consulta, ela mandou que eu prendesse meus cabelos, para que mostrasse mais meu rosto. Sinceramente, sempre tive um pouco de insegurança. Durante minha adolescência, nunca me achei a mais bonita da turma. Aí fui crescendo, amadurecendo, estudando, comecei a trabalhar, e minha cabeça começou a mudar. Vi quanto era determinada, decidida, batalhadora, e tudo o que estava conquistando com isso. Esses pontos me davam mais segurança.
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Sobrepeso sempre me incomodou um pouco. Difícil encontrar uma roupa que vista bem acima do tamanho 40, que dirá no 44, às vezes até 46. Aos 23 anos, achei que era o momento de, enquanto conquistava minha vida profissional, atingir minha segurança pessoal, ficar de bem com o espelho e, acima de tudo, feliz e plenamente realizada comigo mesmo.
Sempre tive medo de cortar o cabelo, eu até o descolori, mas cortar era demais. Ficaria muito exposta, poderia não ficar bom, e voltamos, assim, ao debate da adolescência, à insegurança que minha psicóloga expôs. Resolvi e, em 15 dias, cortei. Mas cortei mesmo. “Quero mudar. Pode cortar curto, acima do ombro”, disse ao cabeleireiro. A mudança não demorou dez minutos. A animação tomou conta de mim, contei as horas para o momento da mudança. E foi incrível! Aos 25 anos, me inovei, mais uma vez. Mudei por mim. Senti que precisava de uma força a mais. O cabelo comprido que veio comigo a vida inteira não deveria mais me cobrir. Estava na hora de aparecer, mais. Pode ser que já, já cresça e eu o deixe assim, comprido. Mas hoje a mudança me trouxe a segurança de que precisava para mostrar para mim mesma o meu domínio sobre mim. Thieny Molthini é repórter, autora do blog mudancadehabito.net e descobriu, há pouco tempo, uma nova forma de ver a vida e superar seus limites
Por Marina Bittencourt
facebrasil/cuca fresca 42
Ah, o amor...
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ltimamente, muito tem se falado do AMOR, e isso é maravilhoso! Tem algo melhor do que amar? Amar nossos namorados e namoradas, esposos e esposas, nossa família, amigos, o nosso trabalho, nossos queridos animais, a Terra, enfim, amar a vida! Ah, o amor... Mas será que nós paramos pra pensar nesse amor, esse sentimento que é tão puro e traz tanta felicidade e paz para aquele que o faz presente em seu dia a dia?
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Quando passamos a viver nossas vidas com base no amor, emitindo-o em cada passo que tomamos, em cada pensamento que formamos, a vida passa a se tornar mais leve, e o melhor, passamos a atrair mais amor, pois, conforme a Lei da Atração, toda ação, até mesmo um pensamento, gera uma reação em nossas vidas. E imagine que maravilhoso receber o amor daqueles que vivem ao seu redor? A vida passa a ser mais simples, e não mais complicada, como sempre achamos que ela é. Porém, infelizmente, um sentimento tão simples como o amor passa a se tornar algo complicado, porque nós, seres humanos, conseguimos complicar tudo, até mesmo aquilo que não tem nenhuma complicação… Por isso, que tal descomplicar as coisas? Enquanto continuarmos vivendo carregados de dúvidas,
lamentações e reclamações, a nossa vida não terá espaço para o amor. Mas se você realmente quer viver uma vida em que você ama e é correspondido, em todas as situações, substitua os pensamentos negativos que o rodeiam e passe a emitir amor, emitir bons pensamentos, desejar o bem fazer o bem… Isso é amor, isso é amar. É fato que muitos de nós fomos ensinados a ter medo de amar, pois há uma crença na sociedade de que o amor, que muitas vezes é apenas associado a relacionamentos afetivos entre casais, é algo que traz sofrimento, que nos deixa “cegos”, ou seja, a crença geral da sociedade é que o amor é sinônimo de paixão. Porém, é essencial que consigamos desconstruir essa crença, lembrando que o amor, mais do que um simples sentimento passageiro, é algo que está no ser desde o seu nascimento. É o primeiro sentimento que temos ao nascer no contato com a mãe, e desde então, passa a fazer parte de nós, mesmo naqueles momentos em que acreditamos não sabermos amar. Por isso, não tenha medo, ame você mesmo, a vida, as pessoas, o mundo! Aceite esse sentimento tão lindo e puro, pois assim podemos perceber toda a beleza da vida. Marina Bittencourt é enfermeira, mestre e doutoranda em Cuidado em Saúde pela USP. Ama a pesquisa, pois acredita que com ela poderemos alcançar um mundo melhor
Español, English e Português
Temos Financiamento!
Por Marco Alevato
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facebrasil/face do mês
Sempre presente para ajudar
Nosso Face do Mês é o Eduardo Vieira, que veio da cidade de Petrópolis para Orlando criar sua família e fazer com que a comunidade estivesse mais bem amparada, buscando solução para os problemas de outros membros da comunidade.
negócios. Percebi que Orlando explodia em oportunidade, e para mim, um empreendedor desde que não sabia o que era isso, seria o lugar para eu chamar de lar. Fui abençoado pela cidade.
FaceBrasil – Por que Orlando?
FB – Com tantos anos de experiência, o que mudou na comunidade brasileira com o passar do tempo?
Eduardo Vieira – Escolhi a cidade porque entendi ser a melhor opção para o crescimento de minha família e de meus
EV – A comunidade mudou muito. Quando chegamos aqui,
EV – A saúde, a qualidade de vida, as amizades, e hoje virou negócio da nossa família. FB - Como foi a criação e vem sendo o Orlando Indoor Soccer na sua vida? EV – Hoje o Orlando Indoor Soccer é um grande business que vem crescendo a cada dia, e já estamos em fase de expansão, criando um projeto para novas quadras e, quem sabe, até um outdoor field para satisfazer nossos apreciadores, cujo número não para de crescer. FB – O que você acha desse sucesso do Orlando City soccer na mão de outro brasileiro? EV – Ele está crescendo agora e ainda vai crescer muito mais com a chegada de tantos nomes mundialmente conhecidos no mundo do futebol. Com Kaká, Ronaldinho e Leo Moura, certamente a Flórida será a capital mundial do futebol. FB – Com quais outras atividades você divide seu tempo? EV – Gosto de ir à praia, viajar e aproveitar a vida. O que mais me encanta na Flórida é exatamente a qualidade de vida de poder fazer quase tudo, e, quando queremos esquiar na neve, estamos a algumas horas de distância... Mas o Brasil continua sendo meu destino. FB – Percebi que a família é muito importante em sua vida. Conte um pouco mais disso. Como é viver integrado com seus filhos e esposa e todo mundo trabalhando junto em um sonho? EV – Minha família é perfeita, minha esposa é maravilhosa – uma companheira de 33 anos. Sem ela, dificilmente teria conseguido fazer alguma coisa. A Ivanette é uma mulher maravilhosa, mais do que isso, ela é a supermãe de todo mundo lá em casa. Tenho os filhos que idealizei, que se encaixaram em meu projeto, transformando-o em nosso projeto.
EV – A política e seus políticos... Eu sinto algumas vezes que os brasileiros de lá estão meio sem saída para a crise. Um destino certamente será a Flórida, Orlando, certamente. FB – Quais os maiores desafios para o imigrante nos dias de hoje? EV – Acho que o maior desafio é a parte de documentação, porque sem documento não dá para fazer muita coisa, é mais ou menos tudo interligado. Sem carteira de motorista não se consegue nem pagar. Muito complicado. FB – Olhando para trás, faria muita coisa diferente? EV – Não, nada. FB – Qual lição você tira da vida até agora? EV – Eu trabalhei toda a minha vida para minha família, sem ela eu nem sei quem eu sou. Quero que a harmonia familiar sempre venha em primeiro lugar. O que é bom é que a família está sempre presente e reunida, se não fisicamente, dentro do coração de cada um. Unida. FB – Por fim, uma dica para quem está pensando em vir morar na América. EV – Buscar a legalização sem documento fica complicado, perdem-se muitas oportunidades.
facebrasil/face do mês
FB – Os esportes estão na sua vida. O que elas geram de bom para você?
FB – Essa nova onda de brasileiros firmando residência na Flórida, na sua opinião, é reflexo do momento do Brasil?
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era mais simples e mais íntima, todo mundo conhecia todo mundo, e os pontos de atração não eram muitos. Hoje temos milhares de brasileiros espalhados, eu mesmo não conheço muita gente, mas sei de mais empresas que precisam de brasileiros hoje do que há brasileiros para trabalhar.
Bem, afora as leis (e são várias as que regem a marca de gênero em cargos públicos, desde 1956), opto pela explicação linguística: a confusão acontece porque “presidente” é um substantivo chamado “comum de dois gêneros”, o que significa que o feminino e o masculino são marcados pelo artigo que vem antes, como “o presidente” e “a presidente”. Mas essa marca não é aplicável por uma regra tão lógica quanto a gente pensa, nem mesmo para a tradição filológica, como muitos apregoam por aí. Evanildo Bechara – gramático e filólogo que estuda fenômenos linguísticos há mais de 50 anos – diz que “a distinção do gênero nos substantivos não tem fundamentos racionais” e, por isso, “nada justifica serem, em português, masculino ‘lápis’ e feminino ‘caneta’”, por exemplo. Essa relação arbitrária de aplicação do gênero também é encontrada no alemão, em que “mulher” é um substantivo neutro – das Weib – em relação ao gênero em português. O gramático explica que essas mudanças podem ser motivadas por aproximações de significação de uma palavra com outra e até mesmo pelo contexto social no qual ela está inserida, e, portanto, com o passar do tempo, muitos substantivos podem adquirir marcas distintas de gêneros, como é o caso,
Se ainda são necessários mais argumentos, aí vão: o Trésor de la langue française registra “présidente” (ente – marca de feminino, em francês) desde o século XV, e essa palavra transcorre no tempo, de jornais parisienses a obras de Balzac. Outro importante dicionário etimológico, dessa vez espanhol, o Corominas registra “presidenta” também desde o século XV. Em português, em 1872 a palavra foi encontrada em uma tradução lusitana de Mollière, sendo dicionarizada desde 1925, no Caldas Aulete. Se é possível usar presidenta? Não tenho dúvidas de que é! Além de sua presença histórica em diversas línguas, sua defesa legal e seu registro em consagrados dicionários, “presidenta” é uma palavra representativa da condição social brasileira hodierna (adoro essa palavra): é reflexo de um país que busca sua igualdade de gênero, o que se estende para a ascensão da primeira mulher à presidência da República. Então, por que não refletir essa busca na língua, nossa maior forma de expressão cultural? Claudia Bergamini é linguista de formação e faladora por vocação. Mestra em Língua Portuguesa, acha esquisito falar “mestra” e “presidenta”, e, por isso, fala
facebrasil/língua portuguesa
Li de tudo! De filólogos defensores do latim arcaico a linguistas representantes da língua como uso. Até advogados se envolveram nas discussões, usando juridiquês e legislação para dar conta de explicar o fenômeno.
em português, de “mar”, antes feminino e hoje masculino. Graças a essa arbitrariedade, alguns substantivos “comuns de dois” receberam a marca de feminino como terminação, para reforçar a diferenciação de gênero, já que a língua tende a generalizar pelo masculino. Também por isso, não seria necessário empregar “presidento”.
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O Brasil passou por uma espinhosa eleição presidencial em outubro passado. A (falta de) argumentação nas redes sociais foi digna de um clássico futebolístico! Ideologias à parte, maior do que a rixa presidenciável foi a rixa linguística travada pelo uso da palavra presidenta.
Por Claudia Bergamini
Sua excelência, a presidenta, desde o século XV
Por Flávia Piña
Always
&
forever
Na contramão das tendências de moda, cada vez mais rápidas e passageiras, as peças clássicas são apostas certeiras em tempos de fast fashion. Há quem diga que existe uma lista fixa e pronta que serve para todas as mulheres mundo afora. Discordo. Essa lista dos must-have clássicos deve passar pelo estilo pessoal, sendo adaptada conforme o estilo de vida e a personalidade de cada um.
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facebrasil/moda
Mas de que forma fazer essas adaptações e apostar em peças que valerão a pena por mais tempo do que apenas uma estação? A primeira dica é buscar peças duráveis, com bom custo X benefício. Vale muito mais gastar um extra em um scarpin preto, que não sai de moda desde os anos 40, do que numa espadrille, por exemplo. Os traços de estilo aparecem, nesse caso, nos detalhes da peça. Uma mulher mais moderna, por exemplo, poderá optar por um scarpin preto de verniz, enquanto uma tradicional poderá escolher um modelo sem brilho, com bico mais quadrado. Tenha o estilo que for, segue abaixo uma listinha com cinco peças que nunca saem de moda: Trench coat – seja ele o clássico bege ou em qualquer outro tom, esse casaco é hit absoluto desde sua criação, há mais de cem anos, pela marca inglesa Burberry. O tecido, o tom e o comprimento ficam a critério de cada uma. Bolsa estruturada média em couro – não, essa bolsa não precisa ser preta nem marrom. Ela precisa combinar com a maioria das suas roupas para o dia a dia. Particularmente, acho que a vinho é uma das mais coringas. Camisa branca – não precisa ser de algodão nem modelo masculino. Pode ser de seda, pode ter linha inteira de botão ou não. Os detalhes ficam a seu critério, o importante é ter uma clássica branca neutra como chave para diversos looks. Calça jeans lavagem azul-escuro – novamente, nesse caso também pouco importa se a calça é flare, bootcut ou skinny. Uma calça jeans escura estilo premium combina com praticamente qualquer outra peça para diversas ocasiões. O que sempre sugiro é tomar cuidado com a altura da cintura. Cintura baixa, por exemplo, costuma não funcionar para a esmagadora maioria das mulheres. A mais democrática é a cintura média, dois dedos abaixo do umbigo. Scarpin – além de ser um sapato clássico, o scarpin combina com diversos tipos de looks e estilos diferentes. É feito em diversos materiais, como camurça, couro ou verniz; tem variações de bico e salto, o que facilita com relação ao conforto, e é um verdadeiro “coringa” do guarda-roupa feminino.
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Aproveite essas dicas e monte o guarda-roupa que é a sua cara! Flávia Piña é stylist, consultora de moda, palestrante e professora de criação de imagem. Acredita em moda e estilo acessíveis, feitos para vestir pessoas reais. flaviapina.com.br
Por Rogério Abdala Bittencourt Júnior
facebrasil/direito 50
Os desafios do brasileiro que deseja abrir empresa coligada ou controlada no exterior
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uitas são as dúvidas de brasileiros que pretendem investir no mercado estrangeiro e expandir seus negócios no exterior.
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Antes de mais nada, o brasileiro deve consultar a legislação do local onde pretende abrir a empresa. Nos Estados Unidos, cada estado adota procedimentos mais ou menos ágeis para que isso ocorra, mas basicamente se resume a reunir documentos dos sócios e aqueles necessários à constituição da pessoa jurídica – “bylaws” e “articles of incorporation”. Em alguns estados americanos, o processo de abertura de uma empresa não passa de alguns dias, e o custo não chega a ser bastante elevado. Uma vez aberta a empresa no país estrangeiro, assim como uma conta bancária em nome da “corporation”, o brasileiro poderá enviar dinheiro ao exterior sem grande burocracia, por meio de transferência bancária, sem prévia exigência de
autorização do Banco Central. Por outro lado, segundo a legislação brasileira, os investimentos no exterior devem declarados posteriormente pela empresa no Brasil, segundo as normas tributárias e contábeis vigentes. Para abrir uma filial no exterior, antes do procedimento de registro de empresa no país estrangeiro, é necessário que a empresa brasileira registre decisão formal dos sócios na Junta Comercial da sede da empresa. Uma vez aberta a filial no exterior, existe outra formalidade a ser cumprida pelo empreendedor brasileiro: registrar cópia legalizada (consularizada) do “ato constitutivo” da filial para registro na Junta Comercial. Como dito, é necessário que toda a operação de investimento e abertura de coligada ou filial no exterior seja declarada ao Banco Central e na Declaração de Imposto de Renda da pessoa jurídica, qualquer que seja o regime de tributação escolhido. Para todo o processo, é recomendado ter uma assessoria jurídica de qualidade, tanto no Brasil como no país estrangeiro. A Flórida, por exemplo, conta com diversos advogados bilíngues aptos a realizar a sobredita operação sem maiores percalços. Rogério Abdala Bittencourt Júnior é advogado nas áreas tributária e de contratos internacionais e sócio do Rabelo, Moreira & Bittencourt Advogados
Por Adriana Gonçalves
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facebrasil/vida + doce
Quindão
Ingredientes: • 5 ovos inteiros e 5 gemas • 3 copos de açúcar • 1 colher (de sopa) de manteiga • 300 g de coco ralado
Modo de fazer: Bata os ovos e as gemas com o açúcar e a manteiga. Junte o coco por último, fora da batedeira, misturando bem. Unte uma fôrma pequena (com furo no meio) e polvilhe-a com açúcar. Despeje o quindão na fôrma e leve ao forno quente, em banho-maria, por uma hora. Desenforme ainda quente. Aproveite e até a próxima receita!
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Adriana Gonçalves é formada em estudos sociais e trabalha há oito anos como gerente de vendas. Sua especialidade? Inventar quitutes doces e outras gostosuras
Por Marina Zema
facebrasil/psicologia 54
Encontre seu vazio
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O
ser humano é complexo demais para caber em teorias. Às vezes, tudo o que queremos é sentir, apenas viver o momento, sem explicações ou preocupações. Não devemos ter medo do vazio. Segundo Edward de Bono, considerado a principal autoridade no campo do pensamento criativo, “Tal como o espaço vazio numa pintura, o tempo em que nada acontece tem seu propósito”. É a partir do vazio que surge algo novo.
novas informações nos afasta da pessoa que muitas vezes fica esquecida na correria do dia a dia: nós mesmos.
Mas não se engane, entrar em contato com o seu próprio vazio na era da tecnologia não é tarefa fácil. Responder e-mails, WhatsApp e ser o tempo todo bombardeado com
Marina Zema é formada em Psicologia e trabalha com desenvolvimento de pessoas. Gosta de ouvir para descobrir o mundo particular de cada locutor e assim conhecer melhor seu próprio interior
É claro que entrar em contato com o seu próprio vazio não deveria ser mais uma daquelas preocupações corriqueiras. Nas palavras da imortal Clarice Lispector, “O vazio tem o valor e a semelhança do pleno. Um meio de obter é não procurar, um meio de ter é não pedir e somente acreditar que o silêncio que eu creio em mim é a resposta a meu mistério”. Conhecer e sentir seus silêncios exige que você escute suas vozes interiores, que se encontre de verdade. Como disse a jornalista e escritora brasileira Martha Medeiros, “Nosso mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de nós, onde não nos enxergamos, mas podemos sentir nós mesmos”.
Ring
Bike híbrida ou “motor de roda”, a Copenhagen Wheel é uma criação simples, porém muito relevante, que poderá mudar a forma como você utiliza a bicicleta. É uma criação em uma parceria entre estudantes do MIT e a cidade dinamarquesa de Copenhague. Ela tem um sistema que agrega funções de bicicleta elétrica às bikes comuns, fazendo com que elas se transformem em “veículos híbridos”. Tudo se resume a substituir a roda traseira da bicicleta pela roda especial, na qual existem várias estruturas que serão responsáveis pela recarga da bateria e também pela movimentação do motor embutido. Essa energia também é gerada no momento das frenagens. Além disso, a Copenhagen Wheel conta com um sistema de controle inteligente que facilita a identificação do percurso, além de um completo controle de informações por meio de aplicativo para smartphone. Porém, esse motor não faz com que o ciclista pare de pedalar. Ele é um auxílio, para garantir que as pedaladas fiquem mais leves.
Este gadget é um pouco maior do que um anel comum e utiliza a tecnologia Bluetooth para controlar tarefas com um movimento do dedo. Sua utilização é muito simples: basta programá-lo para responder ao padrão de gestos. Por exemplo, aumentar o som do carro, ligar a televisão, fazer upload de uma imagem ou trocar informação de contato com alguém, além da opção de personalizar seus gestos com dispositivos iOS e Android. O mais interessante é que os desenvolvedores podem criar suas próprias ações, o que faz o potencial do anel praticamente ilimitado.
Sense É um sistema simples que acompanha o seu sono, monitora o ambiente em seu quarto e também funciona como alarme. Para funcionar, o pequeno device combina a visão de seus padrões de sono com os dados do ambiente em seu quarto, incluindo ruído, luz, temperatura, umidade e partículas no ar. Assim será possível saber o que ajuda ou atrapalha seu sono e corrigir o problema, para assim dormir melhor. Por fim, o Smart Alarm do Sense é acionado no ponto certo em seu ciclo de sono, para evitar aquela sensação de cansaço durante o dia.
Hololens Até recentemente, os hologramas em grande parte pertenciam ao mundo da ficção científica. Porém, a Microsoft espera mudar isso com as Hololens. Com esses óculos, os usuários serão capazes de criar e interagir com hologramas digitais. A proposta é que os hologramas permitam que a pessoa interaja de forma pessoal com o mundo digital, prometendo ser a próxima evolução em informática. Com essa visão, hardware, software e engenheiros de design se uniram para criar uma nova tela para os criadores e desenvolvedores. Já imaginou tudo que poder ser feito com uns óculos desses? Sebastião Marques é publicitário, sócio-diretor de tecnologia e inovação da Wh2F, curioso e apaixonado por tecnologia
facebrasil/tecnologia
Copenhagen Wheel
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Conheça quatro invenções futuristas que poderão facilitar sua vida e que já estão sendo produzidas
Por Sebastião Marques
O futuro chegou
Por Mariana Tamiozzy
facebrasil/personal organizer 54
Cozinha: a vilã da casa organizada
Se existe um lugar da casa que sempre está sendo utilizado, esse lugar é a cozinha. Vira e mexe tem alguém fazendo uma atividade, seja cozinhar, seja tomar um copo d’água. Por isso, a pia quase nunca fica vazia, e os armários nem sempre estão arrumados. Pense bem: um lugar onde muita gente circula é difícil mesmo ficar organizado do jeito que a gente gostaria. Mas existem maneiras para amenizar um pouco essa desorganização que parece sempre estar lá. Para começar, veja se você tem armários suficientes. Se essa resposta for negativa, existem jeitos fáceis de ajeitar. A primeira é colocando prateleiras. Elas são práticas e baratas e se encaixam em qualquer cantinho. Nelas você pode pôr de louças a potes com mantimentos. Outra solução, ainda mais barata, são os caixotes. Você pode usá-los pintados ou naturais e até colocar ganchinhos para pendurar xícaras ou talheres. Fica lindo! Nas gavetas, o ideal é sempre usar um organizador, mesmo que elas não sejam de talheres. Quando você tem espaços demarcados, fica mais fácil organizar bugigangas e miudezas.
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Para os temperos, você pode usar desde potinhos metálicos que se prendem na geladeira até cestinhos de pregadores de roupa com ímãs, que se prendem igual e facilitam na hora de saber o que é o quê. E uma solução para quem tem mais espaço: colocar uma miniestante ao lado do fogão e organizar os temperos ali. Um charme!
Os pratos de cada tamanho devem estar com os seus jogos, e os que forem mais usados devem ficar à mão. Os copos, a mesma regra. Panelas podem ficar penduradas em uma estrutura em cima do fogão, mas também ser guardadas no armário, organizadas por tamanho. Nesse caso, as tampas devem ficar enfileiradas em um dos cantos. Uma dica útil é usar um revisteiro para organizá-las. Aqueles talheres mais usados podem ganhar um bule antigo ou um pote próprio para eles, ficando assim mais fáceis de ver e manusear. Já o terror de todas as cozinhas, os famosos potes de plástico, podem ser guardados organizados por tamanho e formatos e com as tampas enfileiradas do lado ou tampados. Por último, os eletrodomésticos, as chapas, as torradeiras e as cafeteiras devem ficar à mão por serem usados com muita frequência. Liquidificador, mixer, processador e outros podem ficar em cima de algum móvel também, como nos caixotes. Lembre-se sempre: tudo que não tiver tampa, estiver queimado ou estragado deve ser descartado. Mais vale uma cozinha com utensílios suficientes e organizada do que uma cozinha cheia de coisas e bagunçada. Arrume aos poucos e veja uma grande diferença! Mariana Tamiozzy é personal organizer, personal stylist e autora do site maritamiozzy.com/organizer. Seu objetivo? Facilitar a vida dos leitores
Por Marquito Santos
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facebrasil/drinkologia
BAR EM CASA
Convidou os amigos, vai receber a “tchurma” com drinks sensacionais e faltou aquele utensílio indispensável para fazer a receita? Hoje vamos dar uma dica pra que não falte nada na hora de preparar seu drink. Afinal de contas, ninguém quer ficar na mão numa hora dessas. Procure equipar o seu bar com utensílios básicos e deixe-os sempre à mão, para facilitar. Com eles, será possível realizar qualquer tipo de coquetel.
Vamos a eles: Balde de gelo: serve tanto para refrigerar as bebidas quanto para armazenar o gelo que será utilizado nas receitas. Coqueteleira: indispensável em qualquer bar, serve para preparar coquetéis com ingredientes de difícil mistura.
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Colher de bar ou bailarina: serve para mexer coquetéis que não são batidos, para auxiliar na separação de bebidas em drinks com várias camadas e como medida de bar – por exemplo, uma bailarina de açúcar. Dosador americano: ele utiliza as medidas em onças (oz) e tem dois lados, geralmente um complementando o outro.
Exemplo: um lado 1 ¼ oz e o outro ¾ oz. Se for difícil achar, pode substituir por aquele copinho de cachaça conhecido por minilagoinha. Nesse caso, o copinho tem 60 ml, que é o equivalente a 2 oz. Ou seja, 1 oz = 30 ml. Espremedor manual: para espremer frutas como laranja e limão. Faca: é sempre bom ter por perto uma faca, de preferência bem afiada. Pegador de gelo: utilizado para pegar gelo em pequenas quantidades e, em alguns casos, guarnições. Strainer ou coador: utilizados para coar bebidas no copo. Socador: usado para macerar frutas e outros ingredientes. Como puderam ver, nem são tantos utensílios, mas com eles por perto, você vai preparar seus coquetéis com mais facilidade e ainda vai tirar uma onda de bartender. Marquito Santos é músico, compositor e produtor musical. Adora bebericar. Destilado por uns e fermentado por outros, tem como objetivo compartilhar suas incursões no universo etílico
Por Taciana Vaz
facebrasil/educação 62
ENTRE CULTURAS
Iniciei o ano com um novo emprego desafiador: ensinar inglês para crianças entre 3 e 6 anos em uma escola construtivista de São Paulo. Tive experiência com essa faixa etária anteriormente e gosto muito de trabalhar com os pequenos, mas não é nada fácil. Neste artigo, vou expor alguns dos questionamentos que voltei a me fazer com frequência, sendo o maior deles sobre o ensino bilíngue e bicultural. No Brasil estamos imensamente preocupados com o ensino do inglês dos nossos filhos, desde o primeiro ano escolar. Nós, professores e coordenadores, buscamos proporcionar momentos de vivência na língua inglesa que contemplem a cultura de países cuja língua oficial é a inglesa. Normalmente focamos nos países desenvolvidos, de maior importância econômica e política no mundo atual. Assim proporcionamos um ensino bilíngue e multicultural.
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Estudos indicam que crianças bilíngues apresentam vantagens cognitivas se comparadas às monolíngues. “A primeira é uma certa antecipação da consciência metalinguística – eles se dão conta de que o objeto tem palavras diferentes para representá-lo e diferenciam com qual língua falar com cada pessoa”, explica Elizabete Flory, doutora em bilinguismo pelo Instituto de Psicologia da USP, em entrevista dada à revista brasileira Educação. Garantir essa “vantagem” para nossos filhos parece obrigação, se temos condições financeiras para isso. Nos Estado Unidos, muitos pais também estão preocupados com a questão, e escolas oferecem línguas como espanhol, francês, alemão. O português tem sido já procurado não só por pais brasileiros, mas também por alguns americanos que consideram a nossa uma língua importante de se falar hoje em dia, dando aos filhos essa mesma vantagem que
brasileiros veem em falar inglês. Isso é uma grande honra para nós. Porém, para os pais brasileiros, falar português em casa com os filhos nem sempre parece ou de fato é suficiente. Por isso, o acesso a uma instituição bilíngue é uma boa opção para garantir a fluência do seu filho nessa língua. Algumas instituições no estado da Flórida oferecem ensino bilíngue em português. Em Miami existe a escola Adda Merrit e a Fundação Vamos Falar Português. A missão dessa instituição é “propagar a língua portuguesa e promover a manutenção das heranças culturais brasileiras, entre as crianças e adolescentes da comunidade brasileira que vive nos EUA”. E para proporcionar momentos culturais e prazerosos de leitura e conversas em casa, a plataforma Elefante Letrado disponibiliza um acervo de livros em português para as crianças – e é bonita de visitar. Sem falar nas brincadeiras que aprendemos quando crianças e que sempre podemos ensinar aos nossos filho e seus amigos, criando um ambiente culturalmente rico em casa. Para leitores jovens e adultos, há sempre a opção gratuita do site Domínio Público, do governo brasileiro, ou livros online disponíveis para compra. Em um momento em que o Brasil está em destaque, não podemos deixar essa língua e cultura morrerem dentro de nossas casas, não importa onde estejamos ou com quantas outras culturas nosso filhos estejam já entrando em contato. O Brasil ainda é nossa raiz, o que não se pode mudar, e está “em alta”. Então a dica é aproveitar o lado bom de ser brasileiro e compartilhar isso com seus filhos, sempre. Taciana Vaz é formada em Letras e dá aulas de idiomas. Autora do blog namochiladataci.blogspot.com.br, gosta de ler e escrever sobre educação, viajar e trocar conhecimento mundo afora
Por Carlo Barbieri
Já virou Pizza
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facebrasil/política
e alguns brasileiros ainda nutriam alguma esperança de que há uma saída institucional para a nossa crise, seguramente os fatos de uma forma explícita demonstram que o trabalho hercúleo do juiz de Curitiba terá efeito efêmero. A manobra brilhante de colocar na presidência do processo no STF o ministro Dias Toffoli enterrou o processo antes mesmo de ser iniciado.
Ex-advogado do PT, Toffoli já atuou como assessor jurídico da Liderança do PT na Câmara dos Deputados (de 1995 a 2000), subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil no governo Lula (de janeiro de 2003 a julho de 2005) e advogado-geral da União (de março de 2007 a outubro de 2009), também no governo Lula, conforme publicado na imprensa. Toffoli seguirá nesse caso a mesma atuação que marcou sua presença no processo do mensalão, onde foi mais advogado dos sentenciados do que magistrado. Se não bastassem as evidências de sua vida pregressa, a imediata ida aos seus superiores, logo após o sucesso de sua indicação, mostra bem o que vai ocorrer. “Um dia depois de pedir para migrar para a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela maioria dos inquéritos relativos à Operação Lava Jato, o ministro Dias Toffoli se reuniu na manhã desta quarta-feira, 11, com a presidente Dilma Rousseff e os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no Palácio do Planalto”, noticiou o matutino paulista O Estado de São Paulo em 11 de março.
À época do mensalão, foi publicado:
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“Participação do ministro Dias Toffoli no julgamento do Mensalão do PT é um atentado contra a democracia Tudo dominado – Com umbilicais ligações com o Partido dos Trabalhadores e integrantes da cúpula petista, o ministro José Antônio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, participará do julgamento do caso do Mensalão do PT, o que contraria o desejo da maioria da população. Indicado pelo então presidente Lula para assumir uma vaga na mais alta Corte da Justiça brasileira, Toffoli alega que não há motivos para se declarar impedido.
Amigo do deputado cassado e ex-ministro José Dirceu, acusado de ser o ‘chefe da quadrilha’ do mensalão, Dias Toffoli avançou na carreira profissional dentro do PT”. Conforme publicado à época, “antes de ser indicado para o Supremo, Dias Toffoli advogou para Dirceu e foi sócio, até 2009, no escritório da advogada Roberta Maria Rangel, sua atual namorada, que defendeu dois outros acusados de envolvimento no escândalo do mensalão, os então deputados petistas Professor Luizinho (SP) e Paulo Rocha (PA). Como vemos, mais uma vez as esperanças se esvairão. Se não fosse a ação despudorada do PT, nunca uma pessoa com condenações poderia chegar a essa posição. Para ser ministro do STF, o indicado deve ter “notável saber jurídico e reputação ilibada”, que seguramente não é o caso. Senão, vejamos: em 2000, o procurador-geral do estado do Amapá, Batista Plácido, junto com Toffoli e seu então escritório de advocacia, Toffoli & Telesca Advogados SC, foram condenados pela Justiça do Amapá a devolver 19.720 reais aos cofres públicos por conta de uma suposta licitação ilegal de prestação de serviços de advocacia ao governo vencida pelo escritório de Toffoli. Em 2006 Toffoli foi processado novamente por outro crime de mesma natureza, ocorrido em 2001, dessa vez pela 2ª Vara Cível do Amapá, a devolver 420 mil reais (700 mil reais em valores atualizados até 21 de setembro de 2009) – fonte: Wikipédia. Com essa “dignidade” moral, esse nível de comprometimento, não tem outra razão de ter sido criada tal “oportunidade” para esse “impoluto” senhor fazer todas as manobras para assumir a direção dos trabalhos no STF do “Petrolão ”. Lembramos ainda que, no caso do Mensalão, Toffoli inocentou da acusação José Dirceu por compra de votos. Durante o julgamento, o ministro Toffoli comparou as penas impostas aos réus do mensalão às punições aplicadas no período da Inquisição, na “época de Torquemada”, o Grande Inquisidor espanhol do século XV, quando foram executados cerca de 2.200 autos de fé na Espanha. Toffoli defendeu que as penas, nesse caso, fossem somente financeiras. Já podemos antecipar que teremos uma pizza igual à do Mensalão, em que os “operadores” serão condenados e os beneficiados sairão galhardamente do processo, como inocentes.
Por Marco Alevato
facebrasil/face a face 66
á k a K o E
ia que o; a cada d id p rá is a m o. Já vez ossa redaçã ol. ando, cada n d a u m m a g m e e v os ch futeb Orlando ações e cas uilo. Agora a moda é xe a u it s is a m , e daq passa eu trou odas, disso munidade, vi muitas m da minha vida de co torcida organizada do o a Sei lá, dentr izada, até hoje a únic ta não havia Orlando n a a d rg la o e aqu nha dono torcida Orlando. N kers, não ti já era ra ic a tr p S o s g o n e ia hav Flam que via OIS, não . Pacheco – City, não ha hamos um time do Jr me engano – e a Fla- a o ín d brasileiro. T o Copacabana, se nã ara assistir aos jogos m p . ’s co e a o il d ã a a campe no Cam de verd e se reunia Flamengo e: fomos d a id mos n Orlando, qu egra. Porque eu sou e u z fi m o que ara a co -n ch p A ro y . b it to C ru n o o e d çã m n na erença esci Orla time em cr te dessa história; a dif aixão pelo p m a u e e x d u s o o tr g n il A Facebras licação a divulgar os jo tem uma visão difere b u p a da um ir e m ri p o. Hoje Claro que ca sas páginas. . e m ti e um temp m a o d d t a s ri o ó n m m e o débu e m te a s impresso ali. Somos e o que isso iemos é que temo qui e outra cações consecutivas, V a . to te n fo ra a ig m u no de publi s, tiramos jogador, é im inguém tira dele n Todo os dia ntra em seu quinto a brasil, assim como o e MLS – isso coisa, ce il a Facebras ká? Quase tudo! A Fa eiro gol do Orlando na eiros a falar de muita zes, li a m m K fe ver com o fizemos! Ele fez o pri mbém, fomos os pri mos porque somos lorida e F ta z e l s a r, fa ó e tr aqui faz de fazer, s da Cen a fama. N tade s brasileira mos felizes ara o hall d –, entrou p tória vai contar. Fica das maiores empresa , solidifica nossa von o is te çã a h mas isso a ais um prêmio de um so é muito gratifican s leitores uma publica is o , m s s s s ganhamo er. Para nó s para trazer aos no iness Partn ia – o Top Bus na luta de todos os d rantes r a u n ti sileiros imig nto n ra b s de co e s . s e te teligen OIS e todos beu com ta honesta e in rlando City, na terra que nos rece O o , á k a K mo fazer cebrasil, o Assim a Fa a ser um modelo de co o continuarã carinho. ara você! sil é feita p ra b ce a F a , Aproveite
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