Facebrasil 59

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Ano 5 - Edição 59 - 2016

A HORA DA VERDADE SAIBA OS PRINCIPAIS ERROS DOS BRASILEIROS NA HORA DA IMIGRAÇÃO

MAJESTADE MOTOS CAFE RACER SÃO UMA ODE À BELEZA BRITÂNICA

NÔMADES LIVRO APOSTA EM VIAGEM PARA CURA DE MALES MODERNOS




faceíndi ANO 5

16

22 24

8 Orlando

Universal Studios recebe atração inspirada em The Walking Dead

10 Matéria de Capa

O que saber para não errar na imigração

12 Diversão

Pout-pourri ambiental e político

14 Saúde

Precisamos falar sobre a trombose

32

“Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais ” – Walt Disney


ice2016 30

18 Especial

Pastor e advogado, David Diniz dedica a vida à palavra do Senhor

20 Beleza

Combatendo os cabelos ressecados

34 Finança

A César o que é de César

40 Bem-estar

A hipnose no divã

38 44 FACEBRASIL.COM

www.revistafacebrasil.com

46


59

6

facebrasil/editorial

ENTRE SEM BATER Tal qual o Redentor, impávido vigilante da Cidade Maravilhosa, temos os braços sempre abertos a quem busca por eles. A cortesia tipicamente brasileira cruzou as fronteiras conosco e, mesmo em Orlando, se mantém intacta; repetimos diariamente a tradição de acolher nossos conterrâneos e suas sugestões. Por deixar as portas abertas, por exemplo, descobrimos histórias incríveis, como a do casal nômade Rômulo e Mirella e a do campeão de jiu-jitsu Rinaldo Santos. Como a via é livre para os dois lados, propomos algumas reportagens que acreditamos ser úteis ao leitor, que nesta edição pode conhecer mais sobre a hipnose, uma técnica milenar que desperta amor e ódio quase na mesma proporção. Mais oportunidades de diálogo e conhecimento surgem nas reportagens sobre o projeto Waves for Water e nas linhas que se dedicam a traçar a origem do daiquiri, um drink atemporal. Com seriedade, falamos das razões e prevenções da trombose, uma doença silenciosa que faz centenas de milhares de vítimas todos os anos. Para nos livrar de todo o mal, trazemos o perfil do pastor David Muniz, um dos religiosos mais queridos pela comunidade brasileira na Flórida. Seguindo à risca o que nos propomos desde o começo, fazemos da reportagem de capa um manual do que não fazer na hora da imigração – porque a Facebrasil pode ter as portas sempre abertas

EXPEDIENTE Marco Alevato Publisher / Editor Chefe Eloá Orazem – Editora Tara Alevato – English Version Editor Bernardo Alevato – Financeiro IdeaBrazil – Projeto Gráfico Marianella Godoy – Diagramação Jorge Souto – Editor Fotográfico 3GB Consulting – Revisão

COLABORADORES NESTA EDIÇÃO Adriana Gonçalves Ana Carolina Franco Claudia Bergamini Sebastião Marques Thieny Molthini Tony Carvalho

COMERCIAL – SALES Marco Alevato – (407) 842-1211 info@facebrasil.com As opiniões expressas em artigos assinados são inteiramente de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista Facebrasil. Os anúncios são de responsabilidade dos anunciantes. A versão digital pode ser encontrada no portal Facebrasil no endereço: www.facebrasil.com

aos amigos brasileiros, mas os Estados Unidos, não. Por fim, reiteramos o convite para que você escreva conosco esta revista: sugira, critique e participe. A entrada é livre: entre sem pedir licença. Seja muito bem-vindo. Eloá Orazem Editora

ORLANDO 7575 Kingspoint Pkwy, suite 15, Orlando - Florida 32819 Rio de Janeiro Torres Homem 888, Vila Isabel Rio de Janeiro - RJ - BR, CEP 20.551.070 No portion of this publication may be reproduced or distributed by any means without the express written authorization of Facebrasil Magazine and PPM Magazines. All rights reserved. Printed in the USA. Volume 50-5 ISSN 231-5482 - is published monthly by PPM Publishers Magazine.



Por Facebrasil

O HORROR, O HORROR!

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facebrasil/Orlando

SÉRIE AMERICANA THE WALKING DEAD GANHA ATRAÇÃO FIXA NO UNIVERSAL STUDIOS ORLANDO

Poucas séries conseguem ultrapassar a barreira da quarta temporada mantendo audiência constante como faz The Walking Dead, um programa dramático e pósapocalíptico que está prestes a ganhar o mundo real: o Universal Studios, em Orlando, anunciou há pouco uma nova atração fixa inspirada na série. A decisão tomada pelo parque floridense não chega a ser surpreendente, pois, como havia antecipado a revista Entertainment Weekly, uma atração similar, baseada na série, acontecia apenas em determinadas noites, na época do Halloween. Os números da bilheteria somados aos números de fãs do programa mostram uma equação bastante simples, com um resultado tentador para a Universal Studios. De acordo com o parque, a área destinada a homenagear The Walking Dead no parque vai ter personagens com maquiagem autêntica de zumbis, bonecos animatrônicos sofisticados, cenários e figurinos ainda mais detalhados e adereços da série altamente reconhecíveis.

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Quem garante a verossimilhança é o próprio Greg Nicotero, criador, diretor e especialista nos efeitos especiais da série, que checou pessoalmente as instalações propostas pelo parque. Seja você fã da série, seja apenas um amante de um bom conto de terror, esteja preparado para vivenciar o cenário horripilante proposto por The Walking Dead. Todos os sustos são cortesia da casa.



Por Facebrasil

facebrasil/matéria de capa 10

CHEGADAS

PARA POUPAR O CORAÇÃO DE FORTES EMOÇÕES NA HORA DA IMIGRAÇÃO, LISTAMOS ABAIXO ALGUNS DOS ERROS MAIS COMUNS COMETIDOS NA FRONTEIRA POR BRASILEIROS

Pode até não ser o fim do mundo, mas uma negativa da imigração americana é certamente o fim de uma viagem – e, em muitos casos, o fim de um sonho também. Há quem opte por se apegar a advogado, conselheiro ou amigo especialista, quando, na verdade, não há nada nem ninguém que possa garantir ingresso nos Estados Unidos, que, apesar de se mostrar mais flexível com seus visitantes, ainda impõe (muito!) respeito e disciplina às suas fronteiras. Todos os anos, cerca de 2 milhões de turistas brasileiros partem rumo aos EUA, enquanto outros milhares de conterrâneos imigram por motivos profissionais ou educacionais. Independentemente do motivo que leve um estrangeiro até a Terra do Tio Sam, a entrevista na chegada é obrigatória, e é nesse momento crucial que muitos colocam tudo a perder. Embora recebida com surpresa por parte do viajante, as recusas não são raras – e são, geralmente, aplicadas por motivos recorrentes, que podem ser facilmente evitados com algumas informações básicas.

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Seguindo o nosso compromisso de ser a melhor revista para o brasileiro nos Estados Unidos, listamos abaixo os erros mais comuns na imigração, para que possamos aprender com eles e não mais repeti-los.

VISTO NÃO ABRE PORTA

Cidadãos brasileiros só estão autorizados a entrar nos EUA quando em posse de visto oficial, emitido pelo consulado americano no Brasil. Para conseguir o documento, é necessário preencher uma ficha, pagar as devidas taxas e se submeter a uma entrevista. O sucesso do processo burocrático, porém, não garante a entrada no país, apenas o direito de tentar. Sem exceções ou atalhos, a autorização final é dada pelo fiscal no aeroporto.

MOTIVO DA VIAGEM DIVERGENTE DO VISTO Basta uma rápida pesquisa na internet para descobrir que existem diversas opções de vistos americanos, cada um respondendo a uma necessidade específica. Todo imigrante – temporário ou não – deve ter em mente o propósito de sua viagem para solicitar a documentação correta. Estudantes, por exemplo, não podem entrar no país com visto de turismo – tudo deve ser feito de maneira coesa. Caso esteja em dúvida quanto ao visto a ser solicitado, recomendamos procurar auxílio na própria embaixada ou com profissionais qualificados.

VOLTA INCERTA Para os agentes americanos no controle dos passaportes, é importante que todos os não imigrantes tenham provas substanciais de que vão retornar ao seu país de origem. Para tanto, sugerimos ter em mãos voucher da companhia


E PARTIDAS

aérea sinalizando o voo de volta e qualquer outro documento que comprove uma sólida ligação com o país de embarque.

DOCUMENTOS FRÁGEIS Dependendo do tipo de visto estampado no passaporte de cada passageiro e dos motivos que o levem até ali, pode ser solicitado a qualquer momento que o viajante comprove todas as informações que sustentem sua versão. Documentos com erros gramaticais, pequenas divergências e sem mecanismos que garantam sua legitimidade, como um papel timbrado e selos, por exemplo, podem ser recusados.

JEITINHO BRASILEIRO A velha tática de levar tudo e todos em um bom papo é um “privilégio” que se restringe ao território brasileiro. Nos Estados Unidos, não há sorriso, cafezinho ou conversa fiada que faça abrir as portas da fronteira: caso seja pego tentando convencer ou ludibriar o agente em exercício, o viajante ceifa todas suas chances de entrada no país.

VALIDADE DO VISTO E DO PASSAPORTE Esse é um dos motivos que mais impactam em deportação dos Estados Unidos e diversos outros países, uma vez que a maioria exigia documentos com prazo de validade de, no mínimo, seis meses além da data da viagem. Destinos que exigem vistos aplicam a mesma lógica e cobrança nessa outra certidão também.

TENHA DINHEIRO Da mesma forma que é importante comprovar vínculo financeiro com o Brasil, é imprescindível que se prove a posse de um montante exclusivo para os gastos com a viagem – valor que varia de acordo com o país.

FIQUE ATENTO ÀS REGRAS Antes mesmo de o avião pousar, os viajantes já estão sujeitos a regras internacionais, e precisam agir de acordo com elas. Evite confronto com outros passageiros e sobretudo com a tripulação a bordo. Uma vez em terra, preste atenção nas sinalizações e instruções de segurança, para segui-las à risca. Na maioria dos aeroportos, por exemplo, é proibido filmar ou tirar fotos em áreas de segurança. Em alguns casos, o uso do telefone é proibido por completo. Por essas e outras, é preciso se manter alerta e respeitoso. Por mais que imigração alguma siga roteiros prédefinidos, é notório pensar que as chances aumentam quando diminuímos os riscos. Portanto, mantenha a coluna ereta, o bom humor, a documentação em dia, e não repita os erros que listamos acima. Em todo caso, desejamos boa sorte na imigração, porque, de uma forma ou de outra, acabamos todos precisando um bocado dela.


SUCESSO NA EUROPA, OS ESCAPE ROOMS TÊM SE PROLIFERADO NA FLÓRIDA, ONDE MAIS ADEPTOS SE RENDEM À BRINCADEIRA QUE PEDE CONCENTRAÇÃO, TRABALHO EM EQUIPE, CONHECIMENTO E, CLARO, UM POUQUINHO DE SORTE TAMBÉM

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facebrasil/diversão

Por Facebrasil

REVOLUÇÃO NERD

Por que conquistar só o Vale do Silício quando se pode conquistar o mundo? A revolução nerd já dominou o ranking dos mais ricos da Forbes e agora quer também conquistar o seu coração, com um jogo interativo bem divertidos. Os escape rooms, como são chamados, começaram na Europa, mas encontraram campo fértil na Flórida, onde crescem e se multiplicam a cada oportunidade.

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Como o próprio nome já indica, o escape room é um quarto de onde se deve fugir, mas, para isso, você precisa desvendar a charada - ou o crime, em alguns casos. Você e mais um grupo de amigos são, literalmente, trancados em uma cena, que pode ser um escritório ou uma caverna, por exemplo, e, juntos, precisam encontrar todas as pistas para montar o quebra-cabeça que lhes dê a liberdade. Cada grupo tem aproximadamente 90 minutos para matar a charada e encontrar a chave, antes que a brincadeira acabe e a equipe destranque as portas por si. Talvez tudo isso soe um pouco bobo, mas a chave não está escondida em uma gaveta ou coisa parecida: é preciso prestar

muita atenção aos detalhes e relembrar diversas aulas de ciências do ensino fundamental (e pensar que um dia você disse ao professor que jamais usaria a fórmula de Bhaskara e as reações químicas fora da escola, né?). A complexidade é tanta, aliás, que mais de 80% dos grupos não conseguem completar a tarefa de primeira _ sim, tem gente que volta vez após vez, até conseguir resolver a equação e conquistar a liberdade. Além de vingar o pequeno CDF sufocado pelo bullying da galera do fundão, a brincadeira ainda reforça a importância do trabalho em equipe e faz com que todos os participantes interajam. O preço pode variar um bocado, mas gira em torno de 30 dólares por pessoa – e é necessário agendamento prévio, dada a alta procura, sobretudo nos finais de semana. Então chame a galera, assuma aqueles óculos fundo de garrafa e comprove se aquele teste de QI que dizia que você é tão inteligente quanto Einstein estava mesmo certo.


ESCAPE ROOMS EM ORLANDO America’s Escape Game 8723 International Drive, Suite 115 407-412-5585 americasescapegame.com The Great Escape Room 23 1/2 S. Magnolia Ave. thegreatescaperoom.com/Orlando It’s a Trap! 6744 Aloma Ave., Winter Park 407-960-3824 itsatrapgame.com Escapology 11951 International Drive 407-278-1515 orlando.escapology.com


Por Lilian Alevato

facebrasil/saúde 14

O SILÊNCIO QUE AFETA INOCENTES METADE DOS CASOS DE TROMBOSE CHEGA SEM SINTOMAS, MAS A DOENÇA, QUE PODE PASSAR DESPERCEBIDA POR ALGUM TEMPO, PEDE CUIDADOS E AÇÃO IMEDIATA

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A gente culpa o sapato, as longas jornadas em pé e a caminhada prolongada – ao menor sinal de dores, inchaço ou sensação de desconforto nas pernas e pés, tratamos logo de minimizar o problema colocando tudo na conta da rotina atribulada. De imediato, tomamos um analgésico, aplicamos compressa de gelo e nos dedicamos a um pouco de repouso, calando, sem saber, alguns dos maiores sintomas da trombose, uma doença silenciosa que pede cuidados vitalícios. Sob a ótica médica, a trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. O problema maior é quando um coágulo se desprende e se


movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves e até a óbito. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), 60 a cada 100 mil habitantes são diagnosticados com trombose venosa profunda (TVP), e, embora todos estejam sujeitos a desenvolver a doença, a enfermidade é mais frequente em idosos, mulheres jovens que tomam pílulas anticoncepcionais, pessoas que fazem viagens terrestres ou aéreas com mais de oito horas de duração, pacientes acamados em recuperação de cirurgias, portadores de câncer e tabagistas. De acordo com especialistas, metade dos casos de tromboses não apresenta sintomas, mas é extremamente importante ficar atento ao menor sinal de uma anomalia. Ao identificar dores e inchaço nas pernas, além de vermelhidão, procure imediatamente um angiologista ou cirurgião vascular para que seja feito o exame ecodoppler e qualquer outra avaliação médica solicitada.

desloquem para os pulmões. Importante ponderar também que pessoas saudáveis não estão isentas desse mal, portanto, prevenir é uma obrigação de todos. Em viagens, por exemplo, é altamente recomendado o uso de meia elástica, movimentação das pernas, hidratação, bem como levantar e caminhar quando possível. Por serem mais suscetíveis à moléstia, as mulheres pedem cuidados redobrados: procure intercalar o uso de anticoncepcionais e dê preferência a produtos adequados, sob a orientação de um ginecologista de confiança. De forma geral, os médicos indicam ainda a prática regular de atividades físicas, porque o sedentarismo leva à obesidade e, consequentemente, ao aumento da incidência da trombose. A cozinha também precisa ser submetida a uma transformação, deixando para o passado comidas com alto teor de gordura e sal. A preocupação com uma alimentação saudável deve nos acompanhar ao longo de todo o ano, mas no verão é preciso garantir que estamos ingerindo líquidos na medida certa.

Uma vez confirmada a doença, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, e ele consiste em três etapas: impedir o crescimento do coágulo de sangue; evitar que o coágulo sanguíneo avance para outras regiões do corpo; e reduzir as chances de recorrência da enfermidade.

Quando identificada em estágios não avançados, a doença é facilmente controlada por um médico capacitado, mas nada nem ninguém pode garantir que o quadro não volte a se repetir no futuro.

Para chegar ao objetivo, o médico administra drogas diluidoras de sangue, como anticoagulantes. Em casos mais graves, é prescrita a heparina, medicamento para tratar tromboses severas e embolia pulmonar. Ainda em situações agudas, o médico responsável pode optar por inserir filtros na maior veia do abdômen a fim de impedir que os coágulos sanguíneos se

Como em todos os outros planos da vida, a nossa saúde também reflete nossas decisões, e, quando o assunto é trombose, tente seguir à risca as orientações médicas e faça visitas constantes a um especialista, para que haja monitoramento correto do tratamento e dos medicamentos ministrados por ele.

Facebrasil

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Por Giovanni Alevato

facebrasil/sustentabilidade 16

ONDA DE SOLIDARIEDADE COM UM BALDE, UMA MANGUEIRA E DIVERSOS VIAJANTES DISPOSTOS A FAZER O BEM, JON ROSE JÁ LEVOU ÁGUA POTÁVEL PARA MAIS DE 8 MILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO TODO Muita coisa e muita gente nunca mais foram as mesmas depois do terremoto de 7.6 graus que assolou a cidade de Padang, na Indonésia. A tragédia, que ceifou vidas e destruiu casas, também deixou fraturas expostas na alma de Jon Rose, que teve de inventar sua própria cura. “Estava a bordo de um barco na costa de Sumatra quando a tragédia aconteceu. Eu tentava chegar a Bali para entregar dez filtros de água à comunidade local, mas, diante do ocorrido, mudamos os planos e resolvi que levaria os filtros para as vítimas do terremoto. A partir de então, fiquei obsessivo com a questão de oferecer água potável para as pessoas. Essa obsessão surgiu porque pude ver, em primeira mão, o que uma pessoa é capaz de fazer por recursos básicos”, conta, remontando ao começo da organização que lidera até hoje. “Eu mal tinha tentado de verdade fazer alguma diferença no mundo e fui capaz de causar um grande impacto em um curto espaço de tempo. Então pensei: e se eu realmente tentar, e se eu investir tudo o que eu tiver nisso?”, continua.

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As perguntas lhe roubaram algumas noites de sono, mas lhe devolveram um propósito de vida: faria exatamente o que sempre fez - viajar em busca de boas ondas -, mas ajudaria quem lhe cruzasse o caminho. Surfista profissional, Jon Rose fundou, ainda em 2009, a organização Waves for Water: uma rede de viajantes que distribui filtros de água ao melhor estilo “faça você mesmo”. O objetivo é eliminar os desafios de distribuição que os programas de ajuda filantrópica enfrentam e, claro, atingir o maior número de pessoas possível. “Meu pai trabalhou na África, desenvolvendo formas simples de captar água da chuva e ensinando as pessoas a transformá-la em água potável, e pensei que também poderia fazer isso. Já tinha visto a necessidade da água em todos os lugares que eu havia visitado em nome do surfe. A Waves for

Water surgiu quando percebi que poderia ir para todos esses lugares, que sempre me deram tanto prazer ao longo dos meus anos como surfista, e finalmente poder dar algo em troca”, explica Jon. A ideia é simples, e o custo, acessível: com apenas um balde e uma mangueira, Jon Rose conseguiu desenvolver um filtro de água reutilizável capaz de abastecer até cem pessoas em um único dia. Desde então, o surfista já passou por 27 países, oferecendo água potável para mais de 8 milhões de pessoas. O modelo de trabalho, apelidado de Humanitarismo de Guerrilha, nada mais é do que uma tática descentralizada de filantropia e a maneira que Jon Rose encontrou para salvar a si e ao mundo ao seu redor – tudo isso a partir de uma perspectiva de diversão, e não de martírio. Por isso, o mantra da Waves for Water é faça o que você ama, e ajude pelo caminho. “Esse modelo parece mais sensato do que jogar tudo para o alto e viver para servir o outro. Acredito que podemos ser um pouco mais socialmente conscientes e também acho que, se você acredita nesse caminho, o propósito acaba virando a sua paixão; como resultado, o mundo todo muda.”



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facebrasil/perfil

Por Facebrasil

EM NOME DO PAI

E

mbalado pela fé cristã que lhe vem de berço, o pastor David Muniz dedica a vida à palavra do Senhor muito antes de ganhar o título que hoje precede seu nome: foi ordenado em 1996 ao ministério sacerdotal e, com 16 anos, passou a frequentar o seminário de teologia e diversos outros cursos que lhe seriam úteis na jornada em nome de Deus.

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No ano de 1999, o pastor foi aprovado no vestibular para a Faculdade de Direito na Universidade Candido Antônio Mendes – concluindo os estudos de bacharelado em 2004. A dedicação aos livros e às pesquisas lhe garantiram êxito

na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ), mas a chancela não colocou fim à maratona educativa do sacerdote, que buscou duas especializações: Direito do Consumidor e Propriedade Intelectual. Hoje, ativo há mais de dez anos na profissão, o pastor divide a vocação divina com o trabalho no escritório Muniz Diniz Advogados, do qual é sócio. Mesmo com a rotina atarefada, Diniz encontra tempo para unir seu conhecimento jurídico e teológico em prol de causas nobres, ajudando as ações de caridade da Igreja desempenhadas em centros de recuperação, orfanatos e presídios. Mais recentemente, o pastor adicionou à agenda um novo


PASTOR E ADVOGADO, DAVID DINIZ DEDICA A VIDA À PALAVRA DO SENHOR E AOS CUIDADOS DOS HOMENS

compromisso – dessa vez com a música. David Diniz já dividiu o palco e o microfone com cantores consagrados, como Thalles Roberto e Perlla –, e a boa receptividade do público indica vida longa a essa carreira. À frente da própria igreja, a Comunidade Cristã Getsêmane, em Jardim Alcântra, São Gonçalo, Diniz conta que sempre teve o apoio de pais e familiares para levar adiante o ministério pastoral. “Aos 12 anos, já tinha certeza sobre a palavra de Deus. É comum

os jovens se interessarem pela música nas igrejas, e acredito que, por meio da palavra cantada, vou alcançar almas para Cristo. Não busco holofotes, palcos, nem ser uma estrela no universo da música gospel, mas sim a realização do que Deus reservou para minha vida”, garante David Muniz. Sempre coberto por humildade e amizade, o pastor segue colocando em prática o discurso de amor ao próximo e ao Senhor, como Ele sempre quis.


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facebrasil/beleza

Por Marianna Lins

RESSECOU, E AGORA? ENTENDA O QUE PODE ESTAR PREJUDICANDO A SAÚDE DO SEU CABELO E SAIBA COMO REVERTER O QUADRO

A

gente sente na pele uma série de ironias da vida, mas uma bem curiosa eu sinto mesmo é nos cabelos: uso produtos de boa qualidade nos fios, mas eles continuam ressecados. Leitores e amigos compartilham comigo essa contradição mundana – e, cá entre nós, madeixas ressecadas é algo que incomoda bastante e fica sempre evidente.

Na maioria das vezes, o caso indica problemas apenas estruturais, como falta de hidratação e de cuidados ou agressões químicas. Porém, é preciso prestar atenção, porque, vez ou outra, pode ser o prenúncio de questões relativas à saúde.

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De uma maneira geral, identificamos cabelos malcuidados pelas pontas duplas, pela fragilidade, pela falta de brilho e excesso de frizz. Tudo isso pode ser consequência de uma sucessão de deslizes que vão desde agressões externas, como exposição ao sol, mar ou piscina, até banhos com água muito quente, uso contínuo de produtos inapropriados, calor excessivo das chapinhas e secadores e más escolhas na hora de cuidar da tintura. Mas se nenhum dos vacilo acima explica o aspecto pouco atraente das madeixas, então é hora de investigar a saúde de dentro para fora, porque algumas doenças, como anorexia,

deficiências nutricionais, anemia, doença de Menkes, hipotiroidismos ou alterações hormonais, dão sinais por meio dos fios. Manter-se atenta aos cabelos é, portanto, mais do que uma questão simplesmente estética, e a insistência de alguns sintomas deve ser averiguada por um médico. Para casos não clínicos, o ressecamento das madeixas pode ser combatido com boas hidratações – e há uma infinidade de produtos dedicados a esse fim. Os adeptos de opções DIY (“do it yourself”, ou “faça você mesmo”, em tradução literal) podem comemorar, porque as alternativas caseiras, como o óleo de coco, mostram-se bastante eficientes. Quem costuma confiar o cuidado dos fios a profissionais sabe bem que salões de beleza dispõem de uma boa variedade de tratamentos que prometem hidratar o fio, dentre eles a cauterização ou queratinização, que acrescenta queratina ao cabelo, hidratando e selando as cutículas. Agora que já discutimos alguns remédios, vale mencionar prevenções, porque é mais fácil evitar o ressecamento dos fios do que recuperá-los: passe longe de banhos muito quentes, utilize produtos apropriados ao seu tipo de cabelo e preste atenção na alimentação, um fator imprescindível para ter madeixas sedosas e cheias de brilho. Mariana Lins é jornalista e escreve o blog www.aiquebabado. com. Lá você encontra dicas de beleza, moda, qualidade de vida e fitness. Siga ela no Instagram: @eumeuriana @ aiquebabado



MODELO VINTAGE DESENVOLVIDO PELA MOTOR GUZZI RELEMBRA MOTOS EUROPEIAS FAMOSAS NOS BARES E CAFÉS LONDRINOS DURANTE A DÉCADA DE 50

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facebrasil/motor

Por Facebrasil

CAFÉ BRITÂNICO

E

scolhida a música, os motores eram ligados. O desafio era completar o percurso antes que a jukebox terminasse seu trabalho. Carenagens e outros abscessos inúteis saíam de cena para dar mais espaço à velocidade, fator determinante para coroar o vencedor da prova.

O cenário repetia-se com muita frequência nos bares e cafés londrinos durante a década de 1950 e meados de 60. As motos “peladas” e potentes eram tão difundidas na Europa que acabaram ganhando um estilo próprio e passaram a ser definidas como Café Racer.

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Espécie ameaçada de extinção pelos pomposos modelos que desfilam pelas ruas da cidade, a Café Racer encontrou na Itália uma salvadora, a Motor Guzzi. Integrante do grupo Piaggio, a fabricante foi cautelosa com o design da V7 Racer, que ostenta um visual vintage capaz de transmitir a esportividade de outrora sem necessariamente

remeter a algo ultrapassado, atraindo a atenção de quem admira altas velocidades ainda hoje. Sob a potência de um motor clássico de 48,8 cavalos, 750 cilindradas, cinco marchas e injeção eletrônica, o modelo permite vigorosas arrancadas e promete agradar em cheio os famosos “gentlemen riders”, ou pilotos de rua, como são popularmente chamados. O banco tipo mono foi previamente pensado para respeitar o design repercutido décadas atrás e valorizar o lado esportivo da V7 Racer, que tem ainda guidão rebaixado com retrovisores na ponta, rodas raiadas, suspensão traseira dupla e regulável, pneus Pirelli Sport Demon e novo sistema de escapamento Akrapovic Arrow, que confere um charme especial ao modelo. Produzida em série limitada e exclusiva, a Racer Cafe fabricada pela Motor Guzzi é devidamente numerada. Tamanha exclusividade tem seu preço – que, nesse caso, começa em US$ 12 mil.



Por Facebrasil

TOMA LÁ, DÁ CÁ O “JEITINHO” QUE DEU ORIGEM A UM DOS MAIS CONHECIDOS DRINKS DO MUNDO, O DAIQUIRI “Há males que vêm para o bem” – frases clichês, como essa, seguem atravessando o tempo justamente por refletirem a realidade, ano após ano. Quem há muito comprovou o dito popular foi o americano Jenning Cox, que se viu sem gim para entreter seus mineradores compatriotas na praia de Daiquiri, em Cuba.

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facebrasil/drinkologia

Depois de um dia duro de trabalho, Cox não poderia desapontar os colegas, que padeciam sob o intenso sol cubano. Assim, em um copo grande, cheio de gelo, suco de limão e açúcar, o americano adicionou rum e torceu para o melhor. A bebida “improvisada” ali passou a ser o drink oficial da equipe, e não demorou para conquistar também os membros da Marinha americana, atracados na região por conta da Guerra, nos idos de 1900. Sobrevivente dos combates de então, Lucius Johnson, almirante da Marinha, regressou aos Estados Unidos por volta de 1909 com muitos causos para contar – e brindava o seu retorno com o coquetel recém-descoberto. Paralelamente a essa história, há quem defenda que, na verdade, os americanos apenas aprimoraram uma mistura que os mineradores e soldados cubanos levavam presa à cintura, uma espécie de limonada doce e rum, que os ajudaria a repor as energias gastas – e, de quebra, embriagava a covardia diante das longas batalhas. Seja como for, em 2009 foram comemorados os 100 anos da chegada do drink em terras americanas, onde se tornou particularmente conhecido depois de cair nas graças de John F. Kennedy e do escritor americano Ernest Hemingway.

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Com a mesma facilidade que conquistou o paladar de homens e mulheres nos EUA, o daiquiri fez render bares do mundo inteiro, onde ainda guarda lugar cativo na carta de coquetéis, admitindo ainda algumas variações mais doces, com groselha, morango ou manga.




Claudio Tozzi

Guilherme Arantes

Nicette Bruno

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Por Facebrasil

facebrasil/brasileiros pelo mundo 28

NESSA LONGA ESTRADA DA VIDA RÔMULO WOLFF E MIRELLA RABELO DEIXARAM BONS EMPREGOS EM MULTINACIONAIS PARA VIAJAR O MUNDO – DE CARRO!

Tirar o pé do freio e sair da zona de conforto social e cultural é um sacrifício que poucos estão dispostos a fazer, mas, para o casal Rômulo Wolff e Mirella Rabelo, seria muito mais penoso levar a vida em ponto morto, experimentando uma rotina pavimentada por previsibilidades. Quando a estrada do destino os levou a uma encruzilhada decisiva, ambos optaram pelo caminho mais longo – um que não pode ter fim: viajar o mundo de carro. Embora muitos peguem carona no sonho da dupla, quase ninguém realmente assume o volante e vai em busca da realização. Por sorte e competência, o casal brasileiro não aceitou atalhos: há um ano colocou sua caminhonete na estrada, sem destino final, e hoje já somam mais de 15 países visitados. Para viabilizar a vida nômade, Rômulo e Mirella hospedamse na casa de locais e exploram diariamente o potencial do conteúdo em vídeo, mídia ainda tímida no segmento do turismo nacional.

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“Nossos amigos e familiares diziam que éramos malucos em confiar em desconhecidos, mas mudaram de ideia depois que começamos a mostrar nos clipes as pessoas que conhecemos pelo caminho”, contam. Enquanto para uns o maior desafio era esse, de confiar quase cegamente no próximo, para outros a maior adrenalina dessa jornada foi a coragem de largar bons cargos em multinacionais. Com background corporativo, os dois revelam que não sabiam nada sobre edição e filmagem, mas que investiram tempo e dinheiro em cursos e equipamentos que lhes abrissem essa porta. Rômulo e Mirella tiveram um ano

para planejar a viagem e aprender o máximo possível sobre como fazer bons vídeos. Todo o esforço parece ter valido a pena: a dupla é a primeira do Brasil a registrar uma viagem de volta ao mundo em vídeos diários, levados ao ar no YouTube. Além de mostrarem seu dia a dia, em uma espécie de diário virtual, os pombinhos gravam clipes em que ensinam a fazer pratos típicos, respondem perguntas dos seguidores e compartilham dicas de planejamento, couchsurfing e empreendedorismo. A ideia de viver só do conteúdo postado no YouTube é real, mas, por enquanto, os custos da viagem pedem outras fontes de renda – por isso, Rômulo e Mirella oferecem consultoria em marketing e criam conteúdo audiovisual para empresas. “Nosso trabalho é muito flexível, podemos fazer de qualquer parte do mundo”, comenta Rômulo. Para facilitar e organizar o acesso aos mais de 300 vídeos disponíveis em seu canal do YouTube (www.youtube. com/vlogandshare), o casal dividiu as filmagens em três temporadas: a primeira, América do Sul; a segunda, América Central; e agora estão na terceira parte da saga. A edição não exclui ou mascara a realidade; o que se vê ali é a vida como ela é: os dias em que os viajantes ficam sem tomar banho, quando têm que comer no escuro, as casas em que se hospedam, as pessoas que conhecem, as caronas que dão e mais – tudo é gravado e imortalizado no diário virtual. Sem filtro ou figurino, Rômulo e Mirella mostram que o melhor da vida não precisa de efeitos especiais. Só um pouquinho de coragem, talvez.



Por Facebrasil

É

preciso acostumar-se a perder o fôlego com frequência: quando a paisagem estonteante não nos rouba o ar, é a adrenalina quem o faz – ou o próprio esforço da jornada. Visitar a Suíça é descobrir que, às vezes, as grandes aventuras se escondem nos menores países.

Acomodada entre as fronteiras com Alemanha, França e Itália, a pequena nação não se deixa limitar e assume proporções pouco modestas no quesito emoção, porque nada lhe escapa: terra, céu, montanha, água, ar e até neve servem de arena para a prática de esportes consagrados e outros pouco conhecidos.

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facebrasil/turismo

Enquanto os vizinhos se deleitam com a sorte de serem banhados pelo mar, a pequena Suíça improvisa nas águas de seus rios e lagos, que em nada deixam a desejar. Ali é comum ver barcos a vela apontando a direção do vento, caiaques cortando as distâncias das margens e os famosos stand up paddles ganhando cada vez mais adeptos. Para os mais criativos, o mergulho (com ou sem cilindro) também é uma opção – mas, nesse caso, a prática tem mais a ver com estudo e aperfeiçoamento da técnica do que com contemplação ou coisa do tipo. Quem prefere esportes mais intensos vai gostar de descobrir o potencial das águas suíças por meio do kitesurf, modalidade que pede força e agilidade, já que o praticante tem de se equilibrar em uma prancha de wakeboard enquanto é “puxado” por um pequeno paraquedas semelhante aos usados em voos de parapente. A rapidez e as manobras radicais que envolvem saltos de muitos metros de altura garantem diversão não apenas para quem se aventura no kitesurf, mas também para a plateia que se contenta com a segurança da margem. Embora seja comum encontrar praticantes dessa modalidade em diversas regiões do país, é no lago Silvaplana, em Engadina, que ele é mais recorrente. Esportes mais tradicionais, como windsurf, natação, remo e outros também atraem milhares de pessoas para as águas cristalinas da Suíça, que se mostra bem receptiva a diversas aventuras “molhadas” – só não tolera mesmo os jet skis, por considerarem as motos aquáticas incômodas e egoístas demais: é muito barulho para pouca gente se divertindo.

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Quando as temperaturas desencorajarem – ou até mesmo impossibilitarem– a prática de atividades nos lagos e rios, é hora de subir as montanhas para se aventurar nos Alpes suíços. Quem domina a técnica do esqui ou snowboard sabe que, para ambos os esportes, St. Moritz e Zermatt pegam fogo na temporada mais fria do ano, quando os picos cobertos de neve recebem eventos de todos os tipos para entreter os visitantes dentro e fora das pistas. Seguindo um conceito parecido com o kitesurf, o speed riding também conta com a ajuda de um pequeno paraquedas que faz o esportista “voar” por alguns momentos enquanto esquia montanha abaixo. Por se tratar de um esporte radical, é recomendado que apenas pessoas muito experientes se aventurem nessa modalidade. Cursos e instrutores são facilmente

encontrados na região de Aletsch, onde o esporte ficou mais conhecido. Engana-se quem pensa que a diversão fica restrita aos picos nevados dos Alpes durante o inverno: lá embaixo existe um mar de alternativas para que as férias não sejam uma fria. Mas, ao descer as montanhas geladas, opte pelos famosos trenós, assim a adrenalina continua em alta. Chegando em terra firme, é hora de vislumbrar novos horizontes. Se o hóquei parece um tanto bruto demais, tente praticar o curling, que é bastante conhecido por lá, mas quase nada divulgado por aqui. Trata-se de um esporte cujo objetivo é deslizar uma pedra o mais próximo possível de um alvo determinado, usando para isso o auxílio de uma espécie de rodo, que ajuda a afinar o gelo. Grosseiramente falando, o curling é um primo legal e moderno da bocha. Para os que preferem evitar água em qualquer um de seus estados, o bom mesmo é tirar os pés do chão – e a Suíça é um bom lugar para fazer esse sonho acontecer. O céu de Interlaken anuncia de longe que ali a adrenalina vai às alturas – literalmente. Dezenas de paraquedas coloridos contrastam com o azul e convidam seus visitantes a testar seus limites. Parapente e voos de balão são outras modalidades exploradas na região. Fiscalizados por órgãos competentes rigorosos, os


DOCE E RADICAL BANCOS, CHOCOLATES E RELÓGIOS SÃO APENAS UMA PEQUENA FACETA DA SUÍÇA, QUE QUER MOSTRAR AO MUNDO O SEU LADO MAIS AVENTUREIRO TAMBÉM

esportes radicais na Suíça garantem segurança, mas deixam intacta a diversão. Quem teve coragem de sobrevoar a região garante que o coração bate forte pela aventura e pela vista privilegiada – e os dois motivos tornam a experiência viciante. Se saltar de um avião em movimento parece uma ideia radical demais para quem está querendo se acostumar com grandes altitudes, a Suíça tem a solução em Gordola, na parte italiana do país: bungee jump – e um bem famoso, o mesmo que fez James Bond no filme “Golden Eye”. A queda de 220 metros não assustou uma garotinha de apenas 10 anos, a pessoa mais jovem a fazer o salto, nem um senhor de 83 anos, o mais velho aventureiro. Segundo bungee jump mais alto da Europa, o Bungy Jump 007, como é conhecido, não tem restrições por idade, apenas por peso: só podem pular pessoas com mais de 45 kg e menos de 110 kg. Na ativa desde a década de 60, a plataforma não contabiliza nem sequer um acidente, mas Tony, o responsável pela experiência, sabe exatamente os números da aventura: sete segundos de queda e cinco minutos para vivenciar por completo um momento inesquecível. Adultos pagam 213 euros para fazer o salto, enquanto estudantes têm de desembolsar 163 euros. Para os corajosos de plantão, a boa notícia é que o segundo salto é mais barato: 104 euros. Câmeras GoPro são disponibilizadas para aluguel, assim o feito pode ser reprisado

inúmeras vezes. Se o coração prefere deixar de lado a altura para se ocupar de esportes que exigem mais esforço, o pequeno país europeu em questão continua sendo o destino certo, já que diversas trilhas de hiking estão espalhadas por todas as regiões. Há uma, inclusive, que visa a contemplação de flores, em Zermatt – com um pouco de sorte, é possível ver a mítica Edelvais, planta protegida por lei e símbolo do amor. Outras tantas caminhadas, de diferentes níveis e intensidade, podem ser facilmente praticadas em toda a Suíça, que oferece ainda a opção de alpinismo, para quem troca a paz da andança por um pouco de força e bastante adrenalina. Depois do sacrifício da subida, os guerreiros que chegam ao topo podem, dependendo da montanha, fazer a descida de uma maneira ainda mais radical: a bordo de um patinete offroad, com rodas maiores e mais robustas que o normal. Em Jungfrau, por exemplo, é possível viver essa experiência em dias de clima bom, já que a pista precisa estar seca para uma descida segura. Com um pouco de imaginação e muita disposição, a Suíça pode virar um playground ou uma academia a céu aberto – quando não os dois juntos. Versátil em tudo que diz respeito a esportes e aventuras, o país onde não existe tempo ruim


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facebrasil/joia

Por Facebrasil

BRILHO ETERNO DE UMA PEDRA BRASILEIRA DONA DE UMA RARA E EXUBERANTE COR NÉON QUE HIPNOTIZOU O MERCADO MUNDIAL, A TURMALINA PARAÍBA PODE SER VENDIDA POR US$ 100 MIL O QUILATE

N

em flores, nem folhas, nem frutos. Do solo pobre e seco de São José da Batalha, na Paraíba, desabrochou uma pedra rara, dona de um azul que oscila entre o turquesa e o piscina, tão intenso e vibrante que pode ser chamado néon.

Descoberta em meados dos anos 1980, a turmalina Paraíba – como a gema passou a ser conhecida – fez exaltar os mais experientes mineiros e ganhou a atenção do Gemological Institute of América, o GIA, maior e mais respeitado instituto de gemologia do mundo, que atestou a raridade da pedra e dedicou a ela nove páginas de sua publicação, a revista Gems & Gemology.

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A pedra mal chegara à superfície quando, ainda bruta, teve sua peculiar tonalidade minuciosamente examinada pelos mais experientes profissionais da área. Não foi preciso muito tempo e muita técnica para constatar que, a partir daquele momento, o Brasil se tornava pátria de uma pedra de grande valor mundial. Gemas similares à turmalina Paraíba são encontradas em algumas minas africanas, porém sem o néon que é conferido à joia brasileira. A razão científica que explica a presença da pedra em terras longínquas é simples: há 120 milhões de anos, Brasil e África formavam um único continente, que, acredita-se, foi dividido por abalos sísmicos. A explanação é reafirmada quando lembramos que ametistas e esmeraldas

também são encontradas nos dois países. Resultado de um lento processo natural de combinações de elementos químicos escolhidos aleatoriamente a gosto do acaso, a substância que lhe confere tão distinta tonalidade néon é o cobre. Além de beleza e alto poder comercial, a coloração peculiar da turmalina Paraíba dificulta o processo de falsificação. Enquanto rubis e diamantes sintéticos pregam peças em comerciantes experientes, a pedra brasileira ainda não conseguiu ser reproduzida com perfeição em laboratórios. Altamente requisitada por americanos e europeus, o quilate da gema brasileira é avaliado entre 30 e 100 mil dólares. Seu custo elevado é fundamentado na regra básica da oferta e da procura: muitos desejam a pedra, mas poucos exemplares estão disponíveis. Para o designer de joias Renato Guelfi, não restam dúvidas de que a turmalina Paraíba é uma gema que veio para marcar uma época. “Já sabemos que, após pouco mais de 20 anos de sua comercialização, a extinção da pedra é eminente, pois, nos dias de hoje, é rara a descoberta de uma gema com mais de um quilate”, diz o especialista. A escassez da joia foi uma sábia decisão natural, e não há nada que se possa fazer para reverter a situação. Para vingar o título de “semiprecioso” atribuído às outras gemas nacionais, a turmalina Paraíba desfila toda a sua brasilidade e elegância mundo afora, dando um toque azulado à bandeira tipicamente verde e amarela.



Por Facebrasil

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR EMPRESAS ESPECIALIZADAS EM AUDITORIA E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO POUPAM TEMPO E DINHEIRO EM UM MUNDO QUE NÃO ACEITA DESPERDÍCIOS

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facebrasil/finança

Os acordos para flexibilizar as fronteiras são negociados quase diariamente, e não é raro comemorarmos boas novidades nesse setor. Contudo, a contínua e crescente facilidade do ir e vir não se aplica a ativos financeiros e dinheiro propriamente dito, cujas regras (mais complexas) são arbitradas distante dos olhos e dos ouvidos do cidadão comum, que tem de apelar para veículos especializados para se manter a par das últimas medidas. A forma mais fácil, segura e eficiente de lidar com essas questões é confiar todo o trâmite burocrático da movimentação internacional de dinheiro a quem entende do assunto. O Grupo Marins, por exemplo, ocupa-se disso há mais de 40 anos e fornece serviço de consultoria tributária, auditores independentes e escritório de advocacia – sendo cada núcleo composto pelos melhores profissionais do mercado. Quem acerta na decisão de delegar essas tarefas a empresas especializadas pode, em curto prazo, comprovar a evolução dos esforços nas mais diversas áreas do negócio. “Todos os nossos clientes e projetos têm foco e assentamento em soluções administrativas, lícitas e absolutamente seguras. Nunca utilizamos embasamentos sustentados apenas em interpretações teóricas, que, na maioria das vezes, são incompatíveis com o entendimento do fisco e levam empresas e clientes a um passivo tributário temeroso”, explica em comunicado oficial do Grupo Marins.

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“O nosso trabalho consiste principalmente em revisar toda a documentação fiscal das empresas clientes visando descobrir valores que não foram tomados como créditos no sistema não cumulativo de tributos em empresas com apuração contábil pelo lucro real. Utilizamos da correta interpretação da legislação para verificação de possíveis créditos tributários. Analisamos e revisamos todos os documentos dos últimos cinco anos. Nossos colaboradores promovem com eficiência a pesquisa dos arquivos, zelando criteriosamente para que os documentos se mantenham na mesma condição e posição encontradas”, completa.

Ainda de acordo com a empresa, a verificação dos arquivos e documentos que lhes são disponibilizados não interfere no procedimento normal da empresa, que continua sua rotina normalmente. Os valores apontados nos relatórios como créditos tributários são suportados pela legislação vigente, seja por meio da própria lei, seja por decisões e instruções normativas, ou soluções de consultas da própria Receita. Uma vez concluída a realização do trabalho, o Grupo Marins promove toda a documentação contábil necessária para compensação de créditos e/ou restituição. O PIS e Cofins no regime não cumulativo são exemplos da natureza dos trabalhos que a empresa desenvolve com os clientes, com reais possibilidades de sucesso e resultados significativos. O excesso de legislação, instruções normativas e entendimentos do fisco sobre a matéria geraram no tempo a incerteza de crédito que agora podem ser recuperados por serem considerados recolhimento a maior. Caso o cliente obtenha benefícios financeiros com a redução da carga tributária e/ou por meio de identificação de possíveis créditos não aproveitados, serão devidos os honorários em percentual que for contratado, ou seja, “ad êxito”. A respeito da confiabilidade no trabalho realizado, o Matins garante a devolução dos honorários mediante cláusula contratual própria no caso de haver glosa efetiva de crédito tributário pelo grupo apurado, conforme condições contratuais a serem estipuladas em contrato. Para evitar transtornos, desgastes e gastos desnecessários, confiar na expertise de quem domina o segmento é, antes de tudo, uma escolha estratégica – até porque ainda se pode usufruir de serviços de consultoria e planejamento tributário, blindagem de patrimônio, contencioso jurídico e enquadramento de situação financeira nas novas disposições do FACTA. Tudo em um único lugar. O Grupo Marins, representado nos Estados Unidos pela Marins Consulting, está localizado na 121S Orange Ave Ste 1110 Office 11 Orlando FL 32801. Telefone para contato: (407) 476-9575



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facebrasil/cultura

Por Facebrasil

GIRAMONDO LIVRO APONTA NOSSA NATUREZA NÔMADE E PROPÕE VIAJAR COMO CURA PARA O CORPO E PARA A ALMA

O caráter biográfico de “A anatomia da errância” não interfere em sua universalidade: os anseios do autor Bruce Chatwin são também os nossos. Mas enquanto procuramos atalhos para alguns dos nossos desassossegos, Chatwin propõe justamente o contrário – uma longa caminhada. Uma que dura uma vida inteira, de preferência. É que o escritor acredita que a natureza humana é nômade e que o domicílio eternizado é uma doença moderna. Para sustentar sua teoria, Chatwin explora, ao longo do texto, alguns males modernos que provavelmente não existiriam se respeitássemos nosso instinto transitório. A comida, por exemplo, passou a ser quase um veneno, uma vez que sofremos de obesidade, hipertensão e outros problemas de saúde relativos à má alimentação e ao sedentarismo. Esses males, segundo o autor, são apenas alguns dos que herdamos com o hábito do pouso prolongado – junto com ele, ainda de acordo com Chatwin, vieram angústias quase inexplicáveis e até a

depressão. Em seu livro, o inglês conta a história dos bebês dos caçadores do Calaári, que “nunca choram e parecem os mais contentes do mundo”. A explicação do escritor é que os rebentos estão sempre em movimento, pois as mães os levam atados junto aos seios – “são embalados à saciedade pelos passos dela”. Para não perder tempo em sua andança pelo mundo e pela vida, Chatwin cutuca a nossa ferida logo no epílogo de “A anatomia da errância”, quando afirma, categórico, não se espantar que “uma geração protegida do frio pelo aquecimento central, do calor pelo ar condicionado, e transportada em veículos assépticos de uma casa ou hotel para outros similares sinta a necessidade de viagens do corpo ou do espírito, de excitantes ou tranquilizantes, ou das viagens do sexo, da música e da dança”. Como nos lembra o autor, somos seres terrestres antes de tudo, nascemos para ganhar a terra e para estar sempre em movimento.



Por Facebrasil

facebrasil/connoisseur 38

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SMELLS LIKE PURE SPIRIT PERFUMISTA FRANCESA COMPARTILHA TRUQUES PARA ESCOLHER A FRAGRÂNCIA CERTA Há tempos sabemos que um mesmo perfume age de maneira diferente em peles distintas, mas talvez nunca tenhamos entendido exatamente o porquê. A perfumista francesa Fanny Moreay, da Mon Absolu, explica que, em geral, peles brancas são mais secas e não seguram as moléculas aromáticas por muito tempo – daí a dica para optar por fragrâncias com tons florais e notas mais suaves. A pele morena caminha quase em direção oposta e combina melhor com perfumes de baunilha e âmbar. A tonalidade da cútis, segundo Fanny, não pode ser avaliada separadamente, pois ainda é preciso avaliar a temperatura e até a alimentação. “O cheiro de uma pessoa diz muito sobre a dieta dela”, garante a especialista, que afirma ainda que o clima frio deixa as moléculas mais estáticas, por isso, é mais difícil sentir o cheiro das coisas no frio. “Existem técnicas e teorias, mas, no final das contas, o perfume de uma pessoa tem que dialogar com a história e personalidade dela”, pondera Fanny. Então, para os relacionamentos e para a vida, lembre-se de que o amor pode até ser cego, mas certamente não é inodoro.



Por Lucia Winther

facebrasil/bem-estar 40

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A HIPNOSE NO DIVÃ MUITO UTILIZADA POR MÉDICOS E PROFISSIONAIS DA SAÚDE, A HIPNOSE CONTINUA FONTE DE POLÊMICA, DESPERTANDO ÓDIOS E AMORES

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inda que parta as comunidades médica e científica ao meio, dividindo-as entre os que acreditam e os que não acreditam em sua eficácia, a hipnose resiste ao tempo e à teoria, mantendo-se igualmente controversa e respeitada – em parte porque freou avanços e mudanças. Na hipnose moderna, por exemplo, entendese que, para a técnica ser bem-sucedida, o paciente precisa estar aberto a isto: é impossível entrar em um estado hipnótico sem consentimento. E, durante esse estado, ao contrário do que muita gente pensa, o paciente normalmente tem consciência de tudo o que ocorre ao seu redor, apesar de estar em um nível considerado “alterado”, que implica em relaxamento. O que o médico faz durante as sessões é uma tentativa de comunicação com o inconsciente da pessoa – e, a partir desse “diálogo”, tenta encontrar soluções para traumas e problemas psicológicos que possam existir. “Por meio da hipnose, as pessoas podem vivenciar emoções que muitas vezes estão esquecidas ou bloqueadas na mente. A técnica mapeia as características do cérebro para ajudar o paciente a superar barreiras”, diz Leonard Verea, médico

psiquiatra e fundador do Instituto Verea. Diante das inúmeras respostas positivas ao tratamento, alguns hospitais e centros médicos aceitam a hipnose como forma de substituir anestésicos em casos de alergias ou pura predileção. Mas antes de dizer adeus às formas convencionais de sedação e outros procedimentos tradicionais médicos, Verea alerta que “É importante que o médico seja profissional e tenha especialização na área”. Outro aviso que ele dá se refere aos aplicativos de smartphones que prometem benefícios como emagrecimento e melhor qualidade do sono por meio da hipnose: “Eles não têm fundamento nem aprovação científica nenhuma, não aconselho o uso. Vale dizer também que existe muito charlatanismo quando o assunto são os mistérios da mente. O ideal é procurar um profissional que fará a prescrição de um tratamento adequado a partir de uma análise profunda”. No final das contas, o que importa é lembrar que a hipnose sempre foi e vai continuar sendo um procedimento médico, e, como tal, pede cautela e bom senso: use-a com moderação.



Por Facebrasil

POLENTA CREMOSA COM GORGONZOLA Por mais que a gente tente controlar o relógio, os ponteiros parecem não obedecer aos nossos comandos, que correm no seu ritmo próprio – quase sempre muito rápido para que possamos acompanhar. Nos dias em que a desvantagem é maior, algumas receitas rápidas nos ajudam a diminuir a diferença sem que tenhamos que abrir mão do sabor e da saúde. A receita a seguir, por exemplo, pede apenas 20 minutos de dedicação e rende porções para seis pessoas.

INGREDIENTES

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facebrasil/ receita

• 1 e ½ xícara (chá) de fubá • 2 xícaras (chá) de leite • 3 xícaras (chá) de água • 50 g de manteiga sem sal • 100 g de queijo gorgonzola • Sal a gosto

MODO DE PREPARO Dissolva o fubá no leite. Coloque a água na panela de pressão, junte o fubá dissolvido, a manteiga e o sal. Leve ao fogo e mexa até a manteiga derreter, a polenta engrossar e começar a ferver. Tampe a panela e, assim que pegar pressão, baixe o fogo e deixe cozinhar por 15 minutos. Esfrie a panela, abra e misture bem. Sirva imediatamente em pratos individuais e cubra com o queijo gorgonzola em pedacinhos.



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facebrasil/aventura

Por Facebrasil

DOLPHIN`S TALE EM AQUÁRIOS OU EM ALTO-MAR, GOLFINHOS ROUBAM A CENA E NOS CONVIDAM A VOLTAR A SER CRIANÇA POR UM DIA

Talvez este seja um daqueles sonhos que começam na infância e nos acompanham pelo resto da vida, ou vai ver é apenas um desejo “plantado” em nosso inconsciente pelos tantos filmes a que assistimos. Aliás, o que veio primeiro: Hollywood com seus clássicos ou a nossa vontade quase infantil de nadar com golfinhos? Seja como for, é um sonho que vale a pena realizar, independentemente da idade, porque algumas atividades são lúdicas justamente por nos colocarem em contato direto com a melhor parte da gente – aquela mais pura, que descobrimos nos primeiros anos de vida. Na Flórida, onde tudo pode acontecer, esse faz de conta é rotina em alguns lugares especiais.

ENCONTROS MARÍTIMOS No resort Discovery Cove, em Orlando, os hóspedes podem nadar cercados por golfinhos em uma piscina adaptada. Ali é possível ainda “surfar” pelas águas tendo como “motor” as nadadeiras desses simpáticos mamíferos. Para proteger os animais, o resort limita o número de interessados, que podem ainda se divertir na praia, mergulhar com snorkel e admirar a grande variedade de peixes. Para completar a experiência, os visitantes podem desfrutar da companhia dos golfinhos por até 30 minutos. O resort também oferece um tour subaquático em que é possível ver outros animais, como leões-marinhos, tubarões e raias.

LIVRE, LEVE, SOLTO

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A bordo do Southern Star, um sofisticado barco de 80 pés com deque duplo, é possível curtir a beleza desses animais em alto-mar, além de apreciar as águas cristalinas do Golfo do México. Verdade seja dita, o passeio inteiro é uma experiência única, mas a melhor parte é essa, de poder acompanhar de perto os golfinhos saltando e brincando de forma espontânea e orgânica – sem treinadores ou obrigação alguma.

COMPANHEIROS DE AVENTURA Para quem busca uma vivência mais emocionante, a Holiday Water Sports oferece um tour em jet skis em que a atração principal são os golfinhos. O passeio guiado explora as águas transparentes do Golfo do México partindo da praia de Fort Myers e passando pelas ilhas paradisíacas de Estero Bay. Com o motor desligado, é possível apreciar os golfinhos selvagens a poucos metros de distância, também em seu habitat natural.

PINTORES DO OCEANO No Dolphin Research Center, em Marathon, os golfinhos fazem arte. Literalmente. Basta escolher uma cor e segurar a camiseta perto da água que eles se encarregam da pintura “abstrata”. O resultado não se aproxima nada da arte impressionista de Monet, mas acompanhar o processo “criativo” compensa pela diversão. Além disso, também é permitido nadar com os mamíferos ou até treiná-los por um dia.

ESTRELA DO MAR A história de vida do golfinho fêmea Winter, estrela de cinema, inspira pessoas no mundo todo. Símbolo de coragem, Winter foi encontrada em 2005 agonizando em uma lagoa próxima ao Cabo Canaveral. É que o golfinho de então dois meses de idade estava preso a uma armadilha de caranguejos. Ficou ali, amarrado, por aproximadamente 36 horas. A perda de sangue, os ferimentos, a falta de alimentação e a desidratação tornavam improvável que um animal tão jovem sobrevivesse. Felizmente, a valente Winter deu a volta por cima e suportou o extenso tratamento, mas perdeu a cauda... Para melhorar a qualidade de vida do pequeno animal, uma prótese especial foi desenvolvida e implantada em 2007. Desde então, Winter leva uma vida normal e se apresenta diariamente do Aquário Marinho de Clearwater, em Fort Lauderdale, onde vive desde então.


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CLÁSSICA EMBALAGEM MAILBOX, DA VEUVE CLICQUOT, GANHA NOVA INTERPRETAÇÃO GRAÇAS AO TALENTO DA ARTISTA CANADENSE EILEEN UGARKOVIC

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facebrasil/design

Por Facebrasil

MENSAGEM PARA VOCÊ

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Em uma mistura de celebração e protesto, a Veuve Clicquot anunciou a edição limitada da Mailbox desenvolvida pela canadense Eileen Ugarkovic. Além de brindar o poder das cores e das formas que renderam à artista o prêmio Veuve Clicquot Mailbox Re-Creation, a nova embalagem apresentada pela maison homenageia o mundo analógico – em que cartas, brindes, beijos, abraços e presentes continuam honrado o poder da realidade longe do virtual. Durante o processo criativo, Eileen inspirou-se na âncora da maison Veuve Clicquot como um símbolo de esperança. Em sua visão, esperança está ligada aos pássaros, que representam liberdade e ideias, concebidas no papel. Por isso, pássaros e aviões de papel – ambos voando em direção à caixa postal de Madame Clicquot – são representados na Mailbox. Além da conhecida cor “yellow Clicquot”, a embalagem traz

também o azul, simbolizando a contribuição histórica da casa de champagne para a cidade de Reims, França. Toda essa simbologia bem trabalhada foi vital para levar a canadense ao topo do concurso, que teve início em 2014. O vencedor foi revelado em abril de 2015, durante festa de gala no Hotel du Marc, em Reims, que teve a participação de artistas, de designers e do público criativo em geral. Foram centenas de inscritos, de nove países, inclusive do Brasil. Na cerimônia de anúncio da ganhadora, além do novo presidente da maison, Jean Marc Gallot, estavam presentes diversos designers renomados, entre eles Pablo Reinoso e Carolina Bueno, do escritório de arquitetura franco-brasileiro Triptyque. A Clicquot Mailbox Edição Limitada está à venda no mundo todo. No Brasil, seu preço sugerido é R$ 485.



Por Facebrasil

R E D R E P N I S O R E P A Z N A R E LA ESP ILIDADE POLÍTICA E

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facebrasil/face to face

INSTAB O DIANTE DA , BRASILEIR OCUPA L A N IO C A AN SE ECONÔMIC MELHORE S IA D M E FÉ ÍS MANTÉM A ades ao IDAS DO PA N s oportunid empre uma E te V n A re e E if d S a um tem il em ís é s RUA sei que cad o nosso pa am ao Bras

me lev visitar porque a saudade s vez, comprovo que amente o tom vago, e o lh a b a O tr apó mid nos. E vez tenho assu lidade. Ao longo dos a gridoce – e aqui man a brasilis. ceral da rea perança is v is a a rr m a te ci a n la s experiê ores pe uma vivênci na pele a e s e seus am porém, tive Rio de Janeiro e senti l, ta a n suas crítica a rr a nossa te s, ocupei as ruas do o ltima visita ver que Naminha ú es de outros brasileir uei feliz em o, mas as q õ fi h , il s e m d e a d rd íz e do. lado tar meias v a o nosso ju nosso mun iste em con eças e a praia tentav s in que move o e u q ia . la míd as cab te cegos pe tigava noss meço ao fim emos Parcialmen não desiste: o sol cas coro, afinado – do co eito”, e sab . p s u “s o o te e rm rio te cheias, nossa gen branda do osso judiciá mantiveram aixo da saia roso e dramático do n b e d ra a avenidas se p ue correm ança no ritmo vaga estidas em lpados os q d velhas trav a por s a ci tí o n o Sabemos cu lhorda dos corruptos r sã mad ca s no exterio em Brasília, terra to ta n co e que a valsa s o s, gramp ) constante m. ades de lista uma (triste ra s valores As obscenid orque atos ilícitos são ntam – e nunca o fize ampouco o r a força (t s lo e p s a , d s re n e p d câ re a os os es tende novid s que não n enúncias e ovo, que começa a en o que homens te d n s ta a n a e s s re re rp p rep mal traçad egam de su é o próprio o não nos p e de fato há de novo no irresponsavelmente no Distrito Federal, d la m u r o Se p o qu nado desti melhores. desviados), ar condicio sivos esse bilionários sados de aceitar pas ham no conforto do a esperança por dias o: en an nsaço da que tem. C e terno e gravata des ional no DNA brasileir tindo ao ca Ninguém is s d re ic , s d o a re d tr e n ha a. e mulh de mais nuam marc nto de caus s o que há ilhões conti o isso por conhecime m l, resgatamo o s ça va ou fa ão. Dig e, faça chu s da oposiç vez, É por ela qu abalho e às investida vi e eu senti. em uma só o tr u rn o e e d v u o e a g n i, v a o d sem lá, eu m o navio : eu estive abandonare a s me contou o d brasil to u o cia lev isso, a Face a para rí e p to n a im l u q ta n ? e ; E agora a to eral. O que virá agora persistênci s possíveis g os amanhã trazendo coerência e ão conseguimos ri á v e s o ri debandada com vocês vários cená cterística: n sei. Existem rsário. Seis anos junto igrante tem esta cara o ã n u e o s e Is iv r im melhor. Se para seu an se prepara de uma comunidade o i. a construçã , apesar de estar aqu lá r ta s e is ma

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MBA,






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