Facebrasil 60

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Ano 6 - Edição 60 - 2016

60 ALEX HANAZAKI PAISAGISTA BRASILEIRO CONQUISTA O MUNDO

PRESS AWARDS NOITE DE FESTA PARA A IMPRENSA BRASILEIRA NA FLORIDA

JOICE HASSELMANN NÃO FOGE À LUTA A VOZ DO POVO E DA OPOSIÇÃO BRASILEIRA




faceíndi ANO 6

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20 24

10 Matéria de Capa

A história da jornalista que escreve uma nova história do Brasil

18 Press Awards

A cobertura da noite mais esperada pela imprensa brasileira no exterior

22 Business

Como se livrar de traumas e ir além na carreira e na vida

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“Quando você estiver sonhando, convide Deus pra sonhar junto a você. Verá que Deus te deu a capacidade de sonhar, e junto a ela, a capacidade de realizar.”


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26 Saúde

Uma boa noite de sono é a premissa básica para uma vida mais saudável

34 História

A tradição do Dia da Noiva

44 Educação

O futuro começa na sala de aula

36 40 FACEBRASIL.COM

www.revistafacebrasil.com

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facebrasil/editorial

I AM, WE ARE FACEBRASIL Perdoem o coloquialismo, mas não há melhor maneira de expressar a minha experiência junto à Facebrasil: peguei o bonde andando e sentei na janelinha! É uma sorte para poucos e, mais do que isso, uma honra danada. Não é todo dia que temos a oportunidade de trabalhar ao lado de profissionais tão capacitados, compreensivos e carinhosos como os que aqui trabalham.

esses pequenos tesouros da humanidade, que merecem Embora seja novata no comando ser compartilhados. Com a desta revista, tabelando diretamente curiosidade de um gigante, com o ilustríssimo Marco Alevato, movemos montanhas para encontrar o melhor conteúdo De Alice e de loucos temos todos – mas somos tão pequenos um pouco, porque embora a nossa em um mundo tão grande e altura seja sempre constante, nosso tamanho não é: podemos ser tão interessante, que talvez tenhamos que ir além para pequenos e grandes num mesmo dia, tal qual a personagem de Lewis descobrir novas histórias e novas pessoas. Ainda bem que Carroll. Aqui na Facebrasil, temos outras edições virão. Espero nossos momentos de Gulliver, que nos encontremos em mas basta uma “voltinha” pelo mundo real para sermos novamente todas elas. lançados à dimensão humana – engolidos por uma multidão que nos fascina. É muito mundo e muita gente para conhecer. Quantas mulheres incríveis, como Joice Hasselmann, estrela da nossa capa, Eloá Orazem estão por aí? E as pessoas de bom Editora coração, como o Alex Hanazaki, o que estão fazendo agora para mudar o mundo? Todas essas histórias e personagens incríveis estão soltos por aí, esperando que alguém os descubra – e é nossa missão pessoal e da Facebrasil garimpar

EXPEDIENTE Marco Alevato Publisher / Editor Chefe Eloá Orazem – Editora Tara Alevato – English Version Editor Bernardo Alevato – Financeiro IdeaBrazil – Projeto Gráfico Marianella Godoy – Diagramação Jorge Souto – Editor Fotográfico 3GB Consulting – Revisão

COLABORADORES NESTA EDIÇÃO Adriana Gonçalves Ana Carolina Franco Claudia Bergamini Sebastião Marques Thieny Molthini Tony Carvalho

COMERCIAL – SALES Marco Alevato – (407) 842-1211 info@facebrasil.com As opiniões expressas em artigos assinados são inteiramente de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista Facebrasil. Os anúncios são de responsabilidade dos anunciantes. A versão digital pode ser encontrada no portal Facebrasil no endereço: www.facebrasil.com ORLANDO 7575 Kingspoint Pkwy, suite 15, Orlando - Florida 32819 Rio de Janeiro Torres Homem 888, Vila Isabel Rio de Janeiro - RJ - BR, CEP 20.551.070 No portion of this publication may be reproduced or distributed by any means without the express written authorization of Facebrasil Magazine and PPM Magazines. All rights reserved. Printed in the USA. Volume 50-5 ISSN 231-5482 - is published monthly by PPM Publishers Magazine.



ORLANDO ANUNCIA O INÍCIO DA SEGUNDA FASE DE CONSTRUÇÃO DA SUNRAIL, QUE PROMETE REVOLUCIONAR O TRANSPORTE TERRESTRE DA CIDADE

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facebrasil/Orlando

Por Facebrasil

A CIDADE QUE NÃO PARA

Terra fértil para sonhos grandiosos, a magia de Orlando vai muito além de seus parques e seus atrativos turísticos – tanto que a cidade almeja ser um dos grandes exemplos de centros urbanos do século XXI, e não tem poupado esforços para isso.

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Parte de seu planejamento nesse sentido tem a ver com a questão da mobilidade, uma vez que a região tem investido tempo e dinheiro no desenvolvimento de uma malha viária eficiente e acessível. À luz desses objetivos, a notícia do início das obras de expansão da fase dois da SunRail foi recebida com entusiasmo pela população. Segundo os envolvidos, a segunda parte do projeto representa um ganho de 17,2 milhas ao sistema, ligando a estação Sand

Lake Road à estação Poinciana. Ao longo do percurso, o trajeto contará com outras quatro paradas: Meadow Woods, Osceola Parkway, Downtown Kissimmee e Poinciana. Ainda que a fase dois esteja no começo, o Departamento de Transporte da Flórida já está se preparando para a etapa seguinte, que prevê uma extensão de 5,5 milhas, até a plataforma automatizada de 470 milhões de dólares do aeroporto internacional de Orlando. A conclusão do complexo é esperada para 2018, e ela será vital para todo deslocamento terrestre – e isso inclui também o aguardado trem Aboard Florida’s Express, que ligará Miami e Orlando, ampliando o cenário de possibilidades e oportunidades entre as duas grandes estrelas do estado.



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A INDOMADA

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em os olhos verdes, a pele clara ou os cabelos louros: a herança familiar mais marcante de Joice Hasselmann lhe pulsa no peito – e faz mais barulho que o bater de muitas panelas. Filha de uma revolução particular, a jornalista paranaense chegou ao mundo já exercendo, sem querer, sua maior vocação – mudar tudo. Para melhor, sempre.

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Símbolo de esperança e novos tempos, o protagonismo que desfila hoje é tão somente um “vale a pena ver de novo” em grandes proporções do papel que desempenhou na ocasião de sua estreia neste show da vida: nascida no interior do Paraná, em uma cidade próxima a Curitiba, Joice vingou o amor injustiçado de seus pais: “Meu avô não queria deixar minha mãe se casar com o meu pai, então eles fugiram para o Acre, onde a família do meu pai tinha uma singela criação. O relacionamento deles foi oficializado lá, e minha mãe não tardou a engravidar – mas, para o parto, voltou ao Sul”, conta Joice, a primogênita da família. A infância, dividida entre Norte e Sul, foi gradativamente se convertendo em adolescência em Cuiabá, no Mato Grosso, onde a comunicadora cursou não apenas um, mas dois colegiais. “Estava matriculada em uma escola regular no período da manhã e, à noite, frequentava outro colégio, onde

usufruía os benefícios de uma bolsa de estudos”, relembra. A dedicação aos livros era uma forma de fazer o tempo passar mais rápido – e acabou, literalmente, apressando o cronograma todo, porque, já na metade do último ano do colegial, Joice foi aprovada com louvor no curso de Medicina da universidade local. Com as notas garantidas até o final do ano e o ingresso certo no ensino superior, a jovem achou por bem antecipar suas férias para desfrutar de alguns meses ao lado da família em Ponta Grossa, no Paraná, regressando a Cuiabá apenas para o início das aulas. Na cidade onde tudo lhe era tão familiar, Joice tinha sua própria rotina mais afrouxada pelos dias de descanso. Como acontece com grades amores, esse também chegou sem aviso prévio, por intermédio de uma conhecida: o encontro entre a garota e o jornalismo se deu por pura obra do acaso. “Fui apresentada a uma menina que trabalhava na televisão local, em um programa de merchandising. Um dia eu a acompanhei até o canal e, coincidentemente, naquela mesma data, a emissora estava testando apresentadores para um novo programa”, recorda. Sem grandes pretensões e com muito tempo livre, a loira de olhos marcantes entrou na fila – e o que era para ser uma brincadeira virou coisa séria. Quem não achou muita graça de toda aquela situação foi o dono da emissora, que “puxou a orelha” de Joice por participar da seletiva sem nem sequer cursar a faculdade de Jornalismo.


JOICE HASSELMANN NÃO PARA POR NADA, NEM POR NINGUÉM, MAS ACEITOU PAUSAR MOMENTANEAMENTE SUA LUTA CONTRA OS ESCÂNDALOS DA POLÍTICA NACIONAL PARA NOS CONTAR, EM NOVA YORK, A SUA PRÓPRIA HISTÓRIA – E LUTA

Mas, rendido aos talentos da moça, lhe fez uma proposta: “Fique. Pelo menos até encontrar uma loira para ocupar esse espaço”. Trato feito, e lá foi a moça para a frente das câmeras, entreter e informar a cidade – e se descobrir jornalista. “A comunicação, até então, era algo que eu fazia por hobby. No colégio onde tinha bolsa, eu comandava o jornal da escola – e quase perdi minha ajuda financeira quando assinei um artigo denunciando o diretor da instituição. Hoje lembro que, desde a infância, preferia a roda de conversa dos adultos, onde exercitava minha curiosidade e argumentação.” Apaixonada pela comunicação, Joice vivia tempos catárticos – mas o fazia em segredo. “Prestei vestibular para jornalismo e não contei a ninguém. Minha mãe queria que eu ficasse por perto, e como a faculdade local não oferecia o curso de medicina, sugeriu que estudasse então odontologia”, confessa. Com o resultado da prova, Joice teve seu segredo anunciado aos quatro ventos: sua boa colocação foi destaque na rádio, e logo a notícia rodou pela pequena cidade até chegar aos ouvidos da mãe – “no começo ela ficou um pouco brava, mas estava feliz de me ter ao lado dela”. O sonho de frequentar a escola de jornalismo foi rapidamente confrontado com a realidade tendenciosa da coisa. “Nunca me identifiquei com a ideologia de esquerda que pairava sobre o curso, e, além disso, estava vivendo uma rotina bastante apressada – tanto que diariamente precisava deixar a faculdade 15 minutos antes do término da última aula para que pudesse honrar meu trabalho na televisão”, diz. Aprendendo muito sobre jornalismo dentro e (sobretudo) fora da sala de aula, Joice lapidou seu talento sob os holofotes e logo chamou a atenção da CBN, então recém-chegada à cidade. Aprovada nos testes, a jovem viu-se mais uma vez diante do dono da empresa para lhe falar de sua condição de estudante. Sem diploma, teve de aceitar um salário 50% menor que o de seus colegas – mas era um “sacrifício” que ela estava disposta a fazer, porque sabia que aquilo tudo era só uma ponte, nunca o destino final. No ar pela nova rádio, a então quase jornalista foi às ruas cobrir as ditas pautas “mundo cão”, como manifestações, problemas com buracos nas ruas e outras reportagens duras.


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O que não estava no script, porém, era a falta repentina do editor de política, que precisava ser substituído às pressas. Joice voluntariouse e foi, pela primeira vez, para a Câmara dos Deputados. A viagem deveria render uma ou duas pautas, mas, sob o comando de Joice, deu caldo para 11 grandes reportagens, sérias e umas mais divertidas. “Lá eu estava no paraíso; conseguia ver e entender tudo”, explica. O convite para assumir a edição de política parecia bastante óbvio, e logo ela era a única responsável pelo assunto na rádio. Com o aumento da audiência, veio também o aumento da responsabilidade, e Joice passou a se ocupar da cobertura da Câmara e da Assembleia, visitando Curitiba com muita frequência. “Isso chancelou minha inserção em rede nacional, porque eles gostavam do meu trabalho, do meu texto e gostavam da minha voz. Minhas matérias começaram a fazer barulho”, pontua. Em mais um plot twist inesperado, o âncora do jornal optou por abrir mão da bancada nos finais de semana. E, mais uma vez, Joice prontificou-se a preencher o lugar vago nos dias de descanso do colega – e daí em diante o roteiro se repete: a mulher-furacão foi sucesso de público e crítica. A promoção veio a galope. Joice, a partir dali, seria âncora auxiliar, liderando a bancada nos finais de semana, feriados, férias e durante qualquer outra ausência dos demais jornalistas. Quanto mais espaço conquistava dentro da CBN, mais incomodava alguns dos profissionais da casa. De mudança para Curitiba, o âncora oficial deixou vago seu cargo, que, pela lógica e merecimento, deveria ser ocupado por Joice; porém, graças a uma articulação interna dos que se posicionavam contra o crescimento da moça, outro jornalista foi convidado a assumir o jornal. Desgostosa com o rumo que as coisas tomaram a partir dali, inclusive com a drástica perda de público, a jornalista optou por preservar seu nome e sua carreira imaculados e se desligar da emissora.

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De volta às salas de aula, Joice contou pouco mais de um mês para que recebesse uma ligação de um até então desconhecido Márcio Martins, que se apresentara como novo dono da CBN. A primeira missão do novo presidente da empresa era resgatar Joice e seu talento. Sob a nova gerência, ela assumiu não apenas a ancoragem, mas também toda a direção da rádio. “Ainda no terceiro ano da faculdade, assumi o controle da emissora e acumulei a função de repórter de rede, cobrindo os grandes casos do estado”, lembra. Com fôlego e experiência de sobra, a jornalista criou programas de debate, mexeu na equipe e alinhou tudo para que a CBN despontasse


na liderança. Sem perceber, a paranaense acabou pavimentando outras pontes: graças a uma de suas entradas em rede nacional, o diretor do jornal O Globo a procurou para uma pauta pontual sobre política, mas, diante da entrega impecável da jornalista, o trabalho acabou virando fixo. As inúmeras aparições de Joice em diferentes veículos a colocaram na mira da Band News. A ausência de diploma, nesse caso, foi um impedimento – mas não por muito tempo: assim que concluiu a faculdade, a comunicadora mudouse para Curitiba para integrar a equipe da nova emissora da região. Na Band News, abocanhou mais de dez prêmios de jornalismo, inclusive um da ONU.

ansioso por alguns “favores” estatais, escalou um censor para domá-la. À sua própria maneira, “antes só do que calada”, Joice demitiu-se quase imediatamente da Band News, e deu mais atenção às investidas da Record. Na nova casa, ela seria estrela. “Comecei tigrona, do jeito que eu sou, cheguei lá e ‘vrau’.” Eu fazia um jornal de manhã, fazia comentários no jornal da tarde e fazia comentário de política na bancada à noite. Fora isso, fazia um programa de rádio pela internet que estava em 102 rádios do Paraná”, afirma.

“ACHO UM SACO ESSA COISA DE DEMORAR UMA SEMANA PARA SAIR A MATÉRIA. EU NÃO SOU ASSIM: QUERO A REPORTAGEM NO AR AGORA...”

Foi uma questão de tempo e muito trabalho para que Joice saltasse de repórter para âncora. Começou por comandar o jornal das 18h, moldando as notícias aos seus moldes e peitando quem a contradizia. A audiência, contudo, mostrava quem estava com a razão. Logo assumiu a coordenação da rádio e, pouco depois, capitaneava também o jornal da manhã, o mais nobre da grade. Por força das circunstâncias e do apelo popular, a jornalista tomou para si a direção da emissora, levando ao ar o “Olho no Olho” e “Sapatada do Dia” – algumas de suas marcas registradas. O primeiro era uma sabatina, sem dó nem piedade, de um convidado especial, enquanto o segundo – como bem indica o nome – é uma “bronca” da jornalista a plenos pulmões.

Sua língua afiada, que dava voz a uma justiça cega, começou a causar desconforto dentro e fora da rádio. O poder da comunicadora era tanto que um dos manda-chuvas da Assembleia, por intermédio de sua assessora, ofereceu uma cifra generosa pelo silêncio da jornalista. Sem colocar sua credibilidade e consciência à venda, Joice usou de seu microfone para expor a proposta obscena que recebera, dando nome e sobrenome dos envolvidos. Como bem se pode imaginar, a paranaense foi convidada a tirar férias. Os dias de descanso forçado não acalmaram a fera, que voltou à ativa com a garra de sempre – e o dono da rádio,

A essa altura do campeonato, Joice sabia que toda liberdade de expressão prometida em contratos e acordos tinha certo prazo de validade – durava até incomodar a pessoa errada. Ou certa, se olharmos sob o ponto de vista da população.

Antes de ser desligada de mais uma empresa, porém, a jornalista teve a chance de conduzir três pautas que mudaram a história, se não da imprensa nacional, de muita gente: o caso da médica acusada de acelerar a morte de pacientes na UTI; o caso da menina Tainá, brutalmente violentada e assassinada; e o caso de tráfico internacional de menores.

“Na matéria sobre a ‘doutora morte’, como a médica ficou conhecida, fui eu quem deu o furo e levantou todas as informações. No caso da menina Tainá, a história foi bastante triste, porque a polícia, na pressa de apresentar um esclarecimento à sociedade e mostrar ‘eficiência’, culpou três homens pobres, trabalhadores em um regime análogo à escravidão. Descobri que o material genético colhido na cena do crime não era compatível com nenhum dos acusados, mas que ainda assim as autoridades divulgariam os resultados como inconclusivos.” Ela completa: “Esses homens morreriam ali, porque, na prisão, os primeiros a perderem a vida em uma rebelião são os estupradores e pedófilos”. Esse trabalho culminou na queda do delegado geral, no afastamento de 16 divisionais e na prisão de metade da cúpula da polícia na época. Depois dessas vidas, Joice salvou outras tantas quando


Por Facebrasil

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desvendou um caso de tráfico internacional de crianças. “Junto com minha equipe, descobri que havia um esquema fraudulento e desumano acontecendo com a conivência direta de promotores, juízes e procuradores. Investigações nos levaram até um casal que teve seus sete filhos retirados do Brasil sob o pretexto de que eles eram pobres e não poderiam criar aquelas crianças. E eu sei que pobreza não é argumento para arrancar filho de ninguém”, relata. O caso tomou tamanha proporção que foi parar na CPI do Tráfico de Pessoas, na Câmara, e Joice tornou-se braço auxiliar da Comissão Parlamentar de Inquérito. Seus esforços para desmascarar as organizações e indivíduos criminosos abriram as portas até o então presidente do STF e do Conselho de Justiça, o excelentíssimo Joaquim Barbosa. Ao lado de grandes juristas, políticos e personalidades, Joice iniciou um processo que mudou a lei para adoção para pais estrangeiros no Brasil. “Isso ainda está em curso no Congresso, na verdade, porque tudo no país é bastante lento”, pondera. Mas se a justiça é lenta, o jornalismo não o é. E Joice, recémsaída da Record, cogitou algumas propostas, mas a da Veja falou mais alto – e lá foi a paranaense conquistar São Paulo. Seu trabalho na revisa semanal era criar a TVeja, a primeira TV pela internet do Brasil com grade fixa. Sem estrutura e apoio, Joice contrariou todas as apostas e fez da nova investida digital do Grupo Abril um case a ser estudado – algo inédito na empresa até então. Durante as eleições, a TVeja experimentou uma audiência recorde, somando mais um sucesso no currículo da moça.

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Dividindo as câmeras com colunistas e pensadores respeitados Brasil afora, Joice nunca teve outra pretensão senão continuar no comando da televisão digital da revista. “Acho um saco essa coisa de demorar uma semana para sair a matéria. Eu não sou assim: quero a reportagem no ar agora. Não é meu perfil guardar a informação por longos períodos; tenho sede de informar”, confessa. Nos bastidores, porém, o avanço da jornalista não era visto com bons olhos por parte da equipe, que

se opunha também à direção da publicação. O fortalecimento dessa contracorrente na Veja foi cerceando, de novo, a liberdade de expressão da jornalista, e acabou por silenciá-la por completo naquele canal. “Quando saí da Veja, tive propostas – inclusive de concorrentes –, mas fiquei pensando: tudo de novo? Vou entrar, fazer sucesso um ano, um ano e meio e, quando eu estiver no auge, meu passe vai ficar alto e vão pedir minha cabeça. A única que não ganha com esse esquema sou eu. Quer saber? Chega dessa palhaçada.” Declarou então a própria independência. Voando solo, Joice tem ido ainda mais alto. Instruída por uma agência especializada em mídia digital, a comunicadora lançou seu próprio canal no YouTube, o VejaJoice, que somou 200 mil inscritos só no primeiro mês. Hoje é o canal que mais cresce no Brasil e conta com 10 a 15 milhões de usuários trafegando entre o conteúdo levado ao ar pela jornalista. Sua fanpage segue lógica parecida: com 500 mil inscritos, é tão grande quanto a página do Guaraná Brasil, a maior do país, com 11 milhões de usuários – isso porque o engajamento na página da moça é imbatível. Cada post ali tem em média 20, 30 mil compartilhamentos, então o alcance dela é tão grande quanto o da marca de refrigerante. Ainda no mundo digital, Joice prepara-se para lançar, em algumas semanas, um portal próprio. Fora da internet, a paranaense continua mostrando suas garras também, e assina o livro “Sérgio Moro – A história do homem por trás da operação que mudou o Brasil”. Sem poupar elogios ao juiz perfilado, Joice parece esquecer que é ela mesma a grande heroína do país, mas é constantemente lembrada disso aonde vai. “As pessoas me param na rua, às vezes aos prantos, me agradecendo e me incentivando. Elas dizem que eu sou a voz delas. E eu acho mesmo que faço mais barulho que toda a oposição junta”, emociona-se. A jornalista que não desiste de jornalismo também não desiste do Brasil. Então, aconteça o que acontecer, podemos todos dormir tranquilos: porque, ainda que as panelas cessem, Joice Hasselmann há de falar (e bater!) por todos nós.


BRASILEIRÍSSIMA ENTRE OUTRAS MIL ÉS TU, CAIPIRINHA, O DRINK AMADO

Para manter-se contemporânea, a bebida recebeu nova roupagem: em vez do verde-limão, desfila por aí em vermelho-morango, amarelo-abacaxi, branco-lichia e tantos outros sabores que pudermos imaginar – e a estação concordar. Mas, independentemente da fruta e das doses, uma caipirinha só é assim chamada se o álcool no copo for cachaça. Porque não importa aonde ela vá, a caipirinha sabe muito bem de onde veio, e faz questão de se manter fiel às raízes. Amém.

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Reconhecida e venerada em toda a extensão territorial da terra brasilis e além, a caipirinha nasceu para nos “salvar”, já que sua base foi um xarope contra gripe espanhola. Reza a lenda que, na São Pulo de 1918, muita gente apelava para a mistura de limão, alho, mel e cachaça – a bebida alcoólica era uma constante nos medicamentos da época. Em algum momento desse período, ninguém sabe precisar com exatidão, alguém modificou a receita, substituindo o alho e o mel por colheres de açúcar, para diminuir a acidez do limão. Com ou sem gripe, o drink até hoje opera verdadeiros milagres, salvando-nos de uma noite chata ou de uma semana atarefada.

facebrasil/drinklogia

São tantas as vezes que seu santo nome é usado em vão em misturas pouco ortodoxas que a gente até perde a fé na nossa caipirinha, padroeira da coquetelaria nacional. Embora aceite frutas diversas que não o limão, a bebida mais brasileira de todas só se reconhece quando feita com a boa e velha cachaça – herança dos escravos da Capitania de São Vicente.


Por Giovanni Alevato

UM MUNDO AGRIDOCE

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facebrasil/sustentabilidade

BOAS NOTÍCIAS DE PARIS E VELHAS PIADAS DA TERRA BRASILIS: OS ÚLTIMOS GRANDES ACONTECIMENTOS QUE VOCÊ PRECISA SABER

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acordo de Paris finalmente foi assinado, dando uma esperança de sobrevida aos moradores do planeta Terra. Os resultados desse feito histórico virão em doses homeopáticas, pois os prazos e termos do documento preveem um período de adequação dos signatários, visto que a maioria deles tem mudanças consideráveis a fazer. Outra notícia que surgiu é que o Planeta está mais verde e menos azul. Essa notícia foi dada a partir de um estudo realizado pela Universidade Autônoma de Barcelona, e isso se deve ao aumento do CO2 na atmosfera – gás responsável pelo efeito estufa. A comparação foi feita confrontando dados de 33 anos atrás. O que pode parecer uma excelente notícia, não é: isso implica aumento do consumo de combustíveis fósseis. Os cientistas já alertaram amplamente a respeito dos efeitos da emissão de CO2 na atmosfera. Alguns deles são a mudança climática – que inclui o aumento da temperatura global –, a subida do nível do mar, o degelo e a radicalização das tempestades tropicais, especialmente os efeitos do El Niño e La Niña. Todos esses acontecimentos já são observados e sentidos e, segundo o estudo, não recuarão se não deixarmos de usar combustíveis fósseis.

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Existe hoje um frenesi diante da contagem regressiva para os Jogos Olímpicos: estamos a 100 dias do início do grande evento, e as obras para a ocasião estão chegando a um “fim”– e, por mais paradoxal que possa parecer, as construções que já foram entregues estão caindo. Foi assim com a ciclovia Tim Maia, que, ao contrário do saudoso cantor, não suportou a ressaca do mar ali na área do Vidigal. Pela primeira vez, o principal produto da Apple teve uma retração nas vendas; não sei avaliar o que isso quer dizer, mas que vai servir como marco temporal, vai.

O que mais se fala aqui no Brasil, hoje, é o impeachment da presidente Dilma Rousseff – que talvez já esteja afastada quando este artigo chegar até suas mãos. Os motivos do afastamento são as famosas “pedaladas fiscais”, que nada mais são que empréstimos contraídos pelo governo federal sem formalização ou autorização do Congresso –, mais ou menos como se você, meu atento leitor, tivesse emitido cheques sem fundos e obrigado o banco do qual você é acionista a pagá-los, no mais do que famoso “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. E as contas públicas têm hoje um rombo de R$ 400 bilhões. É colossal e caótica a situação tupiniquim. Dezenas de fábricas e milhares de lojas estão fechando, e milhões de empregos estão sendo perdidos. Rezemos, oremos e vamos trabalhar enquanto podemos.



Por Facebrasil

DIAS DE LUTA, NOITE DE GLÓRIA

facebrasil/perfil

AMIGOS E CONVIDADOS ESPECIAIS SE REUNIRAM EM FORT LAUDERDALE PARA CELEBRAR MAIS UMA EDIÇÃO DO BRAZILIAN INTERNATIONAL PRESS AWARDS. MÁRCIO GARCIA, NICETTE BRUNO E LILIAN ALEVATO ESTÃO ENTRE OS AGRACIADOS DA NOITE.

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Márcio Garcia recebe o Outstanding Achievement Award Crédito: TV Globo/ Reid Harrison

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om o sorriso largo de Fernanda Pontes, uma das noites mais esperadas do ano pela imprensa brasileira internacional teve início. A 19ª edição do Brazilian International Press Awards foi celebrada no sábado dia 7 de maio, em Fort Lauderdale, e reuniu mais de 500 convidados para homenagear personalidades da comunidade brasileira que se destacaram nos Estados Unidos no último ano, entre elas Nicette Bruno, Márcio Garcia e Guilherme Arantes.

Fernanda Pontes

Convidada ao palco para receber o Lifetime Achievement Award, concedido em reconhecimento aos 70 anos de carreira, Nicette Bruno é uma das grandes atrizes da dramaturgia brasileira e coleciona quase cem personagens, entre trabalhos feitos para TV, teatro e cinema. No telão, um vídeo especial


Márcio Garcia

Nicette Bruno Guilherme Arantes

com cenas que marcaram sua carreira, mescladas com trechos de entrevistas concedidas ao longo dos anos, emocionou a atriz. “Receber um prêmio é sempre um motivo de alegria e de reflexão. Me lembrei que, em 1947, no início da minha carreira, recebi um prêmio como atriz revelação. Hoje sou homenageada pelo conjunto do meu trabalho. Gostaria de agradecer a todos vocês. Esse prêmio me traz uma emoção muito forte”, declarou. Para Márcio Garcia, foi entregue o prêmio Outstanding Achievement Award. O galã, que acumula mais de 20 anos de carreira divididos entre atuação, direção e apresentação, se mostrou bastante surpreso. “Quando recebi o convite para receber o International Press Awards pelos meus mais de 20 anos de carreira, tomei um susto. Acho até que já são 24 anos”, brincou. “Mas o tempo voa mesmo. Já trabalhei em muitos projetos diferentes e procuro focar sempre naquilo que estou fazendo no momento. Estou muito feliz de estar aqui e de ser reconhecido pela comunidade brasileira que mora tão longe de casa, mas que está sempre tão perto do coração” agradeceu. Para coroar o evento, Guilherme Arantes foi homenageado pelos 40 anos de carreira e presenteou os convidados com um grande show com seus maiores sucessos, incluindo “Planeta Água”, “Meu Mundo e Nada Mais”, “Cheia de Charme” e “Deixa Chover”. Como era de se esperar, a Facebrasil também viveu seu momento de glória durante a solenidade, cujo ponto alto foi a entrega do prêmio “Heroína da Comunidade” à médica e colunista Lilian Alevato, que há anos colabora conosco.

Lilian Alevato Crédito: Bill Coelho / Acontece magazine

Criado em 1997, o Brazilian International Press Awards é uma das mais relevantes celebrações da cultura brasileira no exterior. A premiação tem o objetivo de reconhecer personalidades, instituições e iniciativas comprometidas com a cultura e a imagem positiva do Brasil no mundo. Grandes talentos brasileiros foram homenageados ao longo dos anos, entre eles, os atores Tony Ramos, Susana Vieira e Claudia Abreu, os cantores Zeca Pagodinho e Carlinhos Brown e a jornalista Gloria Maria.


Por Marianna Lins

NÓS VAMOS INVADIR SUA PRAIA BIQUÍNIS BRASILEIROS SÃO A NOVA SENSAÇÃO DO VERÃO INTERNACIONAL – E PROMETEM ESQUENTAR O CLIMA EM ORLANDO TAMBÉM!

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facebrasil/beleza

Depois de Ipanema e do Rio, as moças dos corpos dourados colonizaram as praias do mundo, e seu doce balanço a caminho do mar serviu de desfile para a moda que há muito tempo vem subindo as temperaturas nas areias americanas e europeias: o biquíni brasileiro. A resistência inicial diante dos cortes mais, digamos, “ousados” e cores vibrantes da beach wear nacional foi minguando a cada estação, e agora, à beira do verão no hemisfério norte, temos a perspectiva de encontrar uma Flórida à la brésilien. Ainda que o clima semelhante e o alto número de imigrantes na costa leste americana tenham facilitado a acensão do brazilian biquini na região, boa parte do mérito é da nova geração de designers e personalidades da moda, que têm encarado o setor com a seriedade que merece. Alguns desses novos profissionais, aliás, têm buscado estabelecer suas raízes no além-mar – inclusive na Flórida, onde, convenhamos, há demanda de sobra para a prosperidade do negócio, já que não apenas as brasileiras, mas também mulheres do mundo inteiro têm cultivado o gosto pelas nossas peças mais “apimentadas”. De olho na oportunidade de crescimento, a empreendedora Ana Reader, da marca Ana Bikinis, investiu num mix certeiro de moda beach wear, importando para Orlando peças de marcas consagradas e outras a ponto de expansão. Com o catálogo e o estoque atualizados, a loja comandada por Ana na Flórida está em perfeita sintonia com as praias mais badaladas do Brasil – tanto que podemos “prever” as tendências para o verão 2016 nos Estados Unidos: os biquínis com detalhes em crochê, maiôs cheios de cortes diferenciados – os famosos “engana mamãe”, que dão contornos diferenciados ao corpo da mulher –, além dos crop tops, usados nas areias como peças de biquíni. A julgar pelo volume de meninas me perguntando, pessoalmente ou por meio do meu Instagram @aiquebabado, onde consigo tantas peças bonitas e tipicamente brasileiras aqui nos Estados Unidos, presumo que não era a única cansada de usar aquele biquíni antigo que veio na mala do Brasil e, ao mesmo tempo, irredutível na decisão de me manter longe do famoso “sungão”, onipresente nas praias americanas.

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Então, amigas, a Ana Bikinis chegou para atender às preces de quem, assim como eu, adora ir à praia e ficar com a marquinha certa – você, aliás, pode escolher a sua lá no Instagram da @anabikinis, um almanaque da moda praia nacional. Mariana Lins é jornalista e escreve o blog www.aiquebabado.com. Lá você encontra dicas de beleza, moda, qualidade de vida e fitness. Segue no Instagram @ eumeuriana @aiquebabado



Por Facebrasil

I WANT TO BREAK FREE

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COMO HOMENS E ELEFANTES, SEM SABER, ACABAM POR SE TORNAR ESCRAVOS DE UMA EXPERIÊNCIA PASSADA

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que se vê sob a luz do picadeiro foi desenvolvido na escuridão da cochia: elefantes, quando jovens, são amarrados e ensinados a fazer, vez após vez, o mesmo percurso giratório. A corda que os prende é suficientemente grande para caminhar esse trajeto repetitivo, o “chapitô”. Anos mais tarde, quando livres das correntes, os elefantes mantêm o hábito de percorrer o mesmo percurso giratório de sempre – e aí, quando as luzes se acendem e a cortina se abre, temos o grande show. Esse trágico espetáculo circense só é possível porque o animal, ainda que solto, acredita nas suas amarras. Essas crenças limitativas são manifestações internas de impedimento pessoal provenientes de experiências passadas, que funcionam como bloqueios mortíferos e nos impedem de chegar aos nossos objetivos. Serve para explicar a marcha monótona dos elefantes; serve também para explicar o nosso próprio caminho previsível, tão sem começo e sem fim.

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Nossas amarras invisíveis tolhem o nosso potencial e nos fazem focar nos objetivos errados, e, como em um efeito dominó, somos impelidos a procrastinar ambições pessoais e financeiras, adiando também o nosso encontro com a felicidade. Importante perceber que, no caso dos gigantes explorados sob a cumplicidade do holofote, é fácil identificar o começo da coleira e sua ação no longo prazo, mas é preciso que cada um de nos faça uma reflexão para que possamos identificar o início do nosso “adestramento”: talvez seja proveniente da família, de um momento traumático ou de uma fala mal colocada; pode ser que tenhamos começado a caminhada giratória na época da escola, onde programas educacionais estão mais preocupados a nos fazer “obedecer” muito mais do que vencer. O princípio de tudo, quiçá, esteja nas amizades,

naqueles “conselhos” pouco felizes. Repare que, de uma forma ou de outra, todos temos agentes limitadores gravitando em nosso universo particular. Sempre que temos uma nova e arrojada ideia, aparece alguém para nos desencorajar, disfarçando suas intenções com preocupações – “olha que isso não funciona”, “vê lá onde vai se meter!”. Os que proferem tais agouros muito provavelmente o façam não por maldade, mas por comodismo: são pessoas não dispostas a mudar. Para reverter o processo, é necessário quebrar o ciclo e mudar a direção – começa por viajar para dentro de si. Profundamente. Depois de descobrir as causas desses seus bloqueios, está na hora de reciclar as crenças limitadoras em crenças facilitadoras, que são aquelas úteis para alcançar os objetivos e nos impulsionar até o sucesso. Sugiro que um dos primeiros passos dessa jornada introspectiva seja a identificação dos seus reais sonhos – aquelas coisas que você sempre quis para si, independentemente do que outras pessoas possam pensar desse desejo ou de você. Depois, lute para se cercar de pessoas inspiradoras, que também tenham clareza de seus objetivos e estejam agindo para conquistá-los – esses seres iluminados têm o dom de nos contagiar com sua energia e força de vontade. Ao longo de todo o caminho, lembre-se de questionarse. As perguntas até podem ser as mesmas, mas as respostas provavelmente serão outras – e isso é ótimo. Esse interrogatório pessoal é uma forma de recalibrar o percurso e a melhor maneira de completá-lo. E nunca se esqueça de que, aconteça o que acontecer, um espetáculo trágico como o dos elefantes jamais existiria sem a conveniência deles – então renegue suas amarras e se aproprie da sua liberdade plena.



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facebrasil/design

Por Eloá Orazem

STEAMPUNK ART JOVEM RUSSO APROVEITA SUCATAS E OBJETOS DESCARTADOS PARA CRIAR ESCULTURAS ARTICULADAS INSPIRADAS NA NATUREZA

Na arte e na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Quem nos leva a adaptar livremente a frase de Antoine Lavoisier é o russo Igor Verniy, que usa fragmentos de aparelhos eletrônicos e outras sucatas para criar esculturas originais articuladas. O jovem de apenas 28 anos vive na cidade de Krasnoyarsk e se define como autodidata, já que todas as suas obras nasceram de forma orgânica, sem estudo algum. Buscando inspiração principalmente na biologia, Igor não limita seu trabalho a animais e insetos, criando pequenos robôs e outros personagens kitsch.

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Ingênuo quanto ao próprio talento, o russo garante que nunca imaginou que suas esculturas pudessem ser tão bem

recebidas em diferentes países do mundo, mas, já que estava na mira dos holofotes, o jovem aproveitou a publicidade para fazer um apelo pela paz e apresentou uma de suas criações mais marcantes, a Dove of Peace (Pomba da Paz), seguida de texto de autoria própria cuja passagem mais marcante diz: “Hoje estou trazendo à vida a tão esquecida pomba da paz! Nascida em metal, ela ascende aos céus para se tornar o símbolo de uma nova era (...) Eu quero mostrar para todos que eu e todos os meus amigos russos somos algumas das pessoas mais pacíficas do mundo, e todas as hostilidades que vocês veem pela televisão são jogos políticos”. Com suas palavras e com sua arte, Igor vai transformando o mundo que o cerca, dando vida nova a velhos ditados e objetos.



Por Lilian Alevato

facebrasil/saúde 26

TODO SONHO COMEÇA PELO SONO UMA NOITE BEM DORMIDA NÃO É NENHUM LUXO, É UMA NECESSIDADE BÁSICA QUE DEVE SER ATENDIDA DIARIAMENTE

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ada como um dia após o outro, com uma noite (bem dormida) no meio. A receita infalível para uma vida saudável segue irretocável; uma verdade imperativa. O vale do sono ao qual nos lançamos no final do dia comporta também uma rara exceção: quantidade e qualidade são igualmente importantes ao se fechar os olhos e buscar repouso, porque precisamos de um tempo mínimo de descanso. O assunto é tão sério e tão estudado que já podemos afirmar que passamos um terço de nossas vidas adormecidos, e, dependendo da qualidade desse “sono”, é possível predizer ou estimar a expectativa de vida de uma pessoa. Seja como for, a ciência é cabalística ao afirmar que o ideal é que um indivíduo durma oito horas por dia, com qualidade – algo que está em extinção, tenho a impressão.

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As boas noites de sono são hoje reféns de diferentes estimulantes: café, energéticos e todas essas novas tecnologias que perturbam o nosso ciclo circadiano. O sono, ou a necessidade dele, varia de acordo com a idade e está diretamente ligado à qualidade do estilo de vida e ao estado de saúde de cada um.

Justamente por estar tão intrinsecamente ligado ao bem-estar físico, psicológico e emocional das pessoas, a quantidade e qualidade do descanso de alguém é de interesse de todos nós, médicos. Na tentativa de ajudá-lo a conquistar o seu objetivo de dormir mais e melhor, reproduzo a seguir algumas das perguntas que costumo fazer aos meus pacientes: • Você se sente produtivo, saudável e feliz com sete horas de sono ou precisa de mais tempo? • Você está acima do seu peso ideal? • Tem fatores de risco para outras doenças (hipertensão, angina, colesterol alterado)? • Sofre de insônia? • Você precisa de drinks à base de cafeína para manter seu nível de energia durante o dia? • Sente sonolência quando dirigindo? Depois de responder essas questões com honestidade, convido-os a ponderar a tabela desenvolvida pela Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos, mostrando o número ideal de horas de sono de acordo com a idade: • Bebês de 0 a 3 meses: 14 - 17 horas por dia • Bebês de 4 a 11 meses: 12 - 15 horas por dia


• Crianças de 1 a 2 anos: 11 - 14 horas por dia

cafeína e álcool.

• Crianças de 3 a 5 anos: 10 - 13 horas por dia

Desligue todos os aparelhos eletrônicos antes de ir para a cama.

• Crianças de 6 a 13 anos: 9 - 11 horas por dia • Adolescentes de 14 a 17 anos: 8 – 10 horas por dia • Jovem Adultos de 18 a 25 anos: 7 – 9 horas por dia • Adultos de 24 a 64 anos: 7 - 9 horas por dia • Idosos - + 65: 7 – 8 horas por dia Apesar do tempo sugerido pelo órgão americano, volto a lembrar da importância da qualidade do sono, e, para melhorar o descanso nosso de cada dia, o primeiro passo é optar conscientemente por uma vida mais saudável – e isso inclui uma nova autoanálise: • Observe o seu humor durante o dia. • Pondere o seu nível de energia (você já acorda cansado?).

E, finalmente, se você ou algum outro membro de sua família estão experimentando problemas como sonolência diurna ou se, durante a noite, você tem dores nas pernas, formigamento no corpo, problemas com a respiração (ronca muito, engasga-se e acorda sufocado ou tem dificuldade para respirar) e não consegue ter uma “noite bem dormida”, é hora de procurar seu médico e pedir ajuda. Você pode estar abreviando sua vida e negligenciando um grave quadro clínico, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Dizem que na vida é importante ter sonhos. Bem, eu digo que, para ter bons sonho, é antes necessário ter uma boa noite de sono. Então, faça do seu descanso sua maior prioridade, e, provavelmente, os seus desejos se tornarão realidade.

• Tem dores no corpo depois de uma noite maldormida? • Quando foi a última vez que você teve uma boa noite de sono? Agora que temos as coisas mais claras, vamos à luta: alimentação balanceada e exercícios físicos são vitais para uma boa noite de sono – e já abordamos esses temas em edições anteriores. Agora, se me permite, deixe-me elencar o passo a passo para um descanso melhor. Siga uma rotina de sono: vá para a cama sempre na mesma hora. Não interrompa esse hábito nos fins de semana. Siga um ritual (qualquer que seja) para ir para a cama (sleep.org tem muitas ideias interessantes). Reavalie seu quarto para que tenha temperatura, nível de ruído e luz ideais para facilitar seu sono. Invista em uma cama confortável. Cuidado com “ladrões de sono”, como a

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CAMINHO DAS ÁGUAS DEPOIS DE MERGULHAR EM MARES DO MUNDO INTEIRO, O SCUBA DIVER CARLOS FREDERICO VETORAZZO ESTÁ PRESTES A DESBRAVAR A PROFUNDEZA DAS ÁGUAS NA FLÓRIDA

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facebrasil/brasileiros pelo mundo

Quando viu o mundo de dentro para fora, de baixo para cima, tudo fez sentido: o avesso do mundo era o seu lado certo. Carlos Frederico Vetorazzo estava 18 metros submerso no mar de Paraty, quando a ficha caiu – aquele era o seu terceiro mergulho, e a partir dali perderia as contas. Por querer. Nascido em Sorocaba, Fred – como é chamado – formou-se em direito e deixou adormecida as lembranças dos documentários do oceanógrafo Jacques-Yves Cousteau, que preencheu muitas das tardes de sua infância. A referência marinha voltava à superfície de sua consciência quando Fred se encontrava com o mar, e ficou ainda mais forte quando passou a explorá-lo através das lentes do snorkel. Acostumado às profundidades de si e dos pensamentos, Fred quis mergulhar de cabeça nessa paixão e buscou as qualificações necessárias para que se tornasse mergulhador. Em paralelo à carreira de advogado, completou diversos cursos de scuba dive, inclusive primeiros socorros, dive master e, em 2010, o curso de instrutor. A decisão de tornar-se professor com os devidos certificados e autorizações tinha a ver com o seu momento profissional da época: Fred optou, ainda em 2010, por abandonar o direito e dedicar-se integralmente à escola de mergulho à qual se associara. Parte de suas responsabilidades na nova empreitada incluía organizar e acompanhar mergulhos nacionais e internacionais, e, graças a essas tarefas, teve a chance de praticar seu esporte predileto em diversas partes do Brasil e do mundo. “Dos lugares onde mergulhei, o meu predileto é Bonaire, porque a visibilidade é muito boa, de 30 metros, e barcos não são necessários – dá para sair da praia mesmo”, revela ele. “O mar Morto também é muito interessante, porque lá tem naufrágio intacto da Segunda Guerra Mundial. A viagem vale ainda pela marinha da região, que é fantástica”, completa.

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As visitas ao exterior tornaram ainda mais latente o seu velho sonho de morar fora. Depois de algum fôlego e bastante planejamento, o desejo se concretizou em agosto de 2015, quando Fred, a esposa e suas duas filhas desembarcaram em Orlando. Como era de se esperar, o mergulhador não perdeu tempo e foi explorar os pontos mais próximos da forma que sabe melhor: do avesso. A pouco mais de uma

hora de Orlando, o sorocabano mergulhou em Ginnie Springs, uma propriedade privada com águas cristalinas e muitas cavernas – o que pede bastante técnica. Nessa mesma linha e grau de dificuldade, Fred visitou também o Blue Grotto, com grutas para explorar. “A água doce pode até ter uma menor diversidade de vida marinha, mas também tem seus encantos. Nas grutas, por exemplo, não é raro vermos peixes albinos”, explica. Enquanto ainda não explora o mar de Key West e Bahamas, dois dos destinos no topo de sua lista, Fred recepciona e acompanha grupos brasileiros na Flórida, para que tenham a chance de mergulhar nesses pontos já mapeados pelo profissional. Mais do que proporcionar belas experiências e lembranças, o esporte, garante Fred, acaba sendo uma ótima terapia; um escape natural e uma excelente forma de relaxar. Ainda de acordo com sua teoria, talvez essa mansidão do scuba dive seja pouco apelativa aos jovens, que “vivem em um ritmo acelerado e não estão mais expostos a programas didaticamente ricos sobre a natureza”, pondera. Independentemente do que pensam os mais novos, Fred mantém-se firme (e profundo) na decisão de viver a vida de “ponta-cabeça”, mergulhando nas oportunidades que o destino lhe traz.



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ONDE OS

FRACOS

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facebrasil/turismo

NÃO TÊM VEZ CAPITAL DO ENTRETENIMENTO DO ORIENTE MÉDIO, YAS ISLAND É PARA QUEM NÃO TEM MEDO DE MONTANHASRUSSAS, QUEDAS E ALTAS VELOCIDADES

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uando a sede não é de água, e sim de diversão, o deserto de Abu Dhabi tem outro oásis como salvação, um que atende pelo nome de Yas Island, uma ilha artificial acessível por vias terrestres, marítimas ou aéreas.

conseguem desenvolver uma velocidade média de 195 km/h – e a velocidade máxima foi de 352 km/h, conquistada recentemente pela McLaren.

Com custo estimado na casa dos 40 bilhões de dólares, a capital do entretenimento no Oriente Médio reúne, em 25 km², diversas opções de lazer para quem gosta de viver em alta velocidade – literalmente, já que algumas das principais atrações da ilha são ligadas ao esporte mais rápido do mundo: a Fórmula 1.

Tudo o que escapa dos olhos do público não escapa do setor de qualidade de Abu Dhabi: os famosos trailers das equipes são proibidos ali, e, no lugar deles, vilas completas foram instaladas à beira da marina. Conexão à internet, cozinha completa e diversos cômodos – que podem virar quarto, ao bel-prazer do time – fazem desses alojamentos verdadeiros hotéis. Apesar das mordomias, pernoites não são permitidos, e todas as 18 vilas são encaradas como uma ferramenta de apoio para cada escuderia.

Com obras concluídas em março de 2009, o Yas Circuit não precisou de muitas voltas para se tornar uma das pistas prediletas do torneio mundial da modalidade. Tanto que, neste ano, é ele o palco da final da F1, ocupando o lugar de destaque que antes seria de Interlagos, em São Paulo.

Outro ponto que merece destaque no circuito é o sistema de iluminação, provavelmente o mais moderno (e caro) do mundo. Os responsáveis pelo autódromo garantem que as luzes ali fazem a noite virar dia e que quem está correndo na pista nem sequer consegue perceber a diferença.

Cada centavo dos 2 bilhões de dólares investidos nesse circuito de 5,5 km foi sabiamente empregado, e as evidências estão por todos os lados, dentro e fora da pista, para que todos os 60 mil expectadores possam ver e comprovar a superioridade do autódromo detentor de diversos recordes, entre eles o de ter a maior reta do mundo e a curva mais fechada também. Apesar do zigue-zague, os pilotos

Na época do torneio da F1 por ali, Abu Dhabi costuma receber também diversos eventos relativos a arte e música, sediando shows de grande porte, como o de Beyoncé, Jay Z e muito mais. Os motivos que fazem de Yas um dos queridinhos da FIA se estendem aos bastidores, uma vez que todas as 87


garagens são impecáveis e a sala de controle, com mais de 40 televisores, é um case no setor. Para aumentar a adrenalina, o circuito é percorrido no sentido anti-horário, o que não impediu o alemão Sebastien Vettel de estabelecer o recorde da pista, em 2009, concluindo o trajeto em apenas 1min40s. Tamanho esforço pode ser encarado como uma maneira de ganhar dinheiro com o esporte e turismo, mas, pelo menos por enquanto, tudo não passa de um grande esforço para divulgar o potencial de Abu Dhabi – e isso explica o valor do ingresso (450 dólares para os quatro dias de prova da Fórmula 1 e mega show de um artista internacional). Mesmo fora da temporada, o Yas Circuit continua sendo uma das principais atrações da ilha e de Abu Dhabi, já que suas curvas podem ser percorridas por qualquer visitante corajoso disposto a acelerar fundo uma Ferrari, um Camaro ou até um carro de F1 mesmo. Apesar das diversas alternativas, é o Aston Martin o campeão de pedidos – talvez porque seja o único com câmbio automático. Homens e mulheres de qualquer idade, desde que em posse de suas devidas carteiras de motoristas, podem se aventurar no circuito. Quem preferir acompanhar tudo de um ângulo ainda mais profissional, pode optar por ir ao lado de um piloto

profissional – e, nesse caso, crianças estão também liberadas, contanto que atendam às regulamentações de peso e altura mínimos. Seja ao volante, seja no banco do passageiro, a “brincadeira” dura em média 20 minutos, tempo que se gasta para percorrer a pista por quatro ou cinco vezes. Mas a experiência não estaria completa sem passar pelo famoso pit-stop, e aqui o treinamento é bastante real: grupos assumem as ferramentas e brigam contra o cronômetro para trocar pneus e reabastecer o carro, tal qual manda o figurino. Embora muitas das tentativas sejam dignas de riso, algumas podem se levadas bastante a sério, sendo que a equipe mais rápida ali realizou todos os passos do protocolo em menos de 5 segundos. Além de entreter, o pit-stop nos lembra da importância do trabalho em equipe, e, por isso, diversas empresas escalam funcionários para passar algumas horas brincando ali. Famílias e amigos também dividem momentos catárticos nessa prova contra o relógio. A batalha contra o tempo continua no Ferrari World, o maior parque temático indoor do mundo, mas, dessa vez, é um pouco diferente: a briga é para que os ponteiros corram os mais devagar possível, para que se tenha tempo de aproveitar todas as atrações do parque, aberto de terça a domingo, das 11h às 20h, e em algumas segundas, dependendo da ocasião – por isso, é melhor programar sua visita de acordo com o


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calendário oficial, disponível no site do parque. O ingresso para adultos e crianças maiores de 1,30 metro custa aproximadamente 70 dólares, enquanto crianças abaixo dessa estatura pagam 57 dólares. A entrada é gratuita para crianças com 3 anos ou menos. Uma opção premium, que dá direito ao “fast track” – que economiza os tempos na fila –, está disponível por 125 dólares para adultos, 100 dólares para crianças menores de 1,30 m – e, de novo, crianças com 3 anos ou menos não pagam nada.

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facebrasil/turismo

A segunda opção é bastante recomendável para quem deseja aproveitar ao máximo os 20 brinquedos do parque, sendo 17 no pavilhão e três na área externa – sendo alguns deles apenas para crianças. Entre os mais “pedidos” do parque, estão o G-Force, um elevador de queda livre de 62 metros, que garante muita adrenalina e uma vista incrível de toda a Yas Island; a montanha-russa Fiorano GT Challenge, que simula uma disputa entre dois carrinhos, que percorrem trilhos paralelos simultaneamente. O trajeto tem 1.080 metros, e, durante todo o percurso, os carros ficam duelando: às vezes o amarelo está na frente e às vezes o vermelho lidera a disputa. Não há nenhuma queda muito alta; a emoção fica por conta das curvas feitas em alta velocidade (95 km/h) e do cruzamento entre os carrinhos. Para aproveitá-la por completo, é preciso ir duas vezes, uma em cada carrinho. Por fim, a grande atração do Ferrari World, a montanha-russa mais rápida do mundo e a sexta mais extensa: a Formula Rossa, que desenvolve até 240 km/h de velocidade máxima e garante muita adrenalina pelos 2 quilômetros de trilho. Inaugurada em novembro de 2010, a atração fez até o bicampeão de Fórmula 1 Fernando Alonso sentir bastante medo. Em um vídeo inaugural do brinquedo, o piloto espanhol e seu então companheiro de equipe Felipe Massa ocupavam os primeiros assentos da montanha-russa e mostraram que é preciso coragem para encarar a brincadeira. Mais do que o medo, Alonso perdeu também o celular, as chaves e a carteira, que “voaram” de seu bolso logo nos primeiros segundos a bordo da Formula Rossa, tamanho seu impulso. Simuladores, pistas de kart, cinema 4D e exposições completam o hall de atrações do parque, que é todo climatizado, essencial para aguentar o calor dos Emirados Árabes durante o alto verão. Fora das brincadeiras, o complexo traz ainda cinco opções de restaurantes, com chefs gabaritados, e duas lojas que vendem souvenires e produtos da Ferrari.

Mas se o interesse em Yas Island é fazer compras, o melhor mesmo é atravessar a rua à frente do Ferrari World e conferir de perto o maior shopping de Abu Dhabi, o Yas Mall, que reúne mais de 400 marcas nacionais e internacionais, 60 restaurantes e 20 salas de cinema. Árvores reais e projeto desenvolvido para explorar o máximo de luz natural fazem com que nos sintamos ao ar livre mesmo dentro desse complexo, que merece a vista pelas opções de compras e pelo projeto arquitetônico, feito da forma mais sustentável possível. Se nada substitui a vida outside, o melhor mesmo é aproveitar o sol forte de Abu Dhabi para deslizar pelos tobogãs do Yas Waterworld, um parque aquático premiado antes mesmo de sua inauguração. Ocupando uma área total de 15 hectares, oferece 43 atrações de diferentes intensidades, para que a família toda possa se divertir. Quem não tem medo de grandes quedas podem testar limites no Jebel Drop, o ponto mais alto do parque e a opção mais emocionante também. Para radicalizar ainda mais, o Liwa Loop é um dos primeiros escorregadores com looping de parques aquáticos no Oriente Médio. A diversão continua ao se deslizar pelos três picos do Hamlool’s Humps ou em outros escorregadores com ou sem boias. Para aqueles que não abrem mão da terra firme e seca – ou para quem quer descansar um pouco no meio da tarde –, a dica é alugar uma das cabines à beira da piscina, onde um grupo de até seis pessoas pode se refrescar com o ar de ventiladores e usufruir de um serviço exclusivo, com drinques e comida. Seja lá qual for o motivo que o leve a Yas Island, saiba que o dia perfeito se encerra com um brinde no bar da cobertura do Hotel Viceroy, que oferece, além de coquetéis exclusivos e pratos estrelados, uma vista privilegiada da ilha que promete ser refúgio ao tédio da rotina, alagando de adrenalina os corações que não se importam de quebrar limites de velocidade.



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facebrasil/história 34

DIA DA NOIVA: UMA TRADIÇÃO MILENAR Todo casamento é especial à sua maneira, mas o que vem a seguir me é particularmente marcante, porque quem sobe ao altar é o meu filho. Meu coração de mãe já está a mil por hora, e quase não se aguenta de tanta felicidade. Minha futura nora é uma linda jovem norte-americana, e é importante que eu assimile um pouco mais da cultura das noivas aqui nos Estados Unidos para que possa dar a ela o suporte necessário. Acho que, a essa altura, vocês já podem imaginar que “casamento” e “noivas” é o assunto mais recorrente aqui de casa, né? Toda essa pesquisa me inspirou a escrever o artigo presente, mas quando mostrei o título – “Dia da Noiva: uma tradição milenar” - à minha filha, fui questionada: “Mãe, como pode ser uma tradição milenar?”. Na hora me lembrei da resposta, que está na Bíblia, no Velho Testamento: os preparativos e a solenidade devem ser muito graciosos. Quem não se emociona lendo sobre o amor que Jacó sentia por Raquel e o preço que ele pagou para finalmente desposá-la? Em Ezequiel, encontramos a descrição dos vestuários e adornos de uma noiva daquela época. Nas palavras de Davi encontramos um pouco do ideal de beleza: “[...] que as nossas filhas sejam como pedras de esquina polidas, como colunas de um palácio” (Salmo 144: 12). E tudo isso muito mais de 2.000 anos atrás! Mas a vida moderna também tem seus desafios. Sei que muitas noivas de hoje se sentem sobrecarregadas diante de tantas escolhas e decisões, e sei que a maioria nutre o desejo de se sentir como uma princesa de conto de fadas no dia do casamento. Com toda a correria e preparativos, porém, pode ser fácil ver o conto de fadas se converter em um dia das bruxas, colocando em xeque o grande dia. Por isso, vamos com calma que tudo vai dar certo – é o que eu sempre digo.

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Sempre me pergunto: por que é que toda mulher, quando está se preparando para se casar, fica tão linda? Vi isso acontecer com cada uma de nossas cinco filhas. Será que é só o amor? Ou um misto de amor com confiança, alegria e autodeterminação, tudo junto? Para que você se sinta bem e confiante no dia do seu casamento, é preciso se planejar e iniciar os preparativos com antecedência. Afinal, esse será o maior evento de sua vida. Sei que muitas noivas preferem fazer um retiro para

ter o seu “Dia da Noiva” em um lugar especial. De fato, muitos povos e culturas faziam disso um rito. Mesmo na vida moderna, muitas vezes ficar perto de toda a família, com toda a agitação, palpites e sugestões, pode ser a coisa mais estressante do mundo. Eu posso compreender isso, afinal, fui mãe de cinco noivas. Embora minha experiência de sogra seja totalmente nova, já estou dando os meus conselhos – e acho que consegui convencer a minha futura nora a ter um “Dia da Noiva” do jeito bem brasileiro. Desde já vou introduzi-la um pouco em nossa cultura. Prometo que vou colocar as fotos. Por coincidência, fiquei muito feliz quando soube de uma novidade aqui em Orlando: é que aqui, bem pertinho, abriu um novo salão de beleza Jacques Janine, e eles são experts em Dia da Noiva. De fato, eles foram os pioneiros no Brasil. Aqui em Orlando eles também oferecem o serviço bem ao gosto (e criteriosidade) de nós, brasileiros. Dá para acreditar? Gente, o que é bom tem que ser falado. Fui até lá para conferir pessoalmente as instalações e conhecer alguns dos profissionais – eles são ótimos! Fiquei agradavelmente surpresa com tudo o que vi. O lugar é amplo e lindo, bem diferente de outros salões de beleza que já conheci aqui nos EUA: superorganizado e chique. Se vocês moram aqui em Orlando ou se estão vindo passear, fica a dica – esse é mais um lugar que vocês precisam conhecer. Vocês sabiam, aliás, que o Jacques Janine já celebra mais de meio século cuidando com muito carinho da beleza das noivas? Essa tradição que acompanha a marca iniciou-se quando o casal Jacques e Janine Goossens trouxe para o Brasil, com pioneirismo, toda a beleza da cultura indiana de se enfeitar para o grande dia do casamento. Foi assim que foram aperfeiçoando a tradição do “Dia da Noiva” para a nossa cultura, com a qualidade que lhes é peculiar. Afinal, para toda noiva, esse é um dia único e especial – e elas certamente merecem tantos mimos. Visite aqui em Orlando e curta o Facebook: facebook.com/ Jacquesjanineorlando/ *Thanks, Alecia Faye, Photography by Erick/Rebecca photos *Obrigada, Kk Behs, Photographer Jacques Janine Bride



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facebrasil/admirável mundo novo

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O CLIENTE TEM SEMPRE RAZÃO? PESQUISA PIONEIRA EXPÕE A REALIDADE POR TRÁS DAS QUEIXAS EM GRANDES ESTABELECIMENTOS

A comida pode ser excelente e o ambiente agradável, mas se o serviço falhar, a experiência toda pode estar comprometida. Foi pensando nisso que os responsáveis por um tradicional restaurante em Nova York contrataram uma consultoria especializada, para ajudá-los a entender a insatisfação de seus clientes, que passaram a reclamar da lentidão do atendimento. Por meio de gravações de câmeras de segurança da casa, foram comparados dois dias de movimentos parecidos, um de 2004 e outro de 2014, quando o estabelecimento recebeu cerca de 50 visitantes em aproximadamente duas horas. O resultado, no entanto, foi

bastante surpreendente: a demora no serviço e atendimento, em geral, era do próprio cliente. Nas filmagens, pôde-se constatar que os consumidores de hoje gastam tempo demais se conectando ao Wi-Fi e tirando fotos, quando não se distraem nas redes sociais e se esquecem de fazer o pedido. Essas pequenas atividades podem parecer banais, mas o impacto é relevante, uma vez que os clientes avaliados em 2014 demoraram, em média, 50 minutos a mais para completar sua refeição. Curiosamente, os que mais reclamam são também os que mais tiram fotos e fazem ligações, atrasando todo o funcionamento do restaurante.



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LIBERDADE SOBRE DUAS RODAS CLIMA FAVORÁVEL E TERRENOS PLANOS SÃO AS CONDIÇÕES IDEAIS PARA DEIXAR O CARRO DE LADO E OPTAR PELA BICICLETA NA HORA DE VISITAR PONTOS TURÍSTICOS E APRECIAR A PAISAGEM

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facebrasil/aventura

Inútil procurar por avisos ou placas: não há retorno da liberdade. Pelo menos não na Flórida, onde quem se atreve a trocar o carro por uma bicicleta se pega em uma via de mão única, que leva não de A a B, mas do papel limitante de espectador para o meio do cenário, onde é possível ser protagonista da paisagem que outros menos corajosos veem apenas pela janela. Sem a privação de portas, vidros e outros escudos, as bicicletas permitem um contato direto com o mundo, fazendo-nos sentir na pele as cores e as maravilhas que colocaram a região entre as mais admiradas dos Estados Unidos e além. Para aqueles que já não aceitam mais correr o risco de perder alguns dos detalhes que fazem toda a jornada valer a pena, a InFlorida preparou um guia completo sobre como e onde pedalar no estado. Anna Maria Island: apesar de ser proibido pedalar nas praias dessa ilha devido à procriação de tartarugas, o trecho principal das estradas conta com uma boa ciclovia. Para os moradores, essa é a melhor forma de locomoção. A maioria dos shoppings dispõe de bicicletários, e as bikes alugadas podem vir com cestinhas – o que facilita o transporte de compras e afins. Onde alugar: Beach Bums (beachbumsami.com) (941) 7783316 Daytona Beach: aqui é permitido passear com sua bike pela faixa de 32 km de areia, mas cuidado com outros veículos, que também têm passe livre para rodar na praia. A dica é aproveitar a maré baixa para pedalar perto da água, onde a areia é mais dura e possibilita um passeio agradável com menos esforço. Onde alugar: Daytona Fun Rentals daytonafunrentals.com (386) 736-8257 Jacksonville Beach: a praia bike-friendly fica ao leste de Jacksonville, no oceano Atlântico. Lá as portas das lojas e restaurantes são repletas de bicicletários, e algumas empresas de aluguel de bicicletas até entregam os veículos no hotel do cliente.

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Onde alugar: Champion Cycling (facebook.com/ ChampionCycling) (904) 241-0900 e Rent Beach Stuff (rentbeachstuff.com) (904) 305-6472 Sanibel Island: cerca de 19 km de ciclovia cortam a reserva

de J. R. (Ding) Darling National Wildlife, uma faixa de quase 6.500 hectares de floresta de mangue no norte da ilha. Nela é possível encontrar mais de 220 espécies de aves. O melhor momento para capturar a vida selvagem é durante a maré baixa e na parte da manhã. Além disso, as aves migratórias costumam fazer de Sanibel sua casa nos meses de inverno. O refúgio fica aberto de sábado a quinta-feira, e cada ciclista paga US$ 1 para entrar. Onde alugar: Tarpon Bay Explorers (fica a 3,2 km do Ding Darling) (tarponbayexplorers.com) South Beach, Miami: as estradas principais de South Beach podem estar cheias, mas a calçada ao longo do Lummus Park, no distrito art déco, é um belo caminho para se percorrer. A Bike and Roll oferece um tour sobre duas rodas para apreciar a arte da região. O passeio monitorado dura cerca de duas horas. Onde alugar: Decobike (decobike.com/miamibeach) ou Bike and Roll (bikeandroll.com/miami) 1-866-736-8224 Cedar Key: a pequena ilha histórica de apenas 3 km² é perfeita para ser conhecida de bike. No Island Hotel & Restaurant, é possível apreciar uma vista panorâmica de uma Flórida old-fashioned. O local está listado na National Historic Site Register, que contempla locais a serem preservados. Onde alugar: Fishbonz Bicycle – 352-543-9922 St. Joseph’s Peninsula: no parque estadual, o ciclista pode apreciar uma bela vista das areias brancas da região de Panhandle. Durante a maré baixa, também é possível pedalar pela areia, mas, apesar disso, as empresas de aluguel de bikes recomendam passear pelos cerca de 5 km de estrada pavimentada dentro do parque. Onde alugar: Scallop Cove (scallopcove.com/index.cfm/m/1/ Home/) (850) 227-1573 Key West: com poucos estacionamentos, a bike acaba sendo a maneira mais prática de desbravar os cerca de 5 km² da região, especialmente para quem chega de avião ou de barco. Uma alternativa para as estradas principais é a calçada ao longo Smathers Beach, parte da Florida Keys Overseas Heritage Trail. Onde alugar: Bike Man Bike Rentals (bikemanbikerentals. com) 305-587-1783



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facebrasil/arte & cultura 40

O JARDINEIRO FIEL DEPOIS DE BURLE MARX, ALEX HANAZAKI É O PRIMEIRO PAISAGISTA BRASILEIRO DE RENOME INTERNACIONAL Arquiteto por formação e paisagista por vocação, Hanazaki passou a infância e a juventude em Presidente Prudente, cidade do interior paulista, a cerca de 560 km de distância de sua terra natal: Holambra, a cidade que se orgulha de ser a campeã na produção de flores, e a mesma que sediou um curso que fez o arquiteto enxergar a área de paisagismo com outros olhos. Impulsionado pela confluência de cores, texturas e aromas, ele abriu escritório em São Paulo e, no ano de 2000, participou pela primeira vez da mostra Fiaflora – Feira Internacional de Paisagismo –, na qual expôs seus projetos também nos anos de 2001 e 2002 – e, em ambas as edições, saiu premiado. Desde então, participou de mostras de grande visibilidade como Artefacto, Casa Cor São Paulo e Hyundai Mostra Black. Atual dono do prêmio mais importante do paisagismo, da ASLA (American Society of Landscape Architecture), a maior associação de arquitetos paisagistas do mundo, Hanazaki sagrou-se vencedor graças ao jardim de 9.000 m² que criou para a GM HOUSE. O projeto, inspirado nas linhas contemporâneas da arquiteta Debora Aguiar, levou o prêmio na categoria residencial. Considerado um dos grandes nomes do paisagismo moderno no Brasil, o arquiteto é o único representante da área de paisagismo, depois de Burle Marx, a se destacar internacionalmente.

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Entre outros projetos nos quais o paisagista se vê envolvido, o mais grandioso talvez seja o jardim permanente em Berlim, com inauguração prevista para 2017, mas que já está sendo

planejado. A partir de janeiro de 2015, o brasileiro começa a tirá-lo do papel. A ideia desse jardim é revitalizar um bairro degradado da capital alemã. Para isso, oito designers de diferentes partes do mundo foram escolhidos para criar áreas verdes e de lazer para a comunidade – e Hanazaki foi um deles.



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CHEESECAKE DE NUTELLA Ditados atemporais perduram justamente por refletirem ideias e conceitos que não perdem o prazo de validade e continuam sempre atuais. “É impossível agradar a todos” é um desses ditos populares que venceram o relógio, e hoje, mais do que nunca, é invocado pela gastronomia para justificar a falta ou excesso de sal, pimenta, açúcar ou qualquer outro ingrediente. Apesar de sabermos todos que buscar uma aprovação comum à mesa é praticamente inatingível, seguimos tentando e tentando, vez após vez. Para ajudá-los nessa árdua missão de satisfazer gregos e troianos, buscamos uma receita especial, munida de um trunfo: a Nutella – aquele ingrediente que até quem não é muito fã acaba gostando.

INGREDIENTES • 200 g de Negresco

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facebrasil/ receita

• 100 g de manteiga sem sal • 500 g de Nutella • 450 g de cream cheese • ½ pacote de gelatina sem sabor • 500 ml de creme de leite fresco

MODO DE PREPARO Em um processador, bata os biscoitos com ou sem recheio até virarem um farelo. Misture o farelo com a manteiga derretida. Unte uma fôrma de fundo removível (24 cm) com manteiga, despeje a mistura e nivele com a ajuda de um copo. Leve à geladeira por 30 minutos. Bata o creme de leite fresco bem gelado e o cream cheese em temperatura ambiente por três minutos na batedeira. Dissolva a gelatina sem sabor em três colheres de água e misture. Adicione a Nutella e bata por três minutos. Jogue o recheio na fôrma. Leve o cheesecake para gelar por quatro horas e depois ao freezer por duas ou três horas. Sirva.



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facebrasil/educação

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O FUTURO JÁ COMEÇOU CLERMONT GANHA SUA PRÓPRIA UNIDADE DO KIDDIE ACADEMY®, UM DOS PROGRAMAS EDUCACIONAIS MAIS RESPEITADOS DOS EUA

O

rlando pensa no futuro a longo prazo, mas sabe que, para se tonar a cidade que sempre sonhou, é importante ponderar hoje suas ações – e esse planejamento, obrigatoriamente, passa pela educação.

Dentre muitas instituições renomadas, uma é bastante especial, visto que reúne talentos de diferentes áreas e acumula anos de experiência. A Kiddie Academy® dispensa apresentações, pois sua história de sucesso é amplamente conhecida, mas todas as suas novidades são celebradas com entusiasmo. A última boa notícia que recebemos da organização é que, em meados de abril, a região de Clermont ganhou sua própria unidade da escola, localizada na 1710 S Hmw 27, Clermont, FL 34711.

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“Nossa equipe, bem treinada e atenciosa, é altamente preparada para oferecer todo o suporte necessário para que nossas crianças vençam seus desafios com confiança e autoestima. A filosofia aqui na Kiddie Academy diz que cuidado e aprendizado andam de mãos dadas”, declarou o brasileiro Daniel Aguiar de Melo, um dos proprietários do Kiddie Academy of Clermont, que há 15 anos trabalha no Centro Educacional Objetivo, maior grupo educacional do Brasil. Ainda sobre a nova empreitada, Melo completou: “Acreditamos que é extremamente importante que laços sólidos sejam desenvolvidos não apenas entre professores e alunos, mas também entre educadores e pais, escola e comunidade”.

Em declaração oficial, Melo mostrou-se ainda alinhado com o National Childcare Accreditation Council, que defende que o aprendizado e desenvolvimento de uma criança é beneficiado quando ela toma suas próprias decisões e controla suas experiências de acordo com os seus interesses, habilidades e personalidade. O verdadeiro aprendizado acontece de forma planejada e espontânea, durante a participação dos alunos nas atividades diárias e por meio de suas próprias observações positivas de adultos e colegas. “Temos uma gama infinita de atividades educacionais para crianças, o que as encoraja a aprender, brincar e explorar. Quando um aluno frequenta a Kiddie Academy of Clermont, ele adquire os talentos e a força de caráter que irão guiá-lo até o sucesso”, pontua o proprietário. Fundada em 1981, a Kiddie Academy tinha como missão levar ensino de qualidade às crianças e tornar-se líder em seu setor. Seu programa bem-sucedido e respeitado tem se comprovado ao longo dos anos, o que levou o método Kiddie Academy Life Essentials® – o mesmo utilizado na nova unidade da Flórida – a ser um dos mais procurados por pais e responsáveis, uma vez que ele proporciona o crescimento intelectual, social, físico e emocional dos alunos. Melo garante ainda que a escola dará continuidade à tradição da comunicação contínua e teachers and parents concerning each child’s development. “Convidamos pais e alunos a embarcarem conosco nesta jornada rumo ao sucesso”, finalizou Melo, mostrando que, assim como Orlando, também acredita em um futuro melhor e maior.


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SAFE, SOUND AND STYLE DESENVOLVIDO POR DUAS SUECAS, “CAPACETE INVISÍVEL” PERMITE QUE CICLISTAS PEDALEM COM SEGURANÇA – E COM MUITO MAIS LIBERDADE

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facebrasil/inovação

A boa forma política, econômica e social da Suécia talvez seja fruto de sua mania de calcular riscos e zelar por sua segurança. Quem passeia por lá, o faz sem perceber, já que todas as vias naquele país são bem traçadas e seguras a ponto de deiar que a nossa mente voe para longe das preocupações. E, pelo jeito, esse hábito saudável de zelar pela integridade de todos parece ser contagioso, já que empresas suecas como a Volvo repetem a tradição. Diante desse cenário, hoje é bastante óbvio dizer que um dos dispositivos de segurança mais bacanas e inovadores que temos no mercado foi inventado justamente por um local. Aliás, um, não, dois – ou duas, no caso: Anna Haupt e Terese Alstin, as designers industriais que assinam o Hövding, uma espécie de capacete inflável que funciona de forma semelhante ao airbag e que pode ser usado quase como um lenço.

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O projeto começou de forma bem experimental, quando ainda cursavam o mestrado. As então estudantes tinham a pretensão de criar algo que protegesse os ciclistas, sem extinguir a sensação de liberdade característica da bike – “e sem arruinar o penteado também”, brinca Terese, em uma entrevista a um jornal português. Da tese para a realidade foram sete anos. As jovens avaliam os padrões de acidentes de bicicletas e as situações do dia a dia, encontrando um denominador comum entre ambos. Com os dados compilados em um extenso e minucioso estudo, as suecas desenvolveram um método matemático capaz de distinguir movimentos triviais daqueles que podem colocar em risco a saúde do usuário.

Todo o investimento de tempo e dinheiro culminou no Hövding, um “colarinho” que esconde um airbag, visto e ativado apenas quando o ciclista se vê em perigo. Nessas ocasiões fatídicas, o lenço assume a forma de um capuz e envolve toda a cabeça do usuário. O mecanismo é controlado por sensores que detectam movimentos anormais característicos de um acidente. O dispositivo é alimentado por uma bateria com autonomia de até 18 horas que pode ser carregada via USB em qualquer computador. Com um uso médio de 30 minutos por dia, por exemplo, é necessário recarregar o Hövding apenas a cada seis semanas. Vale lembrar ainda que o mecanismo pede seis horas de carga. Quando é ligado, com um pequeno botão, podemos ver uma luz, que também nos indica o status da bateria. O produto pode ser personalizado: quando conectado a um computador com internet, o usuário pode escolher toques específicos para quando o “capacete” for ligado e desligado. Inspirado nas caixas-pretas de aviões, o Hövding traz também um gravador capaz de captar os dez segundos imediatamente antes ou durante o acidente de bicicleta.



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facebrasil/face to face 48

A FESTA A, U N I T N O C E T N E M LITERAL

endo zendo e viv mos muito fa , o d n a h n ía pa ta, não sab anos acom ciantes ão 60: seis nçamos a nossa revis s o paladar dos anun rença para ninguém. iç d e , il s ra os Faceb eiro la ria dife aríamo os orgulhos uando prim que não fa or, se acert histórias. Q mos no gosto do leit a publicação morna, sos depois, constatam hoje já foi lida , m s ía bem se cair res, ou se seríamos u res exemplares impre avia sido pronunciada o a h d h a il ca n n m ci nas de pressa. ento nu e patro ões e cente seu lançam uanto na im mos o que Mas 60 ediç “Facebrasil”, que em to na versão digital q duros, sabe o caminho a n ra v m ta s , la s o a p re m a o ta it e s tr le qu nenhum ou ublicação. E 1 milhão de de nossa p não tendemos para . te por mais de u b e d o vam como mos e ência nos le sta edição , não vacila a Considero e antemos a coerência itores e nossa consci mos ir aind m s le s que pode a melhora o m e b a s is queremos, e aquele a que nosso o ndo sempre inquieto, p ss que não fo o imigrante a a cada edição, busca d to o m co , o ad os sonhand ova caminh nçamento Continuam e começamos uma n ambições. artilhar o la zer de p m s – a co e s ” g s s n o a n lo n de pe o pra mais ncretização podemos “a rlando, onde teremos e referência co ra o a , r a o u p n s tí a d O ,m con cebrasil, em rá um ponto es em vista as novidad ebsite e do espaço Fa certamente se torna rs e iv d s o Tem que !) w os no lugar ovo (e lindo do nosso n os amigos e convidad rida. esta vez s lo s leitores, d usividade em u e s ra a p receber nos unidade na Central F u o m os com excl ar il descortin de nossa co a Facebras crível que entrevistam nte solitária de mostr e u q s a p ca e in s m a d ta ca s n li ti li a s ra nta a” p a jorn Depois de ta ice Hasselmann, um ue assumiu a “cruzad o. çã q Jo a r a n o s p a o d u m s ore guês da conto traze de ela nos e acontece nos bastid s em portu e n o çõ , rk ca li o Y b u w p qu Ne as brasileiro o a história d para o povo ntrará para e cidos o ã iç d e os reconhe e esta m u q ja e e s d e a u z q e ara Tenho cert brasileira no exterior. lhar duro p e amos traba . v e , is a comunidad m mos muito promisso. no mundo maior com mais. Quere a Face dos brasileiros u s e s o o m m re e co u a Q ri didos como tem a aleg sentir e compreen erente que nto sem se ntir invadido. co ju r ta a h is v n o re s a sem se se ssa vida. É cebrasil, um entre na no lado, dividir o espaço erdade de estar com o Somos a Fa tr u o o e u o a lib itir q contr ‘exercício’ d isso é perm orário sem se sentir o m é ro o s p is m o m “C ro h ade. Comp marcar um ameaçado, o não é ‘falta’ de liberd s Compromis .” m é u alg

! a r u t i Boa le

vato MarPcuobliAshle r e

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MBA,






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