Facebrasil 66 Ano 6

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Ano 6 | Edição 66

imigração

Conheça o visto para pessoas que possuem habilidades extraordinárias

Caribe

Praias azuis e um povo hospitaleiro são um convite para os turistas

Sol é saúde

Como se beneficiar dessa fonte inesgotável de energia

O presidente eleito pela classe média quer acabar com os políticos de carreira

Printed version

Trump




12 Imigração

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Conheça o Visto O, para pessoas com habilidades especiais

14 Negócios

As duas faces do sucesso

16 Sustentabilidade

A hora de salvar nossos rios é agora

18 Eleições 2016

Novos rumos para a política mundial

08

20 Focus 2016

Evento na Flórida foi sucesso de público

22 Crônica

Joselito Müller e seu humor politicamente incorreto

24 Saúde

Sol, fonte inesgotável de energia e vitamina

26 Parceria no esporte

Boca Raton e Barcelona fazem acordo para ensinar futebol na Florida

Frase do mês

O princípio da frustração é o excesso de expectativa. Esperar menos é se frustrar menos ainda.

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Ano VI - Edição 65

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Editorial

Conversa entre

amigos

EXPEDIENTE

Marco Alevato

Publisher | Editor Chefe

Eloá Orazem Editora

Tara Alevato English Editor

Bernardo Alevato Financeiro

Rodnei Medeiros Graphic Designer

3GB Consulting Revisor

Colaboradores desta edição Dra. lilian Alevato, Joselito Müller, Giovani Alevato, Eraldo Manes, Pedro Heizer, fotos de Jaqueline Andrade, Inspiring, Marina Tatarenko, LifetimeStock / Shutterstock.com

COMERCIAL – SALES +1 (407) 842-1211 info@facebrasil.com

V

ocê pode usar mesóclise melhor que Michel Temer, pode colocar as vírgulas – todas elas – em seu devido lugar e nunca na vida desrespeitar o acento grave. Você pode até superar o professor Pasquale, mas trago verdades: seu português perfeito não garante boa comunicação. Reconheço (e valorizo!) a importância da gramática no traquejo com os meus pares e parceiros, mas, no final das contas, a grafia impecável nem sempre carrega a mensagem precisa – e isso é um problema meu, seu e de todos nós, porque mal-entendidos custam caro sob todos os pontos de vista: social, emocional, psicológico e até financeiro. E isso importa porque nos afeta diretamente, e afeta a quem amamos também. A comunicação é a base da sociedade; uma questão de sobrevivência, até. Aqui na Facebrasil tratamos o diálogo com urgência e com cuidado,

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porque é fundamental que estejamos todos em sintonia para que a revista seja concisa, coesa e coerente com aquilo que defendemos e em que acreditamos. As páginas que você confere a seguir são fruto não de uma, duas ou três, mas de várias conversas. Discutimos a capa, as fotos, cada uma das pautas e até a ordem dos artigos – porque a publicação é nossa responsabilidade e nosso maior interesse. Não à toa somos a revista brasileira mais lida em território americano, com impressão auditada. Espero que você esteja aberto a dialogar conosco e que encontre nas reportagens a seguir informações que o convidem a ser mais e melhor. E como sempre, voltamos a lembrar que aqui todo mundo fala e todo mundo tem voz: nossos braços (e mente) estão sempre abertos para críticas, sugestões, dúvidas e elogios. Porque, como uma boa empresa de comunicação, estamos primordialmente dispostos a ouvir.

As opiniões expressas em artigos assinados são de inteira de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista Facebrasil. Os anúncios são de responsabilidade dos anunciantes. A versão digital pode ser lida e baixada gratuitamente no portal: www.facebrasil.net

OrlandO 7575 Kingspointe Parkway, Suite 15 Orlando - Florida 32819

Rio de JaneirO Rua Torres Homem 888 Vila Isabel - Rio de Janeiro - RJ Brasil CEP 20.551-070 No portion of this publication may be reproduced or distributed by any means without the express written authorization of Facebrasil Magazine and PPM Magazines. All rights reserved. Printed in the USA. Volume 50-5 ISSN 231-5482 - is published monthly by PPM Publishers Magazine.


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Sonho de Consumo Heritage Gloves

Knockout de estilo, as luvas de boxe vintage da Modest Vintage Player (MVP) são feitas artesanalmente, utilizando 100% de couro original. A qualidade de seu material e de sua confecção é tanta que a empresa garante que ela não vai à lona com o passar dos anos. Comercializada por 119 dólares, a luva não fica só na beleza: sua usabilidade também é comprovada.

Shinola

Troubadours

Por 150 dólares, os amantes da boa música podem levar para casa uma experiência vitalícia: o fone de ouvido Troubadours, da LSTN Sound. Feito em madeira de cereja, o gadget tem uma espécie de almofada revestida por couro vegano que se acomoda perfeitamente nas orelhas, para não causar incômodo.

Originalmente pensados para serem usados dentro de submarinos da Marinha, os óculos de sol estilo P-3 são a aposta (certeira) da marca americana Shinola. A peça aceita diferentes combinações de cores, e fica a cargo do cliente escolher a sua. Os óculos, vendidos por 200 dólares, são um dos maiores símbolos vintage e fortes candidatos a se tornarem atemporais.

The Villain Chair A poltrona feita à mão da Suck UK não ca-

be em papéis secundários – em qualquer ambiente, é ela sempre a protagonista. Disponível em diferentes cores, a peça traz em sua confecção alumínio, aço cromado e couro. Suas dimensões generosas (20 cm de altura x 90 cm de comprimento) se refletem diretamente no preço: pouco mais de 7.000 dólares.

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Turismo

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Tudo Azul no

Caribe Tranquilidade com vista para o mar: o Caribe tem excelentes opções para férias

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S

eu santo nome proferido em vão não lhe diminui em nada a beleza natural: o Caribe foi e continua sendo a terra prometida, com palmeiras, clima tropical, areias brancas e águas cristalinas. Apesar do forte apelo turístico, pequenos milagres escondidos em ilhotas continuam a restaurar em toda gente a fé em férias perfeitas, o que supúnhamos impossível. As peças e os modelos podem até variar de acordo com a estação, mas a cor da moda por ali é sempre o azul na passarela de St. Barthélemy – ou St. Barths, como a ilha é mais conhecida. Ali ninguém brilha mais que o próprio mar, uma das poucas belezas sem etiqueta dessa região dominada por grandes marcas e celebridades. Área livre de impostos, Sr. Barths foi alçada ao estrelado em 1957, quando o bilionário americano David Rockefeller engordou sua já extensa lista de aquisições ao comprar uma mansão na pequena ilha, que outrora foi palco de grandes batalhas e disputas. Embora o passado sanguinolento tenha sido lavado e expurgado pelas águas salgadas e cristalinas da ilha, St. Barths conservou a única herança positiva que os revezes poderiam lhe deixar: a cultura multifacetada, que combina o poder do euro com a arquitetura escandinava, o sotaque francês e a gastronomia internacional.

Para entender melhor como a ilhota consegue ser tão maior que suas dimensões territoriais, o Musée Municipal de St. Barthélemy, na capital, Gustavia (a parte mais povoada e movimentada da região), reúne fragmentos históricos que remontam à trajetória “quebra-cabeça” do pedaço de terra mais hollywoodiano do mar do Caribe. Porta de entrada e saída de Barbados, Bridgetown é parada obrigatória na ilha por causas maiores e mais nobres que as questões logísticas e a beleza natural: a pequena cidade tem história própria que, como todos os seus contos e cantos, merece ser explorada de perto, como manda o manual. Capital de uma ilha colonizada pelos britânicos, cobiçada pelos portugueses, atrativa ao mundo por seu potencial açucareiro e localização estratégica, Bridgetown não cabe em alguns dias, mas pode ser apreciada (e entendida) com mais detalhes no The Barbados Museum, onde artigos e objetos ajudam a reviver a história da cidade e assim entender mais de seu presente. Outros pontos que merecem destaque na cidade passam longe da areia, mas merecem visita: são os edifícios parlamentares, a Praça dos Heróis e a catedral de St. Michael, construída em pedras em 1789, depois que um terremoto destruiu a igreja de madeira erguida em 1665. Por decisão própria ou não, Bridgetown – e


Turismo

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Barbados – teve de aprender a se reinventar para atravessar o tempo, e assim o fez. Mudou de cara, de cor, de bandeira e de si, mas nunca deixou escapar o gosto doce que fez (e ainda faz) o mundo pedir bis. O próximo refúgio no Caribe dá folga aos motores e deixa as velas descansarem. Os remos podem repousar, contanto que a âncora faça bem seu trabalho: o de nos manter ali, estáticos, que é pra gente se sentir parte do filme ou da propaganda com aquela praia paradisíaca; aquele lugar em que há muito desistimos de acreditar. Tortola, o hall das Ilhas Virgens Britânicas, restaura a fé de toda gente, porque ela existe. Em terra firme, as ruas estreitas e pouco confusas podem ficar congestionadas em certos períodos do dia, mas elas estão lá apenas para nos lembrar que, na ilha, só existe um único caminho: o do mar. De longe, a imensidão azul pontilhada de branco faz jus ao título de “capital mundial da navegação”, já que guarda em si a maior frota mundial de barcos em um mesmo local. Se a novidade soa ruim, a realidade não é: ninguém precisa disputar espaço ali; todo mundo tem sua privacidade no paraíso – até quem opta por ficar em um dos mais de 700 “apartamentos flutuantes”, que fazem sombra às opções hoteleiras em terra firme. Como regra quase universal, a superfície é só uma fina camada de toda a riqueza e beleza da região – uma das favoritas de mergulhadores profissionais e amadores. A temperatura e clareza da água, aliada à grande variedade de vida marinha, são os pontos mais importantes apontados por quem entende do assunto. Para quem não quer ir tão fundo, passeios de jet-ski e stand up paddle também são viáveis ali. Aliás, quase tudo ligado à diversão e

tranquilidade é viável nessa ilha montanhosa de 19 km – contanto que a âncora continue bem presa, sua imaginação pode ir a qualquer lugar. Enquanto algumas coisas nunca mudam, outras parecem nunca ficar iguais. St. John’s, capital de Antígua e Barbuda, parece viver essa dualidade constantemente: ali permanece intacto tudo que diz respeito à natureza e vida selvagem; o camaleão, no caso, é ela própria, que está sempre com novidades. Cosmopolita a sua própria maneira, St. John’s tem boas opções de lojas, pincelando as tendências da moda e do design internacional, além de abrigar uma porção de restaurantes e bares – tudo no melhor estilo “boutique”, já que são estabelecimentos sob medida para a ilha. Das coisas que não se pode levar pelas alças para fora da capital, as que mais ganham visitas são o Forte James, o Jardim Botânico, a Catedral de St. John’s, o Palácio do Governo e os dois museus da cidade, o Museum of Antigua e Barbuda e o Dockyard Museum. Enquanto o primeiro narra a história da região, cultural e socialmente, o segundo é uma ode à vida de Nelson Dockyard, importante personagem na trajetória de Antígua. O museu em homenagem a Dockyard ocupa um prédio datado de 1855, mas reformado em 1970, quando servia como escritório para o parque nacional, até que, em 1997, cedeu às tentações para se tornar o que é hoje. De arquitetura simples e colorida, St. John’s pode parecer simples perto das grandes capitais continentais mundo afora, mas dificilmente outra “metrópole” pode ser tão dada às mudanças. Descer para explorar a capital de Antígua e Barbuda se torna, então, obrigatório: porque há sempre uma nova cidade e um novo visitante.

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Imigração

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O caça-talentos:

Visto O Uma habilidade extraordinária pode abrir portas e janelas em qualquer lugar do mundo, a começar por aqui, nos Estados Unidos

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C

ontra fatos e números, não há argumentos: do quadro de medalhas olímpicas à quantidade de prêmios, novas tecnologias e multinacionais, é bastante evidente que os Estados Unidos não brincam em serviço e estão de braços sempre abertos a quem pode colaborar com sua grandeza. Para assegurar que as mentes mais brilhantes e os esportistas mais talentosos estejam ao seu lado, o país concede a esses expoentes o visto O, uma categoria destinada a estrangeiros que possam provar suas atuações acima da média. Bastante explorado por atletas, modelos, artistas, músicos e afins, o visto O não é muito restritivo nem tem limite anual, o que o torna particularmente atraente a quem quer desenvolver seus talentos em solo americano. Embora aceite diferentes candidaturas, o benefício é concedido apenas a quem demonstra

um nível de conhecimento/habilidade que o coloca na elite mundial de seu campo de atuação. Para isso, é necessário apresentar certas provas, como prêmios internacionais, honrarias e interesse midiático acerca de seu trabalho. O visto O é concedido inicialmente por três anos, mas não há limite máximo para tê-lo. Eventualmente é possível aplicar para a residência permanente por meio de outro canal sem correr o risco de perder o status. Enquanto o trabalhador excepcional é agraciado com o visto O1, seus assistentes ou sua equipe podem usufruir do visto O2, para acompanhá-lo pelo tempo necessário, mas não têm direito a pedir cidadania ou coisa que o valha. Já cônjuge e filhos entram na categoria O3. Com provas e convicção, pessoas realmente talentosas têm um longo caminho a seguir na terra das possibilidades. Mas é preciso pedir licença para entrar, claro.



Negócios

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DIMENSÕES DO

SUCESSO Dinheiro e bens materiais não são nada sem satisfação pessoal e qualidade de vida

Por

Rodrigo Padilha www.rilth.com

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Olá, pessoal, começamos agora nossa coluna na Facebrasil com o intuito de ajudá-los a pensar “fora da caixa”. Para isso, exponho aqui alguns conceitos e aprendizados que, acredito, sejam úteis para o desenvolvimento de qualquer negócio. Vamos começar com a análise das dimensões do sucesso. Quando as pessoas pensam em vitórias ou conquistas, elas logo associam a palavra à imagem de pessoas ricas, malas de dinheiro, iates, carros importados, mansões, viagens e por aí vai. Mas essa é uma visão muito simplista e rasa do sucesso – conheço pessoas que têm tudo isso e ainda assim são fracassadas. Você pode estranhar minha frase, mas é isso mesmo: há quem tenha mais bens materiais que se possa imaginar, e isso não as isenta de ser uma pessoa derrotada; fracassada. Isso se explica porque sucesso tem duas dimensões. A dimensão objetiva do sucesso é exatamente o que as pessoas veem – carros, helicóptero, mansões à beira de praias paradisíacas e tudo o que o dinheiro pode comprar. Contudo, existe a dimensão subjetiva do sucesso – e nessa o dinheiro não entra na conta. O que importa é o sentimento de satisfação pessoal, a realização de sua missão de vida, o equilíbrio em família, a qualidade de vida e por aí vai. À luz desses fatos, fico confortável em afirmar que sucesso pleno só é alcançado quando


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Negócios

tocamos a dimensão subjetiva: de nada adianta ter dinheiro se não estamos felizes com aquilo que fazemos. De novo, não digo que dinheiro não seja importante, não seria leviano a esse ponto. Dinheiro é deveras relevante, seja para dar conforto a sua família, seja para atingir o sucesso subjetivo. Sim, um complementa o outro. Recentemente gravei um vídeo no meu canal do YouTube (Rodrigo Padilha) no qual conto histórias reais de quatro bilionários: Jorge Paulo Lemann, Carlos Wizard, Warren Buffett e Abílio Diniz. Desses, três têm entre 75 a 85 anos de idade e continuam trabalhando arduamente. E por que isso? “Eles são bilionários, não precisam disso”, pensam alguns. “Se fosse eu, com toda essa grana, já tinha parado há muito tempo!”, pensam outros. Mas eles têm um propósito maior, e isso dá sentido às suas vidas e os mantém ativos – aí o sucesso subjetivo. Se eles pararem de trabalhar, ficam deprimidos, definham, perdem o sentido. Uma dica seria você parar de pensar “o que vou fazer da vida que dê dinheiro?” e passar a pensar “por que eu trabalharia nisso?”, “isso dá sentido a minha vida?”, “essa é minha missão nesse mundo, ou seja, é para isso que estou aqui?”. Uma vez descobrindo isso, você vai sentir uma chama acender dentro de você; isso vai lhe dar tanto prazer que você vai querer trabalhar dia e noite, com um amor, com uma paixão que nunca pensará em aposentadoria! Se aposentar para quê? O lado bom da vida é ser útil, é transmitir felicidade para outras pessoas por meio de nosso trabalho. A partir desse ponto, você começa a pensar em como monetizar isso; como tornar seu propósito de vida em um business, um negócio rentável. E, nesse ponto, existem diversas possibilidades. Com planejamento estratégico, marketing bem segmentado e executado, você pode chegar muito longe. Hoje em dia quase todos os mercados são férteis, basta saber trabalhar. Então a lição que fica é: sucesso não é só ter dinheiro. Isso não significa, porém, que é preciso escolher entre a dimensão objetiva ou subjetiva a coisa – é possível alcançar e querer ambas! Dito isso, repense suas escolhas. Se você está focando somente na dimensão objetiva do sucesso, talvez você esteja tomando o caminho errado, porque somente o dinheiro pode encher os olhos, mas deixar a alma vazia se sua missão de vida não tiver valor – um para além do sentido financeiro da palavra.

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Sustentabilidade

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A hora é

agora

Salvar nossos rios está ou deveria estar no topo da nossa lista de prioridades

Por Giovani Alevato

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A

s consequências das agressões que o meio ambiente vem sofrendo ao longo dos anos são cada vez mais evidentes e impõem medidas severas aos governantes e aos governados deste planeta. Algumas partes do Nordeste brasileiro estão se transformando em desertos, e agricultores inescrupulosos estão drenando nossos rios em velocidade vertiginosa, o que acaba por incapacitar a natureza de se regenerar. Quanto mais drenamos, menos chances damos para que as bacias hidrográficas se recuperem em condições naturais. Uma das bacias que está em estado de emergência é a do famoso rio Araguaia, que, além de ter tido regimes de chuvas inferiores à média, sofre com o bombeamento de água e represas irregulares que estão levando o rio à morte. Sem pesquisas, sem aporte de recursos nas soluções dos problemas e sem fiscalização para que se pare de agredir o meio ambiente e que se comece a regenerar os locais já degradados, não haverá solução para a grave crise e desertificação galopante que hoje já assola o nosso país. Na contramão das agressões ao meio ambiente estão os americanos, que, no próximo mês, lançarão um novo e moderníssimo

satélite meteorológico para coletar dados com muito mais velocidade e qualidade. Além de monitorar o regime de raios, o novo equipamento está capacitado para, em seis meses, registrar mais dados que todos os satélites que existem ou já existiram juntos, dando aos meteorologistas condições de melhorar seus sistemas e aprimorar as medidas de contingências. Enquanto isso, no Brasil, ficamos à mercê de parcos recursos para o que é essencial e sem solução para os problemas ambientais nacionais. Não estamos nos preparando para as mudanças climáticas. Até mesmo nos centros de excelência há desmotivação, em função da escassez de recursos, inclusive, e principalmente, no meio acadêmico. Uma boa notícia é que avança em quase todo o planeta a instalação de painéis fotovoltaicos. Algumas pequenas ações farão toda a diferença no futuro, pois em países em que a matriz energética é mais calcada em queima de combustíveis fósseis, haverá menos CO2 emitido; em outros, onde a matriz é hidroelétrica, haverá uma “poupança” em água; e naqueles em que a matriz é termonuclear, poderá haver, como na Alemanha, um redimensionamento da rede. Vamos salvar este planeta enquanto é tempo.



Eleições 2016

O gigante

Acordou

S

e queres conhecer um povo, vê seu processo eleitoral. A escolha de um novo líder é reflexo direto da própria sociedade – tão complexa, diversa, ambiciosa e polarizada quanto as ruas daquele país. A maior potência mundial não foge a essa regra, mas tem lá sua exceção: os Estados Unidos, como nação, são e sempre serão maiores que um sobrenome; maior que os corredores da Casa Branca. O caminho que se percorre até a escolha do novo presidente dos EUA, como era de se esperar, é um bocado tortuoso, visto que a democracia americana tem suas singularidades. Para começar, o país conta com dois grandes partidos – o Democrata e o Republicano. Via de regra, ambos começam um ano eleitoral sem um candidato pré-definido, conclamando seus eleitores para que apontem o político que gostariam de ver à frente da campanha. Em 2016, por exemplo, nas eleições primárias, os democratas podiam optar entre Hillary Clinton, o senador Bernie Sanders e outros quatro concorrentes. Os republicanos, por sua vez, estavam entre Donald Trump, Ted Cruz, Jeb Bush e outros 14 candidatos. Como nas eleições gerais, as primárias também são indiretas: o voto não vai direto para o pré-candidato – passa antes pelos delegados. E cada partido tem um jeito de representar seus eleitores.

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Todo ano, cada partido faz uma convenção. E é nesse grande comício televisionado que milhares de delegados (são cerca de 2.000 republicanos e 4.000 democratas) votam nos pré-candidatos escolhidos pelo estado que representam. Principalmente, a celebração serve para divulgar o nome do vencedor e apresentar o candidato para o eleitorado americano. Uma vez escolhidos os candidatos de cada partido, é hora de um “confronto” direto. No mês de outubro, os representantes dos Democratas e Republicanos se comprometem a participar de três debates, todos televisionados em rede nacional e com cobertura completa pela internet. O processo das primárias é repetido nas eleições gerais, mas com apenas 538 delegados. Novamente, quem venceu em um estado ganha os delegados dessa região. Sendo assim, o presidente dos Estados Unidos é aquele que conquistou o voto de mais da metade dos 538 delegados. Embora seja amplamente criticado por não refletir necessariamente a vontade da maioria, o sistema relembra que nem sempre quantidade é sinônimo de qualidade, e parece encontrar algum equilíbrio. No final das contas, todo esse processo nos lembra que dezenas de pessoas e partidos ocuparam o posto mais alto do governo americano, e embora cravem ou não seus nomes (e mandatos) na História, a soberania americana segue atemporal e maior que qualquer eleição e qualquer presidente.


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Eleições 2016

D

onald Trump nos lembrou que apesar das apostas em contrário, não se deve menosprezar um homem determinado. O empresário embalou os americanos em um discurso direto e sem rodeios: é preciso reconhecer que as coisas precisam mudar e só alguém com a coragem e valentia poderia fazê-lo. O novo presidente dos Estados Unidos quer um futuro próspero, que privilegie a classe média do país, prometendo baixar impostos e trazer empregos de volta ao país. Disposto a repetir o sucesso de seus negócios no seu plano de governo, o empresário pretende rever antigas alianças e renegociar acordos internacionais para maior proveito do povo americano. Donald Trump quer – e vai – fazer a América grande de novo com apoio do Congresso e do Senado para isso.

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Focus Brasil

Facebrasil Magazine | Edição 66

Pioneirismo e

Sucesso Durante os quatro dias do evento Focus Brasil em Orlando, mais de 2.000 pessoas se dividiram entre shows, palestras, corrida e muito mais

F

Por

Eraldo Manes

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oram quatro dias de eventos diversos, todos acerca da presença brasileira na Flórida central, e o balanço geral não poderia ter sido diferente: o Focus Brasil Orlando é um sucesso. Mais de 2.000 pessoas acompanharam os painéis de discussões, as premiações, o show do Kleiton & Kledir e mais – superando a expectativa de público calculada pelos promotores. “Nossa confiança no sucesso do evento já era grande, em função do sólido apoio que recebemos dos empresários, patrocinadores e parceiros locais, mas o engajamento do público foi sensacional. Foi, de longe, a estreia mais auspiciosa do Focus Brasil, em todas as suas edições”, afirma o produtor Carlos Borges, que realizou o evento em Orlando, em parceria com os empresários Maida e Eraldo Manes, do Jornal B&B, e contando com essenciais parcerias da Central Florida BrazilianAmerican Chamber of Commerce, ABI-Inter, Conselho de Cidadãos da Flórida, Facebrasil Magazine e Consulado Geral do Brasil em Miami. Realizado integralmente no I-Drive Nascar, o evento teve abertura oficial na tarde do dia 20 de outubro, seguida do painel do Conselho

de Cidadãos da Flórida. Emoções mais intensas ficaram mesmo para a noite do primeiro dia de evento, quando foram homenageadas 21 personalidades que marcaram os 30 anos de presença brasileira na região. O evento, aberto por Cássio Segura, presidente do Banco do Brasil Américas, contou com presenças das mais expressivas


Focus Brasil

lideranças brasileiras da Flórida, além do embaixador Adalnio Senna Ganem, a quem coube premiar a “decana” da presença brasileira na Flórida, Sra. Alma Grey. Ficou sob responsabilidade dos integrantes do Board de Premiação a entrega dos troféus a Amy Litter, Laiz Rodrigues (CFBACC), Fernanda Pontes, Roosevelt Ramos (Fundação Icla da Silva), Jonathas Moreira, Luis Martinez, Márcia Romero, Martônio Pinto, Mestre Lázaro Santos, Nilson Dizeu, Norberto Duarte, Paulo Corrêa, Richard Sansone, Rita Fernandes, Roberto de Souza, Sandra Freier, Sérgio Menendez-Aponte e Wesley Galvão Porto. Já a manhã e a tarde do segundo dia do evento foram dedicadas aos painéis da CFBACC (Central Florida Brazilian-American Chamber of Commerce), com coordenação da atual presidente, Laiz Rodrigues. Foram nove segmentos de excelente conteúdo e sempre com público muito acima da média. À noite, as mulheres brasileiras tomaram um painel que teve Cristina Faria e Lilian Alevato como convidadas, e a participação da conferencista e “life coach” Eliana Barbosa, como convidada especial. O terceiro dia do evento se dividiu entre os painéis de Língua Portuguesa, coordenado por Sandra Freier, na parte da manhã, dedicado a pais e professores ligados ao ensino de português na Flórida, e o concorridíssimo painel ABI-Inter de Mídia Digital, que atraiu

cerca de 200 profissionais de Orlando e várias regiões do país, coordenado por Eraldo Manes, do Jornal B&B. À noite, a programação foi encerrada com o sensacional show dos gaúchos Kleiton e Kledir, que bateu recorde de público, com mais de 400 pessoas aplaudindo e cantando junto os grandes sucessos da dupla. A programação recreativa aconteceu no domingo, dia 23, aberta com a realização do GP ABI-Inter/I-Drive Nascar, quando 30 mídias brasileiras da Flórida e Massachusetts disputaram uma animada prova de kart indoor, saindo como vencedor Marcelo Chaves, representante da TV Camila’s; em segundo lugar, Giovanni Alevato, representando a Facebrasil Magazine; e, em terceiro, Alexander Beara, correndo pelo Acontece em Orlando.com. Em seguida, mídia, patrocinadores e parceiros celebraram o pleno êxito do Focus Brasil Orlando com uma feijoada no Camila’s Lounge. O Focus Brasil Orlando foi apresentado pela LATAM Airlines, com patrocínio da TV Globo Internacional, Camila’s Restaurant, Banco do Brasil Americas, I-Drive Nascar, ATT-Absolut Tours & Travel, Summerville Resorts, Costa Brasil Group, Florida Christian University, Excellence Living Facility, Florida Connexion, Welcome Home, Aip-American Insurance Point, Beshara-Professional Association, All Tour Transportation e ExchangeMate.

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Crônica

Facebrasil Magazine | Edição 66

Bem vindo à papuda,

Senhor deputado Q

Por

Joselito Müller

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uando a viatura reduziu a velocidade para que os portões se abrissem e adentrássemos as muralhas do presídio, não pude evitar que me viesse à mente uma das vezes em que cheguei a Paris e fui levado pelo motorista à Rue Vaneau. Parou na esquina da Cité Vaneau, a noventa graus da rua onde supostamente nos hospedaríamos, depois de atravessar um corredor formado por bicicletas estacionadas de um lado e lambretas de outro, numa parte da cidade cuja arquitetura, embora tivesse certo charme burguês-parisiense, estava alguns quilômetros longe de meu pretendido destino. – Mas que porra é essa? – perguntei enquanto minha esposa, Cláudia, apertou minha perna e sussurrou “Calma, amor”. – Eu pedi ao agente de viagem o hotel mais próximo à Avenue Anatole France, com vista para a Torre Eiffel, e você me traz para essa hospedaria de quinta categoria? O motorista, que provavelmente não entendeu uma palavra que eu disse, mas pelo tom de minha voz deve ter interpretado que algo me desagradara, ficou repetindo “excusez-moi” enquanto fazia a volta no quarteirão depois de a Cláudia ordenar: “Rue Anatole de France”. – Calma, Edu – disse minha esposa com os olhos verdes arregalados. Os olhos de Cláudia sempre estavam arregalados, e eu sempre achei isso seu maior charme, embora tenha gente que ache estranho. No início de nosso relacionamento, dei a ela de presente uma bolsa Louis Vuitton só para me certificar se os seus olhos se abririam mais ainda ao receber a surpresa. Lembro que ela sorriu e me agradeceu, mas os olhos, já constantemente arregalados, não se abriram mais que o habitual. Não era Cláudia, com seus grandes olhos

verdes, que estava do meu lado agora, mas um japonês, obviamente de olhos miúdos, escondidos atrás dos óculos escuros. Meu descontentamento ao chegar ao presídio era maior que o daquele dia na terra de Balzac, mas, diferentemente da data pretérita, eu não podia me insurgir. – Aqui vai ser sua nova casa dulante os plóximos anos, doutor – disse o japonês. Os fotógrafos e cinegrafistas já não nos seguiam mais, uma vez que não podiam ultrapassar os muros da fortaleza, e talvez por isso eu não tenha me sentido desconfortável quando o japonês desceu e ordenou para que o seguisse até a sala onde eu faria o exame de corpo de delito. – É plocedimento de lotina fazer exame de corpo de delito – disse o agente antes que o médico perguntasse se eu havia sofrido alguma lesão. Assinei uns papéis e fui encaminhado para o pavilhão na companhia de dois agentes penitenciários, um dos quais portava uma arma longa e seguia alguns passos à nossa frente. Me preparei para ouvir insultos e vaias ao cruzar os corredores, como nos filmes, mas foi até decepcionante cruzar por entre as celas vazias. – Este pavilhão aqui é do pessoal da evasão de divisas. No final ficam as celas do pessoal do peculato e da corrupção passiva. Uma parte está no banho de sol e a outra está recebendo visita íntima – disse o agente. Lembrei do Mersault, no livro de Albert Camus, questionando um agente sobre o porquê de sua namorada não poder visitá-lo na cadeia. – Se os presos pudessem se encontrar com mulheres na cadeia, onde estaria a punição? – indagou o agente de “O estrangeiro”, e eu, ao


Crônica

me lembrar dessa passagem, fiquei um tanto quanto feliz pelo fato de estar sendo preso no Brasil, não na Argélia. Entramos noutro pavilhão, e vários rostos se encostaram nas grades após ouvirem o som metálico do cadeado se abrindo. – Bem-vindo, excelência – gritou um gaiato, despertando algumas risadas, e outros o arremedaram ao longo do meu trajeto: “Bem-vindo, excelência”; “Pela ordem, senhor presidente”; “Vossa excelência me concede um aparte?”. Um mau cheiro de fezes, misturado com roupa suja, comida azeda e sabão em pó me entupiu as narinas, mas

quanto mais eu entrava no corredor, mais me habituava ao fedor, convencendo a mim mesmo, ainda que não de forma consciente, de que eu não tardaria a me integrar por completo àquela comunidade de encarcerados, onde vigora a lei do Capeta. O inferno não poderia ser mais desagradável que isso, filosofei, enquanto já imaginava os termos da minha ulterior “delação”, por meio da qual eu tentaria evitar a prisão da Cláudia, pois, se ele for presa, não vou ter quem me visite nessa porra. Paramos em frente a uma cela e, ao fazer menção de pegar as chaves, o carcereiro ordenou que todos saíssem de perto da grade, o que foi obedecido, haja vista o outro agente que nos acompanhava portar um excelente admoestador calibre 12. – Chegou um novo integrante para a bancada – disse o agente me empurrando para dentro e fechando a grade às minhas costas imediatamente. O barulho de seus passos ainda não se distanciara por completo quando recebi um soco na boca do estômago que me tirou o fôlego. Consegui, sabe-se lá de onde, forças para gritar: – Carcereiro! Não posso fic… – minha fala foi interrompida por uma chave no pescoço que me lançou ao chão, onde instintivamente fiquei em posição fetal, tentando proteger minha cabeça, mal conseguindo distinguir chutes e socos. As agressões subitamente cessaram, e o algoz que possivelmente comandou meu espancamento surgiu entre os demais. Com um misto de alívio e medo, vi o rosto sorridente do Zé Dirceu, que, depois de acender um cigarro e colocá-lo na minha boca, falou sorrindo: – Bem-vindo à Papuda, Cunha.

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Saúde

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Sol

Fonte inesgotável de luz, calor e saúde

estar exposto ao sol é fundamental para uma vida saudável

T

Por

Dra. Lilian Alevato

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udo na vida é uma questão de moderação – e a saúde também depende desse equilíbrio, seja na alimentação, seja nas atividades físicas, seja até na exposição ao sol. O bom senso que pauta nossa rotina deve também nos deixar ao ar livre por mais vezes e por mais tempo, contanto que no horário certo. É consenso mundial entre médicos que tomar sol durante 15 e 20 minutos, sempre antes das 10h da manhã, é extremamente benéfico para a saúde. O ideal é optar por roupas leves e curtas, para expor braços, pernas, pescoço e rosto sem filtro solar nesse curto período, pois fatores de proteção acima de 8 já impedem a produção do nutriente pela pele. Pessoas com pele muito branca devem tomar sol mais cedo e por cerca de 5 minutos, enquanto os indivíduos com pele mais escura podem ficar ao sol por um tempo pouco maior. Embora pareça bobagem, essa rápida exposição já é suficiente para um aporte adequado de vitamina D. Segundo especialistas, o sol “entra” pela pele e segue até os rins e o fígado, onde ocorre a transformação da vitamina D, componente vital para evitar a osteoporose, doença que enfraquece os ossos por formação inadequada ou desgaste e pode causar fraturas

principalmente na coluna, bacia, nos punhos e nas costelas. Além de fixar o cálcio nos ossos e, com isso, evitar a osteoporose, a vitamina D mantém o equilíbrio, evita quedas e dá mais vigor aos músculos. A substância também influencia consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o tratamento de doenças autoimunes e no processo de diferenciação celular. A falta do nutriente favorece 17 tipos de câncer. “Essa substância ainda age na secreção hormonal e em diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a síndrome metabólica, que tem como um dos componentes o diabetes tipo 2”, diz a nutricionista Natielen Jacques Schuch, professora do Centro Universitário Franciscano (Unifra), ao portal Minha Vida. Como acreditamos que a prevenção é sempre o melhor remédio, somos os primeiros a incentivá-lo a adotar o sadio hábito de “colocar a cara no sol” o máximo de dias que puder, sempre no horários indicado para cada tipo de pele e pelo tempo recomendado pelo seu médico. Essa nova rotina se deixa ver e sentir na pele, literalmente.


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Editorial

25 Proprietários do Green Kitchen: Marcelo, Marcela Domingues, Alessandro, Carla Gusmã e Alexandra Benegas


Esporte

Boca Raton FC E Barcelona Elite assinam parceria

B

Por

Pedro Heizer

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oca Raton FC e Barcelona Elite entram em campo para levar o futebol de Orlando a uma nova categoria. A parceria entre as organizações é o Be Boca Raton FC, escola de futebol do time local, mas supervisionada e operada pelo Barcelona Elite. Esta é a segunda investida do projeto catalão nos Estados Unidos – a primeira começou em 2015, em Denver, no Colorado, e desde então coleciona bons resultados. “A parceria entre Boca Raton FC e Barcelona Elite solidifica o trabalho que o Boca Raton FC está fazendo na comunidade como um clube em que o seu filho vai começar a jogar desde a infância e trabalhar todo o caminho para chegar ao profissional”, disse Douglas Heizer, presidente do Boca Raton FC. “A equipe da costa leste americana quer mudar a velha metodologia pela qual as crianças jogam em ligas de recreação, jogam na escola e, em seguida, jogam na faculdade, tendo um número muito baixo de jogadores que se tornam profissionais”, completa. Boca Raton FC e Barcelona Elite estarão trabalhando em conjunto e buscando como

Equipes unem forças para criar novo centro de treinamento na Flórida mudar a estrutura do futebol nos Estados Unidos. Eles oferecerão uma escola de futebol de alto nível que tem como missão ensinar os fundamentos do esporte e abrir portas para as equipes que competem em torneios de alto nível, nos Estados Unidos e além. “O nome do Barcelona é internacionalmente conhecido no mundo do futebol”, acrescentou Heizer, “e estamos trazendo essa


Esporte expertise para Boca Raton.” Dos muitos desdobramentos e benefícios dessa parceria, um dos principais é a vinda de um diretor técnico indicado pelo Barcelona Elite – um profissional com vasta experiência entre os clubes da primeira divisão europeia, como Barcelona FC e Espanyol de Barcelona RCD. O diretor técnico lança mão da mesma metodologia utilizada com sucesso no Barcelona para preparar os treinadores locais, tornando a operação na Flórida global. Além de educar os técnicos locais, a iniciativa catalã vai supervisionar os treinos para garantir o bom funcionamento da academia em todos os aspectos. “Decidimos fazer parceria com o Boca Raton FC por causa das grandes oportunidades que um clube local já estabelecido pode trazer para o crescimento do programa”, disse o sócio-diretor do Barcelona Elite Jordi Blanco Moreno. “Para nós, o futebol é o foco principal. Ter um bom nível de formação para os jovens jogadores crescerem é fundamental para o sucesso do futebol, e, para isso, é necessária uma grande dose de seriedade. Juntamente com a seriedade e as boas sinergias que encontramos desde o início das conversações preliminares com o Boca Raton FC, compreendemos que uma parceria com o clube foi a melhor escolha para a nossa primeira escola na Flórida”, acrescenta. Barcelona Elite Boca Raton FC planeja uma reunião introdutória na região e, em breve, deve anunciar também as datas para inscrições.

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Beleza

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Inverno fio a fio Estação mais fria do ano chega impondo mudanças – na vida e nos cabelos

Por Mariana Lins jornalista e autora do blog aiquebabado.com e Instagram @aiquebabado

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inverno bate à porta aqui no hemisfério norte, e ele pede alguns ajustes: de vestimentas, de rotina e até de cores. Enquanto tinge as ruas, as árvores e a vida com uma paleta própria, a estação mais fria do ano muda também a tonalidade do cabelo – lembram que as madeixas tendem a ficar mais escuras, com cores mais sóbrias, nesta época do ano, né? Pois esse romantismo do inverno tende a ser especialmente benéfico para as morenas, sobretudo as que desfilam por aí com a cabeleira em tons quentes de chocolate – a cor sempre certeira da estação. A tendência deste ano para as madeixas invernais é que elas adotem um aspecto monocromático e abram alas para luzes em tom sobre tom, com a mistura de dois ou três tonalidades parecidas, criando um visual mais natural e ao mesmo tempo iluminando os fios. Já para as mulheres que não abrem mão dos fios claros, a pedida é por loiros mais quentes e fechados. Se você é daquelas que adora uma mudança e quer apostar num novo “look”. Fica a dica @aiquebabado.


Além dos tradicionais pratos da culinária brasileira, oferecemos diversão para você durante a semana.

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Motos de cinema

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alvo raras exceções, elas estão ali como meras figurantes, mas atraem a atenção para si quase sem querer e se tornam protagonistas de cenas eternizadas nos cinemas do mundo todo. Conheça alguns dos modelos que fizeram sucesso nas telonas – e nas estradas da vida real:

Triumph Thunderbird T6 No filme “O Selvagem”, de 1953, Marlon Brando vive o temido Johnny Strabler, gangster que comanda uma verdadeira revolução do alto de sua moto Triumph Thunderbird T6. A escolha do modelo não foi um processo democrático, tampouco casual: a moto que vemos no filme já pertencia ao ator americano, fã declarado da fabricante. Com 650 cilindradas, a Thunderbird T6 causou um verdadeiro frisson na época e até hoje é motivo de saudades dos fãs do motociclismo clássico. Yamaha Vmax Depois do sucesso do primeiro “Motoqueiro Fantasma”, os produtores resolveram dar continuidade à história de Johnny Blaze e apresentaram, em 2011, o filme “Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança”. Por se tratar de um longa focado no motociclismo, como evidencia o próprio título da obra, um modelo pra lá de especial teve de ser escolhido: Yamaha VMax, uma máquina que beira a perfeição. Equipada com motor V4 de 1.679 cilindradas, a peça é capaz de produzir 200 cavalos de potência e torque máximo de 166,8 Nm.

Continua na pág. 32

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Motor

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Kawasaki Ninja 900 Em “Top Gun – Ases Indomáveis”, Tom Cruise vive o piloto de caças da Força Aérea Americana Maverick, um jovem destemido que está disposto a arriscar a própria vida para ser o melhor. Quando não estava no ar, Maverick era visto pelas ruas a bordo de uma Kawasaki Ninja GPZ 900 R – a moto mais rápida do mundo na época em que o filme foi produzido. Com motor quatro tempos apto a passar das 500 cilindradas, o modelo foi um verdadeiro frisson na década de 80. Ducati 996 Frente às grandes esportivas, a Ducati sempre se destacou por integrar performance e estilo em motos surpreendentes. E foi essa combinação infalível que atraiu os olhares dos produtores de “Matrix”, que logo escalaram a máquina para contracenar com a atriz CarrieAne Moss, a destemida Trinity. Para as filmagens foi utilizado o modelo 996, mas a repercussão da moto foi tanta que a fabricante logo lançou as versões Monster e 998 nos mesmos moldes da Ducati utilizada no filme. Apprila Rs125 Tirar a atenção de Megan Fox não é uma tarefa muito fácil, mas a moto Apprila Rs125 parece ter chegado bem perto do feito em suas aparições no filme “Transformers – A Vingança dos Derrotados”, lançado no Brasil em junho de 2009. Em uma das cenas mais marcantes, Mikaela Banes – personagem de Megan – dá carona em sua moto para o protagonista Sam Witwicky, personagem de Shia LaBeouf. Harley Davidson Fatboy Ela mal havia sido apresentada ao mercado quando apareceu nas telonas sendo pilotada por ninguém menos que Arnold Schwarzenegger, protagonista de “O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final”. A ideia dos produtores do filme era achar uma moto voluptuosa, com visual bem agressivo, para combinar com o caráter do personagem – e foi na Fatboy que a equipe do longa encontrou tudo de que precisava. Triumph Speed Triple 9551 O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) e o malfeitor Sean Ambrose (Dougray Scott) protagonizaram uma das cenas mais marcantes do filme “Missão Impossível 2”: uma perseguição de moto cheia de adrenalina, com direito a explosões e manobras incríveis. Por se tratar do ápice do filme, foram colocadas à disposição dos atores apenas as melhores motos da época, que eram a Triumph Daytona 955i e a Triumph Speed Triple 955i – sendo que a última era a pilotada pelo herói vivido por Cruise.

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Fitness

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Malhando no

inverno

O

inverno não anda sozinho: traz conTemperaturas sigo casacos, cachecóis, bolsas e a boa mais baixas e velha “preguiça”. Se em qualquer não devem ser outra estação somos rápidos para endesculpas para contrar motivos para faltar à academia e não deixar de se praticar exercícios, as desculpas aumentam à medida que a temperatura baixa. exercitar Mas aí vale lembrar de um ponto bastan-

Por

Eduardo Castilhos

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te importante: moramos na Flórida! O estado americano que recebe a alcunha de “Sunshine State” (“Estado do Sol Brilhante”, em português literal) faz jus ao apelido e sustenta um clima ameno na maior parte dos dias. Isso significa que não adianta se esquivar dos esportes, pois a Flórida é naturalmente “blindada” contra o mau tempo – e quando o friozinho insiste em nos visitar, nada que uma jaqueta leve, um gorro e um par de luvas não possam dar conta do recado. Uma caminhada no parque, por exemplo, poderá ser realizada sem medo algum, já que, mesmo com as alterações climáticas, a probabilidade de neve e temperaturas extremas é praticamente nula. Não podemos esquecer que a atividade física pode ser praticada “indoor”, em academias, clubes, quadras cobertas e, claro, em casa mesmo. O importante é que cumpramos a nossa rotina de praticar pelo menos um tipo de exercício físico regularmente, para que nosso corpo esteja sempre disposto e preparado para enfrentar, inclusive, as alterações de temperatura que ocorrem durante o ano. Um corpo saudável e em fora tem mais

condições de reagir às alterações climáticas, uma vez que o “sistema interno” é rapidamente acionado para nos proteger do frio e suas consequências. Quem não está com a saúde em dia é comumente tomado por “calafrios” quando exposto a baixas temperaturas, porque seu organismo reage de forma mais lenta e demora a regular a temperatura interna, o que causa enorme desconforto – diferentemente do “corpo preparado”, que reage imediatamente a essa situação. Além da atividade física, o inverno pede ainda outro cuidado: com a alimentação. Em dias frios, nossa dieta deve ser mais “calórica”, para aumentar as reservas de energia do corpo, e isso é alcançado com a maior ingestão de carboidratos. Lembre-se sempre da hidratação, que pode ser controlada com isotônicos ou com a melhor de todas as bebidas, a maravilhosa água, pois, faça sol, chuva ou neve, ela deve estar sempre presente. Para aqueles preocupados com a queima calórica, a prática de exercícios físicos no frio aumenta em até 30% a quantidade de calorias perdidas, pois o corpo precisa queimar mais para ficar mais aquecido. E agora que você está bem informado, que tal começar a pensar na estratégia de se preparar para se exercitar no inverno e nos dias mais frios? Não deixe que desculpa alguma atrapalhe seu rendimento e, consequentemente, afete sua saúde e o perfeito equilíbrio. Não importa o que o termômetro diga, toda estação é a estação perfeita para exercitar o corpo e a alma.



Drinkologia

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Quanto mais quente,

melhor Tiro e queda contra o mau tempo (e humor), o Quentão nos ajuda, de golinho em golinho, a vencer o frio. O tradicionalíssimo drink brasileiro tem raízes fincadas no interior – só não se sabe ao certo se é de São Paulo ou Minas Gerais.

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O

nome “quentão” remete à origem caipira da bebida, defende Amadeu Amaral, folclorista e autor da obra “O dialeto caipira”, publicada originalmente em 1920. Apesar dessa teoria, mais aceita e difundida, há estudiosos da bebida que ligam sua origem ao ciclo da cana-de-açúcar, ainda nos primeiros anos de colonização. O certo é que a produção canavieira e a dificuldade de acesso a outras bebidas destiladas permitiram a criação de uma bebida saborosa e tipicamente brasileira. Seja qual for a teoria e o folclore em que se prefira acreditar, a verdade absoluta se dilui e se derrete em doses de quentão, deixando em toda gente um gosto adocicado de quero mais.



Carpe Diem

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O peixe que salva vidas

Fome e desnutrição são duas tragédias correlacionadas, mas (bem) diferentes entre si. A primeira se mata quando se come; a segunda, quando se come bem – leia: com qualidade. Mas uma dieta equilibrada, que contemple todas as vitaminas e nutrientes de que o corpo precisa, é cara e pede o mínimo de conhecimento nutricional. Por sorte, tem muita gente boa para dar solução a esse problema internacional. Quando visitava o Camboja, Gavin Armstrong entrou em contato com uma realidade perturbante: quase metade da população local sofria de anemia. Geralmente causada pela falta de ferro, a doença provoca cansaço, apatia, dificuldade de aprendizado e palidez. Sua cura, porém, é mais simples do que se poderia imaginar – basta cozinhar os alimentos usando o Lucky Iron Fish. O produto desenvolvido por Gabin é um pequeno peixe de ferro, feito especialmente para sanar essa questão de saúde pública. O animal que lhe empresta o nome e a forma é também um símbolo de boa sorte no Camboja, daí a escolha.

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Lucky Iron Fish: o projeto simples e de baixo orçamento está mudando o mapa da fome e desnutrição pelo mundo Com as devidas certificações, os Lucky Iron Fish já estão sendo distribuídos na Índia e logo devem chegar a outros países, na tentativa de combater a anemia mundial, diagnosticada em cerca de 3,5 bilhões de pessoas no mundo. Pelo menos nessa questão a gente já tem a resposta certa: primeiro dar o peixe, depois ensinar a pescar.


Phone: (407).745.4801

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Tecnologia

Facebrasil Magazine | Edição 66

Tecnologia dos sonhos

Travesseiro Zeeq promete noites mais tranquilas e descanso profundo

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J

á falamos isto em outra oportunidade, mas é sempre bom repetir algumas verdades inescapáveis: todo sonho começa com uma noite bem dormida. E, cá entre nós, é cada vez mais difícil conseguir um descanso qualitativo com a agitação moderna – nas ruas e na nossa cabeça mesmo, que parece não se desligar um minuto sequer. E a mesma tecnologia que outrora foi culpada por noites maldormidas pode ir de vilã a heroína por conta de um travesseiro, o Zeeq. Mais do que um simples descanso para a cabeça ao final de um dia, o Zeeq é um travesseiro hi-tech que reproduz músicas, monitora o sono e ainda desperta o usuário de forma inteligente. Controlado via app, o produto traz um breve questionário que avalia o perfil e o dia de cada um, para que possa sugerir músicas e zelar por uma boa noite de descanso. Outro grande trunfo do Zeeq é o monitoramento de ronco. Quando identifica que o usuário está roncando alto demais, o travesseiro inteligente vibra de forma suave, para encorajar que o dorminhoco em questão mude de posição.Para o despertar, o gadget faz uma rápida leitura do seu sono e avalia seu nível de cansaço, para saber se você precisa ser acordado alguns minutinhos antes do programado – assim você pode curtir um momento de preguiça na cama. O projeto bateu em mais de 80% sua meta de financiamento coletivo, e em breve esse sonho vai se tornar uma doce realidade.



Receitas

Facebrasil Magazine | Edição 65

Cogumelos recheados com queijo

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ons livros pedem um bom prólogo, tal qual um bom jantar pede uma boa entrada. O prato principal pode ser até a estrela da noite, e a sobremesa resume a doçura da ocasião – mas são os starters, aquelas entradinhas, que dão a largada no apetite e na prosa. Essa missão de “inaugurar” um banquete pede equilíbrio: impressionar sem roubar os holofotes – algo raro na gastronomia. Encontramos, porém, a receita que cumpre o papel à risca.

Donnell Medeiros adora experimentar novos sabores da culinária brasileira.

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Ingredientes • 12 cogumelos frescos inteiros • 1 colher (sopa) de azeite • 2 dentes de alho picados ou amassados • 200 g de cream cheese amolecido • 60 g de queijo parmesão ralado • 1/4 de colher (chá) de pimenta-do-reino • moída • 1/4 de colher (chá) de pimenta caiena.

Modo de preparo Pré-aqueça o forno em temperatura média (180oC), forre uma assadeira com papel vegetal, cuidadosamente limpe os cogumelos e remova os talos. Pique bem os talos dos cogumelos, descartando a parte dura. Em uma frigideira, em fogo médio, aqueça o azeite e acrescente o alho e os talos picados. Deixe refogando, sempre tomando cuidado para o alho não queimar. Separe, para ir esfriando. Assim que o alho e o cogumelo estiverem frios, adicione o cream cheese, o queijo parmesão e as pimentas, misture bem para formar uma pasta bem cremosa e com a ajuda de uma colher pequena, preencha os chapéus dos cogumelos com essa pasta. Asse por 20 minutos em forno pré-aquecido, ou até os cogumelos começarem a soltar água e saboreie sem moderação.


Para anunciar ligue: (407) 842.1211

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Moda

Facebrasil Magazine | Edição 66

da academia para as

Ruas Tendência aposta na versatilidade (e no conforto) de looks esportivos

Por

Bruna Padovani

@brupadovani_oficial

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relógio corre depressa todos os dias, mas há sempre tempo para levar uma vida mais saudável e fitness. Colabora com a rotina moderna a nova moda athleisure, que permite a homens e mulheres escolher um único look para ir da academia ao happy hour e vice-versa. Acabou de dar uma volta no shopping com as amigas e lembrou que tinha uma aula de spinning que você adora? Não tem problema: com o estilo certo, dá para cumprir a agenda sem trocar de roupa. Essa tendência esportiva com uma pegada social tem nome – um que é, inclusive, oficialmente aceito no dicionário graças à popularização do termo: “athleisure”, derivado de athlete (atleta) com leisure (lazer). Dada sua praticidade, estilo e conforto, a moda tem sido muito bem aceita por pessoas de todas as idades, nos mais diversos países. A pré-determinação velada de um dress code para cada tipo de lugar é algo que vem sendo questionado desde o início dos anos 2000, e há cerca de cinco anos o movimento “rebelde” ganhou nova representatividade com o “normcore”, tendência que possibilitava usar roupas básicas e confortáveis em diversos lugares, sem culpa. Em 2014 vivemos o ápice dessa nova maneira de se vestir, que estamos amando e aprendendo a amar cada dia mais.

Atentos a essa mudança social e de mercado, grandes marcas – esportivas ou não – estão apostando em produtos que consigam unir o funcional ao estético. Mas calma: não é para sair por aí vestindo um short de running! Lembrem-se de que o athleisure consiste da combinação de peças feitas de tecidos maleáveis, com modelagens que remetem a roupas esportivas. Entre as tantas vantagens dessa onda fashion está o fato de os homens poderem explorar mais e melhor suas vestimentas, já que o “look do momento” aceita essas tentativas mais ousadas. Antes de sair por aí tentando reproduzir o estilo, deixamos aqui uma dica para as mulheres: está na academia e surgiu algum compromisso? Coloque óculos espelhados, uma jaqueta ou até mesmo cardigã, e se você estiver com uma calça estilo jogging, acredite, um salto fica incrível na composição. Sem contar que, se seu cabelo não estiver “num bom dia”, também é bastante aceito fazer aqueles coques superaltos ou até mesmo usar um boné, que dá todo o estilo. Já os homens podem apostar em moletom com jaqueta de couro, bermuda com corte alfaiataria e camisa com uma jaqueta. E é assim, equilibrando conforto e praticidade, que a moda vai ganhando seus contornos e nos embalando junto. Mas, cá entre nós, tem como não amar essa tendência?



Comportamento

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Mas aquele

1%... Por

Cristian Fernandes

C

arros de luxo, mulheres e bebidas alcoólicas de todo tipo, sem nenhuma moderação. O cenário ostentação típico dos bailes funk entrou na mesma frequência de um estilo musical outrora dominado pela ingenuidade e pelo romantismo: o sertanejo – e o resultado disso se pode ver e ouvir nas paradas de sucesso do país. Em “Triste e Alegre”, a dupla sertaneja Guilherme e Santiago começa de forma objetiva: “Eu fico triste, alegre / Sem beber eu fico triste, bebendo eu fico alegre”. Em outro trecho, mais uma vez o consumo de álcool é valorizado: “Há felicidade num copo de bebida…”. E eles não estão sozinhos. Jorge e Mateus afirmam, em “Sosseguei”: “Tô virado já tem uns três dias / Tô bebendo o que eu jamais bebi”. Simone e Simaria, em “Meu violão e nosso cachorro”, cantam que “Mas se a gente não voltar / Posso beber, posso chorar / E até ficar no soro…”, em clara alusão ao coma alcoólico. Zé Neto e Cristiano dizem ao “Seu Polícia” que “Enquanto ela não voltar / Eu vou continuar / Me afogando no álcool…”. E, claro, Wesley Safadão convida, em “Camarote”: “Agora assista aí de camarote / Eu bebendo gela, tomando Cîroc (marca de vodka)”. Enfim, a lista é longa. Isso porque ficar bêbado é visto de forma

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poética por muitos compositores. E faz tempo. Os veteranos Tonico e Tinoco já cantavam “Pinga ni mim”: “Pra curar o meu despeito / Vou meter pinga no peito / Sufocar meu coração / Nesta casa tem goteira / Pinga ni mim, pinga ni mim”, diz o refrão, que se popularizou na voz do hoje deputado federal Sérgio Reis – curiosamente membro titular da Comissão de Seguridade Social e Família –, que diz concentrar todos os esforços parlamentares em defesa da saúde pública. Quem é acostumado a beber diariamente e nunca assume o alcoolismo com certeza deve achar perda de tempo discutir esse assunto, argumentando que são apenas músicas. Acontece que não é só isso. É cultura popular. “Beber, cair e levantar”, conforme canta a banda Aviões do Forró, parece algo tão rotineiro que o brasileiro não percebe o mal que canções com letras desse tipo podem fazer, principalmente para adolescentes. Que o diga o forrozeiro cearense Jujuba. Reconhecido como o “poeta dos playboys”, ele assina o sucesso “Vó, tô estourado”, de Israel Novaes, no qual ouvimos: “Dezoito anos, não queria nem saber / Só beber, curtir e farrear / E quando eu chego, logo eu boto é pra torar / Eu vou descendo caixa de Old Parr” (marca de whisky). Não adianta o poder público se empenhar


Comportamento

Música sertaneja embala multidões e preocupa estudiosos ao fazer apologia ao consumo desenfreado do álcool em fiscalizar estabelecimentos que comercializam bebidas para menores se a mídia faz apologia ao consumo descaradamente e sem restrição. Em atitudes como essas está a raiz do problema. O jovem acha que precisa beber ou fumar para ser respeitado entre seus amigos. E é levado a pensar assim. No DVD “Ao vivo em Goiânia”, do goiano Thiago Brava, está o sucesso “As mina pira (Amigo do Neymar)”, música que fala em carro, dinheiro, fama e bebida, elemento que parece fundamental para uma festa: “Desce um combo de Red / Uma garrafa de tequila / Que hoje eu tô pagando / Pra você e sua amiga / Aí as mina pira…”. No Brasil, o sertanejo universitário é a moda do momento. O boom aconteceu em 2012, quando o estilo, enfim, tomou conta das paradas de sucesso em todo o país. Agora, começam a aparecer reflexos dessa fama que colocam, literalmente, o ritmo no âmbito universitário: trabalhos acadêmicos como o do mestrado em Letras de Mariana Lioto, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), desenvolveram a relação do gênero musical com o consumo de álcool no Brasil. No estudo, Mariana analisou obras de 48 artistas do gênero sertanejo, e apenas sete deles não tinham nenhuma música dentro do tema. Dentre as composições catalogadas, 243 faziam referência ao consumo de bebidas alcoólicas. Os campeões de citações são os veteranos João Carreiro & Capataz, com 19 letras, e João Neto & Frederico, com 17. Segundo Mariana, a escolha do trabalho veio pelo incômodo que sempre sentiu ao ver as bebidas apresentadas nas músicas de uma forma diferente do que era comum em sua vida. Por ter problemas com bebida na família, a paranaense não fazia a relação que os compositores e os fãs dos sucessos costumavam fazer. O trabalho mostra também que as mensagens de versos como “Tudo que eu quero ouvir: eu te amo e open bar”, de Michel Teló, e “É meu defeito, eu bebo mesmo”, de Fernando e

Sorocaba, não são recorrentes em outros estilos musicais. “Em outros gêneros – no rap, por exemplo –, é fácil encontrar músicas que criticam o consumo abusivo”, nota Mariana. Outro trabalho que fez a relação da música sertaneja com o álcool foi o de especialização em dependência química de Francismari Barbin, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A psicóloga clínica acredita que a música ajuda a construir a cultura da sociedade, o que facilita ao público associar a bebida alcoólica com diversão ou cura de problemas. “Parece que a tarefa de mostrar o lado negativo da substância ficou basicamente a cargo dos técnicos de saúde”, lamenta a autora do trabalho “A influência das letras de música sertaneja no consumo de álcool”. Como citado no estudo de Mariana Lioto, a dupla João Carreiro & Capataz é campeã quando o assunto é venerar o álcool. Em “Conselho de amigo”, eles dizem a Leo e Giba para irem ao boteco esquecer uma paixão: “Vem com nós pro buteco, vem tomá pinga, enxê o caneco”, diz um dos trechos. E finalizam com uma orientação ainda mais assustadora e violenta: “Fica sofrendo por causa dela não / mete o pé na costela dela e mete pinga na guela”. Cantando “Butecologia” com o grupo Rhaas, a mesma dupla desvaloriza a faculdade em nome da cachaça: “Meu pai paga faculdade, tá querendo me formar / Veterinária, agronomia, eu não sei o que estudar / Tanto tempo na facul e o meu melhor resultado / Foi só butecologia que eu fui aprovado”. A bebedeira nunca resolveu nada. Nem na época de Vicente Celestino, autor de “O ébrio”, sucesso de 1936, quando dizia que tomava todas para esquecer “aquela ingrata” que o amava, mas o abandonou. Para especialistas, isso de usar o abandono de uma mulher para encher a cara é desculpa de alcoólatra, mesmo que o cidadão seja 99% anjo, perfeito. Na vida real, filhos e esposa que apanham dele diariamente não acham um pingo de felicidade naquele 1%…

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Tecnologia

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Uma horta

Residencial Do tamanho de um frigobar, máquina cultiva legumes e verduras ao toque de um botão

A

s letras miúdas nas embalagens escondem verdades inconvenientes. Todo o caráter “saudável” de determinados produtos não se sustenta longe dos rótulos e do maravilhoso (e lucrativo) mundo da publicidade. Mesmo os artigos comprados em feiras de rua e farmers market são difíceis de controlar, já que não é possível saber exatamente os agrotóxicos e afins utilizados em cada coisa ali. Mas aí chega a linda da tecnologia para, mais uma vez, salvar o dia: a Nanofarm é uma pequena “incubadora” que soluciona o problema de quem não tem conhecimento, tempo ou espaço para ter um jardim ou horta. Do tamanho de um frigobar, a Nanofarm pode ser instalada em qualquer residência, em centros urbanos ou não. Depois de adquirir sua horta portátil, você escolhe online o que

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gostaria de cultivar ali: alface, manjericão e diversas outras opções de legumes e verduras. Ao selecionar o que gostaria de ter em casa, a empresa encaminha uma espécie de lona, contendo as sementes e todos os ingredientes necessários. Depois, basta encher a bandeja da Nanofarm com água, cobrir com essa lona e ligar a máquina. E mais nada! Cerca de três semanas depois, uma luz verde se acende e indica a temporada de colheita. O usuário pode consumir tudo de uma vez ou aos poucos, como preferir. Quando acabar aquela verdura ou planta, basta lavar a bandeja, encomendar outra lona e começar de novo. Algunss mais empolgados chegam a comprar várias Nanofarms de uma vez, para terem um verdadeiro pomar em casa, afinal, saúde começa na raiz!



Face To Face

Facebrasil Magazine | Edição 65

A vida é

agora P

Marco Alevato MBA Publisher www.facebrasil.net

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rocuro no meu íntimo a motivação diária e faço o possível para nunca agir por impulso, mas às vezes é inevitável: somos movidos por paixões e por tantos outros sentimentos nos quais é difícil colocar rédeas. Apesar disso, tento sempre controlar as situações e dominar o momento – se não for cuidadoso, distraio a minha capacidade de viver e analisar o presente e corro o risco de tomar uma decisão que vai impactar no meu futuro. Sei que isso parece complicado, mas somente podemos usar o passado como uma referência, e não como o motriz do presente. É preciso paciência e tolerância com o que está acontecendo e com o que já aconteceu, abrindo caminho para o novo e buscando conquistar os nossos sonhos. Muitos dos problemas seriam facilmente solucionados com um sorriso, um elogio ou simplesmente uma respiração mais funda. Tudo vale para que não nos deixemos levar pelo momento a ponto de tomar uma decisão pouco pensada. Pense nisso em seu próximo momento de decisão. A cidade de Orlando está borbulhando de novidades, mas o Evento Focus Brasil em Orlando foi um sucesso que superou até as mais ambiciosas previsões – de público e de emoção. A Facebrasil ficou muito feliz com o sucesso;

ficamos muito orgulhosos de nosso trabalho. A parceria entre Facebrasil e Jornal Brasileiros e Brasileiras, ou apenas Jornal BB, proporcionou a Carlos Borges o suporte que buscava. Durante a ocasião, foram homenageadas personalidade que, nesses 30 anos de invasão brasileira à cidade, fizeram muito pela comunidade. Evidente que nem todos puderam ser agraciados, mas a indicação já é também um reconhecimento relevante. No próximo ano, teremos outros critérios de seleção e, obviamente, outros homenageados. Cerimônias à parte, nossa intenção é que cada um dos brasileiros que fazem a grandiosidade de nossa imigração tenha em seu coração o maior troféu, que é vencer nessa terra abençoada. Nós aqui da Facebrasil somos imigrantes, somos iguais e diferentes, e buscamos refletir essa pluralidade diariamente no nosso trabalho. Somos uma revista americana em português – mantemos nossa beleza, coerência e bom humor. Mudamos sempre porque acreditamos que os bons resultados em nosso trabalho são fruto de ações consistentes. Somos livres e damos a direção e o sentido que queremos. Somos a Facebrasil. A festa continua!




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