Emanuel Ramos Diretor de Moda
Fábio Sernadas DIRETOR
Coordenador Executiva Ana Maia Moda Joana Pires Santos : Editora de Moda António Gabriel : Stylist Arte Patricia Silva Fotografia Patricia Meinedo : Diretora de Fotografia Luis Carlos : Editor de Fotografia Afonso Duarte : Edição e Montagem Marketing e Redes Sociais Inês Carvalho Edição Gráfica Bárbara Alpuim Carolina da Fonseca Informática Cristiano Gomes
Administração Fábio Sernadas; Emanuel Ramos Conselho Editorial Fábio Sernadas; Emanuel Ramos; Patricia Meinedo; Ana Maia; Inês Carvalho
A FAIRE é uma revista mensal, direcionada para o público curioso, também com uma plataforma online. A FAIRE foca-se em moda, mas abrange temas como beleza, cultura e lifestyle. A FAIRE compromete-se a apoiar editorialmente a moda e projetos inovadores. A FAIRE nunca se deixará condicionar por interesses partidários e económicos ou por qualquer lógica de grupo, assumindo responsabilidade apenas perante os que pode desempenhar um papel importante ao nível da sensibilização social, promovendo uma sociedade mais informada e igualitária. A FAIRE dirige-se a um público de todos os meios sociais e de todas as profissões. A FAIRE estará sempre atenta à inovação, promovendo a interação com os seus leitores.
Editorial YOU DON’T KNOW ME
pág. 134
6 Ficha Técnica 10 Carta do diretor 14 BONES MADE OF STONES 44 Making up Make up 46
Hairstyling: tendências
48 FRAGA 50 Jóias 52 TURN OFF THE LIGHTS 72 90
Entrevista a Virgul
Tiago Barreiros
76 Styling
94 Pela lente de Frederico
80
Marita Moreno
100
86
Agenda
Dylan Silva: O contador de rostos
104
NEON LIGHTS
126
Culinária
128
NAUU Design
132
Ljubljana
134 YOU DON’T KNOW ME
SIM
PL
Ano Novo, vida nova! Esta é a frase mais ouvida na chegada do novo ano. 2017 findou e com sucesso, um ano de começos, de fins e de sonhos. Nesta edição, uma edição completamente diferente do que fizemos até agora, decidimos arriscar, decidimos sair do nosso conforto e conseguimos fazer o pretendido. Mudamos, montamos, pintamos e arriscamos. É isso mesmo que queremos que os nossos leitores façam este ano, um ano onde podemos começar tudo de novo ou apenas voltar a tentar, queremos que os nossos leitores arrisquem connosco e façam deste ano um sucesso. Fomos a procura dos melhores nas suas respectivas áreas, trabalhamos com equipas excepcionais e acima de tudo fizemos amizades. “THINK OUTSIDE THE BOX”, não tenha medo de arriscar, não tenha medo de usar aquilo que gosta. Arrisque e volte arriscar. 2018 será um ano cheio de sucessos e novas etapas. Não tenha medo de sair do seu conforto, não tenha medo da opinião dos outros, faça o que o faz feliz, faça o que o faz sentir realizado. Vivemos numa altura onde a opinião é sempre importante, mas até que ponto devemos levar essas opiniões avante?! Viva, corra, salte, cante, grite. Seja diferente, seja único. A palavra de ordem é SIMPLES. Faça o que realmente quiser, a partir de hoje tem precisamente 363 dias para ser feliz.
ES
POR TRÁS DESTE NÚMERO
Hugo Fraga Silva “É necessário sair da minha zona de conforto, quebrando conceitos já presentes em mim e na minha envolvente. Conseguimos isso estudando os problemas atuais, fazendo junções improváveis, para no final obter novas abordagens às mesmas necessidades.”
Marita Setas Ferro É mesmo isso - pensar fora da caixa! É sair fora do estabelecido, pensar e criar sem limites, sem paredes e constrangimentos. É cruzar áreas improváveis estarem juntas, é encontrar pontos de interesse em discursos cinzentos e torná-los arco-irís. É questionar o óbvio, encontrando novos paradigmas. Para mim, também é usar as diferentes formas das nuvens como inspiração para criar e desenhar sapatos.
Frederico Santos “Think outside the box é pensar em todas as hipóteses de trabalhos que não tenham sido tão bem exploradas ou que nunca tenham sido realizadas. Pegar numa situação política e/ou social e tentar a expressar através de um trabalho de maneira sublime de modo que pessoas com o olho percebam a crítica que estás a tentar expressar através do teu contar da história através da fotografia.”
Tiago Barreiros “Outside The Box” para mim é: - Algo ou alguém fora da normativa; - Algo ou alguém diferente, especial, invulgar; - Algo ou alguém que não se insere nos padrões convencionais da sociedade; - Algo ou alguém incomum, que se destaca do que o rodeia; - Alguém com pensamentos e ideologias muito próprias, diferenciando-se do comum dos mortais.
por Ana Maia Quando o tempo é o nosso maior inimigo – e aliando-se ao sono – é hora de improvisar, no que toca à rotina de beleza. Ou até para recriar looks únicos com aquilo que temos à mão, apenas. Há produtos deW maquilhagem que cumprem mais do que uma função e até dispensam apresentações:
Blush em stick
O blush pode servir como batom, sombra de olhos, dando asas a um look natural e simples.
Bronzeador Além de aquecer o rosto, o bronzeador pode ser uma sombra de olhos excelente para demarcar o côncavo.
Batom líquido matte
Quem disse que o batom não poderia ter mais funções? Na falta de sombras pigmentadas e para um look singular, use o seu batom líquido matte na pálpebra móvel.
Lipgloss O look glossy, nas pálpebras, tem se destacado. Quem diria que um lipgloss poderia ter essa função?
A maquilhagem não tem regras, é só dar asas à imaginação para criar looks únicos.
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O bob à francesa: grande tendência desta estação Use o bob à francesa, aposte num grande clássico e dê ao seu look um pouco de "je ne sais quoi"! Não tenha dúvidas: o "bob" é um corte emblemático usado em várias gerações. Trata-se de um estilo intemporal, sempre atual e a boa notícia é o facto de ficar bem com quase todas as formas do rosto, pois há imensas maneiras diferentes de o usar.
Diretamente de Paris: "menos é sempre mais" no que diz respeito ao estilo francês. O bob francês é um look versátil e simples para todas as estações. Por isso, assuma a rapariga parisiense dentro de si e use este estilo despenteado e, ainda assim, clássico!
CHARLIZE THERON
KEIRA KNIGHTLEY
EMMA STONE
Cabelos retro – o glamour "moderno"! Quer falemos do volume dos anos 60 ou dos nós bantu dos anos 90, a tendência é para os penteados reaparecerem nas nossas vidas.
O clássico rolo vitoriano Esteja onde estiver, este penteado icónico do pósguerra, o rolo vitoriano, é uma ode ao renascimento. Mais "apertado" ou mais relaxado, os rolos respiram sofisticação, enquanto o cabelo solto lhe dá equilíbrio e um toque rock'n'roll.
Enrolado para cima! Combine o coque elegante do antigamente com uma onda glamourosa, para obter um look retro vistoso. Blanca Padilla foi vista nas ruas, durante a Semana da Moda de Milão, com um dos melhores penteados de "modelo em versão descontraída".
Um movimento de cabelo: a onda
Rapazes,
No desfile da Etro, em Milão, os apanhados estiveram em alta, assim como as ondas. Atrás, um coque bem apertado para domar os cabelos rebeldes e, em cima, umas ondas, como se de uma coroa se tratasse. Encaracole rapidamente o cabelo com um ferro e pulverize um pouco da laca texturizante. Regresse ao passado com estes penteados fáceis e dê ao seu look moderno um pouco de glamour retro!
chegou a hora de usarem caracóis volumosos! Aceitar o que temos, em vez de olhar para os outros, é uma tendência atual. Por isso rapazes, ouçam com atenção as últimas notícias: os caracóis volumosos estão na moda. Esqueçam o cabelo rapado, adotem um penteado meio africano e adorem o vosso estilo natural. Se não o tiverem, não há problema.
Dê um pouco de energia ao seu estilo para deixar as mulheres deslumbradas! Se quiser usar um estilo "anti" ou apenas aceitar o que tem, mantenha-se na vanguarda dos penteados encaracolados e lembre-se disto: Quanto maior, MELHOR!
Encaracolar ou não? A resposta é obvia, Claro, antigamente os caracóis eram algo um tanto ou quanto "feminino", mas agora estão de volta numa versão masculina.
por Pedro Netto F A I R E M A G A Z I N E
Disruptivo, interventivo, inclusivo são as três palavras que resumem as peças de Hugo Fraga Silva, criador da marca de joalharia FRAGA. Uma marca inovadora e experimental que ganha várias formas, livre das normas de género incutidas e das construções sociais instituídas. Natural da ilha do Pico, Açores, Hugo Fraga Silva cresceu numa família de ourives e, desde cedo, revelou interesse pela joalharia. Em pequeno, já tentava construir as suas próprias peças, mas foi só, aos 18 anos, que ingressou na CINDOR, no Porto, na área de joalharia e cravação. Após o término do curso, trabalhou em várias empresas da indústria joalheira e “após ter consolidado a parte da joalharia propriamente dita senti necessidade de adquirir uma vertente mais conceptual, mais criativa e voltei ao ensino” revelou o jovem designer.Hugo Fraga Silva licenciouse, então, em Design do Produto, pela Escola Superior de Arte e Design, em Matosinhos. Concluída a formação, “achei que tinha as ferramentas para iniciar um projeto meu, com a minha própria linguagem e com as minhas criações” conta o jovem. E, assim, nasceu a marca FRAGA. A joalharia representa uma forma de expressão e comunicação intelectual
para Hugo. A partir da sua marca consegue transmitir um pouco do que sente, pensa e gosta. A sua inspiração advém de vivências, observações diretas ou indiretas de pessoas, ambientes e envolventes. A FRAGA “trabalha muito no sentido de satisfazer as necessidades do seu público, dando a oportunidade de cada pessoa poder fazer uma compra livre de rótulos ou paradigmas sociais” conta o designer. A intervenção social surge, assim, de forma natural e como um dos pilares da construção da marca que deseja acabar com distinções de género e outras convenções sociais incutidas. Segundo Hugo Silva Fraga, a FRAGA é – em três palavras – disruptiva, interventiva e inclusiva. O lançamento da sua primeira coleção marca, ainda, o designer que se tivesse que escolher uma peça favorita, estaria “inclinado” a dizer FR15. Se não criasse joias, de certo, seria designer de produto visto que ambas as áreas – a joalharia e o design de produto – são semelhantes. por Ana Maia
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JÓIAS
Não há melhor forma de começar o novo ano sem mudar algumas peças no seu look. Aproveite algumas das jóias portuguesas deste inverno para tornar o seu look mais arrojado.
Colar em ouro rosa e calcedónia, € 3.720, Mimata.
Brincos em ou €1180
Argolas em Onix €110, Ana João
edónia uro e calc Anel em o
azul,
ata.
€720, Mim
Anel, €260, Bruno da Rocha.
pla
Anel em prata plaquead o, €195, MATER
, €250 a. , l e n A Roch a d o Brun
Anel em Onix €55, Ana João
Brincos em prata com plaquê de ouro, €135, Joana Mota Capitão.
Brincos em porcelana, €131, Ana João.
uro amarelo e onix, 0, Mimata.
Brincos, €140, Bruno da Rocha.
Alfinete Bruno da Rocha, €245
Anel em ouro amarelo e branco com brilhantes, €4190, Mimata.
Colar, €1.250, Bruno da Rocha.
Brincos em prata aqueado, €206, MATER
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Colar em prata com plaquê de ouro, €135, Joana Mota Ca pitão.
Produção: ONNO Fotografo: Nelson Gomes Assistente Fotografo: Carlos Gomes Modelo: Cristiana Ramos Stylist: Emanuel Ramos MUA: Linda Ines Ramos
Blusa Kocca, Saia FlyGirl, Casaco Guess
Blusa Kocca, Saia FlyGirl, Casaco Guess
Blusa Kocca, Saia FlyGirl, Casaco Guess
Blusa Kocca, Saia FlyGirl, Casaco Guess
Capa Sahoco, Blusa Fatima Verissimo, Saia YesZee
Capa Sahoco, Blusa Fatima Verissimo, Saia YesZee
Capa Sahoco, Blusa Fatima Verissimo, Saia YesZee
Saia Koralline, Blusa Sahoco, ChapĂŠu Guess
Saia Koralline, Blusa Sahoco, ChapĂŠu Guess
Camisola Sahoco, Calรงas Sahoco
Camisola Sahoco, Calรงas Sahoco
Camisola Sahoco, Calรงas Sahoco
Vestido Guess, Blusa Guess, Botas Sahoco, Carteira YesZee
Vestido Guess, Blusa Guess, Botas Sahoco, Carteira YesZee
Vestido Guess, Blusa Guess, Botas Sahoco, Carteira YesZee
Body Guess, Botas Sahoco
Body Guess, Botas Sahoco
TIAGO BARREIROS
“Nas veias também lhe percorre arte” por Patricia Silva
As artes são o (re)nascimento de algo que perdura em séculos de história. Reescrevem-se na vontade de criar, despertar e alimentar conhecimentos. É desta forma, que Tiago Barreiros se distingue, com uma estória que renasceu num jovem designer e que vêm a persistir numa família dedicada à indústria têxtil.
Os passos da “avó Maria” e da “mãe Dulce” foram o impulso de Tiago Barreiros (marca) e a paixão do jovem designer. O nascimento num seio familiar com uma linhagem dedicada à paixão têxtil e à venda de matéria-prima levou-o a presenciar o trabalho de “costureiras perfeccionistas autodidatas” que, como o mesmo afirma, exemplificam toda uma sabedoria popular, “dois exemplos concretos de influência foi a minha "Avó Maria" e atualmente a minha mãe Dulce. Sempre me educaram na minha vocação precoce em fazer o melhor para no momento certo me tornar um bom profissional na área.”, reflete o jovem designer. Entrou em 2007 para o CITEX – PORTO, onde estudou Design de Moda e prontamente se dedicou à criação. Intitulando-se de um “caso clássico”, Tiago Barreiros, nasceu num meio pequeno com ambições grandiosas que o levaram a ser quem é atualmente, “desde as fantasias que eu criava em quatro paredes no meu universo juvenil, às mudanças de visual com as famosas "barbies", entre outros acontecimentos bons e menos bons que me fizeram ter sempre a vontade crescer e aprender, para me tornar o indivíduo insatisfeito
por querer sempre mais, mas feliz pelo resultado final.”, afirma. Com um percurso que rapidamente se prontificou a colocar mãos à obra, foram diversas as marcas, nacionais e internacionais, com o qual trabalhou, nomeadamente, Paule Ka, Noir, Cockpit Arts, Misuraca. Contudo, a vontade de (re)edificar a sua linhagem histórica, Tiago Barreiros estrutura a sua marca em 2013, “a marca foi criada numa consciência de querer marcar oficialmente as minhas criações de uma forma responsável e fiel à minha identidade como indivíduo e como criador de moda. Durante o processo de estágio curricular, passando pelas experiências profissionais nacionais e internacionais, absorvi ao máximo todas as informações do que eu queria dar continuidade como profissional e o que não queria ser enquanto empresário.”, revela Tiago. A partir desse momento as peças autorais do designer começaram a surgir e de “amigos” surgiram “os amigos dos amigos” que glorificaram a espontaneidade do artista em criar, “(…) daí surgiu a necessidade de dar vida à minha veia autorial e deixar os padrões de outras marcas.”, afirma. A herança da “avó Maria” foi um legado levado de forma sonhadora, persistente e exclusiva e, é desta forma que Tiago
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“A maior herança que poderei ter como pessoa e profissional é sem dúvida a família.”
Barreiros não deixa de referir uma das inspirações do seu trabalho, “A maior herança que poderei ter como pessoa e profissional é sem dúvida a família, nomeadamente a família materna, que sempre acreditaram na minha afirmação aos 5 anos de querer ser "estilista". A minha avó materna foi uma segunda mãe, porque durante as ausências de rotina dos meus pais ela deixava-me viajar no meu universo imaginário.”, “(…) uma senhora simples, de traços sofridos, mas de uma alma desprendida de preconceitos (…) a sua partida foi como um fecho a rebentar, pois estava muito ligado emocionalmente a ela, será para sempre a minha primeira amiga”. Foi com a avó que aprendeu a fazer tapetes em tear artesanal e a bordar, no qual já deixara os “seus caprichos” autorais. Descrevendo a avó de uma forma emotiva, Tiago refere ainda a presença da mãe em todo o seu percurso: “a minha mãe trabalhava quase 24 horas e nunca se esquecia de complementar nas poucas
horas de pausa. A sua compreensão em perceber-me, ouvir-me e fazia também sempre os possíveis para me moldar ao meu sonho. Hoje em dia quase a posso chamar de “a minha fiel assistente”., revela o artista. A sua primeira coleção foi, nitidamente, uma homenagem a todo o percurso traçado, partilhado assim as suas mais célebres memórias. Como em todos os projetos, surgem obstáculos e, como tal, o jovem designer identifica o facto dos primeiros materiais que trabalhou na sua coleção serem manufaturados e possuírem um lado complexo no que remete ao tempo para os fazer. As suas coleções, ao longo dos anos, revelam uma linha distinta que, numa primeira fase, remontam para um lado autoral com uma presença muito ligada ao seu pensamento, algo mais pessoal que, seguidamente, é ultrapassado por um “Veneno” (2015) mais ligado à industrialização.
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MARITA MORENO: por Patricia Silva
A curiosidade e a paixão das artes pelas mãos de uma designer
Entrevista a MARITA SETAS FERRO, fundadora e designer da marca portuguesa Marita Moreno
As belas artes são representações físicas, metafóricas, redundantes (ou não), apaixonantes, inconstantes, libertadoras, incompreendidas – por vezes - curiosas e desconcertantes. É desta forma que nos vemos ao lado de Marita Setas Ferro, uma apaixonada pelas artes, pela cultura, pela comunicação e a investigação. Eis as palavras chave que formam os vastos conhecimentos de uma designer que prontamente nos revela que a pintura, os criadores de moda e a escultura não são coisas assim tão distantes. Dotada de um vasto percurso nacional e internacional, Marita Moreno possuí um objetivo que necessita de ser admitido por todos: fazer a diferença.
O despertar de um amor (vitalício) Desde os 10 anos de idade que a artista cria, forma e desperta. Começou com peças de cerâmica no atelier da sua mãe e, é nesse exato momento, que culmina o resultado dos anos 90. A partir de 1993, Marita começa por se dedicar às peças em pedra, metal e madeira, “quando vou para um Workshop em escultura em Metal (Hannover, Alemanha) onde aprendo a soldar – apaixonei-me pela capacidade que o fogo e a temperatura têm para alterar o metal.”, conta a designer. Com um percurso académico e profissional diversificado a vontade de desmistificar as diversas demonstrações de arte foi certamente algo que a artista queria realizar e se foi edificando ao longo do ser percurso académico, “sempre tive uma perspetiva aberta e diferente da moda, talvez porque o ultimo ano do CITEX (onde desenvolvemos a nossa coleção individual) foi feita ao mesmo tempo que o 1º ano de escultura na ESBAP (agora FBAUP) no curso da noite.”, afirma Marita. A Curiosidade, a primeira impulsionadora e um destino que viria a ser algo de um reconhecimento endurecedor, durante sete anos permitiu à artista
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manter uma ligação com a FBAUP, simultaneamente, com os diferentes trabalhos que realizava com as empresas e o lecionar na Escola da Árvore. Admitindo que a escultura, os criadores de moda e a pintura não são assim tão diferentes quanto se julga a designer admite, “apenas no século XX é que se distanciam bastante a partir dos anos 50 (…) penso que foi mesmo neste “caldo” que eu fui sendo criada, permitindo produzir esta abertura e a procura de encontrar a diferença.” A “A peça de vestuário como objeto tridimensional artístico”, tese de mestrado da artista, foi a demonstração de algumas das abordagens em que a designer aproxima a ligação das artes e da moda, “é a partir daqui que a ligação entre a escultura e o vestuário passa a ser uma constante da minha produção profissional (guarda-roupas), da produção artística e da produção de moda, onde desenvolvo uma série de objetos em arte têxtil – quer escultóricos quer vestíveis.”
“Ainda há por parte que uma associad
á um preconceito grande e das pessoas ao pensarem a marca vegan está da ao craft e/ou ao hippie.”
Marita Moreno, a marca É no de 2008 que surge a marca Marita Moreno, atualmente reconhecida como uma referência a nível nacional e internacional, distinguindo-se pela exclusividade e criatividade. Após diversos anos de trabalho com o vestuário, Marita Setas Ferro dedicou-se a um projeto a solo, “era hora de avançar com um projeto meu e que estivesse relacionado com o meu background de escultora como também de professora.”, afirmou Marita. Inicialmente, surgiu uma marca de vestuário e acessórios de moda e, posteriormente, restringe-se a uma produção dedicada à produção de acessórios de moda (sapatos, carteiras), no ano de 2016. Diversas coleções como “What About Skin”, “Miramar”, “Summer Clouds” e “Dali”( Primavera-Verão), foram intituladas como “originais”, “arrojadas” e “exclusivas”, contudo, é sobre a coleção “Miramar” que nos debruçamos.
A artista afirma que não foi fácil encontrar peças arrojadas, com estilo e únicas a pensar num consumidor vegan, “sempre achei que havia um “gap” nesse tipo de mercado. Ainda há um preconceito grande por parte das pessoas ao pensarem que uma marca vegan está associada ao craft e/ ou ao hippie.” Sendo a coleção dedicada ao veganismo, a não exploração e consumo de produtos provenientes de origem animal eram uma máxima e, como tal, entrar num mundo onde as questões ambientais são uma preocupação cada mais insana aos olhos de muitos, a Marita (marca) quis libertar um grito visual perante a necessidade de repensar o assunto, que na verdade sempre interessou à marca e, como a mesma afirma, “cada vez mais, faz todo o sentido.”
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Photo: Rossana Mendes
www.maritamoreno.com
O trio britânico alt-J sobe ao palco do Altice Arena, no dia 6, pelas 20.30 horas. O disco Relaxer – o terceiro registo de originais – será o foco do espetáculo. Os bilhetes rondam os 39 e os 47 euros.
A Lisbon Film Orchestra apresenta, no Coliseu do Porto, dia 14, às 18.30 horas, um concerto repleto de faixas dos clássicos dos filmes da Pixar. Sob direção do maestro Nuno de Sá, soarão temas de Toy Story, Monsters Inc., Finding Nemo, Cars, Brave e Ratatouillie.
Entre os dias 17 e 21, o Teatro Carlos Alberto recebe a peça “Embarcação do Inferno”. Os bilhetes custam 10 euros. Apresentado pela Escola da Noite de Coimbra e o eborense Cendrev, o espetáculo expõe uma nova leitura do texto mais estudado auto do Livro das Obras e também um ápex do teatro europeu do final da Idade Média.
No dia 18, o Coliseu do Porto recebe, às 21.30 horas, um concerto com as melhores bandas sonoras de Hollywood. “James Bond”, “O Senhor dos Anéis”, “Guerra das Galáxias” são algumas das bandas sonoras que invadirão a sala. O programa é apresentado pela Cinema Symphony Orchestra e os bilhetes rondam os 30 e os 35 euros.
A peça “O Grande dia da batalha” chega ao Teatro Nacional D.Maria, entre os dias 18 e 25 de fevereiro. O espetáculo é baseado no Albergue Nocturno de Máximo Gorki e encenado por Jorge Silva Melo. Os bilhetes na plateia custam 17 euros, no primeiro balcão 13 euros e no segundo 5 euros. “O Grande dia da batalha” é uma coproduzido pelos Artistas Unidos e Teatro Nacional D. Maria II.
A cantora Ana Bacalhau apresenta, no dia 31, pelas 21 horas, o novo disco “Nome Próprio”, na Casa da Música, no Porto. A Sala Suggia receberá os temas do álbum, editado em outubro de 2017, que marca a estreia a solo da intérprete. Antes de passar pela Casa da Música, Ana Bacalhau atua, no dia 26, em Lisboa, no Tivoli.
C U LT U R A
CINEMA 2018 começa em grande com novos filmes.
The Disater Artist
T
he Disaster Artist estreia dia 4 de janeiro, nos cinemas, e é baseado no livro The Disaster Artist de Greg Sestero e Tom Bissell. Coproduzido e prota-
gonizado por James Franco, o filme conta a história por trás da produção do célebre filme The Room – um dos piores filmes de sempre. O filme The Room (2003) ficou para a história e existem sessões de culto para, de certo modo, homenagear a obra de Tommy Wiseau. “The Disaster Artist” é então uma comédia biográfica, recebida bem pela critica e que retrata a amizade de Tommy Wiseau e Greg Sestero, – interpretado por Dave Franco – dois amigos que lutaram pelos seus sonhos e realizaram o seu próprio filme. O filme foi nomeado para o Globo de Ouro, na categoria de Melhor Filme de Comédia ou Musical. E atuação de James Franco valeu-lhe a nomeação na categoria Melhor Performance num Filme de Comédia ou Musical dos Globos de Ouro.
Ready Player One “Ready Player One” é o nome do filme de ficção científica, realizado por Steven Spielberg e escrito por Ernest Cline, Eric Eason e Zak Penn, com base no romance homónimo. A história centra-se num adolescente, em 2045, que se refugia no mundo virtual de um jogo e que se participa numa caça ao tesouro perigosa. O elenco conta com Tye Sheridan, Olivia Cooke, Ben Mendelsohn, Mark Rylance, Simon Pegg e T. J. Miller. Chega a Portugal a 29 de março.
15:17 Destino Paris Realizado por Clint Eastwood,
“15:17 Destino Paris” conta a
gram o elenco do filme. E a pro-
história verídica do ataque terro-
dução é baseada no livro homó-
rista num comboio de Paris, em
nimo de Dorothy Blyskal. Estreia
2015. O ataque foi impedido por
dia 15 de fevereiro nos cinemas.
três jovens americanos, que inte-
Rampage Protagonizado
por
Dwayne
Johnson, “Rampage” é inspirado no jogo de vídeo homónimo dos anos 80. O filme de ação, realizado por Brad Peyton, centra-se no primatologista Davis Okoye e em George, um gorila inteligente. Tudo muda quando
um experimento genético afeta o primata e outros animais e estes se transformam em monstros e destroem tudo. Estreia nos cinemas a 10 de maio.
AS (GRANDES) PAIXÕES DE UM ROMANCISTA MELÓDICO
VÍRGUL A música, entendida por muitos como uma linguagem universal, é a possibilidade ínfima de despertar a imaginação e a leitura de uma escrita plural. É desta forma, que apresentamos Vírgul como um apaixonado pelas melodias e pelo que “é muito mais do que sonhou”.
A música, entendida por muitos como uma linguagem universal, é a possibilidade ínfima de despertar a imaginação e a leitura de uma escrita plural. É desta forma, que apresentamos Vírgul como um apaixonado pelas melodias e pelo que “é muito mais do que sonhou”. Aos 16 anos a música decidiu bater à porta com os seus amantes, Da Weasel, “lá em casa ouvia-se muita música e tinha eu 16 anos quando um amigo falou de mim ao Carlão na altura em que os Da Weasel andavam à procura de alguém para fazer umas coisas na banda.”, revela. Como o paladar também enche corações, o gosto pela cozinha é nitidamente evidente. O músico admite que se possuísse outra profissão a eleita seria chef, pois adora cozinhar e, como tal, encontra algumas semelhanças entre a criação e o sentimento que ambas apresentam. Descrevendo a alegria, a surpresa e a superação como algo que o define, Vírgul afirma que a hora de edificar algo a solo chegou. Depois de Da Weasel e Nu Soul Family e sendo incapaz de viver sem a música, a passagem pelo Hip Hop, foi uma das mais invocadas, até chegar a um estilo mais Pop, ainda assim, o cantor assume não
ter um estilo musical único, “oiço tudo e penso que cada género tem as suas coisas boas e más. A inspiração às vezes vem de onde menos esperamos!”, admite Vírgul. No que compete a “Saber Aceitar”, o seu mais recente álbum, a inspiração amadureceu os últimos dois anos percorridos: “temos de aceitar as nossas falhas e o que corre menos bem. E aceitar que também temos coisas boas e que é nelas que nos devemos focar”. Com promessas de continuar o seu percurso realizando a sua música no estado mais puro e verdadeiro, a felicidade é o essencial para um bom trabalho. Eis uma felicidade que insistirá em perdurar!
FLASH
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Comida favorita? :: A da mãe, claro! Clube de Futebol? :: Sporting. Cor favorita? :: Amarelo Cães ou gatos? :: Cães Cidade ou campo? :: Cidade Sol ou chuva? :: Sol, sempre! Praia ou piscina? :: Praia Rap ou rock? :: Rap e Rock J Pop ou kizomba? Pop. Rainha ou princesa? Rainha!
Pela lente de Frederico:
OS ROSTOS DE UMA PAIXÃO ADORMECIDA Frederico Santos, um apaixonado pela fotografia, aos 19 anos revela estórias de encantar e contos por relembrar. É com trocadilhos que apresenta a fórmula que decora o seu mundo. Com estudos assentes em áreas totalmente distintas, é com a sua participação no concurso nacional dos Jovens Repórteres do Ambiente, uma associação complementar da Associação Bandeira Azul, que descobre a língua universal: a fotografia. Afinal, as ciências e as artes não são assim tão distintas quanto julgam os duvidosos e a professora Manuela certamente sabia disso, “o facto de ter ganho o prémio nacional de foto-reportagem dos JRA acho que foi um forte impulsor a puxar por mim a tentar investigar o pequeno “bichinho” da fotografia que havia e há dentro de mim (…) se nunca tivesse tido todo o apoio da professora Manuela David (…) passava a aula a desenhar, e se não tivesse sido a professora acho que demoraria muito mais tempo a encontrar o meu rumo profissional do que demorei.”, revela o jovem fotógrafo. O despertar da paixão pela fotografia levou Frederico a dedicar-se de “corpo e alma”, “estudei em livros antigos, tendo como base a fotografia analógica. Desenvolvi um amor gigante pela mesma tendo em conta a sua simplicidade, beleza e cultura; fatores que hoje em dia se encontram em certa parte ausentes na fotografia realizada em catálogos, editoriais de moda e testshoot, onde é fabricada, misturada e transformada em algo plausível e agradável ao olhar do publico.”, afirma. A “brincadeira” do jovem persiste em designar a fotografia como uma arte que, na sua opinião, “é bela pela sua simplicidade e criatividade artística.
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Desta forma, Frederico assume que “odeia” a demasia de aperfeiçoamento nas capas de revista, editoriais e testshoot: “Odeio alturas em que possa olhar para uma capa de revista, editorial ou testshoot onde encontre algum modelo que conheço e, nessas foto, o mesmo esteja demasiado “aperfeiçoado”. Admitindo a fotografia como algo que transmite história e personalidade em si mesma, Frederico considera que, “não é importante a imperfeição humana mas sim a sua individualidade visual e espiritual. (…) conforme ando na rua, por vezes, vejo pessoas que se destacam de uma multidão delas não, não por serem necessariamente bonitas (em alguns casos sim), mas sim pelo seu aspeto e presença diferente.” Com um gosto particular perante a simplicidade, o fotografo, lamenta o facto de, na maioria das vezes, os modelos não considerarem a sua beleza o suficiente para causar impacto, no qual a perfeição é o mais procurado e adaptado. O modelo e o fotógrafo partilham “magia”, e, com o seu trabalho, e com o trabalho sincronizado com “um maquilhador/ar e um/uma estilista são também pessoas tão importantes quanto um fotógrafo e um modelo”, considera Frederico, são a chave do sucesso para que o trabalho fique, nitidamente, bem constituído. A amizade divide alegrias e glorifica vitórias e, como tal, seria necessário referir o quão a amizade é algo relevante para Frederico, “.A amizade que se cria com as pessoas que trabalhamos é crucial para um bom trabalho, porque facilita a comunicação com a equipa e também “liberta” um pouco mais a possível vergonha e timidez do modelo.”, afirma. Daniela Hanguru, Bernardo Cascais e Catarina Santos são algumas das amizades que certamente Frederico insistirá em ter para o resto da vida – são o seu apoio. Depois de trabalhar com diversas agências, desde: Central Models, L´Agence fotografando o modelo Bernardo Cascais, da Best Models, o modelo João Trinta da Blast Models realizando pequenos trabalhos de fotografia para uma marca portuguesa de sapatos, conheceu diversas pessoas que guardou no seu coração (e na sua lente9:Carla Pereira da Karacter Agency, Eva Fisahn da Elite Models,
Thomas Vankeulen da We Are Models, entre outros, “(…) aos 18 anos arrisquei tentar fazer o backstage da Moda Lisboa, trabalhando para o blogue “The Gentleman Mail” da autoria de João Jacinto. Realizei os dias todos de backstage onde acabei por conhecer alguma parte dos designers, modelos e equipa da Moda Lisboa, acabando por ser uma experiência bastante enriquecedora tanto pessoalmente como profissionalmente.”, recorda. Passado uma semana o jovem candidatou-se para realizar uma fotorreportagem do Portugal Fashion e, com grande entusiasmo, obteve a acreditação para fotografar o backstage do evento nos dias da sua realização, no Porto, “Foram dias bastantes divertidos onde fui acompanhado pela simpatia de fotografos como o Élio Nogueira e a Carla Pires que sempre bem dispostos me encorajam a continuar na área e me ajudaram a aprender parte do que sei hoje em fotografia”. Tendo já realizado um editorial para a FAIRE Magazine, o jovem fotógrafo admite que tem um gosto particular que recai perante o trabalho de Élio Nogueira, um fotógrafo que carateriza como “uma das pessoas mais acessíveis e simpáticas que conheci na área, acho que foi bastante importante conhecê-lo para perceber que a simplicidade de uma pessoa faz toda a diferença na maneira como interpretámos o trabalho delas.” Após ver o seu trabalho publicado Frederico refere ter sentido uma sensação única, “ter o trabalho publicado numa revista é das melhores sensações que podemos ter, é sentir que somos valorizados como fotógrafos da área. Gosto do nervosismo antes de sair o editorial de ver todos os dias se o editorial já saiu e esperar ansiosamente que a editorial saia.”, revela curiosamente. Com o desejo de fotografar para diversos nomes nacionais e internacionais como, a Vogue, ID Magazine, Fucking Young, Schon, Lewis Magazine, entre outras, a sua persistência na área e a sua evolução será algo com que poderemos contar. O gosto pela moda é nítido, assim como a necessidade de prestar algo diferente do habitual à humanidade, “clássicos e formais” prometem ser, assim como inesperáveis.
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Dylan Silva o contador de Rosto(s)
O amor pela pintura surgiu muito antes de pensar em tal como uma arte significativa. O gosto pelo desenho e as longas aulas de educação visual fizeram Dylan Silva apaixonar-se pelas belas artes.
As disciplinas que estudavam a pintura e o desenho eram as eleitas do jovem artista e, por sua vez, um dos seus ecos multifacetados fez-se ouvir. A sua inspiração provém da rua, dos rostos que observa e a forma como a luz transforma tudo por onde passa. As fotografias que surgem da imensidão do mar social, assim como as banalidades que disfarçam trabalhos com um potencial prontamente determinado para se fazer ouvir, são algumas das ideias que contribuem para que Dylan crie “maravilhas.” Quanto à aguarela, o amor tornou-se possível depois da intensa prática diária, “Estávamos a aprender a usar esta técnica (que me cativou) e os primeiros resultados foram maus. Fiquei chateado e decidi comprar folhas e tintas de aguarela, e então treinar o máximo possível, foi aí que comecei a melhorar e a gostar desta técnica.”, afirma o jovem artista.
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“a informação está toda lá, cabe á pessoa decidir se quer realmente ver, pois não é complicado.”
O cinema e a música são outros estimulantes para a criação do pintor para que o “ninguém” surja a partir de alguém, “com isto, digo que não estou a representar pessoas que conheço. Uso formas e o corpo humano para espelhar o que sinto, sensações, ou reproduzir imagens que crio na minha mente.”, expõe o artista plástico. A representação leal também pode ser determinada como fictícia e a dicotomia entre autoretrato e o bifurcado reside afincadamente. Recusando-se usar o termo “abstrato”, o pintor afirma: “a informação está toda lá, cabe á pessoa decidir se quer realmente ver, pois não é complicado. É sim, incerto, desfocado e talvez bifurcado o sentido da imagem.” A fieldade na replicação de uma realidade perfeita encontra-se completamente distante pois, como considera Dylan, a importância reside em identificar o ser humano. O seu amor maior é a arte e a produção de cada trabalho a que se dedica, fazendo assim com que se construa como profissional e, igualmente, como pessoa. Se a pintura não fosse a sua área de
conforto e profissional, Dylan, dedicarse-ia à escultura ou até mesmo moda, pois o contacto com o contexto artístico necessitaria de ser obrigatório. Um rapaz curioso, feliz, aborrecido, sincero, sensível e, simultaneamente frio, o jovem pintor descreve-se como “alguém que acha o ser humano fascinante, tanto pelos elementos positivos como pelos negativos”. Assim, Dylan acredita que pode mostrar ao seu público uma forma diferente de ver o mundo, “talvez de uma forma exagerada e dramática, mas é dessa forma que as imagens mais interessantes são criadas.”, admite. Com uma edição dedicada ao THINK OUTSIDE THE BOX, o jovem pintor acredita que é um pensamento que necessita de existir pois, é urgente parar para que a banalidade não caía em uso, “podemos acabar por cair em padrões repetitivos e não funcionais. A ideia deste pensamento é mesmo, não pensar na forma como nos foi ensinado, nem na forma que os outros usam, nem na que a sociedade acha correta, mas sim, criar uma nova formula, essa criado por nós.” – um “fora da caixa” de Dylan Silva.
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Produção: ONNO Fotografo: Lucas Menezes Assistente Fotografia: Ariel Modelos: Rita Ferreira & Ivo Mendes (ONNO) MUA: Dream Makeup
Vestido Tiago Barreiros
Casaco, T-shirt, calรงas Tiago Barreiros, Sapatos Gio Rodrigues
Vestido, calรงas e t-shirt Tiago Barreiros
Vestido, calรงas e t-shirt Tiago Barreiros, Sapatos Gio Rodrigues
Vestido Tiago Barreiros
Vestido Tiago Barreiros
T-shirt e Calรงas Tiago Barreiros, Sapatos Gio Rodrigues
Casaco, calções e t-shirt Tiago Barreiros
Casaco, calções e t-shirt Tiago Barreiros
Casaco, T-shirt, calรงas Tiago Barreiros, Sapatos Gio Rodrigues
Blusa e calรงas Tiago Barreiros
Blusa e calรงas Tiago Barreiros
Casaco, blusa e calรงas Tiago Barreiros
Casaco, T-shirt, Calรงas Tiago Barreiros, Sapatos Gio Rodrigues
Moqueca de Pescada e Camarão a acompanhar com Arroz Basmati por Miguel Prata
Ingredientes (6 doses) _ 150 g cebolas _ 2 dentes de alho _ 50 g azeite _ 200 g tomate maduros _ 200 g pimento verde _ 1 colher de sopa de coentros picados _ 1 colher de sopa de Salsa picada _ 1 colher de sopa de cebolinho picado _ 200 g leite de coco _ 500 g camarão médio, (fresco ou congelado) _ 400 g filetes de pescada _ 1 c. chá de caldo de marisco caseiro _ 1 pitada de estragão _ sal q.b. _ Pimenta Caiena q.b.
Modo de Preparação 1. Deixe descongelar os Medalhões de Pescada, tempere com sal, pimenta e sumo de limão. Reserve; 2. Refogue o azeite com as cebolas e os dentes de alho; 3. Junte os tomates cortados, os pimentos às tiras, os coentros, a salsa e o cebolinho e deixe refogar mais um pouco; 4. Adicione o leite de coco e os temperos e deixe cozinhar em lume brando; 5. Assim que levantar fervura, com auxilio da varinha mágica triture e corrija o sal e os temperos; 6. De seguida, junte a Pescada, o Camarão (fresco ou congelado), o estragão e a pimenta caiena deixando cozinhar por 15 min; 7. Assim que estiver pronto, sirva acompanhado de arroz basmati.
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NAUU DESIGN marca de mobiliário e decoração por Fábio Sernadas
O Design apresenta-se como das áreas referência no mercado de trabalho nacional. A NAUU DESIGN é uma das marcas que contribuí para tal, querendo distinguir-se em Portugal, em diversas regiões, como uma das marcas mais ricas do país lusitano.
“(...) q exc
Nesta página: Manuela Armchair; Muba Side Table; Direita: The Embrace
qualidade, inovação, personalidade, celência, refinamento, elegância e a paixão(...)”
Com o nascimento assinalado em 2013, a experiência ganha dedicada e relacionada com o design de interiores, edificou uma denominação que não caí no esquecimento de qualquer um. O projeto, criado em Setúbal, perto das águas do Sado, foi apresentado à FAIRE, depois de uma longa conversa, fez-nos perceber como constituí cada passo de produção e, consequentemente, o que o permitiu chegar a casa dos portugueses. A qualidade, inovação, personalidade, excelência, refinamento, elegância e a paixão são as palavras-chave que reservam os valores da marca de design. Portadora de peças exclusivas compreender a necessidade de realizar tudo o que é solicitado é certamente uma máxima, “Em todas as peças da nossa exclusiva colecção estão patentes todos os valores defendidos pela marca. A elevada qualidade dos materiais usados faz realçar a excelência e o refinamento das peças através do seu
elegante design, o que lhes confere uma “personalidade forte” e de grande impacto visual. Tudo isto só é possível devido à paixão que toda a equipa da NAUU imbute em todas as peças, desde os criativos e designers até aos nossos artesãos.”,afirma. O rigor é também uma das caraterísticas que não pode faltar em cada obra produzida. Os clientes deverão de observar as peças com plenitude e perceber os valores que determinaram para que a constituição da mesma fosse possível, é a definição designada na peça que, seja uma peça standard, Edição Limitada ou peças personalizadas, remeta para uma marca que se eleva visualmente e no seu constituinte. Após os primeiros dois anos do nascimento da NAUU, o principal objetivo recaía sobre fomentar as bases de sustentação da marca, “(…) criar as primeiras peças, encontrar a equipa ideal para os vários
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Nini Mirror
departamentos, engrenar e olear a parte da produção, selecionando os melhores artesãos, marceneiros, lacadores, etc etc. Só depois a marca decidiu apostar na sua própria divulgação e internacionalização, já em 2015”. Foi em 2015, com a participação na primeira exposição internacional em Londres – a “100% Design”, que a NAUU ecoou os seus glamorosos e leves traços e, desde aí, a sua produção tem aumentado exponencialmente, “chamámos a atenção da imprensa especializada, fomos notados por outras marcas nacionais e internacionais, fomos acarinhados pelo público e começámos a criar uma boa base de clientes, especialmente Interior Designers e Arquitectos, alguns dos quais, de renome mundial.” O grande passo estava dado. As marcas “concorrentes” não foram uma inspiração, mas sim, uma atenção, para que a marca compreendesse o grande fluxo que estaria a ocorrer, “realizamos o mais diferente possível, distanciarmo-nos o mais
possível, pois queremos ter a nossa própria identidade e sermos o mais originais possível. Que o design e qualidade extrema sejam imediatamente associados à NAUU.” Depois de várias feiras, como a última na Arábia e futuramente em Nova Iorque, Milão e Xangai, a NAUU promete não ter mãos a medir. Chegado o “OUTSIDE THE BOX”, a NAUU pensa diferente, “ é pensar e fazer diferente. É pensar que o impossível não tem “im”. É pensar de forma única e original. É pensar em equipa. Pensar diferente mas em equipa, é o que nos ajuda a criar as peças da NAUU e nos ajuda a levar a marca mais longe, a percorrer novos caminhos, mas sem nunca nos perdermos no excesso, nem nos deixarmos deslumbrar. Porque muitas das vezes o luxo e o glamour duma peça está na sua simplicidade e na elevada qualidade dos seus materiais, em vez de estar no exagero e na ostentação.”
The Throne Armchair
Ljubljana A cidade futurista que não esquece o passado A Eslovénia não é a primeira escolha quando se pensa em viajar na Europa. Ou, pelo menos, dificilmente é. Já quase todos imaginaram passear de gôndola em Veneza, comer pastelaria francesa em Paris (junto à Torre Eiffel, claro!), ver o pôr-dosol no London Eye e, mais recentemente, visitar Dubrovnik para visitar um dos locais das gravações de Game of Thrones. Mas porque é que ninguém pensa em beber um vinho quente para aquecer enquanto cai neve em Ljubljana? Ljubljana é a capital da Eslovénia, país que integrou a Jugoslávia e se tornou independente em 1991. Costuma ser um dos destinos escolhidos para visitar nas viagens de Interrail, por estar tão bem localizada, e acaba por ser uma das maiores surpresas. Há nesta cidade uma organização e uma noção de ecologia muito característica – dificilmente se vê lixo no chão, inclusive beatas de cigarros, os carros são grande parte das vezes substituídos por bicicletas e o lixo é separado em todas as casas. Respira-se ar puro até na baixa da capital; não foi por acaso que ganhou o prémio European Green Capital no ano de 2016. Pensa à frente em diversos campos, mas mantém a sua história viva. Vive o presente a pensar num futuro melhor. Nota-se nos eslovenos uma preocupação não só em contribuir para o seu bem-estar, mas também em construir um futuro que não prejudique as futuras gerações.
Percorrer as ruas do centro da cidade significa ver ao longe montanhas carregadas de neve, ir de ponte em ponte admirar o rio Ljubljanica e avistar a partir de qualquer canto o castelo, que dizem, em tempos, ter sido guardado por um dragão. A lenda do dragão e a atmosfera criada pela arquitetura da cidade fazem-nos crer que lá podemos viver o nosso próprio conto de fadas. Na praça principal, Prešeren, podemos fazer paragens para provar a gastronomia local e beber o vinho quente. É provável que sejamos surpreendidos por alguém a tocar acordeão ou por grupos corais a cantar na rua, especialmente na época de Natal. Viajar sozinho ou acompanhado é uma opção que pode depender do destino. Ljubljana pode ser o local ideal para um retiro espiritual a solo, que se pode estender ao lagos Bled e Bohinj, ou o melhor sítio para explorar acompanhado. A parte mais surpreendente para quem inclui os cães nos projetos de viagem é que pode trazê-los sem qualquer entrave. São poucos os estabelecimentos que não aceitam a sua entrada, uma vez que é raro encontrar alguém que não tenha pelo menos um cão na família. Apesar de não ser a mais óbvia, esta será certamente uma boa escolha. Ficar uns tempos em Ljubljana pode trazer histórias imprevisíveis, mas trará também uma certeza: qualquer viajante volta para casa a querer regressar aos Bálcãs e aprende a valorizar os destinos europeus que quase nunca são falados. por Carolina Franco
F A I R E M A G A Z I N E
Produção: ONNO Fotografia: Fábio Sernadas Edição: Afonso Duarte Modelos: Reginaldo Modenes & Pedro Pereira (ONNO) Stylist: Sérgio Sousa MUA: Joana Silva
Casaco David Catalán Calções Hugo Costa
Casaco David Catalán Calções Hugo Costa
Casaco David Catalán Calções Hugo Costa
DON’T KNOW ME? YOU DON’T KNOW ME? YOU DON’T KNOW ME? YOU DON’T KNO
Calções Hugo Costa
Calções Hugo Costa
Calções Hugo Costa
Pedro Pereira : Casaco David Catalan, Calções Hugo Costa Reginaldo Modenes: Calções Hugo Costa
Pedro Pereira : Casaco David Catalan, Calções Hugo Costa Reginaldo Modenes: Calções Hugo Costa
Pedro Pereira : Casaco David Catalan, Calções Hugo Costa Reginaldo Modenes: Calções Hugo Costa
DON’T KNOW ME? YOU DON’T KNOW ME? YOU DON’T KNOW ME? YOU DON’T KNO
Pedro Pereira: Calções e sapatilhas Hugo Costa Reginaldo Modenes: Calções e sapatilhas Hugo Costa
Pedro Pereira: Calções e sapatilhas Hugo Costa Reginaldo Modenes: Calções e sapatilhas Hugo Costa
Pedro Pereira: Calções e sapatilhas Hugo Costa Reginaldo Modenes: Calções e sapatilhas Hugo Costa
@miguelstapleton
@barbara_ines
4.N
@luisborgesoficial
@ritamonteiro
@andapacheco
3.5N
2.R
@_filipagomes_
8.D
6.N
@claudialeal
2.N
5.R
@claudiavieiraoficial
5.D
10.N
@anitacosta
7.D
@catiamonteiro
@mariamacomk
1.R
@mafaldacastro
5.N
ACCORD PARFAIT O TOM PERFEITO DA MINHA HISTĂ“RIA