Adesao a higienizacao das maos antes

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AMANDA ARAÚJO DO NASCIMENTO

ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ANTES E APÓS O CONTATO COM O PACIENTE E SEU AMBIENTE EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE GRANDE PORTE DE SALVADOR

FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU) MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SÃO PAULO 2015


ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ANTES E APÓS O CONTATO COM O PACIENTE E SEU AMBIENTE EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE GRANDE PORTE DE SALVADOR.

Monografia apresentada à FAMESP, como parte do requisito para obtenção do titulo de Especialista em Gestão em Saúde e Controle de Infecção. Orientadora: Profª. Thalita Gomes do Carmo

FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU) MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SÃO PAULO 2015


N244 Nascimento, Amanda Araújo do. Adesão à higienização das mãos antes e após o contato com o paciente e seu ambiente em um hospital filantrópico de grande porte em Salvador / Neida Fernanda Britto dos Santos. – 2015. 15 f. ; 30 cm. Monografia (especialização) – Salvador: FAMESP. Faculdade Método de São Paulo, 2015.“Orientadora: Pofª Thalita Gomes do Carmo” 1. Lavagem de mãos. 2. Controle de infecções. 3. Pessoal de saúde. I. Título. CDU 614


AGRADECIMENTOS

Ao serviço de controle de infecção hospitalar (SCIH) que disponibilizou o quantitativo dos dados analisados, juntamente com a equipe da biblioteca da instituição. A todos que me ajudaram a realizar essa pesquisa, principalmente, meus colegas da especialização, familiares e orientadores.


RESUMO ADESÃO À HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ANTES E APÓS O CONTATO COM O PACIENTE E SEU AMBIENTE EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE GRANDE PORTE DE SALVADOR. As mãos constituem o principal veiculo transmissor de microrganismos causadores de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), e sua correta higienização antes e após o contato com o paciente e seu ambiente é a prática mais simples e eficaz para prevenção desses eventos adversos. Com o objetivo de verificar o comportamento da taxa de adesão à HM antes do contato (AC) e depois do contato (DC) com o paciente e seu ambiente, nas diferentes categorias profissionais, de acordo com o setor de trabalho em um hospital filantrópico de grande porte em Salvador, Bahia, foi realizado um estudo observacional descritivo, quantitativo, prospectivo (junho a dezembro de 2014), realizado na Clinicas Médica (CM), Clínica Cirúrgica (CC), Oncologia, CTI Adulto (CTIA) e CTI Pediátrica (CTIP) desde Hospital. Dentro de cada categoria, a adesão à HM variou de acordo com o setor de trabalho. Para todas as categorias, a maior adesão antes do contato e depois do contato (AC e DC) ocorreu na CTIP ou na CTIA, e, de maneira geral, a menor adesão registrada em cada categoria ocorreu na CM ou na CC. A maior adesão à HM nos setores fechados pode representar que os diferentes profissionais que aí trabalham têm maior preocupação com a segurança do paciente e com a autoproteção, diante do grau de criticidade do ambiente e dos pacientes, quando comparado com os profissionais dos setores abertos.

Descritores: LAVAGEM PESSOAL DE SAÚDE.

DE

MÃOS.

CONTROLE

DE

INFECÇÕES.


ABSTRACT ACCESSION TO HAND HYGIENE BEFORE AND AFTER CONTACT WITH PATIENT AND ITS ENVIRONMENT IN A HOSPITAL PHILANTHROPIC GREAT SALVADOR DE PORTE.

The hands are the main causative microorganisms transmitter vehicle-related infections to health care (IRAS), and its proper hygiene before and after contact with the patient and their environment is the single most effective practice to prevent these adverse events. In order to verify the behavior of HM the membership fee before contact (AC) and after contact (DC) with the patient and their environment, the different professional categories, according to the labor sector in a philanthropic hospital large in Salvador, Bahia, was a descriptive, quantitative, prospective observational study (June-December 2014), held at the Medical Clinics (CM), Surgery (CC), Oncology, ICU Adult (CTIA) and Pediatric ICU (PICU) from Hospital. Within each category, joining the HM varied according to the labor sector. For all categories, the largest membership before contact and after contact (AC and DC) occurred in the PICU or UTIA, and, in general, the lower adherence registered in each category occurred in the CM or DC. The highest number of HM in closed sectors may represent the different professionals working there are more concerned with patient safety and self-protection, given the degree of criticality of the environment and patients when compared with the professionals of open sectors. Keywords: HANDWASHING. CONTROL INFECTIONS. HEALTH PERSONNEL.


SUMÁRIO

Introdução ................................................................................................................................... 7 Metodologia................................................................................................................................. 8 Resultado e Discussões....................................................................................................................9 Considerações Finais......................................................................................................................12 Referências....................................................................................................................................14 Apêndice........................................................................................................................................15


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INTRODUÇÃO

Este estudo trata da adesão à higienização das mãos (HM) e sua correlação com a redução das infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).

As mãos são consideradas ferramentas principais dos profissionais que atuam nos serviços de saúde, pois são as executoras das atividades realizadas. Assim, a segurança do paciente nesses serviços depende da higienização cuidadosa e frequente das mãos destes profissionais. A HM é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde (ANVISA, 2007).

A higienização das mãos vem sendo reconhecida e recomendada, desde 1846, como prática obrigatória para os profissionais da área da saúde, com base na constatação de sua efetividade na redução das infecções e, consequentemente, de mortalidade entre os pacientes (OMS, 2009).

A higienização das mãos sempre foi considerada uma medida básica para o cuidado ao paciente, pois está associada à transmissão direta de microrganismos no ambiente hospitalar. A contaminação das mãos dos profissionais de saúde pode ocorrer durante o contato direto com o paciente ou por meio do contato indireto, com produtos e equipamentos ao seu redor, como bombas de infusão, barras protetoras das camas e estetoscópio, dentre outros. Bactérias multirresistentes e mesmo fungos como Candida parapsilosis e odotorula spp. Podem fazer parte da microbiota transitória das mãos e assim se disseminarem entre pacientes (ANVISA 2009).

Embora não haja dúvidas a respeito da eficácia da higienização das mãos e da simplicidade dessa prática, uma baixa adesão à HM tem sido reportada por diversos estudos em todo o mundo. Por isso, a elevação das taxas de adesão à HM durante o cuidado assistencial é considerada uma prioridade por diversos órgãos nacionais e internacionais, como também é reafirmado pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2009).

A OMS recomenda que a HM ocorra: antes do contato com o paciente, antes de procedimentos invasivos, após contato com fluidos corporais, após contato com superfícies


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inanimadas próximas ao paciente, após retirar luvas, quando as mãos estiverem visivelmente sujas, após exposição a esporos ou patógenos, além de quando houver mudança de um sítio contaminado de um paciente para outro sítio no mesmo paciente (OMS, 2009).

A HM antes e depois do contato com o paciente e seu ambiente é a prática mais simples e eficaz para prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde. Este estudo tem como objetivos verificar o comportamento da taxa de adesão à HM antes do contato (AC) e depois do contato (DC) com o paciente e seu ambiente, nas diferentes categorias profissionais, de acordo com o setor de trabalho.

METODOLOGIA

Trata-se de estudo observacional descritivo, quantitativo, prospectivo (junho a dezembro de 2014), realizado na Clinicas Médica (CM), Clínica Cirúrgica (CC), Oncologia, CTI Adulto (CTIA) e CTI Pediátrica (CTIP) de um hospital filantrópico de grande porte de Salvador, Bahia.

A coleta de dados foi realizada através de fichas específicas, contendo como variáveis as oportunidades de Higienização das mãos antes e após o contato com os pacientes, marcandose “sim” ou “não” as oportunidades observadas. As fichas analisadas pertencem à base de dados do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da instituição analisada, que realiza a vigilância de processo da higienização das mãos por observação direta das oportunidades verificadas, tanto antes quanto após o contato com o paciente e seu ambiente. O estudo possui objetivo de verificar o comportamento da taxa de adesão à higienização das mãos antes do contato (AC) e depois do contato (DC) com o paciente e seu ambiente, nas diferentes categorias profissionais, de acordo com o setor de trabalho.

Observaram-se 10090 oportunidades de higienização das mãos, antes do contato e após o contato com o paciente, dos profissionais da equipe de Enfermagem, Fisioterapeutas e Médicos. Tendo sido excluídos o registro das demais categorias profissionais e estudantes. O numerador é a quantidade de oportunidades de higienização executadas e o denominador é a quantidade total observada.


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O estudo, por ter utilizado uma base de dados já existente, não necessitou ser submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa.

Os dados foram analisados com o auxílio dos gráficos, quadros e tabela provenientes do Word. Foram utilizados cálculos de prevalência (%) para obtenção dos valores obtidos na pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Dos cinco momentos para a higienização das mãos preconizados pala Organização Mundial de Saúde, o estudo observou apenas dois momentos, antes e após contato com o paciente e ou seu ambiente. No período de junho e dezembro de 2014 foram observadas 10.090 oportunidades de adesão à higienização das mãos. Desse total, 4.872 foram de oportunidades de higienização das mãos antes do contato, dentre as quais 1.035 oportunidades foram realizadas, representando 21,2% de adesão à HM. E, após o contato 51,5% (2.688/5.218).

A taxa de adesão à higienização das mãos na Oncologia foi de 20,5% (97/473) antes do contato e 46,1% (217/471) após o contato. Adesão dos profissionais na clínica oncológica: Enfermeiros 29,2% (12/41) antes do contato e 67,4% (29/43) após o contato; Técnicos de Enfermagem 18,3% (37/202) antes do contato e 42,3% (83/206) após o contato; Médicos 20% (4/20) antes do contato e 64,2% (9/14) após o contato; Fisioterapeutas 17,6% (3/17) antes do contato e 21,4% (3/14) após o contato. Na UTI adulto a taxa de adesão a HM foi de 40,8% (219/537) antes do contato e 80% (605/756) após o contato. A adesão dos profissionais foi: Enfermeiros 43,2% (32/74) antes do contato com paciente e 86,1% (81/94) após o contato; Técnicos de Enfermagem 35,4% (46/130) antes do contato e 85% (187/220) após o contato; Médicos 46% (23/50) antes do contato e 63,2% (31/49) após o contato; Fisioterapeutas 60% (24/40) antes do contato e 90,1% (46/51) após o contato. Na CTI Pediátrica a taxa de adesão à higienização das mãos antes do contato foi de 46,7% (236/505) e 74,2% (421/567) após o contato. Enfermeiros com 53,2% (41/77) adesão antes do contato com paciente e 78,1% (68/87) após o contato; Técnicos de Enfermagem 36,8% (42/114) antes do contato e 76,1% (105/130) após o contato; Médicos 58,6% (34/58) antes do contato e 77,6% (45/58) após o contato; Fisioterapeutas 42,4% (14/33) antes do contato e 75,7% (25/33) após o contato. Na


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clínica Médica taxa de adesão à HM antes do contato foi de 13,8% (268/1929) e 39,8% (784/1970) após o contato com o paciente. Enfermeiros 23,8% (30/126) antes do contato e 51,1% (67/131) após contato; Técnicos de Enfermagem 15% (107/709) antes do contato e 42,6% (323/758) após contato; Médicos 9,5% (35/365) antes do contato e 30,4% (103/338) após o contato; Fisioterapeutas 23% (13/56) antes do contato e 44% (26/58) após o contato. Já na clínica Cirúrgica a taxa de adesão a higiene das mãos antes do contato foi de 15% (215/1428) e 45,5% (661/1454) após o contato com o paciente. Enfermeiros 27,8% (29/104) antes do contato e 61,6% (61/99) após contato; Técnico de Enfermagem 17,2% (109/631) antes do contato e 48,6% (329/676) após contato; Médicos 11,7% (8/68) antes do conato e 32,8% (22/67) após o contato e, Fisioterapeutas 9,1% (1/11) antes do contato e 30% (3/10) após o contato com o paciente.

Gráfico 1. Adesão à higienização das mãos ANTES do contato com o paciente, segundo categoria profissional e setor de atuação, Jun - Dez 2014

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados no SCIH. Salvador, 2015.

De acordo com os dados expostos no gráfico 1, a adesão a higiene das mãos antes do contato com o paciente em todas as categorias profissionais foi maior na CTI Pediátrica ou na UTI Adulto.


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Para Oliveira, 2010, adesão a HM continua aquém do esperado, sendo considerado como prioridade o treinamento dos profissionais de saúde, a fim de focar a necessidade e a importância de uma prática aparentemente tão simples como a higienização das mãos. Assim, mudanças de hábitos são essenciais para uma melhor adesão.

Gráfico 2. Adesão à higienização das mãos APÓS do contato com o paciente, segundo categoria profissional e setor de atuação, Jun - Dez 2014.

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados no SCIH. Salvador, 2015.

De acordo com os dados do gráfico 2, a adesão à Higienização das mãos após o contato com o paciente foi maior nos setores fechados, CTI Pediátrica e na UTI Adulto em todas as categorias profissionais analisadas no estudo.

Dentro de cada categoria, a adesão à HM variou de acordo com o setor de trabalho. Para todas as categorias, a maior adesão antes do contato e depois do contato (AC e DC) ocorreu na CTIP ou na UTIA, e, de maneira geral, a menor adesão registrada em cada categoria ocorreu na CM ou na CC. A maior adesão à HM nos setores fechados pode representar que os diferentes profissionais que aí trabalham têm maior preocupação com a segurança do paciente e com a autoproteção, diante do grau de criticidade do ambiente e dos pacientes, quando comparado com os profissionais dos setores abertos.


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BATHKE, (2010) evidenciou uma maior adesão à higienização das mãos nas indicações que refletem proteção do profissional quando comparadas àquelas relativas à proteção do paciente entre as diversas categorias profissionais, afirmando que a baixa adesão à HM, implica em risco para a segurança de pacientes criticamente enfermos. Embora seja uma prática simples e barata, os estudos mostram que a higienização das mãos é bastante negligenciada pelos profissionais de saúde, contribuindo bastante na elevação das IRAS. No geral, houve baixa adesão à prática em todas as unidades assistenciais estudadas, sobretudo na clínica cirúrgica antes, e na clínica médica após o contato. Entre as categorias profissionais, a maior adesão ocorreu entre os fisioterapeutas antes do contato e entre enfermeiros após o contato. Em cada uma das unidades estudadas e em cada profissão, a comparação demonstra que houve maior adesão à higienização das mãos após o contato do que antes. A substituição de água e sabonete por substâncias à base de álcool vem sendo apresentada como a grande virada para aumentar a adesão a HM, pela facilidade da disponibilidade e por diminuir as queixas dos profissionais de saúde em relação à dificuldade relacionada à lavagem frequente das mãos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo centenas de anos depois, quando foram produzidas as primeiras evidências que a Higienização das Mãos (HM) pode evitar a transmissão de infecções, esta prática ainda não é compreendida em sua importância e aceita pelos Profissionais da Assistência à Saúde.

A infecção relacionada à assistência à Saúde (IRAS) é um sério problema que afeta um número grande de pacientes, aumentando o tempo de internação, o risco de mortalidade e os custos.

A vigilância de processo nos permite avaliar a adequação às medidas de controle preconizadas na literatura cientifica no momento da prática, possibilitando uma abordagem pró-ativa, identificando oportunidades para melhoria no processo de atendimento, antes mesmo que repercutam nos índices de IRAS. É um processo plenamente aplicável em todos os serviços,


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tem elevado impacto nas praticas de controle de IRAS, associado a um custo bastante reduzido, já que se baseia na observação dos profissionais do serviço, e qualifica o trabalho dos profissionais da assistência direta, resultando na ampliação da segurança dos clientes internos, os nossos pacientes.


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REFERÊNCIAS APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Guia para higiene de mãos em serviços de assistência à saúde. São Paulo: APECIH; 2003. Impresso.

BATHKE, Janaína Et al. Infraestrutura e adesão à higienização das mãos: desafios à segurança do paciente. Paraná. Disponível em: http: <//scholar.google.com.br/scholar>. Acesso em: 12 de Jan. 2015. Revista Gaucha de Enfermagem, v. 34, n2. p. 78-85. 2010.

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em Serviço de Saúde. Brasília: ANVISA, 2007. Impresso.

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos. Brasília: ANVISA, 2009. Impresso.

OLIVEIRA, Adriana; PAULA, Adriana. Monitoração da adesão à higienização das mãos: uma revisão de literatura. Minas Gerais. Disponível em: <http://scholar.google.com.br/scholar>. Acesso em: 11 de Jan. 2015. ACT Paul Enferm. 2010.


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APÊNDICE - Instrumento de coleta de dados

Monitoramento da Adesão à Higienização das Mãos Local:

Monitor:

Categoria Profissional Enfermeiro

Data:

Higienização das mãos antes do contato com o paciente e/ou ambiente?

/ Horário:

Higienização das mãos após o contato com o paciente e/ou ambiente?

Sim Não

Fisioterapeuta

Sim Não

Médico

Sim Não

Técnico de Enfermagem

Sim

Outros ____________

Sim

TOTAL

SIM:

Não Não

NÃO:

às

SIM:

NÃO:


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