Caminhos trilhados pelo professor alfabetizador

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CAMINHOS TRILHADOS PELO PROFESSOR ALFABETIZADOR NA DICOTOMIA DA EDUCAÇÃO TRADICIONAL E CONSTRUTIVISTA Noélia Aparecida da Silva Fernandes1, PersioNakamoto2 1 2

Aluna do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Método São Paulo (FAMESP). Professor do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Método de São Paulo (FAMESP).

RESUMO Este artigo verificará a articulação metodológica de professores formados para alfabetizar por meio de teorias tradicionais frente às mudanças de novas propostas teóricas construtivistas. Identificará suas dificuldades em adaptar as práticas pedagógicas às novas teorias da educação e apontará os motivos que dificultam as mudanças da práxis educativa. A alfabetização acontece quando há um interesse de aprender e ensinar, e a aprendizagem deve estar de acordo com a sociedade em que está inserida. Os conflitos nas práxis educativas e as dificuldades dos professores na compreensão das novas propostas educacionais sobre alfabetização consolidará essa pesquisa. O trabalho utilizará um questionário qualitativo aplicado em forma de entrevista a quatro docentes de uma escola estadual com posterior análise de dados. Os resultados parciais apontam que a falta de conhecimento teórico e suporte na formação continuada são os principais motivos que apontam tais dificuldades. Palavras-chave: Transformação educacional. Transformação metodológica. Processo de alfabetização. Teorias educacionais. Articulação metodológica. INTRODUÇÃO No processo de alfabetização, várias crianças são periodicamente apontadas como alunos que têm dificuldades para corresponderem às expectativas da escola e dos pais. Elas são, então, encaminhadas para profissionais que pretendem corrigir os supostos distúrbios presentes ou, na pior das hipóteses, abandonadas no seu processo educacional. A alfabetização acontece quando há um interesse de aprender e ensinar e isso engloba o aluno, a família e a escola. Essa aprendizagem deve estar de acordo com a sociedade em que está inserida. Para isso, é necessário que a criança não apenas copie o que lhe é ensinado, mas que a sua escrita seja a manifestação de seus pensamentos, pois cada estudante deve construir suas próprias competências. Sendo assim, é preciso que este saiba o que está fazendo e por que o faz, usando sua autonomia e formando sua aprendizagem. A escolha do tema foi fundamentada pela observação de conflitos nas práxis educativas de vários professores que demonstram dificuldades na compreensão das novas propostas educacionais sobre alfabetização embasadas em conceitos teóricos que vêm se consolidando a partir dos anos 1980. É importante considerar o momento histórico das transformações educacionais ocorridas no Brasil para compreender as dificuldades encontradas de muitos profissionais que foram alfabetizados numa educação tradicional, formados e experientes em executar essa


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