Importância do pedagogo hospitalar

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A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO HOSPITALAR: O processo de aprendizagem não para Natália Barbosa Siqueira Mota Leal1, Miriam Rodrigues Fiore2 1 Aluna do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Método de São Paulo (FAMESP). 2 Professora Mestre do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Método de São Paulo (FAMESP).

RESUMO O presente artigo tem por finalidade discutir a trajetória do pedagogo no ambiente hospitalar. Para isso, iremos verificar que o ambiente do hospital pode ser um local que favorece o processo de aprendizagem da criança. O paciente por sua vez, durante o período de internação se sentir mais confiante. As atividades pedagógicas favorecem para a autoestima do paciente e de seus familiares. Foi utilizada a pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites, bem como pesquisas de grandes autores referentes ao tema, proporcionando uma leitura mais consciente acerca da importância da pedagogia hospitalar. Com base nas pesquisas a pedagogia hospitalar é uma modalidade de ensino e que vai além do ensinar, temos a oportunidade de contribuir com o nosso afeto, atenção, dedicação e respeito às crianças e adolescentes hospitalizados merecem. Por fim, realizamos uma pesquisa de campo para verificar a importância da pedagogia no processo de aprendizagem do ambiente hospitalar, essa pesquisa contou com a participação de dez profissionais da área, que responderam 5 questões voltada ao processo de aprendizagem do pedagogo hospitalar. Palavras-chave: Criança hospitalizada. Pedagogo. Classe hospitalar

Abstract This article aims to discuss the trajectory of the educator in the hospital environment. For this, we verify that the hospital environment can be a place that fosters the learning process the child. The patient in turn, during the period of hospitalization to feel more confident. Pedagogical activities favour to the self-esteem of the patient and their families. Bibliographical research was used, based, on the reflection of reading books, articles, magazines and websites, as well as surverys of great authors concerning the subject, providing a more conscious about the importance of hospital pedagogy. Based on the research hospital pedagogy is a teaching mode and that goes beyondteaching, we have the opportunity to contribute with our affection, attention, dedication and respect for hospitalized children and adolescents deserve. Finally, we conducta a field survey to verify the importance of education in the process of learning the hospital environment, this research with the participation of tenprofessionals who answered 5 questions focused on the process of learning selfregulated hospitals. Keywords: Child hospitalized. Educator. Hospital class


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INTRODUÇÃO A trajetória do pedagogo no ambiente hospitalar apresenta diversas mudanças diante da sociedade que está em constante transformação. O ambiente hospitalar se caracteriza por zelar pelo bem estar físico e psíquico do paciente, desta forma muitas ideias começaram a surgir pois as crianças e adolescentes internados muitas vezes por permanecerem hospitalizados se afastavam do ambiente escolar e acabavam se prejudicando quanto aos estudos. Pensando nessa problemática surge a ideia da pedagogia hospitalar que iria promover a ação do educador no ambiente hospitalar, visando um atendimento á crianças e adolescentes com necessidades especiais transitórias, ou seja, crianças que por motivo de doença iriam precisar de atendimento escolar diferenciado. Nesse artigo abordamos um estudo bibliográfico que visa discutir a trajetória do pedagogo no ambiente hospitalar, destacando os pontos fortes dessa atuação. Para que possamos entender como se deu essa trajetória, refletiremos a respeito das seguintes temáticas: histórico da pedagogia hospitalar, legislação referente a pedagogia hospitalar, criança hospitalizada,quem é o pedagogo dentro do hospital, classe hospitalar,o apoio da família dentro do processo de atendimento pedagógico hospitalar. Sendo assim a Pedagogia Hospitalar é uma modalidade da educação que proporciona à criança e ao adolescente hospitalizado uma recuperação mais tranquila, através de atividades lúdicas, pedagógicas e recreativas. Dentro do processo da pedagogia hospitalar destacamos alguns sujeitos importantes como o pedagogo (educador) que deve oferecer à criança hospitalizada a oportunidade de fazer parte do processo de sua autonomia em sua cura e também em sua aprendizagem. O pedagogo deverá trabalhar em conjunto com a criança hospitalizada, com sua família, com os professores da escola de onde veio. A equipe médica e os familiares também ajudam nesse processo sendo de forma direta ou indireta. Desta forma, veremos nesse artigo que a pedagogia hospitalar é uma atividade que permite vivenciar sensações e emoções de forma intensa e auxilia a criança da melhor forma no convívio com a doença e com o ambiente hospitalar. O pedagogo por sua vez tem grande participação estimulando-as através do uso de


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seu conhecimento, estimulando e interagindo com as crianças proporcionando condições para a aprendizagem. História da pedagogia Hospitalar O início da pedagogia hospitalar vem marcado por diversos acontecimentos ligados a esfera social. Surge da necessidade de atendimento escolar a inúmeras crianças hospitalizadas. Na Europa iniciou a partir de 1935, com Henri Sellier, ministro da saúde da França, que inaugurou a primeira escola para as crianças que apresentavam dificuldades. Muitos países da Europa seguiram seu exemplo. Em 1939 é criado na França o CNEFEI (Centro Nacional de Estudos e Formação para a Infância Inadaptadas de Surenes) que criou um grupo de professores para trabalhar em hospitais. Segundo Vasconcelos (2006), a partir deste momento o Ministério da Educação na França criou o cargo de professor hospitalar. Devido a Segunda Guerra Mundial, que foi considerada como um marco decisório na Europa para o surgimento das escolas em hospitais, e isso se deu devido ao grande número de crianças multiladas, que ficaram sem atendimento escolar. A problemática das crianças hospitalizadas tomou grandes proporções na Europa, dentro desse período surgem alguns documentos que sugerem que “o hospital deve oferecer ás crianças um ambiente que corresponda ás suas necessidades, afetivas e educativas, quer no aspecto do equipamento, no pessoal ou da segurança”. (MOTA, 2000, p. 58). Desta forma percebemos que a criança mesmo hospitalizada deve estar em contato com a escola convencional, sendo estimulada na área educativa para que possa ter condições de evoluir ao retornar a sua vida normal. De acordo com Paula (2003, p. 21). [...] na Espanha, desde a década de 80, vem ampliando a educação em hospitais como modalidade de atendimento educacional. Assim na década de 90, alguns órgãos públicos sentiram a necessidade de profissionais de educação que atuassem dentro dos hospitais complementando a área da educação especial, coma finalidade de acompanhar as crianças que estão afastadas da escola por estarem doentes, com uma proposta de ensino diferenciada.

No Brasil, a pedagogia hospitalar teve início em 1950 no mês de Agosto na Cidade do Rio de Janeiro, no Hospital Menino Jesus, na qual permanece atuando com o atendimento educacional até hoje. De acordo com Fonseca, (2003, p. 29).


4 [...] iniciou com a professora Lecy Rittmeyer, por meio da portaria n. 634, na mesma década de 50, surgiu à primeira Classe Hospitalar em São Paulo no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, esses primeiros atendimentos pedagógicos hospitalares não dispunham de sala ou espaço específico, por esse motivo era realizado na enfermaria do hospital.

As pioneiras da Educação encontraram muitas dificuldades dentro dos hospitais, o que é comum quando surge algo novo para determinada área. O espaço da Classe Hospitalar foi sendo conquistado aos poucos dentro do hospital, onde foi inaugurada a escola Schwester Heine em 15 de Outubro de 1987, instalada na área da pediatria no hospital do Cancêr A.C. Camargo, no bairro da Liberdade em São Paulo, conveniado com a prefeitura. O Ministério da Saúde definiu o hospital como : Um espaço de educação. Sendo assim, o hospital é parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar, constituindo-se também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas, em saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhes supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde à ele vinculados tecnicamente. (BRASIL,1977, p.3929).

Segundo Esteves (2008) a pedagogia hospitalar sendo uma proposta diferenciada de ensino que tem a finalidade de acompanhar as crianças que estão afastadas por estarem doentes. Neste paradigma vemos que surgem diversos avanços tecnológicos que modificam a área da saúde, assim buscam-se uma humanização no processo de funcionamentos dos hospitais.

A humanização necessária para a melhora do paciente

Diante do processo hospitalar que estamos encontrando no dia a dia, vemos que o paciente é tratado com mais atenção. Dentro do processo da pedagogia hospitalar podemos perceber que um olhar diferenciado para com o paciente pode contribuir para uma melhora de seu estado. Quando falamos em um olhar diferenciado para com o paciente podemos dizer que seria um processo de humanização. Dentro do processo de hospitalização da criança e do adolescente é importante pensar na maneira de interagir com eles, pois diante da internação , oferecer atividades lúdicas favorecem para que se alivie o sofrimento. Nos hospitais a humanização acontece através de situações na qual a família esta interagindo com a criança doente (PORTO, 2008).


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Segundo Viegas (2007, p. 49) “A humanização é respeitar alguém fragilizado, com naturalidade. No caso de pessoas doentes é tentar aliviar o seu sofrimento, é realizar alguma coisa para melhorar a sua qualidade de vida.” Dentro do hospital humanizado percebemos uma equipe médica que procura envolver a família em todo o processo do paciente. O hospital tem uma estrutura bem organizada, que procura atender todas as pessoas com muita qualidade, humanidade e dignidade. Neste paradigma percebemos que o profissional humanizado possui um conhecimento mais atualizado, podendo assim ter uma visão mais ampla da situação do paciente. Desta forma, percebemos que o atendimento humanizado é fundamental para o sucesso do tratamento e a recuperação do paciente no ambiente hospitalar. Esse atendimento envolve a ética e também implica em “perceber” o outro. Assim dentro da proposta com as crianças e adolescentes o atendimento humanizado pode ocorrer através de estímulos ao processo de aprendizagem de forma lúdica. O processo de humanização só vem acrescentar na valorização do ser humano pois, é importante tratar as pessoas de forma humana, pois as pessoas se encontram em condições de fragilidade, dor e sofrimento. É necessário colocar-se psicologicamente em seu lugar e pensar como gostaria de ser atendido. Portanto a humanização é atividade envolvente e séria, mas é altamente gratificante (MATOS, 2009). Pedagogo dentro do hospital

O professor da escola hospitalar deve estar por dentro de toda a rotina do paciente, de suas doenças e até mesmo de seus problemas psicológicos e ou emocionais. Deve seguir um planejamento com uma boa estrutura e flexível de acordo com cada paciente. Segundo Fonseca (2003, p. 29)“ O professor da escola hospitalar é, antes de tudo, um mediador da criança com o ambiente hospitalar”. Na escola hospitalar, cabe ao professor criar estratégias que favoreçam o processo ensino-aprendizagem, contextualizando-o com o desenvolvimento e experiências daqueles que o vivenciam. Mas, para uma atuação, adequada o professor precisa estar capacitado para lidar com as referências subjetivas das crianças, e deve ter destreza e discernimento para atuar com planos e programas abertos, móveis, mutuantes, constantemente reorientados pela situação especial e individual de cada criança, ou seja, o aluno da escola hospitalar (FONSECA, 2003, p. 30).


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É necessário um planejamento diferenciado para enfrentar os desafios do dia a dia, resgatar a cultura, os conhecimentos, dessa criança e adolescente, deverá estar ciente que trabalhará com a diversidade humana, de diferentes culturas e diferentes classes sociais, o espaço hospitalar deve ser adequado á prática pedagógica, para que além de sua recuperação, seja um lugar para o aprendizado e desenvolvimento integral desse aluno. O trabalho do professor auxilia no tratamento e recuperação dos alunos trazendo às crianças e adolescentes, mais qualidade de vida, diversificando a rotina do hospital devido o sofrimento das crianças, podendo causar menos traumas por enfrentar este processo de hospitalização, deixando-as mais calmas e mais felizes. O professor deve ter uma atenção maior quanto às práticas pedagógicas, ao espaço, ao tempo, aos recursos utilizados a situação de cada aluno internado, pois cada aluno tem o seu tempo de disposição. Segundo Matos (2010), as atividades devem abordar diversas áreas do conhecimento, de forma inter-indisciplinar, aplicando aulas dinâmicas, inserindo projetos, atividades lúdicas e recreativas, exercer o ato de pensar, questionar, de discutir, trabalhando o desenvolvimento afetivo e cognitivo da criança. Educar significa utilizar práticas pedagógicas que desenvolvam simultaneamente razão, sensação, sentimentos e intuição e que estimulem a integração intercultural e a visão planetária das coisas, em nome da paz e da unidade do mundo. Assim, a educação - além de transmitir e construir o saber sistematizado - assume um sentido terapêutico que transcenda o eu individual. (CARDOSO, 1995, p. 48).

Criança hospitalizada

O aluno internado é a criança ou adolescente cujas condições clínicas interferem em sua frequência escolar temporária ou permanente, precisando de um acompanhamento pedagógico durante sua estadia no hospital. A hospitalização causa medos, angústias, gera ansiedade, sentimentos diversos e difíceis de lidar (MATOS, 2010).

Segundo Novais (1998, p. 49). [...] a criança ao ser hospitalizada se vê envolvida em uma grande aventura, com ameaça a seu bem - estar físico e emocional, junto com sua família e


7 os profissionais de saúde. É reconhecido o vinculo existente entre a mente e o corpo, emoção e o sintoma físico, em que o mais importante é a criança e não a doença da criança.

Contudo, a criança sofre porque além do problema de saúde que gerou a hospitalização, ela também contribui muito para com as faltas escolares. Podendo assim ter dificuldades em acompanhar os conteúdos pedagógicos, levando a possibilidade de defasagem no ano em que vinha cursando na escola (FONSECA, 2003). Durante o período de hospitalização as crianças e adolescentes enfrentam um período no qual encontram-se com dificuldades de entender o mundo a sua volta, por isso se faz necessária a intervenção pedagógica que auxilia a criança e ao adolescente darem um significado diferentes para suas vidas. Portanto podemos dizer que o envolvimento da criança e do adolescente com as atividades escolares no ambiente hospitalar funciona como um instrumento redutor de efeitos traumáticos advindos dos processos que levaram a criança ser internada. Assim para a criança hospitalizada é importante que as atividades sejam de forma lúdica pois as crianças aprendem por meio de tudo o que fazem, das interações que realiza com as pessoas e objetos ao seu redor.

Legislação referente à Pedagogia Hospitalar No início do século XX, a sociedade apresentava algumas conquistas para as pessoas com necessidades especiais sendo elas: a educabilidade do deficiente, integração do deficiente, acesso a educação (surgimento das classes hospitalares). Assim o Ministério da Educação elaborou junto a Secretária Especial, um documento que orientaria o atendimento pedagógico em classes hospitalares. Segundo Santos (1999) o documento ressalta que a criança e o adolescente precisam sentir que o ambiente hospitalar era diferenciado, pois o desenvolvimento das ações educativas vinham para complementar sua ausência em sala de aula, sendo um ambiente acolhedor, com atividades visuais e lúdicas, preenchendo assim a lacuna da privação do convívio escolar e familiar. Movidos pelos ideais de inclusão escolar, o Brasil possuí muitas leis ligadas à educação que visam garantir o ensino a todos, porém optamos por apresentar leis que se posicionam entre as duas áreas envolvidas nesse trabalho: a educação e a saúde.


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A sociedade Brasileira de pediatria compôs dezenove itens aprovados, com a finalidade de proteger a criança e o adolescente hospitalizado. É importante destacar os seguintes direitos: 1º Direito a proteção, à vida e à saúde, com absoluta prioridade e sem qualquer forma de discriminação; 2° Direito a ser hospitalizado quando for necessário ao seu tratamento, sem distinção de classe social, condição econômica, raça ou crença religiosa; 3º Direito a não ser ou permanecer hospitalizado desnecessariamente por qualquer razão alheia ao melhor tratamento de sua enfermidade; 4º Direito de ser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável, durante todo o período de sua hospitalização, bem como receber visitas; 7º Direito de não sentir dor, quando existem meios para evitá-la; 8º Direito de ter conhecimento adequado de sua enfermidade, dos cuidados terapêuticos e diagnósticos a serem utilizados, do prognóstico, respeitando sua fase cognitiva, receber amparo psicológico, quando se fizer necessário; 9º Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar, durante sua permanência hospitalar; 10º Direito dos pais ou responsáveis participem ativamente do seu diagnóstico, tratamento e prognóstico, recebendo informações sobre os procedimentos a que será submetido; 11º Direito a receber apoio espiritual e religioso conforme prática de sua família; 13º Direito a receber todos os recursos terapêuticos disponíveis para a sua cura, reabilitação e/ou prevenção secundária e terciária; 14º Direito à proteção contra qualquer forma de discriminação, negligência ou maus tratos;


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19º Direito a ter seus direitos constitucionais e os contidos no Estatuto da Criança e Adolescente respeitados pelos hospitais integralmente;

Deste modo, essas leis vêm auxiliar á pedagogia hospitalar em todo seu contexto, fazendo com que haja mais opções e meios de atender ás expectativas do aluno paciente. Portanto a pedagogia hospitalar é dotada de humanismo, devendo ser mediada através de uma aproximação entre o pedagogo e o aluno. A comunicação e o diálogo são as bases dessa relação, o enriquecimento pessoal é o que garante a inclusão plena do aluno, possibilitando sua progressão nos estudos, evitando assim a repetência e até mesmo a evasão escolar. No Brasil as classes hospitalares foram reconhecidas por meio da Estatuto da Crianças e do Adolescente Hospitalizado, na Resolução nº 41 de outubro de 1995. No item 9 “ o direito de desfrutar de alguma forma de reação, programas de saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar ”. Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica em seu Art.13, parágrafo 1º, cabe às classes hospitalares a continuidade ao processo de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos matriculados em escolas da Educação Básica, contribuindo para o seu retorno e reintegração ao grupo escolar, e desenvolver currículo flexibilizado com crianças, jovens e adultos não matriculados em sistema educacional local, facilitando seu posterior acesso à escola regular (ORTIZ, 2005, p. 52). Portanto a experiência educacional dentro do hospital assume uma postura de resgate da possibilidade da criança construir seu aprendizado de forma lúdica e tomando assim um novo sentido para sua vida, ainda que permaneça em um ambiente hospitalar. A classe hospitalar como intitulada é uma proposta voltada ao atendimento pedagógico dentro do hospital. Segundo Fonseca (2003), classe hospitalar é:

“Lócus específico de Educação destinado a prover acompanhamento escolar a alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar ou atendimento ambulatorial.”

Os órgãos competentes procuram adequar o atendimento escolar hospitalar, a cada dia surge com novos conceitos e princípios essenciais a essa proposta de educação. Sabemos que o direito a educação é de todos, e dever do Estado e da


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família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, tendo em vista o pleno desenvolvimento da pessoa. “De acordo com a Constituição Federal as ações do Poder Público devem conduzir à universalização do atendimento escolar. Entretanto, diversas circunstâncias podem interferir na permanência escolar ou nas condições de construção do conhecimento, ou, ainda, impedir a frequência escolar, temporária ou permanente (BRASIL, 1988).”

Assim percebemos que o processo de aprendizagem está sempre assegurado à pessoa, mas que podem surgir situações que atrapalhem esse processo. Ainda refletindo a respeito do ensino, de acordo com Brasil (1996) podemos dizer que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional afirma que, para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o poder público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, podendo organizar-se de diferentes formas para garantir o processo de aprendizagem. “No art. 59, assegura-se que os educandos com necessidades educacionais especiais que os sistemas de ensino deverão assegurar currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender as suas necessidades. Assim fica claro que o atendimento escolar hospitalar esta amparado com as políticas de educação dentro da sociedade. Entendemos que o atendimento educacional hospitalar e o atendimento pedagógico domiciliar devem estar vinculados aos sistemas de educação como uma unidade de trabalho pedagógico das secretarias estaduais e municipais de educação (BRASIL, 2002).”

Para que ocorram esses atendimentos escolares hospitalares, a secretaria de educação deve ser comunicada, e desta forma irá atender a solicitação dos hospitais para o serviço de atendimento pedagógico hospitalar e domiciliar, a contratação e capacitação dos professores, a provisão de recursos financeiros e materiais para os referidos atendimentos.

Classe Hospitalar A classe hospitalar foi reconhecida por meio do estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizado que permite o direito a desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do curriculum escolar, durante sua permanência hospitalar (BRASIL, 1995).


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As classes hospitalares são ambientes projetados com o propósito de favorecer o desenvolvimento e a construção do conhecimento para as crianças, jovens,

no âmbito de educação básica, respeitando suas necessidades

educacionais

individuais.

Uma

sala

para

desenvolvimento

das

atividades

pedagógicas com mobiliário adequado e uma bancada com pia são exigências mínimas (BRASIL, 2002). A

hospitalização

na

infância

pode

alterar

significativamente

o

desenvolvimento infantil, uma vez que restringe as relações de convivência dacriança por afastá-la de sua família, de sua casa, deseus amigos e também de sua escola. Num ambienteonde a dor e a doença são presenças constantes, ela passa a ter contato com uma realidade que não estava acostumada. Como conseqüência, Chiattone (1998) cita vários efeitos psicológicos decorrentes dahospitalização, como respostas de culpa, sensação de punição, ansiedade e depressão. Estes efeitos podem ser causadores de intenso descontrole emocional da criança doente e a atinge nas diferentes etapas do desenvolvimento. Sintomas como febre, dor, distúrbios da consciência, fadiga, angústia, podem ser provocados tanto pela própria doença, quanto pela idéia que a criança faz dela (Chiattone, 1998; Crepaldi, 1999; Gonçalves & Valle, 1999). Dentro do processo hospitalar no qual a criança, jovem está inserido o atendimento pedagógico e clínico se mostra como uma humanização da assistência hospitalar, pois esse processo auxilia na autoestima dos pacientes. Estar hospitalizado, longe do ambiente do mundo, inserir o paciente a uma situação de angústia, mas a partir do momento que surge às atividades escolares no ambiente hospitalar podemos dar aos pacientes a oportunidade de projetar um futuro e ampliar seus saberes (BRASIL,2002). Sabemos que é importante a compreensão da escola quanto a fase que a criança está passando, dos esforços do hospital pela cura e da separação da escola devido a sua hospitalização. A respeito desse ponto, Valle e Françoso (1999, p.142) afirmam: O vinculo entre a criança e sua escola poderá ser feito através de tarefas enviadas à casa da criança, visitas feitas pelos colegas e da professora, cartas endereçadas à criança doente assinada por todos os membros da sua classe.


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Esses recursos mostram à criança que, apesar de longe, ela não foi esquecida pela sua classe e quando retornar estará esperando por ela. O ensino nos espaços de saúde protege o desempenho bem-sucedido das crianças, reintegrando-as à escola após a alta. Desta forma as classes hospitalares irão proporcionar condições mínimas para que o educando mantenha contato com os colegas e professores de sua escola, quando for o caso. O atendimento pedagógico poderá ocorrer dentro da enfermaria, no leito ou no quarto de isolamento, de acordo com as condições que o educando estiver em seu quadro clínico. No ambiente hospitalar a educação passa ater um caráter de releitura, possibilitando uma inserção da criança hospitalizada ao mundo. Freire (1997, p.110) ressalta que “a educação é uma forma de intervenção no mundo”. Portanto a educação no contexto hospitalar assume o papel de fortalecer o paciente,

permitir

que

partilhe

seus

interesses,

afetos,

aperfeiçoar

seu

comportamento pessoal e reconstruir a autonomia. Para Ceccim (1999), a classe hospitalar se enquadra como um atendimento pedagógico-educacional, que afiança as funções do ensino: sendo elas a instrução escolar, desenvolvimento nos processos psíquicos e intelectuais e na produção de aprendizagens, é, pois, um delineamento de “escola no hospital”. Para que a criança, jovem tenha direito a educação em classe hospitalar levam-se em consideração os seguintes requisitos: o repouso relativo ou absoluto; a necessidade de estar acamado ou requerer a utilização constante de equipamentos de suporte à vida. Portanto para que aconteça esse atendimento o sistema educacional e o serviço de saúde devem assessorar permanentemente o professor, mantendo-o em contato com a equipe de saúde.

O apoio da família dentro do processo de atendimento pedagógico hospitalar

A família é parte importante para a vida do ser humano, pois é o primeiro grupo

da sociedade no qual estamos inseridos. Diante da situação da

hospitalização da criança e do adolescente se torna parte fundamental. A família lida com as mais diversas situações é nela que o paciente procura força para superar os desafios.


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Desde a década de 80 percebeu-se que era importante à presença de um familiar para acompanhar a rotina de internação hospitalar do paciente. Essa companhia do familiar ajudaria na eficácia do tratamento e a rotina alimentar da criança até mesmo quando da alta hospitalar. A permanência dos pais ou responsáveis pela criança no hospital tornou-se efetiva por força do artigo 12 da Lei n.º 8.069, de 1990 – Lei do Estatuto da Criança e de Adolescente. A Lei reconhece e valoriza a importância da presença e da participação da família no processo de recuperação da saúde da criança e do adolescente, e implica a tentativa de adequar a unidade quanto à infraestrutura e habilitar os profissionais de saúde para oferecerem assistência adequada ao binômio criança/adolescente e família (BRASIL, 1990). Um aspecto relevante quanto à presença do acompanhante no ambiente hospitalar, é que conhece bem a criança e lhe serve como um interprete da situação de hospitalização e tratamento quanto como facilitador das relações entre a criança e os profissionais do ambiente hospitalar. O acompanhante também é importante no relacionamento entre a criança e a classe hospitalar, principalmente nas interações com o professor (FONSECA, 2003, p. 29).

Percebemos que o familiar pode auxiliar o trabalho pedagógico nas classes hospitalares, mas nesse processo o professor também pode oferecer ajuda a família a superar e entender o quadro clínico no qual o paciente se encontra inserido. Geralmente, durante a internação hospitalar da criança, a família continua a prestar lhe cuidados. Cuidado este expressado pelo afeto, carinho e atenção. Assim, busca adaptar-se à nova realidade e reorganizarse para enfrentar esta experiência de viver e conviver com a sua impotência frente à doença, para, dessa forma, reconstruir sua identidade como grupo familiar. A oportunidade de ajudar, de forma construtiva, na recuperação da criança, provoca, na família, um sentimento de competência e realização, bem como torna possível mostrar-se física e psicologicamente disponível para ela e, ao mesmo tempo, sentir e compartilhar sua difícil experiência (Cypriano, 1990). Segundo Motta, durante a hospitalização da criança, ela e sua família passam a fazer parte do mundo do hospital. Neste local, novos papéis são assumidos pela família. A função de cuidar da vida da criança é reforçada. Assim, quanto mais orientada a respeito do diagnóstico, tratamento e quadro clínico da


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criança, maior será a possibilidade da família perceber precocemente suas alterações. Apesar de muito importante, a participação da família no cuidado à criança no hospital, ainda, é condicionada pelo estado da criança e ela pode precisar de certo tempo para tomar ciência da hospitalização da criança para, enfim, ter condições de assumir funções ativas no seu cuidado. Fonseca (2003, p. 29) ressalta que “O professor pode auxiliar o familiar na compreensão da situação de saúde da criança. Podendo orientar o familiar para que busque novamente o médico e lhe peça maiores informações”. No processo de aprendizagem todas as partes devem estar envolvidas pacientes, médicos, familiares e apoio pedagógico (professor). Assim percebemos que o papel da família é fundamental como mediadora, pois se torna uma porta voz que está em constante contato com todas as partes envolvidas na melhora do paciente. Sendo assim observamos que os autores defendem a necessidade dessa parceria entre pacientes, médicos, familiares e professores. O papel da família em qualquer que seja sua formação é de oferecer uma assistência básica e afetiva e essa por sua vez tem um valor ainda maior para a criança hospitalizada, o apoio da família é fundamental para que o processo de ensino e aprendizagem no ambiente hospitalar seja significativo para a criança.

Pesquisa de Campo

Objetivo Geral

Analisar

a

importância

do

pedagogo

hospitalar

no

processo

de

aprendizagem da criança e do adolescente hospitalizado.

Objetivos Específicos  Identificar se a pedagogia hospitalar ocorre no ambiente hospitalar.  Pesquisar como o pedagogo hospitalar estimula o processo de aprendizagem no ambiente hospitalar.


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Metodologia O trabalho deu-se com o intuito de verificar a importância do pedagogo hospitalar no processo de aprendizagem. As questões elaboradas foram desenvolvidas a partir dos objetivos citados anteriormente e fundamentadas de acordo com a pesquisa bibliográfica. Durante a realização da pesquisa bibliográfica informamos a instituição na qual realizaríamos uma pesquisa de campo com alguns pedagogos. Na pesquisa de campo foram realizadas cinco questões dissertativas referentes ao a importância do pedagogo hospitalar no processo de aprendizagem que não para. Sujeitos: A pesquisa contou com a participação de dez entrevistados como apresentado a seguir: A) Pedagogas (os), Psicopedagogas (os), Psicólogas (os), Enfermeira (o), Fisioterapeuta (o) entre outros profissionais. Segue abaixo o perfil dos entrevistados apresentados da seguinte maneira: sujeito, gênero, formação e tempo de atuação. Todos os sujeitos foram esclarecidos sobre a pesquisa e devidamente assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Análise dos dados Para facilitar a análise e a visualização dos dados seguem, sequencialmente, as perguntas direcionadas aos entrevistados acompanhadas das respectivas respostas. TABELA 1: Sujeitos de Pesquisa. SUJEITO

GÊNERO

FORMAÇÃO

TEMPO DE ATUAÇÃO

1

Feminino

Fisioterapeuta / professora, Pós graduada em Psicopedagogia/ Dermato Funcional/ Mestre

25 anos

2

Feminino

Licenciatura em Pedagogia

2 anos


16

3

Feminino

Licenciatura em Pedagogia, Pós graduação Psicopedagogia e Mestre em Educação

20 anos

4

Feminino

Licenciatura em Pedagogia

2 anos

5

Feminino

Licenciatura em Pedagogia

2 anos

6

Feminino

Graduação Licenciatura em Pedagogia e Psicologia, Pós graduada em Psicopedagogia e Neuropsicologia

10 anos

7

Feminino

Licenciatura em Pedagogia, Enfermeira

5 anos

8

Feminino

Licenciatura em Pedagogia, Enfermeira

10 anos

9

Masculino

Fisioterapeuta, Doutorado

5 anos

10

Masculino

Graduação Letras, Mestrado e Doutorado em Educação

17 anos

Fonte: ≠

Respostas dos professores Para a análise dos dados dos professores foram escolhidas questões mais relevantes sobre o tema para verificar a compreensão e a prática dos professores na classe hospitalar. Desta forma, seguem 5 questões: 1. Como você lida com a doença e a dor da perda?

Com o objetivo de entender emocionalmente uma situação diferente da escola regular e perceber se o professor possui uma estrutura para lidar com as circunstâncias e a dor da perda. Os professores se dividiram em suas opiniões, sendo que quatro deles aceitaram bem e com naturalidade a dor da perda e seis deles não aceitam tão bem, podendo até passar por psicólogos para não afetarem de alguma forma seu desempenho profissional.


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[...] a criança ao ser hospitalizada se vê envolvida em uma grande aventura, com ameaça a seu bem - estar físico e emocional, junto com sua família e os profissionais de saúde. É reconhecido o vinculo existente entre a mente e o corpo, emoção e o sintoma físico, em que o mais importante é a criança e não a doença da criança (NOVAIS, 1998, p.49).

2. O que você entende por humanização?

Com o objetivo de qual é o conceito e definição para os professores em relação a humanização.

Todos os professores responderam com a mesma visão, mas cada um com suas palavras, humanização deve tratar as pessoas igualmente e com respeito, tornando mais participativo, comprometido, tratando o paciente com mais carinho e atenção e não como uma máquina, assim por fim acaba ajudando muito na recuperação deles pela afetividade. [...] humanizar caracteriza-se em colocar a cabeça e o coração na tarefa a ser desenvolvida, entregar-se de maneira sincera e leal ao outro e saber ouvir com ciência e paciência as palavras e os silêncios. O relacionamento e o contato direto fazem crescer, e é neste momento de troca que humanizo, porque assim posso me reconhecer e me identificar como gente, como ser humano (OLIVEIRA, 2001, p. 104).

3. Como você planeja as suas aulas para os pacientes / alunos?

Com o objetivo de explicitar o atendimento pedagógico hospitalar, e como é ministrados os conteúdos pedagógicos com os pacientes/ alunos no leito. A visão de planejamento de aula para pacientes / alunos conforme o questionário depende muito de cada enfermo, depende de suas medicações e até mesmo o setor em que se encontra instalado. “A atividade diária da escola hospitalar é como um exercício na zona de desenvolvimento proximal. A noção exata do que pode ser trabalhado por meio de uma proposta desenvolvida na sala de aula como, por exemplo uma estória, pode dar abertura para que diversos conceitos sejam abordados, e não apenas aqueles ligados à linguagem oral ou escrita (FONSECA, 2003, p.40).”

4. A família colabora participando do seu trabalho? De que forma?


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Com o objetivo de enfocar a importância da família no processo de ensino e aprendizagem da criança e adolescente mesmo no leito. E a família como espaço de orientação para o desenvolvimento dos conteúdos ministrados. Dentre os entrevistados um dos entrevistados diz que não tem ajuda de ninguém da família, outra entrevistada diz que depende muito do recurso da família, já os demais afirmam que os familiares colaboram bastante, ajudando nas leituras, incentivando as crianças em cumprir as tarefas e até mesmo quando necessário participar de alguma brincadeira direcionada. “O contato inicial da professora com a criança hospitalizada deve, na medida do possível, se dar através de interações com a mãe porque, ás vezes, a criança fica temerosa com a presença de uma pessoa não familiar, mesmo que não esteja usando o jaleco branco. A mãe servirá como mediadora da interação entre a criança e a professora (FONSECA, 2003, p.39).”

5. Que tipo de material pedagógico é usado no atendimento de uma classe hospitalar?

O objetivo é entender como é desenvolvida uma aula dentro de uma classe hospitalar e quais os recursos a serem utilizados. Conforme descrito pelos professores depende muito da faixa etária e da quantidade de tempo que a criança está internada, se menos tempo o pedagogo pode utilizar todo tipo de material, tais como: jogos, filmes, desenhos, brinquedos, brincadeiras, atividades recreativas na brinquedoteca, mas se o tempo de internação for maior o pedagogo deve aplicar as atividades da escola regular do aluno para dar continuidade ao ano letivo, e caso esteja internado na UTI, somente contação de histórias. “Brincar é uma atividade dinâmica que produz e resulta em transformações. Os brinquedos acumulam significados atribuídos não só pelo individuo, que com ele brinca naquele instante, mas também por várias gerações e povos, ao longo da história da humanidade (VIEGAS, 2007, p.35).”

Considerações


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Com base nas pesquisas a pedagogia hospitalar é uma modalidade de ensino e que vai além do ensinar, temos a oportunidade de contribuir com o nosso afeto, atenção, dedicação e respeito as crianças e adolescentes hospitalizados. O professor deve dar seguimento, ministrando aulas de acordo com cada enfermo dentro do hospital, remanejando o planejamento para que se torne flexível tornando- se mais fácil de ser concluído, o papel do professor exercido corretamente auxilia no tratamento e na recuperação das crianças e adolescentes de forma mais tranquila, pois ameniza o sofrimento dentro do hospital ocasionado pelo dia a dia pelo próprio tratamento, através de atividades lúdicas, pedagógicas e recreativas, deixando-as envolvidas sem pensar somente na doença. A família é parte importante no processo da hospitalização da criança e adolescente, podendo assim, colaborar com as situações que os mesmos se encontram, podendo de certa forma incentivá-las juntamente com o professor, as atividades pedagógicas favorecem a autoestima do paciente e até mesmo de seus familiares. Portanto, nota- se que a contribuição da classe hospitalar no processo de ensino e aprendizagem é positiva, é dar continuidade nas atividades pedagógicas da escola regular para não deixar o aluno perder o ano letivo e o vínculo com a escola externa, mantendo como foco comprometimento e tratar as pessoas igualmente com respeito.

REFERÊNCIAS


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