Sistema de Normalização Contabilística (SNC)
Objetivos: Identificar a contabilidade como uma base integrante da organização económica de uma sociedade/organização; Compreender os métodos contabilísticos, analisar, classificar documentos, efetuar lançamentos, regras de movimentação de contas e os saldos contabilísticos; Realizar os registos contabilísticos e de factos patrimoniais de uma determinada entidade num determinado momento; Saber elaborar balanços e demonstrações financeiras;
Conteúú dos: O contexto contabilístico - Normalização - Justo valor – credibilidade - As empresas e os profissionais da contabilidade Organização formal do SNC - Bases para a Apresentação das Demonstrações Financeiras (BADF) - Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF) (Anexo com compilação das divulgações exigidas pelas NCRFs) - Código de Contas (CC) (com Quadro Síntese e de Notas de Enquadramento) - Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) - Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades (NCRFPE) - Normas Interpretativas (NI) - Estrutura Conceptual - Finalidade das DF Utentes e necessidades de informação - Objectivos das DF - Características qualitativas - Mensuração dos elementos das DF - Capital e Manutenção de capital - Conceitos contabilísticos - Património - Inventário
Contabilidade: Definiçaã o Fúnçoã es Divisoã es SNC
A contabilidade… A contabilidade é uma ciência de natureza económica cujas funções são o registo, a avaliação, a análise, a previsão e controlo dos factos patrimoniais ocorridos nas unidades económicas, com vista à obtenção de informações fundamentais à gestão dessas unidades.
A contabilidade… Uma empresa para desenvolver a súa actividade econoú mica, tem de ter úm ciclo de flúxos reais e monetaú rios de entrada e saíúda Fluxo Real – Corrente de bens e serviços qúe a empresa recebe e fornece de e para o exterior Fluxo Monetário – Corrente de meios monetaú rios qúe a empresa recebe e fornece de e para o exterior
A contabilidade… Funções da Contabilidade
Registo
Controlo
Avaliação
Previsão
Análise
Assim: A contabilidade é a ciência que controla a atividade da empresa e o registo dos factos patrimoniais, revelando posteriormente, todo o património da empresa
Fúnçoã es da contabilidade Registo
A contabilidade regista todos os factos patrimoniais
Controlo
A contabilidade controla a situação económica e financeira da empresa
Avaliação
A contabilidade avalia os bens que estão na empresa e toda a sua actividade
Previsão
A contabilidade faz previsões para o futuro das empresas
Análise
A contabilidade analisa todos os registos da empresa de forma a tomar decisões mais fundamentadas
Divisoã es da contabilidade Para facilitar a organização interna da empresa, a Contabilidade dividiu-se em dois ramos: a Contabilidade Geral e a Contabilidade Analítica Contabilidade Contabilidade Geral
Contabilidade Analítica
Permite o registo de todos os factos patrimoniais que dão a conhecer a situação da empresa
Permite dividir os diferentes custos pelos diversos sectores da empresa
Contabilidade Geral e SNC
DivisoĂŁ es da contabilidade (Cont.)
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Contabilidade Interna, Analíútica oú de Gestaã o relacionamento entre os vários sectores da empresa; • Compete-lhe apurar os resultados e a rendibilidade de cada departamento da empresa;
Contabilidade Geral e SNC
• Consiste na atividade desenvolvida dentro da empresa, decorrente do
• Determina os custos de produção, nos diferentes estádios do processo produtivo. 11
Contabilidade Externa, Geral oú Financeira
os fornecedores, os clientes, os sócios, ...; • Compete-lhe apurar os lucros ou prejuízos do ponto de vista fiscal; • Permite elaborar as contas anuais.
Contabilidade Geral e SNC
• Regista as relações externas da empresa, com os bancos, o Estado,
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SNC – Sistema Normalizaçaã o Contabilíústica Aprovado pelo decreto lei 158/2009 de 13 de Julho Revogou o POC Aplicação de SNC permite: 1. Combater a insuficiência do POC, face a maiores exigências de relato, abandonando a primazia do registo em favor do relato 2. Responder às necessidades de revisão técnica (Aspectos conceptuais, critérios, etc.) 3. O alinhamento com as diretivas e regulamentos comunitários
Objetivos do SNC Contribuir para a transparência e comparabilidade das demonstrações financeiras no contexto internacional Fornecer informações relevantes aos investidores, por forma a aumentar a confiança nos mercados financeiros Contribuir para um bom funcionamento no mercado de capitais Reforçar a liberdade de circulação de capitais no Espaço da União Europeia Contribuir para que a contabilidade seja mais útil em termos de gestão
Caracteríústicas Qúalitativas da Informaçaã o Financeira Compreensibilidade Relevância – Materialidade Comparabilidade Fiabilidade – Representação fidedigna; Substância sobre a forma; Neutralidade, Prudência, Plenitude
Instrúmentos de normalizaçaã o contabilíústica O SNC é composto pelos seguintes instrumentos: Estrutura Conceptual • Em concordância com a estrutura conceptual de preparação e apresentação de demonstrações financeiras do IASB ( International Accounting Standards Board), Trata-se de um conjunto de conceitos contabilísticos estruturantes que não constituindo uma norma propriamente dita assume como referencial de todo o Sistema. As bases para a apresentação das demonstrações financeiras • Enunciam as regras sobre o que as constitui e a que princípios essenciais deve obedecer um conjunto completo de DF’S ( Demonstrações Financeiras)
Os modelos de demonstrações financeiras • Sente-se a necessidade de existência de formatos padronizados, mas flexíveis, para as demonstrações de balanço, de resultados, de alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa, assim como um modelo orientado para o anexo O Código de Contas • Estrutura codificada e uniforme de contas, para acautelar as necessidades dos diversos utentes, privados e públicos e desenvolver plataformas e base de dados particulares e oficiais. As normas contabilísticas de relato financeiro (NCRF) • Núcleo central do SNC, adaptadas a partir das normas Internacionais de contabilidade adotadas pela EU, cada uma delas constitui um instrumento de normalização, onde se prescrevem os vários tratamentos a adoptar em matéria de reconhecimento, mensuração de apresentação e divulgação das
As normas contabilísticas de relato financeiro (NCRF-PE) • Consubstanciadas por uma necessidade de relato mais reduzido e simplificado contemplando na mesma os tratamentos de mensuração, reconhecimento, apresentação e divulgação que do cômputo dos consagrados nas NCRF As normas contabilísticas para micro entidades (NC-ME) • Regime simplificado para as microentidades
Notas Interpretativas (NI) • Sempre que as circunstâncias o justifiquem e para esclarecimento e/ou para orientação sobre os conteúdos dos restantes instrumentos que intgram o SNC.
Estrútúra conceptúal - Definiçaã o É uma interpretação da teoria geral da contabilidade, mediante a qual se estabelecem, através de um itinerário lógico-dedutivo, os fundamentos teóricos em que se apoia a informação financeira
Estrútúra conceptúal - Definiçaã o
Edificio
Estrutura Normativa
Alicerces
Estrutura Conceptual
O sistema contabilístico de uma entidade visa traduzir de forma sistemática e padronizada as operações e decisões com impacto monetário/ financeiro. Estas são a fonte de informação financeira dos utentes/utilizadores (investidores, clientes, fornecedores, pessoal, Estado, etc.).
As demonstrações financeiras são uma representação estruturada da posição financeira e do desempenho financeiro de uma empresa. As demonstrações financeiras providenciam informação acerca de: - Activos, passivos e capital próprio; - Rendimentos e gastos, incluindo ganhos e perdas; - Contribuições e distribuições relacionados com os detentores das participações societárias; - Fluxos de caixa.
Assim, as demonstrações financeiras têm necessariamente que ter como objectivo “proporcionar informação acerca da posição financeira, desempenho e alterações na posição financeira” – Estrutura Conceptual (EC).
Estrútúra conceptúal trata: Do objetivo das DF’s Das características qualitativas que determinam a utilidade da informação contida nas DF’S Da definição, reconhecimento e medida dos elementos a partir dos quais se constroem as DF’S Dos seguintes conceitos de capital e da manutenção de capital
Estrútúra conceptúal aplica-se: A estrutura conceptual aplica-se às Demonstrações Financeiras de todas as entidades comerciais, industriais e de negócio que relatam, sejam do sector publico ou privado Uma entidade que relata é uma entidade relativamente à qual existem utentes que confiam nas demonstrações financeiras como a sua principal fonte de informação financeira acerca da entidade.
Esta estrútúra conceptúal – Pressúpostos Súbjacentes A fim de satisfazerem os seus objetivos, as demonstrações financeiras (DF´s) são preparadas de acordo com o regime contabilístico do acréscimo, que dita que as transacções devem ser registadas contabilisticamente e relatadas nas demonstrações financeiras dos períodos com os quais se relacionam;
As DF´s são normalmente preparadas no pressuposto de que uma entidade está em continuidade, continuando a operar num futuro previsível.
Esta estrútúra conceptúal – Caracteríústicas Qúalitativas As características qualitativas são atributos que tornam a informação proporcionada nas DF´s útil aos utentes; As quatro principais características são a compreensibilidade, a relevância (materialidade), a fiabilidade e a comparabilidade; Poderão ser consideradas as que vimos no esquema anteriormente: prudência, substância sobre a forma e consistência; A Estrutura Conceptual do SNC prevê ainda outras características: representação fidedigna, neutralidade e plenitude.
Patrimoú nio Inventaú rio Balanço Demonstraçaã o de Resúltados
Patrimoú nio É dividido em duas classes de elementos patrimoniais:
Ativo/Passivo • ATIVO = Tudo o que se possui e se tem direito a receber (Bens + Direitos) • PASSIVO = Tudo o que se tem a pagar (Obrigações) • PATRIMÓNIO = Tudo o que nos resta depois de pagar o que devemos
Ativo/Passivo Ativo – Passivo Os bens e os direitos de uma empresa são denominados elementos patrimoniais Ativos e o seu conjunto constitui a massa patrimonial designada por Ativo (A) As obrigações são, também, denominadas elementos patrimoniais Passivos e o seu conjunto constitui a massa patrimonial designada por Passivo (B)
Ativos (A) = B (bens) + D (direitos) Passivo (P) = O (obrigações)
Valor do PatrimoĂş nio Assim:
VP = A - P
Capital Proú prio O valor do património também se denomina Capital Próprio (CP), logo:
CP = A - P
Sitúaçaã o Líúqúida (Patrimoú nio oú Capital Proú prio) • Diz-se Situação Líquida Ativa (positiva), quando o valor do Ativo é superior ao valor do Passivo; • Diz-se Situação Líquida Nula ( =0 ), quando o valor do Ativo é igual ao valor do Passivo; • Diz-se Situação Líquida Passiva (Negativa), quando o valor do Ativo é inferior ao valor do Passivo.
Balanço – O qúe eú ? É um quadro de contém informação referente a determinada data, acerca dos recursos (Ativo) que a empresa utiliza e da forma como estão a ser financiados pelos titulares da empresa (Capital Próprio) e por terceiros (Passivo); O Balanço deve evidenciar as contas que são movimentadas no razão e que estão incluídas no balancete de retificação da empresa no final do ano; Fornece informação sobre a situação de médio/ longo-prazo da empresa, mais direcionada para o exterior da empresa.
Tipos de Balanço • Periodicamente as empresas são legalmente obrigadas a apresentar contas. • Em geral o período económico da vida das empresas inicia-se em 1 de Janeiro e termina em 31 de Dezembro de cada ano.
Balanço – Esqúema Esquematicamente o património de uma empresa pode ser apresentado da seguinte forma: Balanço
Ativo
Cap. Próprio Passivo
Estrutura não oficial
1º Membro – Constituído pelo ATIVO 2º Membro - Constituído pelo CAPITAL PRÓPRIO e pelo PASSIVO
Balanço – Membros 1º membro – ATIVO é formado por 2 blocos
Ativo Corrente Ativo não Corrente 2º Membro – CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO é formado por:
Capital Próprio Passivo corrente Passivo não corrente
Ordenaçaã o das rúú bricas no Balanço • As contas do Ativo Não Corrente registam-se no topo do 1º membro do Balanço e são ordenadas, colocando em 1º lugar as contas que representam os bens que, em princípio, permanecem mais tempo na empresa. • No Ativo Corrente, as contas com menor liquidez são registadas em 1º lugar.
Ordenaçaã o das rúú bricas no Balanço (Cont.) • As contas da Situação Líquida (Capital Próprio) são as primeiras a ser discriminadas no lado direito do balanço, ordenadas pela formação histórica dos seus valores.
• As contas do Passivo registam-se a seguir às da Situação Líquida, por ordem decrescente de exigibilidade, ou seja, as contas que representam as dívidas a liquidar com maior urgência são descritas em último lugar.
Ativo (de acordo com a 49 EC) O Ativo ĂŠ um recurso controlado pela empresa de que se espera um influxo de benefĂcios econĂłmicos futuros para a empresa, originado por eventos passados.
Ativo Corrente A sua natureza é de curto prazo: Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade, num período até 12 meses após a data do Balanço Detido essencialmente para a finalidade de ser negociado Inclui: Inventários (stocks), Dívidas de Clientes, do Estado e outros, Disponibilidades, etc.
Ativo Naã o Corrente A sua natureza é de médio-longo prazo Abrange: Ativos fixos tangíveis Ativos fixos intangíveis Locações Propriedades de investimento Investimentos financeiros Etc..
Passivo Engloba um conjunto de obrigações da empresa de que se espera um exfluxo de recursos, originado por eventos passados; Deve ter-se sempre presente a distinção entre obrigação presente e um compromisso futuro. Existirá passivo quando há um acontecimento passado que crie uma obrigação e exija a sua liquidação.
Passivo corrente Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional da entidade Deve ser liquidado até 12 meses após a data do balanço A entidade não tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos 12 meses após a data do balanço Inclui: Fornecedores, empréstimos < 12 meses, outras contas a pagar, etc.
Passivo naã o corrente
O prazo original tenha sido por um período superior a 12 meses
Inclui: Empréstimos concedidos de médio-longo prazo, etc.
Balanço - Factos patrimoniais Todas as relações da empresa com o exterior – compras, vendas, prestações de serviços, entre outras – provocam Variações nos Factos Patrimoniais e consequente na estrutura da empresa
Variações Modificativas
Alteram o Valor do Capital Próprio
Variações Permutativas
Não Alteram o Valor do Capital Próprio
Balanço - Factos patrimoniais Exemplos: Depósito no banco de um cheque que estava em caixa no valor de 500,00 euros -> Permutativa -> Duas contas do Ativo
Compras de mercadorias a prazo no valor de 800,00 euros -> Ativo e uma conta do Passivo
Permutativas -> Uma conta do
Vendas a prazo de mercadorias no valor 20.000 euros, que tinham custado 10.000 euros ->
Modificativa -> Duas contas do Ativo e uma conta do CAPITAL PRÓPRIO
Demonstraçaã o de Resúltados – O qúe eú ? • “Uma empresa suporta Gastos com vista à obtenção de Rendimentos, que por sua vez concorrem para a formação de Resultados”; • Trata-se assim de um mapa financeiro que pretende mostrar os Rendimentos e Gastos de um período e permite a Avaliação do Desempenho da empresa no ano e face ao ano anterior; • O apuramento e acompanhamento dos resultados constituem uma absoluta necessidade dentro das organizações, pois permitem uma objetiva implantação de medidas corretivas, que visam um melhor desempenho das unidades.
Demonstraçaã o de Resúltados – O qúe eú ? (Cont.) AA Demonstração Demonstração de de Resultados Resultados não não éé mais mais que que um um filme filme da da atividade atividade da da empresa empresa Um Um filme filme que que explica explica ee demonstra demonstra como como foi foi gerado gerado oo resultado resultado líquido líquido num num dado dado período período contabilístico contabilístico
Gastos • Os Gastos são diminuições nos benefícios económicos futuros, durante o período contabilístico que resultam em diminuição do capital próprio; • Trata-se da diminuição de capital próprio resultante do desenvolvimento da atividade produtiva da organização; • Os Gastos que uma organização tem que suportar são fatores chave quanto a uma boa gestão interna, por isso figuram na Demonstração de Resultados.
Gastos (Cont.) Incluem-se todos os gastos que foram indispensáveis para a realização dos rendimentos sujeitos a impostos, ou para a manutenção da produção:
• Encargos relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens ou serviços; • Encargos de distribuição e venda; • Encargos de natureza financeira; • Encargos de natureza administrativa; • Encargos fiscais; • Reintegrações e amortizações.
Rendimentos • Os rendimentos são os acréscimos nos benefícios económicos futuros, durante o período contabilístico que resultam em aumentos do capital próprio; • Trata-se do aumento de capital próprio resultante da venda de bens ou da prestação de serviços da empresa; • Os Rendimentos, elementos que compõem a Demonstração de Resultados, são a parte mais agradável de todo o período de uma organização.
Rendimentos (Cont.) Incluem-se todos os rendimentos derivados de operações de qualquer natureza em consequência de uma ação normal ocasional, designadamente os resultantes de:
• Vendas ou prestações de serviços, descontos e bónus; • Rendimentos de imóveis; • Rendimentos de carácter financeiro; • Rendimentos da Propriedade Industrial ou outros; • Mais valias realizadas; • Indemnizações obtidas; • Subsídios.
Resúltados A obtenção de Resultados é o objetivo final principal na Demonstração de Resultados para que se possa ter uma imagem global quanto ao desempenho operativo durante um período de actividade de uma organização: Diz-se lucro líquido quando estamos perante um aumento de capital próprio que resulta de um bom desempenho por parte da organização; Diz-se prejuízo líquido quando estamos perante uma diminuição de capital próprio em resultado das operações da empresa.
Resúltados (Cont.) Existem várias etapas de Resultados numa DR :
• Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos; • Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos); • Resultado antes de impostos; • Resultado Líquido do Período.
Tipos de Demonstraçaã o de Resúltados
Existem 2 tipos de DR ´s: Demonstração de Resultados por Naturezas, em que os elementos são descritos por conta; Demonstração de Resultados por Funções, em que as verbas são agrupadas segundo as funções a que respeitam.
Demonstraçaã o de Resúltados Por Natúrezas • É a demonstração financeira que apresenta os resultados das operações de uma empresa durante um determinado período; • Nesta DR os gastos e as perdas e os rendimentos e os ganhos são classificados de acordo com as respetivas naturezas.
Demonstraçaã o de Resúltados Por Fúnçoã es • Esta demonstração financeira, de elaboração não obrigatória, apresenta os resultados das operações de uma empresa durante um determinado período, em que os rendimentos e gastos são classificados de acordo com a sua função; • Os resultados são apurados, distinguindo os seus componentes positivos e negativos de acordo com as funções empresariais (produção, comercial, administrativa, financeira, etc.); • A D.R. por Funções proporciona aos utentes uma informação muito mais relevante do que a por Naturezas, uma vez que demonstra de uma forma específica os diversos componentes do resultado líquido.
Relaçaã o entre o Balanço e a Demonstraçaã o de Resúltados
Contabilidade: A Dinaâ mica Patrimonial
Dinaâ mica Patrimonial Representação da conta Razão Geral É um livro de suporte que tem o aspecto gráfico – em forma de “T” Título da conta 1º Membro
2º Membro
D Título da conta 1º Membro
C
2º Membro
Ao lado esquerdo ou 1º membro damos o nome de DÉBITO (D) Ao lado direito ou 2ª membro designamos por CRÉDITO (C)
Dinaâ mica Patrimonial Representação da conta Assim: • DEBITAR uma conta, é inscrever o valor no lado do débito, isto é, 1º membro • CREDITAR uma conta é inscrever o valor do lado do crédito, isto é, no 2º membro SALDO O saldo de uma conta é o módulo da diferença entre débito e crédito S=D-C
Dinaâ mica Patrimonial Representação da conta • PODEMOS TER 3 SITUAÇÕES DIFERENTES. VEJAMOS: • 1ª SITUAÇÃO: D>C Imagine-se a conta 11 caixa com 1.250,00 euros a débito e 500,00 euros a crédito. Esquematicamente temos: D
Título da conta
1 250.00
C
500.00
Saldo = 750 Euros
Significa que existiam 1250 euros em caixa e que, após os pagamentos no valor de 500 euros, ficámos com 750 euros em caixa Como D > C -> SD (saldo devedor)
Dinaâ mica Patrimonial Representação da conta • PODEMOS TER 3 SITUAÇÕES DIFERENTES, VEJAMOS: • 2ª SITUAÇÃO: D<C Imagine-se a conta 22 Fornecedores com 500 euros a débito e 1500,00 euros a crédito. Esquematicamente temos: D Título da conta 500.00
C
1 500.00
Saldo = 1000 Euros
Significa que existia uma divida 1500 euros a um fornecedor e que, após os pagamentos no valor de 500 euros , ficámos a dever 1000 euros Como D < C -> SC (Saldo Credor)
Dinaâ mica Patrimonial Representação da conta • PODEMOS TER 3 SITUAÇÕES DIFERENTES, VEJAMOS: • 3ª SITUAÇÃO: D=C Imagine-se a conta 12 Depósitos à ordem com 1990 euros a débito e 1990,00 euros a crédito. Esquematicamente temos: D Título da conta 1990.00
C
1 990.00
Saldo = 0 Euros
Significa que havia1990 euros no banco, tendo-se efectuado pagamentos no valor de 1990 euros, logo a empresa ficou sem qualquer valor de Depósitos a ordem Como D = C -> SN (Saldo Nulo)
Dinaâ mica Patrimonial Representação da conta Conclusão: • As contas de Ativo têm sempre Saldo Devedor ou Nulo • As contas do Passivo e Capital Próprio têm sempre saldo Credor ou Nulo • As contas de Gastos e Perdas têm sempre saldo Devedor ou Nulo • As contas de Rendimentos e Ganhos têm sempre saldo Credor ou Nulo. • Excepção: ???
Movimentaçaã o de Contas de Gastos e Rendimentos 6 1.000
7 1.000
Aplicaçaã o: complete o qúadro Contas
Débito
21 clientes
1745.80
61__________________
3940.50
71__________________
Crédito 498.80
5985.57
22__________________
997.60
399.38
23__________________
1496.40
27932.70
12__________________
21448.30
2992.79
68__________________
399.04
79__________________ 42__________________
2593.75 7481.97
51__________________
997.60 50000
64__________________
20000
66__________________
1500
24__________________
250
1350
11__________________
950
325
Saldo 1247
Classificação SD
Dinaâ mica Patrimonial Regras de movimentação de Contas •
Contas do Ativo – Figuram no 1º membro de Balanço, ocupando igualmente o 1º membro do Razão
• Imagine-se que a conta 11 Caixa tem o valor do balanço de 500 euros (Saldo Inicial – SI). Assim no Razão Temos D
C
11 Caixa SI
500.00
Se entretanto a empresa pagar ao fornecedor 200.00 euros e receber 50.00, os movimentos são os seguintes: D
C
11 Caixa SI
500.00 50.00
200.00
Dinaâ mica Patrimonial Regras de movimentação de Contas Contas do Activo
D
C
SI +
As contas do Ativo São:
DEBITADAS pelos saldos iniciais e pelos aumentos CREDITADAS pelas diminuições
Dinaâ mica Patrimonial Regras de movimentação de Contas • Contas do Passivo e Capital Próprio – Figuram no 2º membro do balanço, ocupando igualmente o 2º membro do Razão • Imagine-se que a conta 22 fornecedores tem o valor no Balanço de 1500 (Saldo inicial – SI). Assim no razão temos: D
C
22 Fornecedores SI
1500.00
Se entretanto a empresa pagar ao fornecedor 500 eros e comprar a prazo mercadorias no valor de 2500 os movimentos são os seguintes D
C
22 Fornecedores 500.00
SI 1500.00 2500.00
Dinaâ mica Patrimonial Regras de movimentação de Contas D
Contas do Passivo e Capital Próprio SI +
As contas do PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO São:
DEBITADAS pelas Diminuições CREDITADAS pelos saldos iniciais e pelos aumentos
C
Dinaâ mica Patrimonial Regras de movimentação de Contas • As contas de GASTOS são DEBITADAS pelos custos e perdas. • Figuram no 1º membro do Razão
• As contas de RENDIMENTOS são CREDITADAS pelos proveitos e ganhos. • Figuram no 2º membro do Razão
Dinaâ mica Patrimonial REGISTO DOS FACTOS PATRIMONIAIS NO RAZÃO •
Qualquer movimento contabilístico tem de respeitar o princípio da dualidade ou das partidas dobradas , isto é, o débito tem de ser sempre igual ao crédito DÉBITO = CRÉDITO
• Um débito dá sempre lugar a um crédito de igual valor • Vários débitos podem ter um crédito de igual valor • Um débito pode ter vários créditos de igual valor • Vários débitos podem ter vários créditos de igual valor
Balancete Fólio
Contas
Débitos
Créditos
Saldos Devedores
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Caixa Capital Depósitos à Ordem Equipamento Outros Credores Forn. Serv. Externos Eq. Transporte Compras Custos Financeiros Fornecedores C/c Forn. – Títulos a pagar Vendas Proveitos Financeiros
Total
1521,5 1000,0 120,0 120,0 32,4 400,0 104,5 1,5 31,5
3331,4
1234,4 1500,0 188,5
Credores
289,1 1500,0 811,5 120,0
320,0
200,0 32,4 400,0 104,5 1,5
31,5 31,5 21,5 6,0
3331,4
31,5 21,5 6,0
1759,0
1759,0
Remúneraçoã es e Encargos
Remúneraçaã o – O qúe eú ? • A retribuição, paga pela entidade patronal, é a prestação a que o trabalhador tem direito em função do cargo que exerce e dos serviços que presta, isto é em contrapartida do seu trabalho; • Nesta contrapartida incluem-se a retribuição-base e as restantes prestações regulares e periódicas em dinheiro ou em espécie (bens). O valor da retribuição em espécie não pode exceder a parte em dinheiro.
Descontos por conta do trabalhador • Taxa Social Única: • Incide à taxa de 11% sobre o montante de retribuição a que o trabalhador tenha direito; • No caso dos Órgãos Sociais esta taxa é de 9,3%; • Excetuam-se as compensações por cessação de contrato de trabalho (subsídio de caducidade), o subsídio de refeição e abonos para faltas.
Descontos por conta do trabalhador (Cont.) • Imposto sobre Rendimento Singular (IRS): • Este imposto é aplicado, numa percentagem variável e progressiva, sobre o valor da retribuição; • Excetua-se o subsídio de refeição até 5,12€ (em dinheiro) e 5,83 (em vales de refeição); • Para o cálculo do IRS são aplicadas as tabelas publicadas anualmente pela Autoridade Tributária.
Encargos da Entidade Patronal • Taxa Social Única: • A entidade patronal deverá pagar à Segurança Social 23,75% sobre o montante da remuneração de cada trabalhador; • No caso dos Órgãos Sociais esta taxa é de 20,3%; • As importâncias acima referidas, assim como aquelas que são retidas ao trabalhador deverão ser entregues à Segurança Social entre o dia 10 e 20 do mês seguinte àquele que respeitam.
Encargos da Entidade Patronal • Imposto sobre Rendimento Singular (IRS): • Neste caso não há montante a ser pago por conta da entidade patronal; • Esta apenas tem a obrigação de reter ao funcionário o montante correspondente à taxa que se aplicar à sua remuneração e entregá-lo ao Estado até ao dia 20 do mês seguinte àquele que respeita.
Exemplo Praú tico de Contabilizaçaã o de Remúneraçoã es Em 25 de janeiro de 2016 procedeu-se ao processamento de remunerações do funcionário Alberto João (solteiro e sem dependentes) da entidade Alfa. Consideraram-se os seguintes valores: Valores Remuneração Bruta
1.000,00€
Encargos por conta do pessoal IRS (10%)
100,00€
Segurança Social (11%)
110,00€
Remuneração Líquida
790,00€
Encargos por conta da entidade Segurança Social (23,75%)
237,50€
Exemplo Praú tico de Contabilizaçaã o de Remúneraçoã es (Cont.) • 1ª fase: Processamento dos salários em 25 de janeiro de 2016: 632 – Remunerações Pessoal
2312 – Remunerações a pagar ao Pessoal 790,00
1.000,00
242 – Retenção de Imposto 100,00
245 – Segurança Social 110,00
Exemplo Praú tico de Contabilizaçaã o de Remúneraçoã es (Cont.) • 2ª fase: Processamento dos encargos por conta da entidade: 635 – Encargos sobre Remunerações 237,50
245 – Segurança Social 237,50
Exemplo Praú tico de Contabilizaçaã o de Remúneraçoã es (Cont.) • 3ª fase: Pagamento dos salários em 31 de janeiro de 2016: 12 – Depósitos à Ordem 790,00
2312 – Remunerações a pagar ao Pessoal 790,00
790,00 (SD)
Múito Obrigada pela Vossa Atençaã o
Dúú vidas??