Revista H#59 Farmácias Holon

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NUTRIÇÃO HOLON

Cuidar da microbiota intestinal

EM FOCO

Alterações climáticas: os efeitos colaterais na saúde

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Paulo Marco

N.º 59 | BIMESTRAL | FEV-MAR 2023
«Ter saúde é o bem mais precioso. Sem saúde nada se faz»

A Revista H foi criada há 10 anos para os utentes das Farmácias Holon. Através deste canal privilegiado de comunicação temos conseguido alargar o contacto com os utentes e oferecer informação relevante e atual na área da saúde.

Ao longo de uma década reunimos dezenas de “influenciadores técnicos” (especialistas nas mais variadas áreas da saúde e colegas farmacêuticos) que contribuíram para deixar os nossos utentes mais esclarecidos e capazes de fazer as opções certas, no que toca aos cuidados de saúde. Em modo de comemoração, a Revista H entra em 2023 com uma nova imagem gráfica. A mesma qualidade e rigor, mas uma renovação que se reflete numa revista mais moderna e que, acreditamos, melhor retrata a força e empenho em fazer mais e melhor, qualidades que tão bem caracterizam todas as Farmácias Holon.

A acompanhar a atualidade, o tema em destaque nesta edição não poderia ser outro: a emergência climática e as consequências para a saúde.

Na última reunião do Fórum Económico Mundial (FEM), em Davos, o diretor executivo do Fundo Global de Luta contra a Sida, Tuberculose e Malária foi claro: as alterações climáticas são apenas um dos fatores que podem dificultar os esforços para erradicar as doenças e vão, sem dúvida, alterar a geografia dos mosquitos. Peter Sands relembra os múltiplos surtos de infeções de malária que se seguiram às recentes inundações no Paquistão e ciclones em Moçambique, em 2021. No Em Foco damos conta daquilo que hoje já constatamos. Sem alarme, mas com o foco na prevenção. Aliás, tal como devemos estar sempre empenhados sempre que falamos em “muito e bons anos de vida”!

A todos os que nos acompanham há 10 anos, obrigado por fazer parte da nossa vida!

A Revista H e as Farmácias Holon vão continuar, por muitos mais anos, a cuidar de si e da sua família!

Ficha Técnica

• Diretor: Hermínio Tavares;

• Propriedade: Holon S.A.;

• Capital Social: 5.000,00 euros;

• Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro;

• NIPC: 507336453;

• Telefone: 219 666 100;

• E-mail: apoio.cliente@holon.pt

• Edição: Hollyfar — Marcas e Comunicação, Lda. — Rua General Firmino Miguel 3 – Piso 7, 1600–100 Lisboa;

• Coordenador Editorial: Natacha Pereira (Farmácias Holon), Inês Marujo (Hollyfar);

• Colaboram nesta edição: Diana Pereira, Catarina Oliveira, Mariana Marta, Isabel Conceição;

• Fotografia: Cláudia Teixeira e Arquivo;

• Publicação bimestral;

• E-mail: revistah@holon.pt;

• Tiragem deste número: 16.000 exemplares;

• Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores;

• Layout: Holon, S. A. — Rua General Firmino Miguel 3 – piso 7, 1600–100 Lisboa | Portugal;

• Paginação: Finepaper;

• Execução Gráfica: Finepaper

— Rua do Crucifixo 32, 1100–183 Lisboa;

• E–mail: info@finepaper.pt;

• Impressão e Acabamento: Lidergraf

Sustainable Printing — Rua do Galhano 15, 4480–089 Vila do Conde;

• Site: www.lidergraf.pt;

• Número de Depósito Legal: 361265/13.

Editorial

Índice

6 FAMÍLIA HOLON

8 ENTREVISTA

11 SER MAIS HOLON

13 PONTO DE VISTA

14 O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

16 OPINIÃO SAÚDE

18 NA PRIMEIRA PESSOA

21 OPINIÃO SAÚDE

22 EM FOCO 31 SAÚDE INFANTIL

33 MAIS MAMÃ

Estatuto Editorial

A H é uma revista bimestral de caráter informativo, orientada para as temáticas de saúde e bem-estar, seguindo critérios de rigor editorial.

A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A.

O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo

35 NUTRIÇÃO HOLON

38 NUTRIÇÃO À MESA

40 HOLON CARE

42 DERMOFARMÁCIA HOLON

44 HOLON CUIDA

46 MONTRA EM DESTAQUE

48 FARMÁCIA ATUA

50 AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

54 HOLON ATIVA

prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.

> FAMÍLIA HOLON

Uma dose por dia, o bem que lhe fazia!

O Magnésio é o 4º mineral mais abundante do corpo humano. Pode ser obtido através dos alimentos como a banana e a aveia.

Conhece os seus benefícios? Vamos partilhar consigo.

OMagnésio integra mais de 300 reações metabólicas no organismo, desde a síntese de proteínas à produção e armazenamento de energia sendo, assim, um mineral bastante importante para o bem-estar geral do organismo e com inúmeros benefícios para a saúde.

Sabia que o Magnésio pode ajudá-lo a dormir melhor? Ao promover o aumento da síntese de neurotransmissores como a serotonina, vulgarmente conhecida como hormona da felicidade, está a potenciar uma maior sensação de relaxamento, diminui o stress e os sintomas associados à ansiedade e depressão, melhorando a qualidade do sono.

O Magnésio apresenta ainda um papel importante na prevenção e controlo da Diabetes, já que este mineral é essencial para a produção de insulina pelo Pâncreas e auxilia no controlo dos níveis de açúcar no sangue.

Podemos, ainda, associar os benefícios do Magnésio à prevenção de patologias cardiovasculares e ósseas, uma vez que este mineral auxilia no relaxamento do músculo do coração e regula os níveis de cálcio no organismo, juntamente com a vitamina D, cobre e zinco.

Outra mais-valia: bem-estar muscular e manutenção dos níveis de energia. Além de regular a contração dos músculos, contribui para a formação de adenosina trifosfato (ATP), uma molécula utilizada como fonte de energia para o corpo.

Esteja atento aos seus níveis de Magnésio. Níveis baixos de Magnésio podem originar sintomas como caibras, taquicardia, tonturas, fadiga e fraqueza. Para evitar a deficiência de magnésio, o ideal é manter uma alimentação saudável, rica em vegetais, grãos integrais, nozes e castanhas, ricas neste nutriente. Existem, ainda, inúmeras opções de Suplementos Alimentares, disponíveis nas Farmácias Holon, capazes de colmatar este défice. Comece hoje a cuidar da sua saúde!

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CATARINA OLIVEIRA Farmacêutica e Gestora de Produto Produtos Holon

> ENTREVISTA ESPECIAL

Marco Paulo

«Era uma criança que sonhava acordada»

Homem de fé, nome incontornável da música ligeira portuguesa, Marco Paulo já passou por vários problemas graves de saúde, e acredita piamente que o seu destino «já está traçado».

H — Mais de 50 anos de carreira. A música faz parte da sua vida desde sempre?

Marco Paulo (MP) — Quando era criança já adorava cantar. Cresci em Mourão, no Alentejo, entre gente de trabalho, num meio pobre. Cantava muito, para toda a gente, e as pessoas gostavam muito da minha voz. Tinha uma voz cristalina e cantava com a maior das naturalidades, mas nunca pensei que iria ganhar a minha vida a cantar, nunca. Era uma criança que, creio, tinha um dom, a quem ninguém ensinou a colocar a voz nem nada parecido. Eu era uma criança que sonhava acordado. Imaginava-me a cantar com uma grande orquestra, num palco grande, e isso acabou por acontecer.

H — Nessa altura, ser cantor não era uma profissão muito bem vista, principalmente numa pequena vila alentejana. Como lidou com o desafio?

MP — Na altura, as coisas eram bastante difíceis e os meus pais não tinham possibilidades económicos. Mas eu sonhava acordado! Imaginava-me em cima dos grandes palcos e creio que isso ajudou na concretização dos meus sonhos. Nunca esperei chegar até aqui. Nasci numa terra pobre, de gente humilde, e nunca imaginei que viria a ser homenageado pelo Sr. Presidente da República; ter tido os êxitos que já tive; fazer as salas que já fiz. Nunca imaginei que seria possível alcançar

tudo aquilo que consegui na vida. Eu gostava! Mas do gostar até ao fazer vai uma grande distância. Na época, era muito difícil gravar um disco (hoje as pessoas gravam discos por meios próprios).

H — Como conseguiu contornar os obstáculos?

MP — Nem sei bem. As coisas aconteceram naturalmente. As pessoas certas apareceram na altura própria. As músicas surgiram de forma natural e na altura apropriada. Enfim, reuniu-se um conjunto de fatores positivos que me ajudaram a concretizar os meus sonhos e a vencer.

Naquela altura, por imposição da editora (Valentim de Carvalho), gravámos a música “Eu Tenho Dois Amores”, que nem era um tema de que eu gostasse particularmente, e as coisas aconteceram.

Como eu não tinha grandes possibilidades, aprendia muito com aquilo que as pessoas me diziam, acolhia os conselhos e os ensinamentos delas. Não andei em nenhum colégio e só estudei até ao antigo 2 º ano de curso comercial. Mas a pouco e pouco, consegui trilhar o meu destino. Aquele miúdo nascido no Alentejo profundo sentiu que tinha o destino marcado.

H — É impossível falar de música romântica

portuguesa sem referir o seu nome. Há algum

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momento que o tenha marcado particularmente?

MP — Houve muitos momentos marcantes ao longo da minha carreira, felizmente. Mas conseguir cantar para 100 mil pessoas no Santuário de Fátima talvez tenha sido aquele que mais me marcou e sensibilizou. Cantei a música Nossa Senhora, muito pertinho da imagem da Nossa Senhora de Fátima, e as pessoas, tal como eu, ficaram emocionadas e cantaram as minhas músicas em coro, num coro de 100 mil pessoas. Essa experiência marcou-me imenso. Sou devoto da Nossa Senhora de Fátima há muitos anos, desde que tive um terrível acidente de viação, em Leiria.

H — No final de 2022 lançou um novo álbum. Como descreve este novo trabalho?

MP — Este novo álbum também tem a ver com o facto de eu continuar a acreditar, em mim, na vida, em tudo aquilo que de bom que me tem acontecido. O disco surgiu numa altura em que senti que queria voltar a gravar. Aconteceu naturalmente, como em tudo na minha vida.

O José Cid escreveu-me uma música. Um dia, o Miguel Gameiro veio a minha a casa e disse-me que tinha acabado de escrever um tema feito à minha medida, que era a minha voz. Fiquei arrepiado ao ouvir a letra da música (Por Ti) e que dá nome ao álbum.

NOME: João Simão da Silva

IDADE:

FILME: Não tenho hábito de ver filmes.

LIVRO: “Marco Paulo — Na Estrada da Minha Vida”

VIAGEM: Adoro percorrer Portugal de Norte a Sul, sinto-me em plena harmonia comigo mesmo e aproveito para meditar na vida. É nestas viagens que me nascem novas ideias e a criatividade se acentua.

COMIDA PREFERIDA: Cozido à Portuguesa (versão alentejana).

H — Dia 11 de março apresentará este novo trabalho em concerto no Campo Pequeno. O que pode esperar o público?

MP — Não era a minha intenção ou vontade fazer um concerto nas grandes salas de Lisboa ou Porto. Gosto de percorrer o país para cantar para as pessoas, nas vilas e nas cidades. Mas a gravação do disco correu bem e fui desafiado a apresentar este novo trabalho perante uma plateia de 9 mil pessoas, no Campo Pequeno. O novo disco tem várias versões de outros artistas, só quatro são originais, mas agora ainda tenho de decorar as letras novas, que não é fácil, (risos). Acredito que o meu público goste deste novo trabalho tanto quanto eu e que vai ser um grande espetáculo.

H — O ano de 2023 começou com uma minissérie que conta um pouco da sua história. Ficamos a conhecer o Marco Paulo com esta obra?

MP — Gostei daquilo que vi. No lançamento, reuni umas pessoas amigas em minha casa para ver a série. Apesar de ter gostado, acho que é impossível retratar todos os passos da minha vida “apenas” numa série, pois vivi tanta coisa importante que não foi assinalada, nomeadamente na minha infância, e que ainda hoje me lembro. Mas era impossível falar de tudo, eu sei. Fiquei muito agradado com o trabalho dos atores, que são grandes artistas, e com a reprodução de muita coisa da minha vida.

H — O que gostava de fazer, profissionalmente, que ainda não fez?

MP — (Pausa) Gostaria que fizessem um musical com as minhas canções e sobre a minha vida, que tem sido tão rica e abençoada. Já surgiu a oportunidade, mas as pessoas da SIC, para onde tinha entrado há pouco tempo, acharam que não era o momento oportuno e ficou em standby

H — Têm algum hobby?

MP — Gosto muito de passear os meus cães. Eles são minha companhia e os meus fiéis amigos, e merecem tudo aquilo que faço por eles.

H — O que é que o faz feliz?

MP — Há duas coisas que me fazem feliz. Acordar e estar bem-disposto, sabendo que os tratamentos estão a dar resultado, e saber que está tudo bem com o meu afilhado. Ter saúde é o bem mais precioso! Sei bem daquilo que falo porque já tive falta dela. Sem saúde nada se faz!

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GONÇALVES PEREIRA

> SER MAIS HOLON

Atentos à comunidade

AFarmácia Roldão tem a sua génese, desde 1962, no bairro do Bom Retiro, em Vila Franca de Xira. Mas é em 1982 que a atual proprietária Maria Manuela Guimarães Pereira assume a sua gestão e direção técnica até aos dias de hoje. Em 2017, para abraçar os desafios do século XXI, a Farmácia Roldão transferiu as antigas instalações da Rua General Humberto Delgado, para a Rua Eça de Queiroz. Um novo espaço que permitiu pôr ao serviço dos utentes uma farmácia mais ampla e facilitadora de todo um dinamizar mais eficiente das várias vertentes trabalhadas pela farmácia comunitária. Atualmente, na farmácia estão ativos os Serviços de Injetáveis, Podologia, Medição da Tensão Arterial, Nutrição e Medição dos Triglicéridos. São também promovidas ações de rastreio que têm o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população, como é o caso dos rastreios capilares, espirometria, dermatológicos ou relativos à Doença Venosa Crónica. Desde 2015, foi encetada a parceria estratégica com o grupo Holon, união que tem dado frutos em diversos aspetos, nomeadamente no catalisar de sinergias que, como não podia deixar de ser, têm um impacto muito positivo junto da comunidade.

Um exemplo disto mesmo foi o apoio à iniciativa “Hospital da Bonecada’, do Concelho de Vila Franca de Xira, que teve lugar em novembro último. O objetivo fundamental deste evento, que juntou mais de 1700 crianças entre os 3 e os 10 anos, foi erradicar o medo da ‘bata branca’, procurando contribuir para a coexistência do aprender e do brincar fomentando desta forma a desmistificação do temor dos espaços de saúde pelos mais pequenos. Nesse dia, toda a iniciativa foi orientada para a criação de um espaço de fantasia e brincadeira, estratégias para a promoção de estilos de vida positivos, alimentação saudável, não esquecendo os temas relacionados com a sustentabilidade ambiental.

A Farmácia Roldão, como Farmácia Holon, não podia deixar de marcar presença neste evento contribuindo para o sucesso do mesmo através da doação de produtos com o selo de qualidade Holon, e com a simpática presença da mascote, o Mimos, que fez as delícias dos mais novos. Foi sem dúvida uma ação que fez jus ao lema Holon: “Por mais anos de vida e por mais vida nos anos”. Acreditamos que ao educar as gerações mais novas, contribuímos para mudar comportamentos no futuro.

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FILIPE Backoffice e Gestão de Stock
«Ao educar as gerações mais novas, contribuímos para mudar comportamentos no futuro.»

JOAQUINA CASTELÃO

Presidente da Direção da FamiliarMente — Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas com Experiência de Doença Mental

Juntos com as famílias

Éreal a escassez de resposta dos cuidados de saúde primários, cuidados especializados de saúde mental e a falta de medidas de apoio às famílias que assumem os cuidados informais e vivem e convivem com o familiar e a doença mental, 24 horas por dia, 7 dias na semana, 365 dias no ano sem acompanhamento adequado e sem acesso a medidas de apoio ao cuidador informal. Perante este cenário, um conjunto de associações de famílias de pessoas com doença mental, sedeadas em várias regiões do país, uniram-se e constituíram uma federação de associações, de âmbito nacional e sem fins lucrativos. Objetivo: dar voz às famílias e representá-las na defesa dos seus direitos e na melhoria das condições de vida, saúde e bem-estar, das próprias e dos seus familiares com doença mental.

Assim, foi constituída em 31 de março de 2015, a “FamiliarMente” — Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas Com Experiência de Doença Mental. Desde a sua constituição que a FamiliarMente exerce os direitos de cidadania e de participação em representação das famílias de pessoas com doença mental. Por outro lado, assume-se como parceira na saúde mental, através de comissões e grupos de trabalho da área da saúde e da saúde mental, em que chamam a atenção para a escassez de respostas em saúde e saúde mental, falta de equidade no acesso aos cuidados e ao tratamento da doença mental grave. Tem ainda apresentado propostas de melhoria dos serviços e de acesso ao tratamento, bem como, a necessidade de implementar e desenvolver, as medidas de saúde mental aprovadas e plasmadas na legislação vigente, designadamente, no Decreto-Lei nº 113/2021, de 14 de dezembro, que estabelece os princípios gerais e as regras de reorganização e funcionamento dos serviços de saúde mental. A par da participação pública, a FamiliarMente desenvolve um conjunto de ações com as associadas, designadamente na dinamização e criação de associações de famílias, ações de informação e sensibilização sobre saúde mental, sobrecarga da doença mental, necessidades das famílias e dos seus familiares com doença do foro mental. A par organiza eventos, de âmbito nacional e internacional, da área saúde mental e investigação e na comunidade em geral, através da participação em programas organizados por órgãos de comunicação social (imprensa, rádio e televisão).

> PONTO DE VISTA

Estima-se que as doenças do foro mental têm uma prevalência de 25%, ou seja, afeta uma em cada quatro pessoas que ao longo da sua vida, pode vir a ter problemas de saúde mental, de maior ou menor gravidade. Estima-se também que cerca de 60% não têm acesso aos cuidados necessários. Não existindo uma estrutura de nível nacional representativa de todas as pessoas que sofrem de doença mental, a FamiliarMente, continuará a lutar pelo acesso e equidade aos cuidados de saúde mental, ao tratamento e à reabilitação integral da pessoa com doença mental.

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“FamiliarMente, representa as famílias de pessoas com doença mental na defesa dos seus direitos.”

> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

«Devemos deixar o planeta terra para as próximas gerações»

Num planeta onde já começam a escassear os recursos, importa que nos alimentemos de forma saudável, mas sustentável, para não hipotecarmos o futuro das gerações futuras. A nutricionista Helena Real, Secretária-geral da Associação Portuguesa de Nutrição, explica os passos certos para termos uma alimentação realmente sustentável.

H — O que é a sustentabilidade alimentar?

Helena Real — Os alimentos devem ser amigos do ambiente, de proveniência local, mas, por outro lado, que respondam às necessidades económicas de todas as pessoas, que sejam acessíveis (no preço), evitando-se o consumo de alimentos provenientes de outros continentes ou de países distantes.

H — Ou seja, as pessoas devem evitar comer alimentos mais exóticos, provenientes de países ou continentes que não o nosso, como forma de reduzir a pegada ecológica daquilo que comemos,

porque o transporte desses produtos consome muitos recursos e polui o ambiente?

HR — Exatamente. Há também a questão económica. É muito importante sabermos a quem compramos a nossa comida. Temos de estar cientes de que as nossas escolhas devem responder aos preceitos da sustentabilidade, escolhendo produtos locais e nacionais (em Portugal, como somos um país pequeno, podem provir de várias zonas). No fundo, importa garantir que as nossas escolhas alimentares não comprometem as gerações futuras. Devemos deixar o planeta terra para as próximas gerações.

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H — Estamos a falar da necessidade de consumir mais produtos locais?

HR — Sim. Quando optamos por consumir mais produtos locais estamos a alimentar a economia da comunidade local, estamos a falar na preservação das culturas e da herança cultural. Ao consumirmos produtos que provenham de culturas mais próximas, estamos a alavancar a economia desses sítios. E, em simultâneo, vamos comer produtos frescos e sazonais (da época e nacionais), que não vão ter um grande processamento e transformação. Na realidade, ao consumirmos produtos frescos, estamos a contribuir para que haja uma verdadeira sustentabilidade alimentar. Importa também sublinhar a importância da produção sustentável, que seja amiga do ambiente. Há um tipo de produção que, não sendo ecológica, consume pouca água e é poupadora dos recursos naturais da Terra. Acresce que, para além disso, utiliza poucos químicos na produção (agricultura e pecuária) sendo, assim, sustentáveis. É muito redutor falar em sustentabilidade pensando logo em produtos biológicos, pois há outros modelos, também sustentáveis, que promovem e preservam os recursos naturais do planeta.

H — O que podemos fazer para sermos mais sustentáveis ao nível da alimentação?

HR — Devemos comer mais alimentos de origem vegetal do que de origem animal, o que não implica abandonarmos uma dieta onde os produtos de origem animal estejam presentes, porque, na realidade, para promovermos o equilibro dos ecossistemas do nosso planeta nós também precisamos de comer animais. Temos de consumir produtos vegetais, comer mais leguminosas (feijão, grão de bico, etc.) e o azeite. Depois, numa quantidade mais reduzida, devemos consumir produtos de origem animal (lacticínios, carne, peixe e ovos) em pequenas quantidades. Em alternativa, podemos mesmo não consumir estes alimentos, durante uns dias, e substituí-los por leguminosas, por exemplo. As escolhas diárias devem depender das opções individuais de cada pessoa.

H — Mas é facto que devemos comer menos carne e peixe?

HR — Sim. Temos de comer menos carne e menos peixe. As recomendações científicas, apresentadas na Roda dos Alimentos, apontam para o consumo de 135 gramas de produtos de origem animal (um total dos gramas a ingerir de carne, peixe e ovos). Ou seja, estes 135 gramas recomendados são uma quantidade máxima a consumir, habitualmente por dia, Porém, há pessoas que ingerem 300 gramas de carne só numa refeição, o que representa claramente um exagero. Assim, para além de estar a ingerir uma quantidade superior ao recomendado, está também a contribuir para o gasto de muitos recursos naturais do planeta.

H — Qual a razão?

HR — Os produtos como a carne gastam muito mais tempo e recursos (como a água) até estarem prontos para serem consumidos do que os produtos de origem vegetal. Nós produzimos um tomate ou um feijão em muito menos tempo do que no caso da produção da carne. Por exemplo, um tomate é produzido em algumas semanas, enquanto que um quilo de carne demora muitos meses até estar pronto para o consumo.

Em suma, se conseguirmos optar pelo consumo de produtos vegetais, estamos a poupar o nosso planeta.

H — Pode dar-nos um exemplo de uma refeição “sustentável”?

HR — Estamos num ano em que se celebra a promoção da Dieta Mediterrânica e é nela que nos devemos centrar para chegarmos ao tal modelo de refeição sustentável. Este modelo, que é bastante simples, pode ser feito por toda a gente. Podemos começar por uma sopa de legumes, constituída por produtos locais e da época, e que pode (e deve) ser complementada com leguminosas para termos mais proteínas. No prato principal, podemos cozinhar um prato que tenha uma componente tipicamente mediterrânea, nomeadamente as confeções culinárias que tenham sempre água a mistura (guisados, estofados, acordas, caldeiradas). Nestas refeições estaremos a utilizar produtos frescos e da época. Para finalizar, ingerimos uma peça de fruta da época e de produção local.

H — Este aproveitamento das “sobras” de carne, peixe, legumes, pode ajudar a combater o desperdício alimentar?

HR — O desperdício alimentar é um grave problema nos dias de hoje. É muito importante sabermos aproveitar os alimentos que temos em casa. Neste momento, o desperdício alimentar é um dos principais desafios no que se refere a sustentabilidade alimentar. Quando deitamos para o lixo, estamos a destruir alimentos que ainda estão em boas condições para ser consumidos. Por sua vez, este desperdício vai contribuir para o aumento das emissões de gás metano para a atmosfera (uma emissão que está ao nível da produção de gás metano emitida pelas vacas). Ao desperdiçar comida, estamos a deitar dinheiro para o lixo, com impacto para o meio ambiente. As estimativas apontam para um desperdício de 1/3 daquilo que compramos. A maior quantidade de desperdício alimentar é feita nas nossas casas. Reduzi-lo está ao nosso alcance, bastando fazer escolhas alimentares certas, aproveitando todas as partes dos legumes, por exemplo, e não deixando apodrecer os alimentos.

H — É assim tão

caro fazer uma alimentação sustentável?

HR — Não. Devemos fazer as nossas compras com tempo, escolhendo bons produtos mas mais baratos. Por exemplo, se queremos comprar um determinado peixe, mas que está a um preço alto, compramos outro parecido, mas mais barato ou vamos às compras noutro dia em que o mesmo peixe esteja mais barato. Uma boa sopa pode ser ótimo alimento. Se acrescentarmos leguminosas aos outros legumes, ficamos com uma refeição (quase) completa. O mesmo para um prato de “panela”, em que se pode colocar quase tudo e reduzir substancialmente a utilização de carne ou peixe. Ou seja, estaremos a usar porções de carne ou peixe, mas em quantidades mais reduzidas e, no conjunto do cozinhado, o resultado será bastante completo nutricional e visualmente.

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Cuidar dos hábitos do sono

Já a minha sábia avó dizia: “Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer!” Mas, nos tempos de hoje, com as exigências do dia a dia, o ritmo acelerado em nada contribui para bons hábitos de sono.

No que respeita à quantidade de horas necessárias para dormir, as crianças e jovens precisam no mínimo entre 8 e 10h, porque é durante o sono que armazenamos as memórias recentes. É também neste momento que desenvolvemos os processos essenciais ao crescimento e rejuvenescimento celular.

Em relação aos adultos, o ideal é dormir entre 7 e 9h por noite, sendo nesta altura que o cérebro faz o reset, sincroniza os biorritmos essenciais (pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura, ritmos sono-vigília, hormonais e tónus muscular) de modo a otimizá-los e reduzir os níveis das hormonas de alarme (adrenalina e cortisol).

Mas, quantas vezes acordamos cansados, com a sensação de que passámos a noite a correr, mesmo tendo dormido 8h? Ou seja, dormir bem é mais importante do que dormir muito.

Boas práticas:

— Preferir os alimentos: leite, queijo fresco, banana, abacate, abacaxi, maçã, feijão, trigo integral, grão, lentilha, ervilha, vegetais de folha verde, amendoim, amêndoa, avelã, ovo (cozido ou escalfado), carne (branca), peixe, cenoura, ervas aromáticas como manjericão e hortelã, infusões sem açúcar ou adoçadas com pouco mel;

— Praticar exercício físico sobretudo durante o dia e ao ar-livre. Evitar esforços intensos no final do dia;

— Quando em teletrabalho, estabeleça local específico para trabalhar que não a cama, horários de início, fim e a duração das pausas;

— Evite refletir ou falar sobre as suas preocupações na hora de deitar;

— Pratique meditação, yoga, pilates, técnicas de mindfulness ou outra modalidade que ajude a relaxar a mente e que ensine a respirar corretamente.

A evitar:

— Alimentos salgados (defumados, enlatados, batatas fritas, concentrados, snacks), envinagrados (pickles, enlatados, azeitonas), picantes, marisco, moluscos, especiarias ou molhos intensos (mostarda, caril, paprika);

— Chá preto, café, chocolate, licor e reduzir o consumo de álcool pois são estimulantes;

— Não utilizar ecrãs (telemóvel, computador, tablets, TV) até 1 hora, no mínimo, antes de deitar, pois a luz emitida inibe a

produção de melatonina. Em caso de insónia ou dificuldade em adormecer é ainda mais importante reduzir a exposição aos ecrãs, tanto para o adulto e, em particular, para as crianças; — Sofrer por antecipação! Não adianta stressar se vai ou não conseguir adormecer ou dormir bem.

Foque-se na solução e não no problema. Esta, sim, é uma fórmula de sucesso incontornável!

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> OPINIÃO SAÚDE

Cuidamos do sono que cuida dos seus Utentes!

CAUSA HABITUAÇÃO

médico. Leia cuidadosamente o folheto informativo. Em caso de dúvida, persistência ou aparecimento de outros sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico. Não comparticipado. Titular de Autorização de Introdução no Mercado: ESTEVE Pharmaceuticals – Laboratório Farmacêutico, Limitada. Avenida Infante Dom Henrique, 26, 1149-096 Lisboa, Portugal. NIF: 516550071. Email: info.portugal@esteve.com. DORMINATUR® GUMMIES E DORMINATUR® VALERIANA são suplementos alimentares. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado e equilibrado e de um estilo de vida saudável. Não exceda a dose diária expressamente recomendada. 1. DORMIDINA: Lemoine P et al. Absence of withdrawal signs following discontinuation of treatment with Doxylamine. A placebo-controlled study. Sem Hôp Paris 1995; 71 : nº 23-24, 751-760. DORMINATUR: referente à habituação química. EST-PT-20230112-73 (C) ESTEVE 2023.

prostática,
péptica
bebidas alcoólicas durante
tratamento. Administrar com precaução em idosos devido à sua maior sensibilidade ao aparecimento de reações adversas. Se produzir sonolência diurna, deve reduzir-se a dose. Não conduza quando tomar este medicamento. Não administrar mais do que 7 dias seguidos nem a menores de 18 anos, salvo critério
[ NÃO
] 1
DORMIDINA® (Succinato de Doxilamina) é um medicamento não sujeito a receita médica indicado na dificuldade temporária em adormecer. Está contraindicado na gravidez e lactação. Não deve administrar-se, salvo critério médico, a pessoas com asma, glaucoma (aumento da pressão intra-ocular, efisema, bronquite crónica, dificuldade em urinar, hipertrofia
úlcera
estenosante, obstrução piloroduodenal e obstrução do colo vesical. Evitar a ingestão de
o
revestidos por película

> NA PRIMEIRA PESSOA

«Agora sei quais os alimentos que devo ou não comer, aprendi a distinguir a fome física da fome emocional»

Em outubro de 2022, numa das suas idas regulares à Farmácia Moderna em Vila Chã de Ourique, Anabela Cruz questionou ao balcão se não haveria algo que a ajudasse com a distensão abdominal e cólicas, decorrentes da Síndrome do Intestino Irritável diagnosticada há vários anos, agravada nos últimos tempos. A equipa da farmácia recomendou a Consulta de Nutrição para uma avaliação e uma reeducação alimentar. Na primeira consulta, com a Nutricionista Rita Lucas, constatou-se que Anabela apresentava diversas queixas a nível intestinal, nomeadamente distensão abdominal logo ao acordar, cólicas, flatulência e obstipação. Para além disso, sentia-se extremamente cansada e sem energia, com episódios de ansiedade por não compreender o que lhe fazia mal e, constantemente, uma vontade de comer doces, o que fazia com que se sentisse descontente com o seu peso.

Em conjunto traçaram um plano alimentar: foram retirados os alimentos com elevado teor de FODMAPs, que estavam a inflamar o intestino, e testados outros. FODMAPs são hidratos de carbono de cadeia curta, que são mal absorvidos no intestino delgado e são propensos a absorver água e fermentar no cólon. «Não conhecia a existência desses alimentos. Mas fiquei a perceber por que razão alimentos saudáveis (algumas frutas e legumes) me faziam sentir mal. Era frustrante achar que fazia uma alimentação saudável e continuava com os sintomas», confidencia Anabela. Houve ainda oportunidade de falarem sobre a relação entre intestino-cérebro, o que também a ajudou a compreender que a ansiedade levava a um consumo acrescido de doces, o que piorava a questão intestinal.

Um mês depois os resultados eram visíveis. Anabela regressa com uma grande melhoria da sintomatologia, com maior conhecimento sobre os alimentos, com mais energia e disposição. E ainda com menos 5kg. «Testar e perceber quais os alimentos que me faziam mal fez toda a diferença! Diminuí a ansiedade em torno da alimentação e não tive mais aquela vontade incessante de comer doces. Para além de ter conseguido baixar o peso, algo que achava ser inalcançável!».

Em janeiro de 2023, a utente regressa à consulta de acompanhamento e, apesar da proximidade com as épocas festivas, voltou a perder mais 2,8kg. Perfazendo um total de 7,5kg de perda de peso. «Sinto-me leve, bem-disposta e renovada», conta.

NOME: Anabela Cruz

IDADE: 56 anos LOCALIDADE: Santarém

OBJETIVO: Tratar intestino e perder peso

O encaminhamento para o Serviço de Nutrição Holon foi crucial na melhoria da qualidade de vida de Anabela: «Estou muito feliz com os resultados! Consegui resolver a questão intestinal e voltar a um peso em que me sinto confortável. Não o teria conseguido sem a ajuda da Nutricionista e irei recomendar a quem estiver na mesma situação», finaliza.

Revista H 18

A importância da higiene íntima

Uma higiene íntima diária adequada é fundamental para o bem-estar geral da mulher, e esta deve ser feita com produtos específicos e adequados que respeitem o pH natural da zona íntima (mais ácida).

Ogel de banho ou o sabonete com que tomamos banho não são adequados à zona íntima, pois normalmente têm um pH mais elevado (alcalino) e contêm agentes alcalinos irritantes que podem perturbar o equilíbrio natural da zona íntima. Ao não usarmos produtos adaptados e que respeitem a zona íntima (ph ácido), o resultado é uma diminuição da sua proteção natural, tornando a zona íntima mais vulnerável e suscetível a problemas e irritações.

A perda do equilíbrio da flora vaginal pode afetar-nos, provocando alterações no fluxo e favorecendo o aparecimento de infeções, tanto bacterianas como infeções fúngicas. O produto escolhido deve ser específico para a higiene íntima e deve respeitar o pH ácido desta parte do corpo. Assim, a escolha de um produto com ácido láctico vai ajudar a equilibrar o pH natural da zona íntima e a mantê-la saudável.

No dia a dia devemos ter sempre em consideração estes cuidados:

— Usar sempre um produto específico e indicado para cuidados íntimos;

— Lavar-se cuidadosamente, e fazê-lo de forma suave, sem friccionar de preferência com água mais fria do que quente;

— Deve lavar-se com as próprias mãos ao invés de usar esponjas pois podem conter bactérias e fungos;

— Secar de frente para trás para não trazer bactérias em direção à vulva;

— Os duches vaginais ou qualquer outra forma de limpeza interna não são recomendados;

— Secar-se muito bem, uma vez que as bactérias e os germes que causam as infeções vaginais se desenvolvem melhor em condições de calor e de humidade;

— Evitar usar roupa apertada ou tecidos sintéticos que não deixam a pele respirar (como o poliéster) pode criar um ambiente quente e húmido e causar descamação e irritação em torno da vulva. Para evitar irritações ou infeções, usar roupa solta e respirável feita de materiais naturais como o algodão.

Há ainda diversos fatores nas diferentes fases da vida da mulher que podem afetar o seu equilíbrio íntimo, por isso é fundamental a utilização de produtos específicos que respeitem a flora vaginal e que vão ao encontro das necessidades das várias fases da vida em que a mulher se encontra tais como,

> OPINIÃO SAÚDE

adolescência, menstruação, gravidez, menopausa. É importante por isso a mulher aconselhar-se com o seu farmacêutico para saber qual o produto mais indicado para a situação ou fase de vida em que se encontra.

Revista H 21

> EM FOCO

Alterações climáticas: os efeitos colaterais na saúde

Os tempos estão incertos, mas não há dúvida de que as alterações do clima já se manifestam e estão a ter impacto na saúde de todos. Com os vírus a circular à velocidade da luz, e cada vez mais globais, é importante adotarmos comportamentos preventivos para minimizar o impacto dos fenómenos extremos causados pelas alterações climáticas.

Otema das alterações climáticas está na ordem do dia. Na última reunião do Fórum Económico Mundial (FEM), em Davos, o diretor executivo do Fundo Global de Luta contra a Sida, Tuberculose e Malária foi claro: as alterações climáticas são apenas um dos fatores que podem dificultar os esforços para erradicar as doenças e vão, sem dúvida, alterar a geografia dos mosquitos. Num tom não de alarme, mas de alerta, Peter Sands relembra os múltiplos surtos de infeções de malária que se seguiram às recentes inundações no Paquistão e ciclones em Moçambique, em 2021. Em Portugal, o Dia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) foi marcado com uma conferência com o tema “Alterações climáticas — Impacto na Saúde”, proferida pelo médico infeciologista Kamal Mansinho. O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, também presente, aproveitou para alertar que os fenómenos climatéricos extremos tiveram «um profundo efeito» nas causas de doença e de morte dos portugueses e reforça, «não se pode perder tempo, temos que alterar este fenómeno.»

NÃO BAIXAR A GUARDA À COVID

Com o declarar oficial do fim da pandemia, a sociedade em geral sentiu um enorme alívio coletivo face ao retorno à normalidade. Quase todas as pessoas deixaram de andar de máscara e o ritmo de vida voltou a ser frenético.

As salas de espetáculos voltaram a encher, os espaços de convívio ficaram lotados, as pessoas voltaram a ver a cara umas das outras.

Para o diretor do Serviço de Infeciologia do Hospital Curry Cabral ainda é cedo para baixar totalmente a guarda. Por isso, aconselha cautelas para prevenir males maiores, designadamente o uso de máscaras em lugares fechados. «Recomendo o uso da máscara. Creio que é uma atitude altruísta que protege o outro e a nós próprios. Eu continuo a utilizar a máscara diariamente, mesmo dentro do carro. Estou tão habituado a ela que já não me incomoda minimamente. Uso-a instintivamente, porque sei que a probabilidade de prevenir diversas infeções respiratórias é muito elevada. Continua a defender o seu uso em espaços partilhados, porque nunca sabemos se, de um momento para o outro, estamos a partilhar um espaço carregado de vírus», conclui.

Aumento de zoonoses

Para o médico e professor Fernando Maltez, diretor de Serviço de Doenças Infeciosas, do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, não tem grandes dúvidas quanto à «evidência» desta relação. «É claro e evidente que há um grande impacto das alterações climáticas na saúde das pessoas», até porque os seus efeitos «vão modificar a distribuição da quantidade dos vetores que transmitem as doenças infeciosas», nomeadamente os «padrões migratórios das aves selvagens». Em simultâneo, também «vai diminuir o tempo de sobrevida dos micro-organismos fora do hospedeiro».

Ao haver a referida modificação dos vetores, causada pelas alterações climáticas, há uma migração de doenças de uma zona para outra. Fernando Maltez exemplifica com as migrações de aves: «ao fugirem das áreas afetadas por estes fenómenos, podem transportar com elas vírus, como a influenza (que provoca a gripe), deslocando assim este vírus para outras regiões.» Ao mesmo tempo, a “procura” de novos

Revista H 24
> EM FOCO

> EM FOCO

hospedeiros para sobreviverem, leva os micro-organismos a mutarem-se de forma a encontrarem novos hospedeiros, entre eles os humanos. Uma das razões que tem levado, nos últimos anos, a um aumento de zoonoses, ou seja, de doença, em geral infeciosa, transmitida pelos animais aos seres humanos.

Novos factores de risco

Mesmo os fatores de risco parecem ter-se alterado. Até aqui, não havia dúvidas de que o inverno era sinónimo de aumento de patologias, por exemplo de foro respiratório. Mas os últimos anos, em especial o ano de 2022, veio revelar outros fatores de risco: o calor extremo revelou-se também prejudicial assim como as inundações, que trouxeram novos (e fortes) focos de doenças.

«As chuvas acima do normal, ligadas a inundações e cheias, vão provocar o desalojamento de determinados agentes infeciosos, como por exemplo os agentes da leptospirose (o rato). As inundações vão levá-los a viver junto a estas águas paradas e a deixar, aí, os seus dejetos. O que vemos a seguir são as pessoas a entrar em contacto com aquelas água — banho, cozinhar — e a contrair infeções, por exemplo de cólera», explica.

Já o calor extremo e o aumento geral da temperatura poderão explicar o crescimento de infeções, como a febre da carraça. «As carraças hibernam durante o inverno e só emergem ao longo do dia, na primavera e no verão. Se o aumento do período de hibernação for mais curto, obviamente que a febre da carraça aumenta porque, nestes períodos mais quentes, temos um aumento do período de exposição das pessoas ao ar livre, aumentando as probabilidades do contacto com este parasita», continua.

O que ainda não conhecemos

Alguns cientistas sublinham que o degelo dos glaciares, provocado pelas alterações climáticas, poderá pôr a “descoberto” centenas de vírus que estavam hibernados há séculos. Fernando Maltez prefere manter algumas cautelas quanto a esta teoria, uma vez que não tem «um conhecimento profundo» sobre esta temática dos vírus hibernados. Mas admite a possibilidade de alguns desses vírus ultracongelados poderem, por via do degelo, vir a procurar novos hospedeiros, entre eles os seres humanos, potenciando o surgimento de novas patologias. Na ótica do infeciologista, Fernando Maltez sugere ao cidadão comum «estar muito atento» aos fatores modificáveis com o comportamento humano como forma de evitar contágios

desnecessários. «Perante as alterações climáticas registadas, as pessoas devem modificar e adequar os seus comportamentos face a esta realidade. Devem evitar as temperaturas frias, particularmente os mais idosos, e ingerir bebidas quentes. Nos dias de muito calor, devem evitar a exposição ao sol, para não terem queimaduras da pele. Devem também ter a atenção redobrada face ao que comem, adequando a alimentação ao momento particular que estamos a viver», sem esquecer a importância da higiene pessoal. Tudo isto, relembrando a importância da vacinação e de se seguir «o protocolo das vacinas, optando por tomar aquelas que sejam eficazes, nomeadamente no inverno, para evitar doenças infeciosas», finaliza

Revista H 26

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> SAÚDE INFANTIL

Cólicas: não entre em stress

O seu bebé chora durante mais de três horas durante o dia, sobretudo entre as 18h e as 23h? Grita e parece incontrolável ao esticar e encolher as pernas? Vamos ajudá-lo.

Não se assuste. O mais certo é estar a sofrer das habituais cólicas que surgem após a primeira semana de vida e podem manter-se até ao 3º ou 4º mês

O segredo passa por aprender a lidar com a situação, tendo à disposição um conjunto de estratégias que ajudam bebé a ultrapassar o desconforto e os pais a minimizarem o stress

Porque têm cólicas?

A causa das cólicas nos bebés ainda não foi determinada. As principais razões são a imaturidade do organismo do bebé e a presença de ar no intestino ingerido durante as mamadas. Tendo em conta este cenário, há gestos simples que podem ajudar enquanto a criança é alimentada:

— Quando a mãe estiver a dar de mamar, é importante que a boca do bebé ocupe por completo o mamilo;

— Quando usar biberão, certifique-se de que a tetina está sempre coberta com leite;

— Garanta que a bebé arrota no final da refeição.

Como tratar as cólicas?

As cólicas não têm propriamente um tratamento, mas podem ser atenuadas com ajuda de medicamentos ou técnicas simples:

— Coloque o seu bebé de barriga para baixo, sobre uma almofada morna ou sobre os seus braços, embale-o suavemente e embrulhe-o numa manta para que se sinta aconchegado;

— Ajude-o a dobrar as pernas sobre a barriga;

— Faça sempre com que o bebé arrote no final da refeição.

Revista H 31

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Ajuda a desobstruir as vias respiratórias e protege os pulmões do stresse oxidativo.

O Fluimucil é um medicamento não sujeito a receita médica. Leia atentamente a informação constante da embalagem e do folheto informativo. Em caso de dúvida, agravamento ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Fluimucil 2% solução oral contém 20mg/ml de acetilcisteína; Fluimucil 4% solução oral contém 40mg/ml de acetilcisteína; Fluimucil 600mg comprimidos efervescentes contém 600mg de acetilcisteína por comprimido efervescente, O Fluimucil está indicado como adjuvante mucolítico na terapêutica de problemas respiratórios associados a hipersecreção de muco viscoso e espesso. Contraindicações: Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes. A acetilcisteína, tal como todas as substâncias de ação mucolítica, é contraindicada em crianças com menos de 2 anos de idade. Não existem contraindicações no tratamento de sobredosagens de paracetamol com acetilcisteína. Fluimucil 600mg comprimidos efervescentes por conter aspartamo como excipiente está contraindicado em doentes com fenilcetonúria. Precauções: Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Fluimucil se é asmático ou tem crises de falta de ar, se sofre de insuficiência respiratória grave, se se encontra debilitado e não consegue tossir, se sofre de problemas gastroduodenais (estômago, intestino), se tem intolerância à histamina. Crianças: tal como todas as substâncias de ação mucolítica, a acetilcisteína é contraindicada em crianças com menos de 2 anos de idade. Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos. Titular da AIM: Zambon – Produtos Farmacêuticos, Lda. Rua Comandante Enrique Maya, 1; 1500-192 Lisboa; Tel 217600952; 217600954; ZambonPT@zambongroup.com (V02_PG_2%_4% _600_20210825)

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> MAIS MAMÃ

Travar as infeções respiratórias

As infeções do aparelho respiratório são a principal causa de doença que levam a criança ao serviço de urgência ou ao pediatra. Quais os vírus mais frequentes e os mais temíveis?

As infeções respiratórias podem ser divididas em infeções respiratórias altas (rinofaringite, a amigdalite, a otite, a sinusite ou a laringite), e infeções respiratórias baixas, (traqueobronquite, a bronquiolite ou a pneumonia) e, na maioria dos casos, tem origem em vírus respiratórios. Recentemente, vários países europeus têm notificado um aumento acentuado no número de casos de infeção invasiva pela bactéria Streptococcus do grupo A. No Reino Unido, por exemplo, e até dezembro de 2022, tinham sido contabilizados mais de 13 mortes em menores de 15 anos. Em Portugal, até ao momento, não há relatos de casos semelhantes aos reportados. Embora a bactéria Streptococcus do grupo A esteja bastante presente, a infeção é geralmente não invasiva, sendo raras as formas mais graves da doença. As complicações surgem quando a bactéria consegue ultrapassar o nosso sistema imunitário e invadir as nossas defesas, o que pode, em casos extremos, conduzir à morte.

A detenção precoce e um correto diagnóstico da infeção são a melhor forma de prevenir casos mais graves. Dependendo do agente patogénico e do grau de gravidade da infeção existem várias medidas de tratamento que podem ser adotadas. A terapêutica farmacológica passa por analgésicos e antipiréticos, para controlar. Apenas o médico, e depois de uma avaliação, poderá prescrever um antibiótico adequado. Como medidas adicionais, a criança deve privilegiar o repouso, a hidratação adequada à idade, a humidificação do ar respirado e uma lavagem nasal eficiente, realizada diariamente, antes da aplicação de qualquer spray nasal aconselhado.

O regresso da escarlatina

Também associado à bactéria Streptococcus pyogenes, também do grupo A, a criança pode desenvolver escarlatina. Geralmente ligada a amigdalites ou faringites, esta patologia também reporta erupção na pele. Os sintomas são semelhantes às demais infeções respiratórias, com o acréscimo de garganta vermelha e pele vermelha ligeiramente áspera.

Todos estes vírus e bactérias transmitem-se através das vias respiratórias, ou seja, através do contacto com gotículas de pessoas infetadas, principalmente por tosse, espirro ou fala, que são inaladas ou pousam na boca, nariz ou olhos de pessoas que estão próximas. Este é o motivo dos infantários se assumirem como sendo uma fonte de contágio, dada a proximidade das crianças e a partilha de brinquedos e outros objetos.

6 RECOMENDAÇÕES PARA PREVENIR

• Hábitos de vida saudáveis, como a prática de desporto ao ar livre;

• Medidas de higiene adequadas, tais como lavar frequentemente as mãos;

• Evicção do fumo do cigarro;

• Alimentação correta e saudável;

• Evicção da permanência precoce em infantários;

• Vacinação em dia.

ALERTA AOS SINAIS E SINTOMAS

• Febre (temperatura retal ≥ 38ºC; temperatura axilar ≥ 37,6ºC; temperatura timpânica ≥ 37,8ºC; temperatura oral ≥ 37,6ºC);

• Obstrução nasal;

• Dores de garganta;

• Dor de ouvidos;

• Tosse, que pode ser acompanhada de rouquidão;

• Dificuldade respiratória.

Revista H 33

e vírus), distribuídos por várias zonas do nosso corpo, como a pele, os pulmões, a boca e o intestino, e que interferem no nosso bem-estar geral.

imunitário, atuando enquanto barreira protetora, alterando o pH e, assim, o ambiente intestinal, produzindo agentes antimicrobianos e mantendo o equilíbrio do organismo,

a homeostasia. Uma microbiota rica e variada compete por alimento com microrganismos patogénicos, evitando assim que estes proliferem e causem doenças. Quando o equilíbrio da microbiota é destabilizado — disbiose — aumenta o risco de desenvolvimento de doenças como as cardiovasculares, hepáticas, respiratórias, Diabetes e cancro.

Probióticos e prebióticos

A dieta alimentar é considerada o principal regulador a curto e longo prazo da microbiota intestinal. Os probióticos são bactérias ou leveduras vivas que, quando ingeridas de forma viável e em quantidades específicas, têm um benefício para a saúde humana devidamente estudado. Alimentos como o iogurte, kefir e outros alimentos fermentados têm propriedades probióticas. Na sua Farmácia Holon pode encontrar suplementos probióticos que contribuem para o seu bem-estar. Já os prebióticos são substratos utilizados de forma seletiva pelos microrganismos e que conferem um benefício para a saúde do hospedeiro. Destaque para as fibras como a inulina, e açúcares como os frutooligossacarídeos, lactulose e galactooligossacarídeos (que podem ser encontradas em alimentos como o trigo, a cevada; a aveia; os espargos, o alho, a raiz de chicória, entre outros). Uma alimentação rica em pre e probióticos atua em duas frentes, mantendo e alimentando uma microbiota diversificada e com um perfil benéfico para a saúde.

MANTER O INTESTINO SAUDÁVEL

— Complemente a toma de antibiótico com a de um probiótico (consulte o seu médico ou farmacêutico);

— Aposte numa alimentação rica em hortofrutícolas;

— Prefira cereais integrais;

— Modere a quantidade de gordura na dieta e opte pelas de origem vegetal (azeite, óleo vegetal, abacate, frutos oleaginosos);

— Modere o consumo de carnes vermelhas, enchidos e gorduras de origem animal.

REFORÇO DA IMUNIDADE

Os antibióticos são uma ferramenta poderosa na luta contra as infeções bacterianas, principalmente nesta altura do ano em que proliferam as infeções respiratórias. Contudo, a toma de antibióticos pode levar à disbiose intestinal. Ou seja, enquanto atuam os antibióticos podem destruir bactérias benéficas como a microbiota intestinal. Um dos sinais desse equilíbrio pode fazer-se sentir quando existem diarreias. Aconselhe-se com o seu médico ou farmacêutico Holon sobre a toma de probióticos, de forma a manter a sua microbiota em equilíbrio e evitar a disbiose.

H 36
Revista
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Aveia adormecida com iogurte, maçã e canela

Informação Nutricional por 1 dose: Valor energético:

275kcal | Proteína: 11g | Gordura: 3g | Hidratos de Carbono:

47g | Fibras: 5g

Modo de preparação:

1. Lave a maçã e rale-a ou corte em pedaços;

2. Misture os restantes ingredientes numa tigela ou frasco;

3. Deixe no frigorífico durante a noite;

4. De manhã retire do frigorífico e disfrute deste pequeno-almoço rápido!

Notas

— Pode ajustar a textura às suas preferências acrescentando mais iogurte ou um pouco de leite ou utilizando iogurte líquido;

— Pode acrescentar a fruta de imediato ou fazê-lo apenas no momento de servir;

— Também pode substituir o iogurte por kefir, outro alimento fermentado e benéfico para a saúde intestinal.

INGREDIENTES (1 porção)

40g de flocos de aveia; 1 iogurte natural magro; 120g de maçã com casca; canela q.b.

DELICADEZA DO IOGURTE

Este alimento, com propriedades probióticas é benéfico para repor e manter uma boa microbiota intestinal. É ainda um alimento com valor nutricional semelhante ao do leite, tem menos lactose e é uma boa fonte de cálcio, potássio, fósforo, magnésio, iodo e zinco.

Revista H 38
> NUTRIÇÃO
MESA
À

> DERMOFARMÁCIA HOLON

ISABEL CONCEIÇÃO Farmacêutica

Ácidos: o ingrediente secreto

Ácido retinóico, ácido glicólico ou ácido ascórbico. Cada tipo de ácido assume uma ação benéfica na sua pele. Ajudamo-la a conhecer as diferentes opções para fazer a escolha certa!

Vários ingredientes têm “ácido” no nome, mas nem todos são agressivos para a pele. O Ácido Retinóico, também conhecido como Tretinoína, é derivado da vitamina

A. Este ácido estimula a produção de colagénio, tem um papel importante na redução de manchas, na iluminação da pele e é também utilizado para o tratamento de acne. Deve ser usado no período noturno. Existe ainda o Ácido Salicílico que promove uma descamação suave da pele, reduz o processo inflamatório, melhora a textura e reduz poros visíveis. Também regula a oleosidade da pele e controla a acne, deixando a pele mais uniforme.

Falar em Ácido Glicólico, derivado da cana-de-açúcar, é sinónimo de propriedades esfoliantes, hidratantes e que atua contra radicais livres. Promove a síntese de colagénio e facilita a penetração de outros ativos na pele. É, por isso, um dos ácidos indicados para cicatrizes de acne, estrias e rejuvenescimento.

Os antioxidantes também podem ser ácidos. Um dos mais conhecidos e patenteados é o Ácido Ascórbico (vitamina C).

Dos inúmeros benefícios destaque para a sua ação sobre os radicais livres — poluição, má alimentação, tabagismo —, o combate ao envelhecimento precoce e o estímulo à produção de colagénio e elastina. Além disso, o Ácido Ascórbico possui ação fotoprotetora, deixando a pele mais luminosa.

Quem tem a pele sensível pode usar?

O Ácido Hialurónico, produzido pelo próprio organismo, mantém a pele elástica e hidratada. Com o tempo, a produção deste ácido vai diminuindo e a sua reposição é essencial para evitar rugas e flacidez. Este ácido destaca-se por manter a hidratação, trazer mais vigor e recuperar a densidade da pele. Não tem qualquer propriedade esfoliante, podendo ser usado mesmo por pele mais sensível.

Apesar de descamarem com maior facilidade e ficarem reativas com maior frequência, as peles sensíveis podem utilizar ácidos na rotina de cuidados com o rosto. Contudo, é preciso optar pelos produtos correto e ter atenção à frequência de uso, a qual deverá ser otimizada conforme a tolerância da pele.

AS ROTINAS DA SUA PELE

O hábito de limpeza facial e o uso de protetor solar são rotinas básicas a incluir nos cuidados da pele. É que, mais do que nunca, o uso de ácidos exige cuidado redobrados. Lembre-se: a limpeza é necessária tanto para remover impurezas, antes de aplicar o ácido, como para remover vestígios do produto na manhã seguinte.

Revista H 40

Dormir melhor é natural!

O sono é uma das bases para um estilo de vida saudável, com ganhos em saúde. Deixamos algumas dicas de como poderá valorizar o seu descanso.

Revista H 43
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HOLON CUIDA

Qualquer que seja a idade, o sono deve ser sempre respeitado no que ao número de horas e qualidade diz respeito. Dependendo da faixa etária, o tempo de sono diário vai diminuindo da criança até ao adulto. Nos primeiros dois anos de vida, o número de horas recomendado varia entre 11 e 17 horas diárias; dos 3 aos 5, são recomendadas 10 a 13 horas de sono diárias; dos 6 aos 13 anos, 9 a 11 horas são consideradas suficientes; dos 14 aos 17 anos recomenda-se 8 a 10 horas por noite. A partir dos 18 anos, o tempo recomendado fixa-se nas 7 a 9 horas de sono por noite. Estas variações devem ter em conta a qualidade do sono praticado, que depende de vários fatores:

Idade: após os 50 anos, as pessoas tendem a passar mais tempo em fases do sono superficiais do que nas profundas, o que faz com que o sono seja mais leve e com um maior número de despertares noturnos. Também demoram mais tempo a adormecer e têm um sono mais fragmentado;

PARA UMA BOA NOITE DE SONO

• Dormir as horas recomendadas para a sua idade;

• Manter o número de horas de sono ao fim de semana;

• Tentar adormecer e acordar todos os dias à mesma hora;

• Evitar a luz ao final do dia, mas privilegiar a claridade ao amanhecer;

• Evitar a utilização de dispositivos eletrónicos 1 a 2 horas antes de deitar;

• Evitar o consumo de álcool e tabaco.

Luminosidade: está comprovado que a exposição à luz azul, emitida pelos ecrãs de telemóveis, computadores ou televisões, influencia a produção de melatonina, a hormona do sono, inibindo a sua produção. Isto faz com que se demore mais tempo a adormecer e que ocorram mais insónias;

Ansiedade e depressão: os estudos mais recentes afirmam que o stress, a ansiedade e a depressão estão positivamente correlacionados com a qualidade do sono. Por norma, a depressão está mais associada a insónias e a ansiedade, por sua vez, a uma maior dificuldade em adormecer.

Nem sempre é possível conseguirmos um sono reparador só com medidas não farmacológicas, sendo necessário recorrer a substâncias naturais que nos ajudam a melhorar a qualidade do sono. São já vários os medicamentos e suplementos naturais indicados para tal, com algumas substâncias chave, tais como a melatonina (reduz o tempo necessário para adormecer), a valeriana (combate a insónia e reduz os níveis de ansiedade e stress), a camomila (reduz os despertares noturnos) ou a passiflora (proporciona um sono mais reparador). Desta forma, consegue-se potenciar os benefícios do sono e melhorando significativamente a nossa qualidade de vida!

AVALIE A QUALIDADE DO SEU SONO!

Encontram-se disponíveis questionários que nos ajudam a avaliar a qualidade do nosso sono, como é o caso do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, do inglês Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). Este questionário de autorresposta tem aplicações clínicas e não clínicas, e pode ajudar a identificar as principais áreas em que o nosso sono é ou não perturbado. Pode ser encontrado em:

https://ics.lisboa.ucp.pt/system/files/assets/files/ instrucoes-psqi-pt.pdf

Revista H 44

> MONTRA EM DESTAQUE

Holderma Creme Hidratante 500g

O Holderma Creme Hidratante 5OOg é um cuidado hidratante de uso diário, adequado para o cuidado da pele seca e sensível de toda a família, incluindo bebés a partir dos 6 meses. A sua formulação simples, segura e eficaz dispõe como ingredientes chave o Pantenol, que aumenta a síntese de lípidos epiteliais, potenciando a regeneração da barreira cutânea e a Glicerina que possui propriedades hidratantes, emolientes e protetoras.

Reumon Dor de costas?

Reumon Loção, graças à sua consistência fluida é fácil de espalhar e ótimo para massajar em zonas extensas. Reumon, com a substância ativa etofenamato, é um anti-inflamatório para uso tópico, indicado para alívio da dor muscular e articular. A aplicação deve ser feita 3 a 4 vezes por dia, acompanhada de massagem. A duração do tratamento pode variar entre 3 a 4 semanas, de acordo com a situação clínica. Folheto informativo com informação detalhada em www.aliviodador.pt .

Nytol

Nytol® é um medicamento não sujeito a receita médica, de venda exclusiva em farmácia, que atua de forma rápida* contra as insónias, ajudando a adormecer mais rápido*, a ter uma melhor qualidade de sono e a sentir-se no seu melhor ao acordar.

Saforelle

Especialista em cuidado íntimo há 30 anos, a gama Saforelle® é desenvolvida em parceria com ginecologistas e dermatologistas e todos os produtos têm eficácia comprovada com base em ensaios clínicos ou avaliações realizadas por profissionais de saúde e consumidores. A BARDANA é o principal ingrediente natural no coração de todos os produtos Saforelle®, e é conhecida pelos seus benefícios calmantes e suavizantes. Recomendar Saforelle® é escolher uma combinação de eficácia e tolerância.

Revista H 46

> FARMÁCIA ATUA

Natal sobre rodas

A Farmácia Holon Covilhã e Fundão, em conjunto com o Moto Clube Lobos da Neve, alegrou o Natal dos utentes de 25 IPSS da Covilhã. Ao longo do mês de dezembro, mais de 900 idosos receberam a visita do Pai Natal, a quem se juntou um grupo de acordeonistas, motares, farmacêuticos e voluntários que quiseram fazer parte deste projeto. «Queremos ajudar a combater a solidão, permitindo que todos possam viver e sentir a magia do Natal», reforça Andreia Martins, Gestora de Responsabilidade Social. Este projeto teve início em 2021 e, a forma como foi recebido pela comunidade, levou as Farmácias Holon da Covilhã e Fundão a repetir a iniciativa.

Farmácia Palmeira, apelo sustentável

A atuar de uma forma sustentável, a Farmácia Palmeira, em Torres Novas, marcou presença no Centro Escolar Visconde São Gião para falar do sistema VALORMED. Sob o mote “Educar para o Futuro”, a sessão decorreu no passado dia 26 de setembro (Dia do Farmacêutico) e contou com a presença de 75 estudantes. As farmacêuticas Inês Jesus e Joana Rocha tiveram a oportunidade de falar sobre a necessidade de separar e juntar as embalagens e medicamentos fora de uso e de prazo e, no fim, entregá-las num ponto de recolha, ou seja, na sua farmácia. Esta sessão foi ainda uma oportunidade de estar mais próximo da comunidade e potenciar boas práticas do uso do medicamento.

Caminhar pela saúde

Como vem sendo tradição, a Farmácia Lopes, em Barroselas, promoveu uma Caminhada de Natal. O dia 18 de dezembro foi o escolhido e nem a chuva intimidou as mais de uma dezena de pessoas que se reuniram no Largo da Feira! «Além de ser um tipo de exercício físico simples e completo, ajuda a combater o sedentarismo, promove o contacto com a natureza, eleva a competência cardiovascular e ajuda a prevenir várias doenças», reforça a equipa da Farmácia. Porque uma boa notícia nunca vem só, em simultâneo, a farmácia convidou todos a participar num Giveaway promovido na sua página de Facebook.

Farmácia Roldão no “Hospital da Bonecada”

A Farmácia Roldão, em Vila Franca de Xira, marcou presença em mais uma edição do Hospital da Bonecada. No passado dia 19 de novembro, mais de 1700 crianças entre os 3 e os 10 anos, juntaram-se no pavilhão multiusos e tiveram oportunidade de entrar nas brincadeiras dinamizadas com o intuito de erradicar o medo da ‘bata branca’ e contribuir para a promoção de estilos de vida positivos, alimentação saudável, não esquecendo os temas relacionados com a sustentabilidade ambiental. A Farmácia Roldão, marcou presença através da doação de produtos com o selo de qualidade Holon, e com a simpática presença da mascote, o Mimos, que fez as delícias dos mais novos.

Prevenir contra o tabagismo

No Dia Mundial do Não Fumador, 17 de novembro, a Farmácia Almancil foi à escola EB Dr. António de Sousa Agostinho. No âmbito do projeto “Escola e o Tabagismo” a Técnica Joana Lopes falou com os alunos, numa conversa informal, sobre a prevenção e malefícios do tabagismo. Os cerca de 70 alunos estiveram muito recetivos e participaram ativamente com questões e opiniões. Os docentes deixaram o desafio para que, em 2023, mais turmas fossem abrangidas pelo Projeto.

Revista H 48

Falar sobre sexualidade

A Farmácia BPlanet deslocou-se à Escola Secundária do Pinhal Novo para falar com os alunos do 3.º ciclo (9º ano e uma turma do 8º) sobre sexualidade, métodos contracetivos e Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST). A palestra, conduzida por Pedro Inácio (Farmacêutico Adjunto), Jorge Fresco (Farmacêutico) e Jéssica Caeiro (Técnica Auxiliar de Farmácia), permitiu elucidar e esclarecer sobre a importância da contraceção, para além de ter ajudado a promover o papel do farmacêutico como conselheiro para a saúde, a quem podem e devem recorrer sempre que necessário. No final, foram distribuídos preservativos e um guia de apoio aos métodos contracetivos a todos os 184 participantes.

FARMÁCIA HOLON Campo Grande (Lisboa)

Rastreios de Saúde em Unidade Móvel — Lumiar

• 27 fevereiro — Rua Alexandre Ferreira 53, 14h30–16h30

• 20 março — Rua Prof. Fernando de Mello Moser, Parque de estacionamento, 10h–12h30

FARMÁCIA HOLON BPlanet (Barreiro)

Workshop Cuidados Seniores — Prevenir infeções no Idoso

Centro de Reabilitação Sénior Arte de Sorrir

16 fevereiro, 10h

Caminhada Saudável Interjecional com Atividades

Parque da Ribeira, Quinta do Conde

21 março, horário a definir

FARMÁCIA OEIRAS FIGUEIRINHA (Oeiras)

Workshop Leitura de Rótulos Alimentares

1 março, 18h–19h

Sessão Cuidados Diários da Pele do Rosto com Rastreio Dermatológico

30 março, 15h–16h

FARMÁCIA ALMANCIL (Almancil)

Rastreios de Glicemia e Hipertensão Arterial e Aconselhamento Farmacêutico

Esteval (Tv. das Palmeiras)

Quinzenalmente a iniciar dia 02/02/2023, às quintas-feiras, 9h30–13h

Dia dos Reis na farmácia

No passado dia 6 de janeiro, a Farmácia Morais Soares assinalou o Dia de Reis com a comunidade da freguesia de Arroios. Neste dia, quem passou junto à farmácia pode ouvir cantar as Janeiras pelo Coro Grupo de Cantares “Os Magníficos”. Um momento de confraternização que se estende para o interior da farmácia, onde os utentes foram convidados a beber um chá e experimentar uma receita preparada pela equipa do Serviço de Nutrição Holon, tendo ainda a oportunidade de levar a receita para casa.

Revista H 49
> CALENDÁRIO
49

> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE Refood

Na missão de mudar o mundo

Um acaso que deu lugar a um dos projetos de ação social mais importantes nascidos em Portugal. A Refood foi criada para reaproveitar as sobras dos restaurantes, distribuindo-as a pessoas necessitadas.

Aideia de criar o projeto Refood nasceu de uma «epifania» num restaurante de Lisboa. O norte-americano Hunter Halder jantava com a filha quando surgiu a questão do destino que seria dado à comida que sobrava. Nesse momento, percebeu que era possível alterar o destino desse desperdício. Como conta à Revista H, em poucos dias, Hunter

Halder escreveu um esboço e lançou os alicerces do projeto Refood. A 9 de março de 2011 a cidade de Lisboa ganhou um novo protagonista da ação social independente, assumindo como imagem de marcar percorrer a cidade numa bicicleta recolhendo e distribuindo comida de porta a porta.

Revista H 50
Revista H 51

> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

Assim, surge a «missão de uma vida»: recolher a comida não servida nos restaurantes ou pastelarias e fornecê-la a pessoas com necessitadas. Inicialmente uma ideia, hoje o projeto Refood conta com o apoio de diversas entidades públicas e privadas e dispõe de núcleos em vários pontos do país.

Desperdício, zero

«Ajudar as pessoas mais necessitadas», pondo-lhes comida na mesa, «dando-lhes dignidade». Quando deu início ao projeto, o objetivo de Hunter Halder era claro: fazer da cidade de Lisboa a primeira cidade do mundo sem desperdício alimentar e sem fome.

Se no início eram “algumas dezenas de refeições”, hoje, a Refood, está ativa em todo o país, resgatando centenas de milhares de refeições e distribuindo por quem mais precisa. «Estes anos estão a ser uma maravilha. Têm sido os anos da minha vida que mais sentido estão a fazer» diz Halder ao lembrar o apoio que tem recebido, «completamente feliz com a resposta de tantas pessoas que fizeram a Refood crescer. Um projeto que começou com um “tipo meio maluco numa bicicleta” que se transformou numa instituição nacional com milhares de voluntários, servindo dezenas de comunidades», continua o responsável.

Ao fim de seis meses de atividade, ainda em 2011, o Movimento Refood via o seu primeiro reconhecimento público. Um em muitos que, todos os dias, motiva os voluntários envolvidos e ajudam a dar visibilidade ao projeto.

As sobras que não sobram

Atualmente, a Refood tem dezenas de núcleos espalhados em cidades do país, 20 deles em Lisboa. O objetivo continua a ser o de lutar contra o desperdício alimentar, transformando «bons alimentos que iriam parar ao lixo em alimentação de qualidade». Hunter Halder resume a missão com três verbos: resgatar a comida, alimentar as pessoas e incluir a comunidade. Nos últimos anos, a força da pandemia obrigou a Refood a reinventar-se. O fecho dos restaurantes alterou o paradigma da recolha e distribuição de alimentos às pessoas mais carenciadas. «Os restaurantes eram a base principal da nossa fonte de comida excedentária e, ao fecharem, vieram alterar completamente o contexto da comida desperdiçada», explica. Com esta alteração conjuntural, a Refood começou a fazer a recolha de alimentos junto de supermercados e de refeitórios que continuaram a trabalhar, bem como no setor da hotelaria, autarquias e outras associações.

Resposta em tempos de crise

Em 2021, a Refood alimentou, «com apoio de todos», quase 7500 beneficiários. Sete mil voluntários que andaram a distribuir alimentos reaproveitados «que foram transformados em boa nutrição». No fim, o ambiente também ganha: menos 1000 toneladas bio resíduos.

Hunter Halder avalia que a atual situação económica no mundo, e em Portugal, vai aumentar as necessidades. «No tempo de pandemia, o Governo português tomou algumas medidas para esbater o embate da crise pandémica. Mas, agora, começamos a notar que há um sentimento de “cada

um por si”, o que faz com que as pessoas já não possam contar tanto com as ajudas estatais», lamenta.

Ainda assim, o fundador da Refood garante que o desafio (e sonho de vida) vai continuar enquanto existir necessidade de ajudar. Não só em Portugal, mas também nos núcleos no estrangeiro, em Itália, Espanha, nos Estados Unidos e no Brasil. «A Refood aspira a um mundo novo, onde todos têm a comida de que necessitam; onde os alimentos produzidos são antes de mais para alimentar as pessoas; e onde os cidadãos participam ativamente na gestão dos preciosos recursos da comunidade», destaca. «A internacionalização vai ser um tema da próxima década», assegura o empreendedor social que quer «conquistar o mundo» com o projeto nascido em Portugal.

Revista H 53

> HOLON ATIVA

Nesta edição da Revista H trazemos novos jogos que vão ajudar a manter o seu cérebro mais ativo e saudável. Aceite os desafios.

1. Sopa de letras

Descubra as 6 palavras, na horizontal e diagonal, relacionadas com Saúde e Bem-estar.

Y N C U I D A R E K B T I D X G H T E

V B X U F E P R O B I Ó T I C O S O N

D F Y F A R F R H D C V E I Ã T N U R

R M N C U J Y P S T D X F W R U P I U

I V I H A D I F J I H C M R I R S W S

M Y Y C F T S W U A U P W X H V C A U

W V A K R V P R E S E N D Ç B V E U F

H E J B Q O R Q Ç X I A Ç S Y O L Z P

L K A N T I B I Ó T I C O S D H F B D

X D N D U C A I B J A S I H O K B X M

T M K Ç I Q K E O N R O J Z H B E J I

L E V R L Y S M K T S J Ç V H E U Ç D

H Q I C G E F W V D A A B D M G I T E

V E F E B U G M O V P R Q Ã W D M Q F

U V M E D I T S M A G N É S I O B A S

C O S C L N H W D L U J P K A H C U I

A R U B T X I E U Y W P M H O Y U G E

N U D S H F M V I P F R N T X S V D N

Y H J T B U L H I D R A T A Ç Ã O C O

Solução

Revista H 54
2. Sudoku
Microbiota  Hidratação  Magnésio  Probióticos  Antibióticos  Cuidar
1. 2.
Y N C U I D A R E K B T I D X G H T E V B X U F E P R O B I Ó T I C O S O N D F Y F A R F R H D C V E I Ã T N U R R M N C U J Y P S T D X F W R U P I U I V I H A D I F J I H C M R I R S W S M Y Y C F T S W U A U P W X H V C A U W V A K R V P R E S E N D Ç B V E U F H E J B Q O R Q Ç X I A Ç S Y O L Z P L K A N T I B I Ó T I C O S D H F B D X D N D U C A I B J A S I H O K B X M T M K Ç I Q K E O N R O J Z H B E J I L E V R L Y S M K T S J Ç V H E U Ç D H Q I C G E F W V D A A B D M G I T E V E F E B U G M O V P R Q Ã W D M Q F U V M E D I T S M A G N É S I O B A S C O S C L N H W D L U J P K A H C U I A R U B T X I E U Y W P M H O Y U G E N U D S H F M V I P F R N T X S V D N Y H J T B U L H I D R A T A Ç Ã O C O 8 2 4 7 7 6 8 4 7 6 1 2 5 9 6 7 1 3 6 4 4 2 8 7 5 1 3 9 2 9 5 4 6 4 2 1 8 2 4 9 1 3 5 6 7 3 1 5 7 6 2 8 9 4 9 7 6 4 8 5 1 2 3 5 3 9 1 2 4 6 7 8 1 8 7 3 5 6 9 4 2 4 6 2 8 9 7 3 5 1 6 4 1 2 3 9 7 8 5 2 9 8 5 7 1 4 3 6 7 5 3 6 4 8 2 1 9

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