22 JANEIRO 2009 Quinta-feira Edição nº 9 | Quinzenal Agenda Cultural Faialense DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
FAZENDO Boletim do que por cá se faz.
Menos betão, mais Cultura.
#2
COISAS... compostas FICHA TÉCNICA
A cronicazinha...
2009: o ano de (quase) todas as eleições
Ainda mal recuperados dos 53% de abstenção das mais recentes eleições regionais e já os partidos (e certamente também o povo) açorianos se andam a preocupar com a abundância de eleições que 2009 nos trará: autárquicas, legislativas e europeias. Pessoalmente preocupa-me que novamente fiquem em casa mais de metade dos eleitores destas invictas ilhas, qual a representatividade real de políticos eleitos por metade dos votos? Se já metade dos eleitores optou por não votar e metade dos que votaram optaram por votar em partidos da oposição, na prática três quartos dos eleitores (a maioria, portanto) não votaram nos políticos que, bem ou mal, a todos nós representam e sobre o nosso dia a dia decidem. Pode indicar-se que é falta de prática democrática, afinal Portugal passou de monarquia para uma ditadura republicana, desta para uma ditadura militar seguindo-se o Estado Novo e por fim, só por fim, o actual regime considerado democrático – embora
Tertúlia Cultural FAZENDO ao vivo Tertúlia Artística Para Angariação de Fundos
Pintura Música Poesia Vídeo
Apoie este projecto. Exposição de pintura durante todo o dia. Restantes actividades a partir das 22h00.
Sábado, 24 de Janeiro na
com algumas falhas. Pode ser que nos esteja nos genes, por habituação, o costume de deixar que outros decidam por nós, o hábito de confiar que quem está lá em cima, no poder, zele pelos nossos melhores interesses e possamos viver o dia a dia sem grandes preocupações a nível político. Se o panorama açoriano, no que diz respeito ao eleitorado, deixou a desejar a verdade é que em matéria de partidos (e recordo que temos inclusive um partido cuja sede nacional é nos Açores: o Partido Democrático Açoriano) estamos bem representados, praticamente todos os partidos nacionais têm delegações regionais, salvo talvez os PNR, POUS e PH. A pluralidade saiu reforçada das eleições regionais com o regresso do PCP e as estreias do PPM e do BE na Assembleia Regional demonstrando que o trabalho contínuo e persistente acaba por dar frutos, algo que talvez o PDA e o MPT pudessem aplicar uma vez que o eleitor comum se depara com estes partidos apenas nos períodos eleitorais… A blogosfera, creio eu, também ocupou uma
posição determinante já que, curiosamente, os diversos candidatos optaram por manter blogues mais ou menos activos durante o período eleitoral, alguns já anteriormente activos e outros dedicados exclusivamente às eleições. Se bem que há algo que me conforta na política açoriana: a capacidade de diálogo. Recordo, da minha juventude mas também reconfirmado em conversa que ouvi do Dr. Victor Hugo Forjaz, o facto de políticos e partidários de todos os quadrantes da política açoriana – dos extremos ao centro – terem a capacidade de se sentar à mesa e discutirem sem a animosidade e ataques pessoais que por vezes testemunhamos na arena política continental. A ver vamos se os faialenses optam por fazer valer o seu direito ao voto em 2009, e contra mim falo já que durante anos fui também desse partido da abstenção.
Flávio Gonçalves
No próximo Sábado, dia 24, o Fazendo organizará uma tertúlia cultural. Esta tertúlia terá como objectivo principal a angariação de fundos, fundos estes que viabilizarão a continuidade desde projecto. Para além disto, este evento visa incitar o crescimento do espiríto comunitário subjacente ao funcionamento deste jornal, como também, pretende que da interacção entre os vários colaboradores, leitores e interessados resultem discussões construtivas acerca do estado da arte, da ciência, da política e tudo o mais daquilo que decorre na nossa terra. Este evento terá início pela tarde deste mesmo dia com a exposição colectiva de diferentes trabalhos de vários artistas locais, maioritariamente daqueles que colaboraram no Fazendo até então. Alguns destes trabalhos poderão ser adquíridos em leilão por qualquer pessoa interessada - o lucro destes obtido será uma contribuição para este projecto. Pelas 22h00 dar-se-á início a uma pequena sessão de poesia seguido de um concerto em formato “Jam Session” em que todos os músicos são convidados a participar. O evento contará ainda com uma instalação de vídeo. Pretendemos com esta tertúlia promover o valor deste jornal na nossa pequena cidade e estimular a participação de todos na sua construção e desenvolvimento. Esperemos vê-los a todos no espaço CASA pois sem leitores um jornal não tem propósito. Assim, mais uma vez, fazendo. *O consumo de qualquer produto disponível no bar deste local é já uma pequena contribuição para este projecto. Para mais informações consulte: http://fazendofazendo.blogspot.com
A Direcção
http://fazendofazendo.blogspot.com
Chegadas, Arrivals, Arrivées... NOME: Vassil Slipchenko manhã arranjo peixe, à tarde vou para o quinIDADE: 52 tal, faço agricultura - tenho clientes. Em Junho, ORIGEM:Kiev, Ucrânia Julho, Agosto, sou cozinheiro no Capitólio... DATA DE CHEGADA: 2001 PROFISSÃO:faço tudo, na Ucrania Até quando? era militar Enquanto tenho força e trabalho. Quando eu CASA: alugada ficar doente, não estiver bem e não tiver força, Porque veio?
volto para Ucrânia.
Melhor trabalho em Portugal. Na Ucrânia há pouco trabalho, por causa da economia. Fábricas fechadas, tudo fechado. Tenho reforma da Ucrânia: 350 dólar américa. Fui militar durante 26 anos. Aos 45 anos é reforma. No continente a segurança social disse que aqui havia trabalho. Telefonámos antes e mulher e filho vieram. Depois eu.
Porque ficou?
Vida é normal... Tenho dinheiro, tenho trabalho mais ou menos. Trabalho por conta própria. De
Aqui o tempo é melhor que na Ucrânia - lá muito frio. Aqui menos problemas com a vida. Não sei como é no Pico ou noutras ilhas, mas aqui há trabalho. E não quero mais! Tenho trabalho e tenho dinheiro! É isso, posso ajudar a minha família na Ucrânia. Tenho lá uma filha, nora, neta. Precisam de ajuda. Todos os meses envio dinheiro. Sabes que a comida na Ucrânia é mais cara do que aqui? Há dois anos era mais barata, agora duas vezes mais cara.
FAZENDO Isento de registo na ERC ao abrigo da lei de imprensa 2/99 de 13 de Janeiro, art. 9º, nº2. DIRECÇÃO GERAL Jácome Armas DIRECÇÃO EDITORIAL Pedro Lucas COORDENADORES TEMÁTICOS Catarina Azevedo Luís Menezes Luís Pereira Pedro Gaspar Ricardo Serrão Rosa Dart COLABORADORES Ana Correia Aurora Ribeiro Ecoteca/OMA Flávio Gonçalves João Gama Monteiro GRAFISMO E PAGINAÇÃO Vera Goulart veragoulart.design@gmail.com ILUSTRAÇÃO CAPA Tomás Silva http://ilhascook.no.sapo.pt PROPRIEDADE Jácome Armas Pedro Lucas SEDE Rua Rogério Gonçalves, nº18, 9900-Horta PERIODICIDADE Quinzenal Tiragem_400 IMPRESSÃO Gráfica O Telegrafo, De Maria M.C. Rosa CONTACTOS Vai.se.fazendo@gmail.com http://fazendofazendo.blogspot. com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Costuma ir à Ucrânia?
Todos os anos vou. Agora em Fevereiro vou outra vez. Mãe morreu segunda feira, telefonaramme ontem. Mas tenho muito trabalho não posso ir já. Vou em Fevereiro fazer missa dos 40 dias. Esta semana compro bilhetes. Vou dia 17, faço missa dia 21.
O que há no Faial que não há em mais lado nenhum?
Aurora Ribeiro http://ilhascook.no.sapo.pt
Tomás Silva “Estas ilhas são Portuguesas”
Cinema e Teatro
DESCULPA PÁ PIPOCA
A Valsa com Bashir Dizem que é uma espécie de filme documentário animado. Verdadeiramente original. Uma obra-prima. Um clássico do amanhã. É um filme sobre o ser profundo do que é ser humano, o ser profundo e os seus tormentos, a memória e a falta dela, com a notável realização de Ari Folman. Um filme cuidado, feito por um processo narrativo de recuperação e exorcismo da memória que se conclui com todo o horror cru e difícil de se apagar. Um filme que nos fala dos quatro cavaleiros do apocalipse que nos ameaçam. A crise financeira, a recessão económica, os constrangimentos sociais, o aumento de situações críticas para os direitos económicos e sociais, a crise ambiental, as alterações climáticas com as emergências daí resultantes que são a escassez de recursos e as deslocalizações em massa, o fanatismo, todos os fanatismos que vão desde os do Vaticano, aos do islamismo, do sionismo, ao extremismo hindu, que passam por outros de raça, clubes ou seitas, e finalmente o 4º cavaleiro que junta normalmente esses três, que é a guerra. A luta pela defesa dos direitos mais básicos, também passa por este filme, o reconhecimento que no fundo de cada um, há a esperança e compaixão, mesmo ofuscada, pelo fanatismo e a intolerância. A luta por direitos que passa por uma intervenção titânica e participativa de empenho político na resolução de problemas humanitários, que passam pela construção de caminhos de dialogo, sem cedências que estruturem um caminho de paz e responsabilidade. Não é fácil um filme animado, dizer o que este diz, visto não se tratar de uma fita num registo convencional. É um documentário desenhado, não filmado. Um filme para ser visto com atenção. Tão cedo, não veremos um trabalho cinematográfico tão imaginativo, invulgar e poderoso. “Tempos tristes vão vivendo, dizei o que sentis e não o que tendes a dizer.” Luís Pereira
Já foi visto...
À VISTA “Esta Noite” Uma película de Werner Schroeter
Com produção de Paulo Branco, rodado em Lisboa e Porto em 2008, é um filme que nos fala de uma personagem que dá pelo nome de Ossorio, de 40 anos, que sai de um comboio na Estação de Santamaria por entre uma multidão de refugiados e soldados. É numa cidade sitiada que este resistente em fuga tenta reencontrar antigos aliados e aquela que ama. Enquanto uma milícia aterroriza a cidade, cada um procura salvar a própria vida e os amigos já não têm o mesmo discurso. Um drama do realizador alemão Werner Schroeter, de 64 anos, autor de ‘Der Rosenkonig - O Rei das Rosas’ (1986) e ‘Deux - Dois’ (2002). ESTA NOITE ‘Nuit de Chien’, é uma adaptação do romance ‘Para esta Noche’ do uruguaio Juan Carlos Onetti. Mais informações no sítio oficial em: http:// www.nuit-de-chien.com/ L.P.
“Aurora”
Um filme de F. W. Murnau
“Os Três Macacos”
Uma película de Nuri Bilge Ceylan Com uma surpreendente direcção de actores este filme de Nuri Bilge Ceylan, esta produção de 2008, falanos de uma família desmembrada por força de pequenos segredos que se tornam em enormes mentiras e que tenta desesperadamente permanecer unida e recusar-se a aceitar a Verdade. Para evitar fazer face a pesadas provas e responsabilidades, eles escolhem ignorar a Verdade, e recusam ver, ouvir ou falar sobre ela, como na fábula dos Três Macacos. Mas evitará este jogo o confronto com a Verdade? O melhor mesmo, é ver o filme quando cá chegar. Para já, vale a pena dar uma vista e olhos em: http://www.nbcfilm. com/3maymun/3maymun.php?mid=1
L.P.
Decorria o ano de 1927, quando um dos expoentes máximos do Expressionismo Alemão foi convidado pela Fox para realizar o “AURORA”. Foi para mim, gratificante e emocionante, rever este filme, em grande ecrã, no Cine Teatro Faialense, a 4 de Abril de 2006. Baseado no romance de Herrman Suderman, Viagem a Tilsit, é um filme que contém elementos que fizeram deste trabalho cinematográfico, um dos movimentos mais interessantes da época muda do cinema. Eis a trama da fita: “Seduzido por uma moça da cidade, um fazendeiro tenta afogar sua mulher, mas desiste no último momento. Esta foge para a cidade, mas ele a segue para provar o seu amor.” A história é simples, e possui uma linha de desenvolvimento bastante irregular. Enquanto somos presenteados com uma cena incrivelmente tensa no acto inicial, quando o marido tenta matar a sua esposa, afogando-a, a pedido da sua amante (o suspense é simplesmente perfeito), minutos depois estamos a ver uma cena do mesmo marido correndo atrás de um porco num parque de diversões, no melhor estilo de Chaplin. Genial! A primeira parte do filme é deveras sensacional, com uma sequência tensa e assustadora. Os cenários são densos, escuros, aterradores, como o Expressionismo declarava que deviam ser. Em todo o filme há sombras, e mesmo o parque de diversões possui um aspecto que lembra um lugar aterrador, ainda que de uma forma quase subliminar. É uma mistura de géneros que utiliza a técnica do verdadeiro expressionismo alemão. A arte de Murnau, surpreende-nos pela sua capacidade de conduzir, através de um jogo de imagens, a algo que está acima de toda imagem e mesmo acima de nossa capacidade de expressão em palavras. O tema de “Aurora”, é o jogo entre as decisões humanas, as forças da natureza e a misteriosa providência, que tudo ordena sem alterar a ordem aparente das coisas, sem produzir acontecimentos de ordem ostensivamente sobrenatural, e jogando apenas com os elementos naturais. Um filme para ser visto numa destas noites de inverno insular. Só, ou acompanhado… Deve ser visto e revisto. Um dos meus filmes predilectos.
L.P.
#4
COMICHÃO NO OUVIDO
Música
António Bulcão no Teatro Faialense É professor, advogado, escritor, e às vezes músico. Comemora este mês meio século de vida, e tocará no Teatro Faialense no dia 30 de Janeiro, acompanhado de um elenco de luxo (Luís Bettencourt, Manuel Rocha, Ricardo Dias, Manuel Freire, José e Carlos Medeiros). Ele é António Bulcão, Faialense de gema, e é o entrevistado deste número, onde vamos descobrir um pouco mais do homem por detrás das palavras e das notas. Fausto - Desvenda-nos um pouco do que será o concerto de dia 30 deste mês no Teatro Faialense António - Será, sobretudo, uma reunião de amigos e afectos, com uma causa nobre, já que a receita reverterá para ajuda a uma família carenciada da Horta. Além disso, sendo faialense, nunca dei um concerto desta dimensão aqui na minha ilha, contando com a presença de Manuel Freire, Ricardo Dias, Manuel Rocha, Luis Bettencourt, José Medeiros e Carlos Medeiros. Será, então, apenas uma partilha da minha e da música destes amigos de longa data. F - Sucintamente, como descreves a tua carreira musical? A - Toquei nos então chamados “conjuntos de baile”, participei em Festivais de Música em Portugal e no estrangeiro, fundei alguns grupos como “Toques” e “Cantinho da Terceira”, gravei um cd com as minhas canções e não perco a oportu-
nidade para tocar música com os meus amigos sempre que posso.
sobretudo ao nível da produção e divulgação do muito que já se vai fazendo.
F - Que experiências ao nível da música ainda não fizeste e gostarias de vir a realizar? A - Gostaria, sobretudo, de aprender. Sou apenas um trovador, que gosta de escrever e compor melodias que prolonguem o sentido das palavras. Gostaria muito de aprender a tocar piano, para alargar horizontes ao nível da composição e poder participar em experiências musicais mais arrojadas.
F - O que mudarias já na cultura Faialense? A - Se me pedissem uma sugestão os que mandam, construiria ou aproveitaria espaços existentes e desaproveitados para instalar uma Oficina de Artes, que juntasse no mesmo espaço quem gosta e se dedica à Música, ao Teatro, à Fotografia, à Escultura e à Pintura. A reunião de toda essa gente no mesmo espaço seria importantíssima para a solidificação daquele espírito de fazer de que falei atrás.
F - Diz-nos alguns músicos e escritores que te tenham marcado definitivamente, e até que ponto eles influenciaram aquilo que fazes, tanto ao nível da escrita como da música? A - São muitos quer os escritores quer os músicos que influnciaram a minha escrita e a minha música. Na literatura, sou um leitor compulsivo, sendo dificil enumerar todos os mestres dos quais colhi ensinamentos. Mas são incontornáveis, Saramago, Cardoso Pires, Garcia Marquez, Kundera, Sepúlveda e Marguerite Yourcenar. A nível musical, sem dúvida José Afonso, Sérgio Godinho, José Mário Branco e Jorge Palma, apenas para referir alguns e do nosso País. F - Como descreves o panorama cultural actual do Faial? A - Começa a notar-se um certo “vento bom”, a criação de um espírito de criar, sobretudo a nível musical, com o aparecimento de bastantes grupos com vontade de fazer. Isso é o importante, embora não seja de descurar a necessidade de ouvirmos e aprendermos sempre mais com músicos “de fora”. Para além disso, tem sido notório um crescimento do número de eventos ao mais variado nível, numa ilha que durante muitos (demasiados) anos, esteve quase em hibernação. Mas creio estarmos no rumo certo, embora com correcções a introduzir,
F - Qual é o sítio onde mais gostarias de tocar? A - Já tive a honra de tocar na Aula Magna, um sonho realizado, assim como nas Expo de Sevilha e de Lisboa, assim como na Festa do Avante. Como não tenho carreira musical no sentido mais conhecido do termo, gosto sempre de tocar no sítio onde vou tocar a seguir. Logo, no Teatro Faialense, onde cresci a ver cinema, a fazer teatro, a tocar música. F - Inevitavelmente, a pergunta do costume: e projectos para o futuro? A - Vou fazer 50 anos este mês. O futuro é cada minuto que vier a seguir a este. Se puder viver muitos mais anos a partilhar humildemente com os outros as coisas que faço, já me devo sentir um privilegiado. Fausto
Já foi ouvido...
À DESCOBERTA
APETITE FOR DESTRUCTIO N Guns N’ Roses 1987
Chinese Democracy Guns N’ Roses 2008
Depois de um jejum prolongado, os Guns N’Roses estão novamente aí com toda a pujança a que outrora nos habituaram. Chinese Democracy ainda está quente, após ter saído do grande forno discográfico no final do ano passado. Os media chineses sob o controlo do estado consideram-no um ataque à nação, e já boicotaram a sua comercialização. Bastante elaborado, este trabalho tem também algo de experimental, uma vez que os poderosos riffs de guitarra deram agora lugar a uma experimentação electrónica que foge um pouco ao universo a que nos habituaram. Mas a energia continua lá, assim como a inconfundível voz de Axel Rose, primeira referência da sonoridade da banda. F.
F - Ao longo da tua carreira, o que aprendeste com a música? A - Com a Música aprendi sobretudo que sou muito pequeno, e que se a harmonia que é co-natural imperasse no Mundo, tudo seria mais fácil e humano.
O Amor Dá-me Tesão, Não Fui Eu Que Estraguei Foge Foge Bandido 2008
Manuel Cruz regressa em grande com este novo trabalho, assumindo-se definitivamente como um dos nomes mais marcantes da música portuguesa. Para além de letrista, Manuel Cruz assume a faceta de poeta e pensador. Sem qualquer formação musical, envolve-nos com a música que faz, com a história que cada tema expressa, com o jogo de palavras em ambientes sonoros curiosos, despretensiosos, mas carregados de influências, aquelas que aliás se misturam e constroem a sua personalidade. Faz-se muito boa música em Portugal. F.
Desde que estreou, em 1987, Appetite for Destruction já vendeu perto de 35 milhões de cópias no mundo todo, sendo um marco na história da música, e figurando entre os melhores álbuns de sempre. Combinando influências de bandas de rock clássico como Beatles, Rolling Stones, KISS, Aerosmith e Led Zeppelin, e assumindo o hard rock e o punk na sua sonoridade, este trabalho tem doze canções que narram a vida errante e selvagem dos elementos da banda em Hollywood. Com a voz única de Axl Rose, os duelos de guitarras de Slash e Izzy Stradlin e a poderosa componente rítmica de Duff McKagan e Steven Adler, Appetite for Destruction é um álbum de músicas contagiantes com refrões inesquecíveis. Não será um privilégio sair um álbum destes na nossa adolescência? F
Artes Plásticas
PVC
Pelos Olhos de Oliver Sacks
À vista desarmada, a pequena descrição de um dos famosos casos de Oliver Sacks – neurologista reconhecido mundialmente – parecerá descabida de propósito, não obstante, mostrar-se-á valiosa para a discussão posterior. Trata-se de um caso verídico, relatado pelo mesmo autor, responsável pelo nome do seu livro The Man Who Mistook His Wife for a Hat, provavelmente o seu trabalho de divulgação científica mais conhecido (não discuto a possibilidade de se poder argumentar contra o uso do termo “científico” neste contexto). Tornando curta uma história comprida, Oliver Sacks expõe a situação complicada de um dos seus pacientes – o Dr. P – que sofre de um certo tipo de agnosia visual. Esta agnosia, que se traduziu na perda de sensibilidade no campo da visão foi resultado de uma degradação gradual dos mecanismos de percepção visual tendo como consequência a dificuldade de distinguir objectos, pessoas e situações, pois estes últimos tornaram-se ao longo do tempo meras formas geométricas, como que rabiscos ou esboços das verdadeiras estruturas físicas – daí o facto do Dr. P ter confundido o seu chapéu com a cabeça da sua mulher. O Dr. P conseguia identificar uma determinada pessoa, recorrendo ao uso da sua visão, apenas se tivesse sucesso em identificar uma característica peculiar, como por exemplo, um nariz demasiado pontíagudo. O mais curioso nesta história, sendo que a curiosidade neste caso é proporcional à relevância para este texto, foi a forma como Oliver Sacks analisou o crescimento desta perda visual. Dr. P para além do muito que fazia também pintava. Oliver analisou os seus quadros cronológicamente e observou que no ínicio estes se enquadravam numa faceta realista/naturalista mas progressivamente deram lugar a uma estilização cubista que mais tarde cedeu à pura abstracção. Assim, não pôde deixar de colocar a seguinte questão: Terá sido este processo uma consequência do desenvolvimento desta patologia ou simplesmente a evolução natural do
seu método artístico? Oliver Sacks concluiu que este processo deveu-se tanto à evolução da patologia como da criação artística, porque ambos os dois estão interligados. Isto é, o Dr. P lentamente perdeu a noção do concreto e gradualmente ganhou sensibilidade para a estrutura das linhas, para a delimitação das formas e para a topologia dos objectos. Este caso particular revela-nos uma propriedade essencial do processo artístico: o estabelecimento da ligação entre o mundo experienciado pelo artísta com os mecanismos biológicos associados ao organismo do mesmo e a expressão do resultado desta ligação ser consistente com a própria realidade observada. No passado dia 6 de Janeiro foi inaugurada na Assembleia Legislativa Regional dos Açores uma exposição de pintura intitulada “O Expandir da Cor” de Florival Candeias e estará patente até dia 25 do mesmo mês. Os quadros aqui expostos são uma representação fidedigna da realidade interior deste artísta. Para além de cada um deles ser uma investigação das propriedades da cor (intensidade e saturação) e do relacionamento cromático que se adequa justamente ao seu objecto de eleição: as pessoas. É notoriosa a forma clara e lúcida como Florival Candeias deixa transparecer a realidade que ele próprio experiencia, o mundo em que vive, onde a ternura e a pureza são caracetrísticas predominantes. Pessoas simplestemente, livres de características que remetem para uma classificação social ou ideológica. Tal como o Dr. P, Florival Candeias desenvolveu a sua técnica de expressão artística baseadando-se na sua realidade observável e estimulando as suas capacidades criativas. Esta evolução é facilmente identificava após um estudo detalhado de toda a sua obra.
Helena Almeida foi e continua a ser uma presença constante no panorama artístico português, desde a década de 60. Tem uma obra extremamente diversificada pelas técnicas a que se propõe. Ainda assim, seja em pintura, escultura, desenho ou instalação, a fotografia está sempre presente. A questão da auto-representação (ou da utilização da mesma como ferramenta de trabalho) é uma alusão constante, tendo a artista a sua presença oculta ou exposta repetidamente. Helena Almeida questiona o espaço, a presença de um corpo, o seu movimento e a sua interacção com a própria obra e o suporte em que trabalha. Apesar de ter um carácter de conceptualismo que a caracteriza, a sua obra encara vários outros grandes movimentos artísticos que marcaram o século XX. Pelo modo como explora as suas interrogações à própria arte, tem vindo a ser uma fonte de inspiração para muitos novos artistas. Nasceu em Lisboa, em 1934. Licenciouse em Pintura nas Belas Artes de Lisboa e seguiu para Paris como bolseira. Para além de ser filha do escultor Leopoldo de Almeida, é também esposa de artista (escultor e arquitecto Artur Rosa) e mãe de artista (pintora
Florival Candeias, conhecido por “Valito, o Pintor Picasso”, nasceu em Alvito, no Alentejo, em 1973. Aos 10 anos de idade ingressou na escola CerciBeja onde rapidamente se dedicou à pintura. Participou em várias exposições colectivas e indivíduais tendo sido premiado por diversas vezes: -4ª Premiação Nacional de Arte para Deficientes Mentais (1994) -Concurso Competitivo de Arte “Riscos e Rabiscos” (1996) – Premiação do Ministério da Cultural de Portugal -3º Prémio no Concurso Europeu para Pessoas com Deficiência EUWARD, Munique (2004)
Tomás e Aurora - Pintando Paints
À PROCURA
Helena Almeida
Jácome Armas
Biografia
Joana Rosa). Tem a sua obra representada por todo o mundo. Ana Correia
(Helena Almeida - “Sem Título” - 1996/97
Desde o ínicio do ano que as paredes do Bar do Teatro ganharam cores novas. Vários “Paints“, de diferentes tamanhos e feitios, da autoria de Aurora Ribeiro e Tomás Silva, foram lá expostos para estimular os sentidos de quem lá passa. O que são os “Paints”? São desenhos feitos com a aplicação Paint do Microsoft Windows. Este meio permite, segundos os autores, uma maior espontâneadade criativa quando se pretende ilustrar aquilo a que chamam de “estados de espírito”. Um modo de fazer arte digital anti-elitista, uma vez que toda a gente com acesso a um PC pode usufruir deste método. Entre os vários “estados de espírito” ilustrados encontram-se algumas reflexões sobre o quotidiano, mais ou menos subtis, que tanto podem despertar sentido de humor como constragimento. Aurora é licenciada em cinema e Tomás em arquitectura. Criaram em conjunto um “arquipélago” de blogs – ilhascook.no.sapo.pt sobre várias temáticas ligadas às artes visuais e à arquitectura. Começaram a fazer “Paints” em 2000 mas só recentemente começaram a expô-los, tendo a primeira mostra acontecido em 2007, ano em que apresentaram também os mesmos trabalhos na 2ª conferência “Pecha-Kucha Night Lisboa” ao lado de artistas como Joana Vasconcelos, Inês Lobo e o ate-
lier Jacinto Costa. Chegaram ao Faial há um ano e são colaboradores regulares do Fazendo nas rúbricas “Chegadas, Arrivals, Arrivèes” e “Gatafunhos”.
Pedro Lucas
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- ENDOS, - ANDOS, - INDOS Literatura
O Cavaleiro da Esperança, Jorge Amado Q
u a s e deportada grávida e morrer num campo de s e m p r e concentração a mando da Gestapo, mas ana s s o c i a m o s tes uma ode à luta pela liberdade e contra o escritor a opressão que se explica facilmente pelas b r a s i l e i r o circunstâncias vividas no Brasil e no mundo Jorge Amado na época em que foi escrita. Jorge Amado a obras que Centrando-se numa figura apelativa ao se viram adaptadas ao formato televisivo, imaginário colectivo, representante modcomo Gabriela cravo e canela ou Dona erno dos cavaleiros medievais na sua busca Flor e os seus dois maridos, deixando de pelo Graal, Jorge Amado (na época exilado lado obras que são não só um retrato fiel do e com as suas obras proibidas no país que Brasil no que tem de mais belo e de mais o viu nascer), através da figura de Prestes, violento, como Cacau, Carnaval, Suor denuncia a ditadura que dominava o Brasil, ou Capitães da Areia, mas também a ex- a guerra e os seus flagelos, o nazismo e o pressão da ideologia do autor, fascismo, a cegueira voluntária que reprovava a ditadura e das elites que beneficiavam a miséria que dominavam o destes regimes, apelando a mundo e em particular o seu que todos, em nome da dignipaís, como Os Subterrâneos dade e dos direitos humanos, da Liberdade. se opusessem aos inimigos da Em O Cavaleiro da Espejustiça. rança relata a vida de Luís Num mundo que frequentCarlos Prestes, que, apesar emente esquece os mais fracos de ter sido oficial do exére em que a opressão do mais cito brasileiro foi também forte tomou conta de todos, líder do Partido Comunista as palavras de Jorge Amado Brasileiro durante cerca de são dolorosamente actuais e cinquenta anos, e a marcha relembram-nos a fragilidade da Coluna Prestes que, em das democracias, deixando O Cavaleiro da Esperança 1924, saiu do Rio Grande do também adivinhar um retrato Sul e atravessou cerca de trinta mil penosos sociológico e político do Brasil nos anos quilómetros até chegar à Bolívia, tentando trinta cujas consequências ainda hoje se relevantar a população do interior do Brasil, percutem num país em que as desigualdades sem dúvida a mais pobre e desfavorecida, sociais e o problema da terra continuam a contra o poder da oligarquia dominante. marcar a agenda política. O livro não é uma biografia do militar e político comunista, que esteve preso, se Catarina Azevedo viu forçado ao exílio e viu a sua mulher ser
Mãe, não tenho nada para ler...
Já foi lido...
O Caso do Vulcão Pestilento
Capitães da Areia de Jorge Amado
Obra muitas vezes aconselhada aos adolescentes como introdutória à obra de Jorge Amado, Capitães da Areia relata cruamente a história dos meninos de rua, dos subterfúgios utilizados para sobreviver nas ruas brutais onde ninguém os vê como crianças à solidariedade intrínseca nas “famílias” que reconstituem, como se quisessem reproduzir uma sociedade que os rejeita e chacina. Através de personagens que nos comovem, Jorge Amado tenta sobretudo levar-nos a uma interrogação pessoal sobre uma sociedade que permite que os mais fracos sejam esquecidos e marginalizados. C.A.
Já deves ter reparado que ultimamente o tempo parece estar todo desregulado: há neve no Sul, vagas de calor nos países mais frios, grandes tempestades e ninguém sabe bem o que causa tudo isto. Na Ratázia, cidade onde vive o bem conhecido ratinho Geronimo Stilton, algo vai mal, um nevão cobriu tudo apesar de ser verão. Todos estão assustados e ninguém sabe como resolver a situação. Para descobrires o que se passou, viaja com Stilton até ao Vulcão Pestilento e ao Vale da Baforada Fétida pois é no meio do gelo que se encontra a resposta de O Caso do Vulcão Pestilento. C.A.
À CONQUISTA Amantes dos Reis de Portugal
de Paula Lourenço, Ana Cristina Pereira e Joana Troni A História é sempre uma questão de escolhas e de interpretações, a vitória de uns é sempre a derrota de outros, o herói de um lado da barricada é sempre o vilão do outro lado e há sempre figuras que iluminamos e figuras que deixamos escondidas na sombra. Nesta obra, as autoras optaram por trazer para a ribalta as que normalmente deixamos na sombra, desvendando-nos uma outra História de Portugal, fora dos casamentos que representavam muitas vezes meras alianças políticas e/ou económicas e onde o papel da mulher se limitava quase sempre a uma mera função reprodutiva. Da dinastia Afonsina à de Bragança seguimos a história da monarquia do seu raiar ao seu ocaso através da história dos amores e desamores dos nossos reis.
C.A.
Pub
Ciência e Ambiente APAGA
A LUZ
Coral Negro no Azul dos Açores A maioria de nós já viu, em livros, revistas ou em documentários televisivos imagens fantásticas de recifes de coral sob águas límpidas e com uma paleta de cores em movimento. O que muitos desconhecem é que não é só nos trópicos que existem este tipo de organismo. Nos Açores, para além de baleias, golfinhos e outros ícones da fauna e flora, existem diversas espécies de coral adaptados às nossas águas. O coral negro é o exemplo de um tipo de coral relativamente abundante no arquipélago. O nome “coral negro” refere-se a um conjunto de espécies pertencentes à Família Antipathidae e, embora o nome comum seja familiar para a maioria daqueles que lidam com o mar aqui nos Açores, muito se desconhece sobre a biologia, ecologia e até mesmo diversidade de espécies presentes nestas águas. O nome comum vem da cor negra ou castanha escura do esqueleto proteico, frequentemente utilizado como adorno e amuleto. Na realidade o expressão “Antipathes” significa “contra o sofrimento” e, há muitos séculos, que diferentes povos, da bacia do Mediterrâneo às ilhas do Pacífico, lhe atribuem propriedades mágicas e medicinais. Os corais negros ou antipatários são animais que se alimentam de zooplâncton. Ao contrário dos corais de águas pouco profundas tropicais, não possuem simbiontes fotossintéticos, o que significa que não dependem de luz para obter energia e que não apresentam a mesma restrição a águas pouco profundas. Estudos indicam que as larvas de algumas espécies apresentam maiores taxas de sobrevivência e recrutamento (fixação) em condições de baixa luminosidade, o que explicaria a sua maior abundância a partir dos 35 m de profundidade. Aqui nos Açores existem algumas espécies de coral negro que podem ser observados em mergulho com escafandro, tipicamente, a partir dos 20 metros de profundidade. Para tentar perceber quais os factores determinantes na sua distribuição, desenvolveu-se uma experiência, para testar influência da luz, temperatura e profundidade na distribuição de Anthipatella wollastoni (espécie mais comum a esta profundidade). A experiência, ainda em curso, consiste em fazer um levantamento exaustivo de colónias deste coral à volta de duas baixas, a diferentes profundidades. Recorrendo a sensores de temperatura e intensidade de luz dispostos em torno de baixas, pretende-se verificar se existe alguma relação directa entre estes factores e a distribuição deste coral na área de estudo. Os resultados preliminares revelam, como esperado, que a temperatura não apresenta variação significativa a esta escala e que as vertentes viradas a Sul são mais expostas à luz. Contudo, os dados revelam que as zonas com menos exposição não são, necessariamente, aquelas com maior abundância de coral. Outros factores, como a intensidade das correntes e a disponibilidade de alimento, poderão ter um papel mais determinante na distribuição deste organismos que a luz ou a temperatura. O trabalho que tem vindo a ser desenvolvido tem contribuído, claramente, para entender melhor estes organismos. No entanto, há um longo caminho a percorrer para que se possa vir entender estes organismo, a sua importância e a sua vulnerabilidade, demonstrando-se clara a necessidade de uma maior aposta no estudo e protecção destas autênticas preciosidades dos mares dos Açores.
João Gama Monteiro
AQUELA DICA
O Património Baleeiro (Parte I) O OMA-Observatório do Mar dos Açores, tem vindo a realizar um projecto de arqueologia industrial, que visa o levantamento, estudo e a consequente salvaguarda de um vasto património industrial, particular, ligado à baleação, que ainda existe na Ilha do Faial. Por património industrial entende-se o conjunto de vestígios deixados por uma determinada indústria, entretanto extinta. Entre estes vestígios, podem encontrarse oficinas, estruturas fabris, utensílios, maquinismos, moldes, entre outros. Este património deverá ser estudado, sempre em estreita interligação com a ambiência social em que decorreu a actividade fabril, os seus ritmos de produção, as condições de trabalho, os aspectos relacionados com a cultura operária, etc.. O património industrial também abrange, outras áreas, como sejam
Faça uma utilização correcta do seu frigorífico!
os registos escritos, orais e iconográficos sobre as tecnologias, técnicas e matériasprimas utilizadas, os meios de comunicação e de transporte, ou mesmo a actividade comercial ligada ao processo industrial. Os vestígios industriais são parte integrante da nossa cultura, uma vez que moldaram o quotidiano de gerações de pessoas comuns, em contraposição a outro património edificado, concebido geralmente por elites restritas, como é o caso das fortificações, igrejas ou palácios. Assim sendo, temos a responsabilidade de salvaguardar e de preservar este património industrial, digno de um legado cultural que herdámos e que devemos transmitir às gerações futuras.
Os frigoríficos são responsáveis por um terço da energia total consumida numa casa e por emitirem 300 quilos de CO2 por ano. Tenha em atenção as seguintes recomendações: •Regule a temperatura do seu frigorífico de acordo com a utilização que o aparelho terá, se o regular para a temperatura demasiado baixa, não só consumirá mais energia, como os alimentos poderão estragar-se; •Nunca guarde alimentos quentes: poupará energia deixando-os arrefecer antes de os colocar no frigorífico; •Pense no que vai buscar antes de abrir o frigorífico, retire os alimentos que precisa de uma só vez e de forma rápida; •Não encoste o frigorífico/arca à parede, deverá estar afastado 10 centímetros da parede, de forma a garantir uma boa ventilação e dissipação de calor; •Afaste o frigorífico das fontes de calor próximas, tais como fornos, fogões e da exposição solar directa; •Substitua as borrachas vedantes das portas sempre que notar a sua degradação; •Ao adquirir um destes equipamentos prefira sempre um nível de eficiência superior, A+ ou A++ da etiqueta europeia.
Márcia Dutra Pinto/OMA
Dina Dowling/Ecoteca do Faial
#8
FAZENDUS
Durante a Época Lectiva 08/09
Projecto Teatral Infantil orientado por Anabela Morais Atelier “O Jogo Dramático”. Terças e quintas-feiras das 17 às 18 horas. Para crianças dos 6 aos 12 anos. Atelier “Leitura de Textos Teatrais”. Segundas e quartas – feiras, das 18 às 19 horas. Para jovens dos 10 aos 12 anos. Teatro Faialense
Até 25 de Janeiro
Exposição de Pintura: “O Expandir da Cor” de Florival Candeias Assembleia Legislativa Regional dos Açores, 9h0018h00
Até 28 de Janeiro
Workshop: Produção Musical em Ableton Live Sala Polivalente do Teatro Faialense, 19h30-21h30
Até 22 de Fevereiro
Exposição de Paints de Aurora Ribeiro e Tomás Silva Bar do Teatro
Até 28 de Fevereiro
Exposição de Escultura/Pintura: “O Avolumar do Habitat” de Volker Schnuttgen Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça
Até 31 de Março
Exposição de arte de pública de Volker Schnuttgen Praça Infante D. Henrique
23 de Janeiro
Forum: “Equidade, Justiça Social e Paz”
Conferências: .Alterações Climáticas - Equidade e Justiça Social por Viriato Soromenho Marques, Professor Catedrático da Universidade de Lisboa .Gestão dos Oceanos - Paz e Sustentabilidade por Carlos Sousa Reis, Professor Catedrático da Universidade de Lisboa Moderador: Ricardo Serrão Santos, Director do DOP
Centro do Mar, 21h00
Cinema: “High School 3” Teatro Faialense, 21h30
Agenda 24 de Janeiro
FAZENDO ao vivo Tertúlia Artística Para Angariação de Fundos
Pintura Música Poesia Vídeo
Tertúlia Artística para Angariação de Fundos .Exposição Colectica de Pintura, .Desenho e Fotografia. .Sessão de Poesia .Instalação de Vídeo. .Jam Session
CASA, das 14h00 pela noite dentro. (mais informações em http://faApoie este projecto. Exposição de pintura durante todo o dia. Restantes actividades a partir das 22h00.
zendofazendo.blogspot.com)
Encontro pela Igualdade de Oportunidade e Justiça Social e Paz
Conferências: .Formas de combater a violência de género e a exclusão por Sandra Diogo, Comissária da PSP. .Os desafios à participação da mulher na vida pública. A conciliação entro o trabalho e a família por Dalila Silva, assessora para a imprensa CMH. . Saúde sexual reproductiva - direitos e responsabilidades por Luís Decq Mota, médico. .Igualdade de Género e não descriminação por Zuraida Soares Moderadora: Fátima Porto, Directora do CPCJ, deputada da Assembleia Legislativa Regional dos Açores Moderadora: Drª Sandra Silveira
Polivalente de Pedro Miguel, 20h30
Sábado, 24 de Janeiro na http://fazendofazendo.blogspot.com
27 de Janeiro
30 de Janeiro
Cinema: “Tropa de Elite”
Visivelmente desgastado pelos anos de serviço ao Batalhão de Operações Policiais de Elite, o cap. Nascimento procura afastarse da acção directa nas ruas. Para tal, deve escolher o melhor agente para lhe suceder. Um processo difícil que o divide entre dois candidatos: Matias, negro, intelectual, que tenta simultaneamente formar-se em direito; e Neto, destemido, impulsivo e até imprudente. Além do desgaste físico, o uso da consciência, do afecto e da razão vão, à vez, pesando na escolha de Nascimento.
Cinema: “A Dupla Face da Lei”
Turk (Robert de Niro) e Rooster (Al Pacino) são dois veteranos da Polícia de Nova Iorque, agentes há 30 anos, dispostos a tudo. Menos a pedirem a reforma, dia que inevitavelmente chegará. Quando um assassino começa a matar vários criminosos que fugiram à justiça segundo o “modus operandi” em tudo semelhante ao de um “serial killer” que tinham prendido anos antes, Turk e Rooster questionam-se se não se terão enganado e posto o homem errado atrás das grades.
Teatro Faialense, 21h30
(repete dias 31 e 1 de Fevereiro)
Concerto de António Bulcão Participação de Luís Bettencourt, Manuel Rocha, Ricardo Dias, Manuel Freire, José e Carlos Medeiros Teatro Faialense, 21h30
Teatro Faialense, 21h30
28 de Janeiro
Forum: “Equidade, Justiça Social e Paz”
Conferência: .A Importância do Político - Equidade e Justiça Social por Doutor Álvaro Laborinho Lúcio. Moderadora: Conceição Nascimento, Directora do Hospital da Horta
Biblioteca Pública e A.R. João José da Graça, 21h00
2 de Fevereiro
Workshop de construção de instrumentos musicais com Carlos Guerreiro Oficina do Teatro Faialense, horário pós laboral
29 de Janeiro
Forum: “Equidade, Justiça Social e Paz”
Conferências: .Pobreza e Inclusão - Perpesctivas de trabalho em rede por Doutor Álvaro Laborinho Lúcio. Moderadora: Fátima Porto, Directora do CPCJ
Biblioteca Pública e A.R. João José da Graça, 21h00
(repete dias 24 e 25)
Tertúlia Artística! Sábado, dia 24! Pub