Fazendo 33

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ambiental, temos a obrigação de continuar a incentivar e a

Neste capítulo, planear com exigência, tendo em vista uma

investir na separação e triagem dos 'excessos' que produzimos,

maior mobilidade e acesso aos bens comuns naturais, justificam

reduzindo, dessa forma, os seus impactos negativos e tendo

a aposta feita na protecção e valorização do edificado, com

como pressupostos fundamentais a sua transformação em mais-

a aplicação de incentivos directos na área de reabilitação

iariamente somos confrontados com inúmeros

valias locais. Temo-lo feito com algum sucesso, por exemplo,

urbana, como a redução do IVA ou a isenção do Imposto

apelos à assumpção de comportamentos responsáveis, em

ao nível do papel/ cartão, onde somos os segundos maiores

Municipal sobre Imóveis (IMI).

última instância sustentáveis na sua relação com os outros e

sistemas aderentes a nível nacional, mas certamente ainda há

Por outro lado, deve prosseguir o incentivo à criação do próprio

com a natureza.

muito por fazer na valorização e aproveitamento dos nossos

emprego, através do Centro de Empresas do Faial, entretanto

A procura de um futuro assente num desenvolvimento sustentado

resíduos.

criado, do núcleo empresarial, cujas obras se encontram em

passou, então, a ocupar a agenda política, numa procura pela

Ao nível do planeamento e ordenamento do território, temos

curso na antiga zona industrial de Santa Bárbara, e do gabinete

satisfação “das necessidades da geração actual, que não

vindo a preparar-nos com vários instrumentos, que permitem

do investidor, onde foram lançadas linhas de comunicação

comprometa a capacidade das gerações futuras de satisfazerem

valorizar o solo, no respeito pelas suas várias utilizações,

privilegiadas com o tecido empresarial que pretenda investir

as suas próprias necessidades” (in “Relatório Brundtland”).

nomeadamente com os planos de pormenor das freguesias

na ilha do Faial.

Também na ilha do Faial ambicionamos implementar um modelo

rurais e com o Plano de Urbanização da Cidade da Horta (já

Brevemente, passaremos a contar com o chamado Cartão Azul,

de desenvolvimento, que inclua, nas suas várias vertentes, um

aprovado), instrumento estrutural para um pensamento único,

que introduz benefícios e instrumentos de facilitação para o

pensamento não apenas ambiental, mas também social e

integrado e de futuro para a Cidade da Horta e para a ilha do

usufruto de inúmeros serviços municipais, bem como de

económico. É nesta ordem de preocupações que a Câmara

Faial, especialmente no âmbito da revisão do Plano Director

empresas aderentes, nas áreas de lazer geridas pela empresa

Municipal da Horta aderiu, em 2009, à “Carta de Aaalborg”,

Municipal.

municipal Hortaludus e para os idosos e jovens do concelho.

um compromisso a nível europeu, que pretende implementar,

Por outro lado, sustentabilidade é indissociável da promoção

Em termos económicos, e dada a nossa forte dependência do

localmente, um conjunto de medidas que visam proporcionar

do Turismo e do próprio conceito de empreendedorismo,

sector agrícola, é necessário apoiar investimentos que visem

uma boa qualidade de vida aos cidadãos e permitir a sua

sobretudo se interligado com os sectores agrícola e das pescas.

a valorização do produto, por via da valorização biológica,

participação em todos os domínios da vida concelhia.

É fulcral, a aposta na melhoria das acessibilidades marítimas,

capazes de oferecer uma qualidade com reflexos na produção

O Município, enquanto nível de governação mais próximo dos

em fase bastante avançada de investimento, bem como nas

e na comercialização.

cidadãos, tem, assim, a importante missão de influenciar

acessibilidades aéreas, onde continuaremos a insistir na

Em matéria de sustentabilidade sócio-política, pretendemos

comportamentos que conduzam a uma maior sustentabilidade.

necessidade de ampliação da pista do Aeroporto da Horta.

desenvolver o tecido social, nas suas componentes humana e

Desde logo, exigindo uma democracia mais participativa,

Paralelamente, continuaremos a privilegiar a promoção da ilha

cultural. É por isso que aderimos ao Ano Internacional de

decorrente de uma gestão local que proteja e assegure o acesso

do Faial no contexto da náutica mundial, através da realização

Combate à Pobreza e à Exclusão Social, numa perspectiva de

aos bens comuns naturais, que reflicta e faça reflectir políticas

de regatas internacionais que evidenciam não só a importância

contribuir para a erradicação destas problemáticas, também

de planeamento e ordenamento do território e que incentive

da Marina da Horta, no Atlântico Norte, mas sobretudo os

em parceria com a sociedade civil.

o recurso a novas formas de energia.

elevados padrões de qualidade das águas açorianas.

Em suma, os objectivos aqui discutidos devem servir de base

Para concretizar ainda mais estes objectivos, estamos a

Também a valorização da frente marítima da cidade, no

não só à reflexão, mas também à acção, no sentido de nos

trabalhar, conjuntamente com outros parceiros a nível local,

contexto das obras actualmente em curso na zona do novo

prepararmos, cada vez mais, para os desafios do futuro. Com

na implementação da chamada “Agenda 21”, um projecto que

porto, bem como o arranque das obras do saneamento básico

a confiança de estarmos a contribuir para uma ilha e um

já se encontra bastante avançado e que brevemente colocará

assumem-se como oportunidades de desenvolvimento ímpares

concelho mais sustentável, onde todos e cada um de nós pode

a sustentabilidade como factor de crescimento no centro da

de adaptação, reconversão e valorização da nossa urbe, capazes

descobrir a seu contributo indispensável para um EFECTIVO

discussão da sociedade civil.

de gerar sinergias no plano urbanístico, turístico, empresarial

desenvolvimento SUSTENTÁVEL."O

Nesta medida, e em termos de preocupações de ordem

e ambiental.

Q

Como prevês a evolução para um futuro melhor?

ual a tua função e como pode ela influenciar o

nosso futuro?

Na educação dos mais jovens. Sem dúvida nenhuma. Não sou

Eu sou contra-mestre, estou encarregado do convés do navio,

velho mas também não sou mais jovem. É isso que a gente

da sua manutenção, da disciplina dos marinheiros. Mas se não

faz, trabalhamos com as novas gerações, para fazer com que

fosse pela Greenpeace, não navegava. Faz seis anos que eu

tenham uma consciência mais digna, justa e humanitária.

deixei o Brasil, para embarcar com a Greenpeace: trabalho 6 meses por ano e estudo Oceanografia nos outros 6 meses.

Estamos melhor do que há 20 anos atrás? E do que há 100?

Decidi abraçar o projecto do Greenpeace porque me cansei

E do que há 1000?

de tentar mudar alguma coisa no meio académico e resolvi,

Melhor do que qualquer uma das três. Melhor do que há 1000

como a gente fala no Brasil, "chutar o balde", ventilar a vontade

anos nos direitos humanos, na igualdade entre homem e mulher.

de mudar alguma coisa. E a Greenpeace foi o melhor meio

Melhor do que há 100 anos na nossa consciência ambiental e

E do que há 20, na compreensão da urgência dessa mudança.

para isso.

no entendimento do nosso papel ecológico-natural no mundo.

Há 20 anos atrás não tínhamos consciência dessa urgência.O


O

s Little Joy nascem de um encontro entre os

preâmbulo para este “mix” com 2 partes de Brasil em Verão

brasileiros Rodrigo Amarante (guitarrista e vocalista dos Los

Português e 1 parte de Califórnia (o guarda-sol de

Hermanos – sim! os da “Ana Júlia”) e Fabrizio Moretti (baterista

acompanhamento no topo do copo também fica muito bem).

dos The Strokes) durante o Festival Lisbon Soundz, onde as

No que a música diz respeito (e porque alguma coisa tem que

bandas de ambos tocaram em 2006. Reza a história que entre

representar o que aqui não posso dar a ouvir), pode-se fazer

cerveja e conversa à beira-Tejo até ao sol raiar se lançaram

o exercício de imaginar os Velvet Underground & Nico bem

as primeiras sementes para um projecto conjunto sem filiação

humorados e de viagem ao Rio de Janeiro algures no início dos

nos seus grupos de raiz.

anos 70 com uma “mão cheia” de discos de Beach Boys, João

Um ano mais tarde os dois voltam a encontrar-se mas desta

Gilberto e Beatles na bagagem. O som dos The Strokes ou da

feita debaixo do sol de Los Angeles, onde Amarante participava

“Tropicalia” dos anos 60 também por aqui paira mas o calor

na gravação “Smokey Rolls Down Thunder Canyon” de Devendra

adocicou-o.

Banhart. Não demora muito até Binki Shapiro, californiana, se

Até que o Verão chegue e os 30 minutos deste disco possam

juntar ao agora trio e as primeiras canções começarem a surgir.

servir de banda sonora a uma viagem ao Porto do Comprido,

O nome “Little Joy” é roubado a um bar de cocktails no fim

que se o ouça dentro de casa, acompanhado de uma caipirinha,

da rua onde montam o estúdio e não deixa de ser um belíssimo

enquanto se esquece o Inverno lá fora.O

S

e cozinha com energia eléctrica ou a carvão,

este disco não é para si. Trata-se de um trabalho pensado exclusivamente para as donas de casa (actualmente para os donos também) que cozinham a gás. E faz toda a diferença. Há uma harmonia latente quando se cozinha a gás e se ouve este disco. Os cozinhados ficam mais saborosos e mais bem elaborados. Mas se pensa que qualquer música serve para cozinhar a gás, engana-se. Tem de ser música rara e bem feita, como é apanágio deste trabalho. A capa é sugestiva, fazendo obviamente alusão a fornos a gás e respectivos cozinhados. Harry Fields, contemporâneo de George Gershwin, tocou com a sua Orquestra para as tropas americanas durante a Segunda Guerra Mundial. O que será que lhe fizeram por lá? O

T

cinco meses de preparação, juntaram-se para tocar ao vivo, em Lisboa e no Porto em Outubro de 2009. Sem grandes aparatos ou arranjos musicais excessivos, dividiram democraticamente rês Cantos, três mestres. Três mestres da música

a voz em cerca de 30 canções numa longa viagem de prazer

Portuguesa, juntos em 4 concertos ao vivo. José Mário Branco,

pelos universos dos três músicos, tendo ainda havido espaço

Sérgio Godinho e Fausto Bordalo Dias juntos, e este texto podia

para um inédito (“Faz parte”) e para uma versão de José

acabar aqui, pois está tudo dito. Mas não acaba. Desde a

Afonso (“De não saber o que se espera”). Foram concertos

primeira vez que pisaram o palco em 1974 após a revolução

onde, mais do que a personalidade e os feitos individuais de

de Abril (Pavilhão Carlos Lopes, também com Zeca Afonso e

cada músico, se celebrou o cancioneiro colectivo de José Mário

Adriano Correia de Oliveira), os três músicos têm vindo a trilhar

Branco, Sérgio Godinho e Fausto, bem como uma certa ideia

percursos distintos e marcantes na música Portuguesa,

de música portuguesa - tradicional mas com vista para o futuro,

ultrapassando em muito o espírito de intervenção que os

e sempre fiel a si mesma. Este projecto ao vivo deu origem a

impulsionou na década de 70. São cantautores, músicos e

um CD e um DVD, um registo fundamental do encontro que há

poetas de excepção, e sublimam a língua portuguesa. Após

muito se esperava.O


H

á quem diga que não sabe explicar porque é

quando estão a ver um filme. Notem que este artigo tem uma

O estilo: o estilo é importante que seja coeso. Porque senão

que um filme é bom ou mau apesar de saberem se gostaram

qualidade académica ainda inferior à dos conhecidos

é só uma salganhada. Salganhadas nunca cativam ninguém,

ou não.

"Especialistas Instantâneos".

seja em cinema, seja em moda, seja na culinária ou na

É natural. Eu não sei dizer porque é que gosto ou não gosto

Representação, que se desdobra em direcção e em

arquitectura. E ainda menos na literatura. Portanto se o filme

de determinada música, apesar de gostar muito de umas poucas

interpretação: um olhar atento ou um filme mal feito fazem

não se decidir, se ele começar realista e se tornar teatral

e muito pouco de muitas outras.

perceber se o mérito é do actor ou do realizador. Num bom

depois, e ainda novelístico, para acabar em video amador,

O que me falta é conhecimento técnico, falta-me saber como

filme o mérito é dos dois.

ponham de lado: está mal feito.

como produtos ready-made, não consigo vislumbrar do que

Planificação, ou seja: comportamento da câmara. Se exsitem

O som. Devia ter sido o primeiro da lista. Mas fica para último

são feitas, ou nem penso nisso, aparecem-me como dados

planos levados da breca ou se os planos são sempre do estilo

para ficar mais tempo na memória. Vocês lembram-se de como

adquiridos. É o espírito crítico que não existe. E não me

da telenovela. O estilo telenovela é: plano geral que mostra

eram as produções audiovisuais portuguesas de há 10 anos?

acontece isto só com a música, mas também com o vinho e

as posições relativas das personagens seguidos de vários planos

Mal se percebia o que diziam! E falavam a nossa língua... Hoje

com muitas outras coisas. A umas áreas ainda vou dedicando

com as caras de cada um, com durações equivalentes à duração

isso mudou e temos muitas produções de grande qualidade

alguma atenção e tentando compôr algum conhecimento, a

da deixa. Se a planificação for muito má, reparamos muito

sonora. E o som é "tanto" fundamental! O que eu mais gosto

outras deixo-as cair na minha ignorância de apreciadora leiga

nela. Se for boa, não reparamos. Se for excelente ela esmaga-

de ouvir nos filmes é quando alguém mexe em papel. Quando

e comodista.

nos ou deixa-nos de boca aberta, ou faz-nos chorar ou rir.

eu mexo em papel não se ouve nada. Mas no cinema o papel

é que aquilo se fez. É como se as músicas me surgissem sempre

Voltemos ao cinema. Para os que queiram juntar mais algumas

tem vida, estala, a caneta raspa ao escrever e até se ouve o

pistas sobre o acto de ver filmes e que queiram multiplicar a

Montagem: intimamente ligada com a anterior. Trata-se da

afagar das mãos com o avançar da escrita, hmmm...

sua atenção de espectador além da história, da fotografia, da

forma como se fazem os planos suceder-se uns a seguir aos

E muitas outras coisas há a que prestar atenção nos filmes. Se

música ou do guarda roupa (e quem já consegue tomar atenção

outros. É a grande mestria do cinema, implica ritmo, emoção,

repararem nestas já dá para desenvolverem umas belas

a tudo isto quase que pode pedir um daqueles empregos que

dramatismo, plasticidade, narrativa. Exige vida. E exige atenção

conversas no intervalo e, sobretudo, à saída do Cine-teatro

dão estrelinhas aos filmes na Prémiere), vou listar aqui mais

a todos os outros pontos aqui descritos e ainda a mais alguns

Faialense. Eu é que normalmente não gosto de falar dos filmes

algumas coisas nas quais poderão reparar, se tiverem vontade,

próximos da dança ou dos sonhos.

com eles frescos. Dá azar. Não dá nada, estou a brincar.O

S

obre o seu pai, ou vizinho ou aquele seu amigo estranho que aparece ao fim-de-semana. Ou sobre a praia de Porto Pim, o Porto da Horta, a rua à frente de casa, ou a Natureza que invade cada pedaço desta terra, ou sobre um imigrante ou uma história antiga, ou um mistério. Filmar um documentário é uma aventura de auto-descoberta e de compreensão dos processos que nos envolvem, das histórias pessoais e colectivas que precisam de ser contadas porque assim são. Porque acontecem neste preciso momento e alguém pode filmá-lo e dizer aos outros: “vês esta realidade? Há algo de errado nisto.” Ou há algo de certo. As coisas que amamos. Ou as verdades que temos medo. A verdade. O documentário é sobre a verdade. Uma aventura à procura de uma pequena verdade que nos faça mais livres. Entre 8 e 28 de Março, seis pessoas, independentemente de terem ou não experiência em filmar, vão ter a oportunidade de realizar os seus documentários em curta ou média metragem

aqui no Faial. É mais uma iniciativa de formação do Cineclube da Horta. Quem tiver ideias ou lembrar-se agora de uma – esta é a oportunidade para filmar de forma assistida o seu próprio projecto. Falaremos da história, teoria e técnica de filmagem em documentário, ao mesmo tempo que desenvolvemos as ideias de cada um. Em seguida partiremos para a rua com as câmaras em equipas pares de imagem e som. Aí começa a verdadeira aventura. Juntos vamos filmando e aprendendo com o olhar. No final, cada um vai aprender as formas essenciais de montagem e pós-produção através dos filmes uns dos outros. Uns com os outros. E quem sabe encontraremos algumas dessas pequenas verdades enquanto nos divertimos a criar um filme.O As inscrições estão abertas até 7 de Março. Basta enviar o nome, contacto telefónico, data de nascimento e um documento de um máximo de 2 páginas com 2 ideias para um curto documentário e o porquê de querer filmá-las (para efeitos de selecção dos participantes) para fausto@cineclube.org.


R

afael Calduch adoptou, para sua filosofia de

do tempo e do espaço dilatam esta intenção total, enérgica,

despojada, até ao limite, de todo o excesso da cor, da linha

vida, a procura de uma essência para a Arte: uma razão reflexiva

que reestrutura constantemente toda uma percepção de

ou da forma. Calduch estabelece, ainda, através das suas

que gere a introdução de valores intrínsecos com outros de

natureza mais sensitiva. Para uma melhor compreensão do seu

matizes cromáticas variações espaciais e formais emancipadoras

influência exterior. A sua expressão é, claramente, simbólica

propósito artístico é inevitável toda uma análise crítica que

- a materialização de um ensaio estético, analítico, como uma

por que apreende, segundo a sua linguagem plástica, o visível

passa pelo próprio entendimento da arte contemporânea.

experiência que se deseja derradeira, ou a pintura

e o ausente; neste sentido se transmuda num estado intelectivo,

Obriga-nos, por isso, a argumentar e a debater o objecto

sentida como espaço de invenção, de autocrítica de si mesma.

cerebral, do corpo e da mente, que penetra no âmago do

apresentado em torno, tanto da sua própria linguagem, como

Poderemos dizer que o autor nos coage a transitar num limbo

mundo terreno e, em simultaneidade, se confronta com o

da sua leitura. Por outro lado, mesmo a experimentação das

de estímulos visuais pelos efeitos da cor, da plasticidade, do

sensível e o inteligível: o visível e o invisível. O objectivo

técnicas e metodologias adoptadas, não têm como propósito

gesto, dos grafismos que ampliam a nossa percepção corporal,

último, porém, não é encontrar a justificação inequívoca, mas

a procura da singularidade formal, mas sim a definição de

física; sentimos uma linha de transição que sugere o horizonte,

sim a interrogação infindável, na descoberta, na experiência,

novos conteúdos. Num mundo em que a imagem, no geral,

o infinito, o nascer, ou o adormecer do tempo; as pinceladas,

no pensamento que acresce da contemplação. Mais do que

adquiriu uma importância simbólica/comunicativa, ilimitada,

as manchas, as transparências, as ínfimas diferenças alongam

pretender explicar a experiência plástica é o tentar descobri-

que se consome quotidianamente, a obra de arte reflecte a

a profundidade de campo visual/espacial que nos é facultada.

-la, nela mesma, retê-la, apreendê-la – “num território de

necessidade de induzir a crítica para o que lhe é inerente: a

As telas, por sua vez, têm tamanhos e formas diferenciadas:

experimentação pelas artes”. Calduch quando invoca “a orla,

libertação da imagem do óbvio, do evidente, do que é

umas tendem para o quadrado, outras assumem a

na orla” está, desde logo, a contrapor, a declarar o interior

identificável, para gerar processos mentais de transformação

horizontalidade e outras ainda são trabalhadas na sua prumada.

e exterior; não é a obra física o fim, não é o artista que importa

subliminar, vincadamente estéticos. Os pensamentos conduzem

Este desdobrar formal, do suporte pintado, associado à

- a experiência é o ponto máximo de proximidade e de distância,

a pincelada do artista na produção de um interior e de um

plasticidade inerente a cada obra, amplia toda uma cadência

de conexão e distinção, de unidade e diversidade; e o observador

exterior real, do visível e do invisível; a margem e na margem,

imaginativa ritmada que tende para o espaço total.

comum associa-se, de forma dinâmica nesta experiência

em simultâneo, que o aproxima do espaço integral; o caminho

comunicativa.

é o da dimensão de uma essência que se pretende

Rafael Calduch, Professor Catedrático, na Faculdade de Belas

intemporal e, no mesmo tempo, fortemente existencial…Sem

Artes de Valência, é um pedagogo, um artista conceituado de

Calduch ao pintar uma nova tela não está a expressar o figurar

limites. Noutro sentido, o espaço pictórico reenvia-nos para

renome a nível internacional. O seu percurso artístico, a sua

declarado; as suas manchas, com efeito, figuram-se nessa

uma dimensão poética que irradia pela cor - os tons claros,

obra, os seus ensinamentos, têm influenciado artistas de

ausência aparente, produzindo, desse modo, uma presença

puros, mais límpidos, contrastam com outros mais encobertos,

gerações diversas, que encontram nele um exemplo de

inesgotável - uma visão que se pretende total. Para ver é

mais escurecidos, que pronunciam "a margem, na margem".

dedicação, entrega e perseverança, à causa da criação artística.

preciso a profundidade, e esta nunca é suficiente, para se

As cores, quentes ou frias, os pequenos apontamentos pictóricos

Foi nos anos 60 que este autor, desde muito cedo, manifestou

poder ver a totalidade. Um fundo é uma ausência ou é,

gráficos mais gestuais, a luminosidade, enunciam algo mais

a intenção de participar no pulsar inovador das

simultaneamente, o estar repleto de conteúdo?

geográfico, que delimita toda uma extensão corpórea.

artes, na sociedade, como um pólo transformador. As suas

A obra do Mestre Rafael Calduch incorpora, de facto em si

O teor abstracto, da obra de Calduch, deambula pela planura

propostas estéticas revelam uma ambição renovadora e marcada

mesma, o questionamento, o congregar de conceitos que

que apaga os limites exteriores e íntimos e que abreviam o

por uma poética aberta a novos conceitos de intervenção. a

traduzem uma intenção significante. As noções

que é supérfluo, segundo uma linguagem plástica depurada –

pincelada emocional do mestre Rafael Calduch.O


arquétipo condensado de “Ilha perdida”, é a mitificação do

V

sentimento amoroso de João Garcia, um co-protagonista espécie de exorcização de VN, homem sem força de vontade, cheio de técnica e teoria, mas incapaz de uma atitude frontal amos começar por fazer um pequeno détour

cavaleiros, vindo de meigas donas”.

e empenhada, o que fatalmente conduzirá à rejeição amorosa

(podia dizer desvio, mas dizendo détour prestam-me logo mais

Mas realiza-se o rapazinho com Fernanda? Nem por isso.

de Margarida, cuja “veneta” rebelde não concebe não ser

atenção, por causa da tal mania portuguesinha da qual Eça de

Pensamentos não lhe faltam, excitados por ela, que não ignora

orgulhosamente amada. A paralisia do carácter de João Garcia,

Queirós já fez troça, de que as coisas em francês são mais

que basta-lhe subir a perna para arranjar as meias para provocar

a estagnação das promessas nunca cumpridas, “o gosto de a

intelectuais): as mulheres da Literatura Açoriana têm todas

nele faces coradas. Mas são só isso mesmo: olhares e

sentir sempre longe, sugerida, sem um apetite preciso”, a sua

fama de destravadas, cheias de coragem e de força mas também

pensamentos. Pois Venâncio não teria atitude para avançar. A

incapacidade de gerir o afecto chocam com os riscos (e até as

de maluqueira e claramente incomuns. Natália Correia - que

eroticidade que sente por Fernanda é também a excitação da

sovas) que ela chega a sofrer por causa dele. JG está muito

arrisco a dizer que é mais lembrada como deputada do que

dificuldade, o saber que está defronte do impossível e a

consciente da sua fraqueza de acções (que não de sentimento),

como escritora (infelizmente), sendo que o que mais se conhece

idealização fascinada de um rapazinho por uma mulher, à vista

e atormenta-se por, no centro da sua concepção amorosa,

dela são os famosos versos que disse como resposta ao deputado

dele, madura. De resto, ele próprio admite que as formas

repousar a ideia que ele tão bem expressa ao falar do seu

João Morgado na própria Assembleia na sequência da proibição

redondinhas de Fernanda a que deita o olho são uma desculpa

amor por ela como se fossem Dante e Beatrice: ao vê-la, fica

do aborto, pois “o acto sexual é[ra] para ver nascer filhos”;

para o erotismo, porque lhe dão ideias e, não raro, lembram-

preso de “terror sagrado”, sente nela “o próprio irreal com

Alice Moderno, que foi a primeira mulher a preocupar-se com

lhe a própria Elisa, por quem ele tem sentimentos mas em

rosto de realidade”. Esta veneração excessiva passa do simbólico

a condição feminina nos Açores e a escrever sobre a liberação

quem não consegue pensar como corpo. Assim, serve-se de

ao concreto, não sendo ele capaz de nenhuma atitude rasgada

das mulheres em todos os sentidos, desde a independência

como devem ser os amantes e acabando por perder a rapariga

financeira aos cortes de cabelo, tudo coisas de fazer tapar a

desafiadora e aventureira que via nas outras meninas do Faial

boca com a mão no princípio do século XX. Naqueles tempos

umas “bispetas, que fazem biquinhos, a quem os papás compram

- como nos conta a investigadora Conceição Vilhena -, quando

piano e vestem de seda liberty”. A ofensa de JG a Margarida

se dizia que alguém não estava bom da cabeça dizia-se que

é a sua incapacidade de a amar, desafiando o mund(inho) local

“estava como a Alice Moderno”, de tal modo as suas ideias

de pedestais, interpondo-se a personalidade dele de entrave

eram consideradas provocadoras e contra a corrente.

ao amor dos dois como um biombo. O próprio João Garcia,

No entanto, aquilo que me propuseram falar aqui um bocadinho

derrotado, exprime este teorema, resumindo a consagração

é, sobretudo, da imagem do feminino dada por aquele que

do feminino e o falhanço do amor por inexistência: “O amor

escreve no masculino. Como não estou a escrever um artigo

de um mito é puro mito.”

académico (pasmo de pensar que há quem pense que escrever

Acaba por ficar comodamente casado com Laurinha, que nos

num jornal é escrever outra coisa que não opinião, mas

aparece toda cheia de diminutivos, a começar pelo nome. Ela

adiante…) perdoar-me-ão aspectos relevantes que ficarem de

é boquinha, dentinhos, risinhos, dedinhos com que vai tecendo

fora.

uma teia de assédio em que ele, molemente, se vai deixando

Escolhi Vitorino Nemésio como exemplo, não só por ser o autor

enredar, sem grande gosto e, sobretudo, sem decisão firme:

sobre quem sempre me debrucei mais aprofundadamente (e,

fica com ela como apanhado por um diabrete que lhe pisca o

logo, tenho um conhecimento maior… mas pobre comparado

olho e, pensando no desgosto fundo de não ter Margarida,

com o código cifrado que ele utilizou para escrever, não se

propõe-lhe ficarem juntos depois de ela muito o tentar.

deixando desvendar) mas também porque a sua perspectiva

Apesar de agarrado pelo diab(inho), como admira ainda o seu

do feminino é paradigmática.

mito feminino! … Afinal, para além de ser a amada, Margarida

É sempre difícil separar a obra de um homem dele próprio: é

uma para melhor continuar com a outra…

é também a força que ele não sabe ser: o desprezo pelas

tentação comum inferir dos textos por ele produzidos não uma

Como sucede em outras obras, há um bom amigo para equilibrar

convenções sociais de tafularia, o gosto pela errância

ficção mas a sua vida transposta. Apesar deste pecado, do qual

o protagonista confuso, esquema corrente e funcional. O amigo

transgressiva, o “recalque” das dores, a serenidade aparente

nem sempre estou livre, também eu “prefiro a obra de um

é rápido e certeiro a analisar que Venâncio “não passa de um

frente ao turbilhão e o amadurecimento psicológico extremo

autor à sua biografia”.

trampolim onde pulam desejos pueris” sem sentido: “Falta-

de quem tomou nas mãos o governo da casa e da família por

Comecemos por um romance pouco conhecido – Varanda de

-te o nervo!”, ao passo que vê que na Elisinha “Temos mulher.”

oposição à imaturidade inerte dele – que é um desenraizado

Pilatos. O protagonista, Venâncio, é um adolescente, tão

Mas se Elisa tem sangue e Fernanda tem doces risinhos, Venâncio

no amor mas um tenente muito correcto do seu trabalho. Como

idealista quanto amedrontado, com tendência para a evasão

só ferve de contradições e nunca chega a lado nenhum, excepto

diz Martins Garcia “ama com lógica (o que é mau) e raciocina

poética. As suas musas (uma musa única exigiria coragem que

a uma fuga,

com amor (o que é péssimo)”.

um Pilatos não possui) são Elisa, uma namoradinha infiel - que

Este romance foi dedicado a Gabriela Monjardino Gomes,

A imagem do feminino como ser objecto de veneração ou, pelo

ele crê sempre incapaz de tais actos impróprios mesmo quando

expressamente “minha Mulher” segundo o autor. A dedicatória,

contrário, diabo trapaceiro está presente noutras obras –

ela lhos confessa abertamente – e uma mulher mais velha,

plena de doces palavras e reconhecimento e gratidão pelo seu

Lurdes, a funcionária com quem o protagonista Renato tem

Fernanda, em quem ele deposita todo o impulso erótico que

companheirismo, faz-nos pensar que GMG terá partilhado muito

aventuras sexuais na cozinha, guardando de tudo uma sensação

é incapaz de realizar com a namorada – e, logo, Elisa fá-lo por

do fazer do livro. Dado estarem casados apenas há quatro

póstuma de repugnância; Zilda, a braços com horizontes

outro caminho.

meses, supõe-se que a sua intimidade era grande anteriormente

tacanhos mas enlevada pelos homens que a rodeiam, caindo

A “doce Elisinha, casta flor do meu jardim suspenso” tem com

(VN não era modernaço, não fazia livros em 4 meses). Impõe-

na armadilha do rapaz bem falante quando um pressagiador

ele “um amor sério” no qual não entram desejos; entram

se uma pergunta, dado que todos nós sabemos que VN também

podre tubarão dá à costa; Célia, a quem o protagonista tanto

poemas. Ao saber que ela o traía, Venâncio nem se atreve a

tinha as suas indecisões particulares: onde está “a bonequinha

amava que só falava com ela com um muro interposto, não

pedir-lhe explicações, pois, como diz, ele era “um Rei

de sangue” que inspirou Mau Tempo no Canal?

fosse ceder a alguma tentação menos casta…

[…]atordoado” com esta Elisa, “pura de mais” aos seus olhos

Margarida Clark Dulmo, a protagonista de Mau Tempo no Canal,

Porém, suspeito que este longo texto já tem dificuldade para

enevoados pelo amor. Elisinha não nega a traição; conta-lhe

foi decalcada, como se sabe, de um amor antigo a quem VN

caber na página. Portanto, vou deixar outros falarem. Além

pormenores, deliciada de o ver humilhado na sua falta de

nunca deixou de enviar cartas. Claro que Margarida é uma

de que tenho de guardar alguma novidade para quando encontrar

decisão e de desejo (onde ela tanto o tentara sem resultado!).

personagem muito complexa, desde já por ser um compósito

alguém no café – é que eu nunca aprendi malha, não pinto as

Ele é rápido a passá-la de deusa, “razão de ser e fundamento”

da idiossincrasia açoriana a que o autor tentava regressar,

unhas e, apesar do meu nome, não troco receitas; estou

a “Messalina”, indigna do “alto sentimento que perfuma os

memorialista e literariamente. Mas para além de ser esse

desesperada à procura de assuntos assim femininos!O

insatisfatória até para o próprio.


foram definidas 13 áreas protegidas, incluídas, contudo, em

O

apenas 4 das 6 categorias da IUCN, referidas anteriormente: três Reservas Naturais (Caldeirinhas, Caldeira do Faial e Morro Parque Natural do Faial foi dividido em diferentes

de Castelo Branco); quatro Áreas Protegidas para a Gestão de

áreas protegidas, assentando sobre um modelo de gestão, cuja

Habitats ou Espécies (Cabeço do Fogo, área dos Capelinhos/Costa

base são as normas promovidas pela World Conservation Union,

Noroeste/Varadouro, área do Varadouro/Castelo Branco e ainda

também conhecida como IUCN (União Internacional para a

a área da Lomba Grande); duas Áreas de Paisagem Protegida

Conservação da Natureza).

(Monte da Guia e Zona Central) e quatro Áreas Protegidas de

A aplicação do sistema IUCN nos Açores traduz-se na

Gestão de Recursos (Áreas marinhas do Canal Faial-Pico/Sector

uniformização a nível mundial, das designações existentes,

Faial, de Castelo Branco, dos Capelinhos e dos Cedros). É

respeitando uma nomenclatura comum.

importante frisar que as categorias da IUCN incluem as áreas

Desta forma, a IUCN criou 6 categorias de acordo com as

definidas em convenções precedentes, como a de Ramsar,

características das áreas a proteger: i) Reserva Natural; ii)

CITES, Bona ou a Rede Natura 2000, salvaguardando todo o

A

Parque Nacional; iii) Monumento Natural; iv) Área Protegida

trabalho feito até agora.

soja é considerada uma fonte de proteína completa, isto é,

para a Gestão de Habitats ou Espécies; v) Área de Paisagem

Esta é provavelmente a maneira adequada de vermos garantida

contém quantidades significativas de todos os aminoácidos

Protegida e vi) Área protegida de gestão de recursos.

a conservação das áreas mais ricas no nosso património

essenciais que devem ser providos ao corpo humano. No entanto

No Parque Natural do Faial, constituído por ecossistemas únicos,

natural!O

a soja transgénica está a ser utilizada num número crescente

soja, domesticada pelos chineses há

cerca de cinco mil anos, teve um acentuadíssimo crescimento de produção durante o século XX. Provavelmente porque a

de produtos. Actualmente, 80% de toda a soja cultivada para o mercado comercial é transgénica. É sabido que consumir soja reduz os níveis de açucares no sangue, diminui os níveis de colestrol, favorece a digestão, previne doenças cardiovasculares e previne a osteoporose; no entanto a soja não é um alimento perfeito e tem alguns defeitos relacionados com o seu consumo excessivo: impede a absorção de minerais como o cálcio, o cobre, o ferro, o magnésio e especialmente o zinco, diminui a concentração de esperma e de testosterona nos homens e, nas mulheres aumenta o risco de cancro da mama. No Oriente a soja sempre foi consumida diariamente mas em quantidades equilibradas. Nos dias que correm, aqui no ocidente, estamos divididos entre os que baseiam a sua alimentação nos derivados de soja e os que nunca a consomem. Na falta de equilíbrio é que está o defeito dela.O

S

ambiente, contaminando a terra e os lençóis de água. Chumbo,

tiver baterias velhas, informe-se junto da sua junta de freguesia

mercúrio e cádmio, os metais com maior risco à saúde vão

sobre o melhor destino a ser dado a este resíduo. E porque

assim sendo arrastados pela água (que pode ser consumida por

não juntar-se aos muitos voluntários que dia 20 de Março vão

animais e humanos), até chegarem ao mar. Uma das

limpar os Açores?! Talvez esta seja uma das melhores formas

omos o que comemos”, já ouvi dizer muitas

propriedades de grande parte destes compostos é a elevada

de impedir que substâncias tóxicas não façam parte da ementa

vezes. Mas será que sabemos o que estamos a comer? A verdade

solubilidade em gorduras, que resulta na acumulação nos

do jantar.O

é que seja carne, peixe ou vegetal, a probabilidade de conter

tecidos gordos dos animais: um processo chamado

contaminantes químicos prejudiciais à saúde, é grande. Mas

bioacumulação. O que torna este processo perigoso é o facto

como é que estes produtos vêem parar ao nosso prato? Uma

destes compostos não conseguirem ser nem metabolizados

pequena questão que motiva estudos científicos em todo o

(isto é, serem usados como fonte de alimento, por exemplo),

mundo, com respostas diferentes consoante as diferentes

nem excretados, resultando numa acumulação continua. Esta

realidades locais. Nos Açores, por exemplo, é necessário analisar

é a razão porque animais no topo da cadeia alimentar, como

o que nos rodeia: o mar. Quase tudo o que chega às nossas

muitos dos peixes que consumimos, como o atum ou o espadarte,

ilhas vem do mar e o que está em terra segue naturalmente

têm tendência a acumular maior quantidade destes compostos.

para o mar...

É por isso crucial avaliar o nível de contaminação marinha,

Para melhor percebermos a dimensão do problema vamos

que passa pela análise de contaminantes em diferentes animais

imaginar uma situação hipotética: a bateria do seu carro teve

por forma a tentar perceber que animais apresentam maiores

de ser substituída e como não sabia o que fazer com a velha,

riscos se forem consumidos. E é isso que é feito no laboratório

decidiu coloca-la num campo, longe de vista. Possivelmente

de química do Departamento de Oceanografia e Pescas, onde

não sabia que pilhas e baterias são dos resíduos mais perigosos

à mais de duas décadas se determinam regularmente valores

para o ambiente pois ambas contêm na sua composição metais

de mercúrio e outras substâncias tóxicas, como PVCs

pesados perigosos para a saúde humana, como mercúrio,

(contaminantes derivados dos plásticos) em diferentes espécies

chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio. Nem

de peixe, marisco, aves, entre outros.

se apercebeu que com as chuvas frequentes, passado pouco

Os investigadores fazem a sua parte e nós, temos de fazer

tempo o plástico que contém estes compostos no interior da

também a nossa. A próxima vez que tiver pilhas usadas não as

bateria tem tendência a quebrar, deixando-os escapar para o

deite fora, coloque-as no pilhão para serem recicladas e se


26 de Fevereiro

Noite de Chamarritas

Encontro da Comunidade de Leitores

Sociedade da Ribeirinha | 21h00

Biblioteca Pública | 18h00

7 de Março

25 anos de Música Original dos Açores

Pesca de Barco

(ver Fazendo 32, pag. 3)

2ª prova do Torneio

Cine-teatro Faialense | 21h30

Baía da Horta | 07h00 às 12h00

27 de Fevereiro

Animação com o grupo “Margens”

Concerto: ZRF Trio

e Porco no Espeto

XF bar | 23h00

Sociedade da Ribeirinha | 18h00

27 e 28 de Fevereiro

8 de Março

Cinema: "Avatar"

Comemoração do dia da freguesia da Matriz

de James Cameron

Sociedade Amor da Pátria | 21h00

Cine-Teatro Faialense | 21h30 |no SAB há sessão às 17h00

8 a 28 de Março 1 a 31 de Março

Ateliers de Expressão Dramática

Captar o Real | Oficina Prática de Produção com Fausto Cardoso | (ver pg. 4)

com Anabela Morais Cine-Teatro Faialense 3ªfeiras | 17h00 às 19h00 | 4ªfeiras | 16h30 às 18h00 Idade: 6 aos 14 anos

9 de Março

Cinema “Afterschool - depois das aulas” de António Campos Cine-Teatro Faialense | 21h30

2 de Março

Cinema: “Cinco Minutos de Paz" de Oliver Hirschbiegel Cine-teatro Faialense | 21h30

5 a 6 de Março

Cinema : “Duas amas de gravata” de Walt Becker Cine-Teatro Faialense | 21h30

6 de Março

Reunião do grupo de apoio ao Aleitamento Materno Hospital da Horta | Unidade de Obstetrícia | 15h00


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