Fazendo 31

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O

seres humanos lutam, sabendo embora que as pesadas derrotas,

sem precedente. O conceito de democracia avançada, criado

de várias naturezas, que contra ele se produziram ou foram

e consagrado pelos comunistas portugueses deste nosso tempo,

Jornal Fazendo (Agenda Cultural Faialense)

induzidas, atrasam a luta, dão força à sua negação, alimentam

aparece como objectivo político pelo qual se luta e que visa

surgiu aqui na Horta, no dia 1 de Outubro de 2008, por iniciativa

divisionismos, inspiram oportunismos, solidificam desconfianças.

atingir uma democracia que seja, simultaneamente, económica,

de jovens criativos e livres, assume-se como comunitário, não

O ideal comunista é um ideal de transformação profunda, que

social, política e cultural. Dar sentido à democracia política

lucrativo e independente e visa, tal como é dito no primeiro

implica a transformação do próprio homem.

associando-lhe a justiça social; criar, sem manipulações, uma

número, constituir “uma plataforma de divulgação do que cá

intensa e participada actividade cultural; enfrentar, com

se faz”, para logo acrescentar “o que cá se faz na música, o

Lutar por esse ideal tem que ser lutar por todos os objectivos

resolução, os múltiplos e graves problemas sociais, gerados,

que cá se faz no cinema, no teatro, na fotografia, na ciência

imediatos e de médio e longo prazo que possam contribuir

todos os dias, pela injustiça e exploração reinantes; consolidar

e em tudo o mais”. O Jornal Fazendo tem não só cumprido

para a construção de uma sociedade que, sendo democrática,

uma nova forma de encarar as questões ambientais e a sua

muito bem esses objectivos, ao longo dos seus trinta números

seja também mais justa. Não se luta por esse ideal assumindo

relação com as actividades produtivas; são, de entre outros,

publicados, como os ultrapassou, sendo hoje uma referência

conformismos e praticando concessões.

objectivos transformadores incluídos neste vasto programa

criativa que muito contribui para a valorização da nossa

político pelo qual luto.

comunidade e para a afirmação de uma cada vez maior

Lutar por esse ideal implica defender todas as conquistas

capacidade colectiva de fazer, de construir e de transformar.

civilizacionais que foram sendo adquiridas pela humanidade.

Pensar estas questões, à escala da nossa Região Autónoma ou

Essa capacidade existe mas é por uns desvalorizada, por outros

Implica defender todas as conquistas políticas que valorizam

da nossa Ilha é não só motivador como pode ser mobilizador,

negada e por outros ainda obstruída. O Jornal Fazendo contraria

o papel da sociedade, a sua liberdade e os direitos individuais

uma vez que se torna mais fácil perceber, no concreto, quanto

a estagnação, nega a obstrução, afirma as muitas capacidades

e colectivos adquiridos. Implica reconhecer o valor do trabalho

melhor seria!

existentes e contribui para que elas se consolidem e

enquanto modo de criar riqueza e enquanto forma de valorização

desenvolvam.

pessoal. Implica a procura constante de formas mais justas de

Ser daqui e estar aqui tem que implicar, cada vez mais, um

repartir a riqueza criada, de colocar ao serviço pleno da

esforço continuado de transformação positiva, de concretização,

Por tudo isto foi com natural satisfação que recebi do Jornal

Humanidade a fulgurante evolução da ciência e da técnica a

na prática, dos valores que se diz defender e de combate aos

Fazendo o convite de colaborar neste número, tendo-me sido

que assistimos. Implica o urgente aprofundamento da luta para

constantes comportamentos dúplices a que todos assistimos.

dito que tratasse o tema que entendesse. Entretanto insisti

anular os criminosos e sistemáticos atentados que se fazem

A sociedade tem que ganhar consciência de que os poderes

para que houvesse da parte do Jornal uma sugestão e ela veio

todos os dias, à escala planetária, contra os equilíbrios

políticos e sociais não podem ser exclusivo dos que sempre

no sentido de tratar “a possibilidade da concretização dos

ambientais, que são essenciais à vida.

foram, ou dos que se transformaram, em carreiristas, cujo

ideais comunistas hoje em dia e mais concretamente aqui no

objectivo é, sempre, o de manter as situações e beneficiar

Faial”. Recebo a sugestão com inteira naturalidade e mesmo

Lutar por esse ideal implica uma luta permanente pela Paz,

com isso. Os poderes políticos, incluindo o poder local, têm

com satisfação, pois é público que a minha participação política

pelo direito dos Povos a existirem e a viver de acordo com as

que ser obrigados a perceber que existem para servir e não

foi sempre assumida como militante, que há muito sou, do

suas legítimas aspirações, pelos direitos individuais que deverão

para serem a correia de transmissão dos interesses dominantes

PCP. Respondo ao desafio, mas alertando, desde logo, que

ter como limite os legítimos direitos das comunidades.

e dominadores que tudo condicionam e que procuram, em

este texto só pode pretender ser uma primeira reflexão sobre

Lutar por esse ideal, neste Mundo que está a ser alvo de uma

cada minuto que passa, tentar evitar transformações positivas.

um tema muito vasto. Posto isto, ai vamos, fazendo….

globalização dominadora e destrutiva, obriga à luta pela

Não é racional pensar-se que o Mundo há-de ser sempre como

preservação das especificidades que marcam os Povos, as

hoje é! Lutar, com convicção e alegria, pelas rupturas e

Começo por dizer que como comunista que sou, luto por uma

comunidades e as várias formas de ser e de estar, associada

transformações que são precisas e urgentes, é o único caminho

sociedade liberta da exploração do homem pelo homem, da

a uma ideia clara de globalização construtiva, valorizadora da

que podemos vislumbrar, no emaranhado de dificuldades e

opressão, desigualdades, injustiças e flagelos sociais, onde o

humanidade e respeitadora das diferenças.

obstáculos que se nos apresentam. Esta ideia é válida em geral

desenvolvimento das forças produtivas, o progresso cientifico

e é válida para esta nossa Terra, onde, quando nos convencermos

e tecnológico e o aprofundamento da democracia económica,

Lutar hoje, no nosso Pais, pelos ideais que assumem os

que existe essa possibilidade, podemos viver bem melhor do

social, política e cultural assegurarão aos cidadãos liberdade,

comunistas e que, pela sua natureza, são partilhados por muitos

que hoje acontece.

igualdade, elevadas condições de vida, cultura, um ambiente

cidadãos, obriga a que se criem condições de verdadeira

ecologicamente equilibrado e respeito pela pessoa humana.

credibilização social desses valores, como valores autênticos

Sem qualquer espécie de triunfalismo e sem nervosismos

É este o ideal comunista pelo qual luto, integrado num Partido

e, necessariamente, substitutivos dos falsos valores hoje

inconsequentes, espero convictamente que este Povo possa

que o assume de forma integral, desassombrada e sem

dominantes, que apelam a um individualismo feroz, a uma

voltar a erguer os cravos que já vi e possa voltar a fazer, com

concessões. É por este ideal comunista que muitos milhões de

alienação massiva e que deitam mão a uma manipulação global

verdade, o V da Vitória.O


O

s Oquestrada nasceram em 2002, através do

cruzamento feliz de Miranda (actual vocalista) com Pablo

A

(Contrabacia). A eles juntaram-se João Lima, Zeto Feijão e Donatelo Brida. Sete anos mais tarde (é algum tempo…), surge o primeiro álbum, Tasca Beat, que regista em jeito de compilação s Filarmónicas estão indissociavelmente

Sociedade Filarmónica Nova Artista Flamenguense: os Amarais,

o trabalho musical produzido até então. Num estilo intitulado

ligadas à história cultural, social e religiosa do povo açoriano.

os Queijeiros, os Fialhos, os Becas, os Duartes.

pelos próprios de Fado Pop, ou Fado sem saudade, o universo

E constituem um dos patrimónios mais ricos que urge preservar:

Sociedade Filarmónica Unânime Praiense: os Silvas, os Costas,

musical dos Oquestrada explora também outros estilos como

existem actualmente nos Açores 104 bandas filarmónicas,

os Sousas, os Lopes, os Dias, os Vargas.

o ska, o rap ou a cantiga à desgarrada, e são o resultado da

muitas delas centenárias.

Sociedade Filarmónica União Faialense: os Serpas, os Macedos,

mistura de proveniências e culturas dos próprios músicos.

Nestas ilhas, cada freguesia, cada vila e cada cidade sente

os Dutras, os Melos, os Duartes.

Apesar desta receita ecléctica, os OqueStrada fazem questão

orgulho na sua filarmónica – porque se sente por ela

Sociedade Filarmónica Euterpe (Castelo Branco): outrora, os

de se dissociar da world music. O seu objectivo é celebrar

representada.

da Quinta, os Dutras e os Caldeiras; hoje, os Goularts, os

Portugal, celebrar Almada e celebrar Lisboa, com Hermínia

As Filarmónicas têm, na sua origem, uma cultura militar,

Rodrigues, os Freitas, os Santos.

Silva e Alfredo Marceneiro à mistura, e ginginha e medronho

sobretudo com as Bandas de Infantaria e Cavalaria, e só a

Sociedade Filarmónica Lira e Progresso Feteirense: os Boldeias,

para aquecer o coração. Trata-se de um disco de audição

partir do século XVIII evoluíram para Bandas Civis (género

os Mendonças, os Fortunas, os Silvas.

obrigatória, apesar de na minha opinião não conseguir transmitir

concertante), com objectivos e timbres muito claros: em tom

Sociedade Filarmónica Recreio Musical Ribeirinhense: os Correias,

a alegria e energia contagiante dos espectáculos ao vivo. Os

marcial, recebiam o rei; em tom triste, acompanhavam os

os Pinheiros, os Soares, os Quaresmas, os Terras.

Oquestrada actuaram no Faial em 2008, num incrível concerto

cortejos fúnebres; em tom religioso, incorporavam-se nas

Lira campesina Cedrense: os Moitosos, os Vargas, os Escobares,

no Palco Alternativo da Semana do Mar. Apesar da qualidade

procissões; em tom alegre, divertiam (e divertem) o povo nos

os Rosas.

do concerto, o público não aderiu em grande número, o que

seus festejos.

Nos últimos anos temos vindo a assistir, no Faial, a um

já vem sendo habitual por aqui. Certamente terão mais plateia

Vivendo em ilhas, sentimos, desde sempre o peso da solidão

indiscutível salto qualitativo de muitas das nossas filarmónicas.

no próximo dia 30 de Janeiro, onde actuarão no Auditório do

e do isolamento físico. A necessidade de convívio levou-nos á

E isto fica a dever-se, entre outros, aos seguintes factores:

Ramo Grande, na Praia da Vitória, pelas 21.30 h.O

necessidade de quebrar silêncios e distâncias. E fizemo-lo de

1. Uma aposta muito forte na formação, com cursos de

muitas e variadas formas, nomeadamente através da música,

aperfeiçoamento e formação contínua para músicos e regentes.

nós que nos habituámos a seguir o ritmo cadenciado das ondas

2. Reestruturação das Escolas de Música e uma aposta no ensino

e fomos embalados pelas marés…

genérico da música.

Tal experiência de alguma forma explica o facto de o povo

3. O papel decisivo do Conservatório Regional da Horta.

açoriano ser bastante musical. Segundo dados fornecidos pela

4. A acção empenhada das direcções das Filarmónicas.

Direcção Regional da Cultura, 15% da população açoriana canta

Perguntar-se-á: que futuro para as nossas Filarmónicas?

e toca música em público e para o público. E isto fica a dever-

Pessoalmente acho que elas devem evoluir mas sem perder as

se sobretudo àquelas que são as duas mais importantes escolas

suas características, a sua matriz. Não podemos seguir o

de formação musical dos Açores: as Filarmónicas e os grupos

exemplo de Espanha, onde muitas filarmónicas evoluíram para

Corais (as “capelas”).

bandas sinfónicas. Basta-nos a Banda Regional Lira Açoriana.

O Faial faz jus à referida estatística, já que possui 8 filarmónicas

Acima de tudo, há que não perder de vista o objectivo primeiro

(e respectivas escolas de música), um Conservatório Regional,

da Federação das Bandas Filarmónicas dos Açores e que consiste

várias orquestras, 5 grupos folclóricos, 3 tunas, múltiplos e

na implementação de uma rede escolar pública do ensino da

multifacetados agrupamentos musicais. Se a estes

música centrada nas filarmónicas e, para os jovens mais

acrescentarmos as “capelas” das 13 freguesias desta ilha,

dotados, nos conservatórios.

teremos, em números redondos, qualquer coisa como 1.500

Por outro lado, é importante fomentar as parcerias e

amadores que, aqui, cantam e tocam regularmente em público.

intercâmbios com outras filarmónicas dentro e fora dos Açores.

A base de sustentação das Filarmónicas açorianas passa por

E julgo que seria importante dedicar um dia às Filarmónicas

aquilo a que eu tenho vindo a chamar de clãs familiares, que

e, nesse dia, trazer até nós filarmónicas do primeiro plano

vão transmitindo, ao longo de gerações, uma tradição e uma

nacional e europeu. E sempre defendi a realização, entre nós,

herança cultural, e funcionam como “núcleo duro” – estamos

de Festivais de Filarmónicas. E não devemos ter medo da

perante uma tradição que se renova, já que os filhos vão

palavra competição. Porque sem competição não há qualidade.

seguindo as pisadas dos pais.

Por conseguinte, acarinhemos, respeitemos e amemos as nossas

P

Desses clãs familiares, e seguindo a ordem de antiguidade das

Filarmónicas, “os conservatórios do povo”, como escreveu

que surge ao ver a capa do seu álbum é “não os deixem tocar

filarmónicas faialenses, eu gostaria de destacar os seguintes

Camilo Castelo Branco no seu livro Sinos de Aldeia.

em ninguém por favor!”, mas ficaremos muito mais descansados

apelidos e /ou alcunhas:

Mais do que escolas de música, as nossas Filarmónicas são

ao saber que se trata de pastores da igreja de Oklahoma, que

Sociedade Filarmónica Artística Faialense: os Batatas, os

escolas de vida. Cumprem e bem, uma função social. Por isso,

querem tocar no Senhor. Ficamos mais descansados porque

Madrugas, os Pereiras, os Reis.

longa vida a elas.O

estão em Oklahoma, e Oklahoma é longe. O

ara a segunda edição da rubrica “Discos do

Além”, trazemos ao caro leitor uma pérola da elegância e da sobriedade – The Ministers Quartet. O primeiro pensamento


A

ntigamente, qualquer turista que entrasse em Portugal por Badajoz era obrigado a passar à porta de Zé Marôvas - que assim angariava clientes. Hoje, após a construção da auto-estrada, Zé Marôvas permanece horas à espera, sem que ninguém entre na sua loja. Vencedor do prémio para melhor curta-metragem na última edição do DOCLISBOA, "Passando à de Zé Marôvas", de Aurora Ribeiro, vai ser exibido na Horta, numa iniciativa da Associação Cultural Fazendo e com o apoio da Biblioteca Pública João José da Graça. A sessão será no dia 4 de Fevereiro, quintafeira às 21h30, no auditório daquela instituição.O

Levantou-se tarde a manhã já sem tempo para olhar a nuvem sumir no vão de uma espiral com ar

J

oão Pedro Rodrigues é um dos realizadores

é uma obra prima.

portugueses mais inscrito na vanguarda do cinema mundial

Não obstante o poder e a magia das que mulheres (dentro e

contemporâneo, talvez só ultrapassado por Pedro Costa.

fora do cinema) considero, cá muito pessoalmente, que não

Acontece que é gay, o que não é nada de extraordinário: muitos

estamos perante mais nada do que uma razoável dose de

também o são. E faz filmes sobre gays e nisso também não foi

machismo. Ou será feminismo? Se o que toda a gente quer é

o primeiro nem será o último. Logo ali em Espanha temos um

mulheres, talvez seja feminismo... Mas não: é machismo, sim.

super-realizador POP, que por ter surgido em Madrid nos loucos

É o mesmo machismo que censura os travestis, ou porque é

80's e por os seus filmes abordarem amores realistas e humores

que um homem vestir-se de mulher é escandaloso e uma mulher

surrealistas é bem mais conhecido e amado. Apesar de (ou

vestir-se de homem é só irónico? É o mesmo machismo que se

mesmo por isso) ser gay.

rodeia de imagens de corpos de mulheres semi ou mesmo nuas

João Pedro Rodrigues é cineasta, é gay, é vanguardista, consegue

(tv, revistas, anúncios, calendários, e tal e tal), que uns se

dinheiro para fazer os seus filmes, tem o nome em livros da

divertem a desejar para si e outras se divertem a desejar ser

TASCHEN, vai a Cannes, faz filmes com sexo explícito, é

assim.

PORTUGUÊS e o máximo que se pode ouvir da maioria das

Neste "Morrer como um homem" as únicas mamas que existem

pessoas que conheço - e isto não é culpa delas, que a maior

são as de um homem que quer ser assim. Mas estão em ferida,

parte até são bem informadas - é "ah, sim, já ouvi falar". E

vertem silicone e sangue e nós, público, somos obrigados a

não é culpa delas porque eu já ouvi muito e muitíssimo alarido

ver isso. Tal como temos que ver orgãos sexuais masculinos

nos meios de comunicação por causa de certos filmes que se

(não propriamente belos). Mas se o cinema serve para vermos

fizeram em Portugal e que a única coisa que tinham digna de

o que não podemos ou não sabemos ver na vida real, e se o

nota era o tal sexo explícito (ah, espera! e uma boazona!)

filme o mostra com mestria e perfeição técnica, através de

Bom, um dos filmes do Almodôvar menos apreciado é "A Má

linguagens e formas de expressão inovadoras, então o realizador

Educação". Primeiro: porque não é para rir. Segundo: só tem

cumpriu o seu objectivo. E eu como espectadora, também

homens. E pronto, só pode ser por isso porque de resto o filme

cumpri o meu: gostei muito.O

De novo algo dormiu preso ao dia e a mim parei de pensar no rio daquele deserto sem fim Subi então a montanha mas à chegada o que vi era uma coisa tão estranha que por instantes tremi Nenhuma voz ou gesto sobre os rostos recaía é saudade o que empresto aos meus olhos de dia Restam as cores estáticas retidas mesmo a tempo faltam é linhas mágicas ao contorno do movimento


D

Como convite a visitar esta pequena exposição transcrevo abaixo o manifesto original do artista: avid Garcia é um artista contemporâneo

“The dream begins. The painting unfolds. I feel my way along.

nascido na California em 1934. No entanto, a sua história

All manner of obstacles are encountered. I reach for balance

entrecruza-se com a nossa. Os seus avós, naturais da Ribeira

and rhythm and truth. I seek understanding. I test my strengths.

do Meio na ilha do Pico, emigraram para os Estados Unidos por

I see the weaknesses. I am influenced by everything. I become

volta do ano de 1880. David Garcia, curioso sobre as suas

eternal for a moment.”

origens, visitou pela primeira vez os Açores em 1966 onde se encontrou com a sua prima Maria Bettencourt e, como o próprio

www.ArtByDavidGarcia.com

afirma, apaixonou-se pelas ilhas. A sua prima, agora com a idade de 101 anos, vive aqui na Horta com a sua flha Antónia

Nota Biográfica:

Xavier. David Garcia voltou aos Açores seis vezes mais e, apesar

Em 1971 licenciou-se em Belas Artes pela California State

de poucas, sente que este contacto influenciou

University em Los Angeles, tendo posteriormente, em 1976,

considerávelmente o seu trabalho enquanto artista.

adquirido o Mestrado em Belas Artes pela mesma universidade.

A Associação Cultural Fazendo, em colaboração com Ken Donald,

Mais tarde foi professor de Arte em Colorado e em Los Angeles.

acedeu recentemente a alguns dos seus trabalhos – seis pequenas

Realizou inúmeras exposições em diversas galerias na Califórnia,

aguarelas – que estarão expostas na C.A.S.A. a partir de dia

tendo também exposto em Lisboa em 1991. Está representado

7 de Fevereiro e até dia 7 de Março.

em várias colecções privadas e institucionais.O

Q

uando a doença aperta, todos nós aprendemos

únicos a ensinar? Se os condutores são os únicos a conduzir?

processo construtivo, face à prescrição das soluções e materiais

Se os pilotos são os únicos a pilotar? Se... Se... Se...

a aplicar em obra.

Certamente, não serão os únicos, mas que serão os mais

Um cliente bem assessorado, está sempre defendido, seja ou

que o mais ajuizado, é consultar o médico, mesmo sabendo

capazes, ninguém porá em dúvida.

não “culpado”.

que a experiência dos enfermeiros, dos curandeiros, da família,

Então, se queremos espaços fechados sem fumo, se não

A prestação de um serviço de arquitectura pressupõe uma

dos amigos e dos curiosos seria “suficiente” para tratar do

queremos lixeiras a céu aberto e vamos limpar Portugal, vamos

franca relação entre o arquitecto e o cliente, uma vez que o

nosso padecimento.

também devolver os edifícios e as cidades a quem tem mais

arquitecto assume-se como “advogado” do seu cliente, na

Mas quando precisamos de um conselho, de um parecer ou de

preparação técnica e artística para arcar com essa

defesa dos seus interesses junto da Câmara enquanto entidade

uma planta (projecto de arquitectura) para a nossa casa – um

responsabilidade.

licenciadora, junto do empreiteiro enquanto prestador de um

investimento para (quase) toda a vida, recorremos à família,

serviço de grande dimensão, no qual existem garantias a

aos amigos, aos curiosos, aos desenhadores, aos operadores

Partilho aqui convosco um quadro que sempre me fez confusão:

de CAD, aos engenheiros e..., raramente, a um arquitecto.

Se um arquitecto “consulta” um endireita, é quase insultado

Claro que o resultado, é aquele que se vê pelo país inteiro,

em praça pública e motivo de escárnio de um doutor... Mas se

O arquitecto concebe, desenvolve, cria, planifica, resolvendo

quando, em 1973, uma portaria transitória transformou a

um médico dá o projecto da sua casa a um desenhador... é

um puzzle de exigências técnicas e estéticas múltiplas, não

Arquitectura de Portugal numa brincadeira de mesa de café,

perfeitamente natural, é até um acto de “cultura”, de confiança

atingindo a perfeição a 100%, mas necessariamente com um

onde todos dão palpites, todos têm o direito de impor aos

mútua... Algo não joga, não bate certo, neste acto... médico!

elevado índice de satisfação.

outros (vizinhos) os seus padrões de “bom gosto”...

respeitar, cumprir e fazer cumprir.

O arquitecto preocupa-se com a estética, mas também com

Tudo, porque o comum do cidadão pensa que a sua casa tem

Mas voltemos à cidade, à freguesia, à nossa rua, onde moramos,

a funcionalidade, com o sucesso das actividades que serão

que ser a mais bonita, e/ou a maior..., e vai daí, decora-a com

e à utilidade do contributo do arquitecto.

desenvolvidas nos espaços criados pelo seu projecto, com a

o maior número de acessórios, como se de uma árvore de Natal

E nada melhor do que dar alguns exemplos, de algumas boas

sua integração no meio envolvente, com o respeito pela

se tratasse.

práticas.

memória do local, etc.

Quase decorridos 40 anos, depois de muitos estragos, da

Tenho um cliente, que lhe fiz a casa, e já a ampliei, por duas

A qualidade não é uma questão de gosto, é objectiva e

importação de muitos estereótipos, e de muitos gritos de alerta

vezes, registando curiosamente que este cliente nunca “abria

quantificável.

da Associação de Arquitectos Portugueses que recentemente

a boca” na presença do empreiteiro. Perguntei-lhe porquê?

A qualidade da nossa casa, da nossa cidade, não depende do

virou Ordem dos Arquitectos, houve alguém que disse BASTA!

Respondeu-me que eu é que deveria falar, porque sempre que

acaso, depende, isso sim, do cumprimento escrupuloso de uma

Basta de curandeiros, de endireitas, de jeitosos, de desenhadores

eu falava, ele ganhava dinheiro, e, ao invés, quando ele dizia

série de regras e boas práticas.

que em vez de desenharem dão uma mãozinha, de engenheiros

algo, perdia sempre qualquer coisa.

Do mesmo modo que um festival não é um arraial, e que uma

que em vez de dimensionarem também dão o gosto ao dedo...

Tive outro cliente que, para além de lhe fazer o projecto,

casa não é um casebre, também uma cidade não se resume a

Basta de edifícios e cidades feitas ao Deus dará, ao sabor do

negociei a entrega da obra a um empreiteiro. Em plena

um casario servido por ruelas.

vento, ao jeito de cada um, viciados nos mais diversos

negociação do preço, perguntámos ao empreiteiro, se o preço

Se uma equipa de futebol sem treinador, acaba por sofrer e

individualismos, sem a mínima noção de planeamento, de

apresentado, se era com ou sem IVA. Ao que ele nos respondeu

perder... Se um doente sem assistência médica, acaba por

conjunto edificado, de integração urbanística e arquitectónica.

que “tanto fazia”..., o que pagou de uma assentada todos os

sofrer e morrer... Uma cidade, sem arquitecto, também acaba

Mas então, os arquitectos são os únicos a poder intervir?

encargos de projecto, de assessoria e ainda “cresceu”.

por sofrer, e morrer!

A resposta vem, quando também se pergunta: Se os médicos

Um projecto bem desenvolvido, bem detalhado, e bem descrito

Salvemos a cidade da Horta! O

são os únicos a receitar? Se os enfermeiros são os únicos a “dar

paga-se a si próprio, uma vez que os honorários (limitados por

picas”? Se os investigadores são os únicos a investigar? Se os

lei), são largamente cobertos pela qualidade que a construção

Contributos, para

engenheiros são os únicos a calcular? Se os professores são os

virá a ter, seja pela concepção, seja pela caracterização do

po.acp@mail.telepac.pt


Zeus não se quis envolver, pois se tinha chegado a líder foi

Madrasta da Branca de Neve – um conto cujo folclore se perde

também pela sabedoria de ficar sempre calado em disputas

em 1700 - a envenena, e é uma Maçã que o herói suiço

no seu harém e nomeou o pobre Páris para decidir qual era a

Guilherme Tell põe na cabeça do filho e parte ao meio com

deusa mais bonita. Em troca da Maçã, cada deusa lhe ofereceu

grande pontaria de arco e flecha, a arma por excelência do

o que tinha: Hera deu-lhe poder, Atena, sabedoria e Afrodite,

século XIV.

amor. Páris não pensou duas vezes, deu a Maçã à última e…

O cientista cá de casa (sim, nós pessoas das ciências humanas

assim começou a Guerra de Tróia, que durou dez anos, e teria

não somos cientistas) explicou-me que há uma razão de ser

durado mais se não fosse a brilhante ideia do cavalo de Ulisses.

para o facto da Maçã ser tão importante: parece que era muito

Por causa de uma maçãzinha… Nalgumas das línguas indo-

popular na base de alimentação do ser humano – por exemplo,

-europeias, há resquícios desta lenda – em holandês e em

os franceses, muito relutantes à introdução da batata quando

alemão, a expressão “maçã da discórdia” identifica desarmonia,

esta apareceu a substituir os rabanetes e beterrabas, só se lhe

além de haver um lugar com o mesmo nome no bairro Eixample,

renderam pela sua parecença morfológica com as maçãs; para

em Barcelona.

A

convencer os conservadores citoyens a comer batatinhas foi

Hércules, o semi-deus dos doze trabalhos, também se viu aflito

preciso usar um estratagema e chamá-las pommes de terre.

com Maçãs. Teve de roubá-las do Jardim das ninfas Hespérides

Achei isto muito factual e interessante, mas desfez-me um

(ao que parece, localizava-se na Ibéria), porque a Maçã era o

mito científico: então o Isaac Newton, ao raciocinar a Lei da

pomo da imortalidade.

Gravidade debaixo da macieira, estava apenas à espera de

Na mitologia nórdica, também assim acontece – os deuses

uma refeição fácil?! Coitado. Já naquela época, cientista sofria

alimentam-se de maçãs para garantir não só a eterna vida

para o seu sustento…

como a juventude.

Entretanto, nos últimos tempos, à custa do Novo Mundo, a

Maçã é o fruto mais importante do

A cultura judaico-cristã, a que a realidade açoriana está mais

Maçã ficou mais bem vista. Os americanos fizeram de Johnny

Mundo Ocidental. Não sou feroz amante de maçãs, mas defendo-

ligada, assenta num mito primordial que envolve o quê? A

Appleseed uma lenda e, logo, lendas patrióticas dos vastos

-as, com unhas e, sobretudo, com dentes. É que sem maçãs

Maçã! A serpente bem podia ter oferecido a Eva outro fruto

campos de macieiras que ele terá plantado, alargando a frontier.

o Mundo não seria tal como hoje o conhecemos, pois todos

que expulsasse a Humanidade do Paraíso… Mas não. Deus

Talvez por isso seja tradicional os professores mais simpáticos

sabemos que a condição humana, a sua experiência e

permitiu-lhes comer tudo, excepto o “fruto da árvore da

receberem dos alunos uma maçã vermelha, nos EUA. Na gíria

sensibilidade repousa, bem apoiada no braço direito na sua

sabedoria” (ou da consciência, dependendo das traduções).

do jazz moderninho, “Maçã” é uma cidade e a Big Apple é a

História, mas não menos apoiada no braço esquerdo nos seus

Curiosamente, se formos investigar, verificamos que o fruto

maior de todas.

Mitos. É a Literatura que faz com que os Mitos – todas as

de Adão e Eva teria mais probabilidade de ser um figo ou uma

Claro que vos dei apenas um breve esboço do poder da Maçã

histórias que a Humanidade criou para explicar as formas do

uva – de acordo com o Zohar, texto da Cabala Judaica. Mas a

ao longo dos tempos. Ah, e não pensem que é por um pecado

mundo e suas criaturas - prevaleçam. Ora, não há Mitologia

nossa cultura ocidental, muito romanizada, melhor sorte não

de gula pessoal: dentro de mim, mora uma japonesa que ama

no “nosso” Mundo sem Maçã.

reservou para a Maçã, cujo nome latino é Malus domestica.

o sabor de cerejas e a visão de sakura na Primavera. Não tenho

Comecemos pela Grécia Antiga. Eris, Deusa da Discórdia, usou

Assim, aparentada etimologicamente com “má” logo de

o apetite de Agatha Christie que não conseguia escrever sem

uma Maçã dourada para os seus propósitos. Atirou-a, muito

entrada, previa-se para a Maçã um mau futuro e muita

comer um cestinho de maçãs reinetas. Não posso, porém,

apropriadamente, para o meio de um matrimónio onde estavam

especulação…

deixar de reconhecer: culturalmente, onde estaríamos sem

presentes todas as deusas, o que não seria nada de

Na mesma senda de fruto poderoso e terrível, a Maçã faz parte

uma Maçã para as nossas catarses? orma de descobrir (ou

extraordinário, não tivesse esta a inscrição “para a mais bela”.

dos imaginários infantil e juvenil: é com uma Maçã que a

redescobrir) autores extraordinários.O

T

onde se podem trocar experiências e opiniões sobre livros vários, que tenham sido ou estejam a ser lidos, por um ou al como dizia Pessoa no seu poema Liberdade, "Ai

vários membros da comunidade.

A

que prazer, Não cumprir um dever, Ter um livro para ler, E não

E é para isso que servem os encontros, uma vez que cada um

o fazer! Ler é maçada, Estudar é nada. O sol doira, Sem

fala um pouco sobre o(s) livro(s) que está a ler, fornecendo

literatura.”, existem momentos em que não apetece fazer

aos restantes participantes uma espécie de crítica literária um grande detective ou que só os adultos são capazes de

absolutamente nada – e descansar a seguir. Mas existem também

pessoal e independente sobre esse mesmo livro ou sobre o seu descobrir pistas e resolver mistérios?

momentos em que o prazer vem de ler um livro quando não

autor ou autora. Quanto ao livros e temas abordados, não Se achas que qualquer pessoa pode descobrir tudo e mais

se tem de o fazer. E existe também o prazer, literário e não

existem regras, cada participante leva o que quiser, fala sobre alguma coisa vais gostar do Detective Maravilhas e dos seus

só, de conversar sobre o que se leu.

o que quiser, ou não fala de todo, se assim o entender. A ideia amigos.

Para quem gosta de ler e de partilhar o que leu; para quem

é ficarmos a conhecer mais livros, mais autores, concordar, Desta vez os nossos amigos andam preocupados com o João

gosta de ficar a conhecer livros apreciados por outros leitores;

discordar, debater, informal e descontraidamente. pois este passa as aulas distraído e é muitas vezes repreendido

para quem não lê (ainda) e tem curiosidade de saber o que é

O Director da Bilblioteca e Arquivo Regional João José da Graça pelos professores. O que será que se passa? E quem é o estranho

isso de gostar de ler; existem os encontros da Comunidade de

é o anfitrião destes encontros e abre-nos as portas da “sua rapaz que vem tantas vezes buscá-lo à escola? Será que é ele

Leitores da Horta (CLH). E o que são os encontros da Comunidade

casa” ao fim da tarde da última sexta-feira de cada mês, para quem o anda a influenciar?

de Leitores da Horta?

que possamos partilhar esse grande prazer, que é ler sem ter Para saberes a resposta a estas perguntas e muito mais não

A CLH, como o nome indica, é uma comunidade, um ponto de

de o fazer. O

chas que alguém da tua idade pode ser

deixes de ler Detective Maravilhas dá a volta por cima, de Maria do Rosário Pedreira.

encontro aberto ao convívio dos leitores – compulsivos, frequentes ou casuais – e também dos não-leitores, de diversas

Encontros da Comunidade de Leitores da Horta: última sexta- Uma palavrinha aos pais – A autora procura sempre abordar

idades, proveniências, gostos e personalidades, que têm em

feira de cada mês às 18h na BPARJJG. O Próximo encontro é temáticas, como a amizade ou as más influências, que

comum o prazer de (re)descobrir livros e autores. É um espaço

já amanhã, dia 29.

preocupam os jovens (e os pais!) nestas idades.O


N

a nossa última passagem pela praia de

milhão de animais marinhos morrem anualmente devido a

Porto de Pim deparámo-nos com um cenário que se repete

estes detritos por ingestão ou por aprisionamento, como por

todos os Invernos. A cobrir a areia negra que denuncia a

exemplo em artes de pesca perdidas ou abandonadas.

origem vulcânica das nossas ilhas havia milhares de pequenos

Além das consequências mais visíveis, o lixo marinho também

pedaços de plástico colorido, e dispersos, aqui e ali, sacos

representa um risco para a saúde humana. As partículas

plásticos, bóias, garrafas de vidro, latas, tudo lixo proveniente

plásticas flutuantes além das toxinas que as compõem tendem

do mar.

a concentrar químicos perigosos como PCB e DDT que são surpreendentemente abundantes na superfície do oceano.

“O mar devolve o que não lhe pertence”

Estes contaminantes acabam por entrar na cadeia trófica

Nos Açores uma parte deste problema deriva do facto das

quando estes plásticos são confundidos com presas. Os

pessoas ainda terem o hábito de deitar o lixo nas ribeiras,

predadores de topo (como tubarões, espadarte, atuns) são

que nas enxurradas é arrastado para o mar, problema que se

os mais afectados pois bioacumulam estes compostos em

agrava com a elevada precipitação da região.

quantidades elevadas que acabam por assim chegar ao prato

Segundo um relatório de 2009 do Programa Ambiental da ONU

dos consumidores.

(UNEP) apenas cerca de 20% do lixo no mar provem de navios ou plataformas petrolíferas. A maior parte vem de actividades

“O que fazer?”

terrestres! Nas últimas decadas o plástico tem vindo a ser

As medidas para reduzir o lixo no mar podem passar por

cada vez mais utilizado. A criação de novos polímeros mais

decisões governamentais como aplicação de multas elevadas

resistentes e não biodegradáveis garante a sua durabilidade

para embarcações que deitem lixo no mar, mas também

na natureza por várias centenas de anos, o que justifica que

mecanismos de mercado direccionados para a reciclagem,

a grande maioria do lixo marinho seja composta por plástico.

redução ou reutilização de produtos, passando pela consciencialização do público e de incentivos económicos.

“O que atiramos para o mar pode um dia acabar no nosso

Nos últimos anos tem-se realizado actividades de sensibilização

prato”

ambiental através da limpeza da doca e da Praia de Porto

O entulho plástico despejado no mar pode interferir

Pim. Mas mais que isso a atitude de cada um de nós perante

gravemente com a vida animal. Estima-se que mais de 1

o ambiente tem que mudar!O

o F zendo r cebe peq enos textos e/ou imag ns para preen her as suas lacun s.


Exposição de Fotografia

5 a 7 de Fevereiro

“A Ilha, a História e a sua Gente.”

Cinema:

Banco de Portugal | Segunda a Sexta 13h30-17h00

“2012” de Roland Emmerich

29 de Janeiro

Cine Teatro Faialense | 21h30 | M/16

Encontro da Comunidade de Leitores Biblioteca Pública| 18h (pag.6)

RECEBA O FAZENDO TOTALMENTE A CORES NO SEU E-MAIL

7 de Fevereiro a 7 de Março

Exposição de Aguarelas 29 a 31 de Janeiro

de David Garcia (pag.5)

Cinema:

Casa de chá CASA

ESCREVA-NOS PARA vai.se.fazendo@gmail.com

“Os substitutos” Jonathan Mostow Cine Teatro Faialense | 21h30 | M/12

1 de Fevereiro

OU LEIA TODOS OS NÚMEROS ONLINE EM

Festividade do Senhor Santo Cristo Praia do Almoxarife | 15h

2 de Fevereiro

Cinema: “O Silêncio da Lorna”

http://fazendofazendo.blogspot.com

Irmãos Dardenne Cine Teatro Faialense | 21h30 | M/12

9 de Fevereiro

Cinema: “Capitalismo - A love story” Michael Moore

4 de Fevereiro

Cinema: “Passando à de Zé Marôvas” de Aurora Ribeiro (pag. 4) Auditório da Biblioteca | 21h30

Cine Teatro Faialense | 21h30 | M/12

11 de Fevereiro

Desfile Infantil de Carnaval “Biodiversidade” Do Mercado Municipal à EBI da Horta | 10h


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