MAI - JUN / 2018
SAMARITANA: QUAL ESPERANÇA...?
Director: P.e Mário Martins Chaves Rodrigues Ano XXIII - 6ª Série | Nº 64 | Bimestral 1,00 €
“Na caminhada vocacional, muitas questões vão povoando os nossos passos: «o que é que Deus quer de mim? Será que é mesmo isto que Ele quer? Serei capaz?»”. Nazaré Dantas Págs. 2-3
PROJETO SEMENTES “Somos conduzidos a levantar questões sobre a nossa própria dimensão religiosa, como somos levados a conhecer Cristo”.
Eduarda Cunha Pág. 11
EDITORIAL
A ESPERANÇA INTERROGA “AS SEDES”! A dinâmica de estar e ir contra a corrente, slogan repetido entre os cristãos, “não nasceu ontem”. Jesus assim procedia enquanto “fonte que jorra para a vida eterna” (Jo 4, 14). De descoberta em descoberta, Cristo pauta o seu modus operandi por desinstalar as nossas rotinas desgastadas por uma teimosa existência fechada ao eterno. É neste ponto que o Filho de Deus troca a pedra por carne, fazendo encarnar a Esperança nos corações empedernidos e sem esperança. Exemplo disto é o relato da samaritana (Jo 4, 1-42), mote para o tema visão deste novo número. Reparemos que aquilo que parecia um encontro banal de quem descansa perto de um poço, transforma-se numa entusiasmada profissão de fé em Cristo. Conclusão? A Esperança cristã é uma Pessoa: Jesus Cristo. A mesma que de um banal encontro faz acontecer o pedido sorrateiro: “Dá-me de beber”. Aqui encontramos a essência de uma caminho de discernimento vocacional, fruto de uma escuta interior, onde Deus faz desencadear perguntas próprias do caminho. Aliás, mais do que respostas bem desenvolvidas, a relação com Jesus Cristo faz-nos descobrir as perguntas certas: Como escuto a Palavra de Deus? Onde pertenço? Como O posso servir e viver? Assim se percorre o caminho da liberdade onde a pergunta não se confunde com os ecos próprios das nossas “interrogações de circunstância”. Jesus, como a jovem Maria, Tua e nossa mãe, faz-nos despertar a “sede” necessária para nos colocarmos a caminho, em direção à Água Viva, mesmo que seja contra a corrente, pois, através de passos firmes e determinados, fazemos nossas as palavras de Franz Werfel: “A sede demonstra a certeza absoluta da existência de água”.