FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS
ABRE ASPAS UNICAMP LIMEIRA
Nº 17 § agosto/setembro 2018
RELIGIÃO E POLÍTICA EM 2018:
por onde anda o Estado Laico?
Espaço Opinião BÍBLIA SAGRADA
C A N D I D A T O
PRESIDENCIAL
“As múltiplas funções da universidade pública brasileira”, por André Luiz Sica de Campos
#ExistePesquisanoBr As histórias de alguns bolsistas da Faculdade
FCA na mídia
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Universidade Estadual de Campinas Reitor Prof. Dr. Marcelo Knobel Coordenadora Geral da Universidade Profa. Dra. Teresa Dib Zambon Atvars
Diretor Associado FCA Unicamp Prof. Dr. Márcio Alberto Torsoni
Diretor FCA Unicamp Prof. Dr. Álvaro de Oliveira D'Antona
Assistente Técnico da Unidade FCA Unicamp Flávio Batista Ferreira
FACULDADE DE CIร NCIAS APLICADAS
ABRE ASPAS UNICAMP LIMEIRA
Nยบ 17 ยง agosto/setembro 2018
EDITORIAL Nesta edição, a matéria de capa é sobre a pesquisa de mestrado desenvolvida pelo aluno Roberson Marcomini e orientada pelo Professor Mauro Cardoso Simões no Programa de Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a qual aborda o entrelaçamento entre política e religião nos tempos atuais e passados. Em #ExistePesquisaNoBr, ouvimos alguns alunos que recebem bolsas CAPES e passaram maus momentos recentemente, quando a agência anunciou que não teria mais recursos para honrar seus compromissos em 2019. Temos ainda o ‘Espaço Opinião’, com um texto do Prof. André Sica, sobre o papel das universidades públicas no Brasil. Confira também as imagens do bimestre, que contam nossa história cotidiana em imagens.
Boa Leitura! O Abre Aspas é uma jovem publicação interna da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, que tem o objetivo de divulgar diferentes ações realizadas por professores, alunos e funcionários e que contemplam o protagonismo e o engajamento estudantil, as atividades de extensão universitária e as relações da Faculdade com a sociedade, o fomento da interdisciplinaridade na instituição, entre outros assuntos. Chegamos agora à décima sétima edição, sendo que anualmente são produzidos quatro números, nos bimestres de março/abril, maio/ junho; agosto/setembro e outubro/novembro. A publicação é um dos produtos da Área de Comunicação e conta com a colaboração de todos na sugestão de pautas que possam ser abordadas em suas matérias. Para fazer sugestões de pauta, mande um email para cristiane.kampf@fca.unicamp.br
Cristiane Kämpf Assessoria de Imprensa – FCA Unicamp
Expediente A revista eletrônica FCA Abre Aspas é uma publicação bimestral da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, em Limeira. Nº 17 – Agosto/Setembro 2018 Elaboração, produção e edição Cristiane Kämpf – MTB 43.669 Assessoria de Comunicação e Imprensa, FCA Unicamp Projeto gráfico e diagramação Maurício Marcelo | Tikinet
MAIS UM BELO PÔR-DO-SOL ATRÁS DO MORRO AZUL, EM FOTO DO ALUNO JOÃO VITOR J. COSTA.
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ÍNDICE
RELIGIÃO E POLÍTICA EM 2018:
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POR ONDE ANDA O ESTADO LAICO?
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ESPAÇO OPINIÃO
AS MÚLTIPLAS FUNÇÕES DA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA
RETRATOS DO BIMESTRE
NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS
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#EXISTEPESQUISANOBR
AS HISTÓRIAS DE ALGUNS BOLSISTAS DA FACULDADE
VOCÊ SABIA?
4º EDITAL DE ESTÍMULOS A PROJETOS ESTRATÉGICOS
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FCA NA MÍDIA
INSCREVA-SE NO CANAL DA FACULDADE NO YOUTUBE
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CAPA
RELIGIÃO E POLÍTICA EM 2018: POR ONDE ANDA O ESTADO LAICO?
A
ssistimos recentemente, durante o primeiro debate do ano entre os candidatos à presidência da república em canal de TV aberta, vários deles pronunciarem inúmeras vezes a palavra Deus e outras de cunho religioso. Um deles até mesmo usou os minutos reservados para as considerações finais de maneira inédita, abrindo a bíblia para ler um trecho do evangelho, como se estivesse em uma de suas igrejas, pregando para fiéis, e não em um momento de debate político, no qual deveria apresentar aos possíveis eleitores propostas concretas para lidar com os problemas enfrentados pelo país. Este é somente um dos incontáveis exemplos de imbricação entre política e religião que podem ser colhidos Brasil afora, tanto atualmente quanto em épocas passadas.
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CAPA
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RELIGIÃO E POLÍTICA EM 2018: POR ONDE ANDA O ESTADO LAICO?
Os autores do trabalho são Roberson Marcomini, professor de filosofia no ensino médio e faculdades em Limeira, e seu orientador, Mauro Cardoso Simões, professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, filósofo e especialista em ética e filosofia política. Eles se conheceram durante uma palestra do Prof. Mauro na Câmara de Vereadores, sobre transparência na política, ocasião em que se inaugurava a Escola Legislativa na cidade. Os autores explicam que o trabalho é bibliográfico, teórico e atemporal. “As ideias que discutimos lá servem para pensarmos não somente sobre estas eleições, mas sobre as próximas também. O texto permite que alguém olhe para a realidade de hoje ou do futuro e questione ‘Por que e como se diferem certas perspectivas morais e religiosas adotadas por determinados partidos políticos?’ ou ‘Como a moral aparece na política?’. Nossa realidade é muito diferente hoje, do que a da época do pensador. Mas Maquiavel não está preocupado apenas em entender como chegar ao poder, mas, também, como se manter nele – então os escritos dele são muito atuais”.
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[...] a administração pública deve levar em consideração que é preciso lidar com múltiplos interesses, independentemente dos credos de cada um [...]
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O trabalho de mestrado “A religião como instrumento da política: nas trilhas de Maquiavel” foi desenvolvido no Programa de Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e investigou de que forma os escritos do pensador, considerado o fundador da ciência política moderna, podem auxiliar na compreensão da forma como a política se utiliza da estética de discursos religiosos para tentar imprimir credibilidade ao que está sendo dito, muitas vezes travando debates de interesse comum na esfera pública.
decisões – ou seja, a esfera pública, para onde todos os interesses convergem. Quando alguém diz que determinadas demandas não podem ser discutidas por que já está decidido por Deus ou pela natureza, etc, há um nocivo sufocamento da discussão e, portanto, um perigoso estrangulamento do espaço público. E então não há mais debates, mas sim uma balbúrdia de ataques”. Marcomini lembra que “a política é a arte do bem comum” e cita o exemplo do debate sobre a descriminalização do aborto no Supremo Tribunal Federal, em agosto deste ano, para o qual somente representantes de algumas religiões tradicionais foram chamadas, em detrimento de outros grupos com diferentes entendimentos sobre a questão. “A CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) enviou uma carta repudiando, por princípio, a descriminalização. No entanto, o assunto precisa ser debatido, não repudiado – esta é uma atitude que não contribui para o debate democrático e o esclarecimento da questão. O adequado seria assumir as ideias que mobilizam sua crença religiosa e confrontá-las abertamente com as demais”.
Estrangulamento de debates na esfera pública: adeus ao bem comum Os pesquisadores chamam atenção para a importância da compreensão de que a condução dos destinos coletivos pressupõe debates abertos sobre questões que devem ser discutidas na esfera pública, espaço onde é obrigatório não prevalecer nenhuma religião, mas sim o bem comum. Simões pondera que “o Estado Laico pressupõe que, existindo os diferentes poderes, existirá também um espaço que será o espaço público das
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BÍBLIA SAGRADA
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PRESIDENCIAL
RELIGIÃO E POLÍTICA EM 2018: POR ONDE ANDA O ESTADO LAICO?
“Prof. Mauro Simões (à esq.) e Roberson Marcomini, autores do trabalho ‘A religião como instrumento da política: nas trilhas de Maquiavel’, defendido no Programa de Mestrado em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Na pesquisa, eles apontam que a administração pública deve levar em consideração que é preciso lidar com múltiplos interesses, independentemente dos credos de cada um, inclusive dos mandatários. “Enquanto na religião não há espaço para dissidência, pois todos têm que seguir as mesmas normas e crenças, a política, por sua vez, tem que contar com a dissidência, com a crítica constante. É preciso poder criticar inclusive pessoas e ideias do próprio partido”, coloca Simões. As Igrejas não podem ser marginalizadas ou excluídas do discurso público, mas precisam saber “dialogar utilizando os princípios
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Chegamos em 2018 sem saber distinguir o que é religião e o que é política. Aliás, as discussões entre direita e esquerda no Brasil parecem também terem se transformado em um rito religioso.
democráticos e concordando com as premissas do Estado Constitucional e autônomo”, afirmam os autores. Segundo eles, todos os grupos religiosos deveriam ocupar democraticamente o espaço público e participar ativamente da política. No entanto, advertem que, quando um governante adere a um rito religioso e diz ‘somente com a prática deste rito a salvação é possível’ ou ‘eu vou salvar o país da corrupção pois eu venho de uma prática religiosa que não aceita corrupção’, ele está se apresentando como um candidato de virtude e dizendo que seus opositores não têm virtude porque não compartilham da mesma fé, ou seja, está trazendo para o espaço público algo que é típico da religião e ameaçando a existência do Estado Laico. “Chegamos em 2018 sem saber distinguir o que é religião e o que é política. Aliás, as discussões entre direita e esquerda no Brasil parecem também terem se transformado em um rito religioso. A mesma fé que é possível observar nos cultos, nas celebrações religiosas inflamadas, você percebe nas disputas entre direita e esquerda”, alertam.
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O trabalho completo da pesquisa pode ser conferido e baixado neste link.
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ESPAÇO OPINIÃO
ESPAÇO OPINIÃO Conheça pensamentos, críticas e opiniões de diversos professores da faculdade sobre assuntos contemporâneos e temas relativos às suas áreas de atuação e pesquisas científicas. O espaço opinião traz textos assinados e produzidos pelos docentes especialmente para a revista abre aspas ou originalmente para outros veículos de divulgação. O objetivo é aproximar discussões científicas do público não-especialista e divulgar quem são e o que pensam os docentes da FCA. As opiniões expressas nesta coluna não refletem posicionamentos institucionais da faculdade ou da unicamp e são de inteira responsabilidade de seus autores. 12
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ESPAÇO OPINIÃO
AS MÚLTIPLAS FUNÇÕES DA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA
Por André Luiz Sica de Campos, docente dos cursos de Administração e Administração Pública
André Luiz Sica de Campos é coordenador do Laboratório de Pesquisas em Políticas Públicas, geografia da Inovação e Governança.
O
Banco Mundial publicou em 2017 documento no qual analisou as contas públicas brasileiras e propõe, a partir da estrutura de gastos e benefícios obtidos com educação em nível básico, médio e superior, a cobrança de mensalidades de estudantes mais abastados e a adoção de créditos educativos nas universidades públicas. Tal procedimento, argumentou o documento, resultaria em uma economia de 0,5% do PIB no orçamento público e em maior justiça social no mesmo.
Segundo o relatório, não existem justificativas claras para a manutenção do atual modelo gratuito. A essa afirmação, ponderamos que existem funções cumpridas pelas universidades públicas que vão muito além da formação estrita em nível superior que não são levadas em conta pela proposta. Esta, argumentamos, é enviesada pela ótica financeira e, caso seja implementada, não resolveria o problema do financiamento do ensino superior nem da equidade fiscal. De fato, o documento passa ao largo de duas peculiaridades
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ESPAÇO OPINIÃO
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Existem funções cumpridas pelas universidades públicas que vão muito além da formação estrita em nível superior
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Quanto ao primeiro ponto, as universidades públicas são os principais órgãos de execução de pesquisa científica no Brasil. Nas mesmas, postula-se, em tese, a articulação entre ensino e pesquisa – de forma que a prática de investigação se reflita no dia a dia do ensino superior. A implicação deste fato é que parte dos gastos de capital se prestam à manutenção de um parque de equipamentos e infraestrutura laboratorial de pesquisas razoavelmente sofisticado. Quem já adentrou uma universidade pública, ou mesmo já se serviu de um restaurante universitário, sabe que os recursos físicos tendem a ser bastante espartanos e que, em que pesem possíveis desperdícios, os gastos com edificações e equipamentos tendem a ser os mais baixos possíveis. Os equipamentos e instrumentos de pesquisa são normalmente obtidos a partir de auxílios públicos, todavia, os custos com infraestrutura para alojar os mesmos, sua manutenção, segurança e operação recaem sobre as universidades públicas onerando financeiramente a operação das mesmas. Os gastos de custeio justificam-se, ainda, pelo fato de os docentes dividirem o seu tempo entre o ensino e a pesquisa. Assim, o docente tem, via de regra, um nível de qualificação de doutoramento e dedicação exclusiva, o que justifica sua remuneração relativamente mais elevada que a de seus pares em instituições privadas de ensino. A estabilidade funcional, ainda que sujeita a avaliações sistemáticas, permite a continuidade nas atividades de investigação. Tais especificidades, por sua vez, cumprem uma série de funções.
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Em primeiro lugar, a mais visível é a formação de graduados. Como o próprio Banco Mundial reconhece, cerca de um terço destes advém dos extratos mais pobres da população brasileira. Ocorre que dos demais dois-terços, parcela substancial advém de famílias do pequeno empresariado e da classe média assalariada. Para esses grupos sociais, a universidade pública é um dos poucos serviços públicos de que podem usufruir adequadamente. A cobrança de mensalidades representaria, na verdade, um acréscimo na carga tributária desta parcela da população. Estudantes de classes de alto nível de renda são, em geral, a minoria na universidade pública.
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Cerca de um terço destes [alunos] advém dos extratos mais pobres da população brasileira. Ocorre que dos demais dois-terços, parcela substancial advém de famílias do pequeno empresariado e da classe média assalariada (...). A cobrança de mensalidades representaria, na verdade, um acréscimo na carga tributária desta parcela da população
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que justificam a existência do sistema público e gratuito, quais sejam, a execução de pesquisa acadêmica pelos mesmos docentes que lecionam para a graduação e as externalidades socioeconômicas positivas geradas por estas duas atividades.
Quanto às externalidades socioeconômicas, como aponta o Banco Mundial, egressos qualificados são os primeiros a se beneficiar de sua formação por meio de seus rendimentos. Todavia, a inserção desta mão-de-obra no mercado de trabalho contribui para o incremento da competitividade empresarial e para o aprimoramento dos serviços públicos. A contrapartida do ganho privado dos egressos é, portanto, o ganho social e difuso em termos de eficiência e competitividade econômica obtida pelas instituições na qual se empregam. Além disso, os empregadores se beneficiam por uma redução no custo do trabalho, visto que os estudantes brasileiros tendem a se formar com baixo nível de endividamento individual.
ESPAÇO OPINIÃO
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A contrapartida do ganho privado dos egressos é, portanto, o ganho social e difuso em termos de eficiência e competitividade econômica obtida pelas instituições na qual se empregam
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Os docentes destas universidades, por sua vez, ao executar a pesquisa científica, geram uma variedade de impactos econômicos que se espraiam para o conjunto da sociedade. Em primeiro lugar, os resultados da pesquisa têm estreita associação com a formação de mestres e doutores e são codificados em artigos científicos. Apesar do fato de uma boa parte dos mesmos ter alcance e impacto nacional, análises sistemáticas liderada pelo professor Richard Nelson da Universidade de Columbia (nos EUA), com participação do professor Wilson Suzigan da Unicamp, comparando sistematicamente o Brasil com onze países de nível semelhante de desenvolvimento na Ásia, África e América Latina acerca da relação entre o meio universitário e o setor produtivo atestam que, via de regra, toda a amostra de países e inclusive o Brasil revelou a existência de intercâmbio em termos do fluxo de conhecimento, ainda que não de fronteira, relevante para o aprimoramento e em benefício de ambas as partes envolvidas.
Em casos não raros, a pesquisa científica apoia o desenvolvimento de setores relevantes nos campos da saúde pública, da defesa nacional e da exploração de recursos naturais na mineração e na agricultura. A participação nacional em pesquisa acerca de arboviroses, em especial do Zika vírus, o desenvolvimento do setor aeroespacial brasileiro, a associação das universidades públicas com a Petrobrás no conhecimento afeito a exploração petrolífera e, mais recentemente, com a Eletrobrás e o desenvolvimento do agronegócio são as faces mais visíveis destas contribuições em nosso país. As universidades públicas são também as principais responsáveis pelos artigos publicados em periódicos de nível internacional. Esses permitem o reconhecimento de pares em sistemas científicos avançados, viabilizando o monitoramento e a participação em redes de conhecimento internacionais e assim, contribuindo indiretamente para a solução de problemas globais. O relatório do Banco Mundial aponta ainda a necessidade de se diversificarem as fontes de recursos para custear as universidades públicas. Sabe-se que, em todos os sistemas universitários desenvolvidos, a principal fonte de recursos é pública. Dados da National Science Foundation, monitorados anualmente, indicam que em séries históricas apenas 6% dos recursos aportados em pesquisa acadêmica nos Estados Unidos são de origem privada.
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Em casos não raros, a pesquisa científica apoia o desenvolvimento de setores relevantes nos campos da saúde pública, da defesa nacional e da exploração de recursos naturais na mineração e na agricultura
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As universidades públicas brasileiras têm buscado esta diversificação por meio de atividades de empreendedorismo em diversos níveis. Seus docentes realizam atividades de patenteamento – estas, entretanto, tanto no Brasil como em nível internacional, resultam em um nível limitado de renda de licenciamento. Além de confirmar a dificuldade de se custear o sistema sem o apoio do Estado, patentes de base científica sinalizam a existência
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de expertise aplicada em seus laboratórios. Mais relevante são as atividades de criação de empresas de base tecnológica ou intensivas em conhecimento, formadas por egressos das universidades públicas, sobretudo aqueles da pós-graduação. Estas empresas diversificam atividades empresariais em centros de maior desenvolvimento econômico. Em centros de menor desenvolvimento socioeconômico, egressos podem ajudar no desenvolvimento e aprimoramento de serviços públicos e privados, bem como servir para a atração de novos negócios. Os elementos apontados acima apresentam externalidades positivas, beneficiando a sociedade como um todo e não somente os egressos do ensino público superior, o que contrabalanceia o seu custo de operação. Causa certa estranheza, assim, a proposição deste debate quanto a análise da natureza das contas públicas nacionais no momento em que o Brasil passa pela pior crise econômica de sua história, o que levou a uma queda acentuada
ESPAÇO OPINIÃO
Pode-se postular que uma tentativa de redução do custo de operação das universidades públicas a partir da cobrança pelo ensino superior reduziria os repasses do Estado para estas e destruiria o sistema ensino-pesquisa descrito acima, redundando na redução dos benefícios mencionados. O desmonte do sistema público de ensino e pesquisa somente faria sentido se o objetivo fosse retornar o Brasil a uma posição de produtor de uns poucos bens de origem natural (mineral e vegetal) com baixa agregação de valor em nosso território, o que afetaria negativamente o conjunto da sociedade brasileira. Reconhecemos os limites e as imperfeições do sistema público de ensino superior brasileiro.
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Diversos candidatos aos governos estaduais e ao governo federal tem advogado pelo fim do sistema com financiamento público no Brasil, sem se informar sobre quais seriam os efeitos negativos que tal decisão teria no próprio funcionamento do sistema econômico nacional em sua atual configuração.
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das receitas tributárias. Consequentemente diversos candidatos aos governos estaduais e ao governo federal tem advogado pelo fim do sistema com financiamento público no Brasil, sem se informar sobre quais seriam os efeitos negativos que tal decisão teria no próprio funcionamento do sistema econômico nacional em sua atual configuração.
Todavia sempre postulamos um debate sereno e informado e o encaminhamento paulatino de soluções a partir de análises que levem em conta a variedade de instituições que compõem o sistema, bem como as realidades locais e regionais nas quais se inserem. A postura responsável indica evitar-se o risco de se destruir um sistema que, bem ou mal, contribui relevantes externalidades positivas para a sociedade.
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RETRATOS DO BIMESTRE
Paisagens da Faculdade durante os meses de agosto e setembro
NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS
Foto: João Vitor J. Costa (aluno)
RETRATOS DO BIMESTRE
Reunião em agosto, na Faculdade, com o Secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Limeira sobre o plantio de 300 mudas de árvores no campus, uma das ações comemorativas dos 10 anos da FCA.
Bandeira da Unicamp no campus, a meio mastro, sinaliza luto pelo Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído em incêndio no dia 02 de setembro.
Os nichos da Faculdade oferecem espaços alternativos de estudo.
A bicicleta é o meio de transporte de muitos alunos que moram no entorno do campus
Alunas andam pelo campus no intervalo entre as aulas
NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS
Funcionários Danilo Queiroz Barbosa e Adilson Roberto Correr, nos corredores do campus. Danilo é Diretor da Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação e Adilson é técnico dos laboratórios de engenharia e física.
RETRATOS DO BIMESTRE
Funcionário Márcio Antônio Alves Ferreira em sua mesa na Diretoria de Pesquisa e Extensão
Eles são os responsáveis pelo ambiente sempre limpo e saudável em que vivemos!
Funcionários, estagiários e bolsistas da Biblioteca Daniel Hogan. Além de auxiliar os usuários, esta turma cuida do acervo, recebe doações, compra novos exemplares, organiza os já existentes, restaura livros danificados, recebe e planeja exposições diversas, elabora campanhas com entidades de Limeira, pede silêncio quando é necessário e recebe todo mundo que quiser frequentar a biblioteca. A biblioteca também conta com uma fanpage no facebook, através do qual os usuários podem se comunicar com a equipe.
Funcionárias Bruna Fernanda Ribeiro Lopes (em primeiro plano), da Diretoria de Ensino, e Priscila Halley Oliveira Vendrametto, da Área de Gestão Documental.
Alunos estudam nos espaços oferecidos pela biblioteca da Faculdade
NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS
Rodas de conversa são frequentes no vão livre entre os prédios de ensino I e II
RETRATOS DO BIMESTRE
Funcionários e estagiários da Área de Gestão de Suprimentos, responsável por gerenciar os processos de compras, almoxarifado e patrimônio da Faculdade.
Thaís Aparecida Polydoro de Souza Cirilo, secretária da Diretoria, e o estagiário Guilherme Lima da Silva.
Nicho da biblioteca, agora mobiliado com sofá e tablado, abriga sessão da atividade ‘O Livro da Minha Vida’, com o aluno Chico Martinelli.
Pausa para selfie coletivo no final da aula do Prof. Leandro Mazzei Foto: arquivo pessoal)
NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS
Professores do curso de Administração recebem Antônio Carlos Gastaud Maçada (de terno azul), atual presidente da ANPAD – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração.
RETRATOS DO BIMESTRE
Alunas de pós-graduação apresentam suas pesquisas durante o II Encontro dos Programas de Pós-Graduação da FCA.
Mesa de abertura do II Encontro dos Programas de Pós-Graduação da Faculdade contou com a presença do reitor da Unicamp, Prof. Marcelo Knobel.
Comissão de alunos e professores organizadores do II Encontro dos Programas de Pós-Graduação da FCA.
NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS
Diego da Silva Mota, limeirense e graduando em Ciências do Esporte, apresenta pôster relativo ao seu trabalho de iniciação científica durante o encontro.
#EXISTEPESQUISANOBR
TRABALHANDO COM PESQUISA: QUEM SÃO E O QUE FAZEM OS BOLSISTAS CAPES DA FCA? E SE ELES FICASSEM SEM BOLSA?
A Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp é o local de trabalho de 33 alunos pesquisadores que recebem bolsas de mestrado (R$ 1.500,00) ou doutorado (R$ 2.200,00) da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para desenvolver aqui suas investigações científicas. Muitas vezes, a dedicação às pesquisas pode consumir até mesmo mais do que 40 horas semanais, já que a rotina destes cientistas normalmente inclui assistir e ministrar aulas, realizar inúmeras leituras, desenvolver experimentos em laboratórios, fazer trabalho de campo, coletar e tabular dados, escrever artigos científicos, participar de grupos de estudos e reuniões com orientadores, apresentar
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No Brasil, a profissão de cientista não é reconhecida e, portanto, nenhum bolsista recebe 13º salário, férias ou se beneficia de qualquer outro direito trabalhista. Muita gente que não vivencia a academia, inclusive, pensa que pós-graduação não é trabalho
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trabalhos em congressos e escrever e rever incontáveis vezes suas dissertações ou teses, entre outras atividades. Ainda assim, no Brasil, a profissão de cientista não é reconhecida e, portanto, nenhum bolsista CAPES recebe 13º salário, férias ou se beneficia de qualquer outro direito trabalhista. Muita gente que não vivencia a academia, inclusive, pensa que pós-graduação não é trabalho. Como se não bastasse, os investimentos governamentais em ciência e tecnologia estão experimentando cortes drásticos atualmente, provocando manifestações inéditas das principais agências de fomento à pesquisa científica e formação de pesquisadores brasileiros, como a própria CAPES e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Veja neste link a nota da CAPES sobre o que ocorreria caso os cortes no orçamento da agência fossem realmente efetivados (o governo voltou atrás após manifestações) e veja neste outro link a carta aberta do CNPq, intitulada “A Ciência Brasileira está em Risco” (ambos os documentos são de agosto/2018). Levando esse cenário em consideração e com o objetivo de divulgar quem são e o que fazem os alunos de pós-graduação da Faculdade, entrevistamos alguns deles para esta edição e traremos mais entrevistas nos próximos números da revista. Veja alguns depoimentos:
#EXISTEPESQUISANOBR
Vanderléia de Souza da Silva, 34 anos, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Administração “Estudo a eficiência dos gastos públicos municipais. No mestrado estudei essa eficiência para os gastos públicos municipais em saúde no estado do Paraná. Já no doutorado, estudo a eficiência dos gastos públicos dos municípios brasileiros com a promoção do bem-estar dos munícipes, em relação aos investimentos em saúde, educação, segurança, habitação e transporte. Com essa pesquisa busco demonstrar quais são os municípios mais eficientes na promoção do bem-estar e encontrar fatores intervenientes (fatores exógenos – aqueles que não estão diretamente relacionados à gestão pública, como, por exemplo, economia, renda dos cidadãos, ocorrência de doenças, etc.), para dirimir seus impactos, auxiliando os gestores públicos no processo de tomada de decisão para melhor alocação dos recursos no futuro. Dedico 24 horas semanais no desenvolvimento das atividades do curso e pesquisas, e 16 horas semanais assistindo as disciplinas. Se a minha bolsa fosse cortada teria que reduzir a carga horária de atividades e pesquisas para 4 horas semanais e apenas cursar duas disciplinas por semestre (8 horas semanais), devido ao fato de ter que dedicar tempo na preparação de aulas e na atuação como professora universitária.”
Carolina Silva Freixo, 26 anos, formada em Gestão de Políticas Públicas, mestranda do Programa de Mestrado em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas “Meu mestrado é sobre sobreposições territoriais de terras indígenas ou quilombolas com áreas protegidas (unidades de conservação ambiental). Há uma relevância porque estou tentando construir esta categoria das sobreposições, para olhá-la a partir de conceitos já estabelecidos, como território, políticas públicas e o conceito de população. Para embasar essa teoria, pesquiso a cidade de Santarém, no Pará, onde há sobreposições para serem mapeadas. Tento compreender como elas se dão, as instâncias políticas envolvidas, se há falta de legislação, etc. É um tema pouco estudado e que aponta certas fragilidades e interesses englobados nessa questão. Passo uma boa parte do meu tempo tentando ler toda bibliografia que me dispus a ler e dando aulas no cursinho Colmeia. Uns dias são para a dissertação, outros para as disciplinas e muitos para a escrita do trabalho, pelo menos oito horas por dia, pois qualifiquei em agosto e tenho seis meses para defender. Fiquei muito apreensiva quando soube da notícia da possibilidade do corte das bolsas, porque elas são essenciais para manter a pesquisa viável, ainda que não passem por nenhum tipo de reajuste. Tudo isso me preocupa muito porque a universidade já esta sendo sucateada e, com a perda das bolsas, o sucateamento só aumentaria. Fiquei imaginando se conseguiria fazer um doutorado, pois eu me sustento com a bolsa, ela é essencial para que eu possa manter os estudos. Sinto bastante angústia de não saber o que vai realmente acontecer nos próximos momentos”.
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#EXISTEPESQUISANOBR
Keyla Ketlyn Passos Pimenta, 29 anos, advogada, mestra Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Administração. “Minha pesquisa versa sobre o desenho das práticas inovadoras do Poder Judiciário no Brasil. Trata-se de um tema relevante uma vez que a inovação ocupa lugar central na “economia baseada no conhecimento”. Falamos de um processo de valor estratégico que pode ocorrer em qualquer setor da economia, sendo particularmente importante para o setor público. Porém, pouco se sabe sobre a inovação nos setores não orientados ao mercado, sobretudo no se refere ao Poder judiciário. Estudos acadêmicos sobre inovações introduzidas em órgãos do judiciário ganharam destaque apenas nos últimos anos e são ainda incipientes. Ainda, o poder judiciário tem ocupado um papel protagonista no Estado contemporâneo e suas atividades têm sido ineditamente tratadas sob um ponto de vista gerencial, sobretudo em razão da Emenda Constitucional nº 85, que impulsionou a elaboração de programas em gestão e inovação com vistas ao melhoramento da eficiência desse poder na entrega da prestação jurisdicional ao cidadão. Durante os dias da semana, com exceção dos horários em classe, fico nas dependências do Laboratório de Estados do Setor Público (LESP), do qual faço parte e em que há um ambiente tranquilo, bem como acesso ao acervo e outros materiais necessários às atividades de pesquisa. Entretanto, as atividades de pesquisa demandam um alto grau de concentração e criatividade sendo, por vezes, pouco lineares, o que exige do profissional alguma maleabilidade nos horários de trabalho (finais de semana e madrugadas por exemplo). Eventualmente também vou a campo para coleta de dados. Recebi com pesar a notícia sobre a possibilidade de corte das bolsas. Por um lado, os profissionais do campo já enfrentam dificuldades dada a não regulamentação da profissão de pesquisador/ cientista, que é remunerada com o que chamamos de bolsa, modalidade especificamente pensada para afastar quaisquer benefícios de cunho trabalhista. As bolsas disponibilizadas pelas CAPES fazem parte de um reduzido rol de recursos voltados à manutenção das atividades de pesquisa junto às universidades públicas no país. Nesse sentido, a notícia representou uma possibilidade de sucateamento ainda maior das atividades de pesquisa, cujos profissionais percorrem uma longa e, por vezes, tortuosa formação. A consolidação da carreira desses profissionais, na maior parte, só ocorre depois de mais de uma década de trabalho e formação, com a entrada na docência via concurso ou instituição privada. Por outro lado, agora sob uma visão mais ampla, também não parece ser do interesse público o desinvestimento nas atividades de pesquisa, sustentada maciçamente polos estudantes de pós-graduação strictu sensu. As atividades de pesquisa são uma questão estratégica tanto para Estado e para o mercado, contribuem diretamente na busca por soluções para problemas de grande severidade nos mais diversos contextos. Posto isso, nada parece justificar o apontamento do corte.
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ABRE ASPAS | Nº 17 § agosto/setembro 2018
#EXISTEPESQUISANOBR
Luis Bruno de Godoy, 31 anos, ator, cientista do esporte e mestrando do Programa de Mestrado em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas “Entrei em Ciências do Esporte já habilitado em Artes Cênicas e com foco em trabalhar com arte. Durante a graduação, descobri que poderia trabalhar com pesquisas relacionadas ao jogo e, a partir de uma iniciação científica, entrei no Mestrado em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Pesquiso a figura do palhaço como um agente responsável por causar afetações. Olho para as relações pessoais e socioculturais na sociedade contemporânea, as quais estão cada vez mais virtuais e vazias, e me pergunto de que formas o palhaço pode ser um instrumento de reflexividade para os indivíduos, ou seja, de que maneiras pode ajudar a fomentar reflexões sobre nossa própria existência e modos de vida. Nós perdemos a capacidade de afetar e de sermos afetados tanto pelos outros como por aquilo que nos circunda e o palhaço entra nestas relações como um possível agente de resgatar estas afetações. Palhaços estão presentes em vários ambientes hoje: teatro, circo, rua, zona de conflito, hospitais, catástrofes ambientais, campo de refugiados...isto porque a atuação do palhaço estimula o olhar para o ser humano. O palhaço expõe todos os seus ridículos, suas mazelas e fracassos para o mundo e serve como um espelho para que a sociedade identifique seus próprios ridículos, mazelas e fracassos, promovendo talvez uma possibilidade de aceitação e retorno à condição humana. Minha rotina de trabalho envolve escrita e revisão constantes da dissertação, leituras, busca de bibliografia, pesquisa de campo, coleta e tabulação de dados e escrita do diário de campo; transcrição das entrevistas, elaboração de artigos e participação em eventos para apresentar os trabalhos, além das oficinas que elaboro e ministro semanalmente. É difícil até falar sobre a possibilidade deste corte das bolsas que estava previsto. Mas pra mim, isso já era esperado – é um reflexo da forma de pensar dos nossos governantes. Nosso atual governador não disse para a FAPESP que ela deveria priorizar pesquisas importantes? Então a gente imagina que, para eles, muita coisa é insignificante, coisas que não geram resultados práticos, no entender deles. A notícia foi muito impactante. Se a ciência parar, a crise pela qual o Brasil está passando só tende a piorar...e nós não estamos falando somente daquelas pesquisas que o governador considera irrelevante, estamos falando também da saúde, economia, agronegócio, etc. Nós já sofremos com a má qualidade da educação básica e do ensino médio e, no longo prazo, com o sucateamento do ensino superior e da produção científica, vamos sofrer ainda mais como país”.
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VOCÊ SABIA?
4º EDITAL DE ESTÍMULOS A PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTAS APROVADAS PROPÕEM AÇÕES QUE BENEFICIAM COMUNIDADES INTERNA E EXTERNA Na primeira quinzena de agosto foram divulgados os projetos inscritos e aprovados pela Diretoria da FCA no 4º Edital de Estímulos a Projetos Estratégicos, que ofereceu um total de R$ 100 mil e o máximo de R$ 30 mil por proposta. O Prof. Álvaro D’Antona, atual diretor da FCA, lembra que a existência destes editais está diretamente relacionada aos objetivos estratégicos traçados conjuntamente durante as sessões anuais de Planejamento Estratégico, sendo eles: 1) Integrar o ensino, a pesquisa e a extensão; 2) Buscar a interdisciplinaridade; 3) Aprimorar e potencializar a comunicação. Confira os projetos aprovados e parabéns aos contemplados!
PROJETOS APROVADOS TOTAL OU PARCIALMENTE: INVEST+: uma plataforma interativa de divulgação de vídeos sobre finanças pessoais e mercado financeiro. Os vídeos serão divulgados tanto para a comunidade interna quanto externa. Estudo da Diretoria Administrativa da FCA direcionado a oferecer soluções sobre a melhor maneira de estabelecer a governança dos setores componentes e sobre o enfrentamento da complexidade do setor de suprimentos. Projeto voltado a melhorias de processos internos à Faculdade. EPE Digital: Fala LEPE! O projeto envolverá a criação de vídeos sobre as pesquisas desenvolvidas no laboratório e que serão divulgados tanto para a comunidade interna quanto externa. Adequação e otimização do uso da sala de convivência da Faculdade como espaço de compartilhamento e desenvolvimento pessoal. O projeto propõe melhorias no ambiente de trabalho dos funcionários da Faculdade.
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Volta da FCA – Desafio 03 horas. A corrida será voltada tanto para a comunidade interna quanto externa. 1ª e 2ª Feira Nacional do Livro de Limeira na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp. Os eventos serão abertos ao público interno e externo.
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FCA NA MÍDIA Divulgar o quê e por quê? Como instituição financiada com recursos públicos, é dever da Faculdade divulgar os resultados das ações de ensino, pesquisa e extensão realizadas por seus professores e alunos, bem como aquelas realizadas por seus funcionários. O site, a fanpage e o Abre Aspas têm como objetivo colaborar para o cumprimento desse dever, assim como contribuir para a construção da identidade da Faculdade e zelar por sua imagem perante a opinião pública.
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