FCA Unicamp - Abre Aspas Nº 18

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FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS

ABRE ASPAS

UNICAMP LIMEIRA

Nº 18  outubro/novembro 2018

LIBERDADE DE CÁTEDRA:

direito fundamental previsto na Constituição

Em sala de aula

Recursos pedagógicos diversificados aprimoram ensino e aprendizagem

Espaço Opinião

A Autonomia Universitária, a censura e os Direitos Humanos

Graduação na Unicamp

Alunos da Faculdade conquistam oportunidades de intercâmbio para universidades ao redor do mundo

FCA na mídia

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Universidade Estadual de Campinas Reitor Prof. Dr. Marcelo Knobel Coordenadora Geral da Universidade Profa. Dra. Teresa Dib Zambon Atvars

Diretor Associado FCA Unicamp Prof. Dr. Márcio Alberto Torsoni

Diretor FCA Unicamp Prof. Dr. Álvaro de Oliveira D'Antona

Assistente Técnico da Unidade FCA Unicamp Flávio Batista Ferreira


FACULDADE DE CIร NCIAS APLICADAS

ABRE ASPAS UNICAMP LIMEIRA

Nยบ 18 ยง outubro/novembro 2018


EDITORIAL Na última edição de 2018, a matéria de capa traz uma rápida entrevista sobre liberdade de cátedra com o Prof. Rodrigo Ribeiro de Sousa, docente do curso de Administração Pública e especialista em Filosofia do Direito e Filosofia Política. No ‘Espaço Opinião’, o Prof. Luís Vedovato, especialista em Direito Internacional e Direitos Humanos, também aborda o assunto, fazendo uma reflexão sobre a relação entre liberdade de cátedra, autonomia universitária, censura e direitos humanos. Temos ainda uma matéria sobre recursos pedagógicos utilizados por nossos professores em sala de aula, como forma de engajar os alunos e aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem. Em ‘Graduação na Unicamp’, cinco alunos da FCA contam suas expectativas para os intercâmbios nos quais estão embarcando no 1º semestre de 2019, através do Programa Santander Universidades. Confira também as imagens do bimestre, que contam nossa história cotidiana em imagens.

Boa Leitura! O Abre Aspas é uma jovem publicação interna da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, que tem o objetivo de divulgar diferentes ações realizadas por professores, alunos e funcionários e que contemplam o protagonismo e o engajamento estudantil, as atividades de extensão universitária e as relações da Faculdade com a sociedade, o fomento da interdisciplinaridade na instituição, entre outros assuntos. Chegamos agora à décima sétima edição, sendo que anualmente são produzidos quatro números, nos bimestres de março/abril, maio/junho; agosto/ setembro e outubro/novembro. A publicação é um dos produtos da Área de Comunicação e conta com a colaboração de todos na sugestão de pautas que possam ser abordadas em suas matérias. Para fazer sugestões de pauta, mande um email para cristiane.kampf@fca.unicamp.br

Cristiane Kämpf Assessoria de Imprensa – FCA Unicamp

Expediente A revista eletrônica FCA Abre Aspas é uma publicação bimestral da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, em Limeira. Nº 18 – Outubro/Novembro 2018 Elaboração, produção e edição Cristiane Kämpf – MTB 43.669 Assessoria de Comunicação e Imprensa, FCA Unicamp Projeto gráfico Maurício Marcelo | Tikinet Diagramação Natalia Bae | Tikinet


O SOL POENTE NO MORRO AZUL, EM FOTO DO PROF. MARCO MILANI.


Já assistiu o vídeo institucional da Faculdade, com a participação de docentes, alunos e funcionários? Não perca! Está bastante interessante e já foi assistido mais de 13.000 vezes até o momento. Clique na imagem e confira!

Siga a fanpage da Faculdade para acompanhar notícias sobre eventos, cursos de extensão, o dia-a-dia da FCA e atividades de ensino e pesquisa desenvolvidas por seus professores, alunos e funcionários.


ÍNDICE

LIBERDADE DE CÁTEDRA:

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DIREITO FUNDAMENTAL PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO

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EM SALA DE AULA

RECURSOS PEDAGÓGICOS DIVERSIFICADOS APRIMORAM ENSINO E APRENDIZAGEM

RETRATOS DO BIMESTRE

NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS

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ESPAÇO OPINIÃO

A AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA, A CENSURA E OS DIREITOS HUMANOS

GRADUAÇÃO NA UNICAMP

ALUNOS DA FACULDADE CONQUISTAM OPORTUNIDADES DE INTERCÂMBIO PARA UNIVERSIDADES AO REDOR DO MUNDO

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FCA NA MÍDIA

INSCREVA-SE NO CANAL DA FACULDADE NO YOUTUBE

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LIBERDADE DE CÁTEDRA:

DIREITO FUNDAMENTAL PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO Entrevista com prof. Rodrigo Ribeiro de Sousa*


CAPA

Nesta rápida entrevista com o Prof. Rodrigo Sousa, docente do curso de Administração Pública e especialista em Filosofia Política e Filosofia do Direito, abordamos a questão da liberdade de cátedra, direito fundamental previsto na Constituição Brasileira e indissociavelmente relacionada à liberdade de ensinar e aprender e ao direito fundamental à educação. Veja o que diz o professor da FCA:

É um direito subjetivo do professor de ensinar, pesquisar e divulgar livremente o seu pensamento ou expressar a sua arte no processo de obtenção, desenvolvimento e promoção do conhecimento.

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m entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no início de novembro, o reitor da Unicamp, Prof. Marcelo Knobel, se posicionou contrariamente ao projeto Escola Sem Partido. “Não é possível consolidar as bases de um ambiente acadêmico eficiente sem a garantia do livre debate de ideias, que garantem a todos o direito de assumir e externar livremente suas convicções”, disse Knobel.

O projeto Escola Sem Partido ameaça a liberdade de cátedra? De que formas?

A liberdade de cátedra é um direito fundamental previsto no art. 206, inciso II, da Constituição da República. É parte integrante e indissociável da autonomia universitária, assegurada pelo art. 207 da Constituição, que consagra a autonomia financeira e administrativa das universidades, além da liberdade de cátedra. Pode-se dizer que a liberdade de cátedra é o elemento mais importante desse tripé, pois sem ela os demais perdem totalmente o seu sentido. Também denominada liberdade docente, a liberdade de cátedra refere-se especificamente à liberdade do professor em sua atividade de ensino e pesquisa. É um direito subjetivo do professor de ensinar, pesquisar e divulgar livremente o seu pensamento ou expressar a sua arte no processo de obtenção, desenvolvimento e promoção do conhecimento.

O projeto Escola Sem partido constitui uma séria ameaça para as liberdades públicas, de modo geral, e para a liberdade de cátedra, de forma mais específica, pois ao pretender fixar vedações ou limites a determinados conteúdos, que não poderiam ser abordados pelos professores em sala de aula, o projeto impõe uma restrição arbitrária ao próprio pensamento, que nos distingue como seres humanos. Ora, para pensarmos precisamos de total liberdade para articular e encadear todos os fundamentos que vierem a ser exigidos por nossa racionalidade. Ao estabelecer uma vedação a qualquer sorte de conteúdo ou expressão, impede-se que seja devidamente articulada a “ordem das razões”, pela qual a racionalidade humana se manifesta. O monitoramento ideológico e a interdição do pensamento que são propostos pelo projeto “Escola Sem Partido” não se trata, porém, de algo surpreendente. Afinal de contas, como nos lembra Dostoievski nos Irmãos Karamázov, a liberdade é frequentemente incômoda ao ser humano, que prefere no mais das vezes trocar o voo livre da razão pelas certezas contidas em gaiolas.

Qual sua relação com a construção do conhecimento e seu papel e importância no ensino superior?

Em quais outros momentos históricos a liberdade de cátedra foi ameaçada? Como protegê-la?

Juntamente com a liberdade de aprender, da qual não pode ser dissociada, a liberdade de cátedra está intimamente ligada ao processo de construção do conhecimento, pois como ensina Paulo Freire, o conhecimento depende da formação de um processo dialógico que propicie a expressão do pensamento crítico, o que só é possível de ser realizado em um ambiente de liberdade.

A liberdade de cátedra incomoda normalmente a quem detém o poder – o que não significa necessariamente ocupar cargos no aparato institucional do Estado – pois o livre pensamento é a arma mais poderosa contra a preponderância dos discursos hegemônicos, que tendem a reagir de forma autoritária ao exercício da crítica. Por esse motivo, pode-se dizer que a liberdade

Professor, o que é liberdade de cátedra?

Nº 18 § outubro/novembro 2018 | ABRE ASPAS

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CAPA de cátedra sempre esteve ameaçada no Brasil, pois nossa sociedade tem em sua essência um viés autoritário, que se evidencia não apenas nas relações dos cidadãos com os órgãos públicos, mas nas esferas mais singelas de nossas relações sociais. Como esse traço autoritário é realçado em períodos de instalação de regimes políticos autoritários, as maiores ameaças à liberdade de cátedra ocorreram em nossa história nos momentos de consolidação desses regimes. Um exemplo muito semelhante ao que vivemos hoje foi a ameaça sofrida por Sergio Cidade de Rezende, Professor de Ciências Econômicas da Universidade Católica de Pernambuco, em junho de 1964, que distribuiu a seus alunos um manifesto com críticas à situação política do país do início do regime militar, no qual conclamava os estudantes a assumirem a sua responsabilidade na defesa da liberdade e da democracia, restando-lhes as opções de “gorilizar-se”, aceitando a sua submissão a um ordem autoritária, ou humanizar-se, insurgindo-se contra ela. Processado criminalmente pelo crime de “instigação pública à desobediência coletiva”, o professor impetrou um Habbeas Corpus no Supremo Tribunal Federal (HC 40910), que determinou, por unanimidade, o trancamento da ação penal, com fundamento no direito à liberdade de cátedra. No âmbito de tal processo, o Ministro Evandro Lins e Silva expressou uma das fórmulas mais impactantes da liberdade de cátedra, ao comparar a universidade uma “espécie de contínua conversão socrática” no qual as melhores pessoas se debruçam sobre as mais importantes questões, motivo pelo qual se deve garantir plenamente a seus atores a “liberdade de pensar e de expressar-se”. Resta-nos, no atual momento de nossa história, confiar em nossas instituições republicanas, das quais se valeu o Prof. Sergio Rezende nos idos de 1964.

Como a administração pública deve lidar com a liberdade de cátedra? A Administração Pública deve lidar com a liberdade de cátedra respeitando e incentivando as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pelos professores e estimulando, concomitantemente a sua outra face, que é a liberdade de aprender, da qual não pode ser dissociada. Como destaquei anteriormente, se o conhecimento depende da formação de uma relação dialógica que propicie a expressão do pensamento crítico, temos que estimular também o fortalecimento da capacidade crítica dos estudantes, que é a única maneira de se conter eventuais abusos da liberdade de ensinar. As propostas de tutelar e monitorar as atividades de ensino partem de uma visão equivocada da educação, como se os atos de ensinar e aprender fossem parte de um processo unidirecional, “de cima para baixo” e, nesse sentido, intrinsecamente autoritário. Apenas a superação dessa perspectiva, com a compreensão do viés transformador e emancipatório da educação, no qual o aluno é tomado como um sujeito racional e crítico, e não apenas como o destinatário de um conteúdo estático meramente transmitido pelo professor, é capaz de garantir a liberdade da educação em sua total expressão. Afinal de contas, como escreveu Guimarães Rosa, “mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”.

A liberdade de cátedra é um direito humano? Sim. Por estar vinculada ao direito fundamental à educação, previsto no art. 6º da Constituição da República, a liberdade de cátedra constitui-se em um direito fundamental de todos os cidadãos e cidadãs.

A liberdade de cátedra incomoda normalmente a quem detém o poder – o que não significa necessariamente ocupar cargos no aparato institucional do Estado – pois o livre pensamento é a arma mais poderosa contra a preponderância dos discursos hegemônicos (...)

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ABRE ASPAS | Nº 18 § outubro/novembro 2018

*O Prof. Rodrigo Ribeiro de Sousa é docente do curso de Administração Pública da FCA. Tem experiência nas áreas de Direito e Filosofia, com ênfase em Filosofia Política e Filosofia do Direito, atuando principalmente nos seguintes temas: liberdade, ética, democracia, republicanismo e jusnaturalismo.


SALA DE AULA

RECURSOS PEDAGÓGICOS DIVERSIFICADOS APRIMORAM ENSINO E APRENDIZAGEM

Segundo a Profa. Milena Pavan Serafim, atualmente Coordenadora de Graduação, a utilização de recursos didático-pedagógicos que promovem uma maior interação no processo de ensino-aprendizagem permite que haja facilitação do processo de formação do estudante. “Tais recursos motivam os alunos a participar mais da aula, potencializando a compreensão do conteúdo e a sua aplicação na resolução de problemas”. Na Unicamp, os programas e ações voltados a discutir, aprimorar e divulgar o conhecimento científico sobre inovações curriculares e pedagogia universitária, são elaborados e implementados pela Pró-Reitoria de Graduação e o Espaço de Ensino e Aprendizagem. Conheça abaixo iniciativas de professores da Faculdade na busca pelo aperfeiçoamento do ensino e da aprendizagem na graduação.

Conhecimento na telona “Hesitei em dizer que o uso do cinema em sala de aula é uma inovação pedagógica e, na verdade, não creio que seja, pois se trata de uma prática bastante difundida há bastante tempo, especialmente depois que a tecnologia da informação facilitou a projeção de audiovisuais - se compararmos, por exemplo, com a época dos videocassetes. No entanto, a sala de cinema da FCA ultrapassa a sala de aula, pois é um recurso extra-classe,

uma vez que os estudantes saem da sala de aula e vão ao cinema, um espaço não formal de educação. Se há alguma inovação pedagógica, é aí que ela se encontra. Um cinema com iluminação, tela, projetor e som adequados, eleva a experiência cinematográfica para além dos limites de uma tela pequena. É surpreendente como os estudantes recebem a novidade, uma vez que estão mais habituados a telas cada vez menores. O cinema se notabilizou por ampliar o tamanho real de paisagens e atores, mas com a televisão, os computadores e os celulares, a tela foi diminuindo e o som também. Paradoxalmente, a inovação é uma espécie de movimento “retrô” às origens do cinema. A imersão na temporalidade do filme - permitida na telona numa sala escura - abre canais de percepção tão inusitados quanto o refinamento do filme. Isso acaba facilitando o processo ensino-aprendizagem, não no sentido de cumprir um objetivo programado, mas de incorporar novas questões ao tema proposto para aula, de modificar o planejamento para a aula seguinte e, por vezes, de perenizar um filme na memória afetiva do estudante, o que trará desdobramentos futuros imprevisíveis - como igualmente ocorre com uma aula tradicional mas que, por algum motivo, foi marcante.

No entanto, a sala de cinema da FCA ultrapassa a sala de aula, pois é um recurso extra-classe, uma vez que os estudantes saem da sala de aula e vão ao cinema, um espaço não formal de educação. Se há alguma inovação pedagógica, é aí que ela se encontra.

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inema, “cola autorizada”, desafios, simulação de debates políticos, jogos e interações via skype com pesquisadores de outros países são alguns dos recursos pedagógicos elaborados por professores de diferentes cursos da Faculdade e utilizados durante as aulas com o objetivo de aprimorar o processo de ensino e aprendizagem na graduação.

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SALA DE AULA

Prof. Márcio Barreto – docente do Núcleo Geral Comum e idealizador do Cine Vagalume, sala de cinema aberta a toda população e que também funciona como recurso pedagógico extra-classe.

O cinema tem a propriedade de revelar a incapacidade do pensamento e da percepção para abarcar a totalidade do real. É nessa incompletude que o trabalho é mais rico, é nela que ocorrem os deslocamentos do espectador, seja docente ou estudante. Não se trata exatamente de uma inovação, mas de uma renovação interessante e surpreendente. Explorá-la exige prudência, pois não há reprodutibilidade fácil quando arte e ciência se encontram: tal é a essência do cinema.”

Mapa metabólico, uma “cola autorizada” Metabolismo é uma palavra que vem do grego e significa ‘mudança’ ou ‘troca. Conjunto de transformações que os compostos químicos (como, por exemplo, lipídeos, aminoácidos e proteínas adquiridas através da alimentação) sofrem no interior dos organismos vivos e que, entre outras funções, é responsável pelo crescimento e reprodução das células, ou seja, tem papel fundamental na manutenção da vida. Entender as inúmeras reações químicas envolvidas no metabolismo humano é parte importante do conhecimento construído ao longo dos cursos de ciências do esporte e nutrição. Entender, e não decorar. Nas disciplinas de Bioquímica Metabólica (no curso de Ciências do Esporte) e Bioquímica II (em Nutrição), a Profa. Adriana Torsoni propõe para os alunos a construção individual ou coletiva de um mapa com todas essas reações, chamado de ‘mapa metabólico’, e cada aluno pode utilizar o mapa que ele próprio construiu durante as provas da disciplina.

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“É como se fosse uma cola autorizada, que auxilia no estudo e serve para consulta durante a prova. Fazemos a atividade para que o aluno entenda que não é necessário decorar as reações das diferentes vias metabólicas – o que ele precisa é aprender a interpretar, e as perguntas são todas baseadas na interpretação do mapa, todas em cima do que eles construíram”, afirma a docente. Ela lembra que vários colegas docentes da área da saúde também desenvolvem recursos pedagógicos diferenciados como objetivo de trabalhar competências e habilidades para além da escrita. “São apresentações dos alunos em formato de debate, vídeos, peças teatrais, avaliações na forma de casos clínicos, jogos, simulações de banca, elaboração de atividades para crianças em idade escolar, etc. Em vários casos, alunos que não vão tão bem nas atividades ou provas escritas, surpreendem positivamente quando esses recursos pedagógicos são aplicados”.

Na sala, juntamente com as orientações da Professora, os alunos constroem os mapas individualmente ou em grupo.

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SALA DE AULA

Aluno mostra seu mapa já construído.

‘Oficina de Apoio Didático’ e a formação de futuros docentes A disciplina eletiva “Oficina de Apoio Didático”, oferecida pela Profa. Adriana e Prof. Luciano Mercadante no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição e do Esporte e Metabolismo (CNEM), tem como objetivo colaborar para o processo de formação de futuros docentes e é trabalhada em três grandes blocos. No bloco 1, denominado ‘sensibilização’, Adriana e Luciano propõem um resgate da vida escolar dos alunos. Eles refletem e conversam sobre o tipo de professor que gostariam de ser, discutem memórias escolares e passagens marcantes. No

bloco 2, ‘problematização’, são discutidas estratégias, critérios e princípios a serem definidos para o desenvolvimento de um conteúdo e da avaliação. “Discutimos os diferentes projetos de lei voltados para a educação e as ideias de Paulo Freire. Assistimos vídeos sobre países nos quais a educação é valorizada e construímos reflexões sobre a situação brasileira”. No bloco 3, ‘projeto e construção do material didático: pondo a mão na massa’, os alunos passam a pensar e construir os materiais que servirão de instrumentos de metodologias ativas. “Todas as atividades propostas são discutidas pelo grupo. Depois de aplicar em sala a atividade que propôs, o aluno de pós faz uma avaliação crítica sobre o processo e voltamos a conversar sobre pontos positivos e negativos e o que poderia ser mudado”, explica Torsoni. Ela conta que, na primeira vez que a disciplina foi proposta, houve o apoio e participação ativa da Profa. Regina Celia Grando, docente titular da área de educação em matemática da Universidade Federal de Santa Catarina. “Estamos indo para o 3o. oferecimento no próximo semestre. Tenho um aluno de mestrado que está desenvolvendo sua dissertação nessa linha, com co-orientação da Regina. Além disso, escrevemos um artigo que esperamos publicar em breve”, informa a professora.

Primeira turma da disciplina ‘Oficina de Apoio Didático’, juntamente com as Professoras Adriana Torsoni, Regina Grando (UFSC) e Prof. Luciano Mercadante”

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SALA DE AULA

Aplicação de jogo criado por aluna da pós no Programa CNEM

Na sala de aula, através de chamadas em vídeo via skype, o professor Cristiano Morini coloca os alunos do curso de Administração em contato com pesquisadores parceiros da Suíça e Costa Rica, os quais desenvolvem pesquisas relativas a experiências de modernização e desburocratização do comércio exterior, assunto da disciplina Sistemática de Importação e Exportação. As intervenções são pontuais e ocorrem em inglês ou espanhol e os alunos participam com observações e perguntas. Segundo alguns alunos, além de colaborar para a dinâmica das aulas e prática de línguas estrangeiras, o recurso promove a discussão de práticas inovadoras e pesquisas ainda em andamento sobre comércio exterior. Assista neste link um vídeo sobre esta iniciativa.

Aluna de Administração durante aula da disciplina Sistemática de Importação e Exportação, sob responsabilidade do Prof. Cristiano Morini

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Grupo construiu espécie de balão para proteger o ovo (informação) que é arremessado de 10 metros de altura. É feita uma analogia entre aspectos da segurança da informação e cada item disponibilizado para construção da estrutura.

O Prof. Gustavo Salati, também do curso de Administração, afirma que tópicos abordados em dinâmicas competitivas ou colaborativas propostas durante as aulas das disciplinas Noções de Administração e Gestão; e Administração de Sistemas de Informação têm um índice maior de aproveitamento nas avaliações escritas. Ele propõe aos alunos alguns desafios em equipes – o desafio do marshmellow; da fábrica de bicicletas; da segurança da informação; e o desenvolvimento de aplicativos – para trabalhar conceitos como importância do papel do administrador, trabalho em equipe, aproximação tecnológica e desenvolvimento da criatividade e inovação;

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SALA DE AULA e conscientização da importância da segurança da informação. “A experiência tem sido muito enriquecedora, sem dúvida os alunos se engajam muito mais nas atividades, pois acabam criando uma competição ou colaboração entre eles. É muito comum alunos que já fizeram a disciplina irem nas aulas em que ocorrem os desafios para acompanhar o desempenho dos alunos mais novos na universidade”, conta. Para o professor, planejar e executar tais atividades com salas de mais de 100 alunos tem sido trabalhoso, mas recompensador. “Os desafios

são muitos, pois é necessário um planejamento enorme para realizar atividades práticas com turmas grandes, além da necessidade de comprar materiais com antecedência – e muitas vezes com recursos próprios: como justificar a compra de ovos para uma aula de Administração? – e da dificuldade de gerenciar sozinho o momento da atividade. Quando a atividade é fora da sala de aula, é difícil até a comunicação com os alunos, e eu acabo utilizando um megafone. Sem dúvida, é mais fácil fazer somente um estudo de caso em sala de aula, mas é muito bom e realizador ver os alunos motivados e engajados durante a disciplina”.

Alunos discutem qual seria o layout mais eficiente para uma fábrica de bicicletas, considerando a máxima produção dentro da opção de máquinas que ofereça o menor custo possível.

Grupos têm que construir a maior torre possível com alguns materiais disponibilizados, colocando o marshmellow no topo.

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RETRATOS DO BIMESTRE Câmara Municipal votou moção de aplausos ao projeto “Nunca é Tarde para Aprender”, da Organização estudantil Enactus Limeira. A iniciativa dos alunos promove inclusão digital para idosos e é feita em parceria com o Centro de Promoção Social do município.


til Eixo Público e a Biblioteca Daniel Hogan. O evento, aberto a todos, contou com a presença de 16 grandes editoras e outras atrações culturais, como rodas de conversa, mesa de debates sobre literatura, exibição de filmes, música, dança, teatro, yoga e barraquinhas de comida.

NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS

Atrações da 1ª Feira do Livro da FCA, organizada pelo Prof. Paulo Van Noije juntamente com a organização estudan-


RETRATOS DO BIMESTRE

Apresentação de música na VIII Semana Cultural, organizada pelo Diretório Acadêmico.

Roda de conversa na Faculdade, sobre o tema “Questão do aborto, saúde e direitos da mulher no Brasil”, organizada pelo Diretório Acadêmico da Unicamp e com participação da Frente Feminista de Limeira. O evento foi em agosto e a imagem é de autoria dos organizadores.

Pela terceira vez, o Cine Vagalume recebe um grupo de idosos do Centro de Referência de Assistência Social da Vila Queiroz, em Limeira, desta vez para assistir ao filme O Show de Truman.

Nos dias 09 e 10 de outubro, o Cine Vagalume recebeu a visita de 400 crianças da escola Aldo Kuhl, acompanhadas de suas professoras, para assistir ao filme FormiguinhaZ.


NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS

Biblioteca Daniel Hogan organiza anualmente a campanha de arrecadação de doações para entidades assistenciais de Limeira. A exposição de livros danificados tem como objetivo conscientizar os usuários da biblioteca sobre os cuidados necessários para a preservação dos livros.


RETRATOS DO BIMESTRE

Cotidiano dos laboratórios na área de ciências humanas. Reunião de pesquisa no LESP – Laboratório de Estudos do Setor Público.

Selfie com a atleta Joanna Maranhão durante o Fórum Mulheres e Esporte, organizado pela Profa. Larissa Galatti, do LEPE – Laboratório de Estudos em Pedagogia do Esporte. O evento promoveu o diálogo entre academia, profissionais envolvidas com o esporte e estudantes para discutir barreiras de gênero ainda existentes na área.


NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS

Obras de adequação das vias de acesso às quadras do campus, realizadas pela Secretaria de Administração Regional em parceria com a Diretoria da Faculdade e Prefeitura de Limeira.


RETRATOS DO BIMESTRE

Grupo Interdisciplinar de Pesquisas em Esportes de Raquete (GRIPER) promoveu o II Simpósio em Esportes de Raquete no início de outubro. Em novembro, o GRIPER esteve nas Faculdades Integradas Einstein de Limeira ministrando aulas na disciplina de Esportes de Raquete, a convite do Prof Dr Homero Ferrari, responsável pela disciplina e coordenador do curso de Educação Física na instituição.

Aula final do curso de extensão “Educação Não-Formal”, ministrado pelo Prof. Cristiano Morini. Foto de Julio Amstalden.


“Universidade pública: cotidiano da pesquisa Entre cada confecção de relatório, parecer, coleta de dados, análise de resultados, escrever um projeto/artigo, preparar aula, reunião, aula em si, e outras atividades, é bom dar uma volta para arejar e ver os outros. Universidade não é central de telemarketing, onde todos fazem exatamente o mesmo com as mesmas metas. É diverso. Então vamos lá, nessa pequena volta de hoje. Na primeira foto, o professor Wislei com os estudantes Bonatti e Yuri, discutindo uma simulação de processos envolvidos na reciclagem de alumínio para peças automotivas. As amostras de pó de alumínio reciclado são temperadas em peças no forno, que o técnico Luiz Antonio está preparando (foto 2). No mesmo laboratório, o técnico Adilson está testando uma ferramenta nova da fresadora para o projeto de pesquisa do prof. Daniel: a usinagem afeta o desempenho de peças para alto desempenho! Como a universidade, no mundo mecânico não se trata apenas de custo e sim, outros fatores, senão o avião (no caso da mecânica) pode cair. Na foto seguinte o Douglas (estudante) aprontando o seu equipamento, o projeto de pesquisa é sobre prototipagem rápida. E depois o laboratório da Profa. Maria Cláudia (bem a esquerda na imagem), com as estudantes Graciana e Carolina, estudando os mecanismos da dor. Por último, às vezes é mais gostoso desenvolver o projeto de pontes de palitos de sorvete (agora é ensino, mas do lado dos laboratórios de pesquisa) no chão mesmo, em vez da bancada”.

NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS

Fotos tiradas pelo Prof. Peter Schulz e postadas em seu perfil no facebook, juntamente com o seguinte texto:


RETRATOS DO BIMESTRE Plantio de 329 mudas de árvores no campus, no dia 23 de novembro. A atividade faz parte das celebrações dos 10 anos da Faculdade e dela participaram alunos, ex-alunos, professores, funcionários, familiares, funcionários da Faculdade de Ciências Aplicadas e da Faculdade de Tecnologia e da Prefeitura de Limeira.


NOSSA HISTร RIA COTIDIANA EM IMAGENS

Dia-a-dia dos alunos da Faculdade, em sala de aula e nos laboratรณrios didรกticos e de pesquisa.


ESPAÇO OPINIÃO

A AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA, A CENSURA E OS DIREITOS HUMANOS

Por Luís Renato Vedovato*

*Luís Renato Vedovato é doutor em Direito Internacional pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo; Professor da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp; Pesquisador Associado FAPESP do Observatório de Migrações em São Paulo e autor da obra de ficção “Deve Haver” (2017). Créditos da foto: Antoninho Perri.

N

o dia 26 de outubro de 2018, a Procuradora Geral da República entrou com uma ação chamada Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), número 548. Esse tipo de ação faz parte do controle abstrato de constitucionalidade, que vai diretamente para o Supremo Tribunal Federal, tendo efeito vinculante, caso alcance 6 votos, dos 11 possíveis entre os Ministros da Corte Constitucional Brasileira. O objeto da ação era a garantia da autonomia universitária, tendo como pedido específico a suspensão de “todo e qualquer ato que determine ou promova o ingresso de agentes públicos em universidades públicas e privadas, o recolhimento de documentos, a interrupção de aulas e debates, a atividade

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disciplinar docente e discente e a coleta irregular de depoimentos”. Assim, a proteção envolvia também a liberdade de cátedra, garantindo que a censura não alcance as universidades brasileiras, o que poderia significar um enorme retrocesso. Em total amparo ao pedido, a Relatora da ADPF, Ministra Cármen Lúcia, determinou a concessão da liminar, afirmando que “liberdade de pensamento não é concessão do Estado. É direito fundamental do indivíduo que a pode até mesmo contrapor ao Estado”. A decisão da Ministra foi referendada pela unanimidade do plenário da Corte, que estabeleceu: “Reitere-se: universidades são espaços de liberdade e de libertação pessoal e política”.

ABRE ASPAS | Nº 18 § outubro/novembro 2018


ESPAÇO OPINIÃO

Seguindo sua tradição de se manifestar em momentos cruciais e importantes do país, a UNICAMP se apresentou à ADPF na condição de Amicus Curiae (Amigo da Corte), para contribuir com o debate e lutar pela autonomia universitária, tendo sido aceita no processo em tal condição. A decisão final ainda virá e a UNICAMP vai contribuir com o desfecho do processo, afinal de contas, o tema é de suma importância para todas as universidades do país.

Não poder criar, pensar, pesquisar e refletir com liberdade é um entrave à evolução da ciência e ao desenvolvimento do país, nesse sentido, afastar a censura é forma de permitir que o país prepare jovens para enfrentar os desafios constantes do futuro. Garantindo-se a autonomia universitária e a liberdade de cátedra, o país pode pensar em construir uma ciência avançada e um pensamento livre das amarras de censuras que estão sempre ligadas a interesses de grupos totalitários. Vale dizer que em nenhum país do mundo, a produção acadêmica se desenvolve em cenários de opressão. Dessa forma, a iniciativa da Procuradoria Geral da República, a decisão do Supremo Tribunal Federal e a participação no processo da UNICAMP garantem que o direito seja garantido e a liberdade expandida. Vale dizer que o cenário em que se decidiu pelo ingresso da ADPF indicava um cerco às universidades. A começar pela Universidade Federal Fluminense, que sofreu ações determinadas pela justiça, que retirou faixas e cartazes da universidade, além de interrogar alunos, que relataram ter sido chamados por policiais para depoimento. Naquela semana que terminou no dia 26/10, foram 27 ações em universidades, por determinação judicial ou policial. Era o momento da PGR agir, o que foi salutar para se reforçar a autonomia e a liberdade. Nesse sentido, é importante dizer que se está diante de um tema de Direitos Humanos e que, por mais que se insista em dizer o contrário,

Não poder criar, pensar, pesquisar e refletir com liberdade é um entrave à evolução da ciência e ao desenvolvimento do país, nesse sentido, afastar a censura é forma de permitir que o país prepare jovens para enfrentar os desafios constantes do futuro.”

Fazer essa associação faz parte de um discurso que busca ligar desafios cotidianos à proteção dos direitos humanos, que não existem para proteger “bandidos”, mas para proteger os seres humanos; não existem para proteger minorias, mas proteger seres humanos; não foram criados para proteger o meio ambiente, mas para proteger seres humanos; não foram pensados para garantir privilégios, mas para efetivar a dignidade humana. Falar de direitos humanos é essencialmente falar de nossa vida.

A proteção dos Direitos Humanos é tema da humanidade, não é tema de tendências de esquerda ou de direita, aliás, todos os governos autoritários, de todas as tendências políticas, nunca foram simpáticos aos direitos humanos.

Nº 18 § outubro/novembro 2018 | ABRE ASPAS

Universidades são espaços de liberdade e de libertação pessoal e política.

esses direitos nasceram de inspiração liberal, tendo em vista seu fortalecimento nas revoluções liberais do final do século XVIII (tanto nos EUA quanto na França). A proteção dos Direitos Humanos é tema da humanidade, não é tema de tendências de esquerda ou de direita, aliás, todos os governos autoritários, de todas as tendências políticas, nunca foram simpáticos aos direitos humanos. Tanto os países da cortina de ferro, quanto as ditaduras de direita da América do Sul. Logo, ligar direitos humanos à esquerda é um equívoco imenso.

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GRADUAÇÃO NA UNICAMP

ALUNOS DA FACULDADE CONQUISTAM OPORTUNIDADES DE INTERCÂMBIO PARA UNIVERSIDADES AO REDOR DO MUNDO

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nze alunos da Faculdade foram selecionados para intercâmbios acadêmicos com duração de um semestre oferecidos pelo convênio entre Unicamp e Banco Santander e, no 1º semestre de 2019, irão embarcar para países tão diversos quanto China, Austrália, Canadá, Alemanha e Itália. Veja o que cinco deles esperam dessa experiência e inspire-se! Busque as oportunidades que a Universidade

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oferece para o enriquecimento de sua formação acadêmica durante a graduação. Para o aluno Tarcísio Daidone, por exemplo, essa será a terceira vez que ele terá a chance de ampliar conhecimentos no exterior: sua primeira viagem foi através da organização estudantil AIESEC Limeira, para Córdoba, na Argentina, para trabalhar voluntariamente durante 06

ABRE ASPAS | Nº 18 § outubro/novembro 2018


GRADUAÇÃO NA UNICAMP semanas com crianças carentes. Na segunda vez, o aluno foi para Beijing (China) durante o mês de julho, através de parceria entre a Unicamp, o Instituto Confúcio e a Beijing Jiatong University, para aprender mais sobre a língua e a cultura do país. Agora, Tarcísio está embarcando para Trento (Itália), para intercâmbio acadêmico de um semestre na Università di Trento, com bolsa de Estudos do Santander Universidades. “A Unicamp dá muitas oportunidades, vou atrás de todas”, diz ele.

LUIZ TARCISIO DAIDONE FILHO Engenharia de Manufatura País de destino: Itália – Università di Trento “Fazer um intercâmbio sempre foi um sonho e ter essa oportunidade pela Unicamp foi uma das maiores felicidades da minha vida. Ter a oportunidade de estudar em uma das melhores universidades da Itália e da Europa, como a Università di Trento, é algo indescritível. Só tenho que agradecer a Unicamp, em nome da FCA, por proporcionar essa vivência aos seus alunos. Agora é uma nova etapa que se inicia, animado por tudo o que está por vir...E já tenho alguns projetos na cabeça para quando retornar ao Brasil.”

FELIPE KOVALEVSKI REBÊLO Engenharia de Produção País de destino: China – The University of Hong Kong (HKU) “Indo para Hong Kong, espero aprender muito sobre cultura chinesa e cultura oriental. Penso que ainda sabemos muito pouco sobre como funciona a vida, os hábitos e a economia neste país que é segunda maior economia do mundo. Esta experiência de morar lá vai ser muito interessante, tanto para minha vida profissional quanto pessoal”.

CAMILA LORENZATO RINALDI Engenharia de Produção País de destino: Austrália – Swinburne Umiversity os Technology “Minhas expectativas estão muito altas para esta experiência de muito aprendizado técnico,

cultural e pessoal. Tenho certeza que será inesquecível e diferente de tudo que já vivi até hoje. Estou muito ansiosa para, dentro de poucos meses, estar do outro lado do mundo. Agradeço à Unicamp por esta oportunidade e também a todos os funcionários que me auxiliaram nesse processo, pois nada disso teria sido possível se eu não estivesse dentro da melhor universidade da América Latina”.

ARTHUR BUSCARIOLI Engenharia de Produção País de destino: Canadá – Carleton University “Ir para o intercâmbio sempre foi um sonho para mim, desde a época da escola, e tenho muita vontade de conhecer o Canadá. Agora, a Unicamp está proporcionando uma oportunidade única, de muito aprendizado e crescimento pessoal. Quero aproveitar cada segundo, conhecer diversas culturas, fazer amizades com pessoas de toda parte do mundo, e aprender muito. Acredito que a Carleton University oferece muito apoio e opções aos intercambistas, e pretendo aproveitar todas ao máximo. Sentirei falta da minha família e meus amigos, mas é algo que sempre sonhei fazer, e sei que todos apoiaram minha decisão. Não vejo a hora de entrar no avião e embarcar nessa aventura”.

CLAUDIA CRISTINA DE CAMPOS KASAI Engenharia de produção País de destino: Alemanha – University of Hamburg “Desde criança tive muito contato com a cultura alemã. Sempre sonhei em poder conhecer de perto esse lugar maravilhoso e tão distinto. Essa sempre foi a minha motivação e a Unicamp me ajudou a conquistar isso. Conhecer um novo país será com certeza um desafio, mas os benefícios que vêm com essa oportunidade não têm preço. Conhecer uma nova cultura, novas pessoas, crescer muito pessoalmente e profissionalmente, abrir novas portas para o futuro e muito mais. Vai ser uma experiência única e foi resultado de muita perseverança e dedicação. Se você realmente tem vontade de conhecer outro país ou fazer uma parte da faculdade fora, busque por isso. A recompensa vale muito a pena”.

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VEJA NA PRÓXIMA EDIÇÃO

VEJA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DO ABRE ASPAS

Prof. Mauro José Andrade Tereso, 1º diretor pró-tempore da FCA

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edição número 19, que será divulgada em março do próximo ano, data em que a Faculdade completa 10 anos de existência, trará uma entrevista com o Prof. Mauro José Andrade Tereso, o primeiro diretor pró-tempore da instituição. Conversamos com ele sobre o trabalho realizado para definir a primeira proposta de cursos e planejamentos pedagógicos, os desafios da implantação de um novo campus da Unicamp, a recepção do primeiro grupo de professores e funcionários e a primeira recepção de calouros, entre outras memórias importantes que fazem parte da história da Faculdade. Aguarde e acompanhe! “Prof. Mauro José Andrade Tereso, da Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI Unicamp), primeiro diretor pró-tempore da FCA. Ele foi responsável pelo Grupo de Trabalho que definiu a proposta inicial de cursos e planejamentos pedagógicos para a Faculdade, em 2006, e por dar início às atividades no campus, em 2009”

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“Quando o início das atividades foi aprovado e eu fui indicado como diretor pró-tempore, era só eu e mais ninguém. A primeira coisa que fiz foi a indicação do Prof. Marcos Tognon para ser meu diretor associado. Contei também com o auxílio fundamental de dois funcionários da FEAGRI (Faculdade de Engenharia Agrícola), que levei comigo para Limeira – a Mônica Rovigati, que assumiu a função de Assistente Técnica da Unidade, e o Enzo Gomes Beato, para ser o chefe da área de informática. No início, nós tínhamos somente o primeiro prédio [atualmente prédio de ensino I], com três anfiteatros e vinte e quatro salas, mas não havia ligação de água nem energia elétrica. Não tínhamos móveis, nem telefonia, internet, absolutamente nada. Então foi necessário fazer uma força tarefa em diversas frentes, às vezes em conjunto com o Diretoria Geral de Recursos Humanos da Unicamp, para fazermos os editais e darmos conta de providenciar tudo para o início das atividades”.

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